PORTFÓLIO DESENHO DO OBJETO B VITÓRIA CAPPELLO
2020
SUMÁRIO LUGAR 02 FORMA 06 CONTEXTO 08 FUNÇÃO 10 ERGONOMIA 12 PERMANÊNCIA 14 FAMÍLIA 16 IMPLANTAÇÃO 28
LUGAR
A Av. Francisco Glicério, considerada um eixo viário fundamental da cidade de Campinas, tem início na Rua da Abolição, no bairro Ponte Preta, e seu término na Av. Barão de Itapura, no bairro Guanabara, possuindo 2,3km de extensão. Em 2015, passou por uma revitalização na qual toda a fiação elétrica e telefônica foi aterrada, passando por um novo alargamento da via, instalação de quiosques e floreiras, novos pontos de ônibus, ampliação das calçadas e instalação de infraestruturas de acessibilidade por toda sua extensão. A avenida é um marco importante para diversos acontecimentos da cidade, servindo como ponto de encontro para manifestações populares, além de ser equipada com diversas áreas de permanência em seu trajeto, como o Largo da Rosário e o Largo do Pará. Ao percorrer a Av. Francisco Glicério de um extremo ao outro, partindo de seu cruzamento com a Orosimbo para o viaduto da Aquidabã, em sua primeira quadra já é perceptível a ausência de fiação exposta que altera a paisagem, contrastando com o entorno. É notório também que a linguagem dos postes de iluminação, ao longo da avenida, segue um padrão e se diferem dos demais, presentes nas ruas perpendiculares; além de que, em sua maioria, voltavam-se apenas para o leito carroçável, havendo uma carência em iluminação para pedestres. Em consequência da fiação subterrânea, a vegetação é composta por uma série de jardineiras metálicas espalhadas ao longo de toda avenida, havendo algumas enraizadas pontuais e nos largos e praças. É marcante a grande quantidade de placas de sinalizações dispersas, que poderiam ser compiladas ocupando menos espaço, havendo sinalização de identificação, que identifica locais, monumentos, viadutos, entre outros; localização, para auxiliar o indivíduo a se localizar no espaço; e de orientação, que orienta as condições, proibições, obrigações e/ou restrições, além dos caminhos e rotas. Nos cruzamentos, além das placas, nota-se a presença de faixas de pedestres e semáforos para automóveis e pedestres separados, configurando uma paisagem complexa à esquina. O mobiliário presente em cada praça e largo é característico, não estabelecendo relação com o resto da avenida, e não necessariamente formando uma unidade local. Na praça do Palácio da Justiça por exemplo, existem muitos quiosques de engraxates, tendo relação direta com o uso do equipamento público edificado. Também aparecem com frequência outros mobiliários como comércios de rua, em tipologia de bancas fixas e barraquinhas móveis de comida, tanto nas calçadas como nos largos e praças; pontos de ônibus, caçambas e lixeiras, totens informativos. Pontos de táxi e orelhões são escassos, sendo resquícios de hábitos passados, quando a tecnologia não apresentava tamanha influência; não apresentando tantos usuários, porém não foram extintos, uma vez que nem toda a população tem acesso à tecnologia, necessitando ainda de meios que contemplem todos os cidadãos. Vale ressaltar a carência de mobiliários inclusivos, além do piso tátil, que se estende ao longo de toda a calçada, embora muitas vezes com curvas e recortes sem lógica, e das rampas nas guias. Por fim, sob o viaduto da Aquidabã existe uma grande área pública sombreada em potencial, a qual não existe nenhum mobiliário urbano voltado para a população, estando atualmente ocupada pela EMDEC.
02
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F O R M A
06
C O N T E X T O
08
FUNÇÃO
10
R E
G
O
M
O
N
A I
12
14
PERMANÊNCIA
FAMÍLIA
A partir da análise e estudo da Avenida Francisco Glicério e seu sistema de transporte público, foi criado uma família de mobiliários urbanos pensando em sua implantação nas calçadas e espaços públicos da avenida e seu entorno, sem prejudicar a passagem dos pedestres e requalificando o local. A família é composta por um Módulo Menor e um Maior de Abrigo de Ônibus caracterizados pela cor verde, um Abrigo de Táxi caracterizado pela cor amarela, um Bicicletário caracterizado pela cor Vermelha e por fim, um Totem Interativo caracterizado pela cor Azul. A escolha dos materiais busca harmonia entre a leveza da estrutura metálica com as placas de polipropileno que modulam e caracterizam todos os mobiliários. A identidade da família se dá pela modulação evidenciada não só pelas placas, mas também por toda lógica métrica do projeto.
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O Abrigo de Ônibus Menor, é a modulação base da família de mobiliários, sendo pensado a partir de sua implantação. Possui dimensão de 4,75 x 1,50 x 2,43m. É equipado com um paraciclo que aloca as bicicletas na vertical, não interferindo na passagem dos pedestres na calçada e favorecendo o uso diversificado de modais de transporte; e um totem digital informativo para os usuários da região e uma área coberta com banco e espaço para cadeirante.
ABRIGO DE ÔNIBUS
MENOR
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ABRIGO DE ÔNIBUS
O Abrigo de Ônibus Maior é pensado a partir da repetição da modulação estrutural base porém sem alterar sua largura. Possui dimensão de 9,40 x 1,50 x 2,43. Este abrigo é alocado em toda a extensão da Av. Francisco Glicério, que possui 8 pontos de ônibus que apresentam uma maior demanda de espaço por seu grande fluxo de usuários.
MAIOR
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Visando a diversidade de pessoas que circulam diariamente pelo centro de Campinas, e apesar do transporte por aplicativo ser muito utilizado e eficiente, nem todas as pessoas possuem um celular com acesso a internet. A permanência dos pontos de táxi ainda são relevantes. Com a proposta de melhoria no sistema de transportes, os abrigos de táxi são implantados próximo aos pontos já existentes, com a dimensão de 2,50 x 1,50 x 2,43m.
ABRIGO DE TAXI
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BICICLETÁRIO
Em busca de possibilitar um uso diversificado de modais de transporte, os paraciclos foram implantados, não apenas acoplados aos abrigos de ônibus, mas também como um mobiliário único e completo. O mobiliário conta ainda com ferramentas para a manutenção, bebedouro refrigerado e acessível para crianças e cadeirantes, e banco para permanência, visto que será implantado nas praças e largos, tendo a dimensão total de 2,30 x 0,90 x 1,35m.
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TOTEM INFORMATIVO O totem digital informativo foi pensado para facilitar a locomoção dos usuários, trazendo informações sobre as linhas de ônibus, seus trajetos e horários, além da opção de recarga do Bilhete Único e da Zona Azul. Possui dimensão de 0,80 x 0,08 x 1,63m. A proposta é inserir o Totem com uma única face digital nos abrigos de ônibus. A tela digital é envolvida por uma estrutura metálica, onde poderá ser aberta pela face posterior, caso necessite realizar manutenção. A altura da tela em relação ao chão é de 0,9m, apresentando uma área de interação às utilidades da tela até 1,30m, pensando no raio de alcance acessível a cadeirantes, e contando também com identificação para deficientes visuais e comando de voz.
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TRANSPORTE
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FA
A I L Í M
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34
36
Disciplina: Desenho do Objeto B Docentes: Claudia Ribeiro, Maria Beatriz Aridinghi e Wilson Barbosa Discente: Vitória Quitério Cappello 1° Semestre - 2020