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Ano 14 - n.º 159 - setembro 2019
Preço 0,01€
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida PARQUE NASCENTE, loja 409 EMPORIUM PLAZA, Loja 101
Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org EXCLUSIVO
> Págs. 24 e 25
Futuro Parque Urbano de Gondomar
• "Hoje quem entra em Gondomar vê prédios altos, um supermercado e um terreno a monte." • "Com este projeto daremos um novo ar a Gondomar e um ar de futuro à cidade."
Sociedade Medieval de Rio Tinto: "O ponto mais positivo foi a satisfação das pessoas " > Pág. 6
Carlos Brás: "Gosto de novos desafios" > Pág. 16 e 17
Política Noite Branca: 120 mil nas ruas de Gondomar > Pág. 18
Cais da Lixa: "Uma âncora no desenvolvimento do município" > Pág. 27
Cultura Festas do Concelho: "Traga um amigo e venha visitar as festas do concelho" > Pág. 33
Desporto Ali Butcher: O treinador de campeões > Pág. 38
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2 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Editorial Foto DR
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT
Caros leitores,
SUMÁRIO:
FICHA TÉCNICA
Breves
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06
Página 4
Sociedade
Páginas 6 a 22
Entrevista VivaCidade Páginas 16 e 17
Destaque
Páginas 24 e 25
Política
Páginas 26 a 28
Cultura
Páginas 30 a 33 Empresas e Negócios Páginas 34 e 35
Desporto
Páginas 38 a 40
Lazer
Página 44 Opinião Páginas 46 e 47
PRÓXIMA EDIÇÃO 30 OUTUBRO
Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE241A) Redação: Carlos Almeida e Nelson Mota Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade NIF: 507632923 Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200518 Porto Colaboradores: Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Inês Borges, Isabel Santos, Joana Aleixo, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Paulo Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org
Foto DR
Já entramos no período de campanha eleitoral. Independentemente do sentido e orientação de voto de cada um, que toda a comunicação social deve respeitar, apelo aos cidadãos, com capacidade de voto nestas eleições para exercerem este dever e este direito de forma cívica e para o fazerem de forma informada e inteligente. Informada porque os eleitores devem procurar perceber o que cada uma das propostas eleitorais tem em cima da mesa e como pretendem concretizar essas propostas. Devem perceber a composição das listas, procurando as competências, formação e capacidade que os futuros eleitos vão ter para executar ou fazer executar as propostas que realizam. Devem procurar conhecer o passado de cada candidato e, se já tiverem sido deputados, observar a forma como defenderam a região no parlamento e como dizem agora que a vão defender. Por exemplo, apoiaram ativamente os planos para obras estruturantes como o desenvolvimento das linhas de metro que podem servir Gondomar? Ou no seu registo de intervenções como deputados nunca defenderam quem os elegeu? Para tal, devem
os eleitores procurar assistir aos debates e entrevistas que os candidatos vão dar ao longo de toda a campanha para perceberem quem e como é a sua região fica mais bem defendida. Inteligente porque só votando nas listas certas (nas pessoas certas) podemos desenvolver a nossa região. E se poderá parecer fácil votar desinformadamente a verdade é que as consequências de um voto desinformado e, por isso, pouco inteligente podem ser brutais para Gondomar. Claro que isto não é fácil. É por isso que falo aqui do dever de cidadania. Porque ir às eleições colocar uma cruz, à sorte ou por causa da influência de um amigo, é fácil. Difícil é fazer escolhas informadas e feitas em função do que é melhor para Portugal e para a região. Isso já é difícil. E dá trabalho. E não chega. Porque o nosso voto sozinho não altera nada, é preciso que os votos dos amigos, conhecidos e familiares também seja informado e inteligente e isso significa que temos a obrigação de informar e discutir com todas as pessoas como devemos votar. Claro que vamos discordar muitas vezes e com muitas pessoas. Mas da discussão nasce a luz e só falando sobre o melhor futuro que podemos querer para Portugal conseguiremos caminhar para lá.
Ao longo de vários pontos da freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova, foram espalhadas placas com a mensagem “Apanhe o presente melhore o ambiente”, numa iniciativa promovida pela Junta da União das Freguesias de forma a sensibilizar as pessoas em recolher os dejetos dos seus animais de estimação.
O Relvado do Estádio de S.Miguel, local habitual de jogos do Gondomar Sport Clube, foi vandalizado durante a madrugada de domingo para segunda feira.
Viva Saúde Paulo Amado*
Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia
* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO
NOVO DESTINO DE IMIGRAÇÃO - "CÁ DENTRO" Estimados leitores, poderão questionar alguns o que tem a ver este tema com saúde. Poderão entender no final do artigo. Durante mais de 12 anos fui professor Universitário nas áreas da Medicina, Fisioterapia, Enfermagem e outras de saúde. Ajudei a formar muitos profissionais que hoje encontro muitas vezes e felizmente muitos com sucesso profissional. No entanto uma parte significativa dos meus ex alunos, tiveram de imigrar para Inglaterra, França, Dinamarca, etc. Pois o nosso querido país deixou de lhes poder proporcionar um futuro profissional como mereciam. Em muitos casos investimos na formação deles, mas depois perdemos esses valores para outros países muito mais atrativos economicamente. Uma geração de quadros superiores que desapareceram de Portugal. Todos nós conhecemos esses exemplos quer em amigos ou mesmo familiares. Mas tudo isto está a mudar. Então para onde ? Surpreendam-se, para LISBOA... Tenho ido colaborar numa clinica / hospital em Lisboa e percebi que estou numa economia de mercado de emprego e não só, muito diferente do Porto. Já não comparo com o restante país, mas é notório a capacidade de empregos para jovens licenciados. Em 3 enfermeiras que colaboraram comigo nessa clinica 2 eram do norte do país, uma
de Braga com 6 meses de atividade e outra de Barcelos acabada de ser empregada !!!! Questionei-lhes, porquê que vieram para Lisboa, como se não soubesse a resposta, mais do que esperada, não tinham emprego no Norte. Outro exemplo, passa-se com um familiar meu próximo, Advogado recém formado, já com estágio e o melhor que encontrou foi um escritório de advogados famoso da cidade do Porto, onde quase, por favor, lhe pagavam o ordenado mínimo !!! Em boa hora lhe disse, se queres ser alguém bem sucedido profissionalmente, vai para Lisboa, para quem começa uma carreira profissional tem muito mais oportunidades. Por várias coincidências, o destino assim fez, foi para Lisboa após concorrer a um emprego numa sociedade de advogados e sem “cunhas” entrou de imediato, auferindo apenas o dobro do que anteriormente ganhava. Ao fim de 2 meses despediu-se deste emprego, situação que me colocou em ansiedade, mas ao qual ele me respondeu para não me preocupar que não durava muito tempo arranjaria ainda melhor ?!? E assim aconteceu, após um mês já tinha outro emprego ainda a ganhar mais ou seja quase 3 x mais do que ganhava no Porto. Então o que se passa ? Será uma nova onda de imigração “cá dentro”. Não sou regiona-
lista ferrenho pois Portugal é tão pequeno que não se justificaria, mas o certo é que não conheço outro país Europeu tão centralizador de tudo na sua capital. Tenho imensos amigos lá e sinto a cidade como também se fosse a minha casa, no entanto é cada vez mais notória a centralização do poder económico na capital, e no resto do país a economia , parou. Será que ninguém vê isto ??? Senhores políticos estão acordados, ou não convém? Ficamos todos a perder com este centralismo, mas esperemos que um dia surja a honestidade política de uma maneira eficaz e concreta alterar esta tendência. Será difícil, pois todo o poder político está também centralizado na nossa capital. Bem dizia o meu amigo Dr. Rui Gomes da Silva, que em jovem saiu de Rio tinto para ser alguém na capital. Provou que tinha razão pois até vice primeiro ministro chegou, deputado da assembleia da república, advogado de sucesso, comentador de renome televisivo, ex-vice presidente do Benfica e quiçá futuro presidente. Duvido muito que tivesse as mesmas oportunidade, se pelas terras do Norte tivesse ficado... Rui tinhas razão... Infelizmente, mas é o Portugal que temos. Mensagem final, para pensar...
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4 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Breves Domingos Paciência deu palestra no SC Montezelo Foto DR
Domingos Paciência, marcou presença nas instalações do SC Montezelo, e deu uma palestra a jovens atletas, treinadores, dirigentes e pais de atletas. Entre vários temas, focou na sua experiência enquanto atleta e treinador profissional e deu conselhos aos mais novos de como gerir melhor a sua carreira desportiva.
46 toneladas de resíduos recolhidos no 1º semestre de 2019 em Festas e Romarias revertem a favor de Causas Sociais Foto DR
Durante este semestre, o projeto de recolha decorreu já em 13 festas e romarias e contou com ações de sensibilização presencial a 280 comerciantes, de forma a que os mesmos devolvessem corretamente os resíduos que produzem para reciclar. Com a colaboração de todos, a LIPOR recolheu nas festas e romarias 3 vezes mais toneladas de resíduos do que no 1º semestre no ano anterior.
Intercâmbio Colours of Equ(all)ity Foto PSF
Colours of Equ(All)ity é o primeiro intercâmbio de Jovens que os Azes Valboenses estão a coordenar e que está a decorrer em Valbom do dia 19 ao dia 25 de Setembro. Este é um projeto de mobilidade, financiado pelo programa Erasmus+, com a participação de 24 jovens de Portugal, Espanha, Itália e Grécia.
HE realiza protocolo com Águas de Gondomar Foto DR
Dando seguimento à Estratégia Europeia sobre Plásticos e na consequente redução da pegada ecológica, o HE-UFP delineou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e assumindo compromissos climáticos globais na redução da utilização e consumo de plástico. Este é, mais, um contributo do Hospital-Escola Fernando Pessoa para reduzir a pegada ecológica para a garantia de um futuro cada vez sustentável.
6ª edição Corrida da República Generali Foto DR
Rio Tinto recebe no dia 29 de setembro de 2019 às 10h00 a 6ª edição Corrida da República Generali, uma organização da EventSport e Junta de Freguesia de Rio Tinto. Esta edição é composta por uma Corrida de 10 Km e a Caminhada de 5 Km percorridas ao longo da Avenida da Conduta.
Apresentação do projeto para o Parque Urbano de Gondomar Marco Martins irá apresentar no próximo dia 26 de setembro pelas 11h, o projeto para a construção do novo Parque Urbano de Gondomar em frente à Biblioteca Municipal de Gondomar. 106º aniversário Bombeiros de Gondomar A Cerimónia Evocativa do 106.º Aniversário realizou-se no dia 21 de setembro de 2019 no Auditório Municipal de Gondomar. Caminhada Comunitária em Valbom No dia 29 de setembro vai se realizar uma caminhada pelas ruas de Valbom para angariação de fundos para obras na igreja matriz. A corrida começará a partir das 9 horas da manhã com saída no Centro Social de Valbom.
“Rota da Zorra” Dia de 13 de outubro realiza-se a “Rota da Zorra” com uma caminhada de 8km e uma prova de BTT de 25km.
Museu mineiro celebra 30º aniversário Para comemorar esta data irá ser inaugurada a 30 de setembro pelas 21h30, uma exposição histórica que será acompanhada por um momento musical.
Jorge Fonseca recebe dorsal de campeão do mundo no Multiusos O recém Campeão do Mundo na categoria (-100 kg) Jorge Fonseca estará presente no Multiusos de Gondomar para receber o seu dorsal de Campeão Mundial.
11º aniversario Dragon Force no Gens SC Alex Telles, Otávio e Soares sur- “Trilhos do Sousa” preenderam os jovens atletas da reNos próximos dias 28 e 29 de setemcém-inaugurada Academia Dragon bro, em Foz do Sousa e Covelo, deForce – FC Porto no Parque Descorrerá uma iniciativa solidária do portivo do Gens SC em Gondomar. centro social paroquial de S.João da Foz do Sousa, com um trail kids, um Cerimónia no Agrupamento trail de 10km e 15km e uma camide Escolas n.1 de Gondomar nhada de 8 km. No dia 25 foi realizada a cerimónia de recondução ao lugar de diretora do Agrupamento de Escolas n.1 de Gondomar da Doutora Lília Dia mundial da Música Ana Santos Silva, na escola sede do em Fânzeres e São Pedro agrupamento, Escola Secundária de da Cova Gondomar, pelas 21:00. No próximo dia 1 de outubro pelas 22h no Largo Júlio Dinis e às 15h30 Freestyle Motocross no Coreto do Museu Mineiro irá Os melhores pilotos europeus e es- decorrer um momento musical a pecialistas em backflip e frontflip cargo do “Movimento Sénior” da marcarão presença no Multiusos de Junta de Freguesia de Fânzeres e São Gondomar no dia 5 de outubro pe- Pedro da Cova. las 21h30 “Salta para o Guiness” Foi batido o recorde de mais pessoas numa aula de mini trampolim no Multiusos de Gondomar, estando presentes 750 pessoas que entraram para o Guiness.
Cinema Fora do Sítio O cinema ao ar livre volta ao Parque Urbano de Rio Tinto com o filme “Homem Aranha: Longe de Casa”, pelas 21h30 no dia 28 de setembro.
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VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Sociedade
A X Feira Medieval de Rio Tinto foi uma vez mais um sucesso Milhares de pessoas visitaram a Quinta das Freiras entre os dias 12 e 15 de setembro para vivenciar e fazer parte da recriação histórica da 10ª edição da Feira Medieval. Foram mais de 16 mil pessoas que garantiram ingressos num evento com muita festa e espetáculos à mistura. A Quinta das Freiras foi uma vez mais o palco escolhido para acolher a Feira Medieval e, apesar da mudança do paradigma do estilo da Feira com o evento a ser à porta fechada, a verdade é que o público e os comerciantes aderiram em massa e deixaram-se envolver pelo espírito da Medieval. O “casal real”, Isabel Andrade e Onofre Varela, mais conhecidos por Dna. Surbia e D.Tremoço, respetivamente, revelaram-se “surpreendidos com a quantidade de visitantes”, num evento que segundo eles “superou as expectativas”. Ao percorrermos o ambiente envolvente da Medieval, cruzamo-nos com António Moura, um dos muitos comerciantes que compõem o cenário da feira e que já faz parte da mesma há 8 anos com o carrossel medieval. “Esta é uma das grandes feiras desta zona e os mercadores continuam a vir cá desde há 8 anos e são os mesmos, é porque de facto vale a pena vir à Feira Medieval. Eu estou enraizado nisto e não vou largar mais porque já está no sangue. As Feiras Medievais para muita gente são um escape, mas o espírito da Feira Medieval é a amizade que se cria entre os mercadores ao longo de vários anos, com as várias organizações. Para mim, esta é uma das boas feiras
Medievais, apesar de não ter um tamanho enormíssimo que têm algumas, apesar disso é feita num local muito engraçado e o fundo da tela chama a atenção” Por sua vez, Conceição Neves, estreou-se este ano na Feira Medieval de Rio Tinto em parceria com a Câmara Municipal na Rota da Filigrana. “É muito agradável esta feira, como é o primeiro ano não tenho muito termo de comparação em relação aos outros anos a nível do público em geral, mas parece-me ser uma feira com bastante assiduidade, com bastantes pessoas, pelo menos daquilo que eu vejo sempre a entrar e a sair. As pessoas aqui estão a ser muito simpáticas, a organização está sempre preocupada se está tudo a correr bem. Tenciono voltar para o próximo ano a esta Feira Medieval, que seja a primeira de muitas”.
"A nossa Feira terá que ser uma Feira pequena, mas com muita qualidade e vamos apostar nos pormenores, na qualidade dos espetáculos, em quem está a vender e na decoração" Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, fez um balanço positivo da edição deste ano e considera que a principal “prova de fogo” foi cumprida com sucesso. “Fazer um evento à porta aberta ou fechada muda tudo em todos os aspetos, quer em questões da qualidade do espaço, na segurança, na limpeza, não é a mesma coisa. Ultrapassou as nossas expectativas, nós queríamos atingir as 10 mil entradas pagas. Passamos as 16 mil pessoas que é um número muito interessante e permitiu que tirássemos algumas ideias e que fizéssemos algumas avaliações para que a 11ª edição em 2020 já tenha outras
adaptações e outras regras”. O autarca lembrou relembrou que, apesar do recinto da Quinta das Freiras ser pequeno, trata-se de um sítio de excelência e com muita qualidade. “Não é agradável para uma Feira Medieval num recinto como a Quinta das Freiras, que as pessoas se andem a acotovelar e não conseguiam circular e que não consigam jantar em lado nenhum. Essas situações ocorrem em recintos de porta aberta, em que não há controlos de entradas. O recinto da Quinta das Freiras é um recinto pequeno, tem as suas limitações e nunca podemos descurar as questões de segurança das pessoas que estão lá dentro, mas a Feira Medieval é realizada num sítio de excelência. Todos os comerciantes que fazem mais de 20 feiras medievais por ano, dizem que não há nenhum recinto como a Quinta das Freiras, em que esteja uma feira quase toda ela à sombra. "A nossa Feira terá que ser uma Feira pequena, mas com muita qualidade e vamos apostar nos pormenores, na qualidade dos espetáculos, em quem está a vender e na decoração”. O presidente da Junta de freguesia de Rio Tinto admitiu que “ainda há muitas coisas a adaptar” relembrando as pessoas que podem dar as suas opiniões e palpites através do inquérito online. “A X Medieval teve este enquadramento e teve esta dinâmica, o que podemos mudar durante o evento mudamos, o que não conseguimos mudar, em 2020 será mudado”, acrescentou. Em relação ao ponto mais positivo da Feira Medieval, Nuno Fonseca não hesitou em escolher. “Foi a satisfação das pessoas. A grande maioria das pessoas que foram à Medieval deram o seu tempo por bem empregue, notaram claramente uma diferença qualitativa entre a nona e a décima”. Para a próxima edição da Medieval celebramse os 1100 anos da lenda. Onze séculos, onze medievais, num ano que será certamente dedicado à lenda e à história de Rio Tinto. ■
Fernando Gonçalves – público Já é o terceiro ano que venho cá e gosto, sou daqui do lado de Baguim do Monte e acho isto uma feira bonita. Também venho cá com os meus filhos para lhes mostrar como era antigamente. Acho que este ano a Feira está melhor, está mais decorativa. Ainda venho cá nos dias que faltam e hoje ainda vou dar mais uma volta, vim mesmo aqui com a ideia de dar um passeio.
Mónica Gonçalves – público Já é normal vir aqui, gosto muito de cá vir. Gosto de ver este ambiente antigo e da maneira que as pessoas se vestiam, a forma como dançam e recuamos um bocado no tempo. As crianças ficam muito admiradas e estão naquela fase das perguntas e é uma noite diferente. A noite de hoje também puxa, não está muito cheio. Já vim cá um ano em que nem sequer se podia andar aqui. Fiquei um bocado espantada em ter que se pagar entrada este ano, não estava a par da situação, mas não deixei de vir.
VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Sociedade
Notícias breves Uma das estratégias centrais para levarmos por diante estes quatro objetivos estruturantes estabelecidos para o Agrupamento de Escolas n.º1 de Gondomar prende-se com o incentivo à leitura e à escrita, estratégia que consubstancia o nosso tema central para este ano - os Media. É, assim, neste contexto, que, ao longo do ano, numa parceria com o Jornal VivaCidade os nossos alunos irão responsabilizar-se por uma página deste jornal.
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4 objetivos estruturantes da nossa ação: ● Continuar a aposta na riqueza e diversidade da nossa oferta educativa ● Reforçar a abertura do agrupamento ao exterior: às famílias, às empresas e a diversas instituições ● Apostar numa escola mais sustentável, para nos tornarmos num agrupamento sem plástico ●Aumentar o número de projetos em desenvolvimento e respetiva participação em concursos externos
Lília Silva, Diretora do AEG1
A equipa do jornal escolar... ✓ pretende dinamizar duas vertentes que partilham objetivos idênticos: mensalmente, organizará uma página do VivaCidade e, trimestralmente, publicará o jornal do AEG1. ✓ será constituída por professores e alunos que, no agrupamento, manifestem vontade de colaborar na seleção e no tratamento de texto e de
imagens e/ou no envio de material diverso produzido pelos alunos do AEG1 e/ou facultando informações acerca de atividades realizadas ou a realizar, etc. ✓ aceita candidaturas de alunos do AEG1 ✓ abre concurso para ser dado um nome ao jornal escolar.
Com este Projeto de parceria com o Jornal VivaCidade, a equipa visa PROMOVER, nos alunos, • RESPONSABILIDADE • COMPROMISSO • OPINIÃO • ARGUMENTAÇÃO
• ORGANIZAÇÃO • PLANIFICAÇÃO • ESCRITA COM CORREÇÃO
Laboratório de Inov@ção e Desenvolvimento de Projetos na Escola Secundária de Gondomar Fora dos momentos formais de ensino-aprendizagem no domínio prático-laboratorial e experimental, a generalidade dos alunos não acede aos laboratórios para desenvolver atividades onde possam “pensar com as mãos” e “aprender fazendo”, que lhes permita aplicar as suas capacidades para criar, fazer, experimentar, construir e partilhar. Sensíveis aos desafios que são hoje colocados às escolas, em setembro de 2018, na Escola Secundária de Gondomar, um grupo de professores das áreas das Ciências, da Informática, das Tecnologias e das Línguas fundou o LABi9 e integrou-o na Rede de Clubes de Ciência Viva na Escola. Neste âmbito, candidatou-se e obteve um financiamento de 10 000 euros do Programa Operacional Capital Humano – POCH, concedido pelos
fundos da União Europeia. Com esta verba vai dinamizar um amplo conjunto de atividades inscritos nos seus 10 eixos de ação. O Clube de Ciência Viva conta com várias parcerias e apoios, na qual se inclui a Câmara Municipal de Gondomar, e, durante o mês de maio, dinamizará uma Feira de Ciência aberta a toda a comunidade, professores, pais e cerca de 1900 alunos do Agrupamento, do 1.º ciclo do ensino básico ao ensino secundário e profissional. Com todas as iniciativas que já desenvolveu e virá a desenvolver, pretende promover a difusão do ensino experimental das ciências e de promoção da cultura científica e tecnológica, apoiando ações dirigidas à promoção da educação científica e tecnológica dos alunos do Agrupamento de Escolas n.º1 de Gondomar.
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VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Sociedade
Cerimónia de entrega do Selo “Escola Amiga da Criança” no Multiusos No dia 20 de setembro foram entregues os selos “Escola Amiga da Criança” na Sala D'Ouro do Pavilhão Multiusos de Gondomar. A cerimónia teve organização da FAPAG, numa iniciativa lançada pela Confap, apoiada pela Leya Educação e este ano, teve ainda, o Alto Patrocínio da Presidência da República. Perante um Multiusos lotado, foram distinguidos centenas de projetos de nove Agrupamentos públicos e três Estabelecimentos de Ensino particulares do Concelho de Gondomar com os selos “Escola Amiga da Criança”. Ainda antes da distribuição dos selos, o Multiusos pôde assistir
a uma emocionante peça de teatro, cortesia da Fundação Nuno Silveira com o mote de que, apesar das diferenças de cada um, todos merecemos as mesmas oportunidades. As escolas premiadas com o selo “Escola Amiga da Criança” foram o Centro Escolar de Valbom, o Col. Paulo VI, Esc. EB 1 Alvarinha, Esc. Eb 1 da Lagoa, Esc. EB 1 de Arroteia, Esc EB Nº1 Gondomar (Centro Escolar), Esc. EB 1/JI de Montezelo, Esc. EB 1/JI Pinheiro de Aiém, Esc. EB 2/3 Fânzeres, Esc. EB 2/3 Infanta D. Mafalda, Esc. EB 2/3 Jovim, Esc. EB 2/3 Júlio Dinis, Esc. EB 2/3 Marques Leitão, Esc. EB 2/3 Rio Tinto, Esc. EB 2/3/S Á Beira Douro, Esc. EB 2/3/S Rio Tinto, Esc. ES/3 Gondomar, Esc. ES/3 S.Pedro da Cova, Esc. ES/3 Valbom, Esc. Profissional de Gondomar, Ext. Santa Margarida, Jard.Inf. Quinta do Sol e Jardim de Inf. Arroteia. Carlos Monteiro da FAPAG enalteceu o orgulho sentido na organização pela segunda vez da cerimónia. “Se no passado brilhamos a nível nacional pela qualidade e pela quantidade de projetos, este ano superamos
todas as metas quer na quantidade de projetos, quer no número de estabelecimentos públicos, privados, inclusive profissionais que foram distinguidos”. Carlos Monteiro referiu ainda a contribuição na “construção destas crianças e jovens em serem melhores cidadãos”. Para Aurora Vieira, vereadora da Câmara Municipal de Gondomar, “as escolas foram a organização pública que mais evoluiu nestes 30 anos, que mais acesso deu e que garantiu a liberdade e a democracia para
que todos tenham direito a ascender e a ter sonhos”. Por sua vez, Jorge Ascensão da CONFAF relembrou a origem do projeto. “Este projeto nasceu de uma ideia humilde que foi lançada com parceiros que assumiram o compromisso e a confiança mútua entre todos para podermos lançar às escolas este nobre e digno desafio de poderem partilhar as suas boas práticas e poderem mostrar que afinal nós temos de facto uma educação de excelência por todo o país”. ■
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Sociedade POSTO DE VIGIA Manuel Teixeira
* Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)
Portugal de Sá Carneiro tem nova oportunidade 1 – No próximo dia 2 de dezembro completam-se 40 anos sobre as eleições legislativas que levaram Francisco Sá Carneiro a Primeiro Ministro, numa coligação com o CDS e o PPM. Ao tempo poucos acreditavam numa profunda viragem da governação. Foi um passo histórico na então jovem democracia portuguesa, por duas razões fundamentais: a quebra de um ciclo de governação socialista; e o lançamento de um vasto programa de reformas estruturais. A tragédia de Camarate interrompeu definitivamente o percurso político do promissor líder dos social democratas. Mas nos curtos onze meses de governação, Sá Carneiro demonstrou uma notável capacidade reformista, ao iniciar o processo de libertação do peso do Estado sobre a economia, pela privatização das indústrias nacionalizadas, e pelo processo da reforma agrária no Alentejo. Foram onze meses avassaladores em reformas estruturais. 2 – É oportuno recordar que foi a partir do Porto que Francisco Sá Carneiro deu os primeiros passos na atividade política, movido por um forte espírito de democratização do país, através da ala liberal, ainda na era marcelista. Sem grande sucesso imediato, mas o suficiente para o seu ideário ir levedando no velho regime. O Porto e o Norte reviam-se em Sá Carneiro, com toda a alma de um povo que nunca se vergou aos ditames de ditadores, nem aos conformismos situacionistas, já em plena democracia. Ninguém é capaz de imaginar até onde teria ido Francisco Sá Carneiro, enquanto primeiro-ministro, se não tivesse sido assassinado, conjuntamente com o seu ministro da defesa, e ainda mais quatro pessoas. Mas as suas lições, a sua resiliência, o seu inconformismo, e o seu exemplo continuam a perdurar no imaginário de milhões de portugueses. Sobretudo neste povo do Norte, amante de liberdade, tolerante e solidário, trabalhador e criador de riqueza. Este povo que ao longo da história nunca se rendeu nem desistiu. 3 – Passadas quatro décadas, o Porto, o Norte e o País voltam a ter a oportunidade de retomar o legado político de Francisco Sá Carneiro, neste século de desafios para um novo mundo. Porque pela primeira vez há um legítimo herdeiro e intérprete daqueles mesmo ideais, sempre assumidos por Rui Rio, enquanto líder do PSD, e agora candidato a Primeiro Ministro nas próximas eleições. Dir-se-á que, 40 anos depois, há uma oportunidade para reabrir um consistente processo de reformas políticas para o país. Os portugueses precisam de alguém que lhes devolva a esperança e a confiança num futuro de prosperidade e desenvolvimento sólido e sustentado. Um país que possa enfrentar as crises com a segurança de um governo robusto, e de uma economia moderna, capaz de ombrear com os nossos parceiros mais prósperos da União Europeia. Um Portugal para todos, justo e solidário, sem preconceitos ideológicos, e de vocação universalista. Um Portugal para o século XXI, onde todos nos orgulhemos de nascer, viver e morrer.
José Paiva: “A cada ano que passa há mais gente a vir cá” O VivaCidade esteve presente no encerramento da VI Semana Cultural de Melres e Medas e com o auxílio de José Paiva, presidente da União das Freguesias, ficamos a saber tudo sobre os oito dias de festa. Qual é o balanço é que faz destes 8 dias da VI Semana Cultural de Melres e Medas? O balanço é extremamente positivo, tivemos grandes espetáculos, grande afluência de público, toda a gente ficou satisfeita e por isso, o balanço que fazemos é muito bom. Consegue eleger o ponto mais alto desta semana cultural? Tivemos vários e com grande afluência de público e julgo que terminamos com chave de ouro. Mas quero realçar o Encontro de Dança que ocorreu no dia 14, que tivemos aqui milhares de pessoas, o concerto da Banda de Rio Mau na sexta-feira que também foi uma enchente total e hoje também tenho a certeza que vai ser igual. Acho que são estes os três momentos marcantes. Também tivemos outros que pela sua especificidade também nos marcaram muito e estou a falar, por exemplo, de um concerto na quinta-feira dos “appSound”, da Vila Urbana de Valbom. Tivemos também aqui uma tarde divertida de JetSki para invisuais e estes momentos marcam-nos muito, porque não é a quantidade de pessoas que estão a ver esses espetáculos, mas sim a qualidade e a alegria que, estas pessoas que têm estas carências, sentem ao estarem presentes nestes eventos e é de facto algo que nos toca a todos.
próprios já sentem isso e dão o melhor de si em prol desta semana cultural porque verificam que é o esforço deles que é recompensado quando corre tudo bem. Sabemos que é impossível não falhar nada, mas na nossa intenção é que nada falhe e já estamos a preparar algumas alterações para o próximo ano. Aliás, já tínhamos chegado a essa conclusão ainda antes da semana cultural começar e verificamos nos últimos preparativos que há pormenores que têm de ser corrigidos e é para isso que estamos cá. Consegue adiantar quais os pormenores que referiu para a edição do próximo ano? Sim, se calhar a questão do estacionamento, a questão da própria tenda das tasquinhas. Criar mais condições para quem está a trabalhar, porque estão a fazer um esforço enorme e a nossa obrigação é criar as melhores condições possíveis. Em relação à adesão comparativamente com a edição passada, consegue fazer uma comparação se esta foi ou não superior? Pela perceção que tenho é que a cada ano que passa há mais gente a vir cá. Este ano no Festival de dança da semana cultural, tivemos cerca de 350 miúdos e para além de grupos de Gondomar tivemos grupos de Santa Maria da Feira, Paços de Ferreira e de Penafiel. Da nossa experiência, normalmente quem vem cá uma vez volta, porque gostam, o ambiente é fantástico e se as condições atmosférica forem propícias, nós temos aqui seguramente sempre muita gente e é isso que tem acontecido ano após ano. ■
Estes 8 dias da semana cultural exigem muito da vossa parte tanto a nível de organização do evento, como a própria montagem das estruturas das barracas que se vêm aqui? Exigem e aqui também quero deixar uma palavra de agradecimento aos nossos colaboradores que são fantásticos. Digamos que isto já entrou em velocidade cruzeiro e as coisas já acontecem naturalmente. Mesmo se há alguma falha que não está prevista, eles
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12 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Sociedade
Novo supermercado ALDI em Rio Tinto Depois de ter iniciado a sua expansão a norte do país no final de 2017, o ALDI inaugurou no dia 11 de setembro a sua 69ª loja em Rio Tinto, na Travessa Serafim Pereira Coutinho, perto da estação de metro da Venda Nova. Os supermercados ALDI estão em Portugal desde 2006 e têm vindo a afirmar-se ao longo dos anos e a marcar, cada vez mais, o seu posicionamento no mercado. Com uma forte aposta na relação qualidade-preço, a ALDI apresenta um sortido de produtos diferentes e exclusivos, sustentando uma grande variedade de marcas próprias. Dentro da maioria dos produtos de marca própria, destacam-se artigos frescos com frutas e legumes, carne fresca de origem 100% nacional, pão e pastelaria e ainda um conjunto alargado de produtos biológicos, vegetarianos e vegan, sem lactose e sem glúten. Os 27 prémios Sabor do Ano ganhos ao longo deste ano, bem como os vinhos distinguidos na revista Grande Escolha de julho/agosto com o selo Boa Escolha e diversas distinções com selo DECO, “Melhor do Teste” e “Escolha Acertada”, são conquistas que sustentam a qualidade dos seus produtos. No âmbito da Estratégia Nacional de Com-
bate ao Desperdício Alimentar e do compromisso do grupo ALDI Nord para com a promoção do desenvolvimento sustentável, a ALDI Portugal tem como objetivo a concretização de doações alimentares nas suas lojas. Nesse sentido, a ALDI em Rio Tinto estabeleceu uma parceria com a instituição local, Re-Food Ermesinde. Na abertura do supermercado em Rio Tinto, a ALDI proporcionou aos seus clientes ofertas especiais e surpresas. Assim, todos os clientes que realizaram compras a partir de 15€ ganharam um prémio. As ofertas variaram entre produtos do supermercado ou vales de compras até 30€. A juntar a isso, os clientes puderam experimentar produtos da ALDI através das degustações que decorreram no interior da loja. Alberto Martins, responsável da loja de Rio Tinto destacou as principais qualidades que reconhece a este supermercado. “Para quem não conhece, o ALDI é uma empresa muito grande que se encontra em forte expansão aqui no Norte. Temos lojas bonitas e cheias de luz. Nós apostamos muito na frescura da fruta e na frescura do pão. Temos um pão muito bom, fresquinho e saído muitas vezes ao dia, com muita qualidade. Queremos oferecer aos clientes uma loja limpa, arrumada e com muita simpatia, aliado aos bons produtos que temos”. Em relação à experiência que tem tido na ALDI, Alberto Martins garantiu que a mesma tem sido positiva e mostrou-se feliz por poder fazer parte da equipa. “Conheço esta empresa há muito tempo, estou a gostar muito da minha experiência aqui. É
uma empresa inovadora em vários departamentos e acho que a gestão do pessoal e o contacto com os nossos colaboradores é muito bom. Temos uma comunicação muito aberta, estou feliz por estar aqui e acho que o ALDI vai dar cartas”. Para Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, a ALDI continua na senda de investimentos privados que têm procurado a Câmara. Este supermercado veio resolver um problema antigo daquela zona da cidade. “A grande solução ali foi que se resolveu um problema com 20 anos, que foi o facto de a cidade jovem desaguar numa rua sem saída. Com o ALDI, por nossa imposição e que acabaram por aceitar, criamos ali um novo acesso para a rua do Repelão, criamos uma ligação à rotunda do Metro e já se nota naquela zona da Venda Nova um grande desafogar de tráfego automóvel”, finalizou. ■
Emília Ribeiro: Vim ver o espaço, ouvi falar bem dele. Acabei agora de entrar e até agora estou a gostar. Acho que os preços estão acessíveis comparado com os outros supermercados. A nível de espaço está tudo muito bem e os funcionários são simpáticos. Para mim é bom ter aqui o supermercado, porque eu moro aqui perto e chego rápido porque moro aqui atrás.
Francisco Costa: Acho que o espaço está muito bom por agora, vamos ver daqui para a frente. Vim cá ver porque moro aqui à beira e quanto às compras vou ver aquilo que melhor me convém. Vamos ver este supermercado está à altura da concorrência. É algo que eu conto em visitar regularmente.
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14 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Sociedade
Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália
Miopia infantil O seu fflho tem diff culdade na escola a ver para o quadro? Poucas coisas são tão prejudiciais para o desenvolvimento de uma criança, e para a sua qualidade de vida, como os problemas de visão. Não ver bem pode provocar problemas sociais, no desenvolvimento e até no desempenho escolar. Um dos problemas de visão mais comum em crianças é a miopia, que costuma ter início na infância ou começo da adolescência. Este tipo de problema refrativo acontece quando o foco de luz não é focalizada corretamente na retina, fazendo com que a criança ou adolescente tenha difculdades em ver os objetos distantes nitidamente – ver mal ao longe. Ela pode ser causada por fatores genéticos caso os pais, avós, irmãos tenham grandes miopias ou, também, pode ser desenvolvida por crianças que passam longos períodos a exercitar a visão de perto durante longos períodos de tempo como no computador, tablet, telemóvel ou mesmo a ler. Um dos sintomas mais evidentes de problemas de visão na infância é a diff culdade que a criança tem em aprender na escola. Como têm diff culdade em ver ao longe podem, por exemplo, trocar letras (d com o b). Outro sintoma é que a criança está sempre a coçar os olhos ou com eles irritados e avermelhados. É normal sentiti rem necessidade de semicerrar os olhos e franzirem a testa para tentar ver melhor, o que pode provocar dor de cabeça ao ffm de algum tempo. O principal risco da miopia é que é progressiva, ou seja, vai aumentando consoante a idade. A sua escolaridade é outro fator que está muito relacionado, pois temos mais tendência de miopia em pessoas que efetuaram a escolaridade obrigatória até ao decimo segundo ano e ainda mais as que frequentaram o ensino superior. Quem apresentar este tipo de problema refrativo primeiramente terá de consultar um especialista da área, como optometrista ou oftalmologista. Caso seja a primeira consulta da criança o que se recomenda é fazer a consulta com optometrista ou oftalmologista pediátrico. Quanto aos tratamentos temos o uso de óculos ou lentes de contacto. Os óculos é o método mais usado por crianças ou adolescentes, porém já existem lentes de contacto adequadas para adaptação em crianças muito pequenas. Outro tratamento que muito se fala, nomeadamente em adolescentes é a cirurgia refrativa. Esta só poderá ser efetuada depois da maior idade e quando a pessoa não muda de graduação há mais de três anos. Em suma, a miopia é um erro refrativo complexo que assusta só de ouvir o nome dado que tem tendência a aumentar, mas hoje em dia se for detetado o quanto antes e com o tratamento certo pode não progredir. Como a miopia não é comum a todos os seus portadores o aconselhável sempre é falar com um especialista antes de fazer seja o que for. Se suspeitar que seja o caso do seu flho é uma questão de passar pela Opticalia Gondomar e faremos um rastreio.
Intermunicipalização da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) O acordo entre o Governo e as seis câmaras que passarão a deter a empresa foi assinado no Museu do Carro Eléctrico, no Porto, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e os presidentes de câmara dos municípios que vão agora gerir a empresa. Os seis municípios que participam no capital da STCP vão investir pelo menos 58,3 milhões de euros até 2023, sendo que Gondomar conta com 7,28% do capital social, afirmou Marco Martins, em declarações ao VivaCidade, o seguinte. “Em 2015 teve que se lutar contra a privatização. Já em 2017 não havia condições para que as Câmaras ficassem com a gestão e posse da empresa. Depois de 2017 foi feito um contrato misto com uma realidade técnica de gestão que acompanhou a empresa e a partir de janeiro de 2020 terão a propriedade plena da empresa. Obviamente que isto tem que ser feito com calma e cautela porque há uma fatura maior para o município. A empresa está cada vez mais sustentável, tem mais receitas, tem menos custos, tem uma frota renovada, temos que fazer com que isto não onere aquilo
que são as contas municipais”. No que toca ao investimento, o edil gondomarense falou que no pior “cenário será de 4 milhões de euros”. “Tudo aquilo que trouxermos de aumento de receita, aumento de procura e redução de custos da empresa o objetivo é que sejam zero, mas o limite máximo será 4 milhões a mais do que a Câmara já tinha assumido em 2017”, finalizou. ■
Projeto ambiental internacional Uma das marcas mais vincadas da atual União das Freguesias Gondomar - S. Cosme, Valbom e Jovim assenta na defesa do ambiente e na formação dos respetivos municípios. Como tal, a união das freguesias está inserida em projetos ambientais tanto nacionais como internacionais. No caso em questão, António Braz, presidente da União das Freguesias de Gondomar - S. Cosme, Valbom e Jovim, elucidou acerca da origem da parceria. “Nós temos vários projetos a nível da comunidade europeia e vamos falando com os parceiros com projetos de uma dúzia de países. Em relação a esta parceria, o mais provável é que tenha sido um parceiro nosso de outro país que tenha dado boas referências nossas e eles entraram em contacto connosco, porque neste caso quem coordena o projeto são os turcos”. Acerca do projeto Escolas Verdes para a Economia Circular, António Braz, explicou que em Gondomar quase todas escolas têm bandeira verde, o que simboliza que as escolas em questão têm práticas ambientais corretas. Como tal, os parceiros turcos,
que contam com 1500 alunos, estão a ser acompanhados de forma a conseguir obter bandeira verde e práticas sustentáveis corretas. António Braz, recordou que um workshop dentro do mesmo projeto já foi realizado na Turquia e que este foi o segundo workshop em Gondomar sendo que o primeiro foi realizado na Escola Secundária de Gondomar que contou com aproximadamente duzentos alunos e respetivos parceiros abordando a questão do ambiente. Por sua vez, esta segunda reunião contou com a participação das pessoas pertencentes ao programa “Sénior em Movimento”, uma vez que um dos objetivos é chegar a pessoas de todas as faixas etárias. “Os objetivos da parceria são criar uma consciência ambiental mais forte nas pessoas. Acreditamos que isso deve ser transmitido através de jovens, mas também de pessoas menos jovens. Hoje os netos transmitem ao avós mas o avós também têm que transmitir valores aos netos e foi por isso que hoje quisemos trazer aqui pessoas menos jovens”, finalizou. ■
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16 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Entrevista VivaCidade
Carlos Brás: “Retirar a Câmara do endividamento
Após vários anos a representar o concelho de Gondomar na Assembleia de Freguesia de Baguim do Monte, na Assembleia Municipal e na vereação do Município, Carlos Brás lança-se num novo desafio, tendo em vista a Assembleia da República. Texto e Fotos: Nelson Mota
O seu percurso político começa na Junta de Freguesia de Baguim do Monte. Fale-nos um pouco mais sobre o seu percurso e como é que entra na política mais a sério? Na minha fase de estudante e devido à formação que eu tive na área de relações internacionais, tive uma componente política muito forte e senti-me sempre motivado pela área política. Como a maior parte da minha carreira estudantil foi feita com estatuto de trabalhador/ estudante no setor privado, nomeadamente na área de turismo, não tinha disponibilidade nem tempo de participar ativamente na área da política, só quando ingressei na função pública, na área das finanças em Rio tinto, é que tive disponibilidade para participar. Então procurei o partido Socialista da minha área de residência, que é Baguim do Monte e comecei a participar mais ativamente. Em 2001, certo? Precisamente. Entretanto as coisas foram acontecendo de forma positiva. Mais à frente integrei alguns órgãos e concelhias do Partido Socialista, fui convidado pelo Ricardo Bexiga para fazer do Secretariado de Concelhia e nas eleições autárcicas seguintes fui convidado para integrar a lista da Assembleia Municipal. Fiz o primeiro mandato na Assembleia Municipal sob a direção do Luís Pedro Martins, que era também meu colega de bancada e no segundo mandato fui porta voz da bancada do Partido Socialista. O resto foi acontecendo com naturalidade, fui participando internamente no partido em tudo que era chamado. A nível autárquico fui desempenhando o meu papel de oposição para que um dia o PS viesse a ganhar as eleições. Mais à frente na preparação das eleições para 2013 entendi que a pessoa que estaria melhor posicionada para ganhar as eleições seria o Marco Martins. Como era colega dele nas finanças e tinha também uma relação de amizade e de companheirismo dentro do partido, delineamos o nosso percurso dentro e fora do Partido. Até que em 2013 foi convidado pelo Marco Martins a integrar as listas ao Município. Verdade. Fui convidado para integrar a lista em número 4, mantive-me assim até ao passado dia 9, com o Marco Martins, Luís Filipe, Aurora Vieira e eu. Durante esses 6 anos desempenhei as funções de vereador com todo gosto. Dos pelouros que teve a seu cargo, qual o que lhe deu mais prazer? Um dos pelouros que tive mais carinho foi o turismo e nós detetamos que Gondomar não tinha um posto de turismo, por isso a prioridade foi criar um posto de turismo num local
que fosse aprazível e que de alguma forma fosse a marca do município. Escolhemos a Casa Branca de Gramido que era um imóvel que estava fechado para sediar esse posto de turismo. Vindo do programa eleitoral, trazia a ideia da Rota da Filigrana. Parecia-me que quando as pessoas olhavam para filigrana viam só uma peça da ourivesaria e não tinham noção do trabalho e da arte que está implicada na produção, achava que podíamos associar o turismo à ourivesaria, daí nasceu a ideia da rota. Depois foi necessário criar condições para os artesãos e para que as oficinas pudessem ser visitadas, porque o que me importava a mim era que pudéssemos dar a conhecer o processo produtivo para que as pessoas lhe dessem o real valor. Depois da abordagem aos artesãos de vencer a resistência inicial conseguimos criar um roteiro, conseguimos adaptar as oficinas e iniciar as visitas. Era preciso promover o produto, junto dos operadores que constroem roteiros turísticos e internacionalizar. A certificação foi decisiva? Quando me apercebi que havia filigrana a 5 euros e até menos que isso, percebi que tínhamos de distinguir uma da outra. A única forma era pela certificação e a certificação não certifica a peça, mas o processo produtivo. Desenvolvemos juntamente com o Município de Póvoa de Lanhoso mais dois projetos que era inscrição da filigrana como património imaterial de Portugal e uma sinalização ao ministério dos negócios estrangeiros para candidatar a filigrana como património imaterial da humanidade. A certificação da filigrana é um ativo partilhado entre a Câmara Municipal de Gondomar e a Póvoa de Lanhoso e está a funcionar muito bem.
Qual foi para si a grande bandeira neste percurso na Câmara Municipal? No dia em que veio o visto o tribunal de contas, eu disse ao presidente que o meu papel nesta Câmara estava realizado, mas obviamente que essa parte das finanças não é de entendimento geral, não é uma coisa que para a população geral seja muito visível. No entanto para as finanças do município mudou e de forma relevante. Fizemos um acordo com a EDP que permitiu poupar 20 milhões de euros. Retirar a Câmara do endividamento foi o meu maior desígnio. Quando nós chegamos, tínhamos as conta penhoradas. Obviamente que para mim, que venho das finanças, aquilo foi um choque. Amanhã não temos dinheiro para nada. Estavam penhoradas por causa daquele processo do parque de estacionamento na Areosa. A primeira coisa que fizemos foi entrar em contacto com a contraparte e ver se conseguíamos que eles nos levantassem as penhoras para nós podermos movimentar as contas. Estamos a falar de que valor? Quatro milhões e duzentos mil euros. Depois negociamos para três e quinhentos. Estávamos a iniciar o mandato e houve alguma compreensão por parte deles. Descobriu-se depois que se estava a pagar um acordo feito com a EDP na ordem dos 130 mil euros por mês por conta de uma dívida que tinha sido reconhecida pelo município em 72 milhões de euros, dos quais faltavam pagar 48 milhões. O drama disso é que percebemos que a última prestação desse plano, vencia no mês de agosto de 2017 com uma prestação fi-
nal de 48 milhões. Quase todos os municípios do país tinham divida, sendo que Gondomar tinha a maior de todas. Como é que íamos arranjar 48 milhões, para pagar uma prestação? Iniciamos também a abordagem à EDP fazendo-lhes ver que não havia hipótese, não havia solução para cumprir aquela prestação. Nem nós, nem nenhum autarca que viesse a ser responsável por Gondomar conseguia pagar 48 milhões de uma vez só. Eles perceberam a incapacidade financeira para resolver essa dívida. Até que percebemos que a única solução seria contrair um empréstimo e fazer um pagamento de uma vez só à EDP. Sendo assim tínhamos capacidade de negociação com eles e foi disso que fomos à procura. Aí o presidente esteve muito bem e conseguiu um desconto de 40% na dívida. Tivemos algumas vicissitudes pelo meio, tivemos um chumbo no tribunal de contas inicial, recorremos voltamos a ter um chumbo e iniciamos de novo o processo pela segunda vez com recursos a técnicos exteriores na área financeira e alguns na área jurídica. Iniciamos de novo o processo e felizmente tivemos sucesso. Conseguimos o empréstimo que foi feito em parceria com a Caixa Geral de Depósitos e o BPI, entraram os dois com 50%. Pagamos à EDP, informamos a direção geral das autarquias locais e saímos do endividamento excessivo. No próximo relatório e contas, quando fecharmos este ano é que vai ser evidente que Gondomar vai ter em 2019, do ponto vista financeira, o melhor ano de sempre. Podemos dizer que a Câmara Municipal de Gondomar respira alguma saúde financeira?
VIVACIDADE SETEMBRO 2019 17
Entrevista VivaCidade
foi o meu maior desígnio” Respira saúde financeira, estamos com o endividamento perfeitamente controlado, muito abaixo do limite porque reduzimos de uma vez só 20 milhões de euros. Isso faz-me sentir realizado porque o facto de nós estarmos na lista negra dos municípios com maior endividamento criava-nos constrangimentos muito grandes, nomeadamente nas contratações, estávamos obrigados às leis dos compromissos e agora já não vamos estar. Setor económico? Era preciso fazer uma abordagem diferente aos empresários, tudo que precisem do município, nós estamos cá para os ajudar porque queríamos ajudar os que estão cá a crescer e simultaneamente atrair todos os que queiram vir para o nosso território. Essa foi a mudança mais significativa que eu introduzi na área de desenvolvimento económico: uma proximidade ao tecido empresarial a todos os níveis, não só ao da ourivesaria. Todos, desde a metalomecânica, as madeiras, o têxtil, tudo que é atividade económica eu tentei estar próximo, tentei ajudá-los em todas as dificuldades que eles tinham, muitas delas ao nível do licenciamento de instalações que podem não ser visíveis, mas para eles eram impeditivas de recorrerem a fundos comunitários. Gondomar tem um problema grave do ponto de vista geográfico que também é uma mais valia, tem de um lado o Rio Douro que é um ativo fundamental e do outro lado tem as serras do Porto. No entanto temos essa ambição de melhorar a atratividade em atrair algumas empresas de relevância para cá. Ainda em relação ao rio Douro e reconhecendo o valor que este ativo tem para o município, reativamos o relacionamento institucional e a presença assídua e regular em todas as entidades que tutelam. Refiro-me à agência portuguesa do ambiente, à agência dos recursos hídricos e à APDL, com presença e proximidade com todos os intervenientes que regulam o rio.
E em relação às feiras? Quanto às feiras, a Ourindústria era uma feira que já existia, destinada exclusivamente ao setor da ourivesaria que nós demos continuidade. Criamos sim e aí fui eu, a Expo Gondomar que não existia. Tinha existido há muitos anos a Agrindústria uma feira de atividade económicas muito ligada à indústria e à agricultura. O nosso objetivo foi recriar esse modelo. Nesse processo, percebemos na abordagem que fizemos às empresas e aos potenciais expositores que o tecido económico de Gondomar tinha mudado radicalmente desde há vinte anos para cá. O município deixou de ter agricultura e o setor primário é muito básico, temos apenas um núcleo piscatório aqui em Ribeira de Abade, mas Gondomar é essencialmente um território onde prevalece o setor terciário e as abordagens que tivemos de interesse para a Expo foram maioritariamente nessa área. É por isso que se tem vindo a verificar que a área dedicada à agricultura e inclui aqui a pecuária e a maquinaria agrícola têm vindo a diminuir. A área dedicada ao comércio de serviços tem vindo a aumentar, no fundo a Expo espontaneamente e involuntariamente tornou-se aquilo que é o espelho do que é o tecido empresarial de Gondomar. Em termos de expectativas daquilo que vinha de 2013 e o que tem hoje em 2019, o que é que lhe faltou fazer? O que mais me marca não tanto pela positiva é a questão da contratação pública interna, talvez um pouco por desconhecimento, eu pensava que poderia acelerar os procedimentos e que poderia despachar as coisas rapidamente. O que eu verifiquei é que a burocracia da contratação pública é tão grande, com tantas dúvidas e suspeitas permanentemente no ar, que não é possível acelerar muito mais. Eu tentei algumas alterações orgânicas na divisão de aquisições e contratação pública, mudei-lhes as instalações, criei-lhes melhores condições de trabalho, mas de facto não pela falta de empenho dos profissionais, mas sim porque a teia legislativa é mesmo
Mensagem de Marco Martins: O Carlos Brás vai para uma missão onde é importante ter alguém a representar Gondomar e alguém com uma ligação muito grande ao trabalho do município e às necessidades de Gondomar. Foi por isso que, cumprindo também a vontade do próprio, que o Partido Socialista o apoiou. Daquilo que concerne a mim e à Câmara, o Carlos Brás iniciou este projeto comigo, ainda muito antes da Câmara, na questão interna do Partido Socialista foi fundamental para que aqui chegássemos. Houve uma altura, em 2010/11 que só eu e ele é que acreditávamos, mais ninguém acreditava, conseguimos de facto comprovar que este era o melhor projeto para Gondomar e o Carlos Brás, teve um papel antes, durante e vai continuar a ter depois. Foi de facto um vereador com pelouros muito importantes, de total responsabilidade e de total confiança. Na área da promoção do território, do turismo, do desenvolvimento económico, na área financeira da Câmara, na questão da dívida e das contas, hoje temos alguma flexibilidade nas contas e isso deve-se ao empenho e ao trabalho dele. O Carlos Brás é um braço direito que eu aqui tive e agora será um braço direito não meu, não da Câmara, mas de Gondomar na Assembleia da República para fazer uma ponte com o Governo, que precisamos de alguém de total confiança na Assembleia da República e o Carlos Brás é a pessoa que de longe melhor respeita essas condições. Gondomar ganha um grande embaixador de Lisboa. A nossa relação de trabalho político, de confiança, lealdade e de grande amizade pessoal que se mantenha e que continuemos a trabalhar em projetos juntos para bem daquilo que é a população da causa pública que nós bem conhecemos. muito complicada, não consegui grandes avanços numa área que achava que iria conseguir. Eu acho que a carga legislativa que está sobre os municípios é tão grande nessa área que muitas vezes é um obstáculo à celeridade. Muitas vezes, quer ao nível da empreitada, quer ao nível da aquisição de bens e serviços, a legislação impede que os municípios façam mais e melhor. Elege a burocracia como um obstáculo? Paralelamente a isso depois há um outro sentimento dentro das autarquias e que tem muito a ver com os julgamentos na praça pública, é que não só os políticos, mas também e muito os funcionários, têm muito receio e só dão passos quando tem certeza absoluta que estão seguros do ponto de vista legal. É frequente recorrerem ao parecer, é frequente pedir apoio externo a entidades que regulam a contratação, quando há dúvidas porque ninguém quer dar um passo que seja em falso com medo de comprometer a vida profissional e pessoal. Portanto este clima prejudica as autarquias. Porquê interromper ao fim de 6 anos? O meu grande drama era a questão do endividamento, era o grande garrote que esta Câmara tinha. A partir do momento que eu consegui libertar a Câmara desse garrote, tirando essa marca negativa do endividamento excessivo, senti que muitas das minhas ambições como vereador tinham sido concretizadas. Paralelamente, fiz no Turismo aquilo que ambicionava. Alguma falta de motivação para o que vem? Não, pelo contrário. Gosto é de desafios novos, estaria confortável agora a desempenhar o resto do mandato. Quero desafios novos e, portanto, chegou a altura de passar para a Assembleia da República se os eleitores assim o quiserem e desempenhar tarefas ao nível legislativo. Há muita coisa a propósito da descentralização que nasce na Assembleia da República. Portanto, aí também gostava, se me for dada a oportunidade de poder dar o meu contributo. Com a minha experiência que acumulei na As-
sembleia da Freguesia, na Assembleia Municipal e na vereação acho que estou em condições de dar um contributo positivo para que a descentralização seja feita de uma forma melhor a favor dos municípios e poder local. Se nós todos temos a perceção que o dinheiro é melhor gasto localmente se não pudermos regionalizar temos que descentralizar competências e meios adequados para que os municípios possam desempenhar as suas funções. O que é que tem a dizer aos gondomarenses com que trabalhou de perto nos últimos 6 anos? Tenho de dizer que foram 6 anos muito intensos, de muito empenho da minha parte. É evidente que o primeiro e o segundo ano são para conhecer a realidade, para conhecer a casa e melhor o território, mas foram anos que consegui ter possibilidade de mudar alguma coisa e deixar algum cunho pessoal em algumas coisas, nomeadamente no relacionamento com as pessoas e com as empresas. Aos gondomarenses dizer que nestas ou noutras funções quaisquer, terei sempre Gondomar como minha prioridade. Do que estiver ao meu alcance lutarei sempre para que Gondomar esteja na primeira linha das prioridades do Governo. Levo comigo a ideia de que o metro é a nossa prioridade principal no centro do concelho. Foi um enorme prazer trabalhar na Câmara de Gondomar e vou estar sempre atento. Já assumi com o nosso presidente o compromisso de vir semanalmente ao território e é isso que continuarei a fazer. Que mensagem deixa aos colegas que ficaram com os seus pelouros? Posso dizer que os pelouros que deixo estão em muito melhor condição do que os encontrei, sobretudo ao nível financeiro e ao nível de turismo. Ao nível do pelouro do Património. que também não é muito visível, foi feito muito trabalho, fizemos mesmo muito trabalho. Temos em curso “n” expropriações, regularizamos tudo que era inventário, regularizamos tudo que era domínios públicos. Aos meus colegas desejo bom trabalho e que peguem no que foi feito e que tentem melhorar. ■
18 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Sociedade
A sexta edição da Noite Branca de Gondomar trouxe aproximadamente 120 mil pessoas às ruas
Uma autêntica enchente branca “invadiu” as ruas de Gondomar na Noite Branca, marcando o início das Festas do Concelho.
trónico vocacionado para a juventude com DJ’s de Gondomar, o Palco dos anos 80 e o palco principal com David Carreira a cabeça de cartaz.
Para a organização da Noite Branca de Gondomar contribuíram ainda várias associações e coletividades, e a decoração foi elaborada pelas casas
da juventude, que contribuiram para o glamour da Noite Branca. As Festas do Concelho prolongam-se até 13 de outubro ■
Como tem vindo a ser tradição ao longo dos últimos seis anos, a Noite Branca trouxe muita música, animação e espetáculo à cidade. Uma das principais novidades e atrações da noite mais branca do ano esteve bem visível e presente na mão de milhares de pessoas. A pensar na componente ambiental, o copo de plástico foi um dos grandes cabeças de cartaz da noite e reuniu vários adeptos. David Carreira, Pete Tha Zouk, DJ Ana Isabel Arroja e DJ Franciso Gil, foram alguns dos nomes sonantes que o público presente teve oportunidade de assistir. Ao longo da Praça da República, Avenida e Rua 25 de Abril, Praça do Cidadão e Rua Monte Castro estiveram distribuídos quatro palcos dedicados a públicos diferentes. O Palco Tradições dedicado ao Fado e música tradicional portuguesa, o Palco Ele-
Marisa Bernardo Já costumo vir à Noite Branca. Está a ser uma noite igualmente com a qualidade das edições anteriores. Acho que para o concelho é algo muito bom. Costumo vir cá todos os anos com amigos. Vim aproveitar a festa do concelho e está a corresponder às minhas expectativas.
João Lomar Nunca tinha estado aqui em Gondomar, foi a primeira vez que cá vim e estou a gostar muito. Estava aqui a ter umas mini férias no Porto e ouvi muita gente a falar, a dizer que era uma noite bem passada e está a cumprir o que as pessoas disseram. Já tinha ido à Noite Branca de Braga, mas esta é diferente. Não sei se será melhor, mas esta também é muita boa. Vim ver o Pete tha Zouk e adorei, o ambiente foi fantástico.
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Sociedade
Espaço Cidadão em Jovim já está em funcionamento No dia 13 de setembro foi inaugurado o Espaço Cidadão em Jovim no edifício da União das Freguesias.
Câmara Municipal de Gondomar, marcou presença na inauguração deste Espaço Cidadão e aludiu ao protocolo assinado entre a Câmara e a AMA em 2016, que levou à abertura de um outro balcão de atendimento em Rio Tinto em 2017,
O novo balcão de atendimento em Jovim reúne serviços de diferentes entidades em que a população pode ter acesso a um vasto número de serviços da administração central, local e de entidades privadas. António Braz, presidente da União das Freguesias de Gondomar - São Cosme, Valbom e Jovim, no dia da inauguração, falou de “mais um espaço de serviço público proporcionado aos jovinenses e a toda a comunidade”, dirigido sobretudo “a uma parte da freguesia que tem os recursos administrativos mais longe”. De entre mais de 100 serviços que estão à disposição das pessoas, António Braz elegeu a renovação do cartão de cidadão e da carta de condução, como os serviços “mais apetecíveis”. Também Marco Martins, presidente da
> Novo espaço visa facilitar uma parte da freguesia que tem os recursos administrativos mais distantes
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assim como a abertura agora em Jovim e Foz do Sousa, seguindo-se um mesmo serviço na Lomba que abrirá no máximo em novembro. O edil gondomarense definiu o principal objetivo deste tipo de espaços. “A ideia é
levar este tipo de serviços o mais próximo possivel da população (carta de condução, cartão de cidadão e outros), rentabilizando sempre e em parceria com as juntas de freguesia que são os parceiros privilegiados que a Câmara tem”, concluiu. ■
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Sociedade
Seniores de Baguim do Monte em excursão a Santiago de Compostela
Como já é tradição, a Junta de Freguesia de Baguim do Monte organiza uma excursão para os seniores da sua freguesia. Apesar do destino habitual ser Fátima, este ano cerca de 350 seniores rumaram a Santiago de Compostela, onde puderam assistiram à Eucaristia celebrada pelo Padre Lucindo, o pároco de Baguim do Monte. Como é que surgiu a ideia de fazer a excursão a Santiago de Compostela este ano? Todos os anos fazemos um passeio em setembro para os seniores de 60 anos e costumamos ir a Fátima. Este ano levamos a Santiago de Compostela cerca de 345 seniores. Conseguimos lotar 7 autocarros.
Como é que esses seniores puderam-se inscrever? Para se inscreverem têm de ser pessoas de Baguim do Monte. Sim, são pessoas recenseadas aqui em Baguim do Monte e que se vêm recensear aqui na junta. Têm transporte gratuito, o almoço é por eles, a logística fazemo-la toda. Nós arranjamos os restaurantes para as pessoas comerem, comeram por 12€ e muito bem. Eu ainda convidei pessoas a irem que foi o Presidente da Assembleia, o Padre Lucindo que presidiu uma missa no Convento de São Francisco, porque a catedral está em obras. A adesão em relação ao ano passado foi superior? Sim, no ano passado levamos 4 autocarros, este ano levamos 7. Para o ano vamos baixar a idade para os 55 anos. Penso que é importante colocar os nossos seniores a andar porque são convívios muito bons da Junta da Freguesia. Tínhamos levado os seniores à praia num autocarro com 50 pessoas, então terminei com a ida a praia, e passei a proporcionar um passeio muito mais alargado. Em vez de levarmos 50 pessoas, agora levamos 350, para o ano espero levar 500 pessoas a Fátima. Esperamos levar cerca de 500 pessoas
e 10 autocarros, que serão pagos totalmente pela Junta de Freguesia que assume o transporte. A alimentação é paga pelos seniores. Fale-nos um pouco sobre o programa que foi feito lá. Chegamos lá e tivemos a missa do peregrino. Depois da missa tivemos o almoço em que arranjamos duas salas. Tivemos cerca de 320 pessoas a almoçar em duas salas do mesmo restaurante, de salientar a enorme qualidade do almoço. Tivemos depois o tempo livre para visitar a Catedral. De regresso a Baguim do Monte, passamos por Samil
e aproveitamos para fazer um passeio turístico. A que horas chegaram? Saímos as 7h e chegamos aqui as 20h30 da noite. Considera que a iniciativa foi um sucesso? Sim, foi um sucesso. Isto já vem no âmbito de fazer um programa que já vinha de trás, que era conhecer Portugal. Agradeço ainda ao padre Lucindo que foi num autocarro também e tive ajuda também do presidente do “Vai Avante!”, Fernando Duarte. Os dois ajudaram-me na organização e deram muito apoio na logística. ■
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Sociedade OPINIÃO Joana Simões
Já reparou na quantidade de carros que têm no vidro traseiro um dístico com as letras TVDE? A sigla TVDE significa Transporte de Veículo Descaracterizado e trata-se de um transporte individual de passageiros que pode ser contratado em plataformas digitais como a Uber, Cabify, Bolt ou Chaffeur Privé. Este tipo de serviço de transporte de pessoas está regulado por uma lei própria, que ficou conhecida como “Lei Uber” e tem regras diferentes das que se aplicam por exemplo aos táxis. Vamos conhecer algumas dessas regras: - Neste tipo de serviço de TVDE é permitido ao passageiro transportar consigo a sua bagagem e os seus de animais de companhia, se for o caso, não devendo existir restrições neste sentido; - Como medida de proteção do passageiro, a lei impõe que o motorista tenha um máximo de 10h de condução, num período de 24h; - Como dever de informação, antes de concluir o pedido de transporte, devem ser prestadas ao consumidor todas as informações essenciais sobre o serviço e que influenciem a decisão de contratar; - No final de cada viagem, o operador da plataforma tem a obrigação de remeter ao utilizador, que pode ou não coincidir com a pessoa transportada, uma fatura, indicando o preço, o código da viagem, a forma de cálculo entre outros elementos; - Se o operador da plataforma não conseguir encontrar um motorista disponível para realizar o transporte ao consumidor, tal situação configura uma situação de incumprimento contratual. Caso tenha uma reclamação sobre um serviço de TVDE deve apresentar uma reclamação na própria plataforma. Em caso de dúvidas sobre os seus direitos, contacte a DECO (deco.norte@deco.pt) ou o Gabinete de Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar: gac@cm-gondomar.pt; 224 660 536. A DECO presta apoio presencial em Gondomar todas as sextas-feiras da parte da tarde.
Águas de Gondomar apoia natação adaptada O município de Gondomar, apostando na promoção do desporto, criou uma secção de natação nas vertentes pura e adaptada, que será apoiada pela Águas de Gondomar. A criação desta secção desportiva é mais um passo na inclusão desportiva de todos, fator social que motivou o apoio da Águas de Gondomar, como afirmou Jaime Mar-
tins, diretor-geral, ao VivaCidade. “Este é um projeto de cariz social que quisemos apoiar desde o primeiro momento porque acreditamos que a valorização e integração humana de todos é importante, e porque essa valorização é conseguida pela utilização de um recurso tão intimamente ligado a esta empresa". ■
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Destaque
Parque Urbano do centro de Gondom
Marco Martins: “Nós temos uma rede de parques urban
Depois do lote de Parque Urbanos já conhecidos e propostos para o município, Marco Martins avançou em primeira mão ao VivaCidade Texto: Nelson Mota
Novo Parque Urbano em Gondomar Na rede que tínhamos divulgado na campanha tínhamos Rio Tinto que está feito, tínhamos Fânzeres/ São Cosme que está em execução, Ribeira da Archeira que está em revisão do projeto, Baguim do Monte, Medas, São Pedro da Cova e o passadiço de Rio Tinto que já está concluído. Esta é a rede de parques urbanos que propusemos para o município. Entretanto havia uma questão que estávamos a trabalhar e que só anunciamos publicamente há 3 meses atrás quando foi possível fazê-lo, que é o Parque Urbano do Centro de Gondomar.
Investimento É um investimento inteiramente suportado pela Câmara Municipal de Gondomar. Estamos a falar de um investimento que vai revolucionar o centro de Gondomar na ordem dos 4 milhões de euros, nos quais se destacam 2,6 milhões para o terreno, à volta de 70 mil euros para o projeto e estudos, e 1,3 milhões para a construção. Por analogia, o Parque Urbano de Rio Tinto tem mais
70% da área do que este. Este tem 23 mil metros quadrados o de Rio Tinto tem 36 mil. O de Rio Tinto ficou por 2,6 milhões e este vai ficar por 4 milhões. Autoria do projeto Nós convidamos um arquiteto jovem premiado da nova geração de Gondomar, o Paulo Merlini, que tem ganho vários prémios internacionais. Convidámo-lo a ele e a uma equipa que ele escolheu, agarrou a ideia e confesso que nos surpreendeu positivamente quando nos veio apresentar o projeto. Planta do projeto Assumimos encerrar uma rua, tal como fizemos em Rio Tinto com a Rua da Ranha e vamos juntar ainda, já negociado com o proprietário do terreno a poente da rua, 2500 metros. Existe um projeto para a construção de edifícios e nós já negociamos com
> Principal entrada no parque urbano
os proprietários que só viabilizamos a construção com a cedência daquela área ao domínio púbico, ao que se juntam mais de Foto Teresa Nunes
Objetivo do Parque Urbano O objetivo é dar a quem entra na cidade no seu maior acesso, vindo do IC 29 saindo no nó do Multiusos, uma entrada franca e aberta para o concelho com uma zona que capte as pessoas e que consiga dar um ar urbano e de cidade. É uma grande aposta em São Cosme e a ideia é requalificar aquele espaço, fazendo uma ligação entre aquilo que já existe, prevendo já a passagem naquele local da futura linha do metro que vai
circundar o parque por dois lados. Vem do Hospital Fernando Pessoa, passa na Avenida Oliveira Martins e vira à esquerda em direção ao Souto, isso já está previsto. Temos um pequeno anfiteatro, temos um pequeno bar de apoio, uma esplanada, casas de banho e o percurso a toda a volta. Hoje quem entra em Gondomar vê prédios altos, um supermercado e um terreno a monte. Tentamos, e foi o Carlos Brás que teve a fazer esse trabalho todo, perceber se aquela questão que tem mais de 40 anos de conflito entre proprietários se resolvia para negociarmos a aquisição. Não foi possível isso acontecer, ainda há conflito entre esses proprietários a qual a Câmara é alheia. Por isso, propusemos à Assembleia Municipal, que já provou um processo de expropriação para aquele terreno.
Foto Teresa Nunes
> Marco Martins a explicar os detalhes do novo Parque Urbano de Gondomar
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Destaque
mar
nos que já fomos definindo, este nunca foi anunciado”
de o novo Parque Urbano do centro de Gondomar, com o objetivo de “dar um novo ar a Gondomar”. ourives, quem entra em Gondomar vai passar a ver uma escadaria a uma cota mais elevada, tem uma série de percursos à volta, tem o café com a esplanada, tem um lago, tem um anfiteatro para fazer pequenos eventos e vai ter uma zona com parque canino e um parque infantil. Início do projeto Dia 26 vamos apresentar o projeto e a ideia é fazer como em Rio Tinto, colocar em discussão pública, para que as pessoas possam ver, possam participar e até 31 de outubro aceitaremos sugestões e me-
lhorias. Será uma discussão pública que vai demorar 1 mês e 5 dias. Data prevista de conclusão da obra A nossa expectativa é que o parque possa ficar pronto em meados de 2021 no máximo. O ideal era estar pronto daqui a um ano e meio, mas hoje em dia como está o mercado é impossível prever. Com este projeto daremos um novo ar a Gondomar e um ar de futuro à cidade. Passamos na área nobre do centro de Gondomar de uma zona edificável para uma zona pública e de lazer, tal como aconteceu no centro de Rio Tinto. ■ Foto Teresa Nunes
4000 do arruamento a encerrar e os 14 mil do terreno principal. Tem vários acessos pedonais em frente à Junta de Freguesia para
> Futura zona de lazer
fazer um corredor que vai ligar em frente a Igreja Matriz. Tem a entrada principal que é uma escadaria voltada para a rotunda do
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Política
Assinatura do protocolo do Fundo Ambiental em Gondomar No seguimento do primeiro lugar conseguido pela União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim na candidatura ao Fundo Ambiental JUNTAr+, realizou-se a cerimónia de assinatura desses mesmos contratos, no dia 11 de setembro no Auditório Municipal de Gondomar. O JUNTAr+ do Fundo Ambiental é um programa do Ministério do Ambiente e da Transição energética que visa apoiar políticas ambientais para a prossecução dos objetivos do desenvolvimento sustentável, destinado a apoiar soluções locais de economia circular, cujos beneficiários são as Juntas de Freguesia. Na cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento esteve presente o Ministro do Ambiente e da Transição Energética Matos Fernandes que defendeu uma mudança de
hábitos de forma inteligente e cuidadosa. “Nós temos que perceber que não existem no mundo matérias-primas para continuar a produzir todos os bens que nos dão conforto. Isso será ainda mais evidente quanto mais crescer a população no nosso planeta e ela está a crescer. Nós queremos que, quem vem daqui a 10/15 anos que desfrute do nosso bem-estar e por isso, nós temos que prolongar a vida dos produtos. Logo no princípio da confeção dos produtos temos que perceber que eles têm de ser preparados para ser remanufacturados e reparados, para no final serem reciclados e temos que imaginar uma economia e uma sociedade sem desperdício, onde de facto, os resíduos da nossa atividade não sejam resíduos, sejam recursos que, quando chegam ao fim do ciclo de vida de um produto, podem voltar a ser utilizados como matérias-primas”. A Economia Circular que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia, foi um conceito muito defendido e abordado pelo Ministro do Ambiente e da Transição Energética e para ele, é necessário “garantir que não há desperdício alimentar e que as coisas que estão a chegar ao fim do ciclo de vida possam ser substituídas por outras”. António Braz, presidente da União das Fre-
guesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, manifestou o orgulho pelo facto de a união das freguesias ter sido a anfitriã da assinatura do protocolo do Fundo Ambiental. Para o autarca, o projeto “Recuperar é Ganhar+” tem como principal objetivo “tornar a vida mais sustentável aproveitando ao máximo os recursos que temos à disposição”. Falar em proximidade é falar em juntas de freguesia e por isso as mesmas têm um papel determinante nesta consciencialização das
pessoas para a economia circular. “As pessoas quando estão com dificuldades, uma das primeiras portas que batem é nas da Junta de Freguesia para resolver as pequenas coisas e nós estamos inseridos nisso e vamos dando pequenas ajudas em pequenas reparações”, lembrou o presidente da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim. “A nossa união de freguesias está muito vocacionada para as questões ambientais”, concluiu. ■
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VIVACIDADE SETEMBRO 2019 27
Visita técnica ao Cais da Lixa
Política
No dia 19 de setembro, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, visitou as obras do Cais de Lixa, naquele é um projeto essencial para a dinamização do Alto Concelho. Considerado como “uma âncora para o desenvolvimento do Concelho” pelo Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, o novo Cais da Lixa surge no seguimento do protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Gondomar e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A. (APDL). Ainda antes da visita à obra, os técnicos da APDL procederam à apresentação do projeto “Shore Side Connection”. Ana Paula Vitorino, destacou que esta “requalificação urbana aproxima naturalmente as pessoas da água”. “Queremos aproximar e sensibilizar das pessoas para importância que o elemento água tem nas nossas vidas e na vida do nosso planeta, algo que não podemos fazer se existir uma barreira num território mal cuidado entre aquilo que é a ocupação urbana e o nosso rio, o rio Douro”. Para a ministra do mar, o grande desafio “é tornar o Douro num símbolo europeu do que é a sustentabilidade nas
> Após a apresentação do projeto os autarcas precorreram o cais
vias fluviais navegáveis” e ainda lançou o apelo para serem aplicados “os desígnios da economia circular azul”. Para Marco Martins a obra representa o “cumprir de um sonho muito importante para Gondomar” e impulsionador da economia local. “Os estudos dizem que cada navio hotel tem impacto onde está atracado, onde tem o seu cais na ordem dos dois milhões e meio por ano naquilo que é o forne-
cimento de bens, serviços, produtos hortícolas, lavandaria e mão de obra. O objetivo é que os turistas possam complementar a entrada ou a saída daquele cais com produtos de Gondomar, como a rota da Filigrana ou o Parque das Serras”. O autarca elucidou ainda acerca do investimento na “obra que foi sonhada e pensada”. “Inicialmente iria ser paga pela Câmara, felizmente a APDL
teve um financiamento para a obra e, portanto, foi tudo financiado pela APDL. A Câmara comprometeu-se a construir apenas a rotunda em cima do acesso da 108 da marginal para o cais que vai custar cerca de 600 mil euros”. Para o edil gondomarense a obra em questão potencia o desenvolvimento do turismo e funcionará como ponto de partida para outros projetos locais. ■
28 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Política
Urbanização do Crasto em conflito de Associações Depois de no mês passado a ARCUCRA ter anunciado o seu encerramento, Paula Silva, Arminda Barbosa e Marta Rocha, residentes locais da Urbanização do Crasto, desmentiram a versão contada pelos membros da associação, uma vez que segundo elas, a ARCUCRA ainda não entregou as chaves. A situação na Urbanização do Crasto ainda está por resolver e não parece ter fim à vista. Um dos motivos que alegadamente levou ao encerramento da ARCUCRA foi a saturação sentida por não surgirem listas candidatas a sucederem a associação, no entanto, Arminda Barbosa, residente local e membro pertencente da anterior “Associação de Moradores da Urbanização do Crasto”, negou essas declarações. “Após a tomada de posse, desde novembro de 2008 nunca mais foram colocados editais em ne-
nhuma entrada a dizer que ia haver assembleia que tem de ser de dois em dois anos, eles renovaram automaticamente. Se eles não são capazes, se não querem mais estar envolvidos porque têm a família, deixem trabalhar quem quer trabalhar”. Paula Silva, Arminda Barbosa e Marta Rocha teceram críticas e acusações aos dirigentes da ARCUCRA que, apesar de terem anunciado o fim da associação, continuam a “existir para o que lhes convém” e a ter peso nas decisões da urbanização. “Eles estão a participar no torneio das coletividades do torneio da sueca com o nome da ARCUCRA sem poderem. Por tudo isto, Paula Silva, Arminda Barbosa e Marta Rocha, tencionam “criar uma nova associação e interagir com atividades junto da Câmara para bem da urbanização”. “Já fomos à Associação das Coletividades e vamos agora ao notário para abrirmos a nova associação, estamos à espera que nos chamem para fazermos os estatutos”, revelou Paula Silva. Para criarem esta nova associação garantiram ter apoios para tal e ideias já definidas. “Na Casa do Porto estão dispostos a ajudar-nos, o ATL está de acordo e cedem-nos as salas, tivemos os jovens todos do nosso
lado, os moradores querem passar um domingo em festa. Nós fizemos o São João, eles pediram-nos logo o São Pedro. Fizemos um passeio e já nos estão a pedir mais”. Em jeito de despedida, lançaram o apelo para que as deixem contribuir para a sua urbanização e pediram apoio por parte da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal. “Nós vemos o sucesso que as Areias têm, vemos o sucesso que a Triana tem, vemos o sucesso de Carreiros que estão a lutar con-
tra tudo e contra todos e nós no Crasto somos a única urbanização de Gondomar que não tem ajudas de ninguém. Não temos ajudas, nem nos deixam fazer. Esperamos que a Câmara tome o poder que lhe compete e que atribua as competências a quem lhe compete. Queríamos que a Câmara e a Junta nos ajudassem a pôr este bairro direito, a limpar e a criar condições. Nós queremos fazer uma festa e não temos nada, queremos limpar e não temos máquinas”, concluíram. ■
> Arminda Barbosa, Marta Rocha e Paula Silva
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Cultura
João Diogo Leitão: “Tocar no Coliseu do Porto é uma oportunidade praticamente única na vida”
No próximo dia 28 de setembro, o solista gondomarense João Diogo Leitão, atuará no Coliseu do Porto com guitarra clássica em conjunto com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em relação ao concerto que vai ter no dia 28 de setembro no Coliseu do Porto, o que é que pode adiantar? É um concerto que surge contra a corrente com o que eu tenho feito, porque eu tenho-me afastado um bocado da parte da guitarra clássica e da cena do intérprete e tocar obras de outros compositores. Mas este concerto surgiu um bocado inesperadamente. Eu já toquei com a Orquestra Metropolitana de Lisboa há uns anos atrás, e esse convite surgiu alguns meses atrás para fazer o Concerto de Aranjuez que é o concerto mais tocado dentro do reportório clássico, é das poucas vezes que a guitarra tem oportunidade de tocar com uma orquestra é normalmente com este concerto. Se não me engano este é o concerto de abertura da temporada clássica
do Coliseu, que vai estar à volta da celebração dos 500 anos da Circum-Navegações do Fernando Magalhães. Eles vão tocar a sinfonia novo mundo de Dvořák e duas obras de Joaquin Rodrigo. Em relação à viola braguesa tem concertos planeados? Sim, com a viola braguesa vou gravar em janeiro para Serpa, para um centro chamado Musibéria. A minha ideia é daqui até lá, compôr algumas coisas e depois o que tenho já possível tocar em público. A minha ideia é até dezembro tocar o mais possível e nesse sentido tenho alguns concertos agendados principalmente no Porto. 19 de Outubro – Mafamood; 26 de Outubro - Casa Bô; 2 de Novembro – Macaréu; 16 de Novembro - Cadeira de Van Gogh. Em relação a este concerto no Coliseu do Porto sente-se preparado? Estou entusiasmado e tocar no Coliseu do Porto é uma oportunidade praticamente única na vida. Apesar de ser de Gondomar, grande parte da minha vida é feita no Porto e muitos dos meus amigos orbitam à volta do Porto, então vai ser aquela sensação de tocar em casa. Para já, não há muita ansiedade não há muitos nervos. Para a semana já vou ter os primeiros ensaios de orquestra e tenho de ver como
é que estou preparado ou não e depois aquela hora antes do concerto, vai ser de alguns nervos. Como é que surgiu a possibilidade de atuar com a Orquestra Metropolitana de Lisboa? Em 2014 ganhei o Prémio Jovens Músicos, um concurso da Antena 2 que é anual, mas os instrumentos são diferentes todos os anos e havia uma lista de orquestras que tinham protocolo com o concurso e na altura a Orquestra Metropolitana de Lisboa selecionou-me e toquei com eles o concerto Vila Lobos. Não voltei a tocar com eles durante este ano mais sabático e o concerto partiu da parte da orquestra. Programaram esta obra e decidiram convidar-me para fazer parte da orquestra.
vale muita a pena ir ao Coliseu para ver este concerto. E deixo o convite também aos concertos que vou fazer nos próximos tempos com a viola braguesa, eventualmente vai acontecer algum em Gondomar. ■
Para finalizar, que apelo quer deixar ao público para o verem a atuar em casa? Este concerto é dia 28 de setembro, no sábado ás 21h30, os bilhetes estão online, podem encontrar toda a informação no site do Coliseu. Este concerto tem a vantagem de não me verem só a mim porque eu vou estar com a orquestra e a orquestra vai tocar, para além da obra com guitarra, a “Sinfonia do Novo Mundo”, que apesar de ser um marco na história da música clássica, não é todos os dias que podemos ouvir ao vivo e dado as dimensões quase épicas da obra,
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O GIL tem um problema QUE O ENVERGONHA NUNCA USOU UM ECOPONTO. MAS QUER MUDAR. E tu? RECICLA-TE.PT
cofinanciaDO POR
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Cultura
Germano Silva nas Conferências de Gondomar
Apresentação do livro vencedor da 28.ª Edição do Prémio Nacional de Poesia de Fânzeres
No passado dia 12 de setembro, o Auditório Municipal de Gondomar recebeu uma vez mais as Conferências de Gondomar, com Germano Silva a ser o conferencista convidado, abordando o tema “Conversa sobre Estórias de Gondomar”. O Auditório Municipal teve sala cheia para ouvir Germano Silva abordar um conjunto de estórias alusivas a Gondomar, destacando Camilo Castelo Branco e as suas ligações ao concelho, bem como a importância da Casa Branca de Gramido na resolução das lutas populares, da Guerra da Patuleia. Em declarações ao VivaCidade, Germano Silva manifestou o orgulho sentido por ter estado em Gondomar. “Ver uma casa cheia e ver as pessoas interessadas nas estórias que eu contei aumenta esse orgulho naturalmente. Eu fico muito contente por ver que as pessoas se interessam. Normalmente julga-se que as pessoas estão afastadas dos problemas da cultura, não é verdade. A prova é que esta casa estava cheia e as pessoas interessaram-se por isso”. Numa conferência moderada pelo professor Rio Fernandes, Germano Silva abordou ainda os desafios que o jornalismo enfrenta atualmente. “Eu acho que os grandes desafios vão ser as novas tecnologias. Estou convencido que o papel vai durar ainda muito mais tempo, mas as novas tecnologias são o grande desafio. O que é preciso é que as tecnologias sejam adaptadas a processos que possam ter publicidade por exemplo, porque sem publicidade não é possível manter uma rede de informação. Es-
Depois de Luís Aguiar ter vencido a edição deste ano do Prémio Nacional de Poesia de Fânzeres, com a obra "Respirar pássaros como se o sol doesse", segue-se a cerimónia de apresentação do livro no dia 20 de outubro na casa de Montezelo. O concurso do prémio nacional de poesia, criado para celebrar a elevação da Vila de Fânzeres segue na sua 28ª edição com o objetivo de promover a cultura na freguesia. A adesão e participação de autores de todo o país é sempre positiva com o decorrer das edições, sendo que o vencedor recebe um prémio monetário de 500€, bem como a edição do livro.
tou convencido que o jornalismo vai prevalecer em moldes modernos e em moldes adaptados às circunstâncias atuais”. Finalizada a conferência de Germano Silva, houve tempo para o público colocar questões ao conferencista, o que, inevitavelmente, conduziu a novas estórias. A conferência findou com o agradecimento de Aurora Vieira, Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Gondomar, que destacou a presença do conceituado convidado e que incentivou à continuação de iniciativas culturais do género. ■
A festa da música de regresso ao Norte O município de Gondomar acolhe uma vez mais o “VI Festival Internacional de Música de Plectro” no fim de semana de 12 e 13 de outubro, terminando no dia 18. Ao todo serão cinco concertos em três dias de festa com muita música. “Um cartaz muito bem recheado, com música para todos os gostos”, é assim que define o festival o seu diretor artístico, António de Sousa Vieira. O festival inicia no dia 12 com música ao longo da tarde vinda do Brasil (“Choro das três”), música clássica por dois dos mais virtuosos guitarristas europeus (“Duo Kontaxakis-Ivanovic”), música barroca por um grupo especialista vindo do Luxemburgo (Artemandoline Baroque Ensemble) e ainda a arte exótica do grande virtuoso japonês Yasunobu Inuoe no dia 13. O festival termina apenas no dia 18, com um concerto da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, dirigido pelo maestro japonês, num programa intitulado “Oriente &
Ocidente”, com um programa que pretende unir os dois mundos, sobretudo em ano de celebração da viagem de Fernão de Magalhães. Este festival é organizado pela Associação Cultural de Plectro em conjunto com a Câmara Municipal de Gondomar e, este ano, a 6ª edição do Festival conta com “o maior apoio de sempre por parte do pelouro da cultura, cujo apoio e confiança só podemos louvar e agradecer”, faz questão de salientar António de Sousa Vieira, que termina deixando o convite: “Venham a tarde toda e assistam a esta maratona da música”. Com entrada livre em todos os concertos, este festival pretende chamar a Gondomar todo o público que goste de boa música. Para quem não tiver a oportunidade de se deslocar a Gondomar no dia 18, fica o convite para assistirem ao mesmo concerto no Museu da Música, em Lisboa no dia 19, às 18H00. ■
A edição do livro ficou a cargo da Junta de Freguesia de Fânzeres e a apresentação do mesmo decorrerá no dia 20 deste mês com a presença do mesmo em que dará a sua nota sobre o concurso em questão e o seu trabalho. Recorde-se que para eleger o vencedor do concurso são eleitos três júris, entre os quais, duas pessoas ligadas à cultura e à escrita, normalmente professores, e ainda um elemento da editora do livro, no caso deste ano, a “Elefante”. Para quem estiver interessado em obter o livro, o mesmo é gratuito e pode ser levantado na Junta de Freguesia de Fânzeres. ■
Festival de Teatro de Fânzeres regressa a 12 de outubro Ao longo dos fins de semana de 12,19 e 27 de outubro, o teatro “invade” a freguesia de Fânzeres com nomes como Luís Aleluia e Vitor Emanuel, bem como grupos de teatro amadores a atuar no Salão Paroquial da freguesia. Durante o ano, a união de freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova acolhem dois festivais em períodos de tempo distintos. Enquanto que em São Pedro da Cova o festival ocorre durante a altura do inverno e primavera, em Fânzeres o teatro chega nos três fins de semana acima anunciados, sendo que, segundo Pedro Vieira, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, há algo transversal aos dois festivais: a abertura do festival com grupos e nomes sonantes do teatro e da televisão em Portugal. Neste ano, os escolhidos foram Luís Aleluia e Vítor Emanuel. “Há uma nova peça deles, que é o “Saídos da Casca” e, portanto, nós entramos em contacto com eles e eles mostraramse disponíveis. Trazemos aqui á freguesia nomes consagrados do teatro e da televisão e isso também
valoriza e muito o nosso festival”. A juntar a estes nomes do teatro profissional, a junta de freguesia também dá oportunidade e aposta em “grupos da casa”. “Este festival de teatro é uma oportunidade também para os grupos amadores aqui da zona terem oportunidade para mostrarem os seus serviços, o seu trabalho e naturalmente aprenderem também um pouco com os profissionais. Também é o nosso objetivo. Que possam também aproveitar e aprender um pouco com os profissionais e para naturalmente terem oportunidade para apresentarem as suas peças”. No que toca ao custo do festival, Pedro Viera esclareceu. “Temos o conjunto para as três sessões 10€. Depois temos a sessão com os profissionais a custar 6€ as outras sessões a custar 3€ cada uma. Portanto se comprarmos as 3 sessões de uma vez só, fica mais em conta”. Os bilhetes já podem ser adquiridos na Junta de Freguesia, na paróquia e no Centro Republicano, sendo que todo o dinheiro remete para a Paróquia de Fânzeres. ■
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Cultura
Luís Filipe Araújo: “As pessoas vão encontrar propostas interessantes para virem a Gondomar várias vezes” As Festas do Concelho arrancaram dia 7 de setembro com a Noite Branca. Com o programa sensivelmente a meio, Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara de Gondomar e Vereador da Cultura, fez o balanço das atividades feitas até agora e perspetivou o que ainda está por vir. Está decorrido meio mês desde que as Festas do Concelho começaram. É possível fazer já um primeiro balanço? Sim já se pode fazer um primeiro balanço, ainda que seja realmente cedo. As iniciativas que já tivemos, designadamente o Ciclo de Piano com o Pedro Burmester que foi o primeiro concerto que tivemos, o auditório esteve completamente lotado, como era expectável. Também o MerenD’ouro decorreu no mesmo fim de semana e foram duas iniciativas que correram muito bem. O MerenD’ouro teve sempre com muita gente. Nós temos sempre dificuldades em levar as pessoas ao Monte Crasto, temos o serviço de autocarros que faz aquele circuito, mas a iniciativa correu sempre bem. Julgo que de hora a hora tínhamos sempre grupo diferentes a atuar naquele palco que estava instalado e tivemos sempre muito público. No que diz respeito ao MerenD’Ouro sentimos que houve um acréscimo de público. Quando fizemos a abertura, fizemos um desfile da parte do Largo do Souto até ao Monte Crasto e quando chegamos lá acima já estava tudo cheio de gente, as mesas já estavam todas ocupadas, o que nunca tinha acontecido nos anos anteriores. Tivemos para além disso, uma inauguração de uma exposição de fotografia, que está patente ali na biblioteca da farmácia Cardoso, que é difícil de medir mas esteve sempre com muita gente, sobretudo de Gondomar. A exposição diz respeito a fotografias de 1900 a 1930, sensivelmente, e são fotografias de gente aqui de Gondomar. A nossa esperança é que essa exposição suscite curiosidade. Temos um livro que é para as pessoas poderem identificar os seus familiares. Até dia 13 de outubro, o que é que os gondomarenses podem esperar das Festas do Concelho?
Podem esperar animação dos concertos que é habitual, desde Ana Moura, Prata Latina, Quinta do Bill, homenagem ao Carlos Paião, estamos em crer que vamos ter noites sempre animadas com estes concertos. Para além disso vamos ter outro tipo de oferta cultural, completamente diversificada, desde as tasquinhas, que já é habitual, até ao Festival de Plectro que também está integrado nas festas, que são ofertas culturais bastante diversificadas. Depois temos, por exemplo, o concerto do António Chaínho de guitarra portuguesa ali no Lugar do Desenho, estamos a falar de um nome maior da guitarra portuguesa. Em termos de novidade que não tenha acontecido no ano transato, o que é que pode adiantar? Nós temos muitas coisas novas, por exemplo, o Ciclo de Piano não estava integrado nas Festas do Concelho. Em termos de oferta cultural, todas as quartas-feiras temos uma iniciativa diferente mais ligada à cultura. Já ocorreu a Conferência dos Padroeiros ou então temos o concerto do FIDAS com a Orquestra Nacional Moderna, que é uma orquestra diferente. Todas as quartas-feiras temos uma oferta cultural diferente e sempre de grande qualidade. O Festival de Plectro este ano estar integrado nas festas, é uma novidade. Vai decorrer em várias datas, mas o 12 de outubro é o dia mais forte. Temos três concertos de executantes brilhantes, mais do bandolim e da viola clássica, que também são concertos a não perder para quem gosta desse estilo de música. Qual é a grande dificuldade em organizar um evento que dura um mês? A grande dificuldade começa na compatibilização das datas. É muito difícil, nós temos mais de 100 entidades envolvidas e a compatibilização das agendas é muito difícil. É essa é uma grande dificuldade. A nossa ideia é envolver o maior número de entidades possível e ir rodando entre elas. Nós tentamos agendar essas situações o mais cedo possível para saltar essas dificuldades. Depois temos as bandas filarmónicas, aquelas que vêm de fora, é preciso escolhê-las sendo que esse um encargo exclusivamente da Confraria de São Cosme, São Damião e Nossa Senhora do Rosário. Em termos de investimento, há um investimento muito forte da Câmara nestas festas?
É um investimento muito forte, o número é público. Anda à volta dos 200 mil euros. É verdade que eu consigo indicar dois ou três itens que absorvem logo 60% ou mais destes recursos. O fogo de artificio, as bandas filarmónicas, a iluminação, só aqui já estamos com um valor muito elevado. O envolvimento do associativismo nestas festas ajuda a dinamizar e a fomentar o próprio sucesso do evento? Claro, as tasquinhas são o melhor exemplo disso. O envolvimento das coletividades tem um efeito multiplicador depois no público. Isso acontece também connosco, eu levo lá os meus amigos às Festas do Concelho e é o que fazem os associados nas respetivas coletividades. Escolhem aquele dia e trazem os amigos. A procura pelo espaço é maior do que a oferta que a Câmara tem para dar? É, essa organização foi entregue à Federação das Coletividades, ao Manuel Pinto. Mas eles fazem sorteios quando há lugares vagos. Atualmente os lugares estão todos tomados, mas a cada passo há uma associação que prescinde de lugar e eles fazem sorteio entre aquelas que se candidatam. Mas há sempre uma procura muito grande por lugares. Para finalizar, uma mensagem aos gondomarenses e aos concelhos mais próximos daqui que não conhecem as Festas do Concelho e que queiram vir aqui passar uma boa noite em termos gastronómicos e culturais? De certeza que vão encontrar aqui muita animação, independentemente do fim de semana e da data que escolherem. O conselho que eu dou é que guardem dois ou três minutos para olhar com mais atenção para o programa porque de certeza que as pessoas vão encontrar propostas interessantes para virem a Gondomar várias vezes. ■
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Empresas & Negócios
Abertura do Talho do Povo no Mini Preço de Fânzeres Na passada quinta-feira do dia 19, foi inaugurada a nova loja do Talho do Povo em Fânzeres, na Rua Dr Severiano, dentro do Mini Preço. Fundado em 2010, o Talho do Povo é já uma referência em Gondomar e os quatro estabelecimentos espalhados por todo o concelho e arredores são a prova disso. O primeiro estabelecimento do Talho do Povo foi em Baguim do Monte. A constante expansão e crescimento do grupo levou à abertura do segundo espaço, desta vez em São Cosme. Seguiu-se o terceiro estabelecimento, desta vez no Porto, mais precisamente em São Mamede de Infesta. O quarto espaço surge agora em Fânzeres dentro do Mini Preço. Liliana Azevedo, uma das responsáveis pelo Talho do Povo, falou-nos do desafio que lhes foi lançado para a inauguração deste quarto estabelecimento e, como gostam de desafios, decidiriam aceitar. Para ela, a localização do espaço é um dos pontos fortes do novo espaço. “Está bem localizado, com paragem de autocarros, numa zona central em que as pessoas passam para São Pedro da Cova e para o centro de Gondomar, por isso decidimos apostar”. Para Liliana Azevedo, “nunca foi um objetivo ter tantas lojas, sempre foi ficar só com uma, mas foram surgindo oportunidades e decidimos aproveitar e agarrar as oportunidades”. Atualmente com três membros a trabalhar neste novo espaço, Liliana Azevedo não tem dúvidas que tanto o Mini Preço como
o Talho do Povo saem a ganhar e deixou uma mensagem para os futuros clientes. “As pessoas podem esperar o que já estão habituadas do Talho do Povo: qualidade, bom atendimento e frescura. Como eu costumo dizer, o Talho do Povo não tem concorrência”. Já Sérgio Sousa, proprietário do Talho do Povo destacou a enorme afluência de clientes na manhã da inauguração. "Tivemos muita procura e curiosidade das pessoas face aos nossos produtos e serviços." As carnes são de origem 100% portu-
guesa, onde compramos diretamente aos produtores nacionais, marcando por isso a diferença, garantindo posteriormente a melhor relação qualidade/preço", salientou o dono do espaço.
Durante a manhã da inauguração a Gondomar FM animou os presentes e o Talho do Povo ainda brindou quem visitou o espaço com a oferta de sandes de porco no espeto. ■
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Empresas & Negócios
Inauguração oficial da “Men’s Premium” em Fânzeres A barbearia “Men’s Premium” abriu as suas portas no dia 30 de julho e, depois de mais de um mês de trabalho, recebeu os seus clientes a 8 de setembro, para a inauguração oficial apresentando aos presentes, o espaço e o conceito que os distingue das restantes barbearias.
Rúben Verón e Nuno Ruscello, naturais de Fânzeres e São Pedro da Cova, respetivamente, para além de barbeiros são os responsáveis pela fundação e criação da “Men’s Premium”. Amigos de longa data, iniciaram a carreira ao mesmo tempo e revelaram que a ideia da conceção do espaço surgiu nessa altura. “Sempre tivemos a ideia de nos juntarmos um dia e abrirmos um negócio nosso aqui na zona, porque aqui não havia nada deste género”, adiantou Rúben Verón. Apesar da ideia da criação da “Men´s Premium” ser um desejo antigo dos dois barbeiros fundadores, ambos quiseram esperar pelo momento certo, “sem dar o passo maior do que a perna” e criar o conceito ambicionado, “diferente do que é habitual”.
No que toca ao conceito em si, Nuno Ruscello elucidou o que diferencia esta barbearia das restantes. “É um conceito mais clean e mais fresh onde uma pessoa entra e não fica cansada. Um estilo mais moderno do que estamos habituados a ver. As barbearias costumam ser de um estilo mais vintage, nós quisemos fazer uma coisa mais moderna e clean”. Por sua vez, Rúben Verón destacou que a partilha dos mesmos ideias com Nuno Ruscello, bem como a pesquisa de outras barbearias fora do país foram as principais fontes de inspiração para a criação do conceito “premium”, que segundo ele prima pelo rigor na prestação de serviços aliado a um espaço amplo para que o cliente “se sinta bem e em casa”.
A Rúben Verón e Nuno Ruscello, juntam-se Filipe Silva e Paulo Baltarejo nesta equipa de barbeiros que, segundo os fundadores da “Men’s Premium”, “têm trabalhado muito bem”, o que resulta num balanço satisfatório durante este período de trabalho e numa adesão que “tem surpreendido pela positiva”. “Nós os dois já tínhamos uma vasta clientela e uma carteira de clientes boa. Enquanto adesão do resto da equipa tivemos uma boa adesão, mais do que estávamos à espera”, acrescentou Nuno Ruscello. Em relação à inauguração oficial da “Men’s Premium”, Rúben Verón salientou que foi um “dia de convívio para festejar a abertura oficial do espaço” e que se tratou “um dia especial para nós e para os clientes”. ■
Já abriu o Centro de Dança de Gondomar O Centro de Dança de Gondomar, localizado na Praça Manuel Guedes em frente à Câmara Municipal, inaugurou oficialmente o seu espaço a 1 de setembro e a partir do dia 23 do mesmo mês arrancará com aulas experimentais à disposição de quem queira usufruir das aulas gratuitamente. Beatriz Fidalgo, professora de ballet há 7 anos, foi a responsável pela criação deste centro de dança e explicou-nos como surgiu a ideia e a conceção do espaço. “Trabalhei em vários locais e este ano tive a oportunidade de abraçar este projeto só meu e tive como ideia abrir um espaço que não fosse só na área da dança, mas que tivesse um público mais generalista que tivesse também artes marciais e também mais adultos”. O leque de atividades é vasto e para todas as idades, destacando-se as atividades de dança, fitness, aconselhamento nutricional, a música e as artes marciais. Para a apoiar neste projeto, Bea-
triz Fidalgo conta com pelo menos oito professores. “Eu sou responsável pela ginástica artística e pela dança clássica. Temos professores de yoga, pilates, zumba, capoeira, karaté, defesa pessoal e teatro”. A qualidade e a acessibilidade nos custos são fatores determinantes deste novo espaço para atingir o principal objetivo. “O principal objetivo é ser uma referência em Gondomar na parte das atividades físicas e culturais. Tudo o que seja desporto, cultura, lazer, sermos um centro de referência quer pela qualidade quer pelos custos, para estarmos acessíveis à maior parte das famílias”. Em relação a possíveis riscos, Beatriz Fidalgo re-
vela que existe essa possibilidade uma vez que a “academia foi feita de raiz”. “Isto era um escritório de ourivesaria, tínhamos paredes ao alto, tínhamos todas as ligações informáticas e, portanto, o risco inicial em termos de capital foi o de transformar isto numa academia com uma excelente sala e com luz natural. Claro que em termos de professores também há risco e há também o risco emocional de não os querer desiludir e querer que eles consigam ter sucesso da mesma forma que eu quero ter”, revelou. Nesta fase inicial o feedback já é positivo e o número de inscrições está cada vez mais a crescer. “Temos tido muitos contactos, não só de pessoas que estão à procura de atividades extracurricu-
lares para os miúdos, mas também de pessoas adultas que procuram pilates ou yoga, mesmo o fitdance e o zumba. Temos tido procura tanto por parte masculina como feminina, públicos de diferentes idades”. Para finalizar, Beatriz Fidalgo manifestou o desejo de sucesso e garantiu que “não há nenhum centro que contemple estas atividades todas em Gondomar”. “Somos um centro com preços apelativos a toda a gente, temos qualidade no ensino e temos boas instalações e quase que podemos dizer que somos uma família porque temos tantas atividades, queremos incluir aqui toda a gente. Toda a gente pode vir aqui experimentar e sentirse à vontade”. ■
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Desporto
“Ali Butcher”, o treinador de campeões de culturismo António Fernando Correia Santos, mais conhecido por “Ali Butcher” no mundo do culturismo, conta no seu currículo com 180 atletas, 10 profissionais, 4 vice-campeões da Europa, 80 campeões nacionais e 137 pódios. O VivaCidade esteve à conversa com o profissional de culturismo para saber mais sobre o seu percurso, os segredos do seu sucesso e os preconceitos em torno da modalidade. Fale-nos um pouco sobre a sua formação e sobre o percurso que o colocou no patamar que está agora? Curiosamente a minha formação não tem nada a ver com este desporto. Os meus pais sempre tiveram uma indústria hoteleira. Eu agora tenho 46 anos e sempre gostei deste desporto. Comecei desde pequeno a fazer os meus próprios halteres, subindo de degrau em degrau até chegar ao nível em que estou. Todo o meu percurso foi na industria hoteleira, a maior parte do meu trabalho foi nessa área e eu só fazia isto como hobbie. Ou seja, o meu trabalho não é nenhum, porque eu faço aquilo que gosto, é isto que me preenche enquanto pessoa. A indústria hoteleira permitiu-me ter a capacidade de estudar, de evoluir e de aprender, porque isso trouxe-me muito conhecimento. Refere-se a que tipo de conhecimento? O que se estuda na faculdade não se consegue aplicar neste desporto, só com a prática. Temos que conhecer o sistema muscular de cada individuo. Isto é individualizado, por exemplo, eu tenho atletas que não treinam braços, não podem treinar porque são grandes de mais e sem treinar crescem mais do que aqueles que treinam, é a própria fisiologia daquela pessoa. Se tens um braço muito grande, mas o ombro é carente, vais ficar desproporcional. O princípio deste desporto é a proporção, é a beleza estética, não é o tamanho, é a simetria. Quando é que o hobbie passou a ser a sua vida? Há 12 anos atrás eu tive o meu primeiro campeão nacional, ainda como hobbie. Isto requer muito tempo, tens que acompanhá-los às provas, estar com eles, tens que fazer um trabalho quase de babysitter, estar em constante visualização do físico e das sua alteração. É um processo que só o olho é que te diz, não há uma teoria porque o teu físico muda em horas. Como é que aprofundou os seus conhecimentos? O que me fez evoluir foi o gosto e o conhecimento, foi o praticar com muitas pessoas por-
que eu tenho 180 atletas. Eu já faço isto com eles há 18 anos. Eu sou profissional do ginásio e personal trainer, porque não há uma profissão chamada treinador de culturismo. Eu não posso prescrever dietas porque eu não sou nutricionista eu falo sobre a minha experiência e conhecimento. Nós temos de ter sempre a consciência que lidamos com pessoas e seres humanos e isto tem sempre uma certa responsabilidade. Quanto tempo é que esta profissão lhe retira por dia? Isto faz-me perder muito tempo porque todo o trabalho na minha área não é só “faz isto e faz aquilo”, é também dar um aconselhamento psicológico, porque o dia a dia deles pode afetar, como o stress do trabalho. Se eles não dormirem, eu tenho que falar com eles com calma e até a experiência pessoal que eu tenho, ajuda-me a ser melhor treinador. Acaba por ser mais do que um treinador. Sem dúvida nenhuma. O amor que eu trago para isto, faz-me sofrer por vezes na minha vida pessoal. Quando tenho que ir para as provas, fico com um grande nível de ansiedade e ainda aguento a ansiedade e o stress deles, mas tento não lhes passar isso porque se não dormes bem não estás bem no dia a seguir. Este é um desporto de pequenos detalhes e esses detalhes fazem toda a diferença. Neste desporto sofres 20 semanas de preparação para estares 1 a 2 minutos no palco. Se não comeste bem ou não dormiste bem, isso afeta. Neste desporto tem de haver sempre o bom senso do treinador em passar o bom senso para eles porque isto é um desporto de exagero em tudo. No treinar, no comer, em tudo. Qual é que considera ser o segredo do seu sucesso? Eu diria que é a minha personalidade e a paixão que eu tenho. Conhecimento todos o têm, o que diferencia é aquilo que tu depositas da tua personalidade e da tua energia neste desporto. Este é o meu vício, é o que me dá adrenalina. Qual foi o momento mais marcante da sua carreira? O que mais me marcou foi ter sido o primeiro treinador em Portugal a ter um atleta no circuito profissional, isso foi o que despoletou mais atenção para mim como profissional. Agora tenho mais 10 atletas no circuito profissional. Este circuito é a prova rainha deste desporto, que se faz em Las Vegas nos EUA. É a prova de maior destaque e para chegar lá tem de se entrar no circuito de competições internacionais para pontuar e para chegar a essa prova. Esse meu atleta que esteve no circuito profissional foi o Nelson Rodrigues, em 2015 no Arnold Classic em Madrid. São os atletas que o procuram? Como é feito esse contacto? Normalmente sou abordado pelas redes sociais. Abordam-me se eu os posso ajudar e dizem que gostam muito deste desporto. Normalmente eu envio um questionário para criar um padrão. Eu ajudo toda a gente mas em termos compe-
titivos, sou eu que escolho, porque para chegar a campeão do mundo não é só treinar, têm de ter o chamado “fator X”. Fatores desde a genética, a capacidade que vais impor e a energia que vais colocar nessa preparação. E eu sendo muito competitivo, só quero ganhar. Eu faço deles os melhores, não gosto de perder. Os atletas quando estão nas semanas de preparação, costumam estar em permanente contacto consigo? Não vou dizer que são 24 horas, mas eu levanto-me às 8h e até às 22h recebo mensagens e às vezes, até às 2h. A esta hora ainda há pessoas que me perguntam se podem comer determinada coisa. O grande problema deste desporto é que as pessoas que estão dentro deste processo têm medo de decidir. Para ter a certeza se estão a fazer correto ou não, necessitam da confirmação que sou eu que a dou ou não. É isso que as pessoas não compreendem, a dedicação a este tipo de desporto e somos incompreendidos e catalogados. Catalogados como, “só tomamos coisas”, não entendem o processo. Quando alguém tenta entrar num processo destes, dificilmente chega ao fim. O que acha que atrai um atleta para este desporto? Eu acho que comecei a treinar musculação por uma fraqueza psicológica minha, porque eu era pequeno e franzino. Por isso eu quis demarcar-me um pouco, na maior parte dos casos é por uma questão estética, uma questão pessoal e psicológica. O querer ser mais forte e maior, é este o padrão. Entramos no chamado culto do corpo. Eu era mesmo o gosto pessoal, gostava de treinar, de me sentir forte e isto cria um ego. Quantos atletas treina atualmente? E quantos campeões tem? Atualmente tenho 180 atletas competitivos, 10 profissionais , 4 vice-campeões da Europa, 80 campeões nacionais e 137 pódios. Tenho muitos atletas internacionais. Tenho dois ingleses, dois italianos, um árabe e um nos Estados Unidos,
tudo através do online. Tive que me desenrascar no inglês. É curioso que nunca fui bom no inglês, mas o gosto disto obrigou-me a ter que desenrascar. É um acompanhamento mais complicado, mas a prática também me ajudou nesta parte. Eu como não estou pessoalmente com eles, pressuponho sempre que está um bocadinho pior do que aquilo que eu vejo. Quando me enviam foto, tem sempre fatores muito importantes. Tem que ter sempre o mesmo ambiente de luz, no mesmo local, à mesma hora, para que os fatores externos não te afetem. Eu até gosto de trabalhar mais no online do que no presencial, porque o presencial às vezes engana e eles vêm à hora que lhes interessam ou quando podem e não nos fatores que eu quero, que são de manhã, em jejum e luz natural. Isso tudo afeta, é um desporto que a parte visual e estética é que contam. E os atletas internacionais como chegam até si? São os ganhos e as vitórias. Já tive no Canadá, EUA, Rússia, Dubai, Suécia, Finlândia, Espanha, vou aos campeonatos internacionais quase todos. Por ano viajo bastante para diversas provas. Falou que foi a sua paixão e a sua personalidade que o fizeram ter o sucesso que tem agora, mas também foi algo que lhe exigiu muita prática e investimento para obter esse conhecimento? Gastei muito dinheiro, tive treinadores internacionais que me ajudaram. Eu não comprava roupa, para comprar esse tipo de conhecimento. Investi mesmo uma pequena fortuna, cada qual tem o seu gosto. Todo o meu conhecimento foi canalizado para aqui. Gostaria só de acrescentar um facto curioso. Tenho uma empresa espanhola que decidiu fazer uma linha de suplementos direcionada para aquilo o que eu acho melhor. Em Portugal só tens uma pessoa que faz isso, que sou eu. Essa empresa de suplementos achou que eu era uma pessoa que me demarcava das outras e perguntou se eu queria ter uma linha com o meu nome. Essa empresa colocou os produtos deles à minha mercê com o meu nome. ■
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Segunda edição do “No Limits Challenge” trouxe 110 equipas de Crossfit a Gondomar O evento da autoria da CrossBox de Gondomar realizou-se este ano na Escola Secundária de Gondomar e contou com a participação de 110 equipas de 2 e/ou 3 elementos do sexo masculino e feminino, com atletas espalhados um pouco por todo o país. Depois do sucesso da edição inaugural do “No Limits Challenge” no ano passado, que se realizou na CrossBox de Gondomar, a edição deste ano deslocou-se para um “espaço maior e melhor”, na Escola Secundária de Gondomar, recebendo entre 250 a 300 atletas. Bruno Sá, diretor da CrossBox, é o responsável pela criação do evento e revelou ao nosso jornal como surgiu a ideia de iniciar esta competição. “Eu já faço Crossfit há 9 anos e de há 5, 6 anos para cá faço competições de CrossFit em Portugal e lá fora. Surgiu no ano passado a ideia de fazer um evento que fosse acessível
a todo o tipo de pessoas, nível médio, nível iniciante, nível avançado e surgiu fazermos uma competição aqui na Box”. A mudança do evento da Box para a Escola Secundária de Gondomar na edição deste ano permitiu a realização da competição num local mais espaçoso e com melhores acessos, mas essa não foi a única novidade deste ano. “Para além do espaço, o aumento de material de treino foi muito maior porque o espaço permitiu isso. Depois aderimos a uma nova forma de submeter os resultados, fomos a primeira competição de crossfit em Portugal a fazer isso, que era, os juízes que ajuizavam cada equipa tinham acesso a uma plataforma em que submetiam logo os resultados e passados 45 segundos, que foi o recorde que conseguimos fazer, já estavam disponíveis nessa plataforma para os atletas verem os resultados”, esclareceu Bruno Sá. Ao diretor da CrossBox juntaram-se 30 alunos seus que colaboraram no ajuizamento das provas, após terem tido uma “mini formação” na Box a juntar à experiência de treino dos mesmos. Um desses alunos colaboradores foi Luís Lobo, que nos elucidou sobre o seu trabalho realizado enquanto juiz no evento. “Estavam simultaneamente 20 pessoas a com-
petir, haviam dez juízes e 45 segundos depois estavam a aparecer os resultados todos. Das 110 equipas participantes, 5 eram de Gondomar e as restantes eram de atletas espalhados um pouco por todo o país, desde Porto, Braga, Chaves, Viana, Vila Real, Lisboa, Alentejo, e Açores, avaliados nas categorias de RX e Scaled, masculino e feminino. “Aqui em Gondomar as pessoas ainda não têm a noção da realidade que é a modalidade do crossfit e acham que o crossfit é uma coisa que faz mal à saúde e que é só para pessoas fortes. Isso é uma ideia errada, nós aqui tentamos passar o crossfit para o sistema da saúde. O nosso objetivo é pôr as pessoas a praticar
Desporto
exercício físico”, apontou. Ainda no seguimento de desmistificar o que é o crossfit, recolhemos o testemunho de Luís Lobo que iniciou a prática da modalidade há 2 anos atrás, com 45 anos. “Já tinha passado por vários ginásios e acabava por desistir. A grande diferença do crossfit para quando eu andava no ginásio, é que no ginásio eu já sabia o que ia fazer e aqui nunca tive um treino igual e já ando aqui há dois anos. Para finalizar, deixou ainda uma nota de agradecimento ao presidente da união de freguesias de Gondomar- São Cosme, Valbom e Jovim, António Braz e à diretora da Escola Secundária de Gondomar, Lília Silva. ■
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Desporto
Apresentação do Projeto Gondomar Cultural Natação D'Ouro O Gondomar Cultural apresentou a secção de Natação Adaptada e Natação Pura, no dia 2 de setembro no Salão Nobre da Câmara Municipal de Gondomar.
sublinhou o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. "A iniciativa principal partiu do executivo da Câmara, nomeadamente da vereadora do Desporto, Sandra Almeida, portanto a Câmara foi fundamental no início deste projeto para o podermos implementar em Gondomar.
O clube foi igualmente fundamental para abraçar o projeto e agora queremos começar a trabalhar para que o possamos alargar." Para finalizar, a responsável do projeto enalteceu à margem do seu crescimento o facto de Gondomar ter várias piscinas
favoráveis à captação de jovens de natação adaptada e natação pura. “Gondomar é fantástico porque tem 7 piscinas municipais, por isso nós podemos captar os miúdos com mais capacidades e com mais gosto para a natação para virem para a competição”, finalizou. ■
Ana Querido, responsável do projeto manifestou o orgulho sentido pelo apoio dado por parte das entidades oficiais “fundamentais para o desenvolvimento destes projetos”, assim como “o apoio de todos os nadadores e das famílias que estiveram presentes”, um projeto com um início promissor. “Apesar de ser um projeto ainda muito recente, já temos alguns apoios de algumas empresas que se quiseram juntar a nós e isso é magnífico, é muito bom para este arranque inicial onde temos mais gastos e ajuda a suportar os gastos que teremos”, acrescentou. Ainda acerca dos apoios, Ana Querida PUB
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44 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Lazer RECEITA CULINÁRIA
AGENDA CULTURAL VIVACIDADE CINEMA 28 de setembro e 5 de outubro 21h30 Cinema Fora do Sítio ’19: “Homem-Aranha: Longe de Casa” e “O Rei Leão”, respetivamente no Parque Urbano de Rio Tinto
OVOS RECHEADOS COM ATUM
MÚSICA
Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest
Festas do Concelho: 28 de setembro 18h; António Chaínho no Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende
28 de setembro; 21h30 “A minha vida dá um musical” no Anfiteatro Largo Souto
4 de outubro 22h; Ana Moura atua na Via Direcional
Ovos grandes salsa picada 2 colheres de sopa de azeite 1 colher de chá de vinagre Sal q.b. Pimenta q.b. Farinha de trigo sem fermento q.b. Pão ralado q.b. Óleo para fritar Atum Foto DR
DANÇA
29 de setembro: 21h; Prata Latina no Anfiteatro Largo Souto
INGREDIENTES
Rentrée Apple – 2019 VIVA TEC | Fábio Silva
– Mãe! – O que foi, menino? – Acho que queimei o café! – Mas como? – Sei lá, a água tá preta!
Preparação:
Foto DR
Uma cobra pergunta à outra: – Será que sou muito venenosa? – Achou que sim. Por quê? – Mordi a língua.
HORÓSCOPO
Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora
210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt
Amor: Poderão surgir mudanças no seu comportamento no que diz respeito às relações afetivas. Saúde: Este período é muito favorável, mas necessita de ter muita reflexão para evitar os excessos. Dinheiro: Seja mais equilibrado nos seus gastos.
Num mundo cada vez mais dependente de tecnologia, as empresas lutam por um lugar na ribalta, não só pelos lucros, mas também para se desmarcarem de seus pares. Somos constantemente bombardeados com as mais recentes novidades que a informática tem para apresentar. Como é habitual em setembro, o mundo ficou a conhecer o que a Apple traz para mesa do menu tecnológico, todavia, não foram apenas as novas versões do mais famoso smartphone da atualidade a chegar à audiência global, com a gigante de Cupertino a confirmar a sua entrada na guerra dos serviços de conteúdos audiovisuais. Eis as principais novidades do Apple Keynote de setembro 2019: • iPhone 11: a Apple decidiu melhorar a capacidade fotográfica na versão 11 desta linha de smartphones, com a inclusão de duas câmaras 12 MP wide, 26mm f/1.8 e ultra wide 12 MP f/2.4. A câmara frontal também foi melhorada, de modo a captar uma maior área no frame. No que refere ao vídeo, a melhoria das objetivas permitirá gravação em 4k a 60fps. Quanto processador, este iPhone vem equipado com o SoC A13 Bionic. • iPhone 11 Pro e Pro Max: os flagships deste ano vêm com uma tripla-câmara, cuja disposição deu origem às mais diversas paródias na Internet. Ambos os modelos estarão equipados com ecrãs Super Retina XDR e melhorias ao nível da bateria. • iPad: a linha de entrada no segmento dos tablets foi atualizada, com o lançamento de um novo iPad (não Pro), que integrará um processador SoC A10 Fusion, ecrã de 10,5 polegadas e o novo iPadOS. • Apple Watch: a “maçã” decidiu também apresentar a evolução do seu smartwatch, que agora terá o seu ecrã sempre ligado sem, segundo a Apple, afetar o desempenho da bateria (a autonomia estimada será de 18 horas neste modo). • Apple TV+: eis que a gigante tecnológica entra no mercado de streaming de conteúdos audiovisuais. Com um preço mensal de 4,99€, dará acesso a filmes e séries, incluindo conteúdo original Apple. Num mercado altamente competitivo, terá de se bater com serviços como a Netflix, a HBO e a nova Disney+. Ficam assim apresentadas as principais novidades oriundas de Cupertino para a sua “rentrée” nesta época e só os próximos meses ditarão o sucesso destes novos modelos e serviços terão tanto sucesso como em anos transatos.
Coloque os ovos a cozer durante 10 minutos. Depois dos ovos cozidos coloque-os numa tigela com água fria. Deixe os ovos arrefecer e descasque-os. Corte os ovos ao meio na vertical. Retire a gema para uma tigela. Tempere as gemas com sal e pimenta. Junte o azeite, o vinagre e salsa picada a gosto e o atum bem desfeito. Esmague tudo muito bem com um garfo até que fique uma pasta. Com cuidado, recheie as claras com a pasta obtida. Bata 2 ovos crus. Passe os ovos recheados por farinha e sacuda o excesso. Passe-os por ovo batido e por fim, por pão ralado. Frite os ovos de ambos os lados em óleo quente. Sirva com uma salada de Grão de bico temperada com um molho de salsa e cebola picada e azeite. Acompanha uma fatia de pão saloio frito com molho de cebola e pimento.
SOLUÇÕES:
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46 VIVACIDADE SETEMBRO 2019
Opinião: Vozes da Assembleia Municipal
Em jeito de balanço e de futuro Joana Resende| PS Há 4 anos atrás, e no rescaldo das eleições legislativas, escrevia que o resultado não tinha sido o que o Partido Socialista tinha desejado. A austeridade a que o país havia sido sujeito entre 2011 e 2015 era motivo de grande preocupação. A expectativa do Partido Socialista era que pudesse ter oportunidade de oferecer um caminho de mudança, de políticas humanizadas e próximas ao cidadão. Pretendia acabar com a descrença, o desânimo e a desmotivação que havia tomado conta do país. À hora que escrevia, não se conhecia ainda o termo Geringonça, e Portugal estava em sus-
penso. O que era unânime era a ânsia por uma política sustentável para a economia nacional, que parasse o desemprego e recapitalizasse as empresas portuguesas. Era objetivo uno um Portugal revitalizado, modernizado e de costas para o obscurantismo, pondo fim a uma sociedade fraturada e a um empobrecimento preocupante. Passados 4 anos, a lembrança permanece gravada, e tenho a certeza que a maioria dos portugueses chegará às urnas no próximo dia 6 de Outubro com o mesmo sentimento. Na altura de tomar a sua decisão, e de votar em quem deverá
governar e gerir o nosso país, estarão presentes as grandes mudanças deste Governo. É notória uma franca recuperação global, com taxa de desemprego em queda (de 14% para 6,7%). Houve uma subida generalizada de rendimentos, e o défice que “pode chegar a zero já no final deste ano”. Hoje mesmo, o Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em alta o crescimento económico português, indicando que estamos “a crescer acima da Espanha desde 2017”. Exceção feita à Irlanda, Portugal é hoje o país que mais cresce na Europa.
Se Há 4 anos atrás, naqueles dias em suspenso, houve quem tivesse dúvidas sobre a capacidade deste Governo e das capacidades de liderança de António Costa, hoje os resultados falam por si. O trabalho feito é prova dada; a comunicação e os congéneres internacionais não poupam em elogios. Dia 6 de Outubro estou convicta que não restarão dúvidas. Lembrando o infortúnio que Portugal vivia em 2015, e vendo as francas mudanças já em 2019, os portugueses sabem que o Partido Socialista é o Governo que precisam que continue a governar.
Vote PSD para que Gondomar tenha o que merece Valentina Sanchez | PSD O nosso concelho, nas listas do Partido Social Democrata pelo distrito do Porto, está representado em sexto lugar, Germana Rocha, Deputada da Assembleia da República, e Paulo Diogo Tavares, Vice Presidente da Comissão Política de Concelhia do PSD apresentam como propostas fundamentais para o nosso concelho: - Mobilidade: Tendo em vista a melhoria da mobilidade da Região do Grande Porto e em especial da população de Gondomar, torna-se imperioso concluir a ligação da linha do metro até ao centro do concelho, bem como a reorganização urgente de
toda a rede de transportes a nível do município. -Rede de Apoio Social Criação de uma rede de apoio social às pessoas mais vulneráveis, designadamente aos idosos, pessoas com deficiência e cuidadores informais em estreita colaboração com as entidades locais. - Ambiente e Desenvolvimento sustentável Proteção e desenvolvimento adequado e sustentável das margens e do próprio rio Douro, nomeadamente no que diz respeito aos níveis de poluição provocados pelo aumento de circulação de grandes embarcações e barcos de recreio, através de criação de soluções equilibradas entre a com-
ponente turística e económica que consideramos muito importante, e as consequências que têm ao nível de ambiental, designadamente no que diz respeito a contaminação do rio Douro, interdição das praias fluviais do concelho, e globalmente da qualidade de vida dos gondomarenses. A conclusão do processo de remoção de residuos sólidos de São Pedro da Cova que inclua a reabilitação de toda a zona envolvente afectada -Museu da Ourivesaria Criação do museu da Ourivesaria em que se posso mostrar e dar a conhecer uma das artes com maior tradição em Gondomar, através de
uma ligação efectiva ao Centro de Formação Profissional na indústria da Ourivesaria e relojoaria (CINDOR), á Contrastaria e ao respectivo sector a nível local. -Justica e Segurança Construção do palácio da Justiça em Gondomar, Construção de instalações com condições dignas para o funcionamento do posto territorial da GNR de fanzeres e para o funcionamento da Divisão Policial da PSP de Gondomar (São Cosme) Dia 6 de Outubro, contamos consigo! Vote PSD!
Eleições Legislativas. Andar para trás, não. Maria Olinda Moura | CDU Ao longo de 44 anos e em resultado das 14 eleições legislativas já realizadas, fomos tendo uma alternância de governos entre o PS e o PSD, com este ou outro nome, coligados ou sozinhos. Ao longo destes 44 anos, e depois da aprovação da Constituição da República Portuguesa, estes partidos governaram Portugal repetindo até à exaustão promessas que ficaram por cumprir, na sua grande maioria. Mais uma vez se preparam para o fazer. Entrados no período de campanha eleitoral oficial, acentua-se a bipolarização entre PS e PSD e a falsa ideia de que a 6 de Outubro se decide quem será o primeiro-ministro e de que haverá um vencedor. O PSD, que aparece meio derreado, já
disse ao que vai e, se for preciso, dá uma ajudinha ao PS para evitar “as esquerdas”, ou seja, a CDU. O PS também já disse que quer liberdade para governar e por isso pede a maioria absoluta para se livrar do que considera ser uma amarra impeditiva da sua política. Assim, comparando esses anos de alternância com os 4 últimos, resultado da actual solução política e governativa, importa perceber o que realmente foi diferente e compreender que a diferença foi ver o que uma CDU com mais força consegue fazer pelo País e pelo Povo. Ao fazê-lo, confrontamo--nos, inevitavelmente, com o papel do PCP na nova fase da vida nacional. São quatro anos inegavelmente diferentes de todos
os anteriores. Marcados por avanços de que agora todos querem ser os pais, mas que se não fosse pela CDU estariam afastados da agenda política. Avanços que, nestes 4 anos, permitiram perceber que é possível ir ainda mais longe. Avanços que permitiram perceber que há alternativa para a política de direita que durante anos amarrou o país e o povo a uma falsa inevitabilidade. Nestas eleições serão eleitos 230 deputados que têm a obrigação de cumprir a Constituição representando o povo e os interesses nacionais. Na Assembleia da República não pode haver lugares para falsos pagadores de promessas, para quem tudo é possível antes das eleições, mantendo tudo na mesma depois de eleitos.
Nestas eleições é preciso eleger gente honesta, com provas dadas de trabalho e competência, gente que luta pela reposição de direitos e rendimentos que ao longo de anos nos têm sido roubados, gente que valoriza os trabalhadores e a sua importância na construção de um país economicamente mais forte, gente que, diariamente, fala a verdade, olhos nos olhos. Gente que cumpre o que diz. Gente que nestes últimos 4 anos demonstrou que é possível melhorar as condições de vida dos portugueses. Gente que tem confiança na sua gente, no seu povo para fazer avançar o país. Gente que se candidata pela CDU, que apoia a CDU e que vota na CDU.
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal
Vieram cortar a relva dos jardins!
David Santos | Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro Em meados de 2017, resultado da vontade de várias pessoas, “criou-se” um movimento, totalmente independente, que considerou válido o “regresso” de Valentim Loureiro aos destinos da Câmara de Gondomar. A inoperância socialista em relação à gestão municipal, o eterno “choramingar” sobre esta e aquela dívida, as constantes referências a processos judiciais e o nunca largar o passado foram algumas razões que levaram um vasto grupo de homens e mulheres a participar neste projeto. Associei-me, convictamente, ao Movimento Independente liderado por Valentim Loureiro. Foram vários meses de muito trabalho. Criar, do zero, uma máquina eleitoral é obra! Estabelecer dinâmicas, agregar pessoas, delegar tarefas, realizar de tudo um pouco e “lutar” por um objetivo foram assuntos que nos envolveram e que muito de nós exigiram. Saberão, por certo, que tenho um passado. Todos temos um passado, aliás... E o meu sempre foi público, mais ou
menos associado a uma das tradicionais forças políticas. O Movimento Independente juntou, e bem!, elementos oriundos de diferentes origens partidárias. Tivemos pessoas de esquerda, centro e direita. Pessoas que nunca assumiram filiação partidária. Alguns de nós, pelo seu passado e pela sua anterior filiação, tiveram que “pagar” por tal atitude. A decisão de se integrar um movimento apartidário fez com que alguns merecessem “processos disciplinares” dos partidos que então faziam parte. E tal aconteceu com várias pessoas, de diferentes origens. Passados alguns anos de uma aventura eleitoral que não conseguiu atingir os objetivos a que se propunha, será tempo de fazer um balanço. Será tempo, também, de esclarecer os mais distraídos e de “acalmar” os mais irrequietos. Conseguimos o objetivo para o qual se criou o Movimento Independente? Não, claro que não... Ainda assim, praticamente sem meios (financeiros, técnicos e de recur-
sos humanos), conseguiu-se um resultado satisfatório. O Movimento Independente liderado por Valentim Loureiro foi a segunda “força” mais votada em Gondomar. Não ganhámos nem conseguimos acabar com uma maioria que, muitas das vezes, é inoperante, surda e sem projetos estruturantes. Gondomar precisa de mais! E por Gondomar precisar de mais, e por ser meu entendimento que o Movimento Independente não consolidou projeto junto do eleitorado, decidi regressar às minhas origens. Sou e sempre fui social-democrata. Enquanto deputado na Assembleia Municipal, e não obstante ter sido eleito enquanto candidato pelo Movimento Independente, sempre pautei a minha opção de voto pelo que considero como positivo ou válido para o Concelho de Gondomar. Se bem me lembro já votei favoravelmente propostas de
todas as forças partidárias. A minha decisão centra-se naquilo que pode ser válido para Gondomar e para os Gondomarenses. Não faço escolhas em função do partido de origem de uma qualquer proposta. Aliás, nem quero saber qual é a origem... Em 2017 optei por um projeto independente. Agora, passado esse episódio, é tempo de arregaçar mangas e colaborar, dentro do possível, com uma alternativa consistente que consiga alterar o status quo da política autárquica em Gondomar. Quanto ao resto, e porque estamos em alturas de Festas do Concelho, apenas para assinalar (com satisfação) que a Câmara Municipal finalmente decidiu cortar relva e capim em grande parte dos jardins e espaços públicos de Gondomar. Há que dar, aos visitantes, a impressão que somos um concelho limpo, bonito, organizado e com projetos... Não o somos. E é para isso que continuarei a “lutar”.
Há alternativa
Pedro Oliveira | CDS-PP Encerraremos em breve mais um ciclo político onde a “Geringonça” foi protagonista de uma solução matemática na governação do país, alterando de forma absolutamente inesperada aquela que vinha sendo uma prática desde o 25 de Abril, ou seja, ter governado sempre quem havia ganho as eleições. Ora, neste último mandato, as forças que ganharam as eleições foram “corridas” para fora da governação, ultrapassadas que foram pelo somatório maioritário dos representantes eleitos dos partidos da esquerda, que pela primeira vez desde a revolução, decidiram entender-se e estipular um esquema de apoio parlamentar a um governo minoritário do partido Socialista. Contrariamente ao inicialmente expectável, tal esquema foi funcionando, foi-se mantendo e permitiu o cumprimento de uma intei-
ra legislatura ao governo do primeiro-ministro António Costa. Contudo e como temos vindo a constatar desde o início da pré-campanha eleitoral, os partidos da Geringonça foram, em crescendo, perdendo a compostura e expondo as feridas das aparências exercidas durante quatro anos, mostrando-se cada vez mais incapazes de repetirem similar receita. Na verdade, as altercações mais truculentas têm acontecido designadamente entre partido socialista e bloco de esquerda, demonstrando inequivocamente que os tempos da bonomia política que os juntou nos últimos quatro anos, não significou o exercício de qualquer consonância programática ou o cumprir de qualquer projecto de desenvolvimento do país mas, unicamente, manter os
partidos que ganharam as eleições fora da área do poder. A Geringonça limitou-se a gerir o quotidiano dos portugueses, aproveitando a conjuntura positiva potenciada e iniciada ainda, pelo anterior governo, não logrando realizar ou iniciar sequer, alguma reforma estrutural seja em que área, fazendo deste tempo de governação que agora acaba, uma imensa oportunidade perdida. A esquerda, que tanto fala em reformas e em dotar o país das necessárias condições de melhoria sustentável da qualidade de vida dos cidadãos, governou o dia-dia dos portugueses durante quatro anos e, pouco ou nada fez, para que tal sustentabilidade se reforçasse. A experiência aconteceu e o país manteve-se tecnicamente governável. Apesar disso, os portugueses continuam a
sentir na pele as agruras de uma austeridade que não desaparece, com o peso de uma carga fiscal inaudita e sem tendência para ser atenuada. Os portugueses não estão condenados a viver sistematicamente na expectativa de um futuro que fica sempre para depois. Urge que o paradigma seja transformado e que nos aproximemos deveras do padrão de vida dos nossos associados europeus. Os portugueses devem definitivamente reflectir e perceber como é valoroso o poder do seu voto e que a sua qualidade de vida se verte profundamente na forma como exercem esse poder. O CDS tem um projecto de desenvolvimento e de modernidade para Portugal. Vamos todos acreditar, vamos transformar Portugal.
Creches pública para todos, uma resposta urgente para as assimetrias do território! Bruno Pacheco | BE
Um dos grandes desafios que nos é colocado enquanto sociedade é seguramente o crescimento da natalidade, no mês em que arranca um novo ano letivo, o BE quer sublinhar a relevância do investimento seguro que será apostar na proteção das famílias, designadamente no desenvolvimento de respostas que permitam e que fomentem a natalidade, como equilíbrio e igualdade no território. É urgente inverter a curva demográfica que nos empurra constantemente para o envelhecimento da população. Os primeiros anos de vida de uma criança, atualmente, impõem custos tão elevados, que desde logo comprometem a decisão do seu nascimento. A criação de uma rede pública de creches, será um grande estímulo e principalmente uma segurança para qualquer família. Quem não gostaria de saber que finda o período destinado
ao exercício do direito à parentalidade, o seu filho ou filha, teria um lugar numa creche pública integrada na rede do Ministério da Educação, à semelhança do que acontece com a restante oferta pública de ensino. Em Gondomar, tal como em muitas autarquias do país as assimetrias do território estão no centro das maiores desigualdades, onde um serviço de creches e educativo de serviço publico não é capaz de dar respostas estruturais às necessidades das pessoas. Porque em Gondomar há munícipes, que tão pouco têm acesso à oferta existente na rede solidária, como é o caso de territórios como Melres e Medas, onde o recurso a familiares para assegurar cuidados a crianças com idade de creche, não é opção, mas sim a única solução! O acesso público e independente a um serviço público de
creches e infantários constitui um imperativo no combate à desigualdade e à exclusão, funcionando ainda como um garante da coesão territorial. A alteração de um paradigma de educação e acompanhamento de crescimento infantil, deve passar de um molde individual para colectivo, sendo uma das escolhas para uma política de igualdade. As cidades e as pessoas não são um todo homogéneo. Governar com justiça é portanto fazer um planeamento municipal cuja administração tenha em conta interesses diversos, de maiorias e minorias silenciadas. Na última assembleia municipal o Bloco de Esquerda apresentou uma proposta de recomendação ao executivo, que teve a aprovação da maioria das bancadas. Esta recomendava ao executivo uma maior intervenção junto
do estado central, pela criação de um sistema de ensino (creches e infantários), que responda às necessidades do desenvolvimento das nossas crianças, garantindo ao mesmo tempo a cobertura deste serviço por todo o concelho de Gondomar capaz de acolher as crianças desde o seu nascimento. Esta medida será fundamental, para responder às assimetrias sentidas no território Gondomarense, como também dará resposta a uma necessidade premente de grande parte das famílias Gondomarenses, principalmente às famílias do alto concelho. Para o Bloco é fundamental pensar novas maneiras de agir no poder local, capazes de construir a coesão territorial, através do crescimento económico, diversificação de serviços para as pessoas e o fortalecimento demográfico.
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