Jornal VivaCidade outubro 2019

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Promoção válida de 13 de Maio a 31 de Julho de 2019. Para as colecções das marcas Pull and Bear, Amichi, Pepe Jeans, Mango, Custo BCN, Victorio & Lucchino, Pedro del Hierro e Hackett disponíveis em cada estabelecimento Opticalia. Para monofocais: Lentes monofocais orgânicas brancas com índices de refracção 1,50 / 1,60 ou 1,67, com tratamento AR, da linha Vistasoft da Opticalia. Para progressivos, as lentes serão sempre lentes progressivas orgânicas brancas com índice de refracção 1,50 ou 1,60 com tratamento AR, das linhas Basic, Quality ou Prestige, da linha Vistasoft da Opticalia. Para ambos casos, as lentes deverão estar, nos intervalos de fabrico disponíveis dos fabricantes Vistasoft em stock e de fabrico. Financiamento mínimo de 12 prestações e máximo de 60 prestações mensais. TAN E TAEG DO CARTÃO DE CRÉDITO OPTICALIA: 0%. A utilização do crédito está condicionada a uma mensalidade mínima de 9,95€. Crédito disponibilizado pela Abanca Servicios Financieros e sujeito à sua aprovação. As ópticas OPTICALIA atuam como intermediárias de crédito a título acessório e sem carácter de exclusividade.

Ano 14 - n.º 160 - outubro 2019

Preço 0,01€

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida PARQUE NASCENTE, loja 409 EMPORIUM PLAZA, Loja 101

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org

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Francisco Laranjeira:

Cultura

"Penso que vamos fazer história neste mandato"

Rancho Folclórico de Zebreiros: 60 anos de história > Pág. 24

Festas do Concelho: Mais de um mês com muita festa > Pág. 26

▶ Futuro largo de São Brás

Desporto • "Baguim irá chegar aos 7 milhoes de euros de investimento" ● "Estamos de parabéns em relação às obras que têm sido feitas, mas claro que gostaria de fazer ainda mais."

> Págs. 20 e 21

▶ Cemitério de Baguim intervencionado

Gala do Desporto: 5ª edição promete muito glamour > Pág. 29

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2 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Editorial Foto DR

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros leitores,

SUMÁRIO:

FICHA TÉCNICA

Breves

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06

Página 4 Gondomareses lá fora... Página 6

Sociedade

Páginas 8 a 19

Destaque

Páginas 20 e 21

Política

Páginas 22 e 23

Cultura

Páginas 24 a 28

Desporto

Páginas 29 e 30 Empresas e Negócios Páginas 31 a 35

Lazer

Página 36 Opinião Páginas 38 e 39

PRÓXIMA EDIÇÃO 28 NOVEMBRO

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE241A) Redação: Carlos Almeida e Nelson Mota Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade NIF: 507632923 Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200518 Porto Colaboradores: Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Inês Borges, Isabel Santos, Joana Aleixo, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Paulo Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

Abstenção em Gondomar nas legislativas A abstenção em Gondomar e em todo o país continua a registar números preocupantes e os resultados das legislativas deste ano voltaram a confirmar isso.

Foto DR

Muito se tem falado do tamanho do governo. Que é muito grande . Que tem muitos ministros e secretários de estado. Que vai custar 7 milhões de Euros por ano a mais. Sempre que um novo governo toma posse e se prepara para governar eu fico com grande expectativa para ver se, passada a propaganda eleitoral, temos finalmente um governo que promova as reformas urgentes que o estado tanto precisa. Este segundo governo de António Costa tem condições únicas para promover as reformas que entender, solto que está das amarras que foi obrigado a ter há quatro anos e com a disponibilidade total que o dito partido do centro já manifestou pode vir a dar para apoiar reformas concretas. Por outro lado, a quase maioria

absoluta dá a António Costa uma completa responsabilidade para o fazer pois tanto pode governar com apoio da direita (são 7 deputados liberais conservadores e democratas cristãos, certo?) como com o apoio do centro (PSD para os desatentos) como com o apoio do Partido Comunista Português como ainda com o apoio do Bloco de Esquerda. Ou seja António Costa pode fazer literalmente e praticamente o que quiser e com toda a legitimidade. Sinceramente espero que António Costa coloque as suas reconhecidas habilidades ao serviço do país e das reformas necessárias. O problema não será termos 20 ministros e centenas de assessores, secretários e sub secretários. O problema será se não forem capazes de mudar o país que tanto precisa de ser mudado e de começarem já amanhã a fazê-lo.

Onda Rosa “Previne o Cancro da Mama. Liga-te!”. O mês de outubro é o mês de sensibilização para o cancro da mama e a Câmara Municipal de Gondomar em colaboração com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, procuraram alertar para a importância da sua deteção precoce. Por isso, de 15 a 30 de outubro o edifício da Câmara esteve iluminado de rosa.

Viva Saúde Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO

IMPORTÂNCIA DE ANALISES DE SANGUE Estimados leitores, este tema poderá ser considerado por muitos uma chamada de atenção a um tema já de si conhecido e comum... No entanto muitas vezes não é valorizado pelo comum do cidadão. Doenças como Diabetes, Colesterol elevado, Anemias entre muitas outras, são doenças que quando se tornam sintomáticas, já existem há muito tempo e só depois de um acontecimento grave tal como um AVC, desmaio, ou Enfarte se descobre que afinal já havia uma doença prolongada, por trás destes sintomas. A Diabetes por exemplo, que está relacionada com o nível elevado de glicose (açúcar) no sangue, é uma das doenças que mais atinge a nossa população, mais de um milhão em Portu-

gal, que pode provocar graves efeitos negativos no corpo, uns até de tal forma, que provocam a morte. Outras vezes a Diabetes, não mata mas está na génese da formação de graves alterações em órgãos vitais como os olhos, rins, pele e pés, fígado e cérebro. O Colesterol, por outro lado, é um dos indicadores, quando elevado, principalmente o LDL, está diretamente relacionado com o aparecimento de ataques cardíacos, enfartes no coração, que podem deixar graves sequelas, senão mesmo causar a morte. Tudo isto são patologias que podem ser evitadas ou minimizar os seus efeitos de forma a serem tratadas eficazmente. A melhor forma de prevenir é fazer analises ao sangue regu-

larmente, pelo menos anual, em pacientes sem patologia evidente, ou de 6 em 6 meses em pacientes com algum risco, ou com condicionantes hereditárias. Tudo começará com uma consulta de medicina geral e familiar, em que o seu médico avaliará a necessidade de efetuar as referidas analises e tomará a iniciativa de as prescrever de forma a direcionar as suas suspeitas e daí, a prescrever as referidas análises. Pensem nisto e como será muitas vezes mais fácil prevenir do que “remediar” ou tratar uma doença grave já em evolução. Façam consultas médicas de rotina e depois analises, para a PREVENÇÃO DE DOENÇAS...


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Breves Exposição de dinossauros animatrónicos no Multiusos O documentário curto do gondoma- de Gondomar

Paulo Ferreira teve dois documentários premiados no Festival Internacional de Cinema de Turismo ART&TUR em Torres Vedras Foto DR

rense Paulo Ferreira, "Aotearoa - We Are All Made Of Stars" foi vencedor na 12ª edição do Festival Internacional de Cinema de Turismo ART&TUR em Torres Vedras. O filme foi premiado na categoria dos documentários curtos, da competição internacional. Também o documentário "Parque das Serras do Porto", foi premiado, vencendo na categoria Turismo da Natureza no mesmo festival.

Freguesia da Lomba com iluminação pública totalmente LED Foto DR

A EDP Distribuição concluiu recentemente a substituição das últimas luminárias de vapor de sódio existentes na Freguesia da Lomba, concelho de Gondomar, por luminárias de tecnologia LED.

3º Aniversário do Movimento Sénior No passado dia 17 de outubro, no salão paroquial de Fânzeres, celebrou-se a festa do terceiro aniversário do Movimento Sénior, da Junta de União de Freguesias de Fânzeres e S.Pedro da Cova, num espetáculo recheado de música e dança. Foto PSF

Colheita de Sangue Foto DR

No dia 30 de outubro vai realizar-se uma colheita de sangue, com o mote “De cada um para todos”, na Praça do Cidadão entre as 9h30 e as 13h.

No próximo fim de semana de 2 e 3 de novembro, os dinossauros tomam de assalto o Multiusos de Gondomar. Uma grande exposição de dinossauros animatrónicos vindos diretamente dos EUA.

Entre os dias 17 e 27 de outubro, o Município de Gondomar aderiu à semana pelo Combate à pobreza e à exclusão social, com o objetivo de despertar consciências, dando maior visibilidade e um olhar mais atento à promoção da inclusão social.

Apresentação do livro de poesia: "Do Caos às Flores"

"As Ilhas dos Abaeté" em exposição

No próximo dia 9 de novembro, às 21h30, no salão nobre da Junta de Freguesia de Fânzeres, Paula Vilhena apresenta o seu novo livro de poesia: "Do Caos às Flores"

A Exposição de Valter Hugo Mãe "As Ilhas dos Abaeté" está patente na Sala Julio Resende do Auditório Municipal de Gondomar, até ao próximo dia 30 de novembro.

Dia Municipal para a Igualdade

“Atlantic Percussion Group” No passado dia 24 de outubro foi celebrado, na biblioteca municipal de Gondomar, o dia municipal para a Igualdade com um debate intergeracional com a presença da Universidade Sénior de Gondomar, Escola Secundária de S.Pedro da Cova e Movemnto Sénior de Fânzeres e S.Pedro da Cova.

Foto DR

1ª Sinfonia Cómica Portuguesa no Multiusos Subway tem 20 novos ingredientes de Gondomar A cadeia de fast food Subway tem novas propostas para fazer sandes personalizadas. Estes vinte novos ingredientes já estão disponíveis nas 21 lojas Subway portuguesas, incluindo no Parque Nascente em Rio Tinto.

Semana de Combate à pobreza e à exclusão social

No próximo dia 16 de novembro, pelas 21h30, o multiusos de Gondomar vai ser palco da primeira sinfonia cómica portuguesa: Stand Up Symphony, com Fernando Rocha, Rui Xará e Francisco Menezes.

No dia 20 de outubro ocorreu o recital musical “Atlantic Percussion Group”, na Casa Branca de Gramido, inserido no programa música em Família, com José Afonso Sousa e Tomás Rosa na percussão. A iniciativa contou com o apoio da Banda Musical de Gondomar e CM Gondomar.

Apresentação do Filme de Rui Simões no Clube Gondomarense “Do carvão aos resíduos” foi apresentado no dia 29 de outubro pelas 21h30 no Clube Gondomarense e contou com a presença do atual e antigos presidentes da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova



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VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Gondomarenses lá fora...

Mário Silva: “Viajei por todo o mundo e não encontrei comida tão boa e variada como a nossa” Com 29 anos, Mário Silva, natural de Jovim, começou desde cedo a procurar soluções fora de Portugal face à escassa oferta no mercado de trabalho no nosso país. Após uma passagem por Inglaterra, reside atualmente no Dubai como comissário de bordo, naquela que é uma “profissão de risco” que pode chegar às 20 horas por turno. Que formação académica tiveste Portugal? Ingressei no Ensino Superior na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, mas infelizmente não terminei o curso, ficando com o meu progresso académico pelo Ensino Secundário. O que te levou a emigrar? Foram vários motivos que me levaram a emigrar, mas dada a situação sócio-económica em Portugal na altura, com a falta de ajudas a estudantes e a escassa oferta no mercado de trabalho, comecei a procurar outras soluções fora de Portugal. Inicialmente emigrei para a Inglaterra e depois para os Emirados Árabes Unidos. Como é que foi a adaptação a um país novo? A adaptação a um país novo é sempre complicada. Diferentes culturas, pessoas, ruas. Tive a sorte de emigrar para Inglaterra com outros portugueses que eu já conhecia, o que tornou tudo mais fácil. Tinha amigos também nos Emirados Árabes o que também me ajudou imenso na adaptação. Penso que também varia de pessoa para pessoa. Há pessoas que sentem mais saudades de casa e

> Mário em Machu Pichu

dos amigos e familiares que deixaram, há outras que até gostam de estar distantes e conseguem superar este desafio mais facilmente. Consegues falar um pouco mais sobre o teu trabalho? Como é que é o dia a dia de um hospedeiro de bordo? O meu trabalho é considerado uma profissão de risco, mas também bastante gratificante. Estamos sempre com horários diferentes, a trocar as noites pelos dias, a trabalhar turnos longuíssimos, que podem chegar às 20 horas por turno, com jet lag à mistura, falta de sono e refeições todas trocadas. É um ofício que requer muito do corpo e é preciso ter uma atenção especial à nossa saúde e alimentação. Operamos equipamentos gigantescos como o Airbus A380 onde cabem cerca de 600 pessoas e voamos para mais de 160 destinos. Há certas rotas que não gostamos de fazer e há todo um processo de segurança pessoal e do avião que temos que cumprir à regra, mesmo estando esgotadíssimos fisicamente, mas no final tudo vale a pena. Tenho a possibilidade de viajar pelo mundo a trabalho e consigo viajar nas férias a custo reduzido, possibilitando-me ir a lugares que nunca pensei conseguir visitar e isso é bastante gratificante. Porém, o desgaste que o corpo sofre com a constante pressurização/despressurização, levantamento de contentores e carros pesados, dormir em camas com diferentes tipos de colchões e as escalas (horários) bastante preenchidas contribui para um desgaste rápido, fazendo deste emprego algo temporário e que geralmente não excede os 10 anos de carreira, dependendo obviamente da companhia aérea e respetivas autoridades de aviação, no que pode variar o número de horas de voo permitidas por ano. Como é que passaste de medicina dentária para hospedeiro? Que tipo de estudos/formações é que tiveste de fazer? Tudo começou na festa de aniversário de uma amiga que estava a trabalhar como hospedeira de bordo há pouco tempo e falou-me de como

> Estúdios do Hobbit - Senhor dos anéis

tudo funcionava. Sem esperar muito, e como tinha o contrato de trabalho atual a terminar e sabendo que onde estava a trabalhar não estavam a passar pessoas a contrato efetivo, concorri e entrei. Há uma formação bastante complexa e intensa, que dura pouco mais que um mês, em que aprendemos tudo sobre os equipamentos que vamos operar (aviões), todos os procedimentos de emergência e segurança, uso de equipamentos de emergência a bordo como extintores, garrafas de oxigénio e kits de emergência médica, curso sobre emergências médicas como enfartes, AVCs, tromboses venais, ataques de pânico e até parto de bebés. Temos também um mini-curso de sobrevivência em lugares remotos como deserto, oceano, polo ou florestas, curso sobre técnicas anti-terroristas, equipamentos explosivos e como preparar o avião nestes casos, curso sobre gestão de conflitos a bordo com passageiros que desrespeitam as regras impostas pela companhia aérea, que se tornam violentos e/ou embriagados e que possam colocar em risco o avião ou as pessoas nele. Temos também duas semanas de treino sobre serviço a bordo no caso da Emirates, em que temos acesso a todos os detalhes do finedining que a Emirates disponibiliza nos seus voos, sendo a referência de fine-dining em todo o mundo. Continuas a seguir as notícias em Portugal? O que achas que o nosso país podia aprender com os Emirados Árabes Unidos? Acompanho muito por alto, pelo o que me contam ou pelo que vejo na internet. Tenho acesso à RTP Internacional, mas raramente sintonizo a televisão. Na minha opinião, Portugal tem um problema de migração no geral, mas mais propriamente imigração. Há várias pessoas a entrar no país, a conseguir passaportes e vistos de residência com uma enorme facilidade, sem nunca aprender a Língua Portuguesa nem a história de

Portugal, e muitos recebendo ajudas do Estado. Ao mesmo tempo, temos jovens que terminaram estudos universitários e vêem-se forçados a submeterem-se a trabalho precário em Portugal ou emigrar, sem ter qualquer tipo de apoio pelo Estado. Nos Emirados Árabes Unidos não há passaporte dado a quem não nasceu lá e para viver no país é necessário ter um visto de trabalho. Se ficar desempregado, tem que sair do país. Portugal poderia repensar nos benefícios fiscais dados a estrangeiros e valorizar mais o cidadão português. Tencionas um dia voltar de vez para Portugal? Se sim, quando? Estando a morar no Médio Oriente, torna-se mais fácil viajar para este lado do mundo e não há nenhum país como Portugal. Definitivamente quero voltar, mas neste momento é impensável, a minha situação económica atualmente é bastante superior à da maioria dos portugueses e atingi objetivos que nunca poderia ter atingido se ainda estivesse em Portugal. Quero voltar, mas ainda não é já. Tens saudades de Portugal? Do que é que sentes mais falta? Sim claro. Portugal é um país fantástico, apesar de pequenino tem bastante para oferecer. Os espaços verdes que temos, as florestas, as ruas cheias de vida, a facilidade na deslocação, a cultura, as paisagens lindíssimas especialmente nas ilhas... Isto tudo torna Portugal um dos países mais ricos com imenso para oferecer. Sinto falta de poder sair e sentar-me numa esplanada à beira-mar numa tarde de Verão e beber uma cerveja! Aqui nos Emirados Árabes, para além de ser ilegal consumir álcool em público exceto hotéis, chega aos 50 graus no Verão, por isso esplanada está fora de questão! Mas confesso que o que mais sinto falta é a gastronomia portuguesa. Viajei por todo o mundo e não encontrei comida tão boa e variada como a nossa! ■


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Sociedade “Foi um concurso que nos incentivou a dar o nosso melhor e a mostrar as nossas capacidades!”testemunharam os alunos

Campeonato das Profissões São competições dirigidas a jovens entre os 17 e os 25 anos que concluíram ou frequentam um percurso de qualificação, em modalidades de educação e formação profissional. No passado dia 4/10, participaram 6 alunos do Curso Profissional de Técnico de Instalações Elétricas, do AEG1,na prova de pré-seleção para a fase regional da profissão “Eletricidade e Instalações”. Desses, 4 conseguiram a pontuação necessária para o apuramento para a fase regional. “Foi uma experiência única de aprendiza-

gem do que realmente é a profissão. Ajudou-nos a descobrir as nossas verdadeiras capacidades profissionais”, afirmaram os seis alunos que responderam ao desafio proposto pelos seus professores. Estes destacaram o grande empenho e a seriedade com que os alunos se envolveram na prova, apesar do ambiente competitivo, mas saudável, que se viveu. Turma 12º12: Pedro Teixeira, José Ramalho, Leandro Mota, Alexandre Castro, Joaquim Santos e Filipe Moreira

Técnico de Frio e Climatização Técnico de Animação em Turismo Técnico de Turismo Ambiental e Rural Técnico de Auxiliar de Farmácia Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores

Projeto “A a Z: Ler Melhor, Saber Mais”

Curso Profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos No dia 24 de setembro, no âmbito do Worldskills Portugal, o AEG1 contou com a participação dos alunos Bruno Azevedo, Gonçalo Sousa e Ricardo Sousa do 12º ano, do curso de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. “Esta atividade estava dividida em duas partes: na primeira, procedemos à criação e gestão de uma base de dados; na segunda, criamos uma aplicação, cuja fina-

Em próximos concursos, o AEG1 reforçará a participação nos cursos profissionais de:

lidade era gerir os registos da base de dados, de uma forma mais simples”, referiram os alunos. “Conseguimos pôr à prova algumas das aprendizagens feitas ao longo do curso. Além disso, os desafios que nos colocaram também nos obrigaram a aprofundar o que já sabíamos e a procurar novos conhecimentos”, afirmaram os três alunos que se encontram na reta final do seu curso.

As Escolas Básicas de Jovim e Foz do Sousa, do Outeiro, de Atães, de Jancido e de Gens estão a participar neste projeto, promovido pela Fundação Teresa e Alexandre Soares dos Santos – Iniciativa Educação, em colaboração com a Universidade do Minho. O grande objetivo é dotar os alunos, desde a mais tenra idade (2ºano), de competências sólidas ao nível da leitura.

De forma a melhorar a eficiência do ensino profissional e da qualidade das práticas de gestão, o AEG1 está a ser uma Escola pioneira no desenvolvimento do sistema EQAVET em Portugal O EQAVET tem como missão qualificar com rigor, exigência, inovação e profissionalismo dos jovens para um mercado de trabalho competitivo, global e em constante mutação, incutindo atitudes, valores e competências pessoais e sociais. Assim sendo, o seu objeti-

vo destina-se a melhorar a Educação e Formação Profissional (EFP) no espaço europeu. O AEG1 de Gondomar integrou o EQAVET nos finais do ano letivo 2018-2019, tendo como principal finalidade obter o selo de qualidade reconhecido pelo Quadro de Re-

ferência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissionais (Quadro EQAVET), consagrado pela Recomendação de 18/06/09 do Parlamento Europeu e do Conselho de Ministros da União Europeia. A equipa de implemen-

guesa” e das aprendizagens realizadas com os nossos alunos e professores.

Sofianna Spuropoulou e Maria-Elena Chatzipantou são as novas estagiárias Erasmus+ no AEG1. Recém-licenciadas em Educação Especial, pela Universidade de Thessaly em Volos, centro da Grécia, escolheram Portugal para pré-iniciarem a sua carreira profissional. Chegaram no dia 25/09 e ficarão cá, ao abrigo do programa europeu Erasmus+, até final de março de 2020. Ao longo de seis meses, vão

dar a conhecer aos nossos alunos e à comunidade educativa a sua cultura, os seus hábitos e as suas tradições; vão partilhar experiências, comparar vivências e formas de estar em diferentes contextos sociais, promovendo valores como a tolerância e o respeito por outras culturas; vão dinamizar aulas, apoiar a participação dos alunos em concursos e com eles organizar atividades diversas. Estão apaixonadas por Portugal, por Gondomar, pelo Rio Douro e pelo AEG1! Terminados os seus estágios, levarão, certamente, para a Grécia muito da “alma portu-

"We wanted to discover new educational systems and your kind response as a school (the teacher who is responsible for Erasmus+ internship) was the key to take the decision and come to you instead of others." Sofianna Spuropoulou "I love the river, the view from different places in the city and most of all the bakeries and the food." Maria-Elena Chatzipantou

tação do sistema agradece o seu contributo através do correio eletrónico eqavet@aeg1.pt.


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10 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Sociedade

Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

Os seus filhos não gostam de estudar e perdem facilmente a concentração? Saiba o que pode provocar estes sintomas. Os primeiros anos de vida de uma criança são aqueles em que podemos evitar problemas visuais, se estes forem detetados na altura certa. Quando iniciam o seu percurso escolar podem apresentar algumas dificuldades na aprendizagem, e por isso deve-se estar atento a todas as tarefas que realizam. Existem vários problemas visuais mas a hipermetropia é um dos problemas que mais afeta as crianças e muitas vezes não é descoberto atempadamente por não manifestar sintomas. Para além disto, pode desenvolver outros problemas como por exemplo estrabismo e ambliopia (olho preguiçoso). A hipermetropia é um erro refrativo que afeta principalmente a visão de perto, mas também a visão de longe, se o valor desta for elevado. Isto acontece porque o olho é mais pequeno, a córnea é demasiado plana ou o cristalino tem curvaturas diferentes em comparação com um olho normal, e todas estas alterações fazem com que as imagens se foquem depois da retina, sendo que o normal deveria focar na retina. Quando uma criança inicia a aprendizagem manifesta dificuldades principalmente na leitura, mostrando uma leitura mais lenta, queixando-se de dores de cabeça e perdendo muito facilmente a concentração, porque acabam por exercer um grande esforço acomodativo para tentar manter a visão nítida. Uma forma de tratar este problema é através da utilização de óculos que poderão ser temporários ou permanentes dependendo dos valores e do tipo de hipermetropia. Em alternativa pode-se também usar lentes de contacto. Caso verifique que o seu filho apresenta insucesso escolar ou dificuldade em ler e na concentração, queixando-se de dores de cabeça mais ao final do dia, deve suspeitar deste problema e sendo assim é aconselhável marcar uma consulta com um profissional da visão o mais breve possível.

Campanha de Comunicação “Recicla-te” nas ruas de Gondomar Nos dias 2 e 3 de outubro, a campanha “Recicla-te”, promovida pela LIPOR e pelos seus municípios associados, esteve com uma carrinha de rastreio na Praça da Estação em Rio Tinto e no Largo do Souto, respetivamente, para sensibilizar os cidadãos para a importância da reciclagem. Recicla-te! Muda de atitude, muda a tua vida, transforma-te. E assim sim, estarás a ajudar o planeta e o ambiente. Este é o mote da nova Campanha de Comunicação da LIPOR e dos oitos Municípios Associados da LIPOR. Para a promoção da campanha, os cidadãos foram convidados a entrar na viatura indicada para fazer um “rastreio clínico” de forma a diagnosticar os problemas e a esclarecer as dúvidas de cada um em torno dos hábitos de tratamento de resíduos, através de 10 perguntas feitas pelo “doutor” Miguel Laranjeira sobre a reciclagem. “O meu papel aqui é tirar dúvidas às pessoas, esclarecê-las sensibilizá-las para os problemas da reciclagem e do ambiente. Explicar como é que se faz a separação do lixo”, adiantou o ator que encenou o papel de doutor neste rastreio. O rastreio implicou um teste de 10 perguntas de forma a perceber se os cidadãos fazem a distribuição correta nos ecopontos, havendo “uma média de seis a sete respostas certas em dez”, o que segundo o doutor representa “um conhecimento razoável”. Miguel Laranjeira finalizou com um aviso. “Já me apareceram pessoas aqui a dizer que gostavam de praticar a separação

de lixo mas não têm ecoponto perto de casa para o fazer. É uma questão que tem ser resolvida com a Junta de Freguesia de Rio Tinto e pela LIPOR”. Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, mostrou convicção relativamente ao nível elevado de reciclagem na freguesia e lembrou ainda a política forte na questão ambiental, nomeadamente através dos galardões de bandeira verde da Eco Escola em todas as escolas públicas de Rio Tinto, na Universidade Sénior e ainda a conquista da bandeira Eco Freguesia pela Junta de Freguesia. O autarca realçou que este é sobretudo um processo gradual e de mudança de mentalidades. “Os hábitos vão-se mudando e sabe-se que é importante reciclar, por isso é um trabalho já feito e que intensificamos até chegarmos ao ideal que é a reciclagem plena”. Para o Vereador da Câmara, José Fernando Moreira, a campanha “Recicla-te”, é sobretudo uma “campanha de choque”. “É uma campanha em que queremos abanar o coração das pessoas e queremos que as pessoas vão para casa a pensar que todos temos um problema, problema esse que está a a colocar em causa a sustentabilidade dos dias de hoje e muito mais a sustentabilidade futura, dos nossos jovens”. Um dos principais objetivos da campanha é o de clarificar que o lixo e os resíduos não são a mesma coisa e o vereador fez questão de identificar as diferenças. “Existe uma diferença muito grande entre lixo e resíduos, porque o lixo tem um fim muito triste num aterro em que vai demorar anos e anos a poluir os nossos lençóis freáticos e os resíduos não, os resíduos vão ser reciclados e vão entrar na economia circular”. José Fernando Moreira destacou o feedback positivo e a recetividade dos cidadãos à campanha, que segundo ele não deixa quaisquer dúvidas: “Impacto desejado, este é o caminho” ■

> Na foto, José Fernando, Nuno Fonseca e "Doutor Miguel Laranjeira"


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Sociedade POSTO DE VIGIA Manuel Teixeira

* Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

Costa vai geringonçar Com governo pirilampo 1 – Nos dois últimos dias da semana passada foram empossados os novos deputados à Assembleia da República, e a equipa ministerial do maior governo desde a Revolução Democrática. Esta semana será discutido no Parlamento o programa que António Costa se propõe concretizar na legislatura, entrando a vida política na normalidade institucional. Os próximos tempos da governação hão de mobilizar o executivo em torno do Orçamento do Estado, documento chave que vai pautar a ação política no próximo ano. António Costa, em minoria no Parlamento, definiu de forma muito clara o quadro em que vai atuar. Não há acordos escritos com nenhuma força política. Haverá negociações caso a caso, mas só com os partidos à sua esquerda. E não será por falta de negociadores, item a item, que Costa terá dificuldade em entender-se com as esquerdas. Numa equipa de 20 ministros, incluindo o Chefe do Governo, e 50 secretários de Estado, há certamente gente para todos os gostos, e para tocar qualquer instrumento… 2 – A companhia de atores já está em palco, e o objetivo é claro: António Costa vai mostrar que o equilibrismo político-parlamentar lhe será suficiente para cumprir o seu segundo mandato de quatro anos. A regra é simples: O Primeiro-Ministro optou por geringonçar em vez de governar. O que lhe interessa é sobreviver, com o máximo de aplausos. Cabe a cada ministro e respetivos ajudantes interpretar bem o seu papel, de molde a que a orquestra agrade à esquerda, e se torne insensível aos assobios de outros quadrantes. Olhando para os setores mais críticos, e que mais contestação lhe valeram até aqui, o sucesso parece muito difícil. Na saúde, na educação, na justiça, na segurança, e na defesa os ministros são os mesmos. Logo, médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, professores e auxiliares de educação, magistrados e oficiais, guardas, polícias e militares vão voltar à rua. Aliás, estão já anunciadas múltiplas ações de alguns destes setores que prometem luta. 3 – Desta vez, António Costa não terá estado de graça, até porque a maioria dos seus ministros são os mesmos do anterior executivo. Razão suficiente para que trabalhadores e oposições façam ouvir a sua voz, e valer o seu poder. Com um Parlamento mais fragmentado pela representação de novas forças partidárias; com os partidos da geringonça, (comunistas e bloquistas) enfraquecidos em votos e deputados, o PSD é a única força a afirmar-se como alternativa de governação futura. Cabe, por tudo isto, ao PSD consolidar o seu papel de alternância governativa, batendo-se por políticas verdadeiramente social-democratas, personalistas e reformistas. Os mais de 1,5 milhões de eleitores que votaram no único partido que pode constituir a alternância de poder exige que o seu voto seja respeitado. Quem não entender a lição das urnas será cúmplice na degradação política, na descredibilização do partido, e na sua progressiva atomização fragmentária.

Águas de Gondomar e Câmara Municipal de Gondomar doam material didático a unidade de multideficiência de S. Pedro da Cova No dia 17 de outubro, a empresa Águas de Gondomar (AdG) entregou material didático à unidade de Multideficiência a funcionar na EB1 do Passal, em S. Pedro da Cova. A iniciativa insere-se na política de responsabilidade social da AdG, que tem como objetivo contribuir para ajudar a colmatar necessidades que se façam sentir no município de Gondomar e, no caso em particular, apoiar esta unidade de multideficiência a funcionar em S. Pedro da Cova, com material didático necessário na aprendizagem das crianças inseridas naquela unidade. Este apoio insere-se nas políticas e práticas de inclusão em que a empresa se tem empenhado, em estreita colaboração com as entidades diretamente envolvidas, com vista à promoção da qualidade de vida dos alunos com necessidades especiais de estruturas de ensino diferenciado e estruturado. Jaime Martins, diretor-geral da AdG, sublinha a

necessidade de continuar a contribuir para o desenvolvimento das condições de aprendizagem destes jovens e ao mesmo tempo apela a que outros parceiros e outras empresas se juntem à causa. “É necessário apoiar estas instituições, reforçando a sua capacidade didática, minimizando as carências e melhorando a sua capacidade de resposta com condições mais favoráveis para a prossecução do processo de aprendizagem destes estudantes com necessidades especiais. Importa, por isso, que outros parceiros e organizações se mobilizem também para este objetivo”, conclui. Anualmente a Câmara Municipal de Gondomar selecionará uma instituição e conjuntamente com a AdG irão avaliar os apoios e ações a desenvolver, cumprindo assim a sua responsabilidade na promoção do desenvolvimento social, através da melhoria das condições e de bem-estar dos gondomarenses. ■

Projeto “Embrulha.” evita desperdício alimentar em Gondomar No dia mundial da Alimentação, a Lipor e os municípios associados assinalam o alargamento do Embrulha. ao município de Gondomar, que contam assim com 10 restaurantes a associar-se ao combate ao desperdício alimentar. O Embrulha. consiste em disponibilizar, gratuitamente, embalagens biodegradáveis aos restaurantes que tenham a apresentação, preferencialmente, com serviço à travessa. Quando um cliente "Não come tudo embrulha” e leva para casa o que sobrou da refeição. Simultaneamente pretende-se reavivar/recuperar junto do cidadão o comportamento de levar

para casa, comodamente e sem preconceito, as sobras alimentares incentivando-se a utilização de embalagens para as sobras alimentares dos clientes. Desta forma, a rede de restaurantes Embrulha. chega aos 82 aderentes, que diariamente previnem a produção de resíduos alimentares. Durante o primeiro semestre de 2019 foram distribuídas mais de 25 800 embalagens nos restaurantes aderentes, que evitaram a produção de 9,58t de resíduos alimentares e consequentemente a emissão de 2,01t de CO2e. O projeto tem demonstrado que a disponibilização e divulgação de uma embalagem gratuita para as sobras alimentares é uma forma simples de contribuir para a minimização de um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta atualmente. O Embrulha. encontra-se inserido na estratégia de Prevenção da Lipor em curso, em particular na redução da produção de resíduos alimentares. Por isso não se esqueça: Quem não come tudo, Embrulha. ■


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Abertura do ano letivo da Universidade Sénior de Rio Tinto Pelo terceiro ano consecutivo, a Universidade Sénior de Rio Tinto, destinada a todos os cidadãos da freguesia a partir dos 50 anos de idade, iniciou o ano letivo com uma semana de receção aos cerca de 400 alunos inscritos. As atividades realizadas entre 8 e 11 de outubro em Rio Tinto tiveram o propósito de “aquecer os motores” para mais um ano de muito trabalho. Os cerca de 400 alunos seniores inscritos tiveram oportunidade de se reverem, bem como os novos alunos que não quiseram perder a semana de apresentação das aulas. Neste momento, 60 alunos estão em lista de espera porque não têm vagas nas disciplinas e, segundo o Presidente do Conselho Executivo da Universidade Sénior e Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, esta afluência tão elevada é sinónimo da importância do projeto. “Temos também um outro dado importante que em

mais de 300 alunos, foram só cerca de meia dúzia de alunos que não renovaram a matrícula neste ano letivo. O que aqui demonstra a qualidade do projeto e que os alunos se sentem bem”, acrescentou o autarca riotintense. A semana de receção arrancou com a cerimónia oficial no Centro Cultural, com uma sessão pública que contou com um momento musical, o habitual discurso dos oradores e ainda com a apresentação do segundo número do Jornal “Sénior Magazine”. Nos três dias seguintes, seguiram-se, respetivamente, a atividade “Vamos jogar Boccia”, as danças coreografadas do Movimento Sénior de São Pedro da Cova e Fânzeres e finalizou com o baile no Centro de Convívio, algo que para Nuno Fonseca “já ganhou tradição entre os alunos”. O ano letivo decorre entre outubro e julho, e Nuno Fonseca apontou o que é realizado ao longo desses meses. “90% das atividades são aulas na universidade e depois há atividades paralelas os professores fazem visitas de estudo, as atividades normais de uma universidade, uma festa de natal, festa de final de ano e festa da Páscoa”. Num ano que promete ser recheado de iniciativas e desafios, a colaboração e o empenho de

todos os alunos são ingredientes fundamentais, mas o que é mais importante para Nuno Fonseca é que os seus alunos “saiam de casa e

Sociedade

confraternizam”. "Nós criamos laços socias", concluiu Nuno Fonseca.■

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Jornal VivaCidade 30/10/2019

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Cartório Notarial Gondomar Notária Filipa Maia Magalhães

No passado dia 17 de outubro iniciou funções o novo Cartório Notarial em Gondomar, a cargo da Notária Filipa Maia Magalhães, sito na Rua José Saramago, n.º 43, S. Cosme 4420-171 Gondomar (junto à Segurança Social), que funcionará de segunda a sextafeira das 9h às 18h. Serviços prestados: Compra e venda, Doação, Habilitação de Herdeiros, Partilhas, Hipotecas, Testamentos, Procurações, Certificados, Traduções, Certidões, Autenticação de documentos, Reconhecimentos, Registo Predial, Automóvel e Comercial, Constituição de Sociedades On-Line. Contactos: geral@notaria-filipamagalhaes.pt Tel. 224 630 926 Fax. 220 400 995 www.notaria-filipamagalhaes.pt

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Já arrancou o novo ano letivo na Universidade Sénior de Gondomar A Semana Académica do novo ano letivo iniciou com a assinatura do protocolo de colaboração entre União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim e a Câmara Municipal, seguindo-se várias atividades que decorreram ao longo da semana. “Aqui fazemos as pessoas felizes”, foi uma das frases de destaque do Presidente do Conselho Executivo da Universidade Sénior e Presidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, António Braz, na assinatura do protocolo com a Câmara Municipal, cuja verba se destina para a ajuda do pagamento da renda mensal das instalações, onde funcionam as atividades letivas. Para António Braz o principal mote da Universidade Sénior, para além de dar felicidade às pessoas é o de combater a solidão.” Nós te-

mos consciência que com Universidade Sénior damos um “abanão” na solidão das pessoas. Temos consciência que uma parte significativa das pessoas que estão aqui, se não fosse a Universidade Sénior sentiam-se sós e tristes e por isso, sentimos que as pessoas estão sempre ansiosas pela abertura do ano letivo”. O autarca gondomarense recordou que no ano passado fecharam com cerca de 360 alunos e relembrou que a procura é sempre muito grande o que faz com que algumas das disciplinas fiquem sem vaga. “O nosso objetivo, que já vem do ano passado, é chegar aos 400 alunos que é a capacidade que temos. Estamos bastante confiantes que este ano vamos lá chegar. As inscrições neste ano já são superiores às do ano passado e continuamos a aceitar porque temos algumas disciplinas que podem comportar mais alunos, mas noutras já não”. A Universidade Sénior de Gondomar já venceu vários prémios dentro da RUTIS (Rede de Universidades Seniores) e voltam a apostar neste ano para que tenham uma participação positiva que lhes permita obter uma boa classificação. Em relação às atividades realizadas, decorreu uma aula de Ginástica Sénior do professor Eduardo Jamal. PUB

Por sua vez, a inauguração da biblioteca Dr. Santos Castro foi adiada mas entretanto já se realizou no dia 23, houve espaço para a “Gastronomia com Degustação” com a Atual

Sociedade

Gest, aula de Zumba, duas aulas com o Professor César Santos Silva, aulas de Informáticas Passo a Passo e a semana culminou com o Baile de Outono. ■

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16 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Sociedade OPINIÃO Joana Simões

Gondomar recebeu Ação de Capacitação “FATURA AMIGA” Decorreu no dia 27 de setembro, no Gold Park em Gondomar, a Ação de Capacitação “Fatura Amiga: Damos mais do que umas luzes” promovida pela DECO com o apoio Câmara Municipal de Gondomar. Esta ação, realizada em parceria com a Agência de Energia do Porto, pretendeu capacitar os técnicos que, por beneficiarem de um contacto direto e presencial com as famílias, podem ajudar os consumidores nas suas decisões de consumo energético com vista à redução do valor mensal da sua fatura e para um uso mais eficiente da eletricidade. Participaram nesta ação de formação certificada 28 técnicos de diferentes entidades, especialmente dos gabinetes de ação social dos municípios e de diversos serviços municipais de informação e apoio ao consumidor. O projeto Fatura Amiga disponibiliza ainda a plataforma www.fatura-amiga.pt com uma ferramenta que permite aos consumidores um melhor controlo dos seus consumos para uma mais fácil poupança de energia. Esta atividade decorreu no âmbito do protocolo de colaboração entre a DECO e a Câmara Municipal de Gondomar.

José Saramago, Teresa Salgueiro e 44 mensagens de Valbom para o mundo De forma a celebrar o Dia Nacional da Paralisia Cerebral, a APPC divulgou no dia 20 de outubro um vídeo que deu a conhecer 44 depoimentos, mensagens, protestos e desabafos de utentes, familiares, colaboradores, amigos e parceiros da instituição. A APPC deixou a sua marca no Dia Nacional da Paralisia Cerebral e, tanto a cantora Teresa Salgueiro, que “emprestou” a voz e o tema “#alegria” bem como Pilar del Río, mulher de José Saramago (autor do poema interpretado por Teresa Salgueiro), associaram-se à data. “É uma marca de todos nós, pessoas com e sem paralisia cerebral, sem distinções”, referiu a instituição em comunicado. Teresa Salgueiro inspirou-se num poema de José Saramago e transformou-o em canção. No vídeo promocional do tema contou com a participação de 44 personalidades, de diversas áreas, defendendo a “hashtag” #alegria. A Associação do Porto de Paralisia Cerebral, por seu turno, preferiu o (quase) anonimato também de 44 pessoas que têm algum tipo de ligação à instituição: enquanto parceiros, a título profissional, afetivo ou, naturalmente, de clientes dos distintos serviços. “O nosso desafio ao universo da APPC, lançado no início de outubro, era fazerem uma mensagem que desmistificasse os preconceitos que muitos ainda associam à Paralisia Cerebral. Sim, para alguns é um ‘problema’, mas é algo que, por norma, nos faz encarar a vida com alegria”, destacou Abílio Cunha, Presidente da Direção da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. “Curiosamente, uns dias depois, tivemos conhecimento do lançamento do tema #alegria, de Teresa Salgueiro. E que melhor escolha haveria para ‘ilustrar’ as nossas palavras, tendo por base palavras de José Saramago?”, destaca. Depois, recorda Abílio Cunha, “sem grandes expectativas fizemos o desafio à cantora... que aceitou!” Da parte de Teresa Salgueiro a resposta foi imediata. Um dia depois, por telefone, a cantora respondia afirmativamente ao desafio criado por um dos utentes da “Villa Urbana” de Valbom (Gondomar), e mostrava-se “sensibilizada” pela escolha de uma sua música para “abordar as alegrias e tristezas das pessoas com paralisia cerebral”.

O tema #alegria foi tornado público no dia 7 de outubro. Dois dias depois a APPC solicitou autorização a Teresa Salgueiro para utilização pública do tema em causa e a artista autorizou – enquadrando-o com as frases que estavam a ser “recolhidas” junto do universo da instituição e que, também, apelavam a uma mensagem de alegria sobre as comemorações do Dia Nacional da Paralisia Cerebral. Além da música e do poema “emprestados” à APPC, a destacar a produção vídeo de Vasco André dos Santos. O vídeo em questão está disponível no “site” institucional e no Facebook da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. Este ano, em Portugal, as comemorações do Dia Nacional da Paralisia Cerebral realizaram-se em Guimarães entre os dias 18 e 20 de outubro. Por iniciativa da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) e da Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães (APCG) realizou-se um programa de atividades que se dividiu pela vertente cultural e desportiva, assim como pela formação e informação sobre algumas das principais questões relacionadas com a Paralisia Cerebral. De recordar que a Assembleia da República instituiu, em 2014, 20 de outubro como o Dia Nacional da Paralisia Cerebral (resolução n.º 27/2014, de 7 de março, aprovada por unanimidade). E, desde então, a organização das comemorações passou a ser da responsabilidade, em cada ano, de uma associada da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral. ■


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Sociedade

“Sport 4 all” é o único projeto português e um dos 15 finalistas europeus a representar o Corpo Europeu de Solidariedade entre 5000 candidatos A Associação Social de Silveirinhos (ARCSS), candidatou-se para representar e ser a imagem do Corpo Europeu de Solidariedade e o projeto “Sport 4 all” foi um dos 15 finalistas escolhidos entre 5000 candidatos europeus. “Sport 4 all”, como o próprio nome indica, consiste em desporto para todos e trata-se de um projeto integrado no Corpo Europeu da Solidariedade que dá aos jovens a oportunidade de fazer voluntariado ou de trabalhar em projetos, no próprio país ou no estrangeiro, em benefício de pessoas e comunidades de toda a Europa. Esta nova iniciativa da União Europeia foi “agarrada” pela ARCSS, que recebeu no passado dia 17 de outubro um representante da Comissão Europeia que visitou o espaço para recolher imagens e informação sobre o projeto “Sport 4 all”, desenvolvido pelo jovem André Pinto.

André Pinto já estava ligado à associação ainda antes do seu projeto arrancar em março, onde desempenhava as funções de técnico desportivo, era responsável pelas candidaturas a projetos de Erasmus, bem como de toda a logística de organização de eventos. “O projeto também existe para dar um apoio à contratação, no meu caso específico o projeto deu uma verba para apoiar a instituição, apoiar a contratação e para fazer um contrato de trabalho normal”, esclareceu. O projeto “Sports 4 all” alberga um grupo de 18 a 20 a participantes com deficiências ou doenças mentais e André Pinto explicou como o desporto, bem como a dança, o teatro e a música são um veículo que levam à melhoria no processo de integração deles. “Temos o António que é surdo, por exemplo, a Dulce não tem as pernas e é invisual. O António quando chegou cá estava num grau de obesidade elevado agora já emagreceu e perdeu cerca de 8-9 quilos. A Dulce quando chegou aqui nem conseguia andar na cadeira sozinha precisava de alguém a lhe empurrar agora sai e desce da cadeira sozinha, veste-se sozinha e faz a higiene pessoal sozinha”. Para realizar os treinos e as avaliações, André Pinto esclareceu qual a metodologia de trabalho adotada. “Nós temos valores de referência de

pessoas que não têm deficiências ou limitações e quando nós fazemos os testes de educação física e de aptidão com eles, comparamos os valores, vemos que há uma diferença um pouco notória e nas reavaliações que fazemos de 2 em 2 meses, temos vindo a notar uma curva de melhoria a aproximarem-se dos valores ditos “normais””. Para além da Educação Física, a associação dispõe de um vasto leque de atividades como a natação, Hipoterapia e jogos tradicionais adaptados, que contribuem para que os seus participantes melhorem em todos os níveis. André Pinto revelou ainda que criou a sua própria

associação que se encontra integrada na sede, a Aventur. “É uma associação exclusiva para a promoção do desporto, da mobilidade e da aventura e também desenvolvemos projetos ligados ao desporto, organização de eventos, apoio a jovens que estão em situações menos favoráveis e querem continuar a estudar”. “Sports 4 all” que arrancou em março, termina em março do próximo ano e André Pinto acredita que é um projeto com grande margem de progressão, uma vez que “para além de ter ganho a distinção entre milhares de projetos, já começou a ser replicado por outras entidades”. ■

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18 VIVACIDADE SETEMBRO 2019

Sociedade

25º Aniversário da Direção do Colégio Paulo VI No dia 11 de outubro, a Direção do Colégio Paulo VI celebrou 25 anos de existência, que contou com uma cerimónia solene de comemoração. O dia 11 de outubro foi um dia especial para o Colégio Paulo VI. A partir das 14h30, no recreio exterior das instalações do colégio comemorou-se o Dia do Colégio, com várias atividades a serem desenvolvidas para todos os alunos. Já no encerramento às 17h30, realizou-se uma cerimónia solene de comemoração em que se revelou a placa simbólica dos 25 anos da Direção do Colégio Paulo VI Para Dulce Machado, diretora do Colégio Paulo VI há 25 anos, a celebração desta data foi um motivo de orgulho e felicidade. “O dia de hoje é um dia muito especial e estou muito orgulhosa de tudo e de aquilo que o colégio é tanto a nível do concelho, como a nível nacional a todos os níveis, tanto a nível académico como a nível dos

resultados no ranking, mas também em todas as atividades que fazemos desde as atividades desportivas e as competições”. Dulce Machado revelou que sente a mesma felicidade e gosto pelo projeto que abraçou há 25 anos e destacou a importância de manter ao longo de tantos anos “uma cultura familiar”. “Estamos sempre presentes. Os alunos estão bem entregues aos professores, aos diretores de turma, às educadoras e, portanto, sentimos que os pais estão contentes com o trabalho que que vamos fazendo”. Para além da comunidade e da família, Rui Castro, diretor do Colégio Paulo VI, destacou a competência dos profissionais que exercem no colégio. “Desde o dia 1 que nós contratamos os melhores professores que haviam à disposição e foi com esses professores de excelência que conseguimos reconstruir a imagem do colégio. Os dois pilares: ter uma relação próxima e de cumplicidade com as pessoas e a competência”. Questionada acerca dos momentos mais marcantes ao longo destes 25 anos de direção, Dulce Machado elegeu o trabalho diário como ponto de maior destaque. “Aquilo que me mais me vai marcando ao longo

dos 25 anos é o que se vai vivendo no dia a dia em que tentamos manter a cultura familiar. Ao lado desta cultura familiar que queremos criar, pretendemos também aliar a parte da experiência académica”. Já Rui Castro admitiu não ser fácil escolher apenas um momento, uma vez que se trata de “um dia a dia absorvente”, mas também fez a sua escolha. “Do ponto de vista emotivo, o primeiro aluno filho dos nossos alunos

que se veio cá matricular. Neste momento o aluno mais velho que é filho de alunos nossos já está no 11º ano. As pessoas depois de saírem daqui, terem as suas profissões e constituírem família, voltarem a inscrever os filhos no colégio onde andaram é um duplo reconhecimento. Todos os pais querem o melhor possível para os filhos e se eles escolhem outra vez este colégio é porque levaram daqui o melhor”. ■

Mesoterapia - Medicina Física e de Reabilitação Margarida Cantista, médica do Hospital Fernando Pessoa explicou ao VivaCidade a importância da Mesoterapia na reabilitação física das pessoas. A Mesoterapia consiste numa técnica de administração de medicamentos sob a pele através duma pequena picada superficial. Para tal utiliza-se uma agulha muito fina e curta, o que torna o tratamento praticamente indolor. Esta técnica permite a deposição do medicamento no local da lesão, com uma duração do efeito mais prolongada e com uma probabilidade de efeitos secundários muito rara. A injeção pode ser realizada manualmente mas é mais frequentemente assistida com recurso a uma “pistola”

(ilustrada neste folheto). O tratamento deve ser aplicado exclusivamente por um médico. Trata-se de um método extremamente seguro. O material é esterilizado e de uso único (descartável). Que doenças podem ser tratadas? A mesoterapia é utilizada no tratamento da dor. Dentro das suas principais indicações destacam-se as patologias localizadas do aparelho músculo esquelético (ex: artrose, tendinites, bursites e fasceítes, entre outras) que se podem manifestar nos vários segmentos e articulações (coluna vertebral, ombro, anca, joelho, cotovelo, tornozelo, entre outros). Que medicamentos são utilizados? Geralmente é administrada uma mistura de 2 a 3 medicamentos. As classes de medicamentos mais utilizadas são os anti-inflama-

tórios não esteróides, os relaxantes musculares e os anestésicos locais. Quantos tratamentos são necessários? Não existe um número fixo de tratamentos prédeterminado. Este é definido pelo médico e dependerá de vários fatores, nomeadamente da patologia em causa bem como da resposta verificada ao tratamento. Geralmente são realizadas 3 a 4 sessões de tratamentos, com uma periodicidade semanal.

plaquetários, anti-hipertensores, antidiabéticos, antibióticos, etc) devem também ser referidos ao seu médico. ■

Existem contra-indicações? As contra-indicações para o tratamento são aquelas ligadas aos medicamentos (ex: alergias) e ao modo de administração (existência de infeção ou alterações da integridade da pele). A realização de tratamento com anticoagulantes não é uma contra-indicação, mas deverá informar o seu médico. Os restantes tratamentos em curso (antiagregantes PUB


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20 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Destaque

Um dia com o presidente da Junta de

Francisco Laranjeira: “Sozinho não consigo fazer nada, e Texto e fotos: Nelson Mota

Para o presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Francisco Laranjeira, o dia começa cedo. Entre as 8h30 e as 9h chega àquela que é a sua segunda casa (e muitas vezes primeira) desde 2017: a Junta de Freguesia. A primeira tarefa do dia já se tornou um hábito e é no seu gabinete que o presidente “despacha todo o expediente”. De seguida, dirige-se aos armazéns onde orienta o pessoal de rua e os encarrega dos serviços a serem feitos. Ainda na Junta e após acabar o expediente, Francisco Laranjeira procura resolver os problemas dos baguinenses que buscam o seu auxílio, sendo que o dia próprio para o atendimento é à terça-feira onde atende cerca de 8 pessoas, sobretudo na parte da tarde, mas mesmo em outros dias e até na rua, o autarca procura dar resposta às situações que possam aparecer. “Quando cheguei aqui eu disse: vou endireitar a casa à minha maneira”, referiu Francisco Laranjeira, e a verdade é que na própria Junta de Freguesia já se começa a denotar a marca do seu presidente, sobretudo nas

vertentes do ambiente e da mobilidade. “Já reduzimos uma grande parte de papel e a nossa meta é reduzir em 70% o papel. Nós gastávamos muita papelada aqui em burocracias, mas já estamos a ter sucesso em reduções e a ir para a parte informática para servir com maior qualidade”. Também na parte exterior da Junta, é visível a aposta na mobilidade através do arranjo de passeios e na melhoria da acessibilidade para pessoas com deficiência e na questão ambiental, através da plantação de flores e plantas que necessitem de pouca água espalhadas um pouco por toda a freguesia, de forma a serem amigos do ambiente. A nossa próxima paragem fica a pouca distância da Junta de Freguesia. O Largo de São Brás, um dos principais pontos centrais da freguesia está a merecer uma aposta forte por parte de Francisco Laranjeira. “O Largo de São Brás foi desenhado uma grande parte por nós. A ideia base partiu daqui, em que tivemos um debate público e depois seguiu para o gabinete da Câmara que capultaram as nossas ideias”. Apesar de ser uma obra que já vai no seu terceiro concurso público, o autarca baguinense manifestou a sua vontade de concretizar o que

tem idealizado. “No Largo de São Brás, que agora foi a concurso por 660 mil euros, estamos à espera que apareça algum empreiteiro para o fazer, que é um dos centros que vai ligar as ruas todas que estamos a fazer. Iremos fazer a rua de São Brás, a Travessa de São Brás, iremos fazer a rua D. António Castro Meireles com passeios para o ano, queremos fazer a Rua da Carreira na sua totalidade e que já foi a concurso”. Uma das rotinas que faz parte das funções de Francisco Laranjeira enquanto presidente da Junta de Freguesia, é a de deslocar-se às obras para ver como estão a decorrer os trabalhos. “Nestes dois anos eu considero-me muito satisfeito com o trabalho até aqui. Baguim do Monte está de parabéns em relação às obras que têm sido feitas, mas claro que gostaria fazer ainda mais”, adiantou. No seguimento da aposta na mobilidade, a intervenção nas ruas tem merecido especial destaque e Francisco Laranjeira enumerou algumas das ruas intervencionadas ao longo dos dois anos de mandato. “Fizemos a Rua das Covas, fizemos a Rua do Outeiro, a Travessa do Outeiro, a Travessa Neves Casal, a Rua Padre Domingos Baião, arranjamos a Rua do Baixinho na entrada e no meio, a Rua Fonte do Linhar e a Rua do Paço. Também abrimos uma parte substancial dos trilhos onde já passaram mais de duas mil pessoas pelos trilhos e ainda queremos aumentar”. Ainda na senda de visitar os locais intervencionados, fizemos uma paragem na Rua das Papainhas, um dos locais que engloba os mais de 2200 metros de passeios já feitos. Francisco Laranjeira percorre os metros de rua intervencionados ao mesmo tempo que discute com os funcionários da obra acerca do que já foi feito e do que ainda falta fazer. As obras na Rua das Papainhas é um dos exemplos da forte sintonia entre a Junta de Freguesia de Baguim do Monte e a Câmara Municipal de Gondomar, que se manifesta no apoio em materiais e na parceria a respeito da mão de obra. “Temos intervenções de ruas e as pequenas reparações que têm sido feitas tem sido em parceria entre a Câmara e a Junta que tem funcionado muito bem e tem havido uma boa sintonia desde os materiais que nos fazem chegar e a equipa está a trabalhar em pleno”. Com o decorrer do dia chegamos a uma das principais bandeiras a ser cumprida

> Painel do Infinito no cemitério de Baguim

no mandato de Francisco Laranjeira: as obras no cemitério. Ainda antes de abrir os imponentes portões brancos renovados, o autarca elucidou acerca do trabalho invisível englobado na intervenção


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Destaque

e Freguesia de Baguim do Monte

em equipa consigo fazer tudo”

forte no cemitério. “Acabamos com as taxas de enterramentos porque qualquer pessoa fora da freguesia tinha de pagar mil euros para ser enterrado em Baguim e nós eliminamos essa taxa. Pusemos

ainda um valor correto de remissões para todos, tanto para fora da freguesia como dentro da freguesia, em que toda a gente paga igual”. Ao entrarmos no cemitério, uma senhora dirige-se a Francisco Laranjeira e diz “isto está mesmo bonito, Sr. Presidente”. O mesmo não disfarça o orgulho sentido na obra, ao mesmo tempo que apresenta todos os pontos que já foram e estão a ser ainda intervencionados. “Estamos a recuperar as campas com vigas de betão e a cimentá-las, que é um trabalho muito complexo porque nós fazemos intervenção sem tirar as campas. Trabalhamos por baixo das campas com o pessoal que nós temos. Vamos continuar neste mandato a deixar o cemitério na sua totalidade pintado, iremos fazer a primeira fase toda ela cimentada, a intervenção que fizemos na parte das crianças ficou com mais dignidade, as portas que fizemos no cemitério estão com um design fabuloso e também iremos intervir na capela mortuária em que vamos fazer uma intervenção para requalificá-la. Reflorestamos todos os pontos e um furo artesanal para a poupança da água”. Contudo, o principal ponto de destaque de todas as intervenções no cemitério surge no fim de percorrer a extensa avenida ladeada por cedros italianos, onde encontramos o “Painel do Infinito”, em que

estão colocados 800 azulejos pintados à mão. “Para fazer o “Painel do Infinito” eu comecei a pedir opiniões às pessoas, entre os quais o padre da freguesia, que me abriu algumas portas e que me deu alguns tópicos e eu, com os tópicos que ele me deu, peguei nisto, desenhei e falei com uma empresa”. Em relação ao painel propriamente dito, Francisco Laranjeira procedeu à explicação da imagem à nossa frente e como selecionou cada elemento de forma a não chocar com as religiões das pessoas. “As pombas simbolizam tanto a paz como o Espírito Santo, a religião católica pode interpretar como o Espírito Santo e para as outras pessoas pode simbolizar a paz. Aqui não são anjos, são Serafins que estão a deixar cair flores e a dar-nos vida, em que um está com os olhos fechados e o outro com os olhos abertos. A queda de água para mim significa o batismo, como Jesus Cristo foi batizado no Jordão. Depois temos o jardim e a Paz, em que temos o símbolo do Jardim das Oliveiras, onde Jesus fez a última pregação. Depois temos o Sol e à noite temos a Lua, que para quem vier aqui à noite vê a Lua espelhar no rio, através de jogos de luzes com os holofotes”. De regresso à Junta de Freguesia, Francisco Laranjeira fez um balanço daquilo que foi o dia e que reflete o trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo dos dois anos de mandato, relembrando o acordo que fez com a Câmara de programação de obras. “A minha visão foi pegar numa opção mais de mobilidade, de ambiente e dar uma volta muito forte ao ce-

mitério e fazermos aquilo que tínhamos prometido na campanha. As obras que o Partido Socialista apresentou na campanha foram as obras validadas para este mandato e ele está a ser cumprido religiosamente”. Para o presidente da Junta, a Câmara Municipal de Gondomar “está a virar-se para Baguim do Monte” e esse apoio manifesta-se através de um investimento entre as duas autarquias que irá aos 7 milhões de euros. “Penso que vamos fazer história neste mandato. Iremos fazer uma série de investimentos que estão à vista de toda gente. Se Baguim do Monte tivesse este investimento nos últimos anos como tem havido agora, se calhar hoje estávamos melhor. Agora a população tem que perceber que não podemos fazer tudo agora em 2 ou em 4 anos”. No que diz respeito à marca e legado que o nome Francisco Laranjeira possa ter na freguesia, o próprio preferiu destacar o trabalho de toda a sua equipa que o tem acompanhado e apoiado ao longo dos dois anos de mandato. “Eu digo sempre: “Sozinho não consigo fazer nada, em equipa eu consigo fazer tudo”. Trabalho sempre numa base de equipa e desde os meus colegas de executivo, desde o engenheiro da Câmara, desde os funcionários da Junta trabalhamos todos em conjunto e com esse conjunto fica uma marca e quem dá a cara costumo ser eu. Nesse aspeto nunca é o Francisco Laranjeira, mas sim uma equipa que está atrás de mim e que me dá um grande apoio para nós fazermos esse trabalho”. ■

> Visita de trabalho promovida por Francisco Laranjeira


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Política

Entrega de Condecorações no 34º aniversário da freguesia de Baguim do Monte Integrada no 34º aniversário da freguesia, a Junta de Freguesia realizou uma sessão solene onde condecorou com uma medalha de honra o Padre Lucindo Silva e com medalhas de mérito Carlos Brás e Margarida Almeida. Francisco Laranjeira, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, homenageou no passado dia 12 de outubro, três figuras incontornáveis da freguesia de Baguim do Monte. O presidente da freguesia considerou a atribuição das medalhas merecida e garantiu que as escolhas foram votadas por unanimidade. A respeito da entrega da medalha de honra ao Padre Lucindo, Francisco Laranjeira adiantou que não foi apenas por o pároco fazer 10 anos à frente da freguesia, mas sim pelo trabalho feito no Centro Social e Paroquial de Baguim do Monte. “Ele recuperou o Centro Social e Paroquial e deu um grande impulso àquele centro e é merecida a entrega da Medalha de Honra porque o Centro Social e Paroquial é uma das mais valias aqui de Baguim do Monte para os idosos e nós temos que preservar e ajudar nisso”. Para o padre Lucindo, a atribuição da medalha é um reconhecimento e deixou os parabéns à Junta de Freguesia. “A medalha de honra é acima de tudo um reconhecimento de todos os que participam e se empenham na construção da

comunidade. Mas como disse Jesus «quem não junta comigo, dispersa», nós assistimos a muita dispersão pelas circunstâncias de vida às quais a nossa freguesia não foge a isso. A ação da Igreja é pacífica, transparente e dinamizadora. Parabéns à Junta de Freguesia, que em representação da sociedade civil, reconhece que a Igreja é parceira e motor de crescimento na construção do bem-estar e felicidade da população. Em relação à atribuição da medalha de mérito a Margarida Almeida, Francisco Laranjeira confessou que foi escolha unânime no executivo e que foram felizes na escolha. “Uma autarca e deputada que passou pela nossa freguesia, nasceu nesta freguesia e estava a ser injusto ela não ser medalhada e chegou a altura de a medalhar e foi totalmente merecida, porque se hoje somos Junta de Freguesia independente de qualquer união, muito se deve a ela. Para além disso ela foi também tesoureira, presidente da Assembleia, deputada do Baguim do Monte, foi professora e Baguim deve-lhe muito”. Margarida Almeida revelou que não estava à espera do reconhecimento público, mas que foi com grande emoção que recebeu a medalha mérito. “Quando há entidades publicas, como foi o caso da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, que tomam a iniciativa de homenagearem pessoas da sua freguesia reconhecendo publicamente o seu mérito pelo seu desempenho extraordinário quer a nível local, quer nível concelhio ou a nível nacional é de louvar e agradecer com gratidão este nobre ato. Foi com grande emoção que recebi a Medalha de Mérito da Minha Freguesia, a qual foi aprovada por

> Francisco Laranjeira entregou ao padre Lucindo a medalha de honra

> José Fernando entregou medalha de mérito ao seu ex-colega de executivo, Carlos Brás

unanimidade pelo Executivo da Junta de Freguesia de Baguim do Monte”. Em relação a Carlos Brás, Francisco Laranjeira enalteceu que Baguim do Monte e Gondomar vão sentir uma grande perda por o mesmo se tratar de um grande autarca. “Foi um homem que passou por Gondomar e que foi responsável por tirar a Câmara Municipal do endividamento juntamente com a equipa dele. Ele representava Baguim enquanto Vereador e o percurso que ele fez por Baguim desde a Assembleia, desde candidato aqui à Junta, desde a Assembleia Municipal e agora Vereador, penso que ele esteve sempre virado para Baguim. Nestes dois anos que trabalhei com ele, tudo o que eu lhe pedia, ele tinha sempre as portas abertas, sempre tentou defender os interesses de Baguim e da população de Baguim”. Por sua vez, Carlos Brás, manifestou a honra e o orgulho sentidos pela atribuição da

medalha de mérito daquela que é a sua “terra adotiva”. “Durante 18 anos desempenhei funções autárquicas na Assembleia de Freguesia de Baguim do Monte, na Assembleia Municipal de Gondomar e na Vereação da Câmara Municipal de Gondomar. No âmbito do desempenho destas funções procurei sempre defender os interesses de Baguim e promover os respetivos valores e tradições. Nada mais fiz do que honrar o mais possível os mandatos que me foram conferidos porque entendo que a causa publica é uma causa nobre e à qual me tenho dedicado com paixão e empenho. Esta distinção agora atribuída consiste num reconhecimento pelo trabalho efetuado, mas para mim é algo mais ainda. Encaro-a como um incremento da responsabilidade e da vinculação a esta Freguesia, pelo que em futuras funções procurarei dignificar a medalha agora atribuída”. ■

> Margarida Almeida foi igualmente agraciada com a medalha de mérito


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Dia Municipal do Combatente No passado dia 11 de outubro, a Praça Heróis de Ultramar em Fânzeres, recebeu o Dia Municipal do Combatente, numa cerimónia dedicada a homenagear os combatentes do Concelho de Gondomar. “Mostrar a gratidão por tudo o que fizeram por Portugal”. Este foi o principal mote do Dia Municipal do Combatente em Gondomar, que tem sido celebrado nos últimos seis anos, após ter sido aprovado pela Assembleia Municipal de Gondomar em 2013. O dia foi dedicado a homenagear os combatentes do concelho de Gondomar que caíram na defesa do país na I Grande Guerra, na Guerra do Ultramar e, mais recentemente, nas missões de apoio à Paz sob a égide das Nações Unidas, da organização do Tratado do Atlântico Norte e da

Política

União Europeia. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, enalteceu que a sua geração e as gerações seguintes devem uma “enorme gratidão” a todos os que defenderam e tombaram na defesa do país. “O dia é de homenagem àqueles que tiveram na I Grande Guerra, muitos de vocês tiveram no Ultramar a defender Portugal a cumprir a missão da nossa pátria e também alguns que, entretanto, em missões internacionais de apoio à paz, já sucumbiram ao serviço da nação. Se não fossem vocês a combater e a mostrar a garra do país, Portugal não era o que é hoje”. O autarca gondomarense deixou ainda o aviso. “Portugal tem muito a aprender com aquilo que fez no passado, com aquilo pelo que vocês lutaram com fibra e com garra, e que teve prejuízo para as famílias. A cerimónia contou ainda com a deposição de coroas de flores junto à estátua do Soldado Desconhecido, com o toque de silêncio e de sentido pela Guarda de Honra, bem como a evocação religiosa e canto do Hino Nacional. ■

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24 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Cultura

Rancho Folclórico de Zebreiros: “Ganhamos no convívio, criamos uma grande amizade e somos uma família”

O Rancho Folclórico de Zebreiros, uma das coletividades mais antigas do concelho de Gondomar, celebra este ano 60 anos de existência. O VivaCidade esteve à conversa com o presidente do Rancho, Rui Viana, e com a secretária, Lúcia Santos, que nos revelaram tudo sobre os eventos realizados ao longo do ano, as dificuldades em fazer parte da coletividade e os objetivos futuros do Rancho Folclórico, que tem como grande timoneira a Dona Rita. Quantos anos tem a vossa coletividade? Falem um pouco sobre a vossa história. Lúcia Santos (LS): Já temos 60 anos de existência. O Rancho foi fundado a 19 de maio de 1959. Inicialmente o objetivo do Rancho foi a angariação de fundos para o altar de São Jorge, que é o padroeiro do lugar de Zebreiros. Depois de terem conseguido esse objetivo, acharam importante manter e fazer as pesquisas e recolhas para aquilo que é hoje. Como foi a celebração do vosso aniversário? Rui Viana (RV): Este ano fizemos uma cerimónia em que atribuímos o nome do nosso Salão Nobre à Rita Gomes, que é a nossa ensaiadora e diretora técnica, que está cá desde o início do grupo. Este ano também foi triste porque quase em cima das celebrações perdemos o nosso membro mais antigo do componente que tocava viola e também fizemos uma homenagem no cemitério. Metemos na campa dele uma quadra de uma das nossas músicas que nos marca e uma placa no cemitério por todos os componentes e diretores que já foram sócios ou membros da família do Rancho Folclórico de Zebreiros. Que tipo de atividades são desenvolvidas durante o ano? RV: Nós temos duas vertentes, que é o rancho folclórico de Zebreiros que tem o nome da associação e dentro do rancho também temos o grupo de dança. O grupo de dança atua quase todo o ano e nós também, mas estamos mais virados para os festivais, que são entre maio até setembro em que atuamos quase todos os fins de semana. LS: No rancho folclórico, o ano divide-se quase em dois. Tem a parte que é mais ligada ao folclore e às tradições, que são os festivais e as festas de folclore e depois tem a vertente de cantares ao Menino. Nesta altura os ensaios são alterados para a vertente dos cantares ao Menino porque o folclore não é só dançar e cantar em cima do palco, mas sim todas as vivências de um povo. Também queremos retratar esta parte dos cantares, da parte litúrgica, em parceria com a paróquia da Foz do Sousa, elas são realizadas sempre no terceiro domingo de dezembro na igreja da Foz do Sousa. A par disso, temos tido vários eventos na nossa sede quase mensalmente, desde o fim de

semana cultural da Foz do Sousa e Covelo, que foi um evento que fomos nós que começamos. A ideia não era tomarmos conta deste evento, era haver outras associações que pegassem nele, ninguém pegou e a partir deste momento o objetivo é fazermos sempre aqui em Zebreiros os fins de semana culturais, que são sempre por altura de maio e junho. Depois temos vários eventos na sede, desde convívios com os associados, jantares, ainda no mês passado tivemos uma noite de fados. RV: Nós temos sempre o festival marcado que é sempre no segundo fim de semana de julho. Mediante o ano, costumamos fazer na primavera, que é na altura da comemoração dos aniversários em maio. Não paramos, apesar de estarmos na “época baixa”, não paramos. Já estamos a trabalhar para as janeiras. Nos meses de dezembro e janeiro saímos para angariar alguns fundos, vamos cantar aos restaurantes, vamos às casas das pessoas, por exemplo a jantares de família. No final de outubro temos sempre o convívio de final de época com os componentes e sócios. Logo em abril as festas de São Jorge, em maio é logo o nosso aniversário, depois começam as saídas. Quais são as principais dificuldades de pertencer à coletividade? Por exemplo, é algo que vos retira muito tempo? RV: Não é fácil, é preciso gostar muito. Ainda agora nas Festas do Concelho, tivemos nas tasquinhas e eu ainda estou rouco. LS: Eu estive quatro dias sem ver o meu filho. RV: Não foram só quatro dias, nós tivemos desde segunda a montar tudo. Naqueles quatro dias foi quase sem ir à cama. Correram bem as Tasquinhas nas Festas do Concelho? RV: Felizmente correu bem, mas era como eu estava a dizer, é preciso gostar disto, porque não é fácil. Nós tiramos férias para esta altura e ninguém tira férias para ir trabalhar. LS: E não é só, as Festas de Concelho são sinónimo de festa como o próprio diz, mas para nós é sinónimo de muito trabalho, ou seja, começa com a Noite Branca, depois temos o Merend’Ouro e depois temos as Tasquinhas. Mais um extra, no fim de semana a seguir fomos para Espanha representar o concelho de Gondomar. É complicado, mas com gosto tudo se consegue. Quantos membros têm na vossa coletividade? LS: Componentes somos 60 do Rancho Folclórico, no Grupo de Dança o escalão mais pequeno são 38, o intermédio são 10. Ainda voltando atrás, estes eventos realizados são bons na questão do convívio, porque une por mais cansado que estejamos. Depois eu e os restantes membros da direção somos da opinião de que nós não podemos ser subsídio-dependentes, ou seja, é óbvio que nos dá jeito os subsídios da Câmara, mas não podemos viver só daquilo. Nós temos uma sede para manter, temos muita gente a depender desta associação, temos veículos, temos um projeto em mãos que tem pernas para andar que vai ter custos e por isso temos que trabalhar para isso. Tira muito tempo, mas ganhamos noutras coisas. RV: Ganhamos no convívio, criamos uma grande amizade e somos uma família. Não é fácil, vem o inverno e temos de vir cá uma vez por

> Lúcia Santos e Rui Viana

semana às reuniões, temos muitas vezes que deixar a família para vir cá preparar os eventos, temos também o aluguer do palco que é uma fonte de receita em que temos de despender tempo para o montar e desmontar. Somos 16 ou 17 na direção, há sempre os que podem ajudar mais, outros menos. Temos muita ajuda ainda agora nas Tasquinhas, eu nunca vi ano com tanta gente a ajudar. Nós temos tido mesmo muita gente que nos tem ajudado, sentimos essa união, dos componentes, mesmo de pessoas que nem andam no Rancho e nos vão ajudar na mesma. Nós sentimos esse apoio e é isso que acaba por eliminar o cansaço. Qual é que acham que tem sido o maior desígnio desta direção? RV: Quando tomamos conta da associação ela não estava muito bem de saúde a nível de ambiente. As direções que foram passando, talvez não criaram aqueles laços. E acho que é isso que falta a muitas associações, é haver mais convívio e união. Nós tentamos antes de tudo, unir o grupo. Nós estamos agora a colher os frutos que semeamos. Nós estamos aqui há quatro anos. A direção manteve-se, só passei eu a presidente, ou seja, já é um trabalho de 4 anos. Fazemos 1 ano de mandato agora em outubro, mas o trabalho já vem de trás. Isso é que é gratificante, porque nós sentimos a união do grupo, sentimos os componentes motivados. O que é que se segue para a coletividade a nível de projetos futuros? RV: O objetivo é manter a qualidade que o Rancho Folclórico de Zebreiros tem em 60 anos. Temos vários sonhos, temos que trabalhar para eles. Nós tínhamos um grande sonho que já foi falado com a Câmara, que era o terreno em frente a este espaço, que não é nosso, em que fazemos lá os festivais, mas não é fácil porque a senhora está reticente em vender o terreno. Nós pensamos sempre alto. LS: Eu acho que este Rancho teve fases. Teve fases que não tinha sede e o desejo foi ter sede, depois teve uma altura em que o desejo era fazer com que o grupo fosse federado e ele foi federado. Há desejos que se vão cumprindo, nestes 60 anos fizemos as homenagens que tinham que ser feitas, porque

as homenagens têm que ser feitas em vida e a grande timoneira deste Rancho Folclórico é a Dona Rita e custa-me muito pensar num dia em que ela não esteja cá. Se o Rancho Folclórico de Zebreiros tem a qualidade que tem é a ela que se deve, nós só temos que seguir as orientações dela para conseguir manter a qualidade que temos. O grande desejo que nós temos é fazer um centro de estudos etnográfico. Estamos com o projeto em mãos, o projeto já foi apresentado às entidades competentes, temos reuniões e agora é tentar andar. É a sonhar que a obra nasce. O que pode adiantar acerca desse possível futuro centro de estudos etnográfico? LS: Queremos fazer um centro de estudos etnográfico, não é um simples museu em que queremos congregar os mais novos, desde o infantário aos mais velhos de lares e também ter a parte do museu, porque Zebreiros teve uma vantagem já que em algumas coisas parou no tempo, ou seja, as coisas antigas de finais de século XIX, inicio de século XX nós temos. Todo o espólio para ter no museu nós temos. RV: Nós vamos a qualquer festival e recebemos sempre as lembranças. Não é do nosso gosto que as lembranças estejam aqui fechadas na sala de reuniões, ninguém vem cá dentro ver. O nosso objetivo é expor. LS: E já não temos muito espaço para 60 anos de história, nem está cá tudo. A ideia é aumentar, acho que o projeto tem pernas para andar e também sentimos desde o primeiro minuto, não neste projeto em específico o apoio por parte do município. Sentem esse apoio por parte da Câmara? LS: Temos alguém ligado à Cultura, nomeadamente o vice-presidente e a Carla Ferreira que são incansáveis. Nós não sentimos que somos uma cultura menor por ser folclore. RV: Nós em termos da Câmara não temos razão de queixa e temos sentido o apoio deste executivo. LS: No ano passado, com o desfile do Traje, é um evento da Federação de Folclore Portuguesa, na qual eu também pertenço e o Rancho também está ligado e que, desde o primeiro minuto, eles disseram “vamos fazer”. Posso dizer que o Desfile do Traje em Gondomar foi o melhor de sempre, porque tivemos um município que se empenhou a sério nisto. É um orgulho para nós os ranchos folclóricos do concelho ter um município que nos apoie. ■


VIVACIDADE OUTUBRO 2019 25

Cultura

Cerimónia de entrega 20ª edição do Festival de prémios e visualização de Teatro de Rio Tinto das curtas metragens premiadas O Festival de Teatro de Rio Tinto organizado problema de gestão de espaço porque nunca O auditório da Junta de Freguesia em São Pedro da Cova vai receber a cerimónia de entrega de prémios bem como a visualização, alusiva ao 4.º concurso de curtas metragens. Pedro Barbosa, responsável do executivo pelo concurso considera que “de ano para ano a qualidade e quantidade tem aumentado considerávelmente, recebendo várias curtas profissionais e amadoras, tanto a nível nacional como internacional” e apontou qual o principal objetivo do concurso. “Promover a criatividade e o audiovisual de jovens concorrentes e colocar "as gentes" da nossa União de Freguesias a fazer curtas metragens. O objetivo principal de uma curta metragem é também o de nos deixar uma marca e uma mensagem para os vindouros." Das 3 curtas premiadas, apenas uma sairá vencedora que será revelada no dia da

cerimónia enquanto que as outras duas terão direito a menção honrosa. Também estará presente Paulo Ferreira, um excelente realizador que já venceu vários prémios internacionais e que vai apresentar alguns dos seus mais recentes trabalhos. “O Aotearoa é um trabalho realizado na Nova Zelândia, bastante premiado e agora o trabalho mais recente dele que é da Islândia”, explicou Pedro Barbosa. Pedro Barbosa adiantou ainda que o auditório da Junta de Freguesia “vai ter uma grande montagem com equipamento de som e de imagem” e que o concurso deste ano “teve o patrocínio de Rui Castro Team da RE/MAX”. Para além da entrega deste prémio nacional, Pedro Barbosa revelou que se vai proceder à “apresentação dos trabalhos da Escola EB 2,3 de São Pedro da Cova” vencedora do prémio local. ■

pelo Dramático de Rio Tinto e pela Junta de Freguesia regressa à freguesia para a sua vigésima edição. Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, adiantou o programa para a edição deste ano. “Temos cinco sábados de novembro, temos mais duas matinées de domingos de tarde, uma delas com uma peça feita com atores e com utentes da Fundação Nuno Silveiro e no domingo de dia 24, uma peça da escola infantil do Dramático de Rio Tinto, que é também é uma novidade na escola nova que eles fizeram”. A cobrança do valor de 2 euros por parte do Dramático de Rio Tinto é uma das alterações para a edição deste ano devido a questões de organização e logística. “Havia sempre um

se sabia se a sala estava cheia. Dar convites significava que as pessoas muitas vezes ficavam com os convites e depois não apareciam, com a maior divulgação das sessões e como a sala não é muito grande, as pessoas que chegavam lá às 21h15 e já não tinham lugares”, esclareceu Nuno Fonseca. Para festejar o vigésimo festival, Nuno Fonseca adiantou que irão ser atribuídos prémios às peças em exibição. “Vai haver um concurso interno entre as peças, em que vamos ter a melhor peça, o melhor ator, entre outros. Queremos trazer alguma competição, alguma qualidade e alguma organização ao evento”. Recorde-se que a receita do evento reverte a 100% para o Dramático de Rio Tinto. ■

Inauguração da exposição “O Pulsar do Pensamento” de A. Dias Machado

Bandeira Verde da Eco-Escola para a Universidade Sénior de Rio Tinto

No dia 25 de outubro realizou-se pelas 21h30, na Casa Branca de Gramido, a inauguração da exposição “O Pulsar do Pensamento” que contou com a curadoria do jornalista e pintor Dr. Agostinho Santos. A exposição reúne uma série de pinturas elaboradas ao longo dos últimos anos, numa constante “procura da essência da vida e do mundo, perante as grandes perguntas do Homem de hoje”. Para o pintor, o Homem vê-se confrontado por vicissitudes quer pela intervenção da sua mão ou pela manifestação da natureza, entre as quais “as dificuldades perante a poluição, a guerra com os extremismos que criam o pânico e com ele as angústias e o medo e ainda a saúde, a educação, as virtudes e o amor”. “A minha pintura não passa ao lado de tudo isto. É claro que tento que não seja uma mera pintura decorativa, mas que alerte as consciências e inquiete as mentes humanas e desperte o pulsar do pensamento”, revelou A. Dias Machado. Para o pintor, a obra “O Pulsar do Pensamento” parte do seu subconsciente para uma realida-

No passado dia 18 de outubro, a Universidade Sénior de Rio Tinto recebeu no Pavilhão Multiusos de Guimarães a Bandeira Verde da Eco-Escola. Este galardão é o reconhecimento das boas práticas implementadas na Universidade Sénior e surge no seguimento dos projetos de sensibilização ambiental adotados pela freguesia de Rio Tinto. Nuno Fonseca, Presidente do Conselho Executivo da Universidade Sénior e Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, mostrou-se sa-

de da sua própria visão e da caminhada que tem trilhado como pintor/poeta das coisas da vida. Em relação aos materiais utilizados na obra, A. Dias Machado esclareceu. “É construída com matérias como cartão, papel, tecidos e madeiras que teriam como destino o lixo, e assim executo uma técnica mista como suporte da obra”, concluiu. ■

tisfeito com a distinção e acredita que estão no caminho certo. “Nós tentamos sempre desbravar caminho, ser pioneiros e arrojados, e é isso que conseguimos fazer uma vez mais”. Com este galardão, a Universidade Sénior de Rio Tinto pertence ao restrito leque de quatro universidades seniores do país a serem distinguidas, sendo que duas são do distrito de Santarém e uma da Madeira. Rio Tinto é a única bandeira verde de universidade no distrito do Porto. ■


26 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Cultura

Festas do Concelho moveram milhares de pessoas em Gondomar Entre 7 de setembro e 13 de outubro, Gondomar acolheu uma vez mais as Festas do Concelho e os milhares de visitantes foram presenteados com vários momentos musicais, atividades culturais, conferências e muito mais. A edição deste ano das Festas do Concelho chegou ao fim no dia 13 de outubro e para Luís Filipe de Araújo, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gondomar e Vereador da Cultura, o balanço foi “muito positivo” e contou uma vez mais com “muita gente a visitar Gondomar durante todo o período das festas”. O autarca destacou o grande empenho do movimento associativo nas atividades como o Merend’Ouro e as Tasquinhas, novamente divididas por dois fins de semana, deixando uma palavra de apreço à Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar que “tem sido um parceiro fundamental”. Para Luís Filipe de Araújo, as atividades culturais, divididas entre o Encontro de Dança,

Maria Luísa Fernandes – Visitante das Festas do Concelho

concertos de piano, o folclore e música popular, a etnografia e as bandas filarmónicas, “tiveram muito boa aceitação, com muito público nas diversas vertentes da nossa programação”. Dos vários concertos, o autarca destacou a “especial participação do público” nos concertos da “Quinta do Bill” e com o projeto “Paião”. Apesar das condições climatéricas não terem sido as ideais, o concerto de Ana Moura atraiu milhares de pessoas a Gondomar e a sessão de fogo-de-artifício também esteve à altura. A procissão em honra de Nossa Senhora do Rosário e de São Cosme e

São Damião continua a ser o expoente máximo das festividades e Luís Filipe Araújo não podia deixar de reforçar a sua importância na programação. “É sempre um momento marcante, esteve envolvida de uma atmosfera muito especial, com as ruas cheias de gente alegre, compreendendo a marca e grandeza desta celebração”. O autarca finalizou sublinhando o trabalho desenvolvido pela Confraria de São Cosme, São Damião e Nossa Senhora do Rosário, pelo empenho e contributo no sucesso das Festas do Concelho. ■

Fui visitar a Igreja, estava muito bem enfeitada e iluminada, assim como os andores. Fui visitar a exposição de fotografias das obras da igreja no bar da amizade, onde fui encontrar antigos párocos e conhecidos da igreja paroquial. Gostei muito do concerto da fadista Ana Moura, foi algo extraordinário. O Fogo de artifício foi muito bonito. Estão todos de parabéns.

Fernando França – Presidente do Grupo Folclórico e Cultural de Tardariz Vem o grupo de Tardariz agradecer à Federação daa Coletividades e à Câmara Municipal de Gondomar, bem como a todos os amigos, clientes, componentes e ajudantes que durante estes anos todos nos têm ajudado a que as Tasquinhas de Gondomar sejam sempre um enorme sucesso. Da nossa parte o nosso Muito obrigado!


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Cultura

Prémio Internacional de Caricatura e Desenho de Humor na 2.ª Bienal de Arte da Vila de Fânzeres Cerca de 175 trabalhos foram apresentados a concurso por 70 autores, sendo que 49 dessas obras serão levadas a exposição na 2.ª Bienal de Arte da Vila de Fânzeres - Caricatura e Desenho de Humor, com o tema alusivo ao povo. De forma a comemorar os 30 anos da elevação de Fânzeres a Vila, a Argo - Associação Artística de Gondomar e a Junta de Freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova, com a Global Trade como patrocinador do concurso, trazem à freguesia a segunda edição bienal de arte. A edição deste ano atingiu “patamares internacionais impensáveis” com a ajuda dos conhecimentos de Onofre Varela, membro do júri e de Albertino Valadares da Argo. “A maior participação é

internacional, temos participações oriundas das mais diversas partes do mundo, também pelo facto de poderem mostrar as obras em formato digital. As novas tecnologias também facilitam a chegada de informação às várias partes e o facto de poderem enviar os trabalhos nesta forma”, explicou Maria José, secretária do executivo da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova O primeiro prémio do concurso foi atribuído a Raed Khalili da Síria, com o trabalho “Autoridade”, por sua vez, os autores Ronaldo Dias do Brasil, Mohsen Zarifian do Irão, António Gaspar de Portugal e Petry and Crysan da Roménia, receberam menções honrosas. Maria José admitiu que este tipo de concurso conta com uma participação e um público-alvo “muito específico”. “No caso da ARGO, que são pessoas da área, eles têm sócios em várias vertentes e nesse sentido nós tentamos que eles também nos ajudem a dinamizar o concurso quer em termos de participação no próprio concurso quer na participação da cerimónia”.

A data da inauguração da exposição ainda não está definida devido a questões logísticas e de tratamento de informação, que levou a que a organização se fosse adaptando ao longo do concurso. “Nós tínhamos previsto que a exposição fosse a dia 13 de outubro, no entanto o facto do concurso

ter ganho estas dimensões internacionais e ter levado a uma participação muito grande trouxe aqui algumas questões, nomeadamente no espaço para a exposição e também no tratamento da informação ao terem solicitado o regulamento em inglês”, concliuiu. ■

Cerimónia de Apresentação do livro vencedor do 28.º Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres A obra “Respirar pássaros como se o sol doesse”, de Luís Aguiar, foi a grande vencedora desta edição e foi apresentada no dia 20 de outubro na Casa de Montezelo. O júri convidado pela Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, composto por José Nunes Carneiro, pertencente à editora “Elefante Editores” e parceiro do concurso, bem como os professores Clarinda Santos e Arnaldo José Araújo, nomearam de entre 45 obras apresentadas, a obra “Respirar pássaros como se o sol doesse” como a grande vencedora do concurso. Luís Aguiar esteve presente na Cerimónia de Apresentação e o VivaCidade procurou conhecer melhor o trabalho do autor vencedor do 28.º Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres. Costuma participar neste tipo de concursos ou foi a primeira vez? Participo em concursos literário desde 1999 e é um hábito que dificilmente perderei visto que em 20 anos fui galardoado em cerca de 50 prémios literários. A título de exem-

plo, o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres (2019), Prémio de Poesia Judith Teixeira (2017), Prémio Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage (2016), Prémio Literário Francisco Guerreiro (2010), Prémio Literário Irene Lisboa, 2.ª edição (2009), 2.º Classificado no Prémio Internacional Sepé Tiaraju de Poesia Ibero-Americana (2009), Menção Honrosa no Prémio Literário Florbela Espanca (2007), Prémio Literário São Domingos de Gusmão (2007), Prémio Literário Afonso Lopes Vieira (2006), Prémio Nacional de Poesia Idanha-a-Nova - 8oo anos (2006), 1.º Classificado no Premio del Concorso Internazionale di Poesia Castello di Duino - Trieste, Itália (2005), Menção Honrosa no Grande Prémio Nacional de Poesia Natércia Freire (2005), Prémio de Poesia do III Concurso Literário do Montijo (2005), Prémio Literário Aveiro Jovens Criadores - Género Poesia (2004), Prémio Nacional de Literatura Juvenil Ferreira de Castro (2000). O que significa para si vencer este prémio? Vencer um prémio literário é sempre estimulante porque dignifica o trabalho de quem escreve. Por norma, os jurados de um Prémio Literário são pessoas competentes, com sensibilidade poética. Nos vários prémios em que fui distinguido, os mesmos foram-me atribuídos por jurados de renome, mas também por escritores e poetas que integraram esses concursos, tais como José Tolentino Mendon-

ça, Ana Luísa Amaral, Valter Hugo Mãe, Matilde Rosa Araújo, António Torrado, Domingos Lobo, Albano Martins, Luís Filipe Castro Mendes, entre outros. Vencer o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres é também obter o reconhecimento do seu júri, a possibilidade de publicar mais um livro e solidificar a minha carreira de escritor. Quais foram as fontes de inspiração para a escrita da obra? As fontes de inspiração são sempre as mesmas em qualquer obra que escrevo, ou seja, muita leitura de poesia, romances e contos. A paixão profunda pelo cinema, teatro, música (fado, jazz, tango, flamenco, música clássica), dança contemporânea, exposições de pintura e escultura também são, indubitavelmente, uma fonte de inspiração. Tem noção de quanto tempo demorou a compor a sua obra vencedora?

A obra «Respirar pássaros como se o sol doesse» foi escrito entre janeiro e março de 2019. Quando tive acesso ao regulamento do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, em maio do corrente ano, voltei a entrar no trabalho e fiz uma análise minuciosa ao trabalho poético. Por conseguinte, acabei por fazer alterações substanciais em quase todos os poemas e que se traduziram na obra final que foi premiada no referido prémio literário e que agora será publicada. Como se sente ao ver o seu trabalho publicado num livro e publicado por uma editora? Este é o 10.º livro que publico numa carreira de 20 anos. Editar um livro é sempre um momento memorável, de grande emoção. É dar vida aos poemas e permitir que os mesmos cheguem aos leitores de poesia. ■


28 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Cultura

Manuel Pinto: “Houve um movimento de perto de 250 mil euros em dois fins de semana” A Feira das Tasquinhas já é uma tradição nas Festas do Concelho e voltaram a fazer as delícias dos gondomarenses nos fins de semana de 4 a 7 e outubro e de 11 a 13 de outubro. O VivaCidade esteve à conversa com Manuel Pinto, presidente há 22 anos da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, que nos explicou a história por detrás do sucesso das “Tasquinhas”. Qual é a principal missão da Federação das Coletividades nos dias de hoje no concelho de Gondomar? Em devido tempo o movimento associativo de Gondomar decidiu que devia constituir uma associação que os defendesse, então formou-se a Federação das Coletividades. A Câmara de então deu um bom apoio para que isso fosse possível. Ao fim de várias tentativas elegemos finalmente uma direção que na sua fase inicial era composta por cerca de 35 coletividades. Hoje temos 227. Isto porque as coletividades entendem que precisam de alguém que lhes dê algum apoio a nível logístico e administrativo, é essa a missão da Federação das Coletividades.

Considera que há uma ligação positiva e um bom entendimento entre as coletividades e a sua Federação? Nós ao longo do ano temos uma média de 180 representações. Aos fins de semana o nosso quadro está cheio, o que equivale a que nós não podemos ir a todo o lado. Isso é a prova que as coletividades reconhecem o apoio e pedem sempre a colaboração da nossa Federação. Sentem o apoio do município? Temos uma relação ótima. Nós entendemos que quem está nestes lugares deve trabalhar com toda a gente. O movimento associativo não se deve meter em questões partidárias. Toda a gente tem o seu direito de cidadania, mas a política fica ao lado. Antes de começarmos a reunião conversamos, cada um tem a sua opção política porque nós aqui temos militantes de quase todos os partidos, mas nesta mesa isso não existe e não entra na conversa.

tradição no nosso entender. Os Grupos Folclóricos são aqueles que encaixam melhor no que são as tradições gastronómicas. Inicialmente a ideia era que viessem para cá servir e trabalhar sempre trajados, nos primeiros anos isso ainda foi possível... Com a entrada da nova Câmara, o vice-presidente entendeu que as Festas do Concelho deveriam ser abertas a mais coletividades e então abriu-se ao segundo fim de semana para mais coletividades fora dos Ranchos Folclóricos. Os Ranchos Folclóricos vêm todos os que querem vir, há 14 espaços e eles vêm todos. No segundo fim de semana há também os fundadores, o critério foi o mesmo que foram aqueles que vieram na primeira vez do segundo fim de semana há 4 anos. Isto tudo porque o negócio em si corre riscos e alguns perderam dinheiro na primeira vez, é natural por isso que nos anos seguintes tenham regalias.

Quantas coletividades passaram pelas Festas do Concelho nas duas semanas? A trabalhar, no máximo, foram 26. Não há espaço para mais. Podemos dizer que a procura é sempre maior do que as vagas disponíveis. Podemos afirmar que as Tasquinhas 2019 foram um sucesso? Foram um sucesso espetacular. Nós tivemos a fazer contas e houve um movimento de perto de 250 mil euros em dois fins de semana. Por isso temos que reconhecer que é muito bom. No primeiro fim de semana muito mais porque no último domingo do segundo fim de semana o tempo esteve mau e isso afastou muita gente. Achamos que é o chamado 2 em 1, eles trabalham, ganham visibilidade e com isso têm um encaixe que dá para viverem o ano todo desafogados. ■

As Festas do Concelho nem sempre foram em dois fins de semana distintos. Quando se deu essa alteração e porquê? Há 4 anos deu-se esse acrescento. As Tasquinhas nasceram segundo insistência nossa porque a Federação entendeu que devíamos fazer alguma coisa. Há 21 anos, no tempo do Vereador Fernando Paulo, fizemos uma visita a Santarém e a Santo Tirso para perceber como as Tasquinhas funcionavam ao nível de restauração. Propusemos então à Câmara que se fizesse uma Feira das Tasquinhas só com Grupos Folclóricos, porque Tasquinhas quer dizer

O teatro “invadiu” Fânzeres durante três fins de semana consecutivos Resultante de uma parceria entre a Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova com a paróquia de Fânzeres e com o Centro Republicano de Fânzeres, o Festival de Teatro de Fânzeres realizou-se nos fins de semana de 12, 19 e 27 de outubro no Salão Paroquial de Fânzeres. O Festival arrancou com os atores de referência Luís Aleluia e Vítor Emanuel, com o espetáculo “Saídos da Casca”. Para Maria José, secretária do executivo da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, o Festival de Teatro é a conjugação perfeita em que se dá a “abertura com um grupo profissional para chamar público ao

festival” e ao mesmo tempo “há uma troca de enriquecimento e que dá visibilidade aos grupos convidados amadores”, que acabam também por ter alguma aprendizagem. No fim de semana seguinte, foi a vez de atuar o recém-criado Grupo de Teatro, Não Cabe Mais Ninguém, com o espetáculo “Uma Noite a Preto e Branco. É só isso!”. A aposta no talento local e na “prata da casa” continuou no fim de semana seguinte e coube ao Centro Republicano e Democrático de Fânzeres, um dos parceiros do festival, o encerramento do Festival de Teatro com o espetáculo “Geringonçar a Saúde”. Maria José mostrou-se satisfeita com a ade-

são e o resultado final do festival e realçou a importância da parceria com a paróquia da freguesia. “Estas parcerias com a paróquia são fundamentais, uma vez que a união das freguesias não tem espaços públicos onde

possam ser autorizados este tipo eventos. Mesmo com a mudança para o novo pároco, Francisco Costa, correu tudo bem e ele acolheu muito bem a ideia e foi uma de mais valia”. ■


VIVACIDADE OUTUBRO 2019 29

Sandra Almeida: “A Gala do Desporto vai ser mágica” A V Gala do Desporto promete uma vez mais trazer glamour e magia ao Multiusos de Gondomar no dia 9 de novembro. Sandra Almeida, Vereadora da Câmara Municipal, revelou ao VivaCidade o propósito da Gala, numa noite dedicada ao reconhecimento dos atletas. O que podemos esperar da edição deste ano da Gala do Desporto? Este ano podemos esperar como sempre muito glamour, que é aquilo que também já evidencia os nossos eventos. Pelo quinto ano consecutivo faz todo o sentido continuar a reconhecer todo o trabalho dos agentes desportivos no município de Gondomar, nomeadamente, os pais, os clubes e obviamente os atletas, que são a nossa prioridade. Temos sempre a dificuldade de querer reconhecer todos, por isso continuamos a manter o mérito desportivo, que são os prémios que atribuímos a todos os campeões regionais, nacionais e internacionais. Todos os atletas que receberam prémios nestas vertentes recebem um troféu. Depois temos três nomeados para cada categoria em que existe um vencedor. Como eu costumo dizer, para mim todos os nomeados já são vencedores, sendo certo que depois, como tudo na vida, e quem

está em desporto também sabe que assim é, existe um vencedor que subirá ao palco nessa noite e que foi escolhido por um júri que já é habitual. A Gala do Desporto premeia os agentes desportivos que mais se destacam. O que é que fator determinante para se ser nomeado? Existem várias categorias de nomeação. Nas categorias de atletas, de associações, de clubes e de equipas aí o fator determinante são os resultados. Nas outras nomeações, nomeadamente as dedicações, a homenagem carreira, os prémios excelência, aí os fatores determinantes não são os resultados, mas sim a forma de estar no desporto da pessoa que é nomeada, os feitos que fez pelo desporto, a vontade com que está no desporto e o reconhecimento pela comunidade gondomarense, pelos atletas, pelos clubes que são nomeados e tudo isto é valorado pela comissão de avaliação. Os candidatos estão limitados ao concelho de Gondomar? Está limitado a dois requisitos essenciais: ser natural de Gondomar ou residir em Gondomar. Existe um regulamento, todas as pessoas e todos os municípios podem fazer candidaturas. Existe um período determinado da abertura das candidaturas, existem fichas de inscrição, qualquer pessoa pode-se candidatar quer uma associação, quer um atleta, quer um clube, pode preencher o formulário de candidatura e enviar a sua candidatura.

Qual é o principal propósito do município com a Gala do Desporto? A primeira palavra é dizer um obrigado. Um obrigado a todos, a todos aqueles que contribuem para que durante um ano, durante uma época desportiva, se pratique desporto em Gondomar. Obviamente que os resultados são importantes, contudo para o município a prática desportiva também é o mais importante. A forma de os reconhecer e dizer este obrigado é uma forma de os incentivar a continuar e também dizer-lhes que valeu a pena. Se falarmos de atletas de alta competição e do desporto federado sabemos que aqui o empenho é muito maior e a motivação nem sempre é a mesma, as dificuldades são muito grandes. O facto de anualmente, lhes dizermos “obrigado, o município está aqui do vosso lado para vos agradecer e para reconhecer o trabalho que todos têm”, por isso é que temos várias categorias que é para agradecer não só aos atletas, mas a todos aqueles que trabalham em prol do desporto. Para além da atribuição dos prémios o que haverá mais? Elementos musicais? Elementos de espetáculo? Não vou levantar muito o véu porque nós tentamos em todas as galas que haja sempre o fator surpresa. Posso dizer que o palco este ano vai ser completamente diferente de todos os outros, o apresentador vai ser o mesmo porque já é acarinhado por Gondomar, já faz desta gala sua e dá o seu cunho pessoal e acho até que a logística da celeridade da gala justifica, portanto vai ser na mesma o Ricardo Couto. Vamos ter momentos bastante diferentes de todos os outros que tivemos nos anos anteriores e em que também temos o foco na mesmo no desporto, na parte cultural e na animação, que eu espero que prendam as pessoas à gala desde o início até ao fim. Que só se levantem e só se vão embora após a autorização do Ricardo Couto, este é o meu apelo. Todos merecem respeito do primeiro ao último, a chamada tem uma ordem cronológica, portanto acho que por respeito, já não digo ao município de Gondomar, nem a quem preparou esta gala, mas pelo menos aos atletas, a todos aqueles que lá estão, todos merecem um aplauso da mesma forma desde o primeiro minuto da gala até ao último. Existe alguma novidade para este ano que possa adiantar? A novidade neste ano serão obviamente os atletas, o mérito dos atletas e o empenho de todos para que a Gala corra da melhor forma possível. Posso dizer que a Gala do Desporto vai ser mágica... ■

Desporto

A Comissão de Avaliação da Gala efetuou as seguintes nomeações, nas diferentes categorias: ASSOCIAÇÃO/CLUBE DESPORTIVO DO ANO Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres Clube Naval Infante D. Henrique Ala Nun’Álvares de Gondomar EQUIPA DO ANO Equipa de Seniores Femininos de Ténis de Mesa da Ala Nun’Álvares de Gondomar Equipa Seniores Femininos Double-scull de Remo do Clube Naval Infante D. Henrique Equipa de K2 de Canoagem do Clube Náutico de Marecos DIRIGENTE DO ANO Paulo Almeida Álvaro Cerqueira João Paulo Cruz ATLETA MASCULINO DO ANO Diogo Jota Diogo Nogueira João Rocha ATLETA FEMININO DO ANO Beatriz Bessa Marta Santos Raquel Martins TREINADOR DO ANO Fernando Pereira António Pereira Pedro Santos ATLETA REVELAÇÃO DO ANO Fábio Silva José Magalhães Janine Aimé DESPORTO ADAPTADO José Ribeiro Henrique Sousa Vítor Lima DESPORTO ESCOLAR Equipa de Juvenis Masculinos de Voleibol do Colégio Paulo VI Cristiana Gomes Equipa de BTT do Agrupamento de Escolas À Beira Douro DEDICAÇÃO António Eleutério Gonçalves Damião José Leitão David Moreira HOMENAGEM CARREIRA/FIGURA DESPORTIVA Henrique Hilário Rui Teixeira Ana Rita Vigário ATLETA DE EXCELÊNCIA Ricardo Braga (Ricardinho) PRÉMIO PRESTÍGIO José Ramos


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Desporto

Paulo Almeida: “Somos o maior clube português de remo” Paulo Almeida, presidente do clube há um ano e meio, explicou ao VivaCidade o processo e o crescimento que fizeram com que atualmente o clube seja uma referência em Portugal. Fale-nos um pouco sobre a história do Clube Naval Infante D. Henrique. O Clube Naval foi fundado em 1925, portanto já vamos com 94 anos de existência. Numa fase inicial era um clube modesto confinado à zona de Gramido em Valbom. Sempre teve remo, é a modalidade que teve desde o início. Foi um clube que começou a surgir com relevância no panorama nacional na modalidade, a partir do 25 de Abril. Começou a crescer, muito fruto das pessoas que se foram dedicando ao clube de forma voluntária e durante a década de 90 é quando se dá o grande salto da modalidade ao ponto de se tornar um clube de referência em Portugal. Depois com o surgir do programa Polis em Gondomar nós fizemos um acordo com a autarquia da altura e houve ali uma troca de interesses, se assim se pode dizer, porque nós tínhamos as nossas instalações em Gramido e eramos detentores de alguns terrenos naquela zona ribeirinha em Gra-

mido, terrenos esses que coincidam com a área de intervenção do programa Pólis. Então houve ali uma cedência de parte a parte, em que nós tínhamos as instalações, tínhamos os terrenos e em contrapartida foi nos construído um edifício novo, onde estamos localizados atualmente. A consequência desse edifício foi o aumento dessa capacidade de receber atletas. Foi assumido pela direção da altura e nós estamos agora a dar seguimento, que foi “se somos um clube que tem das melhores instalações em Portugal, então temos que assumir também um papel de sermos um líder da modalidade em Portugal. Desde que assumiram esse compromisso, como é que têm sido os resultados? Nós nos últimos 10 anos, fomos 9 vezes campeões nacionais, o que de alguma forma vem alinhado com aquilo que foi a orientação que a direção do clube decidiu e acho que é para continuar, é esse o nosso desígnio. Nós somos campeões nacionais, estamos a falar a nível global e não numa categoria especifica ou numa prova especifica. Somos o maior clube português de remo. É uma modalidade para todas as idades? É dos 8 anos para cima. Pode ir até 70, 80 anos. Quanto mais avançada estiver a idade mais dependentes estão da aptidão que a pessoa possa ter para prática da modalidade. É certo que a modalidade tem alguma exigência física, acima de

tudo na competição. São totalmente voluntários? Sim, a nossa modalidade já é suficientemente cara do ponto de vista dos materiais. As nossas embarcações são caríssimas, portanto o nosso esforço no ponto de vista financeiro é no sentido proporcionar as melhores condições possíveis para os nossos atletas. Não há nenhum atleta que necessite da sua própria embarcação para remar. Nós disponibilizamos o material todo, portanto o valor que os atletas pagam é apenas uma mera contribuição para os nossos custos, não cobrem as despesas.

dessas provas e alinhadas com as provas maiores que há a nível mundial nesta altura do ano. Já há nomes de atletas confirmados e que marcarão presença nesta prova do dia 27? Estamos a apostar nesta prova e este ano conseguimos garantir a presença do atual campeão do mundo, Martino Goretti, que por si só é um indicador do interesse que a prova está a ter. Vamos ter também já confirmados os melhores atletas nacionais, nomeadamente, aqueles que representam a seleção nacional, estamos a falar do Pedro Fraga, Nuno Mendes, Afonso Costa, a Joana Branco. ■

Quais são as competições que se seguem? Nós temos uma vertente para além da prática desportiva, também de organização de eventos em que organizamos sempre três regatas. A regata Aerobic Monsters que vai ser dia 27 de outubro, é uma regata que estamos a apostar largamente porque entendemos que em Portugal há um espaço para organizar regatas de referência a nível internacional. As exigências do ponto de vista logístico são menores e são mais adequadas àquilo que são os nossos recursos naturais, que é termos um bom rio para remar, que é caso do Rio Douro e considero que é o melhor rio em Portugal para se remar. As provas que se disputam nessa altura no inverno são provas de longo curso e, portanto, o rio Douro encaixa perfeitamente nos requisitos PUB


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Empresas & Negócios

Centro de estudos “Caderno Mágico” inaugurou em Rio Tinto A marca nacional da rede de franchisings, “Caderno Mágico”, já chegou a Rio Tinto. A "Caderno Mágico está presente a nível nacional, através das suas 8 unidades. O centro de estudos de Rio Tinto veio reforçar a sua estrutura na zona Norte e abriu as suas portas no dia 16 de setembro. Entre connosco neste mundo mágico! “O Caderno Mágico é um centro de estudos que não pretende ser uma segunda escola, mas sim, um local de aprendizagem, de estimulação intelectual e criativa onde os jovens se possam sentir como numa segunda casa”, quem o afirma é Marta Andrade Rodrigues, membro pertencente à direção do espaço recentemente inaugurado e que apresentou os métodos adotados. “O objetivo não é aplicar uma réplica do

modelo “escola” e sim ser um cantinho onde os alunos se sintam motivados pela nossa orientação na aprendizagem e se sintam felizes por focarmos a nossa atenção nas suas necessidades emocionais e individuais, considerando sempre as mudanças e desafios pedagógicos e educacionais.” Este centro de estudos, que abrange todos os ciclos escolares, conta com uma equipa de profissionais vocacionados para as mais diversas áreas curriculares, sendo que, todos eles são também fortes aliados na defesa dos valores e missão do ”Caderno Mágico”. Este projeto inovador conta também com o acompanhamento de um psicólogo que abraça questões pertinentes que afetam o desenvolvimento das crianças e jovens, tais como: divórcio, bullying e violência doméstica. Marta Andrade Rodrigues falou de uma adesão positiva neste primeiro mês, referindo que os “serviços diferenciadores” são os grandes responsáveis pelo interesse despertado no conceito. “Para além do apoio ao estudo e explicações individuais, um grande foco é a arte terapia que, através do mindfulness (estado mental de controlo sobre a capacidade de se concentrar nas experiências,

atividades e sensações do presente), complementa todo o apoio emocional das crianças e jovens sempre de forma lúdica e divertida. Com intuito de destacar a arte e expressão corporal, temos também a dança, que já conta com uma turma ao sábado de tarde, e onde se explora o movimento aliado à dança urbana. Um outro serviço diferenciador é o kidsitting para crianças a partir dos 3 anos, que permite aos pais usufruírem de “tempo próprio” e depositando toda a confiança na nossa experiência. A organização de festas de aniversário é também uma das nossas

valências com possibilidade de se praticar um aluguer de espaço e/ou a preparação de toda a festa. Em períodos de interrupções letivas, os campos de férias e ocupação de tempos livres serão um destaque. Face aos nossos espaços adaptados, decorrem também ações de formações o que permite dar oportunidade a qualquer pessoa para desenvolver os seus próprios projetos.” Objetivamente, este espaço pretende criar um ambiente acolhedor e familiar onde todos se sintam motivados, responsáveis e onde exista tempo para respirar, partilhar e ser feliz. ■

Loja “Os Netos” inaugura o seu novo espaço em Fânzeres A loja de Calçado, Vestuário e Acessórios “Os Netos” encerrou o seu antigo espaço na rua da Boavista em Rio Tinto e inaugurou o seu novo espaço na Avenida da Carvalha em Fânzeres para servir melhor os seus clientes. No passado sábado, a freguesia de Fânzeres ganhou uma nova loja na Avenida da Carvalha que promete oferecer e acrescentar uma maior variedade a nível de comércio. Depois de encerrar o seu espaço na rua da Boavista em Rio Tinto, a loja “Os Netos” deslocou-se para um novo espaço mais amplo de forma a servir melhor os clientes e para ter mais visibilidade. “A rua onde estávamos era uma rua secundária e aqui estamos numa rua principal, com bastante movimento, com melhor acesso a nível de

transportes públicos e alteramos para aqui para agradar os clientes”, esclareceu Ângela Carvalho, responsável pela sapataria. Para além de Ângela Carvalho, também o seu pai é responsável pelo espaço que se diferencia dos restantes pela maior variedade a nível de calçado, pelo maior poder de escolha e pelos preços mais acessíveis. Do antigo estabelecimento trazem consigo a mesma qualidade de atendimento e os clientes fiéis à marca “Os Netos”. “Temos clientes já fidelizados connosco e que nos vão acompanhar nesta mudança. Por isso o objetivo é manter os clientes que já tínhamos e ao mesmo tempo angariar uma nova clientela”. Desde sapataria, calçados e acessórios, “Os Netos” permitem a todos os clientes, desde crianças até adultos, comprar de tudo no mesmo espaço e por isso as expectativas não poderiam ser melhores “A nossa expectativa é melhorar o desenvolvimento da loja, mais venda, mais poder de compra e variedade, com preços mais acessíveis”, concluiu Ângela Carvalho. ■


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Empresas & Negócios

José Barbosa: “O Estado português devia pagar a qualquer cidadão o funeral por inteiro”

A Funerária Saramago é a empresa mais antiga de Gondomar e uma das mais antigas do país. José Barbosa, proprietário do espaço, seguiu as pisadas dos seus antecessores, numa casa com tradição onde se realizam centenas de funerais por ano e, com o Dia de Todos os Santos cada vez mais próximo, partilhou a sua experiência e relatou a evolução dos funerais ao longo dos anos. Funerais no Passado Eu ainda sou do tempo de fazer dois funerais que eram puxados a coches. Nessa altura já havia o transporte motorizado, ou seja, feito por viaturas funerárias mais ou menos elaboradas. Eram carros bastante pesados no seu aspeto, definiam bem o que era um carro funerário, não é como agora que passam despercebidos e as pessoas nem sabem se é ou não é um carro de funeral. O funeral definia-se até pelos horários. Se o funeral se realizasse de manhã era funeral de pessoa abastada, se o funeral fosse da parte da tarde, normalmente era o funeral do pobre. Antigamente, em qualquer funeral médio-alto de estratos sociais, as pessoas ficavam em casa e era criada uma câmara ardente dentro da residência. Normalmente eram depositados os corpos na melhor sala ou no melhor espaço que existia na residência. Era a tradição e nós os agentes funerários tínhamos de formar uma câmara ardente, tínhamos de forrar tetos, paredes, chão, tudo isso para criar uma imagem muito sentimentalista e pesada com ornamentações pretas, lilás, dourado com muitas velas a arder e jarras com flores. Faziam-se autênticas procissões no trajeto entre a residência e a igreja e era distribuída às pessoas uma tocha que ia arder todo o caminho. Havia também nessa altura, o Seminário dos Meninos Desamparados do Porto, para pôr um cortejo na via pública com muitas pessoas, e então vinham os meninos com o capucho, com uma capa, a acompanhar e a segurar uma vela. Chegando à igreja, ela tinha de estar toda ela forrada de preto ou lilás, onde havia uma série de imagens alusivas ao ato que se estava a celebrar. O corpo entrava dentro do templo da Igreja eram feitas solenes exéquias e cânticos, tudo alusivo à morte, sempre feito até às 13h. Quando havia um falecimento de alguém de famílias desses estratos, por exemplo às 19h ou 20h da tarde, a pessoa ia estar duas noites em casa e nós tínhamos de dar toda a assistência. Havia um princípio que nos era imposto de criarmos um ambiente pesado. Surgimento das Capelas Mortuárias Depois mais tarde começaram a aparecer as capelas mortuárias. Nestas capelas começou-se a

mudar a mentalidade em que já não havia velórios noturnos e se havia, começaram a ser restritos. Isso foi a primeira transformação que ocorreu. Hoje posso dizer que nas centenas de funerais que esta casa faz por ano, deve-se contar pelos dedos da mão, os casos em que ficam em casa, cada vez mais é uma quantidade muito pequena, até pelos problemas de vírus e doenças e dessa forma vão para as capelas mortuárias. Começaram a ir para as capelas mortuárias e eu acho bem por muitas razões, mas a principal é a de as pessoas terem um pouco de descanso porque, por muito afastamento sentimental que haja, as pessoas ficam sempre confrangidas, não é um momento muito bom e, portanto, o afastamento será a melhor forma e aí entram as capelas mortuárias. A adesão às Cremações A partir dos anos 80, já com este desdobramento de hábitos, apareceram as cremações, apesar de muito raras. No pós 25 de Abril, com a vinda dos “retornados”, vieram pessoas mais da zona de Moçambique que por crenças religiosas, eram cremadas mas no sistema tradicional com a pira. Pedia-se uma autorização ao Governo Civil e como não tínhamos crematórios, o único crematório que havia era em Lisboa e estava inativo, foi-nos concedida uma autorização para depois do cemitério fechar e num espaço livre fazer a cremação. A urna era colocada no chão de um espaço, tudo era coberto com lã e um familiar ateava fogo à pira reduzindo tudo a cinzas num curto período. Isto obrigou o nosso Estado a criar crematórios, ativou o Crematório do Alto de São de João, que foi durante muitos anos o único crematório que tínhamos no nosso país. O mundo de crematórios começou a aparecer e hoje já temos uma grande quantidade de crematórios e as pessoas já estão a aderir às cremações. Mudanças de hábitos ao longo dos anos Hoje as pessoas são sepultadas ou cremadas em urnas, antigamente eram em caixões. Caixões que eram decorados com os mais diversos tecidos, mas com arte. Hoje somos agentes funerários, mas antes eramos armadores porque tínhamos de saber decorar, tínhamos de ter um conhecimento profundo. O funeral era muito valorizado e com as capelas mortuárias começou-se a desvalorizar um bocadinho a parte de pompa e daquele impacto pelas mais diversas razões, entre elas, o aumento da população. Hoje não se podia fazer procissões conforme se faziam e hoje em dia, felizmente minimiza-se a imagem negativa. As decorações das capelas em vez de serem preto ou lilás, começaram a fazer-se mais em cinzento e branco, as urnas em si começaram por modificar um bocado e já a aplicarmos mais o branco e o dourado do que o preto, os carros funerários deixaram de ser pretos e começaram a ter cores mais diversas, como hoje se vê. Diferenças de hoje em dia para os funerais de antigamente As principais diferenças que existem são sobretudo ao nível da recessão monetária. Antigamente os honorários dos funerais comparativamente com o

momento presente eram um disparate, mas ainda se fazem para pessoas abastadas. Um funeral normal pode custar 1500€ ou 2000€, já um funeral desses é capaz de custar 15000€ ou 18000€. Antigamente tínhamos casos de funerais que, para além dos Meninos Desamparados, para além dos serventes da urna devidamente uniformizados, vinha uma banda de música atrás do cortejo. Para uma banda de música hoje em dia deve ser preciso pagar uns 9000€. Também há diferenças ao nível de benefício estatais. Nós durante muito tempo lutamos pela nossa dignidade, porque durante muitos anos se me perguntassem quantas pessoas faleciam em Portugal não havia dados disso. Nem de quantos cemitérios havia no nosso país, nem de quantas agências funerárias existiam. Era um bocado um mercado caseiro sem muitas regras, definiam-se critérios à mercê de cada um. O 25 de abril veio revolucionar um bocadinho isto, veio modificar e criar condições. Entretanto aumentou o número de agências funerárias, simplificou-se o caso das trasladações e tudo isto deu acesso a uma quantidade de agentes funerários e, com o devido respeito, tem legitimidade para laborar, fazendo uma formação de 3 anos em que se tem de ter essa formação para ter o mínimo de conhecimento, mas esta é uma atividade que não se aprende em 3 anos, nem em 30 anos, nem em 300 anos. Aprende-se no dia a dia, porque dificilmente há um funeral igual. Ou por critérios da família ou por critérios que o falecido em causa em vida determinou ou pela localidade do falecimento ou pelo local onde vai ser feito o enterramento. Há diferenças sempre de prestação de serviços. Com a abertura de uma infinidade de empresas funerárias que apareceram por aí, esses senhores começaram por ver que é um “negócio da China”. Morre-se e as pessoas precisam de um agente funerário para tratar de um funeral. Só que para ter uma casa funerária minimamente apresentável e ter os quesitos necessários para laboração da mesma é preciso haver um número mínimo de funerais e de um rendimento mínimo para suportar as despesas. Por isso iludiram-se e depois não têm serviço

e aí entra o mercado negro. Nos 55 anos de atividade profissional que tenho, posso dizer que no distrito do Porto já abriram e fecharam algumas dezenas, se não centenas de agências funerárias que foram iludidas nessa ótica. Os próprios concorrentes banalizaram o serviço funerário, para fugir as despesas, para fugir a encargos, quer dos agentes funerários quer da própria família que não tem fundo de maneio. O futuro dos funerais Existem um conjunto de fatores que levam a que a agência funerária a muito médio prazo vai ser estatizada, ou seja, o Estado vai ter que assumir, perante as agências funerárias, a despesa do funeral e então nessa altura a pessoa falece é enterrada e acabou. As pessoas vão ter que prescindir de toda aquela pompa, todos aqueles hábitos que até antes existiam. Isto é uma perspetiva um bocado pessimista, mas é uma realidade. Por exemplo, nós chegamos a uma casa com um casal com 4/ 5 filhos e a avô faleceu e está tudo desempregado. Garantias não há nenhumas e nós somos empresas que temos os nossos encargos, as nossas obrigações a cumprir e não somos Santas Casas da Misericórdia. O Estado português devia pagar a qualquer cidadão o funeral por inteiro, com a dignidade, os hábitos e os costumes da sua localidade. Isto porque a criança quando nasce já está a pagar impostos, portanto nós somos os trabalhadores do Estado e o Estado quando devia comparticipar, dificulta através da Segurança Social. A dignidade da classe funerária está hoje muito afetada pelo surgimento de empresas funerárias não qualificadas e pelo desrespeito do próprio Estado pela atividade em causa. Infelizmente, a atividade banalizou-se, há profissionais sem qualquer formação para o desenvolvimento da profissão e que se socorrem de subterfúgios vários (e pouco lícitos) para obter trabalho. É sobretudo este desrespeito pelo momento de perda e de dor, lamentavelmente encarado por muitas empresas apenas como uma oportunidade de negócio, que muito tem contribuido para a imagem menos positiva do setor funerário. ■


VIVACIDADE OUTUBRO 2019 33

Empresas & Negócios

Inauguração da RE/MAX Speed em Rio Tinto A RE/MAX SPEED chegou a Gondomar, tendo realizado a inauguração oficial no dia 10 de outubro, em Rio Tinto, depois da RE/MAX Vintage e da RE/MAX Majestic no Porto, da RE/MAX Rapid em Gaia, da RE/MAX Oceanus em Matosinhos. A RE/MAX chegou a Gondomar depois de inaugurar a sua nova loja em Rio Tinto. Paulo Pinto - CEO Grupo RE/MAX Dragão, revelou que o novo espaço “é o continuar de um processo a nível de investimento e de consolidação de lojas”. “Nós só abrimos uma loja depois de a última estar perfeitamente consolidada”, adiantou. Para Paulo Pinto, esta nova loja situada na Avenida da Conduta “está mais completa do que as restantes”. “Para mim esta é a loja que eu idealizo como perfeita. É uma loja virada para o cliente, não descurando o staff que tem gabinetes suficientes para estarem à vontade”. No que diz respeito ao staff, fazem parte seis pessoas neste grupo e Paulo Pinto elucidou acerca das suas funções. “Seis pessoas fazem parte do staff. Temos uma coordenadora que faz a função também de gestora processual, temos uma diretora de loja, temos uma coordenadora de recursos humanos, temos também uma técnica de recursos humanos, temos uma pessoa ligada ao marketing, aliás temos o marketing instalado nesta loja e temos também uma diretora comercial”. Questionado acerca do principal desejo para a RE/MAX Speed, Paulo Pinto não hesitou na resposta. “Queremos ser líderes de mercado em Rio Tinto. Tem sido esse o nosso caminho e temos sido bem-sucedidos dessa forma.

> André Mayer, Tânia Fernandes e Paulo Pinto a inaugurar a loja de Rio Tinto da RE/MAX Speed

Tânia Fernandes, diretora da loja, mostrou-se orgulhosa e entusiasmada no dia da inauguração e revelou que este foi um passo importante na implementação no mercado em Gondomar. “Nós temos uma loja em Gaia, Matosinhos, Porto e Gondomar era dominada por uma outra marca da concorrência e o nosso grupo achou que seria importante apostar neste mercado que é grande e que está em crescimento”. A diretora da loja divulgou que o seu principal foco, prende-se no crescimento da sua equipa a nível de recursos humanos e recrutamento. “Temos vindo a crescer e somos uma agência que está a implementar-se, estamos cá há 2 meses e meio. Crescer em termos de recursos e depois continuar a trabalhar servindo o cliente

e prestando o melhor serviço possível”. Para pertencer ao staff, Tânia Fernandes revelou que os principais requisitos são a dedicação, a vontade, o empenho e o gosto pela comunicação, sendo que as competências se acabam por adquirir e aprender com as formações.

Além do desejo partilhado com Paulo Pinto em serem líderes de mercado, Tânia Fernandes “quer que as pessoas se sintam bem, que gostem daquilo que fazem e que consigam concretizar em termo de negócio aquilo que pretendem para o seu futuro”. ■

> António Brás marcou presença na inauguração da loja RE/MAX Speed

> Staff da RE/MAX Speed


34 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Empresas & Negócios

Casa Martins: Há mais de 60 anos a servir Gondomar Sediada na Rua Doutor Severiano em Fânzeres há 64 anos, a Casa Martins é um estabelecimento de referência não só na freguesia, mas também no concelho de Gondomar. Pelas palavras do Sr. Martins, proprietário e fundador do espaço, viajamos no tempo e descobrimos tudo sobre a história da casa que, segundo o próprio, “tem um pouco de tudo”. Domingos de Moura Martins, conhecido por todos como Sr. Martins, completou 90 anos no dia 19 deste mês e grande parte da sua vida foi dedicada ao seu espaço de comércio geral, a Casa Martins. A trabalhar desde a quarta classe, foi na Casa Moriber, na Rua das Flores, no Porto que, com apenas 15 anos, começou a dar os primeiros passos em ferragens enquanto funcionário de uma firma comercial. Anos mais tarde viria a tirar o seu curso no mesmo local e acabaria por ser transferido para tomar conta de um negócio em Moçambique. Já perto dos 30 anos regressou e abriu a Casa Martins sozinho, revelando ao VivaCidade que sempre foi “muito metódico e com uma tática de trabalho bem definida”. “Aluguei uma oficina que estava fechada, reconstruí e comecei a fazer obras para um estabelecimento. Depois fui começando a ganhar uns dinheiritos e com o tempo comprei um terreno no qual

> O Sr. Martins proprietário da Casa Martins

construi a minha casa aqui de habitação e loja”. Apesar de já naquela altura existirem três drogarias, o Sr. Martins iniciou o seu negócio com outro tipo de artigos, de forma a diferenciar-se dos restantes estabelecimentos. “O nosso serviço de início era ferragens, mas depois foi-se diversificando. Aos poucos fui-me “infiltrando” na ourivesaria, a fornecer artigos para essa indústria. Nessa mudança é que tive mais lucro porque ganhei muito dinheiro com isso”, adiantou. O atendimento personalizado e o contacto próximo entre os funcionários do estabelecimento e os clientes são um dos pontos fortes da Casa Martins, que procuram dar resposta às necessidades da sua clientela. “As pessoas gostam de cá vir e são bem atendidas. É preciso saber atender e saber vender ao cliente e foi por isso que eu singrei na vida. Qualquer problema que o cliente tenha a nível de consertos pequenos, nós

resolvemos”. No seguimento da questão dos consertos pequenos, o Sr. Martins exemplificou um dos vários casos que surgiram naquela que é a sua casa há mais de seis décadas. “Houve uma senhora de Melres que veio aqui à Casa com um pulverizador que tinha comprado e que avariou. Já tinha ido a todo o lado e disseram-lhe para ir à Casa Martins que resolviam o problema e nós resolvemos aqui. Não deu lucro, mas servimos a cliente e ela agradeceu muito”. A constante expansão e crescimento da freguesia no que toca a grandes superfícies acabam por cercar o espaço e afetar o negócio, mas o Sr. Martins mantém-se seguro e confiante, uma vez que têm “uma certa clientela que nos dão preferência” pelo “atendimento

personalizado” já acima referido. Atualmente o Sr. Martins partilha o estabelecimento em sociedade com a filha Maria Teresa, naquele que é um espaço familiar onde trabalham três pessoas, entre os quais a sua filha, a neta e um funcionário, sempre com o olhar atento do seu patriarca que continua a acompanhar de perto o negócio que criou. Para o Sr. Martins não há dúvidas: “Não há casa nenhuma em Gondomar que tenha tanto material diversificado como eu”. Ferragens, ferramentas, artigos para a indústria de ourivesaria, tintas, artigos de bricolage e muito mais, podem ser encontrados na Casa Martins inclusive aos sábados durante todo o dia. ■


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36 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Lazer RECEITA CULINÁRIA

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest

DESPORTO

EXPOSIÇÕES

9 de novembro, 21h

25 outubro a 1 dezembro

O Município de Gondomar promove no Multiusos a V Gala do Desporto.

Receita de Torta de Bacalhau

INGREDIENTES • 400g de bacalhau demolhado • 70 ml de azeite • 1 cebola picada • 2 dentes de alho picados • 2 colheres de sopa de farinha • Salsa picada q.b. • 250 ml de leite • Sumo de limão q.b. • 6 ovos • 100g de farinha • Sal q.b. • Pimenta q.b. • Noz-moscada q.b.

Exposição de pintura de A. Dias Machado, com curadoria de Agostinho Santos. Casa Branca de Gramido.

26 outubro a 30 novembro

No recreio: – Joãozinho, achas que sou bonita? – Claro, Lili… – Então quer dizer que casas comigo quando formos grandes? – Não. De forma alguma! A Lili triste pergunta: – Se sou assim tão linda, porque não casas? Sou muito feia… diz a verdade! – Não é nada disso – explica o Joãozinho -, é que na minha família só nos casamos em família… A minha mãe casou com o meu pai; o meu avô com a minha avó, a tia com o tio… Percebes?

Foto DR

Exposição de pintura de Valter Hugo Mãe, com curadoria de Agostinho Santos. Auditório Municipal de Gondomar

Steam: à conquista do mercado dos videojogos VIVA TEC | Fábio Silva

Foto DR

HORÓSCOPO

Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora

210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt

Amor: Poderá ser surpreendido pelo seu par. Aproveite a surpresa. Viva o presente com confiança! Saúde: Tente manter a calma, pois o seu sistema nervoso anda um pouco frágil. Dinheiro: Este é um momento favorável, aproveite para fazer o que já tinha planeado.

Hoje em dia, se nos dirigimos a qualquer loja com venda de videojogos, veremos que as prateleiras são dominadas pelas principais plataformas do mercado, como PlayStation, Xbox e Nintendo. Ao contrário de tempos passados, estão cada vez menos presentes os jogos físicos para o meio mais mutável e personalizável de todos - os computadores pessoais - e tal deve-se à existência de plataformas de distribuição digital de videojogos, entre as quais se destaca, largamente, o Steam. Lançado como uma loja online em 2003, o serviço foi evoluindo e tornou-se numa plataforma mais completa, integrando o aspeto fulcral - a distribuição dos mais variados videojogos - com uma componente social, através da implementação de perfis, chats e conquistas. Assim, os jogadores mantêm um reportório das suas aquisições e desempenho, podendo partilhá-las com uma vasta comunidade virtual. O Steam tem origem nas mentes de Gabe Newell e Mike Harrington, ex-funcionários da Microsoft que, em 1996, criaram a Valve e, dois anos depois, lançaram o revolucionário “Half-Life”. O sucesso e impacto deste primeiro título levou à criação de modificações por terceiros bem-sucedidas, como o famoso “Counter-Strike”. Nos primeiros anos da década de 2000, a Valve teve a necessidade de criar uma plataforma segura para lançamento de atualizações automatizadas, de modo a evitar que os jogadores ficassem privados de aceder aos seus videojogos. Assim, em 2003, nasce o Steam e é lançado o primeiro jogo totalmente digital: “Day of Defeat”. O sucesso inicial do Steam motivou outras empresas a venderem os seus produtos nesta plataforma, oferecendo esta a possibilidade de publicarem conteúdos próprios nas páginas dos seus jogos, opções de cobranças flexíveis, controlo de versões e sistema antipirataria, tornando-a numa entidade única no mercado. Em agosto de 2007, a Valve lança a Comunidade Steam, na qual os utilizadores poderiam conversar entre si, trocar experiências, fotos, vídeos e outros arquivos de maneira fácil e prática, difundindo os jogos em multiplayer. Por sua vez, o ano de 2008 traz a Steam Cloud, um sistema de backup online dos jogos e configurações efetuadas pelos jogadores, evitando que quaisquer dados fossem perdidos. Desde então, a empresa tem investido nas plataformas móveis, na difusão de criadores independentes e em equipamentos próprios, pelo que restará apenas esperar para saber o que o futuro trará aos jogadores.

Preparação: Numa panela com água a ferver, coloque o bacalhau a cozer durante 10 minutos. Depois do bacalhau cozido, limpe o bacalhau de peles e de espinhas e desfie-o. Reserve 250 ml de água de cozer o bacalhau. Num tacho, leve ao lume o azeite, a cebola e o alho. Junte a farinha e mexa muito bem. Aos poucos e mexendo sempre, junte a água de cozer o bacalhau e o leite. Quando o creme começar a ferver, junte o bacalhau e a salsa. Tempere com pimenta, noz-moscada e sumo de limão. Caso seja necessário, tempere também com um pouco de sal. Misture tudo e deixe cozinhar até ferver. Parta os ovos para uma tigela e bata-os até ficarem fofos e volumosos Peneire as 100g de farinha para dentro da tigela. Tempere com um pouco de sal e pimenta. Coloque a massa num tabuleiro de ir ao forno com 36x25 cm forrado com papel vegetal e untado com manteiga. Leve ao forno pré-aquecido nos 170º e deixe cozer entre 8 a 10 minutos, sem deixar cozer demasiado. Depois da torta cozida, vire-a sobre uma folha de papel vegetal e deixe arrefecer um pouco. Por cima, espalhe o recheio de bacalhau. Com cuidado, enrole o papel vegetal de maneira a que a torta fique bem aconchegada. Depois da torta enrolada coloque com cuidado numa travessa e retire o papel vegetal. Sirva a torta fria, acompanhada de salada mista.


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38 VIVACIDADE OUTUBRO 2019

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

"Considerações Inequívocas" Joana Resende| PS Inequívoca é a palavra de ordem das eleições legislativas Inequívoca a confiança que os portugueses depositam em António Costa e no Partido Socialista para que continuem o trabalho de políticas de recuperação e valorização dos rendimentos, do trabalho e do serviço público. Inequívoca a vontade em continuar na linha da mudança iniciada em 2015, com as mesmas políticas que permitiram ao país chegar aos bons resultados, aos índices mais altos do crescimento económico português, e aos valores mais baixos de desemprego dos últimos anos. Inequívoco é também o contraciclo europeu. Numa al-

tura em que na europa é significativa a atividade dos populistas da extrema direita e o declínio centrista, o Partido Socialista Português devolveu o país a um crescimento sustentado e à saúde orçamental que os eleitores souberam reconhecer. É inequívoco que mesmo com mais assentos parlamentares do que em 2015, o PS terá a necessidade de fazer alguns acordos. Cito por isso António Costa, que mostra a continuidade do caminho iniciado em 2015, orientado que foi e é pela vontade dos nossos eleitores: “Não impomos nada a ninguém, não fazemos ultimatos a ninguém, estamos de espírito aberto e não vamos

reerguer o muro derrubado há quatro anos”. (in Comissão Nacional do PS 26/10/2019) É inequívoca também a sensibilidade dos portugueses para as políticas de esquerda, que têm hoje uma das maiores representações no Parlamento, significando desta forma que é possível darmos mais, crescermos mais e sermos cada vez mais sensíveis às pessoas e às suas necessidades. O País está melhor e com a governação dum PS perito em negociar à esquerda e à direita, temos hoje estabilidade e confiança, numa Europa que cada vez mais olha para Portugal como um exemplo a seguir, ligados entre

uma forte Economia e uma boa gestão dos nossos Recursos, levando Portugal a produzir mais e a financiar-se menos, com custos de Estado controlados e criando um maior investimento às empresas e aos particulares. É inequívoca a grande liderança de António Costa bem como a excelente equipa que o apoia, mantendo a experiência aliada a uma forte representação jovem, possibilitando assim acreditar num futuro melhor, ligado a um enorme sentido de responsabilidade e compromisso, com a noção da realidade do país e investindo nas pessoas, nas empresas e levando o bom nome de Portugal pela Europa e pelo Mundo fora.

Gondomar e a sua representação na Assembleia da República Valentina Sanchez | PSD Definido internamente em cada partido o lugar atribuído ao candidato a assembleia da república, o PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA FOI O ÚNICO PARTIDO QUE ATRIBUIU LUGAR ELEGÍVEL A GONDOMAR, na pessoa da Dra. Germana Rocha Foi candidata em 6° lugar na lista dos deputados do distrito do Porto, conseguindo assim garantir um lugar por Gondomar na A R.

Natural de Covelo, desde muito nova ligada aos movimentos juvenis, viveu sempre de uma forma altruísta, lutando pelas causas emque acredita.. Democrata cristã foi vereadora, exerceu o cargo de Diretora Municipal de Recursos Humanos na câmara municipal de Gondomar, e quem privou com o seu trabalho, sabe o quão humanismo colocava em tudo que fazia. Em 2015 é candidata a Assembleia da República, pelo

PSD, e é eleita! Assume a coordenação da área de Educação e Ciência e dos deputados do distrito do Porto. Lutou por Gondomar nestes últimos 4 anos, e tinha bandeiras firmes por nós! Os resíduos de São pedro da cova, uma solução para o metro em Gondomar, o Centro de Saúde de Baguim e a requalificação do Parque Escolar Agora, inicia assim um novo mandato, renova algumas

bandeiras como a remoção dos resíduos de São Pedro da Cova, a linha do metro até ao centro do concelho, a qualidade das águas fluviais de Gondomar, a construção do Palácio da Justiça, a defesa de uma rede social de apoio aos idosos e aos cuidadores informais. Depois do reconhecimento do trabalho desenvolvido, contamos com mais 4 anos de empenho e dedicação a Gondomar, ao Porto e a Portugal.

O projeto transformador da CDU Maria Olinda Moura | CDU A CDU tem uma visão transformadora para Gondomar assente num conjunto de propostas, pontuais e estruturais para o desenvolvimento do concelho. Propostas que são um contributo sério para o debate institucional e político que tanta falta faz ao concelho, mesmo que, não raras vezes, as maiorias que têm gerido o município optem pela sua rejeição. Neste mandato e para cada orçamento da CMG, a CDU tem apresentado um conjunto de sugestões que, no essencial, dariam resposta aos problemas concretos com que os gondomarenses estão confrontados. No entanto, tal como temos vindo a assinalar, falta um projecto estruturante para o concelho, um projecto que vá para lá de cada orçamento e de cada acto eleitoral. Um projecto para as próximas gerações. Desde logo, falta uma gestão séria e equilibrada dos recursos humanos da autarquia assente na valorização profissional do pessoal ao serviço do Município e da sua acção diária ao serviço das populações, recuperando-se o controlo directo dos serviços municipais concessio-

nados (abastecimento de água, recolha e tratamento das águas residuais, recolha de resíduos e limpeza urbana, gestão das cantinas escolares, serviços de limpeza dos equipamentos), assim como é necessário uma redução estrutural do recurso permanente à prestação de serviços. Falta uma política fiscal municipal que contribua para o alívio da carga fiscal dos Gondomarenses, repondo no imediato a taxa de IMI praticada em 2017, e a criação de mecanismos fiscais de estímulo às micro, pequenas e médias empresas, valorizando a criação de emprego e o combate à precariedade. Falta a definição clara de uma política orçamental que privilegie a captação de meios financeiros comunitários e nacionais no financiamento dos investimentos necessários para o efectivo desenvolvimento do concelho, dando prioridade à reabilitação do edificado, aos equipamentos públicos a necessitar de manutenção, à construção e gestão de espaços municipais na área da cultura, do desporto e do lazer. Falta a valorização do papel das Juntas de Fre-

guesia na resolução dos problemas locais, com respeito pela sua autonomia e reforço dos meios financeiros e técnicos. Falta o direito à mobilidade interna e externa das populações, sendo decisiva a concretização das linhas do Metro que fechem o anel Campanhã, Valbom, S. Cosme, Fânzeres, Estação do Dragão. Falta a eliminação das portagens no alto concelho e a defesa da STCP como operador público. Falta uma política urbanística e de ordenamento que garanta a sustentabilidade e a coesão do território gondomarense, que não isole espaços, que combata o permanente desequilíbrio populacional e a especulação imobiliária, que garanta o equilíbrio e a continuidade ecológica, que estimule a fixação da população no alto concelho, que crie novos e arrojados espaços industriais com a dimensão que o concelho necessita. Falta a recuperação da qualidade e valorização dos recursos naturais e ambientais do concelho (com investimento concreto no Parque das Serras e na floresta, na valorização do Douro, bem como dos rios

Ferreira, Sousa, Tinto e Torto), assim como a resolução de problemas urgentes (resíduos perigosos, saneamento e tratamento das linhas de água). Falta a definição de um modelo de desenvolvimento cultural e socioeconómico que aproveite e valorize os recursos endógenos: a ourivesaria e a marcenaria, o património mineiro e os valboeiros, as lendas e tradições populares, os arraiais e as quintas históricas, os nabos e as nozes, as tradições desportivas como o atletismo, o remo e o hóquei, o imenso movimento associativo e popular, o teatro, a dança, as bandas filarmónicas e o folclore. Falta uma gestão que valorize o poder local democrático, o debate público, que envolva os moradores da habitação pública na gestão do espaço a habitar, que promova a participação das populações e do movimento associativo. Sobre estas questões estruturantes, a CDU apresenta reiteradamente propostas que são, no essencial, rejeitadas pela maioria PS na CMG. Esperemos que seja possível uma outra forma de pensar e agir.


VIVACIDADE OUTUBRO 2019 39

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

O que vai acontecer ao Monumento ao Ourives?

David Santos | Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro No passado dia 22 de outubro, com a tomada de posse dos deputados eleitos para a Assembleia da República, encerrou-se um ciclo para, de imediato, outro ter o seu início. Depois de campanhas, sondagens, algumas polémicas e, finalmente, a contagem dos votos, dos 230 eleitos vi, com enorme satisfação, nomes de conceituados gondomareses. Já aqui o afirmei... E repito-me. Gondomar precisa de ter vozes ativas na Assembleia da República. Gondomar precisa de continuar a ser representado neste “centro” de poder. E, com a presença de eleitos (que representem Gondomar), assim poderemos aspirar a não cair no esquecimento de um poder que, por vezes, é muito centralizado e centralista... Acho que nesta legislatura, com os eleitos que nos representam, conseguiremos que o Governo Socialista se “lembre” de Gondomar e dos investimentos que este município precisa e exige! A assinalar a tomada de posse de Germana Rocha, diretamente eleita nas listas do PSD. E também Carlos Brás, se bem que só tenha assumido as funções de deputado

depois de alguns elementos da lista terem sido chamados para outras funções. Mas estes dois nomes serão, por certo, elementos que irão defender de forma intransigente os anseios de todos os gondomarenses. Passando do nacional para o (mais) local, acompanhei atentamente as notícias e os pormenores sobre o novo Parque Urbano de Gondomar. É uma ideia muito interessante e com a qual, enquanto projeto, concordo plenamente. Mas fico com duas preocupações... A questão do terreno e as desavenças com o(s) proprietário(s) já estão resolvidas? Se sim, tanto melhor... Depois, complementarmente, há algo que não entendi muito bem. Há um novo espaço verde, zonas de convívio e lazer, espaço para a (muito) futura linha do Metro e um projeto que, repito-me, é interessante. Mas o que vai acontecer ao Monumento ao Ourives??? Será demolido? Recolocado noutro local? Armazenado? Escondido? Não podemos, enquanto Capital da Ourivesaria, “matar” um símbolo concelhio. Projetado por Arlindo Moura (ourives de Gondo-

mar), este monumento presta homenagem à indústria de Ourivesaria do município. Antes que “desapareça” da história, escrevo para memória futura que os três elementos base são a banca, o ourives e o aprendiz. E a coluna, com oito metros de altura tem cravado réplicas de ferramentas usadas nesta nobre arte gondomarense. E socorro-me do site da Câmara de Gondomar para citar o seu presidente sobre o Monumento ao Ourives e a homenagem a António Moreira da Silva: «Marco Martins, Presidente do Município, destacou o empenho e luta de António Moreira da Silva na defesa da ourivesaria e de Gondomar, luta que deu frutos aqui representados no monumento ao ourives. “Gondomar agradece à família e a todos os ourives que hoje perpetuam o trabalho de António Moreira da Silva, também é por vós que Gondomar é D’Ouro”, finalizou. [...] Lutou para dignificar e reconhecer os ourives de Gondomar, tendo acalentado o sonho de ver erigida uma estátua aos ourives de Gondomar numa praça gondomarense, bem como a celebração de uma missa anual, no dia 1 de dezembro, em honra do Santo Elói, padroeiro dos ouri-

ves. Vê o seu sonho concretizado, em 2009, com a inauguração do Monumento aos Ourives de Gondomar. Em 2011 foi aprovada, por unanimidade, a atribuição da Medalha de Honra da Cidade de Gondomar, grau ouro, a António Moreira da Silva» Haja memória, então! Já que me refiro ao Monumento ao Ourives, aproveito para “atravessar” a rua e falar do Multiusos. O que se tem passado com o Multiusos? Parece que a questão do “elefante branco” está de regresso... O atual presidente da Câmara muito disse e ainda mais fez para promover o local. Apontou os “habituais” erros do passado e tentou criar novas dinâmicas. Mas a coisa parece estar a esmorecer. E Guimarães continua a marcar pontos. E o Porto “ameaça” com o renovado Palácio de Cristal. Finalizo com um não-assunto em poucas palavras. Parece que Gondomar tem vereadores-fantasma, daqueles que renunciam às funções (para seguir com outro projeto) mas que insistem em usar as redes sociais para aparecer, falar do município e, até, recordar a obra feita. O orgulho é imenso, de facto.

Tempo de reflex/ão Pedro Oliveira | CDS-PP

Não podemos relativizar. O resultado eleitoral do CDS nestas últimas legislativas, foi claramente frustrante para todos quantos acreditam na democracia cristã como ideologia potenciadora de padrões de desenvolvimento manifestamente facilitadores de um quotidiano digno, moderno e sensível, ou seja, de ampla realização pessoal. A conjuntura fazia com que as perspectivas eleitorais não fossem audaciosas para o partido que continuava a ser penalizado, necessariamente de forma injusta e inadvertida, pela sua intervenção governativa do tempo da Troika. Contudo e apesar destas contidas perspectivas o desaire eleitoral do CDS foi francamente abaixo

das mais pessimistas previsões, passando de uma realidade de 18 para 5 deputados, aproximando-se perigosamente daquele que foi o seu pior resultado de sempre em que apenas elegeu 4 deputados. Acreditamos que a representação do partido já estivesse relativamente inflacionada neste último mandato, fruto da contabilização dos resultados eleitorais acordada com o PSD na coligação então formalizada. Ainda assim 4,2% é inequivocamente pouco para um partido formador da democracia e defensor de um modelo de desenvolvimento consentâneo com os melhores exemplos europeus. Neste sentido aplaudimos a clarividência da líder do

partido, Dra. Assunção Cristas, ao retirar, ainda no próprio dia das eleições, as inerentes ilações políticas de um resultado tão crítico, garantindo um novo ciclo na direcção do partido do qual não participará. É esta uma atitude de grande dignidade e claro pragmatismo, não deixando o partido cair em processo de contestação interna, logo, de auto flagelação, que apenas ampliaria a sua já periclitante situação conjuntural e beneficiaria o populismo dos partidos agora chegados ao parlamento. O tempo é pois de reflexão, de percepção daquele que deve ser o posicionamento político do CDS em função do seu enquadramento ideológico, sem que seja descurada a nova realidade da representação parlamentar,

com novos diferentes partidos a lutarem pelo seu tradicional eleitorado. O CDS terá que procurar o engenho e a arte suficientes, para convencer muito mais portugueses de que representa a melhor solução aos seus anseios de qualidade de vida. Mas também para responder com a convicção e acuidade justificáveis aos “empurrões” de que vai ser alvo pelos novos partidos do parlamento. É esta uma reflexão de agora, que o partido não pode adiar, porque o seu caminho não pode ser outro que recuperar o seu peso e importância, na politica e na sociedade portuguesa. Somos o partido do futuro de Portugal. Precisamos é de saber convencer os portugueses, de que assim é.

Pela organização de um município para os cidadãos. Pelo respeito do trabalho com dignidade. Bruno Pacheco | BE

Ao longo dos últimos anos Gondomar, foi confrontado por um processo de privatização que foi esvaziando o seu centro de decisão, retirando serviços fundamentais para o dia-a-dia das populações e do município, promovendo ao mesmo tempo as relações de precarização dos trabalhadores que todos os dias desempenham funções permanentes em empresas privadas executando tarefas para o município. A criação de múltiplas empresas municipais, que pretendem prestar serviços nos municípios, só veio retirar das Câmaras a decisão directa e transparente sobre a gestão da actividade municipal e criando a impotência do município em dar respostas concretas aos problemas, promovendo em certos casos uma certa desresponsabilização sobre os problemas.

As Águas de Gondomar e a Rede Ambiente são dois exemplos concretos de como a privatização, só prejudicou em muito a vida das pessoas e o desenvolvimento do concelho. Outro exemplo crasso de como a privatização de determinados serviços só prejudica o município e cria instabilidade na vida das pessoas, foi o caso que remonta há cerca de dois meses relativo aos trabalhadores da empresa que presta serviços de limpeza a instituições municipais, nomeadamente à Câmara Municipal, a empresa BYEVA. Todas as denúncias de todas as situações de violação dos direitos dos trabalhadores cometidas pela BYEVA, quer à Câmara Municipal, para a qual presta serviços, quer à ACT, resultaram no que se chama “sacudir a água do capote” por parte da Câmara, dizendo que nada pode fazer

devido ao contracto comercial que tem com a empresa, e na ineficácia da actuação ACT. Por isso na última assembleia municipal o Bloco de Esquerda, apresentou um conjunto de propostas que iriam permitir ao município recuperar as principais funções socias e económicas que devem estar na alçada das autarquias, submetidas ao controlo democrático das assembleias municipais, defendemos também que o município não pode promover o trabalho precário bem pelo contrário, por isso defendemos que todos os trabalhadores e trabalhadoras que desempenham funções efectivas devem passar imediatamente ao quadro de pessoal. Ao mesmo tempo a autarquia deve promover um sistema de certificação social de empresas que se candidatem a contractos públicos no seu âmbito, que identifique as si-

tuações de precariedade no trabalho ou discriminações de género como condição de acesso. Infelizmente estas pequenas medidas, foram rejeitadas pelos votos da maioria socialista e do grupo Valentim Loureiro, que preferem continuar a servir interesses privados nascidos do passado ao invés de lutar por uma reorganização de serviços que possa dar respostas aos problemas das populações, promover o desenvolvimento territorial e colocar a dignidade do trabalho do centro da acção política. Para o Bloco de Esquerda a vida das pessoas é o que conta, e por isso continuaremos a lutar ao longo deste mandato, por colocar no centro do debate, uma nova organização das funções sociais da autarquia, promovendo a dignidade do trabalho.


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