Jornal la cancha versão bilingue

Page 1

Publicação experimental da disciplina de Comunicação e Fronteira da Unipampa

La Cancha Ano I - Nº 1 - Junho/2016

Futebol Brasileiro

+

Identidade Nacional Clássicos Regionais Copas do Mundo Principais Craques

Otro lado en español


Sumário

Editorial Futebol, paixão nacional. Para brasileiros ou argentinos parece unanimidade. Por isso, esta publicação experimental da disciplina de Comunicação e Fronteira da Universidade Federal do Pampa, de São Borja, aborda informações sobre o esporte mais vinculado à identidade nacional. História, dados, ídolos, curiosidades, principais clássicos nacionais. Tudo isso reunido para retratar um pouco da cultura do brasileiro ligada à tradição dos gramados.

Chegada no Brasil Profissionalização

3 3

Copas do Mundo

4

Gre-nal

7

Clássicos

7

Seleção atual

8

Identidade

9

Ídolos

10

Boa leitura! Expediente

La Cancha Projeto gráfico e diagramação: Vitor Kellner Editores: Rosana Ruviaro e Paulo Santhias Repórteres: Antonio Cairon, Barbara Moraes, Paulo Santhias, Rosana Ruviaro, Rudy Kffner e Vitor Kellner. Tradução: Tatiane Dedé (colaboração) Supervisão: Professora Adriana Duval Disciplina de Comunicação e Fronteira 2016

2

La Cancha

Taça da Copa do Mundo e a Brazuca, bola da Copa de 2014, no gramado do Marcanã, principal estádio do futebol brasileiro. Foto: Adidas


Chegada do futebol no Brasil Foto: Wikipedia

Charles Miller em 1893, na Inglaterra

Barbara Moraes Charles Miller é considerado “o pai” do futebol no Brasil. Ao retornar a São Paulo, em 1894, depois de estudar na Inglaterra, Miller trouxe seu conhecimento sobre as regras do esporte, bolas e uniformes. O esporte começou a ser praticado no país por estudantes e filhos da nobreza inglesa e, aos poucos, se popularizou. A primeira partida no Brasil aconteceu em 15 de abril de 1895, disputada entre ingleses que trabalhavam no país – Companhia de Gás versus Ferrovia São Paulo Railway. Já o primeiro time foi o São Paulo Athletic, fundado em 13 de maio de 1888.

Profissionalização do Futebol Foto: Wikipedia

Paulo Santhias

São Paulo Athletic, primeiro time de futebol fundado no Brasil. O clube foi precursor na profissionalização do esporte no país.

A profissionalização do futebol iniciou-se no final da década de 1920, quando os clubes de futebol amador de São Paulo começaram a levar os jogos mais a sério. Os times queriam atrair os melhores jogadores e, para isso, pagavam bichos e outras gratificações. Finalmente, em 1933 – depois de muito “falso amadorismo” ou “profissionalismo marrom”, como chamavam os jornais da época a prática da procura dos jogadores pelos clubes –, é que a Liga Carioca de Futebol (LCF) e a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) oficializaram o profissionalismo desse esporte. La Cancha

3


O Brasil nas Copas do Mundo: histórias dos cinco títulos Antônio Cairon A Seleção Brasileira é a única equipe que participou de todas as edições da Copa do Mundo desde sua primeira realização, em 1930, no Uruguai. Vinte e oito anos depois, o Brasil foi campeão pela primeira vez, na Suécia. Naquele ano, apareceu para o mundo o jogador de futebol que seria considerado o melhor de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, com 18 anos.

Copa de 1958

Zagueiro Bellini da Seleção recebe a taça Jules Rimet da Copa do Mundo, na Suécia, em 1958. Foto: Gazeta Press

Em 1962, no Chile, a Seleção Brasileira conquistou a taça pela segunda vez. Pelé se contundiu no primeiro jogo e não pode continuar na competição. Por conta disso, muitos dizem que esta foi a “Copa de Garrincha”, destacado por sua participação e considerado o principal responsável pela conquista do bicampeonato. Com a lesão de Pelé, Garrincha foi protagonista na Copa do Mundo de 1962. Foto: Wikipedia

4

La Cancha

Copa de 1962


Foto: Wikipedia

Copa de 1970 Selo promocional após a conquista da Copa do Mundo de 70. O sucesso da Seleção Brasileira foi utilizado na promoção do Regime Militar vigente no Brasil de 1964 a 1985.

No México, em 1970, com uma equipe recheada de craques como Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Gerson, Clodoaldo e Jairzinho tornou-se tricampeã do mundo. A vitória pela terceira vez deu ao Brasil o direito de ficar em definitivo com a posse da taça Jules Rimet.

Copa de 1994

Dunga levanta a taça do tetracampeonato mundial nos Estados Unidos, em 1994. A Seleção chegou desacreditada a Copa, mas levou o troféu. Taffarel, Bebeto, Romário e Dunga tiveram papel de destaque na conquista. Foto: Trivela

Ao conquistar o título de 1970, a Seleção Brasileira viveu um jejum de 24 anos sem sagrar-se campeã. Em 1994, voltou a erguer a taça na Copa do Mundo dos Estados Unidos. A equipe era liderada pela dupla de goleadores Romário e Bebeto. La Cancha

5


Copa de 2002

Seleção comemora a conquista da Copa de 2002. Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho foram destaques. Foto: Folha Press

Na Copa do Mundo do Japão e Coreia do Sul, em 2002, a primeira a ser disputada em dois países, o Brasil chegou desacreditado. Mas novamente liderada por uma dupla de ataque, dessa vez Ronaldo e Rivaldo, a Seleção conquistou o penta campeonato mundial. É a única seleção até hoje a conseguir tal feito.

Copas no Brasil

Com o gol de Giggia, o Uruguai derrotou o Brasil na final da Copa de 50. Conhecido como Maracanazo. Foto: O Globo

Após golear o Brasil por 7 a 1 nas semis, a Alemanha derrotou a Argentina na final da Copa de 2014. Foto: Wikipedia

O Brasil foi país-sede da Copa do Mundo em duas oportunidades: 1950 e 2014. Na década de 50, foi derrotado na final pela seleção do Uruguai. Na última foi goleado por 7 a 1 na semifinal, diante da Alemanha.

6

La Cancha


História do clássico Gre-Nal Foto: Wikipedia

Rudy Kuffner “Gre-Nal” é denominado o clássico brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. O nome corresponde à junção de sílabas dos times Grêmio e Internacional – Grêmio Futebol Porto-Alegrense e Sport Club Internacional. Trata-se do maior clássico de futebol do estado e considerado um dos maiores do país. Até 2016, aconteceram 409 “grenais”, sendo 154 vencidos pelo Inter e 127 pelo Grêmio.

No Rio Grande do Sul, o tradicionalismo e o orgulho de ser gaúcho são muito fortes. No futebol isso também se aplica. Como o Grêmio e o Internacional são os maiores e mais antigos clubes do estado, é natural terem mais torcedores. Quando um gaúcho nasce já se determina se ele será gremista ou colorado pelos seus pais, fazendo aumentar a torcida dos times.

Clássicos regionais Como o Brasil é dividido em estados, cada estado tem o seu clássico no futebol. Junto com o Gre-Nal, clássico do Rio Grande do Sul, estes são os principais do brasileiros, devido a rivalidade histórica: Minas Gerais Cruzeiro

Pernambuco Santa Cruz

Clássico dos Milhões

Paysandu

Flamengo

Flamengo

Sport

Pará

Bahia

Re-Pa

Remo

Bahia

Fla-Flu

Fluminense

Palmeiras

Corinthians

Atlético Mineiro

Rio de Janeiro Vasco

São Paulo

Ba-Vi

Vitória

La Cancha

7


Uma Nação à espera Rosana Ruviaro

Neymar lesionou-se na Copa do Mundo de 2014 e na Copa América de 2015 foi suspenso por agressão, o Brasil foi eliminado. Esta geração levou a maior goleada da Seleção na história das Copas, 7 a 1 da Alemanha Foto: Wikipedia

Eliminações, trocas de técnicos rotineiras, não-convocações, exclusões de promessas e resultados vexatórios. Eis características nunca atribuídas às gerações de Pelé e Garrincha (década de 1970), Falcão, Sócrates, Juninho e Roberto Dinamite (1980), Bebeto, Romário, Ronaldo Fenômeno e o próprio Dunga (1990). O gol tomado pela Seleção Brasileira nas quartas de finais da Copa de 2006, diante da França, com o pé direito do Thierry Henry, parece ter liquidado o futebol-arte do país. Depois daquele ano, a espinha dorsal se desfez e com ela também se despediu de nós, brasileiros, a honra de assistir à Seleção Brasileira dentro das quatro linhas – mesmo em estádios luxuosos da Copa de 2014.

8

La Cancha

A eliminação do atual elenco da Copa América (2016), dirigido pelo ex-jogador Dunga – a qual não se atribui o cargo de técnico – atrelada à derrota com o placar mais elástico da história (Brasil 1x7 Alemanha), não condiz com o que estamos acostumados, nem ao menos com o que a América Latina e o mundo conhecem de nosso futebol. Não devemos culpar os nomes que sofreram essas derrotas, mas sim os antecedentes. Culpados são Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, Fenômeno, Cafú, Kaká, Lúcio e Júlio Baptista, que nos abandonaram naquele trágico 2006, que agora completa 10 anos, e deixaram uma Nação de 200 milhões de brasileiros à espera do futebol que nunca mais voltaria ao nosso país.


Opinião

Futebol: identidade nacional brasileira Rosana Ruviaro Foto: Vitor Kellner

No Brasil é comum crianças e adolescentes jogarem futebol, esporte mais praticado no país. Além de jogar, um lazer é assistir

No Brasil, diversas tradições formulam a identidade de habitantes e estrangeiros que são simpáticos à nossa cultura. Carnaval, origem indígena, costumes, gastronomia, entre outros aspectos, nos caracterizam como “brasileiros”. Um dos fatores que mais têm influência ao identificar uma nação é um determinado esporte que, neste caso, tradicionalmente é o futebol. Agarrado em nossas tradições com mais intensidade desde 1958, quando a Seleção Brasileira ergueu a taça da Copa pela primeira vez, o futebol é uma marca do país, tanto para quem o vive quanto para quem o observa de fora. Com o estilo moleque, sinônimo de liberdade, paixão e felicidade, o esporte tem a característica de salvar vidas no que se refere à criminalida-

de, tornando-o, assim, mais que mero entretenimento: um mentor de novos destinos. Gramados tratados durante 24h por dia, assento para mais de 50 mil pessoas, banheiros devidamente higienizados, segurança rígida e visão privilegiada não necessariamente são pré-requisitos para ser apaixonado pelo esporte. Subjetivamente, é possível afirmar que a identificação com o futebol começa na simples vivência, nos campos de várzea, onde o banheiro é em qualquer lugar mais afastado das quatro linhas, as traves nem sempre contam com redes, não se sabe onde começa e termina a área técnica e, por fim e mais importante, onde a premiação é a tríade cerveja-churrasco-amigos. La Cancha

9


Ídolos do futebol brasileiro

Vitor Kellner

Foto: Wikipedia

Pelé e Garrincha

Manuel dos Santos, ou Mané Garrincha, disputou 95% dos seus jogos pelo Botafogo. É considerado o melhor ponta da história do futebol, por conta dos seus dribles, que deixavam os defensores perdidos. Foto: Canelada

A dupla conquistou três Copas do Mundo. Em 1958, Garrincha (25 anos) e Pelé (com 18), formavam o ataque da Seleção Brasileira do primeiro título mundial. Em 1962, com a contusão de Pelé, Garrincha foi o protagonista da Copa. Já em 1970 seria a vez de Pelé reinar. O “anjo das pernas tortas”, em fim de carreira, não foi convocado. Outros craques como Rivelino, Jairzinho e Tostão formavam o elenco tricampeão.

Edson Arantes do Nascimento, Pelé ou Rei do Futebol, é considerado, por parte da mídia internacional, o melhor jogador de futebol de todos os tempos. Fez carreira no Santos (marcou mais de 1000 gols), mas no final de carreira se transferiu para o New York Cosmos, onde se aposentou. É considerado herói nacional no Brasil.

Zico e Falcão O Galinho e o Rei de Roma fizeram parte da Seleção Brasileira de 1982, conhecida por seu estilo de jogo ofensivo. Apesar de não conquistar a Copa, marcou época. 10

La Cancha


Foto: Getty Imagens

Foto: Canelada

Paulo Roberto Falcão, o Rei de Roma, é considerado o melhor volante brasileiro, por agregar técnica, drible, controle de bola e passe. Jogou pelo Internacional e pelo Roma da Itália.

Romário

Romário conquistou a Copa do Mundo de 1994, Taffarel, Dunga e Bebeto se destacaram.O atacante teve passagens por Vasco Barcelona e Flamengo. Foi eleito o melhor jogador do mundo em 1994.

Arthur Antunes Coimbra, o Zico ou o Galinho de Quintino, é um dos principais camisas 10 da história do futebol brasileiro. Jogou pelo Flamengo, pela Udinese e no Kashima Antlers (ajudou a popularizar o futebol no Japão).

Ronaldo e Ronaldinho

Foto: Getty Imagens

Destaques na conquista da Copa do Mundo de 2002. Tinham como colegas de Seleção craques como Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo e Kaká. Ronaldo Luís Nazário de Lima, o Ronaldo Fenômeno, é considerado um dos melhores atacantes da história do futebol mundial. Conquistou as Copas do Mundo de 1994 e 2002 com a camisa do Brasil. Também defendeu Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Milan. Conquistou o título de melhor jogador do mundo pela FIFA em 1996, 1997 e 2002.

La Cancha

11


Português Ronaldo de Assis Moreira, o Ronaldinho Gaúcho, foi eleito duas vezes melhor jogador do mundo (2005 e 2006), com a camisa do Barcelona. Dribles fantásticos, passes e chutes precisos fazem parte do seu repertório. Jogou também no Paris Saint-Germain (PSG) e no Milan.

Neymar Atacante do Barcelona, faz parte do trio “MSN” junto com Messi e Suarez. É o principal expoente do futebol brasileiro atual. Com a Seleção Brasileira conquistou a Copa das Confederações de 2013.

Fotos: Wikipedia e Getty Imagens

Neymar em fotos

Neymar começou sua carreira no Santos.

Conquistou a Copa das Confederações.

12

La Cancha

Com o time conquistou a Copa do Brasil, a Libertadores e foi vice-campeão mundial. Em 2013 foi para o Barcelona.

Na Copa de 2014 lesionou-se nas quartas de Ganhou a Champions League 2014/15 com o Barcelona. final e não jogou o restante da competição.


Español Ronaldo de Assis Moreira, el Ronaldinho Gaúcho, fue elegido dos veces mejor jugador del mundo (2005 y 2006), con la camisa del Barcelona. Dribles fantásticos, pases y patadas precisas son parte de su repertorio. También jugó en el París Saint-Germain (PSG) y en el Milán.

Neymar El delantero del Barcelona, es parte del trío “MSN”, junto con Messi y Suárez. Es el principal exponente del fútbol brasileño actual. Con la selección de Brasil no ha levantado ninguna Copa.

Fotos: Wikipedia e Getty Imagens

Neymar en fotos

Neymar comenzó su carrera en el Santos.

Ganó la Copa Confederaciones.

12

La Cancha

Con el equipo ganó la Copa de Brasil, la Libertadores y fue subcampeón mundial.

En 2013 se traslado a Barcelona.

En la Copa de 2014 se lesionó en los cuartos Ganó la Champions League de final y no jugó el resto de la competición. 2014/15con el Barcelona.


Ídolos do futebol brasileiro

Vitor Kellner

Foto: Wikipedia

Pelé y Garrincha

Manuel dos Santos, o Mané Garrincha jugó el 95% de sus juegos por el Botafogo. Se considera el mejor puntero de la historia del fútbol, a causa de sus dribles, que dejaban a los defensores perdidos. Foto: Canelada

El dúo ganó tres Copas del Mundo. En 1958, Garrincha (25 años) y Pelé (18), formaban el ataque de la Selección Brasileña, que trajo el primer título mundial para el país. En 1962, con la contusión de Pelé, Garrincha fue el protagonista de la Copa de ese año.Ya en 1970 sería la vez del reinado de Pelé. El “ángel de piernas arqueadas” en fin de carrera, no fue convocado. Rivelino, Jairzinho y Tostão formaban el elenco.

Edson Arantes do Nascimento, Pelé o el Rey de Fútbol, es considerado por los medios internacionales, el mejor futbolista de todos los tiempos. Hizo su carrera en Santos (ha marcado más de 1000 goles), pero al final de la carrera se trasladó al New York Cosmos, donde se jubiló. Se considera un héroe nacional en Brasil.

Zico y Falcão El Galinho y el Rey de Roma eran parte de la Selección Brasileña de 1982, conocida por su estilo de ataque ofensivo, aunque no tengan ganado la Copa. 10

La Cancha


Foto: Getty Imagens

Foto: Canelada

Paulo Roberto Falcão, el Rey de Roma, es considerado el mejor centrocampista brasileño, mediante la adición de la técnica.Jugó por el Internacional y por el Roma de Italia.

Romário

Romário ganó el Mundial de 1994. Taffarel, Dunga y Bebeto también se destacaron. El atacante tuvo pasajes con éxito en Vasco, Barcelona y Flamengo. Fue elegido el mejor jugador del mundo en 1994.

Arthur Antunes Coimbra, el Zico o Galinho de Quintino, es un de los principales camisas 10 de la historia del fútbol brasileño. Jugó en Flamengo, Udinese y Kashima Antlers (ayudó a popularizar el fútbol en Japón).

Ronaldo y Ronaldinho

Foto: Getty Imagens

Destaques en la conquista de la Copa del Mundo en 2002. Tenían como jugadores compañeros de selección cracks Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo y Kaká. Ronaldo Luis Nazário de Lima, el Ronaldo Fenómeno, es considerado uno de los mejores delanteros de la historia del fútbol mundial. Ganó los Mundiales de 1994 y 2002 con la camisa de Brasil. También defendió Barcelona, Inter de Milán, Real Madrid y Milán. Ganó el título de mejor jugador del mundo por la FIFA en 1996, 1997 y 2002.

La Cancha

11


Una Nación em espera Rosana Ruviaro

Neymar se lesionó en el Mundial de 2014 y la Copa América 2015 fue suspendido por la agresión, Brasil fue eliminado. Esta generación tuvo la mayor victoria de equipo en la historia de la Copa Mundial, Alemania 7-1 Foto: Wikipedia

Eliminaciones, cambios rutinarios de técnicos, no convocaciones, exclusiones de promesas y resultados enojosos. Son características nunca atribuídas a las generaciones de Pelé y Garrincha (1970), Falcão, Sócrates, Juninho y Roberto Dinamite (1980), Bebeto, Romario, Ronaldo Fenómeno y el propio Dunga (1990). El gol tomado por la Selección Brasileña en los cuartos de final de la Copa del Mundo en 2006 contra Francia, con el pie derecho de Thierry Henry, parece haberse acabado con el fútbol-arte en el país. La columna vertebral se rompió e incluso, parece que con ella también se despidió de nosotros, brasileños, el honor de asistir a la Selección Brasileña en el campo.

8

La Cancha

La eliminación del elenco actual de la Copa América (2016), dirigido por el ex jugador Dunga - que no tiene asignado el puesto de técnico - vinculada a la derrota con el placar más elástico de la historia (Brasil 1x7 Alemania) no coincide con lo que estamos acostumbrados, ni siquiera con lo que el mundo sabemos de nuestro fútbol. No debemos culpar los nombres que han sufrido estas pérdidas, pero sí, sus antecedentes. Culpables son Roberto Carlos, Ronaldinho Fenómeno, Gaucho, Cafú, Kaká, Lucio y Julio Baptista, que nos dejaron en aquel trágico 2006, que ahora completa 10 años, y dejaron una Nación de 200 millones de brasileños esperando el fútbol que nunca más volvería a nuestro país.


Opinión

El fútbol como identidad de una nación Rosana Ruviaro Foto: Vitor Kellner

En Brasil es común que los niños y adolescentes joguen al fútbol, el deporte más practicado en el país. Además de jugar, ver es también un ocio

En Brasil, varias tradiciones formulan la identidad de habitantes y extranjeros que simpatizan con nuestra cultura. Carnaval, las costumbres, la gastronomía, entre otras cosas, nos caracteriza como “brasileños”. Uno de los factores que más influyen para identificar una nación es un deporte en particular, que en este caso, es tradicionalmente el fútbol. Aferrado a nuestras tradiciones con más fuerza desde 1958, cuando la Selección de Brasil levantó el trofeo de la Copa por primera vez, el fútbol es una marca del país, tanto para los que viven cuanto para los que observan afuera. Con el estilo “moleque”, sinónimo de libertad, pasión y felicidad, el deporte tiene la función de salvar vidas cuando se trata de la delincuen-

cia, por lo que es, por lo tanto más que un simple entretenimiento: es un mentor de nuevos destinos. Céspedes tratados durante 24 horas al día, capacidad para más de 50 mil personas, baños desinfectados adecuadamente, estrictas medidas de seguridad y privilegiada vista no necesariamente son requisitos previos para ser un apasionado de este deporte. Subjetivamente, es evidente que la identificación con el fútbol comienza en la simple vivencia, en los campos de tierras bajas, donde el baño está en cualquier lugar más alejado, las vigas no siempre se basan en redes, no se sabe dónde empieza y termina el área técnica y, por último y lo más importante, en el que el premio es la tríada cerveza-asado-amigos. La Cancha

9


Copa de 2002

el equipo celebra su victoria en la Copa de 2002. Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho fueron los mas destacados. Foto: Folha Press

En la Copa Mundial de Japón y Corea del Sur en 2002, la primera que se celebra en dos países, Brasil llegó desacreditado. Pero, de nuevo dirigido por un doble ataque, esta vez Ronaldo y Rivaldo, el equipo nacional ganó el pentacampeonato del mundo. Es el único equipo hasta la fecha a lograr esta hazaña en el fútbol.

Copas en Brasil

Con el gol de Ghiggia, Uruguay derrotó a Brasil en la final de la Copa del Mundo 50. Foto: O Globo

Después de golear a Brasil por 7-1 en las semifinales Alemania venció a Argentina en la final de 2014. Foto: Wikipedia

Brasil fue el país anfitrión de la Copa del Mundo en dos ocasiones: 1950 y 2014. En los años 50, fue golpeado en la final por la selección de Uruguay. En la última fue goleado por 7-1 en la semifinal contra Alemania.

6

La Cancha


La historia del clásico Gre-Nal

Foto: Wikipedia

Rudy Kuffner

“Gre-Nal” se llama el clásico brasileño de Rio Grande do Sul. El nombre corresponde a la unión de sílabas de los equipos de Gremio e Internacional - Grêmio Fútbol Porto-Alegrense y Sport Club Internacional. Se trata del mayor clásico del fútbol del estado y uno de los más grandes del país. Hasta 2016, había 409 “grenais” en la historia, con 154 vencidos por el Internacional y 127 por el Gremio. En Rio Grande do Sul, el tradicionalismo y el orgullo de ser un gaucho son muy fuertes. En el fútbol esto también se aplica. Como Grêmio y Internacional son los más antiguos y más grandes clubes del estado, es natural que tengan más fans. Cuando nace un gaucho ya se determina si será gremista o colorado por sus padres, haciendo aumentar los fans de uno y otro equipo.

Clásicos regionales Como el Brasil está dividido en provincias, cada provincia tiene su clásico en el fútbol. Junto con el Gre-Nal, estos son los principales, debido a la historia o el público: Minas Gerais Cruzeiro

Pernambuco Santa Cruz

Clássico dos Milhões

Paysandu

Flamengo

Flamengo

Sport

Pará

Bahia

Re-Pa

Remo

Bahia

Fla-Flu

Fluminense

Palmeiras

Corinthians

Atlético Mineiro

Rio de Janeiro Vasco

São Paulo

Ba-Vi

Vitória

La Cancha

7


El Brasil en las Copas del Mundo: historias de los cinco títulos Antônio Cairon El equipo de Brasil es el único equipo que ha participado en todas las ediciones de la Copa del Mundo desde su primera realización, en 1930, en Uruguay. Veintiocho años más tarde, Brasil fue campeón por primera vez en Suecia. Ese año, apareció para el mundo el jugador de fútbol que ha sido considerado el mejor de todos los tiempos: Edson Arantes do Nascimento, el Pelé, de 18 años.

Copa de 1958

Defensor Bellini, de la Selección, recibe el trofeo Jules Rimet del Mundial de Suecia en 1958. Foto: Gazeta Press

En 1962, en Chile, la Selección de Brasil ganó la copa por segunda vez. Pelé se lesionó en el primer partido y no puede continuar en la competición. Debido a esto, muchos dicen que esta era la “Copa de Garrincha”, destacado por su participación y considerado el principal responsable de la conquista. Con la lesión de Pelé, Garrincha fue el protagonista en la Copa de 1962 Foto: Wikipedia

4

La Cancha

Copa de 1962


Foto: Wikipedia

Copa de 1970 Sello promocional después de ganar la Copa del Mundo 70. Se utilizó el éxito de la selección brasileña para promover el actual régimen militar en Brasil 1964 hasta 1985.

En México, en 1970, con un equipo repleto de estrellas como Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Gerson, Jairzinho y Clodoaldo se convirtió tricampeón del mundo. La victoria por la tercera vez dio a Brasil el derecho a permanecer definitivamente en posesión de la Copa Jules Rimet.

Copa de 1994

Dunga levanta el trofeo de tetracampeonato en Estados Unidos en 1994. La selección llegó desacreditada la Copa del Mundo, pero llevó el trofeo. Taffarel, Bebeto, Romário e Dunga Tuvieron un papel destacado. Foto: Trivela

Al ganar el título de 1970, el Equipo Brasileño vivió un ayuno de 24 años sin hacerse campeón. En 1994, volvió a levantar el trofeo de la Copa Mundial de Estados Unidos. El equipo fue dirigido por el dúo de delanteros Romario y Bebeto. La Cancha

5


Editorial

Resumen

El fútbol, una pasión nacional. Para los brasileños o argentinos parece unanimidad.

Llegada a Brasil Profisionalización

3 3

Por lo tanto, esta publicación experimental de la disciplina de Comunicación y Frontera de la Universidade Federal do Pampa, contiene informaciones sobre el deporte más vinculado a la identidad nacional.

Copas del Mundo

4

Gre-Nal

7

Clásicos

7

Selección actual

8

Historia, datos, curiosidades. Todo esto en conjunto para retratar un poco de la cultura brasileña.

Identidad

9

Cracks

10

¡Buena lectura! Expediente

La Cancha Diseño gráfico y diagramación: Vitor Kellner Editores: Paulo Santhias e Rosana Ruviário Traducción: Tatiane Dedé (colaboración) Supervisión: Profª Adriana Duval Disciplina de Comunicação e Fronteira 2016 Reporteros: Antonio Cairon, Barbara Moraes, Paulo Santhias, Rosana Ruviaro, Rudy Kffner e Vitor Kellner.

2

La Cancha

Trofeo de la Copa Mundial y la Brazuca, pelota de la Copa de 2014 en el césped del Maracnã, principal estadio de fútbol brasileño. Foto: Adidas


Llegada del fútbol en Brasil Foto: Wikipedia

Charles Miller en 1893, en Inglaterra

Barbara Moraes Charles Miller es considerado el “padre” del fútbol en Brasil. A su regreso a São Paulo, en 1894, después de estudiar en Inglaterra, Miller trajo su conocimiento de las reglas del deporte, pelotas y uniformes. El deporte comenzó a practicarse en el país por los estudiantes y los niños de la nobleza y poco a poco se hizo popular. El primer partido en Brasil ocurrió el 15 de abril de 1895, disputada entre los ingleses que trabajaban en el país – Compañía de Gas versus Ferrocarril de São Paulo Railway. Ya el primer equipo fue el São Paulo Athletic, fundado en 13 de mayo de 1888.

Profisionalización del Futbol Foto: Wikipedia

Paulo Santhias

São Paulo Athletic primer equipo de fútbol con sede en Brasil. El club fue pionero en la profesionalización del deporte en el país.

La profesionalización del fútbol comenzó a finales de 1920, cuando los clubes de fútbol amador de São Paulo comenzaron a tomar los juegos más en serio. Los equipos querían atraer a los mejores jugadores y, por lo tanto, pagaban bonos. Por último, en 1933 - después de un montón de “falso amadorismo” o “profesionalismo marrón”, como lo llamaron los periódicos de la época la práctica de la procura de jugadores por los clubes -, es que la Liga de Fútbol Carioca (LCF) y la Asociación Paulista de Deportes Atléticos (APEA) ofició el profesionalismo del deporte. La Cancha

3


Publicación experimental de la disciplina de Comunicación y Frontera de UNIPAMPA

La Cancha Año I - Nº 1 - Junio/2016

Futbol Brasileño

+

Identidad Nacional Clásicos Regionales Copas del mundo Principales Cracks

Outro lado em português


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.