Jornal VivaCidade Ed.209 outubro 2023

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Ano 17 - n.º 209 - outubro 2023

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Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunta: Francisca Rodrigues

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SOCIEDADE Filigrana de Gondomar é Património Cultural > Pág. 22 Imaterial

METRO EM GONDOMAR SERÁ UMA REALIDADE EM 2029

MERCADONA

Abertura da Loja cria 75 novos postos de trabalho > Págs. 24/25

LUÍS FILIPE ARAÚJO:

> Pág. 14

Ala Nun'Álvares festeja centenário

“Municípios vizinhos maravilhados com Festas do Rosário” > Pág. 26

DESPORTO Diogo Costa sagra-se Campeão Mundial de Patinagem

> Págs. 18/19

> Pág. 40 PUB.

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VIVACIDADE | OUTUBRO 2023

EDITORIAL José Ângelo Pinto Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT Estimados Leitores, A injustiça, de uma forma genérica, é uma das coisas que mais me aborrece, principalmente quando deveria ser exercida por quem devia promover a justiça. Claro que há muitos indutores de injustiça. Muitas vezes causados pela perceção incorreta e deturpada que temos das situações ou pelo seu conhecimento apenas por ouvir dizer ou por serem explicadas por terceiras pessoas. Mas quando a injustiça é promovida por aqueles que escrevem e validam as Leis é inaceitável e devemos lutar com todas as forças contra essas injustiças, pois se estão na Lei significa que são injustiças legais, mesmo que imorais. Recentemente temos um excelente exemplo de um pacote legislativo que é injusto e imoral, o qual o Sr. Presidente da Républica vetou exatamente por causa de muitas das suas estipulações serem injustas e imorais e que, apesar de todos os avisos e informações detalhadas sobre as potenciais consequências a maioria absoluta insistiu em aprovar sem alterações. Refiro-me ao pacote legislativo conhecido como “Mais Habitação”; que contém muitas medidas de restrição económica aos alojamentos locais, um pacote fiscal profundamente injusto pois beneficia casos específicos e prejudica a generalidade e prejudica, inclusivamente, a receita dos municípios; sem, segundo as criticas mais acérrimas, resolver os problemas de fundo. Vou dar aqui alguns exemplos das injustiças que vão resultar da implementação deste pacote legislativo: A suspensão do registo de novos alojamentos locais (para turismo) fora dos territórios de baixa densidade leva a que uma barreira à entrada de novos empreendimentos deste tipo, dando vantagens económicas aos operadores já instalados. É injusto. A criação de um imposto adicional (chamado contribuição extraordinária) de 15% sobre o negócio do Alojamento Local é injusto, principalmente quando se compara com outras alternativas de alojamento como os hotéis ou estabelecimentos similares que não vão pagar este imposto. E nem vou invocar aqui a injustiça face aos alojamentos não registados que existem um pouco por todo o lado e que nada pagam. O arrendamento forçado de casas devolutas há mais de dois anos vai ser outra medida profundamente injusta; quer porque vai ser praticamente impossível de definir o que é uma casa devoluta seja porque vai ser praticamente impossível de verificar e obrigar os proprietários a alugarem casas que não querem alugar. A imposição de limites aos valores do arrendamento é outra medida que faz pele de galinha a qualquer economista ou gestor. Então o estado vai limitar a atividade económica e vai procurar ativamente receber menos impostos em vez de procurar resolver a base do problema – a inexistência de habitações de preços baixos – vai procurar baixar artificialmente o preço das habitações de preços médios ou altos, diminuindo assim os valores de mercado e, no limite, os valores de impostos que tem o direito de cobrar. Mais, vai obrigar os proprietários a fazer piores negócios em vez de melhores negócios. Não é injusto? Estas duas últimas medidas podem começar a ser aplicadas pelo próprio estado (e municípios...) que serão os maiores proprietários do pais.... Mas há outras medidas ainda mais estranhas. Um proprietário de Alojamento Local que o retire e deixe de trabalhar com o turismo, passando esta propriedade para o mercado de arrendamento ou até para habitação própria vai ter isenção de imposto predial (IRS ou IRC) “aplicável aos rendimentos prediais obtidos até 31 de dezembro de 2029”. Como? Então a minha tia que tem um apartamento alugado e nenhum outro rendimento em Portugal tem que pagar 27% para o IRS e estas pessoas vão pagar zero, mesmo que aluguem por 4 ou 5 mil euros a propriedade? É JUSTO? Percebendo que este pacote é um elefante branco criado pelos legisladores da maioria absoluta, dificilmente será alterado ou modificado e daqui por uns anos vamos poder ver o seu enorme sucesso, que vai resultar na pobreza dos proprietários, na incapacidade de suprimirmos as necessidades dos turistas que nos visitam e do enorme crescimento dos mercados paralelos e informais. Porque legislação que limita e castra a economia é a pior que podemos ter. ■

PRÓXIMA EDIÇÃO 23 NOVEMBRO

POSITIVO

SUMÁRIO: Breves Página 4 Sociedade Página 6 a 35 Destaque Página 24 e 25 Entrevista Página 34 e 35 Cultura Página 38 Desporto Página 40 Opinião Página 46 e 47

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No Ano de 2023 decorreram sem problemas e com muita adesão de população várias festas de carácter religioso e profano no nosso Município. Desde Baguim do Monte até à Lomba, comissões de festas com apoio de entidades públicas, empresas e população elevaram com dignidade os santos padroeiros do concelho com a parceria das entidades religiosas locais. ■

NEGATIVO Famílias carenciadas recorrem, frequentemente, ao Banco de Fraldas, criado pela União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim, para conseguirem ter acesso aos bens de primeira necessidade. ■

Viva Saúde Paulo Amado* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

*MédicoEspecialistadeOrtopediaeTraumatologiaProfessorDoutoremMedicinaeCirurgia MestreemMedicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO

Crise no SNS – novamente...

Estimados leitores, parece que não conseguimentos sair deste assunto. Mas dada a sua importância na nossa comunidade, no País e principalmente na qualidade na vida de todos, continuamos a necessitar de refletir sobre o assunto. A saúde em Portugal continua mal, principalmente no SNS, parece até que está na fase pior de toda a sua história, em que as urgências hospitalares, vão se degradando, diminuindo equipas e até fechar. Tal como noutros aspetos da governação, existe um desnorteio, acumular de “não soluções”, em que se pretendem fazer “omeletes sem ovos”, demonstrando uma falta de orientação, falta de vontade de fazer reformas e não é só na saúde. Os tempos são de reformas, por vezes com sacrifícios económicos, mas para se progredir há que ter vontade política de quem comanda e isso ganha-se, mas o que não se ganha é ter capacidades para o fazer. Ou se nasce e se cria com formação, ou então, não acontece. São vários os artigos que temos apontado nesta nossa crónica deste Jornal, aliás, segundo parece da rubrica das mais antigas deste Jornal, senão mesmo a mais antiga, para o facto de se ter de REFORMAR, verdadeiramente o SNS. E dizer que está mal, não é vantagem, mas sim apontar soluções possíveis, reais, pois já acontecem noutros países, mesmo europeus, com bons e justos resultados. Não é só gastar mais dinheiro a pagar a pessoal médico e outros, mas será tao somente o evoluir para um sistema mais acessível de saúde para todos, com custos controlados, mas que orgulhe em quem lá trabalhe e transmita confiança, em quem o procure. Não podemos esquecer que o direito há saúde é uns dos bens essenciais, que deverá ser Universal, como tal, quando fechamos a urgência do Hospital da Guarda para algumas especialidades médicas, obrigando quem lá vive, que paga impostos como o que vive nas grandes cidades, a ter de se deslocar até Viseu ou Coimbra, não será uma solução digna e ética, logo o aspecto económico, não pode sobrepor o aspecto ético... Temos de saber rentabilizar estruturas de saúde já existentes e não são por ser privadas ou de misericórdias, que não poderão de pertencer há solução. Tem de haver Força política e não só dogmas e hipocrisia para achar soluções e não remedeios, para o bem de Todos. Vamos todos contribuir para a solução, mas por favor acordem... Até breve, estimados leitores… ■

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Francisca Rodrigues Redação: Carlos Almeida e Francisca Rodrigues | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 (chamada para númeromovél nacional) | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public. vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 (chamada paranúmero móvel nacional) | Sede do Editor: Travessa do Veloso, n.º 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.º 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Francisca Rodrigues, Frederico Amaral, Guilhermina Ferreira, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, Luís Alves, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Oliveira, Sandra Neves, Sofia Pinto e Tiago Vieira | Paginação e Impressão: LUSO IBÉRIA Avenida da República, Nº 6, 1050-191 Lisboa Contacto: 914605117 (chamada para número móvel nacional) | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@ vivacidade.org


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VIVACIDADE | OUTUBRO 2023

BREVES

Várias Juntas de Freguesias de Gondomar celebram o Outubro Rosa

A Junta de Freguesia de Rio Tinto, União de Freguesias de Fânzeres e S.Pedro da Cova, União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim e União de Freguesias de Melres e Medas uniram-se para celebrar o Outubro Rosa. Durante o mês de outubro realizam-se um conjunto de atividades, de forma a sensibilizar e consciencializar a população para a luta contra o cancro da mama. De ressalvar que é necessário fazer um rastreio para detetar o cancro da mama, pois se for diagnosticado precocemente tem uma cura superior a 90%. Não são conhecidas as causas exatas do cancro da mama. ■

"QUE TODO O ANIMAL TENHA UM LAR, NO MUNICÍPIO DE GONDOMAR!”

Este mês temos duas vezes a fofura, duas vezes o carinho e duas vezes o amor! As Marias têm 6 anos e foram recolhidas pela Associação Animais da Quinta ainda bebés. Eram 5, 3 foram adotadas e estas meninas ficaram. São duas meninas muito meigas e brincalhonas, sociáveis com outros cães, que nunca conheceram um lar sem ser o albergue da associação. Vamos mudar isso? Condições de adoção: assinatura de termo de responsabilidade; são entregues desparasitadas, chipadas e vacinadas. Quem quiser conhecê-las ou adotá-las, basta contactar para o e-mail: geral.animaisdaquinta@gmail. com, 934212996 ou visitar a associação. Podem também conhecer outros animais para adoção através das redes sociais em: https://www.facebook.com/ AssociacaoAQ e https://www.instagram. com/ass_animaisdaquinta/" ■

a preto e branco, datadas dos anos 40, do século XX, retratam o trabalho de superfície de homens e mulheres, na preparação e expedição do carvão. Pode ser visitada até 15 de dezembro. ■

Canoagem novamente em destaque em Melres

Numa organização conjunta entre a Ligadura, a Junta de Freguesia de Melres e Medas, a Câmara Municipal de Gondomar e a Associação de Canoagem do Norte, realizou no dia 14 de Outubro, o Troféu Regata Eurorregiões Esperança e Maratona. A União de Freguesias de Melres e Medas felicitou todos os atletas presentes, em especial ao Ligadura que conquistou o 2. ° lugar. ■

CR Ataense promove palestras Anti – Violência no Desporto

O clube de Atães em parceria com a GNR promove, nos dias 30 e 31 de Dezembro pelas 18h30, duas palestras para sócios, pais, atletas, treinadores e diretores intitulada “A Violência não é opção”. ■

Melres e Medas marcou presença na Ilha da Reunião

A Junta de Freguesia de Melres e Medas esteve representada, no início do mês de Outubro, no segundo evento, realizado na Ilha da Reunião, no âmbito do projeto financiado pela União Europeia, denominado de newEUROPE Ways N2 S, Networks of Towns. ■

de Trail Running Portugal). Este ano fez parte do Circuito Trail Series da Associação de Atletismo do Porto onde as 2 distâncias são pontuáveis para este circuito. Além das provas de 25km e 10km, esta iniciativa conta, também, com uma caminhada. As inscrições terminam a 21 de Outubro. ■

de jogos Sebastião Ferreira Mendes. O Jogo ocorreu, no passado dia 1 de Outubro, a contar para o campeonato da 2ª Divisão Distrital da AF Porto e opôs a equipa da casa contra o Monte Córdova. ■

Inauguração da exposição do concurso de fotografia da XII Medieval

A 6 de outubro, o Centro Cultural de Rio Tinto foi palco da inauguração da exposição de fotografias da XII Medieval de Rio Tinto. Esta mostra apresenta as obras participantes no concurso de fotografia, dividido em quatro categorias – “Medieval em Fotografia”, “Melhor Romance”, “Melhor Família” e “Melhor Selfie” –, cuja finalidade pretendia a procura de momentos ocorridos durante o evento, entre os dias 14, 15, 16 e 17 de setembro, visando valorizar, perpetuar e registar a iniciativa em imagem fotográfica, assim como envolver as comunidades e visitantes. A exposição dos trabalhos esteve patente até ao dia 14 de outubro, no Centro Cultural de Rio Tinto. ■

Auchan associa-se à Campanha de Recolha de Bens Alimentares

CRD Fânzeres celebrou 115 Anos

Doe Sangue, Doe Vida!

Para doar sangue pode deslocar-se a 25 de Outubro ao Pavilhão Multiusos de Gondomar, das 09h00 ao 12h30. A 5 de Novembro pode doar sangue em São Pedro da Cova, no mesmo horário. A 17 e a 19 de Novembro poderá dar sangue em Melres, a 17 das 15h00 às 19h00. ■

Museu Mineiro tem exposição na UTAD

A 4 de outubro, foi inaugurada a exposição “Mineiro. Um Coletivo”, no Museu Geológico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). É uma exposição criada pelo Museu Mineiro de São Pedro da Cova, em 2009, e entrou em itinerância pelos parceiros do Roteiro de Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico em Portugal, em abril de 2022. A exposição é composta por 15 fotografias

O Centro Republicano e Democrático de Fânzeres comemorou 115 anos, a 5 de Outubro, dia da sua fundação. As cerimónias contaram com uma sessão solene, a atuação do grupo de cantares José Martins e do grupo dança Alma no ritmo. Ainda foi realizado um passeio, almoço que contou com a atuação do grupo Gestrintuna. ■

GD Covelo regressou aos campeonatos federados

Passados 21 anos, o GD Covelo voltou a receber um jogo federado, no seu campo

Desfolhada na Lomba foi um verdadeiro sucesso

O Auchan de Rio Tinto, no Parque Nascente, a convite da Polícia de Segurança Pública, doou bens alimentares ao Banco de Emergência Social da Junta de Freguesia. Graças a este gesto de enorme generosidade, mais famílias riotinenses serão ajudadas pela Autarquia. ■

Trail das Nozes Global Trade é a 29 de Outubro

O 8º Trail das Nozes é uma prova que percorre trilhos e caminhos do Concelho de Gondomar. O Trail Longo de 25km faz parte da Taça de Portugal da ATRP (Associação

A 7 de outubro, a comunidade da Freguesia da Lomba reuniu-se para celebrar uma tradição que os une: a desfolhada! O evento contou com muitos participantes, repleto de alegria, partilha e tradição. A população uniu-se para desfolhar o milho, cantar cantigas tradicionais e reviver memórias preciosas. Foi uma oportunidade incrível para fortalecer os laços entre todos. A Freguesia da Lomba, agradece a todos que participaram, contribuíram com a sua energia positiva e tornaram este dia tão especial. “A Lomba é verdadeiramente uma comunidade única, e eventos como este lembram -nos da importância das nossas tradições”, refere o Presidente da Junta de Freguesia, Rui Vicente. ■

Junta de Freguesia de Baguim do Monte promove adoção animal

A Campanha de Adoção Animal, iniciativa da Junta de Freguesia de Baguim do Monte (Válida durante um ano ou até finalizar a dotação financeira) tem de ter os seguintes requisitos: ser residente em Baguim do Monte, ou se o animal está abandonado em Baguim do Monte. A junta de freguesia oferece: consulta veterinária, todas as taxas e registos, Microship e Esterilização. Aproveite, adote e faça um amigo para toda a vida. Mais informações para 224 899 666. ■


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VIVACIDADE | OUTUBRO 2023

SOCIEDADE

PROJETO ERASMUS+ “Nature Intelligence”

Plano de Inovação do AEG1 conta com a FEUP “Há Engenharia em Mim” na ESG

https://natureintelligence.eu/

Nature Intelligence, ou NQ, é um conceito multidimensional que compreende qualidades humanas para se conectar à natureza de uma forma cognitiva, emocional e espiritual e usar ativamente estas qualidades para apoiar a saúde e o bem-estar mental e social, bem como o bem-estar da natureza e do planeta. O primeiro encontro transnacional decorreu nos dias 25 e 26 de setembro.

No dia 10 de outubro, a Diretora Lília Silva, a Professora Albina Dinis e os 27 alunos da sua turma do 9.º ano receberam, com muito entusiasmo, a equipa da OERN, cujo objetivo principal era conquistar o interesse e a motivação dos alunos pelas ciências exatas. Os Professores Luísa Marques e Fernando Silveira, responsáveis pela disciplina de Oficina das Ciências Físicas e

Naturais, acompanharam os alunos, fomentando o diálogo sobre orientação vocacional, opções oferecidas pelos cursos de engenharia e perspetivas profissionais. A vinda da OERN à ESG permitiu conduzir os alunos na descoberta da Engenharia, com atividades lúdico-pedagógicas ‘práticas’, usando, para isso, ferramentas de aprendizagem STEAM, já desenvolvidas pelos alunos da ESG.

O projeto envolve investigadores universitários holandeses e noruegueses, associações holandesas e alemãs, que desenvolvem a sua ação na aprendizagem de crianças e jovens em ambiente natural, bem como duas escolas, o AEG1 e uma escola italiana.

Carlos Piedade

O AEG1 APOSTA NA LITERACIA FINANCEIRA

- dos pequenitos aos jovenzinhos.

EB de Atães e EB de Jovim e Foz do Sousa

Os alunos do 4.º e 6.ºs das EB de Atães e de Jovim e Foz do Sousa irão participar, ao longo de 2023/24, no programa de Educação Financeira - «No Poupar Está o Ganho», promovido pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda. Estes alunos terão a oportunidade de

fazer aprendizagens em diferentes áreas relativas à poupança. Irão explorar a sua criatividade, pelo visionamento de vídeos, pelo envolvimento em tarefas e na resolução de múltiplos desafios.

Alice Figueiredo

DIA MUNDIAL DA MÚSICA NA EBJFS 1 DE OUTUBRO

Os alunos do 5.º ano, sob a orientação da professora Isabel Fonseca, atuaram, no dia 4 de outubro, pelas 9.00h, no átrio da escola. As turmas do 4.º e 6.º anos tive-

ram a oportunidade de assistir à interpretação de duas canções, escolhidas especialmente para este dia. https://abrir.link/GhlQY

Alice Figueiredo

https://www.aeg1.pt/ https://www.facebook.com/aeg1gondomar https://www.youtube.com/c/AEG1gondomar https://www.instagram.com/AEG1gondomar https://twitter.com/AEG1gondomar

Alunos da EBJFS fazem aprendizagens por BioBlitz Os alunos do 8.º ano tiveram a oportunidade de realizar um evento para conhecer, identificar e distinguir espécies de fauna e flora invasoras, exóticas e nativas, no concelho de Foz do Sousa, mais precisamente, nas proximidades dos Moinhos de Jancido e da ponte de Longras.

Alice Figueiredo

AEG1- um agrupamento de projeto, com projetos e para projetos



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VENCEDOR DO PRÉMIO NACIONAL DE POESIA marca presença na Casa de Montezelo

DIA DO ANIMAL

O Vencedor da 32ª Edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, José Manuel Teixeira, com a obra “Na Sombra das Raízes”, irá ser apresentada no próximo dia 25 de Outubro, pelas 21h00, na Casa de Montezelo. “Vamos ter novamente o Prémio de poesia num sitio emblemático da Freguesia, que é a Casa de Montezelo, os novos proprietários aceitaram continuar com esta atividade porque também entenderam que merece a consideração por isso reunimos com Cândida Pestana, proprietária da Casa de Montezelo, que vai assegurar a receção à cerimónia”, menciona Sofia Martins, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e acrescenta que “vai marcar presença o vencedor José Manuel Teixeira seguido de um momento musical. O cidadão arménio, que fez a tradução para a sua lingua materna da antologia dos 30 anos do prémio nacional de poesia, Hakob Simonyan, irá juntar –se a nós para falar de poesia e apelar à paz”. José Manuel Teixeira nasceu em Luanda, é licenciado em História e Ciências Sociais,

pela Universidade dos Açores e concluiu a pós-graduação em Património e Turismo, na Universidade do Minho. Pela segunda vez

é o vencedor do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, sendo a primeira em 2005 com o livro “Rios do Interior”. ■

Até ao final do mês, os edifícios da Junta de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, estão disponíveis para receber alimentação e produtos de higiene de animais. A iniciativa promovida pela União de Freguesias, assinala o Dia Mundial do Animal, a 4 de Outubro e pretende a promoção de bem-estar animal ajudando associações de proteção animal.■


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SOCIEDADE

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OFICINA FLUVIAL promove construção de Valboeiros O Valboeiro – Oficina Fluvial é uma iniciativa que visa a construção de um valboeiro, mostrando todo o seu processo. O valboeiro é um barco que antigamente era utilizado de três formas distintas: o transporte de mercadorias, fazer a travessia entre margens e para que as pessoas se deslocassem ao longo do rio. “Era a gondomarense de antigamente até à abertura da Marginal entre Porto e Entre-os-Rios”, afirma Artur Sousa, porta-voz da Oficina. “A ideia base foi criar uma oficina para que o mestre Manuel Sousa (construtor de valboeiros) pudesse partilhar os seus conhecimentos com quem estivesse interessado neste processo de aprendizagem, e assim foi. A criação desta Oficina Fluvial só foi possível com a colaboração da União de Freguesias de Melres e Medas, da União de Freguesias Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, do grupo etnográfico de Valbom, do Rancho de Melres, do Agrupamento de Escolas de Valbom, do Turismo do Porto e Norte, do Instituto de Ciências Empresariais do Turismo, das Águas do Douro e Paiva e do Município de Gondomar”. A criação deste projeto teve como propósito mostrar à comunidade um património que existe em comum e divulgá-lo, “porque o valboeiro, ainda que com outro nome, há em diversas regiões portuguesas ou até do norte de Portugal”. Além deste a sensibilização do cidadão e das entidades como a Câmara Municipal de Gondomar e as Uniões de Freguesia. “Só desta forma é que conseguimos criar uma dinâmica para que se possa repetir, no próximo ano, noutros mo ldes, com outra visibilidade”, explica. “A construção do valboeiro visa chamar a atenção para o património fluvial,

rio, para a qualidade da água, para as espécies piscícolas, para os recursos endógenos naturais desta região. Sabemos que com a revolução industrial tudo mudou e que estamos agora numa era moderna e esta modernidade tem custos como as alterações climáticas, as alterações nos ecossistemas, as percas materiais e imateriais, e este projeto engloba tudo, a comunidade, o rio, as entidades, a parte ambiental e os patrimónios fluviais e não fluviais”, realça.

VALBOEIRO-OFICINA FLUVIAL O Valboeiro-Oficina Fluvial consiste em construir um barco do princípio ao fim. Conta com a presença de crianças “porque são o futuro e queremos mostrar-lhes a eles a memória e a identidade deles, porque ainda estão em processo de criação e isto é o que eles são. Como só posso gostar do que conheço faz sentido fazer com que estas crianças conheçam para conseguirem dar conti-

nuidade a estes projetos”, menciona Artur Sousa. Esta iniciativa esteve presente durante quatro dias em Melres, seguindo-se para Valbom para calafetar e pintar. Este meio de transporte não utiliza remo, mas sim a “energia do sangue”. O barco tem o nome valboeiro porque é de Valbom, mas normalmente cada terra dá um nome distinto, independentemente disso são sempre valboeiros. ■

Esta página é oferecida pelo Grupo TrustEnergy - Energia para o Futuro


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SOCIEDADE

Inaugurada exposição de artistas de Rio Tinto

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exposição coletiva de artistas de Rio Tinto, exposta no Centro Cultural de Rio Tinto, reúne duas dezenas de obras, tendo sido inaugurada pelo Presidente da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca, e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Araújo. A exposição, patente até ao final do mês de outubro, “é um orgulho para a cidade”, afirmou Nuno Fonseca, que sublinhou o apoio da autarquia na realização da exposição, deixando o desafio de “ter um espaço que vá mais

ao encontro da qualidade das obras expostas”. Luís Araújo destacou a “importância de valorizar os artistas locais, para a identidade de uma cidade como Rio Tinto”. O Vice-Presidente da autarquia gondomarense anuiu ao desafio do presidente rio-tintense afirmando que “a cidade já merece um espaço digno que reflita a qualidade dos artistas e das suas obras”. No final da cerimónia inaugural os convidados tiveram a oportunidade de visitar a exposição e dialogar com alguns dos artistas presentes.



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SOCIEDADE

CAUSAS BAIRRO FELIZ DO PINGO DOCE já se encontram em votação O projeto Bairro Feliz do Pingo Doce está de regresso às lojas e pretende apoiar as causas dos bairros com um valor de 1000 euros por loja. Esta iniciativa visa detetar as melhorias que são necessárias realizar em cada bairro. As candidaturas podem ser realizadas por entidades ou vizinhos locais para saberem o que é melhor para cada bairro. “Dentro deste nosso envolvimento, nos bairros, todas as lojas do Pingo Doce são todas no bairro e somos membros do bairro e enquanto isso queremos que os nossos vizinhos tenham um melhor sítio para viver, tenham mais bem-estar, que seja uma comunidade melhor e feliz” afirma Mariana Lino, Coordenadora de Responsabilidade Social e Impacto Local do Pingo Doce, e acrescenta “que o que nós fizemos foi permitir que os vizinhos pudessem ver as necessidades que queriam melhorar no seu bairro, pudessem candidatar essas ideias a receber um financiamento. É um projeto de cidadania que permite que os vizinhos escolham o que querem melhorar no bairro”. Numa fase inicial o Pingo Doce divulga nas suas lojas a possibilidade de entidades ou grupos com ideias diferenciadoras, de apoio à comunidade, se possam candidatar. “Nós percebemos que todos os programas para a comunidade permitiam que fossem entida-

des formalmente constituídas para candidatar as ideias para melhoria e nós abrimos aqui o leque de oportunidade aos vizinhos. Portanto são grupos de pessoas individuais que se constituem informalmente e podem identificar uma necessidade e podem candidatar a sua ideia”, explica Mariana Lino. A forma de se candidatar é simples, primeiro é feita uma divulgação nas lojas, redes sociais, media, da abertura da candidatura ao programa bairro feliz. Cada grupo de vizinhos, que têm de ser cinco, ou cada entidade da comunidade candidata-se através de uma plataforma online a sua ideia. “O período de inscrições já decorreu até dia

4 de julho. A fase de avaliação terminou a 10 de outubro, onde temos um painel de jurados que faz essa avaliação das candidaturas. Este ano de forma geral recebemos mais de 2900 candidaturas e, portanto, este painel de jurados, também temos jurados externos, são especialistas nas áreas que estão a avaliar”, menciona. As ideias que podem ser candidatas ao Bairro Feliz têm de integrar um dos pilares do programa, como saúde, bem-estar e desporto, apoio social e cidadania, cultura e património, turismo e lazer, educação e por fim ambiente. Dentro destes os vizinhos candidatam-se às ideias, depois são avaliadas, e até

dia 25 de novembro estas causas vão a votos em loja. De todos as causas candidatas, o painel de jurados selecionou duas causas finalistas e são estas duas que estão em votação pelos vizinhos. Por um lado, este processo arranca pela identificação dos vizinhos ou da entidade da necessidade que aquela entidade tem e culmina com os vizinhos, eles é que identificam as necessidades, eles é que candidatam a ideia, e depois são os próprios vizinhos daquela comunidade que vão votar qual das causas e qual a ideia que querem vencedora. “É uma forma de promover a cidadania ativa”, finaliza. ■

ROTARACT pintam mural inclusivo na “Villa Urbana” da APPC O Encontro Distrital Rotaract realizou-se em Gondomar. No dia 30 de setembro foram muitas as iniciativas promovidas – com destaque para a pintura de um mural na “Villa Urbana” de Valbom, unidade residencial da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. Um grupo de perto sete dezenas de jovens de vários Rotaract esteve, no passado dia 30 de setembro, em visita de conhecimento e de “trabalho” à “Villa Urbana” de Valbom, unidade residencial da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC). No âmbito do Encontro Distrital Rotaract (realizado no município de Gondomar) foram várias as atividades desenvolvidas a nível concelhio – com destaque para a pintura, na “Villa Urbana”, de um mural sobre a inclusão. Repartidos por grupos, os jovens de todo o distrito realizaram ainda um “peddy-paper”, sessões de trabalho e formação e, ainda, uma visita a uma empresa de ourivesaria. O ponto de encontro foi na “Villa Urbana” da APPC, local onde lhes foi proporcionado o almoço e se realizou uma breve sessão de apresentação. Abílio Cunha, Presidente da Direção da APPC, e Ricardo Freitas, Presi-

dente do Conselho Fiscal, foram os anfitriões. O responsável da APPC começou por agradecer o interesse demonstrado pelos jovens do Rotaract em realizarem a atividade nas instalações da APPC de Valbom (Gondomar) – e, além disso, por terem insistido em realizar um mural que apelasse aos valores da Inclusão e Solidariedade. “Inclusão, Solidariedade e Autonomia são, precisamente, conceitos que defendemos de forma convicta e que queremos que cheguem a toda a sociedade”, referiu Abílio Cunha. A iniciativa foi promovida por jovens (Rotaract), mas houve também a assinalar a presença de Célia Carneiro, atual Presidente do Rotary Club de Gondomar. Feitas as introduções o grupo repartiu-se pelas várias atividades dinamizadas a nível concelhio. E os que se mantiveram na “Villa Urbana” de imediato começaram com a pintura do mural previamente preparado. Depois, durante a tarde, foram várias horas de constantes pinturas. Sendo que o mural foi pintado num local de constante passagem, também foi notório o constante convívio e partilha de experiências entre os jovens Rotaract e os moradores e colaboradores da unidade residencial da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. ■



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SOCIEDADE

FOI LANÇADO O ANTEPROJETO para a linha de Gondomar

A 13 de Outubro, o primeiro-ministro, António Costa, marcou presença no Auditório Municipal de Gondomar para lançar o concurso público internacional para a elaboração dos projetos das quatro novas linhas do metro do Porto. inconvenientes um deles era o transbordo que as pessoas teriam de fazer para vir para Gondomar. E esta linha vai ter três estações no Porto, S.Roque, a Zona de Cartes e o

O primeiro-ministro apresentou a extensão da rede do Metro do Porto, que compreende as linhas ISMAI - Muro - Trofa (metro até Muro e ‘metrobus’ até Paradela), Gondomar II (Dragão - Souto), Maia II (Roberto Frias - Parque Maia - Aeroporto) e São Mamede (IPO - Estádio do Mar), numa cerimónia que contou com a presença também do ministro do Ambiente e Ação Climática e dos autarcas da região. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, viu esse dia “como um dia muito feliz. É um trabalho que está a ser desenvolvido há seis anos. O traçado andava a ser feito desde 2017, mas tinha alguns

Parque Oriental, junto ao Cerco e ao Lagarteiro e, ainda, cinco paragens em Gondomar e uma sexta no Polo Universitário. Vai servir mais gente e é bem mais económico”. Desde 2017 que estava a ser tratada esta extensão do metro, tinha sido assinado em fevereiro de 2020 o protocolo com a Área Metropolitana e com as Câmaras, que devido à pandemia sofreu um atraso.

“Foi preciso garantir dinheiro, foi necessário fazer um conjunto de trabalhos dentro das sondagens, que se realizaram em 2021 com os estudos geotécnicos. Agora estamos noutra fase, que é fazer o desenvolvimento do projeto para ser avaliado pela parte ambiental. Esperemos que isto fique concluído em 2024 para que seja possível lançar o concurso para a conceção da construção”, explica

o edil municipal. A minha expectativa é que a obra comece no verão de 2025 e para estar concluída em 2027. No inico de Abril de 2028 começar a operação. E quando a obra estiver pronta serem realizados os testes de sincronização e afinações, que são necessários cerca de quatro meses. As linhas de Gondomar e da Trofa vão ser asseguradas por fundos europeus e têm um investimento previsto de 259 milhões de euros. “O metro não tem

retorno e tem o financiamento garantido”, garante Marco Martins. António Costa termina a sua intervenção, no Auditório Municipal de Gondomar, mencionando que “É um investimento gigantesco que está a ocorrer em todo o país e que culminará, e também era uma obra que se julgava que nunca se faria, e que vai ser feita, que é a ligação em alta velocidade entre Lisboa e o Porto, entre o Porto e Vigo, e seguramente um dia também entre Porto e Lisboa e o resto da Europa». ■


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ARROW BOXING FOI HOMENAGEADO PELO MUNICIPIO DE GONDOMAR

O clube gondomarense, arrow boxing, dedicado à modalidade do boxe, conquistou nas últimas três semanas, perto de 20 títulos em diversas categorias e torneios. No fim de semana de 23 e 24 de setembro foram campeões regionais em: Campeão regional cadete masculino 75 kg; Campeão regional cadete feminino 75 kg;Campeão regional Júnior masculino 60 kg; Campeã regional Júnior feminino 54 kg; Vice campeão School boys masculino 59 kg; Vice-campeão cadete masculino 70 kg; Vários títulos coletivos de formação. De 29 de Setembro a 1 de Outubro foram vencedores da Taça de Portual em: elite masculino 86 kg; elite masculino 67 kg Júnior masculino 60 kg; Júnior feminino 57 kg; cadete masculino 75 kg; cadete feminino 70 kg e, ainda venceram, um título coleto de melhor equipa de formação. A 7 e 8 de Outubro nos Golden Gloves, na Maia, venceram, o cinturão elite 86 kg; o cinturão elite 75 kg e o cinturão elite 67 kg. Devido a estas conquistas foram homenageados na Câmara Municipal de Gondomar e o vereador do Desporto José Fernando quis salientar que “Não se constrói o futuro sem consolidar o presente. No dia da inauguração do clube pedimos que fosse feita uma posta na formação principalmente na parte feminina e esse caminho foi feito. E após um ano têm tido muito sucesso. Daí esta homenagem, porque têm ganho prémios tanto a nível nacional e internacional. Pretendem no futuro marcar presença em Paris, nos Jogos Olímpicos”. O clube tem sede em Gondomar e maior parte dos atletas são, também, do concelho. O treinador do clube também já foi campeão nacional na modalidade. ■


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SOCIEDADE

Relatório da entidade reguladora anuncia indicador “100% água segura” pelo 5º ano consecutivo

ÁGUAS DE GONDOMAR renova selo de qualidade exemplar de água A Águas de Gondomar (AdG) foi distinguida, uma vez mais com o “Selo de Qualidade Exemplar de Água para Consumo Humano”, pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Pelo 5º ano consecutivo, a empresa obteve um indicador de “100% de água segura” no relatório de anual de controle da qualidade da água da entidade regulador do setor. A renovação deste galardão foi anunciada no âmbito dos “Prémios e Selos dos Serviços de Águas e Resíduos”, que reconhece as entidades gestoras com os mais altos padrões de qualidade na prestação de água para consumo humano. Esta distinção, que valoriza o trabalho contínuo, rigoroso e exigente que a AdG desenvolve ao longo da rede de abastecimento de água, é a prova inequívoca do compromisso assumido pela empresa com a excelência na prestação de serviços de abastecimento de água. O selo será entregue no Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento - ENEG 2023 - que se realiza no próximo dia 27 de novembro, em Gondomar. Jaime Martins, diretor-geral da AdG manifesta a sua satisfação pelo reconhecimento obtido, afirmando que “este selo é, mais uma vez, o resultado do esforço e de-

dicação de toda a equipa da AdG, que trabalha diariamente para fornecer água de qualidade nas torneiras da população”. O respons á v e l acrescent a ainda que “ a exe -

cuç ã o rigorosa do plano de controlo de qualidade da água de rede

pública é o eixo prioritário que norteia a operação da empresa e é, por isso, que desde 2019 temos conseguido manter o mais elevado indica-

d o r de água segura: 100%”. A este resultado não será alheio

o apertado controlo da equipa liderada por Jaime Martins, que, ao longo de 2022, realizou mais de 2500 análises em diferentes localizações da rede, traduzindo assim “o compromisso inabalável de fazer chegar água da torneira segura e de qualidade aos lares, empresas e instituições do concelho de Gondomar”. Das 227 entidades gestoras de abastecimento de água da rede pública avaliadas, apenas 89 receberam esta distinção. “Somos uma empresa de referência no setor e é nossa ambição manter estes padrões de excelência, numa estratégia pensada a longo prazo e que privilegia a inovação, a sustentabilidade ambiental e a gestão responsável dos recursos hídricos”, conclui. A Águas de Gondomar, SA é responsável pela exploração do Sistema Municipal de Abastecimento de Água e Drenagem e Tratamento de Águas Residuais de Gondomar, desde janeiro de 2002. Assegura o fornecimento de água para consumo público e o tratamento de águas residuais no concelho, cumprindo as exigências de um regular, contínuo e eficiente funcionamento do serviço público, promovendo a melhoria da qualidade de vida dos clientes. ■

CASA DO FC PORTO DE RIO TINTO recebe Dragão de Ouro A Casa do FC Porto de Rio Tinto foi também homenageada com um Dragão de Ouro, no dia 28 de setembro, na Gala 36ª edição dos Dragões de Ouro, que decorreu no Coliseu do Porto. José Carlos Rocha, presidente da Casa do FC Porto de Rio Tinto, foi receber o prémio. E confessou ao jornal VivaCidade que: “Foi um longo caminho trilhado com e para a comunidade, quer na esfera desportiva, mas também a nível pessoal, social e humanitário. Em 14 anos, várias foram as pessoas que deixaram o seu contributo e que possibilitaram que esta casa crescesse e se fosse fortalecendo! Entre elas, endereço um especial agradecimento aos órgãos sociais, aos/às atletas e treinadores/as, sócios/as patrocinadores e simpatizantes, que diariamente trabalham para que esta Casa tenha raízes fortes e sustentadas nos seus objetivos. Este Dragão é também de todos/as vós!”, menciona e acrescenta que o caminho nem sempre é fácil, mas “requer um amor infinito, uma enorme dedicação e resiliência, mas acima de tudo, orgulho em fazer parte deste Clube que nos faz sonhar e acreditar que o passado é história, o presente é para lutar e o futuro é nosso! Dia 28 de Setembro de 2023, onde o Futebol Clube do Porto comemorava os seus 130 anos, foi um dia histórico para a nossa Casa. Fomos reco-

nhecidos por todo o trabalho desenvolvido em prol da comunidade. Foi o dia em que escrevemos o nome da Casa do Futebol Clube do Porto de Rio Tinto na história do nosso clube. Continuaremos a trabalhar para honrar este dia e toda a responsabilidade depositada

nesta Casa. Contamos com todos/as vós para continuarmos este caminho de sucesso!” O Futebol Clube do Porto é o elo de ligação, o desporto o mote principal. Desde 2008, quando foi fundada, até aos dias de hoje, a Casa do Futebol Clube do Porto de Rio Tinto

destaca-se pela grande atividade desportiva e pelo enorme contributo para a integração social, usando o desporto como veículo das comunidades mais jovens. Com o mesmo Presidente há 14 anos, é uma das embaixadas portistas mais positivamente competitivas. ■



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ALA NUN’ÁLVARES comemora centenário e O Clube Ala Nun’Álvares comemorou o seu centenário, a 30 de Setembro, e contou com a presença do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, do Deputado da Assembleia da República, Carlos Brás, do Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, assim como vários elementos do seu Executivo e com o Presidente da União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim, António Braz, o Diretor da Federação das coletividades, Manuel Pinto. As celebrações protocolares do centenário realizaram-se na sede da Ala, a 30 de setembro, contudo as comemorações vão durar até ao próximo ano. Durante a cerimónia o local ficou repleto de atletas, criando uma moldura humana excecional. O Secretário de Estado na sua intervenção nesta celebração realçou que “são poucos os clubes que comemoram 100 anos e a Ala Nun’Álvares comemora hoje numa cerimónia que nos transmite uma força gigantesca, quando cheguei fiquei positiva-

Na foto, Marco Martins, João Paulo Correia e Jorge Silva

São poucos os clubes que comemoram 100 anos e a Ala Nun’Álvares comemora hoje. mente impressionado não só com a moldura humana, mas com a energia que se sente nas palavras e no contacto com cada um de vocês, como também com a fotografia que se leva”, afirmou e acrescentou ainda que “esta cerimónia, em um ano e meio de funções, foi a que mais me transmitiu, tocou, impressionou e emocionou. Estou aqui com uma alegria redobrada não só pelas funções que desempenho, mas também porque desde que cheguei ganhei o dia, o ano e o mandato em estar cá hoje na comemoração do centenário na Ala Nun’Álvares de Gondomar”. Após o discurso foi atribuída, pelo centenário e pela promoção da igualdade, solidariedade, integração e inclusão, a Medalha de Mérito Desportiva pelo Governo. Para embelezar as comemorações, o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, surpreendeu a direção do clube com o aumento das instalações do Pavilhão da Ala Nun’Álvares, construindo um local complementar. “O clube representa mais de 500 atletas, e, alguns, são olímpicos. A prenda que a Câmara está a dar à Ala é um terreno que vale centenas de milhares de euros e permite a construção de um outro pavilhão. Num terreno com cerca de 3000 metros quadrados”, explica o edil. Aliada a estas surpresas e prendas que foram dadas à Ala, os atletas juntaram-se em completa euforia para comemorar este momento tão importante para o clube e para Gondomar.

SERAFIM MOREIRA – SÓCIO MAIS ANTIGO Para mim é um orgulho porque toda a gente dizia que não era possível e que não íamos fazer nada, e agora está a comemorar 100 anos, para mim é um orgulho enorme. A atribuição da medalha de mérito desportiva pelo governo foi a cereja no topo do bolo.

SALVADOR BARBOSA – ATLETA É uma marca muito importante, não são muitos os clubes que fazem 100 anos em Gondomar e é um orgulho representá-lo.


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aumenta instalações do pavilhão desportivo

Na foto, José Fernando, João Paulo Correia, Marco Martins, Luis Filipe Araújo e Aurora Vieira

Após a comemoração do centenário, o Vivacidade esteve à conversa com o Presidente do Clube, Jorge Silva, e com Paula Viana , membro da direção, de modo a perceber o impacto e qual o significado desta data para eles. Qual é o balanço que fazem destes 100 anos? Isto começou com um grupo de jovens gondomarenses que sob a influencia do pároco resolveu lançar este projeto, este sonho, que é a Ala Nun’Álvares de Gondomar. Em termos de cultura, desporto, recreio, Gondomar tinha muito pouco para oferecer aos gondomarenses e vivíamos na primeira república. Nasce no sentido de dar a Gondomar uma secção de recreio. Inicialmente é criado o grupo coral, porque há uma aposta forte na vertente cultural, e depois aparece o teatro e por fim é que apareceu o desporto, que agora é o motivo pela qual a Ala é conhecida. Apesar disso, queremos aumentar e dinamizar a parte cultural. Em primeiro lugar aparece o Voleibol, que é o desporto onde há mais atletas e dá mais visibilidade à Ala. De seguida aparece o ténis e o ténis de mesa com um número razoável de participantes. O ténis de mesa está na primeira divisão há 13 anos. Contudo o mais importante para nós é a formação. Nós temos um lema que estamos a dar destaque durante as comemorações do centenário que é: “Não se perca a intenção da jornada”, uma frase que já vem dos fundadores, que em poucas palavras diz muito. É uma forma de manter fiel o nosso clube enquanto formação.

Na foto, Paula Viana e Jorge Silva

Nós não queremos perder de facto o nosso foco, que é sermos um clube de formação.

ção com o grupo da Escola Secundária se mantenha e temos intenção de potenciar os jovens.

Nas modalidades que tem no clube há algum que queira destacar? De facto, no que ao voleibol diz respeito são inúmeras as vezes que estivemos na primeira divisão, já estivemos em séniores masculinos e séniores femininos, além dos diversos títulos nacionais que temos na formação, bem como as várias chamadas à seleção dos nossos atletas nas faixas etárias mais pequenas, que é recorrente. No ténis temos títulos nacionais de veteranos. Para nós é importante a receção desses títulos porque a Ala é dos 7 ao 77, mas relativamente à época passada tivemos um master que recebeu uma condecoração como o mais idoso a praticar, o que nos mostra de facto que a Ala é para todas as idades.

Quantos atletas estão inscritos na Ala? O espaço físico que temos neste momento é curto para os atletas que temos. Cerca de 600 atletas pelas três modalidades.

Atualmente quando se fala da Ala alia-se logo ao desporto, mas como falou anteriormente também tem a vertente cultural, o que é que está a ser feito nesse âmbito? A nível da vertente cultural temos várias coisas a decorrer, neste momento, temos o grupo coral que está em atividade desde 1924, na vertente mais religiosa. Em termos de teatro e a propósito do centenário, já tivemos no pré-centenário, integrado no programa um espetáculo de teatro com uma homenagem a Natália Correia. Temos no plano, em colaboração com o Grupo de teatro da Escola Secundária de Gondomar, levar a cena uma peça de teatro, em Abril. Vamos tentar que esta rela-

Qual é o orçamento anual para um clube desta dimensão? O orçamento anual aproxima-se dos 200 mil euros. A receita vem do apoio recorrente da Câmara Municipal de Gondomar e a outra parte, que é algo que nos deixa muito felizes termos esse reconhecimento, vem da comunidade envolvente e das empresas. Nós, também, temos algum patrocínio que não é em valor monetário, mas em bens como equipamentos desportivos e material. O clube é autossuficiente? O clube tem sido autossuficiente com bastante dificuldade. Mas temos sido. O apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da Junta de Freguesia são importantíssimos para nós. Sem esses apoios não conseguiríamos funcionar. A surpresa feita pela Câmara de Gondomar com o aumento de instalações da Ala já estavam a prever? Já tinha existido uma promessa pública quando inauguramos os painéis fotovoltaicos, há 2 anos, que iria olhar para o aumento do nosso parque desportivo, e, que em breve, seria consumado de alguma forma. Para nós foi bom, foi a cereja no topo do bolo, porque reconheceu todo o nosso trabalho, para nós é ótimo, tudo o

que seja para melhorar as condições dos nossos atletas estamos dispostos. O que é que vos fez sentir a atribuição da Medalha de Mérito Desportivo pelo Secretário de estado? Uma sensação de dever cumprido? Foi um dia muito importante e este reconhecimento acaba por englobar todo o historial e todos se conseguem enquadrar neste reconhecimento é algo que atravessa gerações. Além disso foi para nos um orgulho conseguir ter aqui os nossos atletas, toda a direção e os sócios mais antigos. Todo o cenário que se criou é indiscritível. Foi um dia que nos deu ainda mais motivação para continuar. O reconhecimento fica e acaba por demonstrar a importância que também acabamos por ter para o país. Quais são os objetivos para o futuro? Concretizar a expansão do parque desportivo e ver em que trâmites é que isto vai ser de forma a pensar no futuro e na rentabilidade das instalações. Temos elencados com a celebração do centenário a reativação do teatro e tentar rejuvenescer o coro. Queremos, inclusive, aumentar o número de sócios, de forma sustentável. A quem é que devem um obrigado? Nós queremos agradecer aos nossos fundadores porque eles sonharam e fizeram isto bem no centro de Gondomar e funciona bem. Fizeram esta sede, que nós cedemos à Universidade Sénior, e prova sobretudo que somos parte de Gondomar. Queremos agradecer a todos que fazem isto possível. ■


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CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR foi alvo de Ataque Informático A 28 de Setembro, pelas 05h30 da manhã, foi detetado um ataque informático aos serviços da Câmara municipal de Gondomar, através de uma falha nos serviços na Central Municipal do Socorro, apesar de não ter implicado qualquer falha no que toca ao socorro da população gondomarense. “Após detetarem o ataque foi alertada a proteção civil na parte informática que depois confirmou que era um ataque informático. Depois foi contactada a polícia judiciária, a Comissão da Proteção de Dados e a Proteção Nacional de Cibersegurança, que confirma de facto que estávamos perante um hacker. Apesar da robustez do sistema da câmara aquilo foi um ataque que só teve paralelo com aquilo que o grupo impresa (SIC) sofreu o ano passado”, confirma fonte do Município. No dia a seguir foi pedido um resgate de 20 bitcoins (cerca de 500 mil euros), foi dada uma hora para ser realizado e não foi respondido. À posteriori aumentaram o valor do resgate para 30 bitcoins (750 mil euros). “Obviamente não foi pago, nem tínhamos como pagar, além da PJ desaconselhar, era impossível fazer esse procedimento. E, portanto, foi uma semana de choque, foram dias muito complicados. Foi contratado através da ALTICE um serviço de ciberterrorismo,

DR

para tentar desencriptar os dados, tem sido um trabalho muito complicado de colocar os servidores em funcionamento”, refere a mesma fonte. A primeira fase para a situação ficar resolvida é colocar o servidor limpo e em funcionamento. Entretanto já estão a ser formatadas cada uma das máquinas. “Desde a primeira hora que temos a colaboração total de todos, sendo que está tudo parado, ainda não temos acesso a nenhum dos dados. Embora saibamos que o backup está em bom estado. O que fizemos foi adotar procedimentos para trabalhar em papel nas diversas áreas. Começamos a trabalhar em papel, neste momento, está o balcão único a receber informação digital, mas ainda sem e-mails. O que nos é dito é que o sistema é robusto, mas este é um ataque muito forte e que o individuo que está a trabalhar connosco é o melhor a seguir ao Rui Pinto em Portugal”, finaliza a mesma Fonte Município. O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, sobre este assunto apenas quer “agradecer a colaboração de todas as entidades e a colaboração das equipas da Câmara que têm sido fantásticas. Está a ser feito o possível para minimizar o impacto nos cidadãos, porque sabemos os constrangimentos que isto causa para as pessoas”. ■


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COLÉGIO PAULO VI comemorou 59 anos O Colégio Paulo VI comemorou o 59º aniversário, a 12 de Outubro, contou com a presença do Vice-Presidente, da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, e do Presidente da União de Freguesias de Gondomar (S.cosme), Valbom e Jovim, António Braz. O plano de fundo desta comemoração eram os alunos dos diversos anos e os respetivos professores que embelezaram o espaço exterior, bem como fizeram pequenas atuações, onde mostraram as polivalências do colégio. Para os diretores, Dulce Machado e Rui Castro, é um grande marco a comemoração deste aniversário e mostra o quanto o colégio resiste no tempo e tudo aquilo que ainda tem para desenvolver, no que toca ao ensino. Durante o discurso, mencionam que as celebrações já estão a ser pensadas para o 60º aniversário, que se comemora no mesmo ano que o 50º aniversário do 25 de Abril. O Vice-Presidente do Município gondomarense, Luís Filipe Araújo, refere todo o trabalho desenvolvido por esta entidade pedagógica parabenizando-a por todo o sucesso e conquistas ganhas. No final da celebração do aniversário através do hino do colégio foi proferida uma frase por cada aluno como simbologia do sucesso futuro. ■

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FILIGRANA DE GONDOMAR considerada Património Cultural Imaterial A Filigrana de Gondomar integra desde 7 de Setembro o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, após aprovação da Direção-Geral do Património Cultural. A candidatura surgiu na perspetiva de trabalhar um produto turístico onde foi referenciada a Filigrana e a Rota da Filigrana. Para esta candidatura o Executivo teve de percecionar a história da Filigrana e como preservá-la. “Num primeiro momento os ourives diziam-nos que havia uma necessidade de proteger a Filigrana porque começaram a surgir técnicas industriais e os nossos artesãos ainda fazem a Filigrana como deve ser feita, de forma manual”, explica a vereadora do Turismo, da Câmara Municipal de Gondomar, Sandra Almeida e acrescenta que “a tentativa de proteger foi certificar

Todo o trabalho para chegarmos até aqui foi feito em simultâneo com a Póvoa de Lenhoso e a A Certifica, que permitiu percecionar a história da Filigrana e como é que ela chega a estes dois concelhos. Mal tivemos oportunidade efetuamos a candidatura, que para este galardão teve de ser de forma individual, e assim foi. Ambos fomos intitulados Património Cultural Imaterial. a Filigrana”. A candidatura apresentada referia a Filigrana como “uma forma de superação de uma comunidade que se especializou e notabilizou na produção de um objeto considerado de luxo e que desvende a realidade da produção das oficinas espalhadas pelo território e as vivências de pessoas humildes”, pode ler-se na apresentação da candidatura realizada pela vereadora do Turismo, do Município. O CINDOR é referido pelo Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, na apresentação da candidatura, como um ponto a destacar em Gondomar por “deter um papel importantíssimo na formação de futuros ourives de Gondomar, e não só, porque atrai alunos de todo o país e cada vez mais estrangeiros, que procuram formação especializada, aliando os ensinamentos das técnicas manuais com as mais recentes inovações tecnológicas”, acrescentando na candidatura que este é um método de honrar o lema de Gondomar “Gondomar é D’Ouro”. “Todo o trabalho para chegarmos até aqui foi feito em simultâneo com a Póvoa de Lenhoso e a A Certifica, que permitiu percecionar a história da Filigrana e como

é que ela chega a estes dois concelhos. Mal tivemos oportunidade efetuamos a candidatura, que para este galardão teve de ser de forma individual, e assim foi. Ambos fomos intitulados Património Cultural Imaterial”, explica a vereadora. O PROCESSO DE CANDIDATURA/AVALIAÇÃO Inicialmente há um momento técnico que é feito por uma historiadora e uma professora de história, de modo a perceber como é que é a história da Filigrana, do processo produtivo, das enchedeiras, dos artesãos e das oficinas. “Após a entrega da candidatura esta é analisada e há uma visita ao local de modo que seja verificado cada ponto da candidatura. O que, essencialmente, o inventário vem ver é se o processo produtivo é como nós dizemos que é feito se, ainda, existe esta produ-

Para nós é um enorme orgulho termos este galardão. Já estamos na fase de termos de recusar convites para bienais e exposições de turismo por coincidirem com outros eventos. ção. Sendo que este título de Património Cultural Imaterial é para produtos que se fazem desta forma, porque há produtos que continuam a ser feitos, mas não é da forma manual”, menciona a vereadora do Turismo. Em Gondomar há uma série de artesãos que os fazem e, portanto, foi isso que o inventario fez, visitar as próprias oficinas. “Falaram com as enchedeiras, perceberam a sua realidade e a dificuldade que é de arranjar técnicas de enchedeiras e filigraneiros que façam esta técnica, por isso é que é necessário proteger e ser considerado Património Cultural Imaterial porque não é uma técnica que se aprenda com um curso, porque é uma técnica que se aprende de geração em geração”, afirma. O primeiro objetivo deste galardão, segundo a vereadora Sandra Almeida, é em primeiro lugar proteger e preservar a tradição e a história, sobretudo é dar reconhecimento a estas enchedeiras e artesãos que durante gerações, em Gondomar, realizaram esta arte. Outro dos objetivos é ser Património da Humanidade, mas aí já em conjunto com a Póvoa de Lenhoso. “Para nós é um enorme orgulho termos este galardão. Já estamos na fase de termos de recusar convites para bienais e exposições de turismo por coincidirem com outros eventos”, afirma e acrescenta “que a valorização do título também depende da capacidade de cada artesão de o aproveitar”. ■


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MERCADONA DESTAQUE

A loja da Mercadona, em Gondomar, abriu a 4 de outubro, após alguma ânsia dos consumidores gondomarenses. O Vivacidade esteve à conversa com os responsáveis da loja sobre o impacto desta abertura no concelho.

1 – A loja da Mercadona em Gondomar abriu a 4 de outubro, passados cerca de 15 dias, qual é o balanço que faz desta abertura? Foi um marco muito importante para a Mercadona abrir esta segunda loja no município de Gondomar e, ao mesmo tempo, fechar o ano com 21 lojas no distrito do Porto. Estávamos com uma expectativa muito elevada relativamente a esta nova loja e fomos novamente muito bem recebidos pelos gondomarenses. Mantemos o nosso Modelo de Loja eficiente, com corredores amplos, e a nossa oferta de produtos diferenciadores, com a máxima qualidade. Continuamos também muito comprometidos em oferecer um serviço de excelência e, para isso, contamos com uma equipa de Colaboradores com emprego estável e de qualidade. Cada nova abertura representa a criação de emprego local, neste caso, mais 75 novos postos de trabalho. 2 – Sente que as pessoas estão cada vez mais a procurar a Mercadona para as compras do dia a dia? Já são 4 anos desde a abertura da primeira loja da Mercadona em Portugal e o feedback que recebemos por parte dos nossos “Chefes”, daqueles que nos visitam e que têm a Mercadona como o seu supermercado de confiança, tem sido muito positivo. Isto revela a nossa natural evolução e demonstra que a Mercadona desperta cada vez mais interesse e que as pessoas nos co-

nhecem cada vez melhor. Sabemos que são os nossos clientes que, sugerem, nos seus grupos de família e amigos, e recomendam a outras pessoas a Mercadona e os produtos que mais gostam. 3- Acha que o surgimento deste novo espaço da Mercadona, sendo o segundo, em Gondomar, vem de certa forma complementar o primeiro, em Fânzeres, e responder a uma necessidade já antes ansiada pela população de Gondomar? Sem dúvida, as pessoas já nos pediam um novo espaço e estamos comprometidos em estabelecer relações de proximidade com os nossos “Chefes”. A loja de Fânzeres, que abriu em 2019, permitiu-nos ter um primeiro contacto com os gondomarenses e sentimos agora, com esta nova abertura, e sendo Gondomar um concelho em constante crescimento e grande potencial, que fazia todo o sentido abrir esta segunda loja para conseguirmos continuar a chegar a mais pessoas. 4- O que diferencia a Mercadona dos restantes supermercados? Destacaria a qualidade das nossas marcas próprias como um dos principais pontos diferenciadores. As nossas marcas da Perfumaria, dos detergentes, da alimentação e tantos outros produtos têm vindo a ganhar muito

RAFAELA ROCHA

ANTÓ

Já conhecia a Mercadona e sou cliente: A localização desta loja acaba por ser mais favorável para mim e, tal como a marca já nos habituou, está muito bem organizada. Há uma diferença para outras marcas não só nos preços, mas também nos tipos de produtos que têm e no espaço da loja em si, é mais ampla e com corredores que nos permitem ter bastante espaço. ■

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DESTAQUE

“Fazia todo o sentido abrir esta segunda loja para conseguirmos continuar a chegar a mais pessoas”

ÓNIO E MARGARIDA PINTO

clientes e costumávamos ir muito à loja to, agora vamos começar a vir mais a ue nos fica mais à mão. todos os produtos da Mercadona são vilha, produtos de lavagem de roupa, r, ambientadores… gosto de todos e m relação às frutas e legumes, têm muita e são de muito boa qualidade. mos muitas compras e uma coisa ém se destaca aqui é a situação das unca temos muito tempo de espera s caixas estão sempre todas abertas e om que seja mais rápido. ■

jas abertas. Esta segunda abertura no município de Gondomar é um excelente exemplo desse reforço que estamos a realizar, para continuar a garantir a qualidade do serviço que prestamos.

reconhecimento pela sua qualidade. Além disso, na Mercadona, não fazemos promoções, optamos por uma política de Sempre Preços Baixos, através da qual mantemos os preços estáveis ao longo do ano, de forma a respeitarmos e mantermos a estabilidade em toda a cadeia. Somos uma empresa com uma Política de Responsabilidade Social assente em partilhar com a Sociedade parte do que dela recebemos e, entre outras ações, colaboramos diariamente, a partir de cada uma das nossas lojas, com uma instituição local de solidariedade social à qual doa bens de primeira necessidade. À Gondomar Social, instituição com a qual colaboramos desde a nossa loja de Fânzeres, junta-se agora, através da nova loja, o Centro Social de Soutelo. 5 – Pretendem abrir mais algum no concelho gondomarense? Em termos de plano de expansão pretendemos chegar ao final de 2023 com 49 lojas em território nacional, um número muito importante. Começámos as aberturas das nossas lojas pela zona norte do país e estamos muito orgulhosos por marcar presença em já 10 distritos. O nosso objetivo passa por continuar a expandir em termos de território, mas, também, em reforçar a nossa presença nos locais onde já temos lo-

6 – Há algum agradecimento que queiram fazer? Para que uma loja abra há todo um processo que muitas vezes as pessoas não conseguem imaginar. Além da obra e dos procedimentos burocráticos, existe a contratação de uma equipa de profissionais, a redefinição da rede logística, o trabalho de proximidade realizado com os fornecedores… Por isso a abertura de uma loja é um enorme trabalho de sinergias… Mas no fundo é importante agradecer também aos gondomarenses a calorosa receção e a oportunidade que nos dão diariamente em fazermos parte do seu dia a dia. Voltar a abrir uma loja em Gondomar recorda-nos do momento da abertura da primeira loja no município, que foi vivida com muita emoção. ■

→ O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, falou com o Jornal VivaCidade sobre a abertura deste estabelecimento comercial, onde disse “que acha importante para os clientes este equipamento apesar de haver alguma mazela no comércio local mas este tipo de marcas é bom para os clientes. Vemos com bons olhos, até porque já há contactos para uma terceira loja em Gondomar. É uma vontade dos consumidores e a Câmara tenta sempre apoiar este tipo de comercio”. ■


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SOCIEDADE

NOVIDADES DAS FESTAS DO CONCELHO fizeram desta um sucesso ainda maior As Festas em Honra da Nossa Senhora do Rosário terminaram, a 8 de outubro, e as alterações que foram realizadas, como a integração do Parque urbano nas festividades foi vista pelos gondomarenses como uma mais-valia para este evento de relevância para o concelho. “Além da integração do Parque urbano, alteramos um pouco a programação dos próprios concertos, em termos de datas e as festas ficaram marcadas por isso mesmo. Notamos foi que houve muito público. Enquanto em anos anteriores era habitual ter muito público no dito cabeça de cartaz, com um programa diversificado conseguimos atrair diversos públicos em todos os dias da Festa. O balanço que fazemos é bastante positivo, conseguimos superar expectativas”, afirma o vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo. Ao longo dos dias de festa puderam ser vistos espetáculos do cantor Quim Barreiros, os Quatro e Meia, Os P100 Pé, Diapasão e Pedro Mafama. “A oferta cultural foi variada. Além disso primamos sempre por apoiar os gondomarenses e acho que é algo que devemos continuar a fazer. Até porque nos P100 Pé tivemos o Fernando Rocha um nativo gondomarense”, menciona. O vice-presidente reforça que o “Parque Urbano foi uma mais-valia, principalmente, na noite do fogo-de artificio, que igualmente ao ano trasato, foi sincronizado e as pessoas conseguiram assistir sentadas ou deitadas na relva do Parque Urbano. Conseguiu proporcionar um espetáculo fantástico. Nesse dia havia pessoas de outros Municípios, como Matosinhos, Gaia, Maia, e ficaram maravilhados” e acrescenta que “o dia do fogo de artificio foi o ponto alto. Foi maravilhoso. Acho que a opinião é igual para todos, foi um espetáculo fenomenal”. Os comerciantes, uma parte importante para esta festividade, fizeram também um balanço positivo nestas festividades. A Rua da Ala Nun’Álvares, que anteriormente não tinha tanto movimento, acabou por lucrar nestas festividades e tinha também uma grande afluência, bem como as tasquinhas,

já normalmente muito procuradas. “Esta procura pela rua foi também devido ao reforço de iluminação que fizemos, não só nesse local, mas pelo centro de Gondomar, foi uma aposta que decidimos fazer e foi muito compensatória para todos, principalmente para os comerciantes que precisam destas festas para conseguirem a subsistir. Houve até um dia que precisamos de

abrir mais cedo porque as pessoas estavam sedentas de ir provar as iguarias que tínhamos para elas. Vê-se bem o grande impacto que estão a ter as nossas festas”, afirma o vice-presidente. Já a organizar as festas para o próximo ano, Luís Filipe Araújo não quis deixar passar em branco todo o apoio da equipa e termina com um agradecimento “quero

dar uma palavra à nossa equipa, porque as pessoas não dão conta disso, mas nós precisamos de uma equipa que esteja lá dia e noite, e que têm de fazer tudo para que corra bem, estamos a falar de cerca de 100 pessoas. Nós queremos dar um obrigado muito grande e é preciso sublinhar isto, porque eles são muito importantes para que tudo corra bem, é fundamental!” ■


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FILIGRANA DE GONDOMAR marcou presença no Casamento Real

O casamento real da Infanta Maria Francisca e Duarte de Sousa Araújo ocorreu, a 7 de Outubro, e contou com a presença de inúmeras figuras de estado. Um dos momentos altos desta cerimónia real foram os dois bolos, um deles que foi dividido pela população que lá estava presente e outro para os convidados. O bolo teve a particularidade de ser decorado com peças de Filigrana de Portugal, realizadas em Gondomar, de forma a promover esta arte do concelho. A ideia partiu do Chefe Hélio Loureiro, que ofereceu o bolo de presente de casamento. “A ideia surgiu em conversa com a Dona Maria Francisca e Dona Isabel de forma a espelhar neste casamento real a nossa portugalidade em termos de decoração. E foi aí que optamos que o bolo fosse inspirado na Filigrana gondomarense. Além do coração no topo do bolo todos os bordados à volta têm corações de Filigrana, bem como os brincos colocados nas pequenas decora-

ções”, explica o chefe Hélio Loureiro. Os brincos foram oferecidos, à posteriori, às madrinhas da noiva. “Sempre foram ligadas à Filigrana e à ourivesaria achei que este casamento como símbolo da portugalidade deveria ter elementos portugueses. Contudo não foi só o bolo toda a ementa era inspirada na comida tradicional portuguesa”, menciona e acrescenta que “é um dos momentos altos da minha carreira, pela dimensão, pela minha ligação à monarquia e à família real, vou guardar este momento para sempre”. O chefe convidou a J Soares Jewellery para ser responsável pelas peças em Filigrana que decoraram o bolo. Adelino Soares, proprietário, afirma “que é um orgulho ter feito parte deste momento não só pela J Soares, mas também pela própria Filigrana de Portugal que ganha visibilidade, porque além deste momento alto, em simultâneo foi condecorada como Património Cultural Imaterial”. “Em suma, foi um enorme motivo de orgulho participar neste evento” refere Adelino Soares. ■

SOCIEDADE Viva Prevenido Joana Martins Optometrista da Opticália

LÁGRIMA ARTIFICIAL

A lágrima artificial desempenha um papel fundamental no tratamento da síndrome do olho seco, proporcionando alívio imediato e duradouro para os sintomas desagradáveis associados a essa condição e é tambem uma ferramenta valiosa que permite aos usuarios uma visão mais confortável e saudável. . Esta é uma solução líquida produzida para se assemelhar à composição da lágrima natural. Geralmente, ela consiste em três principais componentes: água, eletrólitos e lubrificantes. A água é a parte predominante, mantendo o olho húmido. Os eletrólitos, como sódio e potássio, garantem o equilíbrio iônico na superfície ocular, enquanto os lubrificantes, como o hialuronato de sódio, aumentam a viscosidade, proporcionando alívio e hidratação prolongados. Encontram-se disponiveis vários tipos de lagrimas, que devem ser adaptados às necessidades de cada paciente. Entre elas estão: • Lágrimas artificiais sem conservantes: Essas são ideais para pessoas com olhos sensíveis, pois não contêm conservantes que podem causar irritação. • Lágrimas artificiais de longa duração: Estas oferecem um alívio mais prolongado e são recomendadas para pessoas que precisam de hidratação ao longo do dia. • Lágrimas artificiais em gel: São mais espessas e ideais para casos de olho seco mais severo, pois proporcionam uma cobertura mais espessa e duradoura. • Lágrimas artificiais específicas para o uso noturno: Projetadas para serem usadas durante o sono, proporcionando um alívio noturno da secura ocular. Torna-se assim importante, que pacientes que apresentem sintomas, como coceira, vermelhidão, olho seco, olhos cansados, consultem o seu Optometrista ou Oftalmologista para um diagnóstico preciso e respetivo tratamento. ■

Gonçalo Lixa Médico Veterinário Clínica Veterinária do Taralhão

DESABAFO POUCO CIENTÍFICO... Por mais que nos debrucemos e estudemos sobre uma determinada condição/ patologia, a consciência e reconhecimento desta tenderá sempre a mudar, quando vivemos na pele, ainda que por breves momentos, essa mesma condição. Felizmente tenho sido sempre saudável e não me posso queixar, mas as últimas 3 semanas têm sido complicadas com uma forte dor lombar que teima em não passar. A primeira semana foi a semana da negação, em que tentamos descansar um pouco, esperando que passe (na maior parte das vezes, vai passar). A segunda semana foi a da preocupação, com exames médicos para tentar entender o que se passa, terapia farmacológica agressiva e fisioterapia/ osteopatia. A terceira semana é a da normalização. De forma inconsciente, o corpo vai-se adaptando à dor, moldando as pequenas atividades do dia-a-dia de forma a evitar os movimentos que provocam dor (até que passe, idealmente). Que tem esta história a ver com veterinária? Estes mecanismos adaptativos têm tanto de incríveis, pois a vida tem que continuar, como de assustadores, já que podem dificultar o reconhecimento da dor. A frase vital a reconhecer neste texto é: muitos dos nossos animais estão em sofrimento, com dor, e nós não o reconhecemos como dor. Sabe o seu gatinho que antes passava 1 hora por dia a lamber-se por todo o corpo e agora raramente o faz, ganhando nós de pelo na zona das costas? Provavelmente, tem dor. Sabe o seu cão que é meigo mas não deixa, por nada, mexer apenas nos ouvidos e nas patas? Provavelmente, tem dor. As Guidelines WSAVA para o reconhecimento, maneio e tratamento da dor (2022) procuram sumarizar tudo o que sabemos sobre estes temas, sendo a leitura ideal para quem os desejar explorar. De uma forma simplista, os episódios de dor aguda (adaptativa, de mais curta duração) são mais facilmente reconhecíveis: vocalizar, mancar, evitar comer, reagir excessivamente à manipulação de certa zona, prostração, etc. Já a dor crónica (maladaptativa, de longa duração), pode ter também uma manifestação mais óbvia mas ser também muito mais subtil. Dada a sua complexidade, existem escalas próprias que nos ajudam a reconhecer esta dor. A dor crónica afeta o animal a nível comportamental (mais irritadiço? Não quer brincar como antes?), psicossocial, físico e emocional, afetando toda a sua neurobiologia. As patologias que mais comummente se associam à dor crónica são os problemas osteoarticulares (osteoartrite), oncológicos (vários tumores podem provocar dor), odontológicos (doença periodontal), problemas de pele (condições alérgicas crónicas), dor visceral (doença inflamatória intestinal, por exemplo), e muitos mais. O tratamento é complexo, mas é sempre possível melhorar a qualidade de vida do animal, seja com recurso a fármacos (medicamentos) e/ou terapias não farmacológicas (como fisioterapia, acupuntura, etc..). Da mesma forma que, nas pessoas, um sorriso não significa que esteja tudo bem, nos nossos animais, um abanar de cauda, o não mancar ou o continuar a comer não significa que esteja tudo bem. Nunca vamos aliviar o sofrimento destes animais se não soubermos reconhecer que estão com dor. ■


SOCIEDADE

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Rua Dr. Severiano, 623, Fânzeres, Gondomar, Porto Centro Funerário: Avenida da Associação Comercial e Industrial de Gondomar, 350, Fânzeres, Gondomar, Porto

A Empresa Funerária mais Antiga do Concelho / Cidade de Gondomar. A única e legítima sucessora da Casa do Saramago / Antiga Casa Saramago e Secular Casa Saramago, que há mais de 150 anos se preza de servir com Honestidade e Civismo todos quantos lhe têm dado preferência. Na senda da Evolução do setor, dispomos atualmente de um Centro Funerário, devidamente equipado com salas de tanatopraxia, de conservação de finados (com o equipamento que lhe é inerente), sala museu com a história da empresa e do setor, salas individuais de velório. A utilização destas salas mortuárias é gratuita e proporciona aos familiares enlutados toda a individualidade, privacidade e dignidade que o adeus a um ente querido exige. Atendimento permanente (24 horas) através dos contactos: 224 805 245 / 932 003 334 www.funerariasaramagolda.pt geral@funerariasaramagolda.pt

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SOCIEDADE

BANCO DE FRALDAS É O MAIS RECENTE SERVIÇO DO GABINETE DE AÇÃO SOCIAL DA UFGVJ

NA PRIMEIRA LINHA de ajuda à população São várias as respostas que a União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim tem à disposição da população do seu território, no âmbito do Gabinete de Ação Social e Intervenção Comunitária. Respostas que vão desde os programas alimentares, passando pelo Banco de Ajudas Técnicas e, mais recentemente, pelo Banco de Fraldas. Das Juntas e Uniões de Freguesia que compõem o concelho de Gondomar, a União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim é uma das entidades que mais respostas disponíveis tem na área da Ação Social, através do Gabinete de Ação Social e Intervenção Comunitária. O Banco de Fraldas é o mais recente projeto desenvolvido pela UFGVJ, através da parceria estabelecida com a Associação Passo Positivo. Uma colaboração que, de acordo com António Braz, “pretende assegurar que as famílias em situações de maior vulnerabilidade económica e financeira possam ter acesso a fraldas, quer para bebés, quer para adultos, no sentido de contribuir para o seu bem-estar, para a sua saúde e para aumentar a sua qualidade de vida”. Acrescentando ainda que, “há períodos nas vidas de muitas famílias em que a aquisição de alimentos e o pagamento de contas acabam por condicionar a aquisição destes produtos, por isso, achámos que esta é mais uma resposta que faz todo o sentido termos ao dispor dos nossos fregueses”. Para o Presidente da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, as juntas e uniões de freguesias são “a primeira porta a quem as pessoas vêm bater quando se encontram em dificuldades e nós temos de dar essa primeira resposta. Nem sempre conseguimos ter uma solução no imediato, mas procuramos sempre direcionar as pessoas para os organismos que podem ter uma resposta mais adequada. Somos, muitas vezes, os primeiros a atuar em situações de emergência. Temos uma forte componente de apoio na área social e queremos continuar a interagir, não só com as organizações de apoio que existem no concelho, mas também as IPSS’s e as comissões ligados à Igreja, que têm um papel importante junto das pessoas, com quem partilhamos alguns bens alimentares e outros produtos para que possam chegar a quem mais necessita”, sustentou. SERVIÇOS DISPONÍVEIS São várias as respostas que a União das Freguesias tem vindo a assegurar ao longo de vários anos, nomeadamente, ao nível alimentar com os programas do Banco Alimentar e do POAPMC – Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas, este último, com um apoio a 794 pessoas do território da união; o Refeitório Social que, em parceria com a Sociedade Portuense de Drogas e o Centro Social e Paroquial São João da Foz do Sousa, entrega refeições a várias pessoas, com comprovada carência económica; o Banco de Ajudas Técnicas, que dá

a possibilidade às famílias que necessitam de uma cadeira de rodas, de um andarilho ou de uma cama articulada, de não terem de comprar esses equipamentos, apenas despendem de uma quantia menor, que se destina à manutenção dos equipamentos; o Gabinete de Inserção Profissional, que dá apoio aos jovens, e adultos, desempregados no seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho; a Loja Social em Gondomar (São Cosme); o Centro de Alojamento Temporário, que acolhe por um período de tempo limitado homens em situação de carência sócio – habitacional e, mais recentemente, o Banco de Fraldas. Além de todos estes projetos, a União das Freguesias é - a nível nacional - a autarquia que comparticipa o maior número de botijas de gás, no âmbito do Programa Bilha Solidária, que se destina aos cidadãos que auferem da tarifa social de energia elétrica, e de prestações sociais mínimas, sendo-lhes atribuída uma comparticipação mensal de 10 euros por botija de gás. Apesar dos grandes desafios que o executivo que lidera enfrenta, numa área tão sensível como a social, António Braz é perentório, “tentamos, o mais possível, dar resposta ao que nos pedem, mas também temos consciência de que nem sempre conseguimos chegar a todas as pessoas, por desconhecimento ou por falta de meios para isso. No entanto, face ao mundo em que hoje vivemos, de grandes dificuldades, também de grande individualismo e de falta de empatia pelo outro, o nosso dever passa por tentar arranjar uma solução para todos os que procuram esta União”. ■


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UNIVERSIDADE SÉNIOR DE GONDOMAR já iniciou o novo ano letivo A Universidade Sénior de Gondomar começou o novo ano letivo a 16 de Outubro. É uma das universidades de referência no Norte e em Gondomar, conta com cerca de 400 alunos inscritos, reformados e não reformados. Abriu em Março de 2006 e tem como propósito rentabilizar o tempo livre das pessoas que devido à idade ou até a problemas de saúde não possam trabalhar. Além das aulas promovem diversas visitas de estudo de modo a que os alunos consigam desenvolver novos conhecimentos e conhecer novos locais. Uma forma de evitar a solidão e promover uma mente ativa. “A nível de disciplinas temos mais de 60 disciplinas, em que algumas resultam de protocolos, e acabam por não ser realizadas no edifício, como hidroginástica e a Filigrana. As disciplinas práticas são sem dúvida as mais procuradas. As teóricas temos uma maior procura em tudo o que se relaciona com as novas tecnologias, há realmente um avultado número de inscrições. As histórias, de Portugal, do património, também têm uma grande procura, até porque a universidade sénior tem alguns prémios a nível de cultura geral e isso também reflete o interesse do nosso público”, explica o Presidente da União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim, António Braz e Ana Torres, responsável pela Universidade Sénior. Esta instituição assinou agora protocolos com os Agrupamentos de Escolas de modo a que os mais novos partilhem conhecimentos com os mais velhos e vice-versa. Este acordo surgiu também da necessidade de mostrarem aos mais jovens o que é que os “avós” fazem na universidade. As visitas de estudo da Universidade são um dos ex-libris da mesma. “A nossa universidade é conhecida pelos diversos passeios que faz, nós temos sempre atividades internas e externas programadas para os nossos alunos, algumas destas atividades, são efetivamente as visitas de estudo. De facto, é uma das coisas que os nossos alunos nos procuram e nos pedem, até porque eles próprios as vezes sugerem locais, porque não querem ir sozinhos, e acabam por sugerir ir todos juntos”, mencionam. As inscrições face ao ano transato aumentaram e os alunos mostram-se motivados e sentem que “finalmente reabriu a universidade”, muitos confessaram ao VivaCidade que tinham saudades neste período de férias, não só pelo companheirismo, mas também pela aprendizagem. A universidade tem um custo de matrícula. O valor mensal varia de acordo com as disciplinas escolhidas. Existe, ainda, uma promoção para quem trouxer um familiar ou um amigo, em 50% na inscrição. “Normalmente temos uma boa taxa de renovação e este ano também aumentou o número de novas inscrições. O valor da inscrição são 15€”, referem. A União de Freguesias apoia significativamente a Universidade Sénior com os custos de manutenção do edifício, já centenário. E, também, com apoios nas visitas de estudos. ■

Aluna

MARIA ALMEIDA

(Milu Almeida)

Esta universidade trouxe para a minha vida, muita alegria, muita vida, novos conhecimentos e trouxe de novo a descoberta da poesia. Sair do marasmo que estávamos a viver, tem sido fantástico, não me consigo imaginar sem ir as aulas nem às atividades. Conheço pessoas mais velhas que têm alegria nos olhos. E que apesar das dificuldades acabam por vir. Nós chegamos aqui e completamos imenso o nosso conhecimento, observamos mais e o coração fica mais contente. É muito bom. Para quem ainda não veio, que venha, porque aprendemos e conhecemos pessoas e sítios interessantes e acabamos por relembrar conhecimentos e adquirir novos. ■

Aluno

Professor

Para mim isto é ocupar o meu tempo de forma útil nos dois sentidos, por um lado aprendendo, por outro lado partilhando alguma da minha experiência com colegas e professores. A minha primeira razão para vir à universidade é aprender e partilhar conhecimento. Ouço muitas vezes que a Universidade é uma forma de poupar dinheiro na farmácia. A Universidade é uma forma de combater a solidão. As visitas de estudo também são muito bem preparadas com o apoio da Universidade e de muitas pessoas no terreno, com guias locais, é um momento de aprendizagem que também tem muito suporte, são momentos úteis. ■

Para mim é importante dar aulas aqui. Primeiro é fundamental para mim, sou advogado há 37 anos e é um escape semanal e depois é a receção que é dada por esta gente, tenho aulas de cerca de 40 alunos. Os alunos são muito ativos comigo, e normalmente misturo a história atual com a antiga para que consigam interligar conhecimentos. Nas visitas de estudo também são muito ativos. Nas minhas visitas que é praticamente de história e arte, eles ficam fascinados e participam muito. Todas as atividades promovidas é algo que os motiva e eles são felizes em participarem em tudo isto. Queria agradecer aos meus alunos pela forma como me tratam, acompanham e todo o reconhecimento que têm para comigo. ■

FERNANDO FERREIRA

CARLOS CASTRO


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LUÍS MONTENEGRO visita CINDOR

O Programa “Sentir Portugal” marcou presença, a 12 de outubro, no Centro de Formação, CINDOR, local de relevância no concelho de gondomarense. O Presidente do Partido Social Democrata Luís Montenegro e o Presidente da Distrital do PSD Porto, Sérgio Humberto, visitaram este local.

A CINDOR é um centro de formação onde a oferta formativa abrange não só a aquisição e consolidação de competências técnicas, mas também a aquisição de competências ligadas à criatividade, inovação, design, empreendorismo transversais às diferentes áreas. ■

UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu


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ENTREVISTA CULTURA André Rubim Rangel → De onde vem o teu estilo adotado nos géneros pop e jazz? Ora o pop vem de ouvir essa música na rádio, desde sempre que a ouvia, e o jazz veio depois de estudar na universidade. Comecei a ouvi-lo um ano antes, talvez, de entrar na universidade. Aos 17-18 anos fui estudar jazz para uma universidade em Boston. Posteriormente, acabaram por se misturar os dois estilos. → Consideras ter sido essa uma escolha feliz? Ou seja, sentes-te inteira e revês-te sempre nas músicas que compões e que cantas? Eu não escolhi nada. Eu não escolho um estilo. Foi o estilo que me escolheu a mim (risos). Eu nem sequer penso nisso quando estou a compor. Nem tento perceber o que está a sair. No fundo, é a minha maneira de falar. E vai mudando ao longo da vida. Antes escrevia coisas mais jazzísticas e hoje escrevo mais pop. Não é nada planeado: acaba por ser reflexo do que oiço no momento e da maneira como eu me sinto. → E esse sentimento que te leva a compor é imbuído de quê? Se tivesses de compor agora mesmo, para onde se inclinavam os teus sentimentos, ora pessoais ora gerais? São vários sentimentos. Às vezes é uma emoção minha, um sentimento meu. Pode ser algo que se passou comigo ou algo que eu vi acontecer ou que me chegou por uma notícia televisiva e que mexeu comigo. E compor esse assunto trata-se da minha visão sobre essa notícia, aquilo que me fez sentir. Pode ser alguma coisa que me inquieta. De uma forma ou de outra, acaba por se relacionar sempre comigo, direta ou indiretamente, ao ser eu o veículo da mensagem. → Nessa perspetiva global, e do mundo para ti, muitas vezes os (cant)autores fazem intervenção social, tentando alertar e alterar certos problemas das sociedades. Sentes ter, também, esse papel? E pelas reações que vais tendo, tem surtido algum efeito? Eu nunca me senti obrigada a ter um papel enquanto cantautora! Acho que a minha missão como tal é falar de amor. Considero ser tão necessário! As duas canções que tenho neste meu disco mais recente que falam de questões sociais são: uma, sobre a guerra na Ucrânia e, outra, sobre os direitos das mulheres no Afeganistão. Essas canções surgiram não por eu sentir que tinha de tocar nesses assuntos, mas por sentir que os tinha de processar em mim, que precisava de pensar e escrever sobre eles para largar este peso que tinha no peito e transformá-lo em canção. Nunca senti que tinha de o fazer para chegar mais às pessoas ou o que quer que fosse. Acho isso super legítimo, mas nunca me aconteceu. Por outro lado, é um pouco assustador ter esse papel de quase política, pois isso iria condicionar a minha arte, ao ter que ir por um caminho específico. E eu não me sinto essa pessoa. Eu gosto de escrever com aquilo que sinto, tenha a ver com política ou não. → No caso de teres escrito sobre a guerra fez, portanto, sentir-te mais em paz com o efeito terapêutico que a música tem? Sim, sem dúvida. Eu escrevi o tema «Há Guerra» no dia em que começou a invasão à Ucrânia. Foi uma maneira de processar aquilo que estava a ver,

LUÍSA SOBRAL

“Eu adorav não sabem

pois nunca pensei que fosse suceder. E processar, sobretudo, a minha impotência! Estava a lidar mal em ver tudo isso e não haver nada que eu não pudesse fazer. É óbvio que a canção não fez que ficasse aliviada ou deixasse de me sentir mal, porque a guerra continua, mas foi uma maneira de tirar aquela ansiedade dentro de mim. Depois, pus essa canção nos meus concertos e mantenho-a até acabar a guerra. Porém, não a escrevi com esse intuito! → Já não bastava esta guerra que referiste, entre outras menos mediáticas, e eis que surge esta agora em Israel, em Gaza, pelo Hamas. Volta a ti essa tal ansiedade ou sentes que o tema escrito se aplica aqui também no teu processar interno? Ainda ontem, curiosamente, pensava exatamente nisso quando via as notícias: “ainda não processei esta guerra”. Tenho estado fora, nas últimas semanas, a fazer muitos concertos e parece que não estou bem com a noção do que está bem a acontecer. Ao ver as imagens pensei que se calhar gostava de escrever sobre isto, mas ainda não tive tempo de assimilar. E não tem de ser uma canção, até pode ser mesmo só um texto. E vou ter de o fazer! Até porque a outra canção não se adapta a isto que tenho visto. Ainda não consegui fazê-lo, mas estou a precisar. → O que te passa pela cabeça e pelo coração quando vês, dia após dia, aumentarem escaladas de violência pelo mundo, nomeadamente estas notícias frescas de bebés queimados e crianças a serem degoladas diante dos pais pelo Hamas? Como te sentes diante disso? Uiii, não vi nem sabia que tinha acontecido isso. (silêncios) Fico sem palavras… (silêncios) Eu não consigo perceber o facto de o ser humano chegar a este ponto. Eu não consigo entender o usar-se a religião como uma desculpa para atos como este. Não consigo! Como é possível haver pessoas com capacidade de fazer coisas tão horríveis! Isso até me faz duvidar se fiz uma boa escolha em ter tantos filhos neste mundo. Vitimizarem bebés e crianças ainda é muito mais grave. Não tinha a noção de o terem feito… Eu já estive em Israel duas vezes: numa fui lá cantar e noutra fui de férias. Tenho muitos amigos israelitas. É um país que eu gosto muito, pelo qual tenho algum carinho. A minha filha tem uma colega na turma que é israelita e é a melhor amiga dela. Assim, de repente, tudo isto acaba por ser muito próximo para mim e muito mais triste, pessoalmente, porque penso nas pessoas que estão lá, principalmente os meus muitos amigos. A empatia funciona um pouco assim, estranhamente, pensarmos mais em quem nós conhecemos, numa situação como esta. → No meio disto tudo, há um outro lado que nos assusta bastante, pelo menos a mim: haver pessoas, mesmo portugueses, que nas manifestações do passado fim de semana usavam cartazes apoiando o Hamas, que faz estas barbaridades. Como pode haver ainda tanta desinformação em certas pessoas? Enfim, acho que há pessoas que gostam realmente de ser do contra. Não sei porquê, mas isso também aconteceu muito durante a pandemia.

Havia pessoas que se manifestavam assim: “ai é, estão todos a dizer isso? Então eu sou muito especial, vou dizer o contrário”. Essas pessoas julgam que são especiais por quererem pensar diferente, sem fundamento e sem pesquisa. Não tem mal pensar diferente, mas quando fundado e com sentido. Não só por ser do contra sem razão alguma, mas para desviar a atenção. Há pessoas com um pouco dessa necessidade… → Voltando à música, como é compor para outros grandes nomes da música e ter essa capacidade de inovar, de fazer sempre diferente e melhor? O que eu faço é quase o trabalho dum ator. Ou seja, tenho de me pôr na pele daquela pessoa e tentar pensar ao jeito dela. É muito raro eu escrever para pessoas que conheço nada bem. Eu conheço as músicas do artista para quem escrevo. Se não conhecesse, por algum motivo, tinha que ouvir primeiro. No geral, são pessoas que já conheço e cuja música eu gosto. Quando componho tenho para mim a voz daquela pessoa a cantar aquela letra e vejo se faz sentido essa voz naquela melodia, ou não. Mas sei que aquelas palavras escritas farão sentido para essa pessoa, para serem ditas e cantadas por ela. Gosto muito dessa ideia de me colocar no corpo da outra pessoa, até como acontece no teatro e que fiz em tempos. Eu adoro teatro. Bem como fazer-me passar por essa pessoa, pôr-me no lugar dela, enquanto eu escrevo e componho para ela. → Quanto ao teatro, gostarias de conciliar com a tua vida musical ou tentar, mais adiante, desenvolver essa tua vontade de ser atriz, ou não? Eu adorava fazer teatro! Mas, primeiro, ninguém

me chama: não sabem que o fiz e que gostaria de voltar a fazê-lo. Segundo, seria complicado conciliar, eu tinha de tirar alguma parte da minha vida para fazer teatro. Eu ainda comecei a escrever uma peça de teatro, que assim chamava-me a mim própria, mas depois a peça virou romance. Portanto, agora estou a escrever esse romance e já não uma peça teatral. Quem sabe, mais tarde, voltarei à representação no teatro. Contudo, primeiramente quero escrever uma peça. Ainda hei de fazê-lo. E, depois, punha-me a representá-la (risos). → Há pouco falaste na tua missão de cantautora, em escrever e falar sobre o amor. Sentes que, entre os temas que tens alusivos a ele, o «Amar pelos dois» foi o corolário de todos eles? Em termos de reconhecimento, sim. É a minha canção mais conhecida, mesmo que interpretada pelo meu irmão. Agora, se perguntas ser a minha melhor canção, eu não acho! Tenho outras canções de amor que têm, até, letras mais interessantes. Mas não concorri com elas, como o «Amar pelos dois». Mas gosto dela, acho-a uma boa canção, mas não a melhor da minha autoria relacionada com o amor. → Então, qual a tua melhor canção? E pergunto-te aquilo que perguntavas a outros músicos no teu podcast: qual “o avesso da canção”, daquela que entendes ser a tua melhor? Eu não sei bem se tenho uma resposta. Mas eu gosto bastante da minha canção «Só um Beijo». É uma canção que me deu muito gozo em escrever e cantar, também com o meu irmão. Essa canção é muito difícil, porque são duas melodias ao mesmo tempo, daí ser muito trabalhosa. Eu comecei a escrevê-la no carro, trauteando-a, e depois fui para casa escrevê-la. Tinha de pensar na outra melodia


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CULTURA

va fazer teatro! Mas, primeiro, ninguém me chama: que o fiz e que gostaria de voltar a fazê-lo” e gravá-la e cantá-la por cima, já que para duas pessoas. Quando o meu irmão foi a minha casa, percebi que essa melodia tinha partes muito agudas para ele e então essa melodia passou a ser a minha. Nessas trocas, houve ali um enorme corte e costura naquela canção até ela chegar ao que é agora. Eu gosto dela assim, acabou por ser aquela minha canção com mais versões. E acho isso giro, sentir que as pessoas querem cantar. E como é uma canção que só dá para ser cantada a duas pessoas, é tipo paddle, que só se pode fazer a pares. Acaba por ser o “paddle das canções” (risos). Acho engraçado ver essas simbioses a acontecer. Portanto, «Só um Beijo» é uma das minhas melhores canções. → Quando não te sentes inspirada ou motivada para a tua arte musical, o que fazes para contrariar isso e ganhares a vontade e predisposição tão necessárias? Depende. Se eu não estou tão entusiasmada para concertos, há dias assim, basta eu entrar em palco e muda logo. Não é preciso nada de mais. Após sentir as pessoas, a energia delas, eu vou querer cantar. A entrada em palco é automática. Se é para escrever, isso não me acontece muito, porque eu tenho pouco tempo para o fazer. Nos meus afazeres quotidianos e de mãe, eu guardo um tempo para escrever quase cronometrado, normalmente à noite. Entre deitar

os meus filhos e quase cair para o lado de sono, são duas horas! Sei que tenho essas duas horas para escrever. → Mesmo que não sintas o tal “click”? Tens de o fazer na mesma? Eu não sei, eu não sinto muito isso. Se eu trabalhar ele vem. Não estou à espera que ele venha primeiro. Mas também não lido mal com isso, se ele não vier hoje talvez amanhã venha e eu escreva algo melhor. Pode acontecer de, às vezes, demorar um pouco mais a descodificar algum assunto do tema pretendido e vou escrevendo durante mais que um dia ou pode acontecer de sair tudo duma só vez. Contudo, não acredito muito no facto de a inspiração ser algo que nos atinge quando estamos a conduzir. → Numa das tuas canções retratas «As Mães de hoje em dia». Para se educar a sério e incutir os valores devidos, achas mais complicada a maternidade do presente? E como será a do futuro? Eu acho que a maternidade do presente tem coisas boas e coisas más. Esta geração tem muito mais cuidado com cada criança, com a individualidade da mesma, com a noção de cada criança é diferente entre si. Cada uma vai ser boa e desafiadora em coisas distintas. As gerações presentes têm mais ideia

disto do que as anteriores. Por outro lado, acho que esse olhar ao individual do ser também se torna excessivo, tornando-o em individualismo. Às vezes, os pais metem-se demasiado em questões ligadas com a Escola, não confiando na mesma e criticando muito os professores nos grupos de WhatsApp. Eu não acho isso correto! Devemos confiar na Escola, não é cegamente, mas devemos confiar! E se há algum problema não é criar ruído nesses grupos, é ir diretamente falar com os professores. Portanto, os pais andam obcecados com os seus filhos, como se eles fossem de porcelana. É um exagero. Além de que muitos pais acham que têm um curso superior em Educação: todos sabem o que é melhor para uma criança, que não o seu filho. Todos sabem tudo sobre os outros. Isso é muito cansativo e, mesmo para as crianças, muito claustrofóbico, os pais meterem-se em tudo na vida deles. Não concordo com esse tipo de educação. Temos de estar atentos aos nossos filhos, o que eles precisam, mas dar-lhes também espaço. Com tanto protecionismo, quando a criança for mais velha não saberá o que haverá no mundo, sem saber se defender, sem saber pensar por eles próprios. → Tens também uma vasta experiência internacional, com atuações realizadas em mais de 18 países. Qual aquela que te marcou mais, em

que cidade e o motivo para tal? A digressão mundial que mais me marcou foi uma realizada ao sul de África, entre: África do Sul, num clube de jazz; Zimbabwe, num festival de música; Namíbia, num teatro; e Botsuana, num meio mais rural possível, em que foram umas crianças de tangas a abrir com umas danças tribais. Foi surreal. Foi uma tournée maravilhosa! Eu gosto muito de África, já tinha estado em alguns países africanos. Foi a variedade desses espetáculos em sítios diferentes. Desses países, e de todos os que já conheci no mundo inteiro, o que mais me encantou foi a Namíbia. Adorava viver lá, um ano que fosse. Atuar lá foi mágico! Já África do Sul não foi tão mágico, por ser perigoso o sítio onde estávamos. Gostava de voltar a essa digressão. Uma outra que adorei foi na Austrália: é um país que me fica no coração. → Recordas-te se alguma vez atuaste e/ou vieste, pessoalmente, a Gondomar? É uma pergunta cuja resposta é “chata”, pois acho que nunca fui tocar nem cantar a Gondomar. Ainda é mais “chato” se fui e não me lembro (risos). Mas já agora, fica aqui a oportunidade e assim convidam-me. E, depois, da próxima vez, já te digo tudo o que achei sobre Gondomar. → Podes deixar uma mensagem final de esperança para quem nos vai ler? O que posso afirmar é: tentar amar as pessoas que vivem à nossa volta! Não andar a pensar o que posso fazer longe. Se amarmos e ajudarmos os que precisam de nós, e perto de nós – e se todos fizermos isso – algo mudará. Parece básico, mas tem de ser replicado para resultar. ■ PUB

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CONSTRUIR COMUNIDADE

FRANCISCO ASCENSÃO 1958-2023

OPINIÃO

Nuno Fonseca

AS FREGUESIAS SÃO… O PARENTE POBRE EM PORTUGAL

Caros amigos, Foi com enorme tristeza e surpresa que tivemos a notícia do falecimento do nosso irmão Francisco Ascensão no passado dia 25 de agosto. O Francisco Ascensão frequentou a catequese e logo ingressou no nosso Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas - desde então já se notava o sangue na guelra que evidenciava e o levou a exercer responsabilidades ao nível dos pequenos grupos (patrulhas ou equipas). O Padre Arnaldo (Pároco de S. Cosme entre 1965 e 1979) apadrinhou-o no progresso escutista, que assumiu sempre com entusiasmo até exercer a chefia do agrupamento. O «fogo escutista» e a marca dos valores cristãos marcaram para sempre a vida do nosso irmão. Tudo isso se evidenciou na sua intervenção cívica e paroquial. A grande etapa da sua vida, a par da vida familiar, foi a participação e liderança da Confraria de São Cosme e São Damião e Nossa Senhora do Rosário. As suas capacidades permitiram que todos se comprometessem com as decisões e eventos efetuados. A Confraria do Rosário seguiu sob a sua liderança caminhos de comunhão com todas as estruturas paroquiais e autárquicas, e especialmente com os nossos Párocos. Francisco Ascensão fez um «caminho a seguir transpondo obstáculos», ora com pontes, ora com carinho, mas sempre com decisões abrangentes. Francisco deixa-nos saudades para sempre. Amigo Francisco repousa na Eterna Festa do Rosário junto do Pai A Confraria de São Cosme e São Damião e Nossa Senhora do Rosário 26/9/2023 ■

As Freguesias são os parentes pobres do Poder Local. As Freguesias são os parentes pobres da administração pública. As Freguesias são os parentes pobres. Ponto. E questionamo-nos do porquê desta afirmação e deste tema. Porque este tema, está diretamente ligado às perguntas que temos que fazer: Que Freguesias queremos e que papel queremos para elas? Julgo que não será preciso fazer uma grande divagação sobre a importância da existência das Freguesias nos territórios, da existência dos Autarcas de Freguesia e da ligação destes dois polos, Freguesias e Autarcas, às populações e aos territórios, porque a importância é amplamente reconhecida. Admito que poderá haver alguém que questione esta importância, mas também não posso deixar de admitir que, essa pergunta, ou essa dúvida, é certamente fruto de falta de informação ou desconhecimento sobre o trabalho das Freguesias, dos Autarcas e da importância da coesão territorial. É importante referir que a abordagem e as afirmações que aqui profiro, se referem ao âmbito nacional e não estou a fazer qualquer tipo de analogias locais, simplesmente porque esta discussão tem que ser feita de forma abstrata e nacional. As questões locais de cada um dos Municípios, incluindo obviamente Gondomar, são uma escala muito pequena para esta abordagem. Aliás poderíamos, até ir mais longe, ao dizer

FERNANDO PESSOA

REESTRUTURAÇÃO ATENDIMENTO MUDÁMOS SEMPRE PARA MELHOR! Sempre a pensar em Si e na melhor forma em como podemos prestar os nossos serviços de saúde, o Hospital Fernando Pessoa está a proceder a uma reestruturação do atendimento com vista a melhorar a eficácia e qualidade de todo o processo administrativo. Essa reestruturação será transversal e complexa, passando por uma centralização do atendimento com o objetivo de tornar todo o processo mais célere e eficaz. Atendendo que ainda estamos numa fase inicial de implementação deste sis-

que as Freguesias ainda vão tendo um papel mais ou menos importante nalguns territórios do país, fruto essencialmente das relações com os Municípios e da transferência de fundos dos mesmos para as Freguesias. Caso contrário, então seria mesmo um completo deserto o panorama das Freguesias. Mas o nível da discussão que temos que ter, é que a importância das mesmas, não pode estar diretamente relacionado com as relações com os Municípios, o papel das mesmas deve ser avaliado pelas suas competências próprias e pelos fundos próprios que as mesmas detêm e que são colocados ao seu dispor. Se nas cidades, o papel operacional pode, se quisermos assim, ser colmatado ou substituído pela intervenção dos Municípios, nos territórios de baixa densidade, ou do interior, conforme quisermos identificar, o papel das mesmas é ainda mais importante. E porquê? Porque com os fenómenos da desertificação e do abandono de pessoas e serviços, a entidade que ainda se mantém lá, dia a dia, a fazer a ligação das populações ao Estado, é simplesmente as Freguesias e as Juntas de Freguesia. Os Municípios, por muito valor que tenham e por muita eficiência e eficácia que tenham, são entidades, que nalguns locais se situam a várias dezenas de quilómetros de distância. É nesta abordagem que o Estado Central tem que olhar para o país e para o Poder Local e para a sua organização. Mais Poder Local, Municípios e Freguesias, é fundamental para que se consiga manter alguma organização e evitar os sentimentos de abandono que algumas populações sentem em relação ao Estado e ao Poder Central. Mais Freguesias é a “cereja no topo do bolo” desta coesão territorial. Para isto bastará deixarmos de ter um parente pobre na organização administrativa e politica do país. ■

tema, sabemos que poderão surgir atrasos inesperados assim como outro tipo de constrangimentos, pelo que desde já pedimos as nossas desculpas e agradecemos a vossa compreensão. Estamos convictos que esta mudança será muito positiva pois mudámos sempre para melhor, por Si e pela Sua Saúde. ■

Posto de Vigia Manuel Teixeira

Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

MINAS E ARMADILHAS NO FUTURO DE COSTA 1 – É cada vez mais claro que não serão os resultados das eleições europeias de junho próximo que hão de pôr em risco a sobrevivência do Governo. Mesmo que o PS perca deputados ao Parlamento Europeu ninguém acredita que António Costa lance a toalha ao chão. E de igual modo ninguém acredita que Marcelo possa pretextar um mau resultado para interromper a legislatura e convocar eleições antecipadas. Por outro lado, e já que estamos em modo de descrenças, também ninguém acredita que o PSD possa ter um resultado tão agigantado que lhe permita sequer exigir eleições antecipadas. Bem pelo contrário, as sucessivas sondagens que têm sido publicadas são um susto para Luís Montenegro, que até já se viu obrigado a declarar publicamente que será sempre candidato a líder do partido, mesmo que perca as europeias. 2 – Dito isto, vale a pena perspetivar as minas e armadilhas que António Costa tem pela frente, e que podem fazer perigar o seu futuro como Primeiro-Ministro. São essencialmente três: a crise na saúde / médicos; a crise na educação / professores; e a crise na habitação / taxas de juro. Acresce uma meia ameaça transversal, que consiste em saber como vai a inflação comportar-se no que respeita aos preços dos bens essenciais. A verdadeira bomba relógio está, em bom rigor, na mão dos médicos, porque são eles – ou falta deles – que pode fazer colapsar o Serviço Nacional de Saúde. E se tal acontecer, dificilmente António Costa resistirá à indignação geral dos cidadãos. A não ser que, em desespero de causa, o Governo decidisse drenar maciçamente os doentes para os hospitais privados, ou remunerar de tal modo os médicos que eles voltassem em massa para o SNS. 3 – Já quanto às outras armadilhas – educação, habitação e taxas de juro – sendo ameaças muito graves, vistas sectorialmente ou em conjunto, elas não têm solução a curto prazo. A crise dos professores vai manter-se com maior ou menor intensidade, e a crise da habitação demorará anos, porque as casas não caem do céu, e os preços, quer na compra quer nas rendas, não descerão de forma significativa por efeito das esmolas orçamentais. Por tudo isto, António Costa sabe que não tem vida fácil, como sabe também que a paciência dos portugueses tem limites. Mas é visível que, apesar das muitas preocupações, o Primeiro-Ministro mantém-se otimista. Por duas razões: acredita cegamente nos “milagres da bazuca”, e deleita-se com as dificuldades de afirmação política que o líder do PSD tem demonstrado, como provam as sondagens. Só o tempo dirá que tem razão… ■


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CULTURA

PAULO FERREIRA fotografa cometa Nishimura (C/2023 P1) O cientista japonês Hideo Nishimura descobriu no dia 11 de agosto um novo cometa, cuja passagem pela órbita do Sol foi prevista pela NASA para o início de setembro. Agora, após uma curta, mas muito aguardada espera por parte dos amantes da astrofotografia, o cometa conhecido como Nishimura (C/2023 P1) atingiu o seu ponto mais próximo da Terra, e isso foi motivo para Paulo Ferreira tentar registar este objeto celeste. A fotografia mostra o cometa “por cima da capela do Calvário” em Gondomar e como se trata de um cometa periódico, só daqui a 400 anos é que será possível observá-lo novamente. Paulo Ferreira fotógrafo e videógrafo gondomarense, contou ao Vivacidade como foi possível registar esta imagem. Depois de vários dias a estudar a posição do cometa de que toda a gente que gosta de astrofotografia, falava, no passado dia 8 de setembro, levantou-se às 4h00 da madrugada e deslocou-se para a zona do Monte Castro, local onde montou um sistema fotográfico que o ajudou na recolha de fotografias. Chegou ao local (por volta das 4h30), e teve de escolher o melhor enquadramento possível com o objetivo de registar o cometa e para isso contou com o auxílio de software específico que o ajudou a orientar na direção do nascer do Sol, dado que era nessa zona que o objeto celeste iria surgir por detrás das serras do Parque das Serras do Porto. Depois de posicionado os dois tripés que utilizou, começou por registar algumas fotografias de teste, quando reparou que o relógio marcava 5h30 e a ténue luz do nascer do dia começava a surgir no horizonte. Ele sabia que tinha uma janela de oportunidade muito pequena. Antes do nascer do Sol, ele tinha de fotografar o cometa, dado que a luz do dia iria impossibilitar o registo fotográfico. As dificuldades seriam muitas, desde logo a localização do cometa através da sua câmara fotográfica e esperar que as nuvens ou neblinas não surgissem na linha do horizonte. Com um pouco de sorte (que deu muito trabalho), as neblinas não surgiram e o registo fotográfico iniciou-se quando o Paulo Ferreira localizou o cometa a surgir por detrás das serras após uma fotografia de longa exposição (cerca de 20 segundos). Isto só foi possível pois o sistema de

“tracking” Sky Watcher que ele utilizou, permite que qualquer câmara que esteja acoplada a ele (neste caso foi utilizada uma objetiva de 200mm), vá acompanhando a rotação da Terra. De uma forma mais simples (pois o processo é um pouco complexo), pode-se dizer que este sistema é “apontado” à Estrela Polar e a partir daí qualquer objeto roda em torno desse eixo, o que permite por exemplo registar fotografias de longa exposição para capturar a ténue luz proveniente do espaço profundo e nunca perder definição. O que seria impossível com uma câmara estática. Nunca seria possível registar exposições com duração superior a 12 segundos (mesmo com valores de ISO elevados), se não fosse com a ajuda deste equipamento, caso contrário as estrelas e planetas no horizonte, ficariam com um “risco” e não com um “ponto” de luz. Depois de registar cerca de 250 fotografias (até às 6h45), poucos minutos antes do Sol surgir no horizonte, deu o registo por terminado e regressou a casa, local onde mais tarde viria a editar estas fotografias e com elas devidamente “empilhadas”, numa técnica que dá pelo nome de “stacking”, criar esta imagem. O facto de ser um profissional da fotografia e do vídeo e ao mesmo tempo possuir formação em Sistemas Informáticos, dá-lhe valências que possibilitam ir mais longe no mundo da fotografia. E o espaço profundo é todo um mundo novo que

está a revelar-se às novas tecnologias. Perceber que com uma simples câmara fotográfica e uma objetiva com algum “zoom”, podemos capturar imagens que os nossos olhos não veem, é deveras apaixonante e permite ter outra perceção da casa que habitamos (o planeta Terra) e todo o jardim ao seu redor (a Via Láctea). Paulo Ferreira já registou imagens da Lua em alta resolução, da Via Láctea, da Galáxia de Andrómeda, da Nebulosa de

Orion, das Perseidas, do Cometa Neowise e agora o Nishimura, entre outros objetos. Contudo, este é um processo moroso, que dá algum trabalho, requer preparação e estudo e exige dedicação, mas que de certa forma dá prazer quando vemos a imagem surgir diante de nós. E neste caso em particular, tratando-se de um cometa, a satisfação é ainda maior. Saibam mais sobre as minhas fotografias e vídeos em www.pauloferreira.pt” ■

PAULO FERREIRA recebeu no dia 13 de Outubro, um prémio no festival internacional de cinema “Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival”. O documentário de natureza “Naturalmente Flores”, exibido recentemente na RTP e que foi realizado na ilha das Flores, foi galardoado com um troféu da autoria da consagrada escultora e artesã, Lourdes Brites. O prémio foi-lhe entregue no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra. O documentário “Naturalmente Flores”, estreou no dia 22 de abril de 2023 (dia da Terra), pelas 21H00, no auditório do Museu Municipal de Lajes das Flores. O filme foi realizado e editado por Paulo Ferreira e tem a narração a cargo de Eduardo Rêgo.



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DESPORTO

DIOGO COSTA foi campeão mundial de patinagem artística Diogo Costa, natural de Baguim do Monte, sagrou-se campeão de patinagem artística, com uma dança livre que celebrava a vida. O Jornal Vivacidade esteve à conversa com este jovem baguinense para perceber quais os desafios de praticar patinagem artística em Portugal.

treinadores. A concorrência lá fora é muito difícil, porque os outros países acabam por olhar de forma diferente para a modalidade. Têm outra disponibilidade a nível de pavilhões, a prática da modalidade é muito mais estimulada. Tanto que, neste momento, os países que são as maiores potências de patinagem é Portugal, Espanha, Itália e Colômbia, diria. Mas Portugal é uma potência muita à base dos guerreiros que temos aqui.

Como é que começou a paixão pela patinagem artística? Comecei a patinar com sete/oito anos, surgiu de um convite de um amigo da turma que já praticava. Na altura não atendi ao pedido. Passado um ano surgiu de novo o convite e aí decidi experimentar e foi amor à primeira vista. Mal calcei os patins, nunca mais os quis tirar. Vi que os próprios treinadores reconheceram que tinha muito potencial. Comecei no Clube de Patinagem de Baguim do Monte, na altura era um clube que estava no auge e tinha os melhores atletas a nível nacional.

Quando ganhei foi sem dúvida uma euforia enorme, foi um misto. Não há palavras para descrever o que estava a sentir naquele momento. Sentes-te reconhecido em Portugal, pelo teu campeonato mundial, ou achas que és mais reconhecido no estrangeiro?

Como é que é feita a prática da patinagem artística? É em pares ou individual? Faço os dois tanto em par como solo. Contudo há atletas só para solo ou só a pares. Claro que fazer os dois é mais complicado porque tem de gerir tempo, tem de treinar bem o solo e bem os pares. O par exige muito dentro e fora da pista, porque é preciso ser criada uma ligação fora da pista para que os passos sejam coordenados, é difícil. Fiz par com uma rapariga durante nove anos e ficamos em terceiro no mundial.

Sinto que sou mais lá fora do que aqui e até mesmo mais acarinhado pelos países estrangeiros do que propriamente por Portugal. Por exemplo na Argentina sou reconhecido e em Itália, também. É uma mística diferente, há um carinho maior. Foi homenageado por alguma instituição? Não. Este desporto é um pouco desvalorizado em relação a outros, mas, infelizmente, é uma coisa que vai continuar a acontecer.

Como é que consegue conciliar os estudos com os treinos? É difícil, mas com esforço tudo se consegue. Tenho um lema de vida que é “tudo o que faço tenho de fazer valer a pena” e é nisso que me foco, mesmo que seja difícil. Porque além de estudar, ainda sou treinador desta modalidade. Alguma vez sentiu preconceito por praticar esta modalidade? Sim, quando era mais novo, mas nunca me afetou, sempre lidei bem com isso. Agora já começa a ser normal e não há tanto preconceito, até porque a sociedade está a viver tempos de mudança.

O que é que acha que falta à patinagem artística para ter outra visibilidade? O facto de não ser uma modalidade olímpica, apesar de estarmos a trabalhar para isso. A patinagem só não é um desporto visível para as pessoas que não sabem o que é a patinagem, porque a patinagem é um vicio. É um desporto individual embora estejamos sempre ligados a um clube. Somos sempre nós, quer ganhemos ou não. Se a patinagem envolvesse valores monetários, como apostas, por exemplo, certamente teria outra visibilidade.

Como é que foi a preparação para o Mundial? Foi estranho porque passamos a maior parte do ano a treinar para os nacionais e sermos “obrigados” a preparar campeonato do mundo em, apenas, quatro meses, custou muito, porque é nesse período que de atingir o pico da nossa forma para fazer as coreografias. Acabamos por descurar um pouco as competições nacionais para atingir o nosso pico no mundial. Normalmente, treino seis horas diárias. Um treino que tem de ser similar a um do

A quem é que deve um agradecimento? Sem dúvida à Maia por toda a disponibilidade que nos tem dado para nós conseguirmos treinar e por apoiarem esta modalidade. Agradecer às minhas treinadoras à Andreia Cardoso e à Carolina Varela por sempre terem a paciência necessária comigo, nós fizemos valer a pena estes anos de trabalho. Agradecer ao clube. Por fim, e não menos importante, aos meus pais e aos meus avós por estarem sempre ao meu lado. Porque sem eles nada disto seria possível. A eles um muito obrigado.■

campeonato e é extremamente desgastante para um atleta, é quase impossível aguentar isto durante quatro meses. A preparação foi muito difícil porque teve de ser muito bem gerida. E além de todas estas dificuldades, o meu avô estava a passar um momento difícil e sou muito chegado a ele, e acabou por ser um pouco complicado. Nem sei como é que consegui. Mas consegui e a vitória foi

para ele, sem dúvida. Nesta competição do mundo participou a solo e ganhou o ouro, como é que se sentiu? Muito feliz. Quando ganhei foi sem dúvida uma euforia enorme, foi um misto de emoções. Não há palavras para descrever o que estava a sentir naquele momento. Estou muito orgulhoso de mim e dos meus




EMPRESAS E NEGÓCIOS

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DANIEL AZEVEDO: “O Reiki é uma forma de empoderarmos a nossa vida” Daniel Azevedo, natural de Lisboa, mudou-se para Gondomar há cerca de seis anos, onde abriu o Centro Escola Go In. Local onde é possível ter formações de Reiki, Leitura da Aura, Constelações Familiares bem como ter sessões terapêuticas, nesses mesmos trâmites. O VivaCidade foi perceber o que é que são estas terapias. o que é que são estas terapias. Fale-nos um pouco deste projeto. É uma escola que foi criada em 2020 com o objetivo de dar ferramentas às pessoas, para que possam desenvolver-se humana e espiritualmente. O próprio nome Go In pode traduzir-se como, “vai para dentro, mergulha em ti”. Hoje já contamos com milhares de alunos formados e somos uma escola de referência do Porto e arredores. Temos alunos que veem desde Braga, Espinho a Cabeceiras de Basto. O que é que ensinam em específico? A base de ensino da escola é o Reiki onde realizamos cursos mensais. No Reiki as pessoas aprendem desde logo a importância do autocuidado e da filosofia de vida do Reiki, que tem como base os seus 5 princípios que são: Só por Hoje, sou Calmo, Confio, sou Grato, Trabalho Honestamente e sou Bondoso. Depois damos formação de Leitura de Aura e agora vamos abrir uma turma de Constelações Familiares. O que é o Reiki? É uma terapia que nasceu no Japão há cerca de 100 anos e tem uma filosofia que visa promover o bem-estar da mente e do corpo. Tem como objetivo guiar-nos por uma vida mais pacifica e feliz, aliás como aconteceu comigo. Enquanto formação auxilia-nos muito no trabalho interior, na gestão emocional e a dar confiança para a vida. Como é que é feita a terapia de Reiki? É feita numa marquesa onde a pessoa fica deitada, nós tocamos em algumas partes do corpo como os ombros, cabeça e pernas, e canalizamos a energia universal, que é aquilo que chamamos Reiki, para equilibrar a própria energia da pessoa. A sessão dura cerca de uma hora e no fim há sempre uma maior sensação de equilíbrio, relaxamento, bem-estar e até há pessoas que acabam mesmo por adormecer durante a sessão. Além do Reiki, falou anteriormente que também utiliza outras terapias, como a Leitura da Aura e as Constelações Familiares, o que são? E como são feitas? A Leitura da Aura visa perceber quais são bloqueios, potencialidades, padrões, que estão contidos na energia da pessoa, com o intuito de ela perceber o que tem e o que precisa de mudar em si própria. No caso desta terapia é o terapeuta que vai transmitir ao paciente tudo aquilo que quer dizer,

no fundo é ler a energia da pessoa e perceber o que ela tem de limitação, de potencialidade. Além disso vemos temas como chakras, vidas passadas, um conjunto de informações sobre a pessoa e de como ela está. Ajuda a perceber o que a pessoa está a sentir no momento presente e a ver o que ela pode melhorar ou mudar para ter uma melhor condição de vida. Limpamos também a sua energia e bloqueios. É uma terapia de consciência. A Constelação Familiar trabalha muito as questões de relacionamentos, ancestralidade e de herança. Todos nós temos como origem uma família e essa família ancestral têm imensas histórias, heranças e relações que consciente ou inconscientemente afetam a nossa relação com o outro e o mundo. Ajuda também a trabalhar a nossa relação com os nossos pais. Há dois filmes da Disney que retratam isto é que o Elemental e o Encanto, que mostra a importância da família na nossa vida e o impacto que ela tem. Esta terapia serve sobretudo para curar o nosso passado e perceber que tudo teve uma origem e que muito do nosso comportamento inconsciente advém disso. Como é que tem acesso às vidas passadas? Na Leitura da Aura conseguimos analisar a energia da pessoa e lá encontramos toda uma história sobre ela. E quando encarnamos nós temos uma carga energética, que reflete muito do que vivemos e os nossos

comportamentos. Muitas vezes temos um bloqueio e nem percebemos porquê, pessoas que têm medo do mar e nunca viveram ou estiveram perto do mar. Como é que ensinam estas técnicas, que envolvem a energia universal aos alunos? Todos nós nascemos com a capacidade de cuidarmos de nós e da nossa vida. O Reiki desenvolve essa capacidade que já é natural em todo o ser vivo. Através da aprendizagem de técnicas e de um acompanhamento, é possível alcançar bons resultados. Temos já grandes transformações de vida e comportamentos na escola. Mas só depois de aprenderem a dominar e a se ajudarem, é que depois desenvolvemos a parte do Reiki para os outros. Que cursos é que têm? Como é que as pessoas podem ter conhecimento dos cursos? Todos os cursos que damos são de longa duração, para que os alunos possam ser acompanhados e esclarecido nas suas dúvidas e pratica. Podem encontrar toda a informação dos cursos e terapias na página e redes sociais da escola ou mesmo através de mim nas redes sociais. Normalmente as pessoas associam o Reiki a algo que envolve espiritismo ou bruxaria o que é que acha sobre essa opinião pré-concebida? Ainda é normal associarem o Reiki à bru-

xaria ou a espíritos, mas o Reiki é uma terapia que não utiliza nada externo é apenas um potenciar do que já é natural no ser humano. Reiki é uma energia de bem, que visa ajudar as pessoas a melhorarem a sua vida e condição. Todos nós temos uma capacidade de regeneração e de gestão emocional, e o que o Reiki faz é potenciar isso. Para que possamos viver uma vida mais pacifica e feliz. Ninguém no Reiki tem de acreditar ou de deixar de acreditar em algo. É mesmo simples e natural. O que é que gostaria de dizer para que as pessoas venham experimentar esta nova vertente terapêutica? O melhor que podemos fazer pela nossa vida é cuidarmos de nós e conhecermo-nos. E é isso que ajudamos aqui. Todos temos a capacidade de mudar e de melhorar a nossa vida.Começamos a entender o que é e o que é não é melhor para nós. A ideia é quanto mais uma pessoa se conhece mais se empodera. Nós podemos tornar a nossa vida mais feliz e pacifica, mas é um processo que requer dedicação e tempo. O Reiki é uma forma de empoderarmos a nossa vida. ■

Morada: Rua da Columbófila, nº 20 Fânzeres, Gondomar Contacto Telefónico: 967 363 280 E-mail: centroescola.goin@gmail.com Site: www.centroescolagoin.com Facebook: GO-IN Centro Escola Instagram: go.in.centro.escola


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OPINIÃO

Mónica Santos Ajeogene Clínica Médica

CONSULTAS DE CESSAÇÃO TABÁGICA Numa consulta de cessação tabágica regista-se a história médica, incluindo antecedentes farmacológicos (já para ponderar eventuais interações/contra-indicações, caso se pretenda prescrever alguma medicação). É ainda avaliada a dependência através de cinco questões, relacionadas com o tempo que se demora a fumar o primeiro cigarro depois de acordar, se tem dificuldades em cumprir as proibições de não fumar, qual o cigarro que teria maior dificuldade de parar de fumar, quantos fuma por dia e ainda se consome enquanto doente/acamado. É também avaliada a fase de preparação para a mudança que o fumador está: não interessado no assunto/agressivo, em pré-contemplação (acha importante mas não dará esse passo nos próximos seis meses), contemplação (planeia dar nos seis meses seguintes), preparação (já tentou ou pretende tentar no próximo mês) e ação (no decorrer do processo). A técnica geral consiste em marcar a data para iniciar o processo até algumas semanas depois: para os dias seguintes não, porque o indivíduo não consegue informar a sociedade do que se propõe, e muitas semanas depois também não, porque pode perder a motivação até lá. É fundamental também que elimine os hábitos e objetos associados ao tabaco… quase todos os cigarros estão “marcados”, ou seja, não são espontâneos mas geralmente inseridos em rotinas diárias… o fumador deve tentar alterar ao máximo esses hábitos, de forma e não estar constantemente a “tropeçar” em situações onde, há anos, é costume fumar, quase de forma instintiva. Em igual posição estão os objetos e o maço em si, ou seja, num segundo de recaída, se apenas for necessário abrir uma gaveta para ter acesso a isqueiro e cigarros, mais fácil será fumar, do que se tiver de sair de casa ou do emprego, para comprar

isqueiro e cigarros, situação essa que mais facilmente conseguirá controlar e manter a abstinência. Aliás, este é um ponto fundamental: abstinência total!!! Faz parte da mentalidade de um dependente achar que controla a situação… por vezes o processo de cessação tabágica é tão suave que, meses depois, numa ocasião especial, o indivíduo pensa: “afinal foi muito mais fácil do que eu pensava… afinal eu até controlo isto… por isso não há problema em fumar aqui só um cigarro, certo?...” e de facto nesse dia ou semana pode ser só um… mas depois lá vem outra vez a mentalidade do dependente: “afinal até fumei e controlei-me… não sou dependente… posso perfeitamente dar-me ao luxo de fumar esporadicamente, porque gosto e porque nunca voltarei ao meu patamar anterior…” e, num estante, o consumo volta ao habitual. Para quem fuma até dez cigarros por dia e/ou apresenta uma baixa quantificação de dependência (questionário já mencionado) deverá tentar parar sem qualquer medicação, tirando um cigarro/dia/semana; ou seja, marca a data para iniciar o processo (como já se referiu) e deixa de andar com o maço de cigarros; passa a usar um maço vazio ou uma cigarreira… por exemplo, se se tratar de um fumador de cerca de dez cigarros por dia, na véspera do dia que combinar consigo começar deverá meter no tal maço vazio ou na cigarreira dez cigarros e, no dia seguinte, nunca exceder tal, religiosamente, fazendo o mesmo em todas as vésperas dessa semana; quando completar a semana, passar a meter nove, na outra semana oito cigarros e assim sucessivamente, até zero… A grande vantagem deste método é que, dada a redução suave no consumo das substâncias inseridas no cigarro, a abstinência ou não surge (muito raro) ou aparece num formato mais suave, que permite que o fumador a tolere… após o seu término (nomeadamente no seu componente físico) o ex- fumador deixará de sentir sintomas por não estar a consumir. Para consumos superiores a dez cigarros por dia e/ou um patamar de dependência superior, poderá estar recomendada a abordagem farmacológica. No nosso país dispomos de métodos altamente eficazes como a terapia de reposição de nicotina (transdérmicos- pensos, spray nasal e as pastilhas). Nos últimos anos surgiram também fármacos “estabilizadores do humor”, “primos” dos anti-depressivos clássicos que também podem ser recomendados em alguns casos. ■

Ana Maria Araújo

Médica Dentista OMD nº 13206 colaboradora Centro Visage Registo ERS nº. E111677 Parceiro da www.girohc.pt/

PROBLEMAS DENTÁRIOS E A DIABETES MELLITUS

A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica caracterizada pela produção insuficiente de insulina ou utilização inadequada desta hormona pelo organismo. A DM envolve um grupo de alterações metabólicas que culminam num estado de hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue), com consequências ao nível da produção de energia indispensável a um normal funcionamento do organismo e que podem ser acompanhadas de graves complicações médicas. Apesar do impacto da Diabetes Mellitus no estado de saúde geral ser amplamente conhecido, a sua relação com problemas dentários é por muitos desconhecida. Assim, exploraremos de que forma esta doença pode afetar negativamente a Saúde Oral do paciente diabético e a importância que os cuidados de higiene oral podem ter na sua saúde geral. Uma das complicações mais comuns do paciente diabético é a Doença Periodontal - uma inflamação crónica, com origem bacteriana e de caráter progressivo que afeta a gengiva e estruturas de suporte dos dentes. A Doença Periodontal e a Diabetes Mellitus têm uma relação de natureza bidirecional: se por um lado, a inflamação crónica da Doença Periodontal pode afetar negativamente o controlo glicémico do doente, por outro lado, esta hiperglicemia pode potenciar a rápida progressão da Doença Periodontal.

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Além disso, a sensação de boca seca (xerostomia) e a diminuição do fluxo salivar (hipossalivação) são muito prevalentes na população diabética e provocam a alteração da capacidade tampão da saliva e a secura das mucosas, com consequências ao nível do aparecimento de úlceras e traumas nos tecidos moles, associados a um período de cicatrização mais prolongado, alterações de paladar, mau hálito e ao síndrome da boca ardente - descrito como uma sensação de ardência da mucosa oral sem alterações clinicamente evidentes. Adicionalmente, os níveis elevados de açúcar no sangue em conjunto com a diminuição da produção salivar do paciente diabético favorecem um ambiente propício ao crescimento de microorganismos na cavidade oral, como acontece com o fungo responsável pela Candidíase Oral. Desta forma, a Saúde Oral está envolvida no controlo glicémico do paciente diabético e, como tal, é fundamental consciencializar a população para as medidas preventivas que devem adotar. Manter uma boa higiene oral, consultas periódicas no Médico Dentista e alertá-lo sempre para qualquer alteração no seu estado de saúde geral são essenciais para uma atuação precoce, minimizando possíveis complicações da Diabetes Mellitus. ■


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Joana Resende PS Sexta-feira 13 não foi dia de azar; antes pelo contrário! Na passada sexta-feira, 13 de outubro de 2023, foi apresentada em Gondomar a nova expansão do metro do Porto, e mais concretamente os concursos para os anteprojectos dos novos 4 traçados de linha – Gondomar, Matosinhos, Trofa e Maia. Na sessão, que contou com a presença do primeiro-ministro, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, e autarcas da região, António Costa referiu que espera que “daqui a seis, sete anos” (2030), as novas linhas estejam a ser inauguradas. “A urgência climática exige urgência na ação”, acrescentou, para quem “o investimento em mobilidade é es-

Maribel Fernandes PSD No passado dia 13 de outubro, foi feito no Auditório Municipal de Gondomar, numa cerimónia presidida por António Costa, mais um anúncio, desta vez, o do lançamento do concurso para a execução dos anteprojetos e desenvolvimento dos

Pedro Carvalho CDS-PP A Praça Manuel Guedes onde designadamente se encontra o edifício dos Paços do Concelho, tem vindo nos últimos anos a definhar e perder muita da sua relevância sendo, cada vez mais, um espaço votado ao abandono sem qualquer atractividade no contexto da cidade de Gondomar. De facto, aquela que há quinze anos, era a zona mais movimentada da Sede do Concelho, sendo inequivocamente o polo maior de uma centralidade que a cidade justificava, viu completamente aniquilada tal tendência, transformando-se inadvertidamente num mero local de passagem, fruto de uma requalificação efectuada que não deixou alternativas a qualquer

Paulo Silva CDU O primeiro-ministro e outros responsáveis políticos nacionais, regionais e locais estiveram recentemente na cerimónia que anunciou o início do procedimento para a construção de novas linhas de metro, incluído a chamada linha

OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

METRO DOURADO NUMA SEXTA-FEIRA 13 trutural”. Já o nosso presidente, Marco Martins, realçou que “Gondomar era o único município do primeiro anel da área metropolitana que não tinha metro na sua sede, um erro da primeira fase”, elogiando o traçado da nova linha, entre o Estádio do Dragão e Souto, já que “serve melhor” aquele concelho, mas também a zona oriental do Porto. Esse traçado, intitulado pelo autarca de “Linha Dourada”, terá uma extensão total de 6,9 quilómetros e oito estações: Estádio do Dragão — São Roque — Cerco — Lagarteiro — Lagoa — Valbom — Hospital Fernando Pessoa — Oliveira Martins - Souto. A muito ambicionada “Linha Dourada” desempenha um papel fundamental na promoção do desenvolvimento regional do nosso Concelho, quer na melhoria da qualidade de vida, quer na criação de oportunidades económicas. Não se resume a ligar geograficamente duas grandes áreas como Porto e Gondomar, mas também a conectá-las social e economicamente, tornando-as partes integrantes de uma região mais dinâmica e coesa.

Numa primeira leitura, podemos antever que a existência de uma linha de metro ao centro do concelho torna Gondomar mais atrativa para investidores e promotores imobiliários. A centralidade do metro aumenta o valor do tecido imobiliário, e promove o desenvolvimento de infraestruturas residenciais e comerciais. Por outro lado, esta ligação permite aos estabelecimentos comerciais locais alcançar um público mais vasto, já que mais pessoas do Porto e de áreas vizinhas têm acesso fácil a lojas, restaurantes e serviços em Gondomar, o que pode impulsionar o setor do comércio local. Proporciona ainda uma alternativa eficiente e económica ao transporte rodoviário, reduzindo os custos de mobilidade para os gondomarenses, que podem evitar gastos com combustível, manutenção de veículos e estacionamento, libertando recursos financeiros para outras despesas e investimentos locais. A infraestrutura de transporte público eficiente é frequentemente um fator importante para atrair investimentos estrangeiros, ou seja,

empresas que consideram a região do Porto para expandir as suas operações podem ser atraídas pela acessibilidade proporcionada pelo metro, o que, por sua vez, cria empregos e estimula o crescimento económico. Não menos importante, e realçando a nossa riqueza cultural, bem como paisagens naturais, amplamente divulgados pelo Turismo do nosso concelho, a “linha Dourada” pode atrair mais turistas da cidade do Porto e de outras regiões, beneficiando o investimento na instalação de hotéis, restaurantes e a indústria turística em geral. Estamos por isso perante um dos maiores e mais relevantes investimentos estratégicos a longo prazo. À medida que ambas as áreas crescem, a solicitação por transportes públicos só aumentará. Portanto, a construção e manutenção desta linha é um passo importante na preparação para o futuro, garantindo que o transporte seja eficiente, sustentável e acessível para as gerações atuais, e principalmente para as que ainda virão. ■

GONDOMAR JÁ PODIA TER METRO ATÉ AO CENTRO DO CONCELHO DESDE 2011! estudos de impacto ambiental de quatro novas linhas de Metro na Área metropolitana do Porto, em que se insere a ligação do Estádio do Dragão ao Souto, em Gondomar, na sequência do protocolo também celebrado em Gondomar, já em 2020, para a realização de estudos que visavam a expansão da rede da Metro do Porto. A ligação do Metro ao centro de Gondomar é uma reivindicação que se vem arrastando há muitos anos, estando prevista no

plano de expansão da Metro desde 2008, entretanto cancelada, por influência dos ex-presidentes de Junta das Freguesias de Baguim do Monte e de Rio Tinto, este último, atualmente presidente da câmara de Gondomar, decisão essa que fez com que os Gondomarenses, ficassem, desde 2011, com uma linha de Metro amputada em Fânzeres e à distância de cerca de quatro quilómetros do centro. A linha agora anunciada, a existir, será

melhor do que nada, mas está longe de ser o ideal para o concelho, acabando pelo seu traçado servir mais o Porto do que Gondomar. Por isso, o PSD continuará expetante e atento ao desenvolvimento deste processo, cuja finalização está prevista para 2029, não deixando de reivindicar as melhores soluções para os Gondomarenses. Os Gondomarenses merecem MAIS E MELHOR! ■

encerramento dos serviços da Câmara Municipal, o já parco movimento da Praça anula-se completamente, contando-se pelos dedos quem por ali passa. E, obviamente, que tal realidade atrai a atividade de quem sendo “amigo do alheio”, opta por aqui espraiar a sua sorte, praticando assaltos e actos de vandalismo, tornando a Praça um lugar que começa a ser inseguro para todos. Urge, portanto, alterar significativamente este pesado enquadramento fático, potenciando a renovação de fachadas e edifícios, como também redefinir a circulação automóvel mediante, porventura, o redimensionamento da Praça e a ampliação da plataforma dos arruamentos existentes. O chamado Auditório, implantado no interior da Praça, de há muito que não tem qualquer utilidade estando votado ao esquecimento e á degradação, clamando uma intervenção

que o potencie ou então, que seja desmontado definitivamente e substituído por uma solução integradora, qual seja. Os Paços do Concelho são, em regra, um polo de atractividade e uma espécie de cartão-de-visita em qualquer Concelho, nada justificando que Gondomar seja uma enorme excepção a tal regra, mantendo a Praça Manuel Guedes no estado ultrapassado em que se encontra e sem que sejam tomadas quaisquer iniciativas tendentes a obviar a tamanha e inadvertida realidade. Não visamos inculpar ninguém pela inercia demonstrada em suster este abandono crescente a que tem sido votada a Praça. O nosso intuito é claramente alertar quem de direito, os responsáveis municipais, para a premência em se repensar o futuro deste espaço, por forma a que readquira a dinâmica e a dignidade que merece, e que já teve. ■

A PRAÇA MANUEL GUEDES redefinição da dinâmica que a caracterizava. A indicada requalificação ao, designadamente, reduzir as plataformas das ruas existentes, ao definir a circulação automóvel em regime de sentido único, ao tornar privativa a rua que atravessa a Praça a meio, condenou qualquer intenção de crescimento da atividade comercial que por lá se desenvolvia, pois implicou um enorme desincentivo em circular naquela zona, considerando os inoportunos constrangimentos na mobilidade automóvel. Não fora a atividade da Câmara Municipal implantada no núcleo da Praça e todo o panorama seria dramaticamente mais gravoso ainda, no que concerne com a dinâmica funcional da Praça Manuel Guedes. Com efeito, o comércio outrora dinâmico e diversificado, é hoje praticamente inexistente. Os edifícios circundantes da Praça estão maioritariamente devolutos e em crescente estado de deterioração. Após as 17h30 horas, com o

TRÊS APONTAMENTOS SOBRE O METRO EM GONDOMAR dourada que fará a ligação ao centro de Gondomar, o único concelho do primeiro anel do Grande Porto que não tem metro no centro da cidade. Não há dúvida que estamos perante um anúncio cuja concretização terá significativo impacto para os gondomarenses. No entanto, há três apontamentos que queremos deixar: 1. Apesar de acabar por ser concretizado o último trajeto proposto pela atual maioria do PS Gondomar, a verdade é que não podemos deixar de lamentar o facto de ter sido abandonada

a proposta anterior da linha passar pelo centro de Valbom e respetivos núcleos populacionais, cedendo-se assim aos interesses do Presidente da Câmara do Porto. 2. É profundamente negativo para a credibilidade da política e das instituições que Marco Martins e a sua equipa tenham iniciado e venham a terminar funções sem que as populações beneficiem efetivamente deste equipamento, perante opções que, não sendo da sua responsabilidade direta, não podem ser desligadas da ausência

de uma intervenção continuada e persistente da atual maioria e de promessas feitas que não tinham qualquer sustentabilidade. 3. Muito importante a ligação da rede de metro ao centro do concelho, cuja concretização deve ser prioritária, mas sem perder de perspetiva quer o fecho da ligação ao Metro de Fânzeres, quer a criação de uma rede pública de transportes que assegurem a mobilidade interna dos gondomarenses, criando uma rede que ligue as restantes freguesias com esta futura realidade. ■


OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

VIVACIDADE | OUTUBRO 2023

SOBRE A PALESTINA Apesar de questões pertinentes como o orçamento de estado ou a crise da habitação cada vez mais presente no nosso dia a dia, é impossível ignorar o conflito na palestina que todos os dias nos entra em casa pela televisão em todos os noticiários. Se é verdade que o ataque de dia 7 de outubro pelo Hamas ceifou cerca de 900

vidas israelitas, também é verdade que as represálias de Israel na faixa de Gaza têm vitimado milhares de palestinianos, bem como instalações essenciais como hospitais que se encontram neste momento lotados e sem recursos para ajudar as vítimas que se acumulam. Os mais afetados com este conflito que se

arrasta há anos são os civis inocentes que estão no meio do fogo. Com o bloqueio de Israel, cada vez mais vítimas tentam fugir para sul, apesar desta guerra parecer alastrar a todo o território palestiniano que muitos apelidam de “maior prisão a céu aberto”. Resta esperar pelo cessar-fogo. O ataque do Hamas deve ser repudiado, mas não

METRO EM GONDOMAR (SOUTO), SÓ EM 2030. Não gosto nem quero ser o pessimista de serviço, nem tão pouco o “velho do Restelo” mas existem coisas que na minha cabeça não fazem sentido nenhum. Comecemos do início… Podemos dizer sem reservas, que infelizmente a sorte foi madrasta no que toca às opções do Metro para Gondomar. Passados mais de 20 anos da inauguração da primeira linha do Metro do Porto (2002), Gondomar continua a ser o único Concelho onde este meio de transporte

não chega à sua sede. Em 2020, já tinha sido assinado precisamente em Gondomar, o protocolo para a consolidação da expansão da rede de metro e metrobus na área metropolitana do Porto (AMP). Estamos no final de 2023, e o primeiro-ministro António Costa, vem a Gondomar anunciar com pompa e circunstância o lançamento do estudo Concurso Público Internacional para a execução de ante-projectos e desenvolvimento dos estudos de impacto

ambiental. Para mim, certamente como para a maioria dos Gondomarenses, e tendo em conta os problemas da mobilidade no nosso Concelho e a quantidade populacional que se desloca todos os dias para o Porto, esta linha que vai ligar o Dragão ao Souto, já deveria estar mais que pronta e a funcionar. A verdade é que a população não quer saber de cerimónias atrás de cerimónias, anúncios atrás de anúncios, bazófia atrás de bazófia.

SITUAÇÃO PREOCUPANTE Durante o último mês assistimos a uma quase estagnação dos serviços municipais por culpa de um ataque informático. Bem sabemos que situações destas podem ocorrer em qualquer instituição, empresa ou até em nossas casas e felicitamos os trabalhadores municipais e o executivo por terem mantido o município ativo apesar das muitas contingências. O que nos preocupa neste momento é a escassez de informação sobre as consequências deste incidente relativamente, por exemplo, a prazos de resposta do município a variadas situações. Os mesmos fo-

ram afetados? Se sim, quanto tempo? Igualmente, preocupa-nos imenso a questão da segurança. Têm surgido variadas notícias, nos últimos dias, a dar conta de um leilão dos dados do município, onde se incluem os dados pessoais de todos nós. Esperemos que a situação se desenrole num sentido favorável, que as autoridades exerçam as suas funções e que ninguém seja afetado a nível particular por este evento. O PAN Gondomar irá reunir brevemente com o executivo para apresentar as suas propostas para as Grandes Opções do Pla-

no e Orçamento 2024. Uma vez mais, tentaremos incluir no documento, a ser levado a votação na próxima Assembleia Municipal, propostas transversais a todos os setores e que visem melhorar as condições de vida dos gondomarenses, assim como colocar o concelho num nível superior em relação a boas práticas ambientais e de proteção animal. Num contexto social adverso, iremos tentar avançar com propostas para a fixação de profissionais essenciais para o concelho (como professores, agentes da autoridade, etc), assim como melhorar as condições de

SÓ ACONTECE AOS OUTROS No passado dia 27 de setembro fomos confrontados com a notícia de que a Câmara Municipal de Gondomar tinha sido alvo de um ataque informático de grandes dimensões, que colocou em causa não só o normal funcionamento dos serviços municipais, como também informação essencial que, até hoje, não foi – e, infelizmente, dificilmente será – quantificada. Apenas sabemos que incluirá, com a maior das certezas, dados sensíveis de munícipes, bem como documentos vitais que equivalem a anos inteiros de trabalho e que poderão afectar formação e execução de contratos, licenciamentos dos mais diversos tipos, entre

outras circunstâncias que fazem parte do quotidiano do concelho e normal funcionamento de uma câmara. Obviamente que estes atos revoltam e geram um sentimento natural de repulsa sobre os atacantes, mas não podemos, como políticos, ficar por aqui. É necessário apurar não só o que aconteceu como, e mais importante ainda, o que não aconteceu para que este ciberataque fosse possível. A partir de alguma pesquisa foi possível aferir que o ataque se deu via e-mail e, segundo o Health Sector Cybersecurity Coordination Center (HC3), o malware (programa desenvolvido com

intenções maliciosas) utilizado encontrava-se numa fase inicial de desenvolvimento, o que, em condições normais, levaria a que não só fosse identificado por controlos básicos de monitorização como também prevenido e contido por estes. Perante este cenário é seguro afirmar que existiu uma certa leviandade da parte do Executivo em questões de cibersegurança. Esta situação confirma, mais uma vez, aquilo que a Iniciativa Liberal tem vindo a afirmar desde o início: as prioridades erradas do atual executivo socialista. Continuam-se a priorizar investimentos de segunda ou terceira

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Sara Santos BE desculpa os milhares de vidas inocentes perdidas com as retaliações cada vez mais fortes por parte de Israel. ■

Nuno Pontes CHEGA Os Gondomarenses querem ver é os problemas resolvidos, isso sim na minha cabeça é o que faz realmente sentido. Esperemos então até 2030 para que Gondomar tenha finalmente mais uma linha de Metro no seu Concelho.■

Ricardo Couto PAN

vida das famílias gondomarenses. Tal como no primeiro dia que vimos confirmada a nossa presença na Assembleia Municipal de Gondomar, mantemos a crença que Gondomar pode ser um ótimo local para se viver e iremos, uma vez mais, lutar por medidas que permitam ver essa nossa crença concretizada. ■

João Resende Figueiredo IL necessidade, falhando no essencial, optando-se, posteriormente, por remediar em vez de prevenir quando as coisas correm mal. Ninguém viu isto chegar, mas a tragédia estava, pelos vistos, anunciada. Convinha, agora, estar atento aos demais anúncios. Só acontece aos outros, até nos acontecer… ■


NOVO SISTEMA DE ATENDIMENTO ADMINISTRATIVO


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