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Marques Soares

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Santo Tirso

Santo Tirso

A mais emblemática joia comercial portuguesa, os Armazéns Marques Soares, acaba de atingir o marco dos 60 anos de vida, um número histórico, comemorado, de forma simbólica, com muito brilho, cor, alegria e, sempre, de olhos postos no futuro. Esta é, aliás, uma marca identitária do grupo que, desde cedo, mostrou uma enorme capacidade de adaptação ao mercado, de inovação e interesse pelas necessidades dos seus clientes.

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Acostumados a receber os seus clientes com toda a pompa e circunstância, característica enfatizada, nesta época natalícia, por uma decoração a preceito, que os convida a mergulhar num verdadeiro mundo de tentação, composto por mais de 300 marcas nacionais e internacionais, o grupo assegura a qualidade de excelência de todos os produtos apresentados nas suas estonteantes montras.

As oportunidades variam entre vestuário e calçado de senhora, homem ou criança, perfumaria, ótica, sapataria, artigos para casa, eletrodomésticos, cosmética e joalharia, com vantagens únicas de pagamento da Marques Soares.

Fique a conhecer todos os artigos desta joia comercial portuguesa na sua casa-mãe, localizada numa das zonas mais trendy e movimentadas da cidade do Porto, a Rua das Carmelitas, ou num dos espaços espalhados pelas cidades de Braga, Aveiro, Santarém, Beja, Vila Real e Évora… e delicie-se com propostas para todas as áreas da vida quotidiana!

Se não for possível dirigir-se, presencialmente, aos espaços da Marques Soares, saiba que pode também encontrar todos os artigos na sua plataforma online, renovada recentemente, e que se apresenta agora com uma imagem clean e navegação bastante intuitiva.

As profissões desaparecidas

Aguadeiro, trapeiro, ardina, moço de fretes e lavadeira… São apenas cinco das muitas profissões que já desapareceram. Perdidas no tempo, mas jamais apagadas da memória dos cidadãos, seja dos que lhe deram vida, de quem com elas se cruzou ou as conhece apenas como protagonistas de outras histórias, como estas, que lhe contamos, agora, na nossa “Máquina do Tempo”.

Durante vários anos, estes ofícios invadiram ruas de Norte a Sul de Portugal. Com trajes apetrechados, para a época, utensílios decorados a preceito e um linguajar característico, mulheres e homens faziam furor por onde passavam. Havia quem fosse pago para andar pela calçada somente a vender trapos, outros para vender ou levar água ao domicílio, para vender jornais e, até, para fazer propaganda. Por outro lado, existia também quem tivesse um posto fixo e, dia após dia, se apresentasse no mesmo local ou a tirar fotografias, a vender galinhas ou a lavar a roupa, fosse a sua ou a de terceiros. Hoje, estes retratos já não se vislumbram, já não estão presentes na Classificação Nacional das Profissões, mas permanecerão, eternamente, como um marco para a história da humanidade… num tempo em que as tecnologias da informação e comunicação estavam muito longe de alcançar o estatuto que detêm hoje na vida de todos os cidadãos. Aguadeiro “Há água fresquinha! Quem quer quem quer?” No século XIX e início do século XX, antes da vulgarização da água canalizada, o fornecimento doméstico da mesma era feito, quase exclusivamente, por galegos, que davam continuidade a uma tradição muito antiga relacionada com as gentes do seu país. Reza a história que os aguadeiros, figuras típicas da época, iam buscar água aos vários chafarizes da

cidade, distribuíamna por barris e, depois, levavam-nos às casas de quem quisesse, enquanto apregoavam. Chegados ao destinado, despejavam-nos diretamente nos potes de barro colocados nas

Ardina “As notícias…” Entre as figuras mais populares de antigamente estava o ardina, um vendedor de jornais, que apregoava pelas ruas a venda das publicações, anunciando as primeiras notícias do dia. A profissão, segundo escreve Germano Silva, no seu livro “Porto, Profissões (quase) desaparecidas”, “foi posta em prática pela primeira vez, no Porto, por Gaspar Ferreira Baltar, fundador d’ O Primeiro de Janeiro, por volta cozinhas. Para evitarem perder demasiado tempo à janela, enquanto esperavam a chegada dos aguadeiros, ou gritar por eles, as donas de casa que precisavam de água, colocavam um pano branco à janela. Desta forma, quando os galegos passavam iam olhando e, se vissem o pano, subiam e deixavam a água. Com a vulgarização da água canalizada, a profissão desapareceu.

Trapeiro “Quem tem trapos ou farrapos que queira vender” Este era o pregão cantado pelos trapeiros, uma profissão praticada por mulheres, homens e até crianças, que vendiam e compravam trapos e roupas velhas porta-a-porta, carregados por grandes sacos de sarapilheira. Lá dentro estavam todo o tipo de trapos, ou desperdícios, como também lhes chamavam, que poderiam servir para diversas áreas, como para as funcionárias da limpeza, engraxadores e/ou canalizadores. Tinham aplicações muito variadas!

de 1870”, com o objetivo de atrair mais público. A partir dessa data, tornouse habitual ver os ardinas com a sacola de jornais ao ombro, a percorrer as diferentes artérias portuenses, enquanto vendiam as notícias “de boca em boca”. No entanto, alguns anos mais tarde, com o aparecimento da publicidade e a criação de suplementos nos jornais, estes tornaramse mais pesados, pelo que começaram a surgir as bancas, destinadas à venda de jornais.

Fotógrafoà-láminute “Olha o passarinho...!” O fotógrafo-àla-minute era um fotógrafo ambulante que exercia a sua atividade em diversos espaços públicos, como jardins, praças e feiras. Fizesse sol ou chuva, estava sempre presente, pronto a tirar a melhor fotografia, a preto e branco, na época, com a sua centenária máquina fotográfica. “Olha o passarinho, não se mexam, quietinhos, sorriam... já está” era a frase típica deste profissional, que teve um papel importante na popularização da fotografia.

Varina “Olha o carapau fresquinho!” De canastra na cabeça ou na anca, voz poderosa e uma coragem como não havia igual, as varinas, ou vareiras, como também eram conhecidas, constituem em ícone na memória dos portugueses. Estas senhoras recolhiam o peixe na lota, pescado muitas vezes pelos próprios maridos, e depois vendiam-no porta a porta pela sua cidade. Apropriavamse das ruas de uma forma tão afirmativa, com gestos, vozes e formas de comunicar tão marcantes, que ficaram conhecidas pelas “rainhas da rua”, amplamente retratadas e descritas, sobretudo nos séculos XIX e XX.

Lavadeira “…três corpetes, um avental…que a freguesa deu ao rol” A lavadeira era uma mulher que lavava a roupa caseira, sua ou alheia, em tanques, poços, rios ou lavadouros. Levavam-na numa trouxa à cabeça, de madrugada, devidamente distinguida quando se tratava de roupa alheia, fosse através das iniciais ou pequenas estrelas, flores ou ilhós. A roupa era levada para o lavadouro, por exemplo, onde as lavadeiras a ensaboavam e esfregavam com os punhos fechados. Depois eram estendidas no chão, durante cerca de dois dias, com o sabão e ainda molhada, voltava a ser demolhada no lavadouro, para retirar o sabão e enxaguar, sendo depois seca em cordas. Após este processo, dobrava-se e espalmava-se com as mãos ou então passava-se a ferro e estava pronta a vestir…

Vendedeira de galinhas “Ó freguesa….essa até tem ovinhos” As vendedeiras de galinhas carregavam os animais em canastras armadas em gaiolas com rede esticada em forma de barraca e, no seu curto, mas muito eficaz, discurso, garantiam a todos os clientes que todas as galinhas eram boas poedeiras. Na época, era habitual criarem ou comprarem criação para ter em casa, como reserva alimentar. Moço de fretes Os moços de fretes pairavam nas esquinas das ruas da cidade, prontos para aceitar fretes/serviços a troco de dinheiro. Reconhecidos pela sua discrição, faziam de tudo um pouco, desde entregar correspondência confidencial, entregas ao domicílio, carregamentos de mobílias, mercearias e afins e até efetuavam pagamentos. Tendo em conta a responsabilidade da profissão, parece que os seus serviços eram muito bem pagos.

Matosinhos apoia o comércio local

Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view

Num ano completamente atípico como 2020, que tem merecido uma atenção redobrada e uma resposta cada vez mais rápida e eficaz da Câmara Municipal de Matosinhos às necessidades dos milhares de empresários do concelho, o executivo liderado por Luísa Salgueiro anunciou uma nova estratégia para ajudar o comércio e serviços de proximidade locais “fortemente penalizados” pela covid-19. As medidas visam apoiar o desenvolvimento da atividade comercial do município, atraindo cada vez mais clientes e, simultaneamente, promovendo a “sustentabilidade desta revelante e carismática área” da economia local, através da sua inclusão efetiva nas opções de compra dos consumidores.

ACâmara Municipal de Matosinhos, em parceria com a Associação Empresarial do Concelho (AECM), vai comparticipar ações de promoção e dinamização do comércio e serviços de proximidade “fortemente penalizados” pela pandemia de covid-19. A assinatura do protocolo, orçado em 120 mil euros, decorreu em novembro e estará em vigor durante um ano, tendo como objetivo principal apoiar os empresários do concelho e, simultaneamente, potenciar e desenvolver a atividade económica do mesmo, numa altura em que o país enfrenta aquela que é já considerada a pior vaga da pandemia, que está a ter consequências nefastas na economia do país. O protocolo aprovado inclui também a criação de um sistema de fidelização com cartão de pontos - físico e digital -, que poderá ser utilizado em todos os espaços comerciais e serviços aderentes assim como o desenvolvimento de um livro de vouchers com descontos e ofertas atribuídas pelos lojistas para distribuição pela comunidade matosinhense. Além disso, os comerciantes e clientes do concelho passarão ainda a ter ao seu dispor um marketplace digital multivendedor, “ajustável a dispositivos móveis, que permita a gestão da plataforma por um administrador e que possibilite a criação de lojas online diferenciadas por cada espaço comercial e de serviços”. De acordo com a proposta, a plataforma em causa permitirá “pagamentos únicos dos consumidores diretamente a cada lojista sem necessidade de intermediários”, através de referência

O “regresso ao comércio tradicional” é entendido pelo executivo não só como essencial para a retoma económica, mas também como uma oportunidade para os comerciantes locais e uma responsabilidade para todos os “bons vizinhos” de Matosinhos.

De acordo com a autarquia liderada por Luísa Salgueiro, as iniciativas são desenvolvidas com o objetivo de atrair mais público para o comércio local a curto prazo, mas, sobretudo, com o objetivo de, a médio e longo prazo, promoverem a sustentabilidade desta relevante e carismática área da economia local, através da sua inclusão efetiva nas opções de compra dos consumidores.

multibanco, mbway, paypal e cartão de crédito, sendo que assegurará ainda “a possibilidade de rastreio e notificação em tempo real do estado da encomenda e entrega” junto da transportadora. O plano de formação em literacia digital e o apoio na criação e gestão dos meios digitais e das páginas das redes sociais de Facebook e Instagram, onde se inclui “a criação de imagem gráfica e plano de publicações” dos espaços aderentes, são apenas mais duas das inúmeras vantagens que os lojistas terão ao candidatarem-se ao protocolo. No âmbito deste, inclui-se também a produção de meios físicos de comunicação e promoção do projeto, através de rollups, pendões, faixas, folhetos, cartões, convites, cartazes, mupis e vouchers. As ações em causa serão asseguradas pela Associação Empresarial, que está ainda encarregue de, no decorrer das atividades, promover a “redução do consumo de produtos descartáveis de plástico, implementar práticas de marketing ambientalmente sustentáveis, diminuindo a distribuição de ofertas e brindes de plástico e cumprir a proibição do lançamento de balões”, respeitando, assim, a recomendação da Assembleia Municipal de Matosinhos de dezembro de 2018.

Natal em Matosinhos 2020: O incentivo à retoma do comércio

À semelhança dos anos anteriores, as propostas da Câmara Municipal para este Natal enquadram-se na “estratégia de dinamização, revitalização e diferenciação dos negócios locais e do comércio tradicional e local” em curso nos últimos anos. Com estas

iniciativas, que incluem a realização de concursos de montras e de sorteio de vales de compras, a ilustração de montras de estabelecimentos comerciais e dos mercados municipais e a decoração e animação musical da Rua Brito Capelo, a autarquia pretende potenciar o regresso dos clientes “ao comércio tradicional”, completamente estruturado para receber a população com toda a segurança necessária no atual contexto de pandemia. Além destas ações, o município mantém, ainda, as iluminações de Natal, ornamentando as ruas do concelho a preceito para “dar alguma beleza e cor às diversas artérias” neste momento particularmente difícil que o país e a região Norte, em particular, atravessam. Por sua vez, decidiu avançar com o cancelamento do programa de Natal e Ano Novo que, nesta época, costumava animar as várias ruas do município, com espetáculos, concertos, fogo de artifício e a “tradicional instalação de luz e som” em frente aos Paços do Concelho, de forma a limitar o mais possível a aglomeração de pessoas e, consequentemente, evitar a incidência de novos contágios na população. A verba poupada nestas ações, num total de 150 mil euros, será transferida para o Fundo de Emergência

Autarquia também criou serviço de entrega de refeições ao domicílio para apoiar a restauração nos fins de semana de confinamento. No âmbito do encerramento forçado dos estabelecimentos de restauração durante os fins de semana, em virtude do agravamento das medidas decretadas no novo Estado de Emergência, a Câmara Municipal, em conjunto com o setor da restauração local e a MATOCOOPER – Cooperativa de Táxis do concelho, criou um serviço de “entregas ao domicílio” de refeições, completamente gratuito para restaurantes e clientes, que abrangeu todo o concelho de Matosinhos e os concelhos limítrofes num raio de cinco quilómetros, num total de 54 uniões de freguesias de Vila do Conde, Maia, Valongo, Gondomar, Porto e Vila Nova de Gaia. Intitulado “matosinhos. come”, o serviço, que surgiu como uma medida de apoio criada com a finalidade de manter, tanto quanto possível, a habitual atividade dos restaurantes do concelho, permitiu a milhares de famílias continuarem a “ser servidas com o sabor e o sabor da gastronomia ímpar” de Matosinhos. “Ajude a nossa restauração”, apelou, na altura, o município, alertando que o setor tem cerca de 1.200 restaurantes que empregam mais de cinco mil pessoas no concelho, tratando-se, por isso, de um setor com “uma importância social e económica de enorme relevância”.

Municipal – Empresas e servirá para apoiar os pequenos estabelecimentos comerciais do concelho. A decorrer até 6 de janeiro, as iniciativas em causa pretendem “valorizar o comércio tradicional, incentivar a atividade económica nas artérias comerciais do município e recuperar a memória coletiva das principais zonas de concentração deste comércio de proximidade”, contando com a parceria da Associação Empresarial do Concelho de Matosinhos e o apoio da Associação para a Revitalização da Rua Brito Capelo, Uniões de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Matosinhos e Leça, Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo S.M. Infesta e Senhora da Hora. Com esta estratégia, intitulada “Programa de ativação de Natal do comércio tradicional”, na qual se inclui também a emissão e distribuição de vales de compras e de vales de oferta no comércio tradicional de Matosinhos, a autarquia prevê “um efeito multiplicador”, através das compras privadas que possa estimular, que se poderá traduzir “num volume de compras cerca de 100 mil euros”.

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