Egito: muito além das Pirâmides
Revisitamos o Egito depois de 33 anos da nossa primeira viagem. Desta vez visitamos Abu Simbel e fizemos os cruzeiros de navio de 6 dias pelo lago Nasser e pelo Rio Nilo. Visitamos o Cairo, Abu Simbel, Aswan, Kom Ombo, Edfu e Luxor. Os locais visitados faziam parte de um pacote turístico da CVC. Embora fosse um pacote comercial da CVC, o grupo era formado apenas por mim e pela Imaculada. Tivemos portanto, a atenção do guia de forma exclusiva durante toda a viagem que incluiu visitas aos templos e monumentos abaixo: - Cairo (Pirâmides de Gizé, Cidadela de Saladino e Museu Egípcio) - Abu Simbel (Templo de Ramsés II e Templo de Nefertari) - Cruzeiro pelo Lago Nasser - Templo de Qasr Ibrim - Templo Amada, Templo Derr e Tumba de Penout - Templo de Wadi El Seboua, Templo de Dakka e Maharraqua - Templo de Kalabsha, Templo de Beit el-Wali. quiosque romano de Qertassi - Aswan (Templo de Philae, Obelisco Inacabado, Jardim Botãnico) - Cruzeiro pelo Rio Nilo - Templo de Kom Ombo - Templo de Edfu - Luxor - Colossos de Memnon - Templo de Hatshepsut - Vale dos Reis (Tumbas de Tutancamon, Ramsés IV, Ramsé VI, e Merenptah) - Templo de Karnak - Templo de Luxor José Maria e Imaculada
Abu Simbel
Cairo
Planejamento e Dicas para Viagem ao Egito
Abordaremos inicialmente, dicas gerais para o planejamento de uma viagem ao Egito. Detalharemos a seguir dicas específicas e informações sobre os lugares que visitamos em nossa viagem. Como o Egito é um país rico em história, detalharemos cada trecho da viagem, com dicas e informações sobre a história do lugar e sobre os monumentos e Templos visitados.
Pirãmides de Gizé, Cairo Visto para entrar no Egito Os brasileiros necessitam de visto para entrar no Egito. O visto pode ser obtido pela internet ou na chegada ao aeroporto do Cairo pelo preço de US$25,00. No nosso caso, o visto já estava incluído no pacote de viagem da CVC e o Guia que nos recepcionou em nossa chegada no aeroporto do Cairo já estava com tudo pronto!
Cairo
Guia turístico no Egito Sempre viajamos pelo mundo de forma independente, sem a contratação de “pacotes” ou Guias de Viagem. Entretanto, nas duas viagens que já fizemos ao Egito contratamos pacote de agencia de turismo que incluía Guia em todo o trajeto, hospedagem, transporte e tickets para visitas a monumentos. Portanto, por mais que você fique tentado a economizar dinheiro indo ao Egito de forma “solo” saiba que esta opção poderá no final custar mais caro com riscos de imprevistos inviabilizarem a sua viagem!
Pirãmides de Gizé, Cairo O conceito que normalmente temos de um Guia turístico é de alguém que vai explicar e dar informações sobre história em museus e monumentos… No Egito isso é importante, mas muito mais importante é ter alguém para cuidar de você durante a viagem! Saiba que planejar uma viagem para o Egito não é tão fácil quanto você imagina. A Agência de Turismo contratada juntamente com o Guia irão ajudar a reservar acomodações, contratar transporte, comprar tickets, planejar toda a logística e, sim, vai também explicar toda a história envolvida nos templos e monumentos…
Pirãmides de Gizé, Cairo
Pirãmides de Gizé, Cairo
O Egito é movido por Gorjetas! Os Egípcios de menor poder aquisitivo são muito pobres… Por essa razão as gorjetas são muito importantes para eles! Tenha em mente que praticamente todo serviço que você precisar vai ter que pagar uma gorjeta após o serviço… Portanto, procure levar do Brasil muitas notas de 1 dólar (leve 100 notas para uma viagem de 10 dias!). No caso de ser levados por um motorista contratado pela sua agencia de turismo para um passeio, após o final do passeio o motorista espera receber US$1,00 por pessoa. Se você utilizar um pequeno barco para visitar um monumento, o barqueiro espera receber US$1,00 por pessoa. Se alguém carregar a sua mala ele espera receber US$1,00 por mala. No caso de você fazer um cruzeiro de barco de vários dias, as gorjetas devem ser dadas em uma única vez no final da viagem. Um valor de no máximo US$20,00 por pessoa é suficiente para as gorjetas de todos os funcionários do barco, incluindo garçons, camareiros e maleiros. Procure trocar dinheiro local e tenha muitas notas ou moedas de LE$2,00 (libras egípcias). Este dinheiro local trocado servirá para você poder dar para crianças/vendedores que estejam tentando lhe vender algo que não lhe interessa… você deve dar LE$2,00 e eles ficarão satisfeitos! Utilize também LE$2,00 para gorjetas em banheiros em geral.
Pirãmides de Gizé, Cairo
Pirãmides de Gizé, Cairo
Esfinge e as Pirãmides de Gizé, Cairo Trocadero, Paris
Sempre pergunte os preços! Saiba que você deve acertar previamente todo serviço que venha a necessitar e que, na maioria das vezes, terá que barganhar preços pois isso faz parte da cultura local. Tudo deve ser pechinchado e não se preocupe em ofender alguém com suas ofertas… na verdade eles ficam honrados em ter negociado contigo! Para alguns serviços onde seja difícil para o turista precificar a pechincha é mais importante ainda. Por exemplo, caso você planejar andar de Camelo nas Pirâmides e não souber negociar o preço pode acabar pagando um preço injusto pelo passeio. No caso do Camelo, caso esteja negociando com o dono do animal, considere que no final do passeio você ainda terá que pagar de US$1 a US$5 dólares de gorjeta para o condutor do camelo… Deixe tudo muito claro e com os valores a serem pagos bem explícitos… Uma dica é mostrar desinteresse após o dono do Camelo tiver dado o preço, haja como se fosse buscar outra alternativa ou fornecedor… Ao pedirem para você fazer uma contra oferta, ofereça a metade do que ele pediu… com certeza ele fará uma contra-proposta com um valor um pouco acima da sua proposta e você poderá aceitar tranqüilo e ele ficará feliz por ter havido uma negociação!! Para coisas mais baratas e fáceis de precificar, como água mineral, não perca o seu tempo e pague o valor pedido (até US$0,5 por garrafa de 600 ml). Compre Chip pré-pago para celular! É essencial que você, ao chegar ao aeroporto do Cairo, vá direto a um quiosque de uma operadora celular (Ex. Vodafone) e compre um chip pré-pago (SIMCARD). Com um chip de US$10,00 você terá 10 GB de internet para uma viagem de até 30 dias! Vale a pena, pois embora nos hotéis o wi-fi seja gratuito, nos barcos que fazem os cruzeiros no Nilo o wi-fi é ruim e caro (cerca de US$15,00 por dia). A cobertura da Vodafone é ótima e funciona no Cairo, Abu Simbel, Assuan, Luxor e no Rio Nilo entre Assuan a Luxor!
Esfinge e as Pirãmides de Gizé, Cairo
O que vestir no Egito! Caso você fique restrito a hotéis, navios e áreas onde tem muitos turistas não é necessário se preocupar com limitações na forma de vestir! Entretanto, evite se vestir de forma que você pareça um turista “comum” nos registros fotográficos… lembre-se que fotos duram para sempre!!! Portanto, nada de bermudões horríveis, tênis e meias 3/4 . Se você for andar na rua ou ir em alguma mesquita, devem ser seguidas algumas regras. As mulheres devem tomar mais cuidados, como manter joelhos e ombros sempre cobertos caso estejam andando pelas ruas da cidade. Devem ter sempre um lenço na bolsa para cobrir o cabelo ao visitar mesquitas e outras lugares religiosos. Caso estiver visitando uma mesquita e não tiver algo para cobrir os ombros e/ou cabelos, será fornecido algo para vestir que com certeza será muito desajeitado e estragará as suas fotos! Os Bikinis e outras roupas de banho são normalmente usadas nas piscinas de hotéis, nos convés de navios de cruzeiros no Rio Nilo e nos resorts do Mar Vermelho. Roupas e sapatos confortáveis? Esta dica vai na contra mão do que você já deve ter ouvido: leve roupas e sapatos elegantes (e não necessariamente confortáveis!) para os passeios nos monumentos do Egito! Se você estiver acompanhado verifique se os dois estão adequadamente vestidos e se as cores estão combinando… Provavelmente você nunca mais voltará ao Egito e portanto você TEM que aparecer em alto estilo nas fotos que durarão para o resto da sua vida!! Uma dica é ir com sapato confortável e levar sapatos difíceis (Ex. sapato alto) dentro da mochila para serem calçados na hora das fotografias. Lembre-se para nunca ser fotografado com mochila e penduricalhos nas mão! Prefira chapéus aos bonés… se possível aprenda a enrolar o pano de um turbande e saia a caráter nas fotos!!! Não é necessário dizer para você levar câmera fotográfica de qualidade e que os selfies devem ser evitados a todo custo pois estragarão os seus registros de viagem… Claro, você pode e deve usar seus chinelos e bermudas no convés do navio do cruzeiro pelo Nilo… portanto leve-os na bagagem…
Pirãmides de Gizé, Cairo
Pirãmides de Gizé, Cairo
Fotografia no Egito É muito importante saber as regras para fotografar no Egito para não levar susto nos lugares proibidos… Vi pessoas passando aperto (constrangimento!) após ter tirado foto em lugar onde era necessário permissão prévia (pagamento!) para fazer fotos. A princípio você pode tirar fotos em todos os monumentos e templos sem problemas. Apenas lugares abaixo tivemos que pagar para poder fazer fotos: Museu Egípcio: é necessário um ticket adicional de permissão para fotografia no interior do museu que custa cerca de US$3,00 (50 EGP). Entretanto, você NÃO poderá fotografar dentro das salas das múmias e na sala com os tesouros de Tutankamon. O uso de tripé é proibido dentro do Museu do Cairo. Templo de Abu Simbel: é necessário um ticket adicional de permissão para fotografia dentro do templo que custa cerca de US$17,00 (300 EGP). Existe uma taxa irrisória adicional de cerca de US$1,00 (20 EGP) para uso de tripé. Vale dos Reis: é necessário um ticket adicional de permissão para fotografia no interior das Tumbas que custa cerca de US$17,00 (300 EGP). Entretanto, o ticket não vale para a Tumba do Tutankamon onde fotografar é proibido. Nos locais acima existem “fiscais” que quando pegam alguém fotografando sem o ticket de permissão, fazem certo auê deixando a pesssoa numa enorme saia justa… normalmente eles pegam o celular ou câmera e apagam a foto… vimos isso acontecendo! Obviamente, o turista leva um susto enorme e acha que vai ser preso ou ter o equipamento apreendido visto o tamanho do auê!!! No caso específico de fotografia nas Pirâmides, existem Photo Spots maravilhosos que para serem atingidos exigem caminhada à pé ou em Camelos. O Guia o levará apenas nos Photo Spots mais comuns, com fácil acesso para veículos. Caso você queira fazer fotos nos demais Photo Spots, sugerimos que você previamente escolha fotos na Internet dos pontos de seu interesse e contrate um Guia exclusivo para te levar às Pirâmides… mostre as suas referências de Photo Spots e diga que você quer fazer fotos nestes lugares! Caso seja necessário contratar um Camelo, solicite ao Guia que o ajude a negociar o preço com o dono do Camelo. Pirãmides de Gizé, Cairo
Pirãmides de Gizé, Cairo
O que visitar no Egito? Mesmo que você goste de praias (o que não é o nosso caso!), a nossa opinião é que não vale a pena fazer turismo nas praias egípcias do mar vermelho (Hurghada, Sharm el Sheikh, Dahab ou Marsa). As empresas de turismo oferecem nos pacotes visita às praias egípcias do mar vermelho seguindo um hábito europeu… Como as praias na Europa não são lá grande coisa e na alta temporada egípcia o frio nos países europeus é de rachar, nada melhor do que fazer turismo nas praias egípcias curtir um sol numa temperatura agradável de trinta e poucos graus… No caso de nós brasileiros, temos sol o ano inteiro e praias maravilhosas com infra-estrutura de dar inveja às praias egípcias e, portanto, não precisamos viajar tão longe para irmos à belas praias. A nossa dica é não incluir praias em seu planejamento de viagem ao Egito… Mas se você adoooora praias, sugerimos incluir na ida ou na volta do Cairo uma escala na Grécia visitando as ilhas gregas! Portanto, sugerimos que a sua viagem ao Egito seja focada em visitas a museus, templos e monumentos do Cairo, Abu Simbel, Assuan e Luxor que podem ser visitadas tranquilamente em uma viagem de 10 dias. Quantos dias para visitar o Egito? Você vai precisar de pelo menos 2 dias para visitar as atrações mais populares no Cairo que são as Pirâmides de Gizé, o Museu Egípcio, a Cidadela de Saladino e a região de Sakara. Você vai necessitar de mais 6 a 8 dias para visitar Abu Simbel, Assuan e Luxor. Em Luxor, além do Vale dos Reis você deve visitar os templos de Luxor, Karnak e Hatshepsut. Em Assuan você deve visitar a Barragem Alta, o Templo de Philae, o Obelisco Inacabado, fazer um passeio em pequenos barcos a vela no rio Nilo chamados de Felucas. Uma outra visita obrigatória, é o maravilhoso Templo de Abu Simbel na cidade de mesmo nome. Considere fazer o trajeto entre Abu Simbel, Assuan e Luxor em cruzeiros de navio pelo Lago Nasser e Rio Nilo, com certeza será a forma mais confortável e cênica de viajar… foi uma das experiências mais emocionantes que tivemos em nossas viagens internacionais até hoje!! Pirãmides de Gizé, Cairo
Deslocamentos no Egito Nós usamos avião e navio em nossos deslocamentos no Egito: - Cairo – Abu Simbel (conexão em Assuan): vôo da Egyptair - Abu-Simbel – Assuan: cruzeiro de 3 dias pelo lago Nasser no navio Omar El Khayam visitando templos. - Assuan – Luxor: cruzeiro de 3 dias pelo Rio Nilo no navio Alyssa visitando templos. - Luxor – Cairo: pernoites no navio em Luxor, visita a templos e võo pela Egyptair para o Cairo. Caso você prefira viajar de trem nos trechos acima, os bilhetes para a rota Cairo-Luxor-Aswan podem ser adquiridos de forma online duas semanas antes da data da partida. Você deve se registrar no site da Egyptian Railways para poder reservar os trens.
Visita ao Cairo
Pirâmides de Gizé A visita às grandes Pirâmides é o ponto alto da visita ao Egito e nós fomos duas vezes lá… uma vez com um Guia exclusivo contratado para fazermos fotografias nas Pirâmides e no outro dia com o Guia da CVC que também foi exclusivo visto que estávamos apenas eu e a Imaculada no passeio. Você também pode ir nas Pirâmides sozinho, sem a ajuda de Guias, e não é nada difícil. A vantagem de contratar um Guia é que ele entra com o carro dele e leva você de carro nos diversos pontos de interesse que ficam bem distantes um do outro e, obviamente, poderá ajudá-lo nas fotos e nas negociações com donos de camelos para você poder fazer fotos com os animais. Dentro da área das Pirâmides você deve ficar preparado para o assédio constante de interessados em ser o seu Guia, alugar um camelo/cavalo, vender lembranças ou tentar ajudá-lo em troca de gorgeta. Seja firme e assertivo caso contrário não conseguirá andar na parte mais lotada perto das Pirâmides. Fique atendo com o seu ticket e tenha certeza que a pessoa que você está entregando realmente é a pessoa autorizada em receber tickets… o local de entrada é um pouco confuso e cheio de espertinhos! Pirãmides de Gizé, Cairo
Pirãmide Queops A Pirâmide de Quéops é a mais antiga e a maior das três pirâmides do complexo de pirâmides de Gizé. É também a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e é a única a permanecer praticamente intacta. A pirâmide foi construída como uma tumba ao longo de um período de 10 a 20 anos sendo concluída por volta de 2570 aC pelo Faraó Queóps da quarta dinastia. Inicialmente, com 146,5 metros de altura, a Grande Pirâmide foi a estrutura mais alta feita pelo homem no mundo por mais de 3.800 anos. Existem várias teorias sobre as técnicas de construção das Grandes Pirâmides. As hipóteses de construção mais aceitas baseiam-se na idéia de que elas foram construídas movendo enormes pedras de uma pedreira e arrastando-as e levantando-as ao platô onde elas estão localizadas. Há 33 anos, em nossa primeira viagem ao Egito, entramos dentro da Pirâmide de Queops e fomos até a câmara principal subindo um túnel com paredes de pedra, inclinado em 45% com apenas 1,3 metros de altura e 1 metro de largura. Para chegar à câmara principal foi necessário subir 40 metros neste túnel apertado, praticamente agachado, com tráfego de pessoas subindo e descendo esbarrando umas nas outras. Em nossa subida, há 33 anos, vimos 2 pessoas sendo “arrastadas” para baixo pois estavam passando mal por falta de ar. Nesta nova viagem resolvemos não arriscar em fazer a visita ao interior da Pirâmide de Queops, pois não temos hoje o mesmo preparo físico de antigamente. Tenha em mente que a área das Pirãmides é muito grande e que a melhor forma de se locomover é de carro (do seu Guia!) ou em Charrete que pode ser contratada dentro da área turística das Pirâmides. Existe também a possibilidade de andar de camelo, o que não recomendamos para pessoas que não tem experiência pois uma vez iniciado o passeio caso não queira continuar fica difícil voltar atrás! Uma dica muito importante é não se ater em visitar apenas aos mirantes mais “comuns”… existem alguns mirantes com vista maravilhosa das pirâmides que podem ser alcançados à pé ou de camelo. Nós fomos no carro do nosso Guia ao ponto mais próximo, contratamos um Camelo para utilizarmos nas fotos. Em seguida fomos à pé até o mirante com o condutor do camelo contratado andando logo atrás de nós! Pirãmides de Gizé, Cairo
Mesquita de Mohammed Ali, Cidadela de Saladino, Cairo
Cidadela de Saladino
É uma fortaleza localizada numa das colinas da cidade do Cairo com inúmeros prédios históricos e mirantes com linda vista da cidade. Em 640 d.C. os árabes tomaram dos romanos o Egito e os atuais territórios da Palestina e Síria. Passaram os séculos e os muçulmanos estavam dispersos, com dinastias inimigas governando a Síria e o Egito. Na idade média foram unidos pelo curdo An-Nasir Salah ad-Din, mais conhecido como Saladino (1137-1193 d.C.). Após derrotar os exércitos cruzados, inclusive os famosos cavaleiros templários, Saladino foi proclamado Sultão do Egito e da Síria. Foi nessa época que Saladino ordenou a construção da famosa fortaleza no meio do que eram então duas cidades, al-Qahira e al-Fustat. No século XIX a fortaleza acabou sendo apelidada de Cidadela de Muhammad Ali após o regente egípcio ordenar a construção de uma mesquita com seu nome no interior da fortaleza. A Cidadela no Cairo foi a sede do governo egípcio por quase 700 anos, desempenhando papéis estratégicos, militares e políticos ao longo dos anos. O complexo fortificado é um excelente exemplo de arquitetura islâmica, com exemplos de mesquitas, fortificações mamelucas e otomanas, templos e museus.
Mesquita de Mohammed Ali, Cairo
O que visitar na Cidadela de Saladino Mesquita de Mohammed Ali Também chamada de Mesquita de Alabastro, a Mesquita de Mohammed Ali é o ponto mais famoso da Cidadela e marca a silhueta da cidade no lado oriental. Foi construída no século XIX, sob o governo de Mohammed Ali, considerado o fundador do Egito moderno. O projeto turco clássico dispõe de uma grande cúpula central e dois minaretes altos. A Mesquita de Alabastro é uma obra arquitetônica admirável e cada detalhe deve ser contemplado. Museu Militar O prédio erguido em 1827 funcionou como residência da família real do Egito até 1874. Foi hospital militar na ocupação britânica durante a Segunda Guerra Mundial e voltou ao controle egípcio em 1946. Em sua visita fique atento à decoração interna que é impressionante. Mesquita de na-Nasr Mohammed A mesquita foi erguida entre 1318 e 1335 e fica bem perto da Mesquita de Mohammed Ali. É a única edificação mameluca ainda existente na Cidadela. Teatro Dervixe O teatro do século XIX foi restaurado e conta com um pátio, um jardim e uma linda fachada. O palco é circular e feito em madeira para a realização da dança Sufi. Os Sufis seguem um ramo espiritual do islamismo e acreditam que a sua dança os leva à unidade com Alá.
Mesquita de Mohammed Ali
Vista parcial do Cairo a partir da Cidadela
Museu EgĂpcio, Cairo
Museu Egípcio
No Museu Egípcio, nos mais de 100 mil itens expostos, você tem contato com alguns dos mais poderosos governantes do antigo Egito em mais de 3.000 anos de história. Na época que visitamos o Museu Egípcio, ele estava em obras devido à sua transferência para o novo prédio do Grande Museu Egípcio (GEM) próximo às Pirâmides. Por essa razão o museu, que já tem fama de não ser muito bem organizado, estava parecendo um armário desorganizado de um colecionador de coisas egípcias antigas! Ficamos cerca de 3 horas no museu e foi o suficiente para ver apenas as partes mais importantes. O Museu egípcio foi criado em 1902 e não mudou muito desde então. Algumas salas do museu tendem a ser bastante escuras pois contam apenas com iluminação natural. Os cartões de descrição para a maioria dos itens em exposição são bastante básicos e, portanto, é bom ter um livro guia que detalhe os itens principais para se ter mais informações da história de algumas das peças. Embora os livros de turismo afirmem que o museu é muito cheio de gente, nós não tivemos grandes dificuldades para visitá-lo. Em todo caso, é aconselhável deixar as salas mais disputadas tais como a sala dos tesouros de Tutancamon e a sala das múmias para o final da tarde.
Máscara de Ouro de Tutancamon, Museu Egípcio, Cairo
Museu EgĂpcio, Cairo
Antigo Império A primeira grande sala, logo ao entrar no prédio do museu, está repleto de uma série de sarcófagos, mas alguns dos itens mais importantes da sala são pequenos e passam despercebidos. O mais significativo é o Narmer Palette à direita da sala, que representa o faraó Narmer usando as coroas do Alto e do Baixo Egito, marcando o nascimento da antiga civilização egípcia. A pedra representa o começo das trinta dinastias que governariam o antigo Egito. Veja também uma antiga representação em argila de uma cabeça humana, a mais antiga descoberta no Egito, com cerca de 6.000 anos. Uma das esculturas mais impressionantes e intactas do período do Antigo Império fica na sala 47. As tríades em xisto negro, muito bem conservadas, retratam o faraó Miquerinos (2532-2593 aC) cercado de figuras femininas. A sala 42 contém algumas das obras-primas do Antigo Império como a estátua de Quéfrem, esculpida entre 2558-2532 aC. Diante da estátua de Quéfrem, está a muito bem preservada estátua de Madeira de Ka-Aper, um antigo egípcio rico cuja aparência está preservada para sempre em sua estátua. À esquerda da porta de entrada fica o Escriba Sentado, uma linda estátua em calcáreo. Médio Império Na sala 26 pode ser vista a estátua de Montuhotep II o primeiro governante do Médio Império, que governou entre 2055-2004 aC. Nas salas 21 e 16 estão inúmeras Esfinges de granito cinza bem diferentes da grande Esfinge do complexo de Gizé. Em vez do rosto do Faraó como foi esculpida a Grande Esfinge em Gizé, essas estátuas foram esculpidas como leões com um rosto humano inserido em suas jubas espessas. As peças foram esculpidas para o Faraó Amenemhat III (1855-1808 aC) da segunda dinastia. Novo Império A sala 12 é o santuário de Hathor com a Capela de Arenito dedicado à Deusa que inclui uma representação do Faraó Tutmés (1427-1400BC) sendo amamentado por Hathor em sua forma de vaca. A sala 3 é dedicada ao faraó Akhenaton (1352-1336 aC), o “faraó herege”. Durante o reinado de Akhenaton, o antigo Egito adotou um estilo artístico incomum não visto durante qualquer outro período. O estilo artístico era mais livre em contraste com os demais períodos, com suas representações humanas abstratas e ênfase do novo e breve deus do sol Aten. Na Sala 10 fica a estátua gigante em granito de Ramsés II (1279-1213 a.C.) retratada como um menino aninhado a um falcão que representa o deus Hórus. Museu Egípcio, Cairo
Salas das Múmias Reais Nas salas 56 e 46 você pode ver dezenas de múmias com mais de 3.000 anos de idade. Alguns dos maiores faraós do Egito estão em exibição na sala 56 tais como Seti I, Ramsés II e Hatshepsut. A preservação é impressionante, algumas com cabelos grisalhos e algumas mostrando uma dentição perfeita. Salas do Tutancamon O faraó mais conhecido atualmente é o Tutancamon que teve poucas realizações e reinou por um período muito curto. Por essa razão teve pouca importância em sua época. A fama veio pelo fato do egiptólogo Howard Carter ter encontrado em 1922 o seu túmulo cheio de tesouros quase intactos. A maioria do tesouro encontrado na tumba está atualmente na sala 3 no pavimento superior do Museu Egípcio. Esta sala é a mais visitada de todo o museu. Nesta sala estão a famosa máscara funerária de ouro do Tutancamon, juntamente com sarcófagos e jóias de ouro que estavam na tumba do faraó no Vale dos Reis. A múmia do faraó somente poderá ser vista no interior da sua tumba em Luxor. Procure chegar na sala 3 no final da tarde, pois a sala pode ficar muito cheia de turistas nos outros horários. No grande corredor do lado de fora da sala, estão os quatro gigantescos santuários de madeira de Tutancamon, cada um menor do que o outro para que possam encaixar um dentro do outro e assim proteger melhor o sarcófago da múmia do faraó. Sala de Múmias de Animais Na sala 53 podem ser vistos inúmeras múmias de animais como babuínos, gatos e crocodilos . Os Egípcios mumificavam os animais considerados sagrados que eram deixados em túmulos para acompanhar o falecido na vida após a morte. Além desses animais sagrados, animais de estimação também eram preservados e colocados em túmulos. Haviam também animais mumificados para servir de comida ao falecido após a morte. Jóias egípcias antigas Na sala 4 estão grande parte dos adereços preciosos do museu, que abrangem desde as primeiras dinastias até o governo de Roma. A sala fica perto da sala do Tutancamon e pode ser visitada tranquilamente pois não é muito cheia de turistas.
Museu Egípcio, Cairo
Templo de Abu Simbel
Abu Simbel
Há 33 anos, quando fizemos a nossa primeira viagem ao Egito, não havia aeroporto em Abu Simbel. A partir de Aswan, somente era possível ir ao templo numa demorada viagem de ônibus… Coloquei então Abu Simbel em minha lista de viagem, planejando um dia voltar ao Egito para visitar o Templo! E aqui estamos nós, em 2019, em Abu Simbel!
Templo de Ramsés II, Abu Simbel Abu Simbel é uma pequena cidade situada a 290 km de Aswan e a poucos quilômetros da fronteira com o Sudão. A cidade, com cerca de 2500 habitantes, tem um bom aeroporto e praticamente vive do turismo que visita o templo egípcio de mesmo nome. A seguir estão nossas dicas sobre o maravilhoso templo, que na verdade são dois templos: em uma montanha temos o templo de Ramsés II e ao lado, em uma outra montanha menor, o templo de Nefertari, a esposa de Ramsés II.
Com a construção da barragem de Assuan (1962-1967) e o represamento do rio Nilo para formar o lago Nasser, o templo de Abu Simbel seria totalmente inundado. A UNESCO, num grande esforço para a engenharia da época e ao custo de 40 milhões de dólares, comandou em 1960 um esforço para realocar o templo para uma colina acima do que viria a ser a margem do futuro lago Nasser. Todo o complexo foi cortado em grandes blocos e foi realocado 65 metros acima e a 200 metros de sua localização original.
Templo de Ramsés II, Abu Simbel Os templos de Abu Simbel foram esculpidos no reinado de Ramsés II, no século XIX a.C. para comemorar sua vitória na batalha de Kadesh. Os templos estavam soterrados por toneladas de areia e foram descobertos em 1813. Até então, nada se sabia sobre este belíssimo templo.
Como visitar Abu Simbel A distância entre Abu Simbel e Aswan é de 290 quilômetros e Luxor fica a 590 quilômetros de distância de Abu Simbel. Há vôos diários de Aswan para Abu Simbel que custa cerca de US$ 250 por pessoa com duração de cerca de 45 minutos. Em nosso pacote da CVC fizemos o trajeto do Cairo para Abu Simbel de avião com uma conexão em Aswan. Em Abu Simbel pegamos um maravilhoso Cruzeiro num navio pelo lago Nasser de volta a Aswan.
Templo de Ramsés II No nosso caso, fomos recepcionados pelo Guia da CVC no aeroporto que nos levou a um Pier nas proximidades do aeroporto onde embarcamos em um pequeno barco que nos levou direto ao navio Omar El Kayam que estava ancorado praticamente ao lado do templo de Abu Simbel. Em nossa visita ao templo tivemos apenas que sair do navio e subir uma pequena escada e já estávamos na portaria do templo de Abu Simbel.
Normalmente os turistas fazem visitas a Abu Simbel por terra, em ônibus que saem as 4:00 da madrugada de Aswan em viagem com cerca de 3:30hs de duração até Abu Simbel. Embora haja um par de hotéis em Abu Simbel, não há razão para pernoitar na cidade a menos que você fique hospedado no navio do cruzeiro que faz o percurso de Abu Simbel para Aswan pelo lago Nasser. O pacote da CVC previa o cruzeiro pelo lago Nasser no navio Omar El Khayam. O cruzeiro pelo lago Nasser possibilita uma esplendida vista do templo de Abu Simbel a partir das águas do lago Nasser. Além de ser uma viagem relaxante, durante os três dias de navegação visitamos alguns outros templos egípcios nas margens do lago Nasser entre Abu Simbel e Aswan. O Templo de Ramsés II Olhando as estátuas gigantescas, é difícil de imaginar que o templo foi originalmente construído a cerca de 200 metros a oeste em um nível 65 metros mais baixo, no atual vale inundado do rio Nilo. O templo foi escavado na rocha bruta entre a primeira e a segunda catarata do Nilo. Estas cataratas desapareceram após a finalizacão da construção da Represa Alta de Aswan em 1968.
O faraó Ramsés mandou construir o templo para celebrar sua vitória sobre os hititas na batalha de Kadesh. Quatro estátuas colossais de Ramsés II guardam a entrada do templo e estão usando a coroa dupla do Alto e do Baixo Egito. Se você olhar bem de perto a fachada do templo, você verá junto aos quatro colossos uma fileira de 22 estátuas de babuínos de cócoras dando boas-vindas ao sol nascente. Você também verá várias estátuas menores ao lado representando a esposa principal de Ramsés (Nefertari), sua mãe Mut-Tuy, seus dois primeiros filhos e suas seis filhas. O templo é surpreendentemente grande por dentro, considerando que foi esculpido no interior de uma montanha rochosa. Primeiro, há um salão com oito enormes pilares representando um Ramsés deificado como o deus Osíris. O salão tem apenas uma fileira de colunas e você encontrará baixos-relevos um tanto grosseiros nas paredes atrás delas, representando a Batalha de Kadesh e outras campanhas militares importantes que o faraó lutou contra os hititas. Logo atrás do salão há um segundo salão menor, com cenas representando o casal real fazendo oferendas aos deuses e dois barcos sagrados de Amon e Ra-Horakhty. Templo de Ramsés II, Abu Simbel
Por fim, você entrará em um pequeno santuário com as quatro figuras sentadas dos deuses Ra-Horakhty, um deificado rei Ramsés, Amon Ra, Ptah. O Templo de Abu Simbel foi construído de tal forma que o sol nascente se alinhará com a entrada do templo e iluminará o interior do santuário todo ano, nos dias 22 de outubro e 22 de fevereiro. O sol iluminará as estátuas no fundo do templo deixando apenas a estátua de Ptah no escuro, por ser um deus do submundo não é iluminado em nenhum dia do ano. Paralelamente ao eixo principal, existem algumas pequenas câmaras com murais e relevos nas paredes e estranhos layouts com inclinações para cima. O Templo de Nefertari Bem ao lado do grande templo de Ramsés II, em uma montanha menor, está o templo dedicado à deusa Hathor e à esposa de Ramsés II, a rainha Nefertari. Uma curiosidade é que este é o segundo templo egípcio que foi dedicado a uma rainha. Ramsés II também aparece nas grandes estátuas frontais existentes no templo de Nefertari, com o mesmo tamanho que as de Nefertari. No interior, assim como no templo de Ramsés II, há um corredor com seis pilares. Mais adiante uma pequena sala, leva diretamente ao santuário dedicado a Hathor, a deusa da alegria, música e maternidade na forma de uma vaca. Quanto tempo leva para ver Abu Simbel? Em noventa minutos é possível visitar os dois templos e fazer fotos! Entretanto, como estávamos hospedados no navio ancorado praticamente ao lado do Templo não tínhamos nenhuma pressão de tempo para visitar este belíssimo templo. Saímos do nosso navio às 15:30hs e após uma curta caminhada já estávamos de frente para Abu Simbel! O nosso Guia nos explicou tudo sobre os dois templos e nos ajudou com algumas fotos. Após finalizarmos a visita ao interior dos dois templos, pudemos ficar tranquilamente fazendo inúmeras fotos utilizando o nosso tripé enquanto esperávamos o show de luzes que começaria no início da noite. Ficamos cerca de 4 horas na área do templo, incluindo a sessão do show de luzes!
Templo de Nefertari, Abu Simbel
Templo de Nefertari, Abu Simbel
Cruzeiro pelo Lago Nasser
Cruzeiro pelo Lago Nasser
Ir a um cruzeiro no Lago Nasser no Egito é inquestionavelmente uma experiência fantástica! O pacote da CVC incluía um cruzeiro de 3 noites no navio Omar El Khayam que durante a viagem parou próximo a vários templos às margens do Lago Nasser. Nas paradas, um pequeno barco levava os turistas do navio até as margens do lago para as visitas aos templos. Visitar templos egípcios enquanto você está em um cruzeiro no Lago Nasser é uma experiência inesquecível, já que a área abriga uma série de locais antigos realocados após a construção da barragem de Aswan. Durante a década de 1960, vários templos e monumentos tiveram que ser realocadas, a fim de serem salvos da inundação do lago Nasser, que resultou da construção da represa de Aswan. O nosso navio parou em três áreas com templos egípcios: Qasr Ibrim, Amada e Wadi El Seboua. Apenas em Qasr Ibrim, que ficava em uma pequena ilha, não descemos para visitar de perto o templo. Durante as três noites e os três dias do cruzeiro pelo lago Nasser, desfrutamos da excelente infraestrutura do navio Omar El Khayam e das maravilhosas vistas do pôr do sol no Lago Nasser. Outro ponto alto do cruzeiro foi a comida e o serviço de bordo do navio que foram absolutamente excelentes e nos surpreenderam positivamente! Qasr Ibrim Qasr Ibrim é um pequeno sítio arqueológico núbio, localizado em uma ilha no lago Nasser, no Egito. O local era um importante centro econômico, político e religioso e tem uma longa história de ocupação desde o século VIII a.C.. Originalmente era situada no topo de um penhasco acima do rio Nilo, mas a inundação do lago Nasser após a construção da represa de Aswan transformou Qasr Ibrim em uma pequena ilha. Qasr Ibrim é o único sítio arqueológico importante na baixa Núbia que permaneceu em seu lugar original sem necessidade de realocação devido à inundação com a construção da barragem de Aswan. Visitas de turistas no sítio arqueológico não são permitidas e por isso apenas observamosa as ruínas a partir do deck do nosso navio.
Cruzeiro pelo Lago Nasser
Qasr Ibrim
Cruzeiro pelo Lago Nasser
Infraestrutura do navio Omar El Khayam
Wadi El Seboua No segundo dia. amanhecemos com o nosso navio ancorado nas margens do lago Nasser nas proximidades de Wadi El Seboua. No local foram realocados três templos do Novo Reino: o próprio Templo de Wadi El Seboua, o Templo de Dakka e o Templo de Maharraqua. Templo Amenhotep II e Templo Amon A área do Templo de Wadi El Seboua é, na verdade, composto por dois templos individuais, que valem a pena serem visitados. Um dos destaques é o famoso Vale dos Leões, uma avenida cheia de esfinges que liga a entrada à parte mais antiga do site. O mais antigo dos dois templos foi construído por Amenhotep III e depois restaurado por Ramsés II. É constituído por um Santuário e um Portal feito de blocos de granito na entrada. Tem um pátio tradicional e um hall com alguns baixos relevos e pinturas parciais que permanecem até hoje. Acredita-se que o templo tenha sido dedicado a uma variação núbia do deus egípcio Horus, mas isso é difícil de comprovação por causa dos danos sofridos durante o reinado de Akhenaton, conhecido como o rei herege por causa de sua insistência em adorar um único deus Amon. Durante a posterior restauração feita por Ramsés II, o templo foi ampliado e vários elementos foram adicionados, incluindo a avenida com uma linha de esfinges que leva ao templo. Infelizmente, quando mais tarde o site caiu nas mãos dos cristãos, uma parte significativa do prédio foi danificada. O Templo de Amon é o segundo templo no local e é maior que o primeiro. Foi construído por Ramsés II em homenagem o vice-rei da Núbia com muitas estátuas e inscrições. Era uma estrutura muito impressionante na época e historicamente também serviu como uma residência para o vice-rei.
Põr do sol no Lago Nasser
Templo Wadi El Seboua
Wadi El Seboua
Templo de Dakka
O templo de Dakka O Templo de Dakka fica a uma curta distância do templos de Amenhotep II e Amon. Para ganhar tempo, fizemos o trajeto entre os templos em uma carroça puxada por burros. Acredita-se que o templo de Dakka tenha mais de 2.000 anos de idade e os historiadores acreditam que ele foi originalmente construído para Thoth. Com o passar dos anos, foi lentamente expandido e acabou sendo usado como uma fortaleza romana. Por essa razão, as interferência arquitetônica possibilitou um maravilhoso exemplo da arquitetura greco-romana em um templo egípcio. Este templo é popular porque tem o seu grande Portal intacto formando a imponente entrada do templo. O Portal não está fisicamente ligado ao restante da estrutura porque as paredes circundantes desapareceram, mas o contorno geral da estrutura é fácil de ver. Todo o edifício está orientado de norte a sul em alinhamento com o Nilo, o que também é um diferencial deste templo. Os registros também indicam que durante os anos do domínio romano, o templo foi convertido em uma fortaleza e cercado por uma muralha que tinha sua entrada principal nas margens do Nilo. Na realocação do templo não foi incluído o muro.
Templo de Maharraqua O templo de Maharraqua fica bem próximo do templo de Dakka e também teve que ser realocado nos anos 60, durante a construção da represa de Assuan e a conseqüente inundação do Lago Nasser.
Templo de Maharraqua Não se conhece as datas precisas associadas à construção deste templo e também qual a sua finalidade. Segundo historiadores o templo é uma estrutura romana e a construção foi provavelmente iniciada antes do reinado do imperador romano Augusto por volta de 14 dC. O Templo de Maharraqua na verdade marcou a fronteira mais ao sul do Egito quando o país estava em mãos romanas.
Templo Kalabsha O templo Kalabsha é outro templo núbio que fez parte da operação de resgate de monumentos ameaçados pelas águas do Lago Nasser. O templo foi transportado para o local atual numa operação patrocinada pela UNESCO e executada por técnicos alemães na década de 1960. Sua posição original ficava a 56 quilômetros ao sul de Aswan até que foi desmanchado e transportado para a ilha agora chamada de Nova Kalabsha, ao sul da Represa Alta de Aswan. O Templo Kalabsha, antigo Talmis, foi construído durante o Período Romano para César Augusto. Foi dedicado a Ísis, Osíris e Hórus-Mandulis que era o deus solar núbio, Merwel. Este é talvez o melhor exemplo de um templo autônomo na Núbia que foi construído a partir de blocos de arenito. O templo foi construído no estilo tradicional egípcio. Um Portal e um pátio aberto com colunas ptolemaicas conduzem ao salão hipostilo que é decorado com cenas de rituais representando Min Khnum e outros deuses do sul do Egito. Templo de Shabaska
A área do santuário consiste em três câmaras, cada uma levando para a parte de trás, com um par de colunas em cada sala. A sala mais distante, posteriormente foi usada como igreja cristã. Augusto é retratado nas paredes fazendo oferendas a Mandulis. Há um corredor em torno do templo interno semelhante a outros templos ptolomaicos no Egito. O complexo do Templo Kalabsha está entre os mais importantes dos monumentos salvos no Lago Nasser. Além do templo principal de Kalabsha, inclui Beit el-Wali, Gerf Hussein e o Quiosque de Qertassi. O pequeno templo de Beit el-Wali pode ser visto no noroeste da ilha de Nova Kalabsha. Foi construído durante o reinado de Ramsés II e dedicado a Amon e aos deuses locais da Núbia e Aswan. O templo de Gerf Hussein é formado por colunas e é dedicado aos cultos de Re-Horakhte e Amun-Re. representando Ramsés II antes dos deuses. Ao sul do principal templo de Kalabsha, no quiosque romano de Qertassi duas colunas de Hathor enfeitam sua entrada e quatro colunas de papiro sustentam os lintéis do telhado com paredes de tela entre elas. Quiosque romano de Qertassi
Templo de Philae, Aswan
Aswan
A cidade de Aswan, no extremo sul do Egito, é o ponto de partida (ou chegada) dos cruzeiros pelo Rio Nilo para Luxor e pelo Lago Nasser para Abu Simbel. Após deixarmos o navio que fizemos o cruzeiro pelo Lago Nasser, o Guia nos transferiu para um novo navio (Alyssa) para fazer o cruzeiro pelo Rio Nilo. Antes de fazermos o check-in no navio Alyssa fizemos uma visita ao Templo de Philae e ao Obelisco Inacabado. Na parte da tarde fomos visitar a Barragem Alta, o Jardim Botânico e visitamos uma loja de essências. No dia seguinte o navio partiu para o cruzeiro pelo Rio Nilo com paradas para visitar os templos de Kom Ombo e de Edfu. Templo de Philae O templo de Philae é um dos mais belos e bem preservados do Egito. Com o objetivo de salvar o Templo de Philae da inundação, um enorme projeto da UNESCO na década de 1960 transferiu o templo para um lugar mais alto na ilha Agilkia. Cada bloco de pedra do complexo do templo foi rotulado e removido para ser montado, como um quebra-cabeça gigante. Todo o projeto levou dez anos e salvou um dos mais belos templos do Egito do desaparecimento nas águas da Represa Baixa. O Templo de Philae é considerado como o último dos antigos templos construídos no estilo clássico egípcio. A sua construção foi iniciada por Ptolomeu II e completada pelos imperadores romanos posteriores. Foi no Templo de Philae que os últimos hieróglifos foram escritos. O imperador romano Justiniano I ordenou a conversão do templo em um local de culto cristão. Por essa razão, podem ser vistas mutilações feitas nos baixos relevos nas paredes do templo em figuras de alguns deuses pagãos egípcios, provavelmente feitas pelos cristãos. O Templo Philae é um dos muitos templos construídos em homenagem à deusa Ísis e serve como um notável exemplo do culto em torno da deusa, incluindo seu marido Osíris e o seu filho Hórus. Esses três personagens dominam a antiga cultura egípcia e sua história possui todo o drama de uma verdadeira tragédia Shakespeariana.
Templo de Philae, Aswan
Após o deus Osíris ser assassinado e desmembrado por seu irmão Seth, Ísis procura os pedaços do marido e os une com seus poderes mágicos, trazendo Osíris de volta à vida. Eles então concebem o filho, o deus Hórus. Mais tarde, quando Hórus fica adulto, ele vinga seu pai ao derrotar Seth em combate. Obelisco Inacabado Embora os hierogrifos egípcios nos contam praticamente tudo sobre os ritos fúnebres e os deuses do antigo Egito, raramente mostram coisas e atividades do cotidiano. Como os grandes monumentos Egípcios em granito eram construídos? Existe em Aswan uma pedreira de granito que pode nos ajudar a decifrar esta historia. Esta pedreira foi utilizada na antiguidade para a retirada de pedras para fazer diversos monumentos no Egito, inclusive no Cairo. Na pedreira existe um gigantesco Obelisco inacabado que foi abandonado na antiguidade antes de ser finalizado por ter se partido… Os historiadores acreditam que os trabalhadores estavam esculpindo o Obelisco e o mesmo se partiu em um ponto antes de ser terminado, então o projeto foi abandonado. Este Obelisco inacabado nos dá uma boa idéia de como esses gigantescos monólitos eram criados sem a ajuda de dinamite. Jardim Botânico de Aswan A visita ao Jardim Botânico deve ser combinada com um passeio de Felucca, um pequeno barco à vela, para ir até a ilha onde fica o Jardim Botânico de Aswan. Separe gorgeta para as crianças em barquinhos que rodeiam a Felucca cantarolando músicas para os turistas. Não espere encontrar no Jardim Botânico flores bem cuidadas e gramados esverdeados. Em vez disso, você encontrará um lindo parque para passar uma hora passeando por belas fileiras de altas palmeiras. Represa Alta de Aswan A represa alta de Aswan trouxe regularidade nas cheias no rio Nilo abaixo da represa gerando também energia elétrica que trouxe prosperidade ao Egito. Por outro lado causou o desaparecimento de inúmeros locais históricos, obrigando a realocação de dezenas dos templos e monumentos mais famosos. Antes da barragem, o rio Nilo e suas inundações anuais ditavam tudo, desde a estação de plantio até onde você podia construir casas. Hoje o nível do rio é absolutamente contolado pelo fluxo de água liberado pela barragem.
Obelisco Inacabado, Aswan
Feluccas no Rio Nilo, Aswan
Cruzeiro pelo Rio Nilo O cruzeiro pelo Rio Nilo foi diferente do cruzeiro pelo Lago Nasser. O navio Omar El Khayam no Lago Nasser era bem maior e com um serviço bem mais requintado que o navio Alyssa do cruzeiro pelo Rio Nilo. Outra diferença marcante foi a paisagem que no Lago Nasser deixava as margens do lago muito distantes do navio devido à imensidão do lago. Já no cruzeiro do Rio Nilo era possível apreciar de perto o contraste nas margens do rio entre o verde da vegetação e o marrom da areia do deserto.
Cruzeiro pelo rio Nilo no navio Alyssa O navio saiu de Aswan antes do sol nascer na manhã do dia seguinte, de modo que quando acordamos ele já estava ancorado em Kom Ombo. Após o café da manhã fomos com o nosso Guia visitar o templo que ficava ao lado do ancoradouro. Após a visita ao Templo de Kom Ombo o navio partiu rumo a Edfu. Ficamos apreciando a paisagem nas tendas junto à piscina no convés do navio. Durante o almoço o navio ancorou em Edfu. Em seguida pegamos juntamente com o nosso Guia uma charrete na frente do ancoradouro e após uns 3 km pelas ruas de Edfu chegamos ao Templo.
Cruzeiro pelo rio Nilo
Templo Kom Ombo
Templo Kom Ombo
Templo de Kom Ombo Este templo é o único construído durante a dinastia ptolomaica para honrar dois deuses: Sobek e Hórus. Por essa razão, existem duas estruturas idênticas construídas no templo e a precisão com que isso foi feito é verdadeiramente notável. A construção do templo original ocorreu entre 180 aC e 145 aC, pouco depois de Ptolomeu VI começar a reinar sobre o Egito. Uma série de outras construções ptolomaicas foram acrescentadas à estrutura original, com Ptolomeu XIII dando a maior contribuição entre 51 aC e 47 aC, quando acrescentou os dois grandes salões hipostilos. Por causa do seu propósito de honrar dois deuses, o Templo teve que ser construído com tudo em dobro, incluindo corredores, salas e santuários. A duplicação faz com que o templo de Kom Ombo seja perfeitamente simétrico ao longo do eixo principal. Infelizmente, parte do Templo foi destruído por terremotos, que ocorreram ao longo dos séculos. Os trabalhadores também usaram pedras e outras partes do templo para outras construções na região. Muitas dos baixos relevos e relíquias originais que antes ficavam dentro do templo também foram desfiguradas pelos cristãos, em uma tentativa de erradicar quaisquer sinais de paganismo. O templo também tem algumas imagens gravadas em relevo bem preservadas de vários instrumentos médicos usados para cirurgias e obstetrícia. Os arqueólogos acreditam que essas são as imagens mais antigas já descobertas sobre o tema.
Templo de Edfu
Templo de Edfu O Templo de Edfu é um templo greco-romano construído durante a dinastia ptolemaica, sendo sem dúvida um dos templos mais bem preservados do Egito. O motivo da sua conservação é o fato do Templo de Edfu ter sido soterrado pela areia do deserto ficando a uma profundidade de 39 metros durante séculos. Somente em meados século XIX, em uma escavação iniciada por Auguste Mariette, o arqueólogo redescobriu o templo.
Templo de Edfu Considerado o maior templo dedicado ao deus Hórus no Egito, a construção do templo de Edfu começou no ano 237 aC durante o reinado de Ptolomeu III. O Templo Edfu, como o conhecemos hoje, só foi completado anos depois em 57 aC, durante o reinado de Ptolomeu XII, pai de Cleópatra VII. Em 391 dC, o imperador Teodósio I de Roma declarou todos os cultos não cristãos ilegais em todo o Império Romano. Como resultado, os egípcios não podiam mais usar o templo para fins religiosos. A partir desta época ocorreram as mutilações nos relevos das paredes e esculturas do templo, feitas pelos cristãos que haviam tomado o controle do Egito na tentativa de erradicar quaisquer vestígios de paganismo.
O grande portal é decorado com relevos e esculturas representando Ptolomeu XII conquistando seus inimigos. Na entrada existem as duas maravilhosas estátuas em granito do deus Hórus, como falcões que guardam a entrada do templo. O pátio interno é cercada nos três lados por 32 colunas, cada uma com diferentes capitéis florais. Em ambos os lados do salão hipostilo exterior existem pequenas câmaras, a do lado direito era a biblioteca do templo onde os textos rituais eram armazenados e a câmara da esquerda era o salão de consagrações.
Templo de Edfu
O salão hipostilo interior possui 12 colunas e na parte superior era o laboratório onde os perfumes e incensos eram preparados e armazenados com os ingredientes listados nas paredes. A grande porta existente no salão hipostilo interior leva à câmara de oferendas onde frutas, flores, vinho, e outros alimentos eram deixados junto ao altar. A segunda antecâmara dá acesso ao santuário onde existe uma réplica de barca de madeira na qual a estátua de Hórus era transportada em procissões durante ocasiões festivas (a original está no Louvre).
Plazza del Campo, Siena
Cidade de Luxor Chegamos em Luxor e pudemos contemplar do convés do navio o lindíssimo pôr do sol sobre a cidade. Ficamos duas noites hospedados no navio, para visitarmos os templos (Karnak, Luxor e Hatshepsut), os Colossos de Mêmnon e as tumbas no Vales dos Reis.
Põr do Sol na cidade de Luxor
Colossos de Memnon, Luxor
No lado leste do rio Nilo fica o Templo de Luxor e o de Karnak. É neste lado do rio Nilo que os egípcios adoravam seus deuses. No lado oeste ficam as Tumbas e cemitérios onde enterravam os mortos no Vale dos Reis e Vale das Rainhas. Visite também no lado oeste o templo de Hatchepsut e os Colossos de Memom. Segundo as crenças dos antigos egípcios no deus do sol Rá, a vida começava todas as manhãs ao nascer do sol no Leste e depois repousava a Oeste com o pôr do sol.
Colossos de Mêmnon As estátuas com18 metros de altura e 1300 toneladas cada uma foram erguidas em homenagem a Amenófis III. Elas guardavam a entrada do antigo templo funerário de Amenófis III, que foi destruído com o tempo. Os Colossos de Mêmnon foram assim chamadas pelos Gregos devido à lenda do herói grego Mêmnon, o gigante das guerras de Tróia, filho de Aurora e morto por Aquiles. Segundo a lenda, Aurora pediu aos deuses para que seu filho Mêmnon morto voltasse, pelo menos uma vez por dia.
Colossos de Memnon, Luxor Os deuses satisfizeram o seu pedido e diariamente, aos primeiros raios do sol, a mãe passou a escutar a voz do filho e chorava. O seu choro mais se parecia com um lamento, um zunido, que acontecia sempre no final da madrugada. Em 27 aC um tremor de terra deixou rachaduras e gretas em uma delas e todos os dias, ao nascer do sol, durante a passagem do vento da manhã pelas gretas era produzido um zunido que muito lembrava a dor de Aurora pela perda do seu filho Mêmnon. Os visitantes gregos que escutavam o zunido vindo da estátua, o associaram à lenda grega e assim ficaram conhecidas as estátuas. Depois que Septímio Severo (193-210 dC) consertou as rachaduras da estátua, não foi mais ouvido o zunido provocado pelo vento nas rachaduras.
Templo Memorial de Hatshepsut Construído ao pé das montanhas no lado oeste do Nilo, este templo marca a entrada do Vale dos Reis. O memorial honra a rainha Hatshepsut (1473-1458 aC) e é considerado uma das maiores realizações arquitetônicas egípcias. Com uma aparência quase moderna, o templo foi projetado por Senenmut (arquiteto de Hatshepsut) e se assemelha à arquitetura grega clássica que foi concebida 1.000 anos depois.
Templo de Hatshepsut, Luxor A rainha Hatshepsut construiu inúmeros monumentos, edifícios e estátuas de si mesma erguidos para impressionar o antigo povo egípcio. O Templo de Hatshepsut levou 15 anos para ser concluído e o lugar do templo foi escolhido por causa de sua localização privilegiada num vale considerado sagrado cercado de montanhas numa área com conexão com a deusa funerária Hathor. O Templo tem três níveis com acesso via uma calçada que, na antiguidade era repleta de esfinges com árvores exóticas e arbustos trazidos das expedições comerciais de Hatshepsut à Punt (atual Etiópia) e Eritréia (atual Somália). Depois da morte de Hatshepsut, suas referencias foram destruídas, restando relevos retratando Thutmose III e cenas de trabalhadores transportando grandes obeliscos pelo Nilo.
Templo de Hatshepsut, Luxor
Vale dos Reis O Vale dos Reis é na verdade uma grande necrópole, um cemitério ou local de sepultamento localizado perto da antiga cidade egípcia de Tebas (hoje Luxor). Atualmente existem 63 tumbas que foram descobertos no Vale dos Reis pertencentes aos faraós e principais dignitários. As tumbas estão espalhadas pelas encostas e vales das montanhas em diferentes profundidades, com maior ou menor dificuldade de serem descobertas. Muitas das tumbas foram descobertas e saqueadas pelos próprios egípcios na antiguidade, mas durante os séculos 19 e 20, o interesse renovado na egiptologia levou diversos egiptólogos europeus, a fazerem novas escavações no Vale dos Reis, na esperança de encontrar túmulos ainda não descobertos. Todos as tumbas na região de Luxor são numeradas e codificadas com as legendas KV, QV, WV e TT que indicam a sua localização da seguinte forma: KV2: KV refere-se ao Vale dos Reis (King Valley) e 2 identifica o faraó Ramsés IV QV66: QV refere-se ao Vale das Rainhas (Queen Valley) e 66 identifica a rainha Nerfertari WV23: WV refere-se ao Vale Ocidental (West Valley) e 23 ao faraó Ay TT55: TT refere-se Tumba de Tebas (Tebas Tomb) e 55 identifica o faraó Ramose Na área denominada Tumba de Tebas (TT), há pelo menos 415 túmulos catalogados que são locais de sepultamento de nobres e funcionários importantes da corte. O Ticket de entrada no Vale dos Reis custa 200 EGP (~US$24,00) e permite a entrada em três tumbas a serem escolhidas pelo visitante (exceto a tumba de Tutancâmon). O nosso Guia nos indicou as Tumbas de Ramsés IV, Ramsés VI e Merneptah. A permissão para fotografar o interior das Tumbas no Vale dos Reis é de 300,00 EGP (~US$17,00), com exceção da tumba de Tutancâmon. O Ticket de entrada na tumba de Tutancâmon custa 80 EGP e deve ser comprada separadamente. Tumba de Ramsés IV A tumba de Ramsés IV (1151–1145 aC) é decorada com várias cenas nas paredes e teto, incluindo algumas do Livro dos Mortos. A tumba foi descoberta pelo arqueólogo britânico Edward Ayrton no início do século 20, mas infelizmente os seus tesouros já haviam sido saqueados na antiguidade. Tumba de Ramsés IV no Vale dos Reis, Luxor
Tumba de Mernenptah A tumba de Merneptah (1213 aC – 1203 aC) originalmente continha um conjunto de quatro sarcófagos aninhados. O túmulo sofreu danos causados por inundações na antiguidade. A tumba foi saqueada na antiguidade e redescoberta no início do século 20 pelo arqueólogo britânico Howard Carter que é mundialmente famoso por ter descoberto anos mais tarde a tumba intacta de Tutancâmon. Tumba de Ramsés VI A construção da tumba foi iniciada pelo faraó Ramsés V, mas foi Ramsés VI (1141 aC – 1133 aC) que terminou a escavação e decorou as novas seções em seu nome e imagem. Até as imagens e cartelas de Ramsés V foram alteradas. Não se sabe se o corpo de Ramsés V foi removido ou se os dois reis compartilharam o túmulo. Não muito tempo depois do enterro dos Ramsés, a sexta tumba foi saqueada por invasores de tumbas que mutilaram sua múmia para roubar tesouros. A tumba foi redescoberta em 1898 pelo arqueólogo francês Georges Daressy.
Tumba de Ramsés VI Tumba de Tutancâmon A tumba de Tutancâmon (1336-aC – 1327 aC) foi descoberta praticamente intacta no dia 4 de novembro de 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter. A tumba é muito simples e mal acabada se comparada com outras tumbas do Vale dos Reis. Embora Tutancâmon tenha sido um faraó sem grandes realizações e ter governado por um curto período de templo, o tesouro encontrado em sua tumba é fantástico. A maior parte do tesouro, incluindo a sua máscara de ouro, está exposto no Museu Egípcio no Cairo. A múmia do faraó e o seu caixão de madeira laminado em ouro estão expostos no interior da tumba.
Tumba Merenptah no Vale dos Reis, Luxor
Templo de Karnak Recordar a nossa primeira visita a este templo 33 anos atrás andando entre as colossais colunas e obeliscos foi literalmente uma viagem no tempo e uma das melhores lembranças da viagem ao Egito. O início da construção do Templo foi em 2055 aC e ao longo dos séculos 30 faraós contribuíram com ampliações e modificações. O templo é dedicado aos deuses Amon, Mut e Khonsu e é considerado o maior edifício religioso já construído no mundo. Uma avenida de Esfinges com cabeça de carneiro leva ao primeiro grande Portal do Templo. As 20 esfinges de cada lado da avenida simbolizam o deus Amon e servem para proteger o templo. O grande salão hipostilo é a estrutura mais incrível de Karnak. Considerado o maior salão religioso do mundo, foi construído por Seti (1290-1279 aC). O salão tem 103m de comprimento e 52m de largura sendo composto por 134 gigantescas colunas de pedra com 24m de altura e 3,5m de diâmetro. Além do santuário principal, existem vários templos menores e um lago sagrado com cerca de 10.000 m2 de área. Na antiguidade o lago era cercado por depósitos e alojamentos para os sacerdotes, junto com um aviário para aves aquáticas. Os egípcios acreditavam que no final do ciclo agrícola anual os deuses e a terra se esgotavam e exigiam uma nova entrada de energia do cosmos. Para realizar essa regeneração mágica, era promovido cultos anualmente no verão durante 2 a 4 semanas no chamado Festival de Opet. Durante os cultos as barcaças sagradas da tríade de deuses de Tebas flutuavam dentro do lago sagrado do Templo de Karnak. O culto era também uma celebração da ligação entre o faraó e o deus Amon. A estátua do deus Amon era banhada com água benta, vestida com linho fino e adornada com jóias de ouro e prata. Os sacerdotes então colocavam o deus numa barca que era carregada nos ombros pelas ruas lotadas até o templo de Luxor. Uma tropa de soldados núbios servindo como guardas batiam seus tambores, músicos acompanhavam os sacerdotes em canções, pães e bebidas eram distribuídos à população enquanto o incenso enchia o ar. Templo de Karnak, Luxor
Templo de Karnak, Luxor
Templo de Karnak, Luxor
Louvre
Templo de Luxor, Luxor
Templo de Luxor O Templo de Luxor foi construído por Amenhotep III (1390-52 aC) e completado por Tutancâmon (1336-27 aC) e Horemheb (1323-1295 aC). Posteriormente teve ampliações por Ramsés II (1279-13 aC). Na parte traseira do templo foi construído um santuário de granito dedicado a Alexandre, o Grande (332-305 aC). Desde a antiguidade o templo foi usado como local de adoração aos deuses. Durante a era cristã, o salão hipostilo do templo foi convertido em uma igreja cristã, existindo também vestígios de outra igreja copta no lado oeste do templo. O templo ficou soterrado sob as ruas e casas de Luxor por vários séculos, inclusive tendo uma mesquita construída sobre ele. A mesquita foi cuidadosamente preservada quando o templo foi redescoberto e faz parte integrante do site atualmente. Antes do templo ser ampliado por Ramsés II, a entrada do templo ficava originalmente na parte norte em uma colunata fechada de sete pares de colunas com 15 metros de altura com papiros abertos esculpidos no topo. O templo possui um imponente pátio hipostilo com trinta e duas colunas. Nos fundos, há quatro salas menores e uma antecâmara que leva à sala de parto, ao santuário e à capela de Alexandre, o Grande.
Templo de Luxor, Luxor
Templo de Luxor, Luxor
Templo de Luxor, Luxor