Mercado Municipal como Complexo Gastronômico: Local de encontro e permanência em Campinas.

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TC - 2017 - UNIP Campinas ARQUITETURA E URBANISMO

Mercado Municipal como Complexo GastronĂ´mico: Local de encontro e convivĂŞncia em Campinas

Trabalho apresentado para a disciplina Trabalho de Curso da Universidade Paulista UNIP.

Vivian Altebarmakian Professora Orientadora: Dra. Ana Villanueva

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“Ser moderno é fazer o melhor uso da memória e arriscar-se a inventar.” Jean Nouvel

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Dedicatória

Aos homens da minha vida: Meu pai, Agopig, aquele do qual herdei o ofício e mesmo sem saber me fez apaixonar pela complexidade e elegância dos edifícios, e meu grande companheiro Tato, que esteve ao meu lado durante toda essa jornada que foi a faculdade, sempre me apoiando e me ajudando nos momentos mais difíceis. E a minha mãe, Selma, que nada tem a ver com arquitetura, mas que é o maior pilar da minha vida e com quem eu aprendi a apreciar o simples e o belo.

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Agradecimentos A minha orientadora Ana Villanueva, que sempre acreditou em mim e confiou em meu trabalho além de ter

exercido grande influência na minha formação ao me ensinar a importância do Clássico e do restauro. Aos professores que tive ao longo do curso, por todos os preciosos ensinamentos técnicos, em especial a Sandra Martins que de professora se tornou amiga e que sempre me inspirou com sua visão prática da arquitetura. Aos amigos que a faculdade me trouxe, Ana Páfaro, Célia Leme, End Fernandes, Mika Falcioni, Thais Mathias, Luiz Felipe Branco, Daniel Capela, Paulo Pfaffenbach, Fernando Rodrigues, Welisson Rocha, Letícia Ferreira, Jaque Ortiz e Rafa Lopes, obrigada por toda a ajuda e aprendizado e principalmente pelo suporte nas horas de pânico e desespero. Ao Rafael Loddi, por compartilhar comigo a intensa caminhada que foram esses 5 anos até nos tornarmos arquitetos. E a Martha Nucci, pela amizade, pelas muitas conversas sobre a cidade e por ter corrigido os meus textos no trabalho final. As amizades que se fazem tão presentes e importante ao longo da vida... Thiago Vitor, Mari di Tullio, Caio Blumer, Marina Proença, Junior Valler, Hernán Wulff, Yona Hopkins e em especial a Juliana Assis por todo apoio, por ter me enxergado como profissional e pela oportunidade. Ao Júlio e toda equipe da Ômega Plotagem pela paciência e dedicação, eu não chegaria até aqui sem a ajuda de vocês. Minha gratidão aqueles que estiveram presentes, saibam que carrego comigo a influência de todos em meu trabalho e na vida.

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SUMÁRIO Resumo Lista de Apreviaturas e Siglas

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Plano Urbano 1- Introdução 2- Objetivo do Projeto 14 3- A Área Como É Hoje 15 4- Diagnóstico 16 4.1- Patrimônio Histórico 16 4.2- Densidade Demográfica 20 4.3- Uso Real do Solo 21 4.4- Vazios Urbanos 22 4.5- Gabarito 23 4.6- Zoneamento 24 5- O Porquê da Escolha da Área 25 6- Novo Plano de Mobilidade 27 6.1- O Metrô e o Trem Como Conexões Metropolitana 28 6.2- Ônibus e Terminais 32 6.3- O VLT na Região Central 34 6.4- Mobilidade a pé no Centro 38 7- Cidade para Pessoas, Cidades Compactas 39 8- Princípios Norteadores 41 9- Plano de Intervenção Urbana 43 10- Instrumentos 44

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11- 11.1- 11.2- 11.3- 11.4- 11.5- 12- 12.1- 12.2- 12.3- 12.4-

Detalhamento do Sistema Viário 46 Hierarquia Viária e Sentido das Vias 46 Vias Exclusivas de Pedestre 49 Vias Compartilhadas 51 Novo Desenho das avenidas Francisco Glicério e Senador Saraiva 53 Edifícios Garagem 58 Detalhamento dos Espaços Públicos e Semi-Públicos 60 Galerias 60 Miolos de Quadra 64 Expansão de Praças 67 Mobiliário Convidativo 69


Projeto Arquitetônico 13- 14- 15- 16- 16.1- 16.2- 16.3- 16.4- 17- 17.1- 17.2- 17.3-

Introdução 73 Objetivo do Projeto 75 Justificativa 75 Temática 76 Os Mercados Enquanto Espaços Públicos 76 História do Mercado Municipal de Campinas 79 Entretenimento e Gastronomia 84 Escola de Gastronomia ` 85 Projetos de Referência 86 Espaço Gastronômico do Forks Market - Winnipeg, Canadá 86 Remodelação do Mercado de Peixe Beşiktaş - Istambul, Turquia 87 Referência de Coberturas: Centre Pompidou-Metz – Metz, França 88 Referência de Coberturas: Pavilhão Japonês – Expo 2000 89 18- Visita técnica: Eataly São Paulo 90 19 Análise das Referênicas e Visita Técnica com Aplicação no Projeto 94 20- Terreno 95 21 - Projeto 98 21.1 - Partido Arquitetônico 98 21.2 – Programa de Necessidades 100 21.3 - Fluxos e Acessos 102

21.4 –

Pranchas Implantação Área do Mercado Planta Pavimento Térreo Planta Primeiro Pavimento Planta Segundo Pavimento Elevações Cortes Perspectivas

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Referências Iconográficas Referências Bibliográficas

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Resumo O trabalho apresenta um projeto urbano para a área central da cidade de Campinas/SP que traz como principal objetivo soluções urbanísticas para o espaço público e privado e executa as estratégias para sua viabilidade. A proposta foi estruturada de forma a apresentar a área como ela é hoje, com foco no patrimônio histórico, seguido de um novo Plano de Mobilidade para a cidade, partindo para os instrumentos que foram criados para viabilizar o projeto. Além disso, há os projetos das edificações propostas que serão associados às âncoras da área e a explanação da parte estrutural que foi necessária para o desenvolvimento do plano de ação. A partir da análise da área, foi possível identificar as necessidades da região, isto posto foi decidido pela criação de uma nova edificação, em frente ao Mercado Municipal de Campinas que atraísse um maior público para a região central. Essa nova construção contemplará uma ala gastronômica e uma escola de gastronomia, além de lojas comerciais e duas praças lineares; o entorno do mercado, que se encontra degradado também foi requalificado. Acreditase que essa nova área será um espaço de permanências que estimulará as pessoas a vivenciarem o centro, o que corrobora o partido da intervenção urbana inicial. Palavras - Chaves: Projeto urbano, Área Central, Pedestrianismo, Mercado Municipal de Campinas, Complexo Gastronômico e Escola de Gastronomia.

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Lista de Apreviaturas e Siglas CA Coeficiente Máximo de Aproveitamento CONDEPACC Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas CONDEPHAAT Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo CSE-5 Tipologia de ocupação na qual as edificações são destinadas aos usos comercial, de serviços e institucional. EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária HCSE-5 Tipologia de ocupação na qual as edificações em que uma parte de sua área construída destina se a unidades habitacionais e a outra parte a unidades comerciais, de serviços ou institucionais. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano LOUS Lei de Uso e Ocupação do Solo MIS Museu da Imagem e do Som de Campinas ONU Organização das Nações Unidas RMC Região Metropolitana de Campinas SEPLAMA Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Campinas TE Taxa de Ocupação do Pavimento Térreo TO Taxa de Ocupação dos Pavimentos Superiores VLT Veículo Leve sobre Trilhos Z-17, Z-18, Z-19 e Z-20 Zona 17, 18, 19 e 20 respectivamente da Lei de Uso e Ocupação do Solo de Campinas ZP Zoneamento de Preservação

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PLANO URBANO Acima de tudo, nunca perca a vontade de caminhar. Todos os dias, eu caminho até alcançar um estado de bem-estar e me afasto de qualquer doença. Caminho em direção aos meus melhores pensamentos e não conheço pensamento algum que, por mais difícil que pareça, não possa ser afastado ao caminhar. Soren Aabye Kierkgaard, Filósofo dinamarquês, 1813-1855

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1 - Introdução

Este estudo apresenta o Projeto Urbanístico para a área central da cidade de Campinas/ SP, ele destaca as soluções para o espaço público e identifica as regras de ocupação para o espaço privado. Trata-se de um plano de uso e ocupação do solo que tem como principais objetivos: - Novo plano de Mobilidade;

- Criação de um Circuito do Pedestre; - Preservação e recuperação do Patrimônio Histórico; - Diminuição dos Vazios Urbanos e áreas de estacionamento; - Incremento da área destinada para o uso misto, propiciando o aumento da densidade demográfica com objetivo de permitir que mais cidadãos possam

usufruir das vantagens locais deste setor da cidade; - Criação de uma rede de espaços públicos capazes de recepcionar melhor os usuários da região assim como moradores e trabalhadores através de novas praças e mobiliário. As intervenções para o espaço público são apresentadas através

de propostas de reestruturação das principais vias da área, criação de novos modais, indicação de novas edificações e mobiliário urbano. Para o espaço privado são propostos parâmetros de ocupação dos novos lotes que somados às normas da legislação urbanísticas determinam a volumetria final proposta pelo projeto.

Vias e VI) Novos Espaços Públicos e Semi - Público O primeiro módulo apresenta a área como ela está hoje, dando foco para o patrimônio histórico, que é a principal âncora da região e os vazios urbanos, esse a grande questão que deverá ser solucionada nas intervenções urbanas futuras. Também são indicadas as justificativas para a definição das áreas para renovação e manutenção. O segundo ilustra uma nova

proposta de mobilidade para Campinas, que tem como foco principal o pedestre e a melhora na qualidade do transporte público, essa estratégia de mobilidade justifica as decisões de projeto relativas a uma nova hierarquia viária, aumento das calçadas e criação de um conjunto de tipologias para os espaços públicos. O terceiro e quarto módulos descrevem o partido urbanístico do espaço público adotado e suas premissas projetuais, além dos instrumentos que

foram criados para viabilizar o projeto. O quinto e sexto módulos elucidam os projetos das edificações propostas que serão associados às âncoras da área, se conectarão com as novas vias completando assim a intervenção. Além disso, temos a explanação da parte estrutural que foi necessária para o desenvolvimento do plano de ação.

2 - Objetivo do Projeto

O Projeto Urbanístico tem como objetivo apresentar soluções urbanísticas, tanto para o espaço público como para o espaço privado, assim como definir as estratégias para sua viabilização. Descrição O projeto está estruturado em 6 módulos, são eles: I) A área como ela é hoje, II) Novo Plano de Mobilidade, III) Partido Urbanístico e Premissas Projetuais, IV) Instrumentos, V) Tipos de

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3 - A área Como é hoje

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de 10% do território ocupado por estacionamentos particulares, área na parte mais urbanizada da cidade que na prática, são vazios urbanos e espaços subutilizados. Outra característica contraditória da área central de Campinas é a baixa densidade encontrada em alguns pontos, a densidade demográfica é um dos indicadores essenciais para entender as dinâmicas da cidade e da ocupação do m aba uid Aq . seu território. v A Alvo de inúmeros debates o tema “densidade x verticalização” está também presente na composição espacial do centro de Campinas. Se por cidade, o passado e o presente, além do um lado temos um eixo de verticalização velho e do novo que se sobrepõem. marcado na Av Francisco Glicério por outro A malha urbana central é não é nele que se encontra a área mais interligada através dos passeios, avenidas adensada do Centro, apesar do mesmo e ruas, atualmente essas conexões tem ter maior densidade que muitos outros - 2500 hab/km2 como ator principal o veículo0 individual, setores do recorte delimitado (10.000 a 2500 - 5000 e não o pedestre. Calçadas diminutas, e hab/km2 15.000 hab/Km²), ela ainda fica atrás neste - 10000 hab/km2 um ambiente pouco propício5000 às pessoas, quesito em relação a Rua José Paulino, no 15000 hab/km2 10000 fazem com que o centro hoje seja- um trecho entre a Avenida Campos Salles e a 15000 - 20000 hab/km2 lugar de passagem e não de encontros e Rua Duque de Caxias (15.000 à 20.000 hab/ 20000 - 25000 hab/km2 permanência. Km²). 25000 ou mais hab/km2 Ainda como reflexo da importância do carro temos mais mã /Ir eta chi An Av.

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Área de grande fluxo de veículos e pedestre, consequência da concentração do comércio e serviço, além dos edifícios institucionais, o centro tem como principal âncora os patrimônios

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(RODRIGUES, 2011, p. 139)

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Fonte: Google Earth, modificada pela autora, 2017.

urbana perfurada por áreas vazias, dificultando AV 20 D

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O centro da cidade de Campinas hoje constitui uma localização desafiadora, tendo um desenho consequente do Plano de Melhoramento Urbano idealizado por Prestes Maia, que propôs o alargamento das vias surgindo assim as avenidas: Francisco Glicério, Dr. Campos Salles, Dr. Moraes Salles, Senador Saraiva e posteriormente o Viaduto Miguel Vicente Cury. A proposta de trânsito rápido e a interligação dos bairros com o centro urbano que tanto funcionavam quando inaugurada na década de 60 já não se mostra tão eficiente assim.

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4 - Diagnóstico

4.1 - Patrimônio Histórico

Legenda da Figura 2

O diagnóstico tem por objetivo apresentar pontos importantes da área de estudo, tais como Patrimônio Histórico, Densidade e Uso e Ocupação do Solo, afim de elaborar uma análise crítica a respeito dessa área para um futuro projeto urbano. Para isso foi realizado um levantamento de informações em várias plataformas online, além de pesquisa de campo e levantamentos in loco. Essas informações estão apresentadas da forma de mapas informativos e uma leitura crítica sobre a área

A maior concentração de patrimônio histórico de Campinas se encontra na região central e área de estudo desse projeto. Um bem tombado pode ter sido tombado em até três estâncias: o municipal (CONDEPACC), o estadual (CONDEPHAAT) e o federal (IPHAN). O tombamento de um edifício, além de ajudar na preservação do mesmo, também gera uma área envoltória que faz com que intervenções em seu entorno não interfiram em suas características originais.

01 - Imóvel da Avenida Andrade Neves, 471 Delegacia seccional de Polícia Dr. Guilherme Leme. 02 - Hospital Beneficência Portuguesa 03 - Afluente do Ribeirão Anhumas 04 - Mercado Municipal Ramos de Azevedo 05 - Antigo Colégio Sagrado Coração de Jesus 06 - Solar do Barão de Itapura, atual sede da Puccamp 07 - XVIII - Praça Bento Quirino, Antônio Pompeu e Basílica da Nossa Senhora do Rosário 08 - Casa da banda Carlos Gomes 09 - Palácio dos Jequitibás 10 - Museu de Arte Contemporânea de Campinas 11 - Santa Casa de Misericórdia de Campinas 12 - Capela de Nossa Senhora da Boa Morte 13 - Imóvel situado à Rua Padre Vieira, 1.277 , atual Giovanetti V) 14 - Imóvel da Av. Andrade Neves, 214 15 - Imóvel situado à Rua Bernardino de Campos, 407 16 - Imóvel situado à Rua Bernardino de Campos, 989 17 - Jóquei Clube Campineiro 18 - Imóvel situado à Rua Dr. Quirino, 1.396 e 1.404, atual Giovanetti II; 19 - Imóvel situado à rua Thomaz Alves n° 87 20 - EEPSG Carlos Gomes 21 - Imóvel à Avenida Campos Sales nº. 514 - Loja Maçônica Independência 22 - Palácio da Justiça 23 - Solar do Visconde de Indaiatuba, atual 7º. Tabelião de Notas

Em Campinas, apenas o Palácio dos Azulejos (figura 5), atual MIS, é tombado nos três órgãos de preservação, o Mercado Municipal é tombado apenas no CONDEPACC e CONDEPHAAT. Segue os mapas com o patrimônio histórico de Campinas e seus respectivos envoltórios (figuras 2 e 3)

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24 - Praça Visconde de Indaiatuba - Largo do Rosário 25 - Imóvel situado à Rua Cézar Bierrembach 80, 84 e 90. 26 - Edifício Itatiaia 27 - Praça Carlos Gomes 28 - Imóvel à Rua General Osório nº 1566 29 - Centro de Convivência Cultural de Campinas “Carlos Gomes 30 - Rua Treze de maio 31 - Solar do Barão de Ataliba Nogueira (antigo Hotel Vitória) 32 - “Antigo Hotel Términus” 33 - Catedral Metropolitana de Campinas 34 - Conjunto Conceição - edifícios 33, 41, 49, 53, 57, 61, 63 e Rua Barão de Jaguara, 1073, 1077, 1081 35 - Rua Ferreira Penteado - Imóvel à Rua Ferreira Penteado, nº 1.463, esquina com a Rua São Pedro (Bar do Piola) 36 - Solar do Barão de Itatiba - Palácio dos Azulejos 37 - Edifício dos Correios e Telégrafos 38 - EEPG Francisco Glicério 39 - Igreja de São Benedito 40 - Creche Bento Quirino 41 - Praça Professora Silvia Simões Magro (“Antigo Largo São Benedito”) 42 - Casa da Saúde 43 - Externato São João 44 - Largo do Pará 45 - Colégio de Aplicação Pio XII 46 - Bosque dos Jequitibás e museu de História Natural - 1938


Fig. 2 – Mapa do patrimônio tombado de Campinas Fonte: Prefeitura de Campinas adaptado e desenvolvida pela autora, 2017.

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Legenda da Figura 3

As novas edificações que ocorrerem no Centro Histórico de Campinas deverão obedecer aos seguintes Zoneamentos de Preservação (ZP): ZP 0 - São permitidas somente edificações térreas. ZP 1 - São permitidas edificações com térreo mais um pavimento, desde que a altura máxima do edifício não ultrapasse 8,00 metros. ZP 2 - São permitidas edificações com térreo mais dois pavimentos, desde que altura máxima do edifício não ultrapasse 11,00 metros. ZP 3 - São permitidas, no máximo, edificações com térreo, mais três pavimentos, admitindo-se a existência de um mezanino. Fig. 3 – Mapa da área de envoltório do patrimônio tombado de Campinas Fonte: Prefeitura de Campinas adaptado e desenvolvida pela autora, 2017.

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ZP 4 - São permitidas, no máximo, edificações com terreno e mais 6 pavimentos.


Fig. 4 - Mercado Municipal da Campinas Disponível em: http://www.mercadaocampinas.com.br/, acesso em 08 de abril de 2017.

Fig. 5 – Solar do Barão de Itatiba – Palácio dos Azulejos Disponível em: :http://republicadecampinas.com.br/2016/06/28/mis-a-reinvencao-do-palacio-dos-azulejos/, acesso em 10 de novembro de 2017.

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4.2 – Densidade Demográfica

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Segundo Haughton & Hunter (1994) densidades urbanas maiores têm sido considerada importante para se alcançar um desenvolvimento sustentável, pois a grande concentração de pessoas maximiza o uso da infraestrutura instalada, diminuindo o custo relativo de sua implantação e reduzindo a necessidade de sua expansão para áreas periféricas. Além disso, altas densidades reduzem também a necessidade de viagens já que a concentração de pessoas favorece as atividades econômicas como comércio e serviço de caráter local encorajando o pedestrianismo e viabilizando a implantação de sistema de transportes coletivos. Segue o mapa com a densidade da área (Figura 6). R.

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Densidade demográfica é um dos indicadores essenciais para entender as dinâmicas da cidade e da ocupação do seu território. Segundo o Censo de 2010, a cidade de Campinas tem, aproximadamente um milhão de habitantes e densidade demográfica de 1.359, 6 hab/Km2, mas a área central apresenta um número de habitantes por km2 superior. Um dos lugares mais adensados se encontra no trecho da Rua Dr Quirino, partindo da esquina com a Rua Conceição até a esquina com a Rua Duque de Caxias com média de 30.000 hab/Km², assim como na região da rua Luzitana, entre as ruas Barreto Leme e Av Benjamim Constant. No entanto, também há no Centro, setores com densidade baixa (5.000 a 10.000 hab/km²), principalmente nas extensões das ruas 13 de Maio e Costa Aguiar que são ruas comerciais.

5000 - 10000 hab/km2 10000 - 15000 hab/km2 15000 - 20000 hab/km2 20000 - 25000 hab/km2 25000 ou mais hab/km2 25

Fig. 6 - Mapa da densidade demográfica da área

250m

125

Fonte: Censo 2010 – IBGE, modificado pela autora, 2017. 25

25

20

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250m

125

250m


4.3 – Uso Real do Solo

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Através do mapa de uso real do solo podemos compreender de forma clara as características e vocações da área. O zoneamento permite todos os tipos de edificação, com exceção as industriais, no entanto ao analisarmos o uso real do solo, é verificado o predomínio do comércio e o grande número de edificações institucionais, que são edifícios complexos que envolvem diferentes relações inter-humanas e que atendem a uma grande demanda de público, essas são características comum as regiões centrais da cidade. Dentro dos estabelecimentos comerciais há ainda uma nova setorização, é comum em todo grande centro, ruas temáticas que concentram lojas ou serviços do mesmo tipo. Em Campinas isso acontece na parte superior da R. José Paulino, que é conhecida como a rua das noivas e a R. Álvares Machado, que concentra o comércio irregular (camelos). Uma outra característica é o grande número de áreas públicas como praças, sendo elas arborizadas ou não. As áreas residenciais, e até mesmo de uso misto, são minoria na área, tendo como tipologia apartamentos de um dormitório ou as habitações coletivas do tipo cortiço. Segue o mapa com a uso real M BA da região (Figura 7). doUsolo IDA

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125

250m

Fig. 7- Mapa do uso real do solo da área Fonte: Levantamento in loco desenvolvido pela autora, 2017.

21

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Após o levantamento do uso real do solo, verificou-se que a região apresenta diversos vazios urbanos provenientes de áreas de estacionamento ou edificações vazias VAZIOS ou degradadas, foram considerados ESTACIONAMENTOS vazios urbanos os lotes sem edificação SUB-UTILIZADOS/ DEGRADADOS ou subutilizados como estacionamentos e imóveis abandonados. Esses lotes, na região central, que recebem toda estrutura urbana como saneamento básico, transporte e empregos, não podem ser desperdiçados pela cidade e precisam ser novamente incorporados a malha urbana, dando assim possibilidade de novas pessoas habitarem eVAZIOS usufruírem da região do centro. A análise desse dado mostra que ESTACIONAMENTOS 9,2% da áreaSUB-UTILIZADOS/ é de vazios urbanos, sendo DEGRADADOS sua maioria área de estacionamento como mostra o mapa a seguir (figura 8).

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4.4 - Vazios urbanos

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Fig. 9- Infográfico sobre a porcentagem de vazios urbanos na área Fonte: Levantamento in loco desenvolvido pela autora, 2017.

25

125

250m


4.5 – Gabarito A

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Conforme o zoneamento vigente (Lei 6031/1988, atualizada em 2011) não existe limitação de gabarito máximo na área, porém o coeficiente de aproveitamento é de 5 vezes, o que permite a verticalização da região. No entanto, a área tem predominância de edifícios de um a dois pavimentos, isso ocorreu pois houve um aproveitamento de moradias antigas que se transformaram em edificações comerciais e/ou serviços (figura 10). Além do mais, o grande número de patrimônio histórico existente na área, que apresentam zona de proteção que impede altos 1 a 2 PAVIMENTOS no entorno do bem tombado, a 5 PAVIMENTOS 3gabaritos a típicas vias estreitas a 8 PAVIMENTOS 6associado na região central, acabam ou mais PAVIMENTOS 9existentes por limitar a verticalização, mesmo essa sendo permitida pelo zoneamento.

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4.6 - Zoneamento

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A área de estudo está localizada em sua maioria na Z-17, tendo dois blocos na Z-18, sendo um deles a Catedral Metropolitana de Campinas e o outro o MIS e o Corpo de Bombeiro, além de alguns quarteirões classificada como área pública. Na área Z-17 é permitido o uso misto do tipo HCSE-5, e é tolerado o uso habitacional unifamiliar, já para o uso comercial, de serviços e institucional é indicado o tipo CSE-5. Em ambos não é exigido nenhum tipo de recuo, apenas um afastamento de 3 metros do fundo a partir do segundo andar, e o coeficiente de aproveitamento é de 5, o que indica possibilidade intensa de verticalização. Já a Z-18 delimita as áreas de interesse ambiental e/ou sociocultural e pedem estudos específicos para a definição do uso e ocupação adequados às características naturais e à preservação do meio ambiente e da paisagem urbana. Para a construções habitacionais em loteamentos existentes na Zona 18 é necessário consultar o Decreto no. 10.012 de 29 de dezembro de 1989. Segue mapa ilustrando o zoneamento da região (figura 11).

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Fig. 11- Zoneamento da região. Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas, SEPLAMA ,2017, modificado pela autora. 25

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5 - O porquê da escolha da área

Apesar de muitas vezes parecer inimaginável, o automóvel é um personagem recente na história da humanidade, e consequentemente das nossas cidades. Sendo assim, desde os tempos paleolíticos até a Revolução Industrial a escala do pedestre era a principal, ou, a única possibilidade de vivenciar ao espaço urbano. O fato da maior parte das nossas cidades ter na sua gênese ruas que hoje consideramos estreitas nos faz esquecer que estas atendiam de forma satisfatória a circulação de seus moradores, já que não precisavam de ser disputadas com veículos trafegando em velocidade considerável. O desenvolvimento das cidades em função do transporte individual motorizado trouxe ao espaço público uma tensão ao pedestre no simples ato de atravessar a rua. As calçadas passaram a dar lugar aos leitos carroçáveis tornando a experiência de caminhar cada vez mais hostil nas vias públicas. O grande exponencial do planejamento urbano pensado para o automóvel se iniciou na primeira metade do século XX nos EUA. Esse modelo passa a sofrer críticas negativas

já no começo da segunda metade do século por sua negação à cidade e ao espaço público. Jane Jacobs em seu livro “Morte e Vida de Grandes Cidades”, que foi publicado pela primeira vez em 1961, começa a fazer duras críticas ao urbanismo idealizado por Le Corbusier e a defender as qualidades da cidade tradicional, entretanto, sem perder o encanto pela metrópole. Apesar dos carros já não serem mais símbolo de qualidade de vida no espaço urbano, esse novo modelo de cidade se fez popular principalmente no continente europeu. No Brasil a preferência pelo automóvel fez as nossas cidades se expandirem de forma desordenada e com inúmeros vazios no tecido urbano. As classes mais privilegiadas optaram por fugir da região central da cidade, OLIVEIRA JR afirma que a proliferação de condomínios fechados são uma evidencia da difusão de um comportamento elitista e asséptico em relação a tudo que o espaço público representa e acolhe. Nesse sentido, ao se projetarem como opção de moradia para os estratos mais abastados, os condomínios fechados confirmam o deslocamento das elites dentro de um mesmo vetor espacial.

Fig. 12– Foto aérea da região da Av. Francisco Glicério Disponível em: http://www.portaldarmc.com.br/noticias-da-regiao/2016/07/segunda-fase-de-revitalizacaoda-av-francisco-glicerio-em-campinas-e-entregue-oficialmente/, acesso em 16 de maio de 2017.

25


Já as classes menos favorecidas foram afastadas deste por meio de uma nítida segregação socioespacial. Apesar de uma parcela significativa da população de baixa renda continuar trabalhando nessas centralidades ela não consegue estabelecer sua moradia nesses territórios.

Esse impedimento de residência no centro se fundamenta na valorização econômica dos imóveis existentes, ainda que, edificações e terrenos sem uso sirvam apenas para especulação imobiliária. O que ainda demonstra o enorme potencial dessas centralidades já que mesmo

Fig. 13 – Foto aérea da Região de Intervenção Disponível em: http://asa100.com.br/, acesso em 10 de maio de 2017 .

26

degradadas ainda se mantêm como áreas nobres da cidade. Como vem acontecendo em importantes cidades europeias como Berlim e Barcelona, os centros urbanos estão sendo transformados, a rua como leito carroçável vem diminuindo, enquanto a calçada vem ganhando

espaço de atração principal. SADIKKHAN afirma que “se é possível mudar uma rua, é possível mudar o mundo” (2016, p. 38), com esse conceito o centro da cidade de Campinas foi escolhido para se transformar em cidade compacta e para pessoas.


6 - Novo Plano de Mobilidade

A mobilidade urbana é essencial para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos, segundo a ONG Mobilize, a opção pelo automóvel que parecia ser a resposta eficiente do século 20 à necessidade de circulação - levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação do espaço público. Quando se trata de mobilidade pendular, aquela realizada por trabalhadores que residem nas cidades da região metropolita de Campinas (RMC) e que diariamente se deslocam para a região central de Campinas, não basta apenas um estudo individualizado do recorte proposto, os grandes problemas da mobilidade do centro passam por questões municipais e também metropolitanas. O Centro de Campinas é o polo gerador de tráfego no âmbito de toda metrópole que vê ano após ano o transporte individual motorizado ser escolhido como principal meio de locomoção. Esses números chegam a assustadora marca de 73% das quase 5 milhões de viagens que são feitas diariamente na RMC, sendo que apenas 3,4% dessas viagens são realizadas com ônibus intermunicipais. Ao passo que

66% dessas viagens são realizadas a trabalho ou estudos (Pesquisa OrigemDestino, 2011). A percepção da necessidade do transporte sobre trilhos na RMC já não é um dado justificável apenas através de números de viagens e demais dados estatísticos. Essa necessidade é perceptível sensivelmente nos horários de pico onde as rodovias de acesso à cidade ficam com tráfego excessivamente lento, mesmo após diversas melhorias e duplicações. Não há solução de mobilidade para grandes cidades que não seja centrada no transporte público e coletivo. Este é um sinal evidente que essa demanda não tem perspectivas para ser suprida uma vez que o adensamento da metrópole vem acontecendo justamente longe dos locais com maior oferta de emprego, indo na contramão das qualidades de uma cidade compacta e intensificando a necessidade do automóvel. O novo plano de mobilidade de Campinas foi pensado em torno de uma rede estrutural com novos modais sobre trilhos que atendam a real demanda por transporte tanto da cidade quanto da RMC, além de focar na redução da necessidade do automóvel no centro da cidade. Segundo o manual

BILHETE ÚNICO INTEGRADO METRÔ

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Fig. 14 – Esquema dos modais propostos no novo plano de mobilidade. Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

“Como Inserir os trilhos no plano de mobilidade” desenvolvido pela ANP Trilhos, a alta capacidade de transporte proporcionada pelos sistemas sobre trilhos aumenta a mobilidade nos centros urbanos. A ideia é fomentar a migração do ônibus, único modal existente na cidade para os modais sobre trilhos, e também estimular a mobilidade a pé, transformando a cidade em multimodal, trazendo mais fluidez para as vias e assim permitindo que a cidade seja ocupada pelas pessoas e não pelos

automóveis. De nada adiantaria um novo plano de mobilidade criando uma rede de transporte integrado, se a população não tiver acesso a isso. Sabendo do alto custo que o transporte tem na cidade é preciso que o Bilhete Único, que já existe em Campinas desde 2006 e proporciona aos usuários do sistema de transporte público municipal o benefício da integração temporal também seja aplicado para todos os modais sugeridos nesta proposta com o pagamento de uma única tarifa.

27


6.1 - O Metrô e o Trem como Conexão Metropolitana

As cidades brasileiras têm forte propensão para localizar seus empregos em suas regiões centrais e as moradias na periferia, isso provoca altas concentrações de fluxos em horários específicos além do movimento pendular. A cidade de Campinas e sua região metropolitana (RMC) é um exemplo disso, com uma população estimada de 1.17 milhões de habitantes e RMC com mais de 3 milhões (valores estimados pelo Censo 2010 para o ano de 2016, IBGE) apresenta grande deficiência em seu sistema de transporte, que atualmente é feito exclusivamente pelo ônibus. A solução para a mobilidade urbana da região deve incluir modais sobre trilhos.

22,1 km

7,9 km

Apesar do elevado custo de implantação, em média 500 milhões de reais por quilometro implantado, e seu alto tempo de construção, 10 anos, dados divulgados pelo Guia Mobilidade Inteligente desenvolvido pela Volvo em 2014, o metrô é o melhor modal a longo prazo, por atender melhor às necessidades da população devido sua alta capacidade e ser um estruturador do transporte público coletivo O metrô é um modal capaz de atender a demanda existente pois é um sistema de transporte de alta capacidade com demanda de 40 a 80 mil passageiros/ hora/sentido, podendo ser subterrâneo, de superfície ou até mesmo elevado conforme topografia da área, apresenta

5,2 km

Fig. 15 – Estações do trem metropolitano e suas distâncias Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

28

9,7 km

17,2 km

distância média entre as estações de 700 a 1200 m, com intervalo no pico de 3 minutos a 90 segundos e necessita trafegar em via ou faixa exclusiva e segregada, com energia propulsora elétrica. (Como inserir os trilhos no plano de mobilidade, p. 15, 2017) Para o novo plano urbano foi idealizado a implantação de uma rede de 3 linhas de metrô subterrâneo, associada a um trem metropolitano que conectará Campinas as cidades de Jundiaí e Limeira. O trajeto: Limeira – Americana – Campinas –Valinhos - Jundiaí, concentra o maior eixo de deslocamento na RMC, e hoje é feito através da Rodovia Anhanguera. A linha do trem

13,2 km

6,9 km

8,3 km

metropolitano ligará as cidades da RMC através de trilhos, desobstruindo a rodovia que em horário de pico, tem grande fluxo e pontos de lentidão, e permitindo uma mobilidade mais rápida e eficiente para a população. Ela terá 58,3km e 10 estações de paradas, exatamente um ponto em cada cidade (figura 16). O trem metropolitano se liga ao restante da malha viária de Campinas junto ao Terminal Cury, onde se conecta ao metrô (linha 1- vermelha) e o sistema de ônibus da cidade. Além disso, considerando a existência da linha 7 Rubi da CPTM que liga Jundiaí a São Paulo, é possível chegar à capital exclusivamente através de transporte sobre trilhos.

13,1 km


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Fig. 16– Proposta da linha de trem metropolitano do novo Plano de Mobilidade Fonte: Desenvolvida pela autora com base em imagem do Google Earth, 2017.

25

125

250m

29


A linha principal, intitulada Linha 1 – Vermelha apresenta 27,4 km de extensão e 15 estações, essa cortará a cidade, unindo o Aeroporto Internacional de Viracopos à Barão Geraldo, passando pela região central e tendo duas estações da área de intervenção, a estação Terminal Cury, e a estação Palácio da Justiça. A Linha 2 – Amarela tem 16,6 km de extensão e 11 estações, ela tem início no Campo Grande e chega até a estação Terminal Cury, onde faz integração com a Linha 1—Vermelha. Já a Linha 3 – Azul se conecta à malha na estação Parque Taquaral e liga a região à cidade de Valinhos, com 14,9 km de extensão e 12 estações. A figura 18 apresenta as 3 linhas e suas respectivas estações

2,1 km

1,7 km

2,9 km 1,9 km

3,6 km

2,3 km

1,7 km

1,8 km

1,7 km

1,1 km

0,9 km 1,2 km

1,8 km

1,8 km

0,9 km

2,2 km

Fig. 17 – Estações das três linhas do metrô e suas distâncias Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

30

0,7 km 0,9 km 1,6 km

1,1 km

2,3 km

2,7 km

1,9 km

3,1km

2,9 km

1,0 km

3,0 km

2,4km 2,6 km

1,1 km

2,9 km

2,6 km

3,1 km

1,3 km

2,1km


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LINHA 3 - AZUL A. Parque Taquaral (INTEGRAÇÃO COM LINHA AMARELA) 2. Norte Sul 3. Cambuí 4. Princesa D´Oeste 5. UNIP-Swift

ESTACIONAMENTOS SUB-UTILIZADOS/ DEGRADADOS

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1. Bassoli 2. Campo Grande 3. João B. Dunlop 4. Satélite Íris 5. Shopping das Bandeiras 6. PUC - Campinas II 7. Jd. Garcia 8. Vila São Bento 9. Vila Industrial 10. SESC/ Rodoviária 11. Terminal Cury (INTEGRAÇÃO COM LINHA VERMELHA)

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1. Unicamp – Cidade Universitária 2. PUC-Campinas 3. Shopping Dom Pedro A. Parque Taquaral (INTEGRAÇÃO COM LINHA AZUL) 5. Orozimbo Maia 6. Brasil 7. Palácio da Justiça B. Terminal Cury (INTEGRAÇÃO COM LINHA AMARELA) 9. Mario Gatti 10. Amoreiras 11. Tancredo Neves 12. Jd. Capivari 13. Ouro Verde 14. Jd. São Cristóvão 15. Viracopos

6. Vila Progresso 7. Jd. São Pedro 8. Jd. Aliança 9. São Marcos 10. Recanto dos Pássaro 11. Invernada 12. Valinhos

Fig. 18 – Proposta das linhas do metrô do novo Plano de Mobilidade Fonte: Desenvolvida pela autora com base em imagem do Google Earth, 2017.

25

125

250m

31


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Fig. 19 – Mapa da situação atual dos terminais de ônibus e pontos na área. Fonte: Cittamobi, desenvolvida pela autora, 2017.

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no encontro das Av. Orozimbo Maia e Senador Saraiva, área que hoje se encontra subutilizada. Essa medida se justifica para diminuir o fluxo da R. Benjamim Constant, fazendo com que a via fique mais agradável para o pedestre e permitindo que na área atual do terminal, seja desenvolvido um projeto B de expansão do Mercado Municipal, que deixará a área ainda mais atrativa para os usuários permanecerem no centro da cidade. Outro fator que se fez necessário B foi a realocação de 6 pontos de ônibus existentes na área, uma vez que no novo plano os ônibus circularão penas em vias A arteriais, deixando as vias locais para outros modais e garantindo maior fluidez no centro, essa mudança está ilustrada na figura 21 AV

Atualmente o ônibus é o modal mais utilizado em Campinas, a cidade tem diversos terminais, sendo o Terminal Central, localizado no viaduto Cury (A) o mais importante, pois concentra os ônibus de toda a região de Campinas, são 32 linhas que atendem 70 mil usuários/ dia segundo dados da EMDEC. Além disso, ele está localizado próximo ao Terminal Rodoviário da cidade, onde chegam os ônibus intermunicipais, gerando um grande fluxo de pedestres na Av. 20 de novembro, que se deslocam de um terminal ao outro, para dar continuidade o deslocamento. O outro terminal existente na área, o Terminal Mercado (B), atende 20 mil usuários/dia e recebe 28 linhas segundo a EMDEC, esse terminal será realocado para a região de rótula

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6.2 - Ônibus e Terminais

TERMINAL CURY (A) TERMINAL MERCADO (B) PONTOS DE ÔNIBUS

TERMINAL CURY (A) TERMINAL MERCADO (B) PONTOS DE ÔNIBUS 25

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Fig. 21 – Mapa da situação proposta. Realocação do Terminal Mercado e de alguns Pontos de ônibus. TERMINAL CURY (A) Fonte: Desenvolvido pela autora, 2017.

NOVO TERMINAL MERCADO (B) PONTOS DE ÔNIBUS EXISTENTES

PONTOS DE ÔNIBUS REMANEJADOS 25

125

250m

33


6.3 – O VLT na Região Central

Uma vez que os ônibus foram restritos às vias arteriais do centro, uma linha circular de veículo leve sobre trilhos (VLT) foi proposta para atender a demanda de pequenos deslocamentos na região central. O VLT é um veículo de tração elétrica, que se move sobre trilhos embutidos e que compartilha a mesma via que outros tipos de veículos e pedestres, em faixas segregadas ou não. Esse sistema apresenta média capacidade, com linhas curtas atendendo demanda de 7 a 20 mil passageiros/hora/

sentido, trafega em superfície e tem distância média entre estações de 500 a 800 m. (Como inserir os trilhos no plano de mobilidade, p. 15, 2017). Conforme o Caderno Técnico do VLT (2016), a largura da via permanente deve ser de, no mínimo, 3,15 m para via singela e de, no mínimo, 6,50 m para via dupla (Fig.24), raio de curva mínimo de 30 m ao longo da via e de 20 m para o pátio de estacionamento e inclinação máximo de 7% ao longo da via, uma vez que o VLT é limitado pelo sistema de propulsão e

AV. 20 DE NOVEMBRO ESQUINA COM A RUA GENERAL OSÓRIO RUA FERREIRA PENTEADO ESQUINA COM AV. SENADOR SARAIVA

Fig. 22 – Estações da linha do VLT. Fonte: Desenvolvido pela autora, 2017.

34

900 M 660 M

frenagem do veículo. A proposta dos trajetos parte da premissa que é necessário conectar áreas que não conversam entre si, devido as barreiras impostas por avenidas com grande fluxo de automóveis. Sendo assim, objetivamos transpor a Av. Moraes Sales estabelecendo uma conexão com a região de menor fluxo de pedestres no Centro, e também transpor a Av. Anchieta estabelecendo uma conexão com o bairro Cambuí, de enorme importância no contexto da cidade.

RUA GENERAL OSÓRIO ESQUINA COM RUA ERNESTO KHULMAN

700 M

550 M

840 M

930 M

RUA DUQUE DE CAIXAS ESQUINA COM RUA JOSÉ PAULINO

Para isso foi proposta uma linha singular e circular de VLT com 6 estações de parada (Fig. 22). O sentido da linha segue na rua General Osório sentido Cambuí, cruzando a Av. Anchieta até a rua Padre Vieira, que segue até a rua Duque de Caxias e assim também transpassa a Av. Moraes Sales. Em seguida o VLT continua na Duque de Caxias até a rua. José Paulino, sentido centro, virando na rua Ferreira Penteado por onde segue até a Av. 20 de Novembro retornando à estação inicial e encerrando o percurso. Segue a tabela com os locais dos pontos de parada do VLT.

RUA PADRE VIEIRA ESQUINA COM A RUA RIACHUELO

RUA GENERAL OSÓRIO ESQUINA COM RUA PADRE VIEIRA


Esse trajeto não coincide com as principais vias de fluxo de automóveis e outros modais, propositalmente com a finalidade de oferecer diversidade e ativar todos os pontos do plano de intervenção urbana, além de ter seu traçado no sentido confluente das vias propostas.

Fig. 23 – Via compartilhada entre VLT e transporte ativo em Amsterdã, Holanda Fonte: Caderno Técnico do VLT, p. 13, 2016.

35


Fig. 24- Informações técnicas do VLT sobre largura de via, raio de curva e inclinação máxima. Fonte: Caderno Técnico do VLT, p. 17, 19 e 21, 2016.

36


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SENTIDO DO VLT Fig. 25 – Proposta da linha do VLT na área de intervenção Fonte: Desenvolvido pela autora, 2017.

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TRAJETO DO VLT


6.4 - Mobilidade a pé no Centro

O novo plano de mobilidade, além de trazer os modais sobre trilho prioriza o deslocamento a pé na região central. É necessário que nossas cidades tenham caminhabilidade nas calçadas, travessias e ruas, que a cidade seja ocupada pelas pessoas como antes da popularização dos automóveis. Segundo a ONG Associação pela Mobilidade a pé em São Paulo (CIDADEAPÉ), a rua é um local de convivência entre todos os modais, que deve ter seu espaço compartilhado e amigável, além de que os mais vulneráveis, os pedestres, devem ser considerados e respeitados por todos. É necessário que as pessoas aprendam a andar nas ruas e gostem disso, que encontrem na caminhada uma alternativa de transporte para o trabalho e também para o passeio, o centro da cidade, com suas âncoras culturais e grande oferta de entretenimento se mostra ideal para isso.

Para que a mobilidade a pé ocorra de fato é necessário que a cidade seja adaptada para isso, o primeiro ponto é a questão da segurança do pedestre, é necessário que a prioridade no cruzamento seja das pessoas, além da manutenção de calçadas, garantindo a caminhabilidade permanente. Outro fator muito importante é a iluminação das vias, que aumenta a segurança e estimula a caminhada no período noturno (6 Objetivos da Mobilidade a Pé, online, 2015, acesso em 22 de maio de 2017). Com o objetivo de estimular a mobilidade a pé, foi implementado vias exclusivas para pedestres (calçadões) e o compartilhamento das vias priorizando as pessoas, colocando assim, o pedestre como protagonista do espaço, assim como a inserção de mobiliários convidativos na área central.

Fig. 26 - Caminhabilidade nas cidades Fonte: Giovanna Nucci, disponível em: https://cidadeape.org/2015/03/30/nasce-a-associacao-pelamobilidade-a-pe-de-sao-paulo/pedestres-alotof/#main, acesso em 22 de maio de 2017.

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7 - Partido Urbanístico Cidades para Pessoas, Cidades Compactas

A intervenção proposta pretende resgatar a área central de Campinas como um lugar de encontros e permanência e não apenas de passagem como é hoje em dia. A incorporação de novos usos para os vazios urbanos existentes, junto ao aumento das áreas verdes, associado ao aumento da população residente e o resgate do patrimônio histórico trazem uma ressignificação da cidade focada no pedestre e na experiência do pedestrianismo. Para resgatar a vitalidade das ruas e estimular a convivência e a interação entre as pessoas, é fundamental reduzir a quantidade de veículos motorizados – especialmente os individuais – em determinadas áreas, assim como limitar e reduzir suas velocidades de circulação (ITDP BRASIL, online, 2017). O uso e ocupação do solo urbano deve espelhar a transição para um novo modelo de desenvolvimento que permita reduzir as necessidades de deslocamentos motorizados e com densidades passíveis de alocar a totalidade da população nas áreas dotadas de infraestrutura. O centro da cidade de Campinas tem localização

estratégica e grande infraestrutura urbana. É de suma importância que o solo seja utilizado de forma eficiente e intensificada, para que se diminua o espraiamento da mancha urbana, que consiste no crescimento da cidade de forma dispersa deixando diversos vazios urbanos e gerando a periferização da população, e aumente a densidade demográfica, permitindo a sustentabilidade de investimentos em infraestrutura. Uma das diretrizes do projeto é o aumento da densidade demográfica da região a partir de um novo zoneamento que torna obrigatório o uso misto e estimula altos gabaritos nas vias arteriais. Com isso, o projeto pretende atrair novos moradores para a área, garantindo a manutenção dos existentes através de medidas como o IPTU decrescente. Este aumento de densidades pode representar uma diminuição da necessidade de deslocamentos diários aproximando a população do seu local de trabalho, além de trazer vida ao centro no período noturno, uma vez que devido ao caráter comercial e a baixa densidade a região é muito pouco utilizado durante a noite.

No passado, o fator humano e a dinâmica das pessoas e do uso que elas fazem dos espaços da cidade não foram levados em conta para o planejamento urbano. Jan Gehl em seu livro Cidade para Pessoas (2015) retoma essa perspectiva, mostrando que compreender os interesses que movem as pessoas pelas cidades é essencial para entender também como planejar a mesma. A observação de quem caminha pela cidade se torna essencial para o planejarmento das ruas e dos espaços públicos. Os atuais preceitos do placemaking e do traffic calm, que consiste no conceito de moderação do tráfico através da diminuição da velocidade e do fluxo de veículos (ITDP BRASIL, online, 2017) foram guias norteadores para a criação de uma cidade para pessoas. Segundo TANSCHEIT (online, 2016), placemaking é o processo de planejar espaços públicos de qualidade que contribuem para o bem-estar da comunidade loca, o conceito surge na década de 1960 a partir das ideías de Jane Jacobs e Willian H. Whyte. Para isso, toda hierarquia de vias da região central foi revista, as âncoras do

centro, como as praças e o patrimônio histórico foram utilizados como base para a criação de uma rota para o pedestre, e com isso transformaram diversas vias em ruas exclusivas para pedestres (calçadão) e em vias compartilhadas. As áreas de estacionamento foram proibidas através de novo instrumento, e para atender a demanda gerada, foram propostos 3 edifíciosgaragem em pontos estratégicos do centro. Os espaços antes subutilizados foram incorporados na malha urbana e transformados em galerias permeáveis e praças nos miolos de quadra. Essa ação funciona como um convite para a permanência do pedestre no centro, permitindo-o desfrutar ambientes projetados para a escala da pessoa, e não do veículo. Um fator determinante que distingue o Centro das demais centralidades se dá no seu caráter cívico. Os maiores ícones desta estrutura são o imponente Palácio dos Jequitibás que abriga a Prefeitura Municipal, juntamente com o Palácio da Justiça. O poder legislativo nunca teve uma sede própria na cidade de Campinas e já foi acolhido nos dois edifícios citados. A Câmara Municipal trocou o Palácio dos Jequitibás por uma

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sede alugada que passou por uma reforma afim de conseguir absorver o novo uso, o fato é recente e ocorreu em 2005. A sede atual da Câmara Municipal se encontra na Avenida da Saudade que foge à escala do pedestre no Centro e induz o fluxo de veículos a trafegar no eixo da Francisco Glicério como se ainda estivesse ali. O fato desse deslocamento existir torna a experiência democrática de participar das decisões, precária, pois a proximidade da Câmara Municipal ao Centro, além de permitir maior manifestação popular, a coloca no mesmo status de importância dos outros dois poderes. É notório que para o senso comum a Câmara Municipal é coadjuvante nas decisões da cidade devido a sua localização espacial na malha urbana. Para voltar a ser protagonista se faz necessário trazer novamente o ícone do poder legislativo para o centro de Campinas, e nossa proposta entrega um local escolhido estrategicamente para tal finalidade.

Fig. 27– Cidade para Pessoas: Área em Boston, EUA, destinada a pedestres Disponível em: https://avozdaserra.com.br/noticias/devolvendo-cidade-para-pessoas, acesso em 22 de maio de 2017.

40


8 - Princípios norteadores

1

2 3

NOVO PLANO DE MOBILIDADE PARA A CIDADE • IMPLANTAÇÃO DO METRÔ (3 LINHAS) • IMPLANTAÇÃO DO TREM METROPOLITANO • VLT CIRCULAR NA REGIÃO CENTRAL • ÔNIBUS CIRCULANDO NA BORDA DO CENTRO • TRANFERÊNCIA DO TERMINAL MERCADO

4

CARÁTER CÍVICO • RETORNO DA CÂMARA DOS VEREADORES AO CENTRO

5

OPERACIONAL • PISO INTERTRAVADO NAS VIAS COMPARTILHADAS E CALÇADÃO • ESTACIONAMENTOS VERTICAIS • ALTERAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES DE VIAS

PLACEMAKING • RUAS VIVAS • AUMENTO DA ÁREA VERDE • MOBILIÁRIO URBANO CONVIDATIVO • EXPANSÃO DO ENTORNO DAS PRAÇAS • CIRCUITO DO PEDESTRE (LIGAÇÃO ENTRE AS • PRAÇAS, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E TERMINAIS) • CRIAÇÃO DE NOVAS PRAÇAS EM MIOLOS DE QUADRA

TRAFFIC CALM • VIAS EXCLUSIVAS PARA PEDESTRES (CALÇADÃO) • VIAS COMPARTILHADAS • GALERIA PARA AMPLIAR PERMEABILIDADE • LOMBOFAIXAS

Fig. 28 – Princípios Norteadores do projeto de intervenção Fonte: Desenvolvido pela autora, 2017.

41


9PLANO GERAL DE INTERVENÇÃO

42


10 - Instrumentos

DIRETRIZES E TAXAS USO TE

Para a viabilidade da intervenção, e para que de fato ocorra a transformação do centro, se faz necessário um aparato legal que force e conduza essa modificação, com isso alguns instrumentos foram propostos para a área. São eles: - Novo Zoneamento A área central, em sua maioria, atualmente é classificada como Z-17, o que permite o uso misto do tipo HCSE5, e para o uso comercial, de serviços e institucional é indicado o tipo CSE-5. Em ambos os casos não é exigido nenhum tipo de recuo, apenas um afastamento de 3 metros do fundo a partir do segundo andar, e o coeficiente de aproveitamento é de 5, o que indica possibilidade intensa verticalização. A proposta de zoneamento deve impor de forma legal a obrigatoriedade do uso misto, com térreos comerciais e torres de habitação, o que alterará a dinâmica da região, ampliando o fluxo de pessoas no centro no período noturno, além do aumento da permeabilidade na região, com isso, a antiga Z-17 será transformada em dois novos zoneamentos, o Z-19 e o Z-20. O Z-19 respeitará as diretrizes já existentes na Z-17, ou seja, mesmas

44

taxas de TO e CA com a alteração para a ocupação do território sendo exclusivo de uso misto, ou seja, só serão permitidos o tipo HCSE-5, com isso, o tipo CSE-5 que atualmente permite o uso para comércios e serviços ficará restrito apenas ao institucional. Além disso, será instituído uma taxa de permeabilidade mínima de 30%, parâmetro inexistente na legislação atual para ampliar a permeabilidade do solo e minimizar os problemas de alagamento da região. Já o Z-20, que foi demarcada no entorno da área de impacto das estações de metrô Palácio da Justiça e Terminal Cury, apresenta taxas que estimulam o adensamento. Nessa área são permitidos edifícios com gabaritos de 15 a 20 andares, é exigido que o térreo siga os preceitos de quadra aberta e seja semi-público, e 30% das novas moradias construídas na área precisam ser destinadas para habitação social no mesmo local (cota social). As figuras 30 e 31 ilustram o comparativo do zoneamento proposto. As áreas públicas, assim como os locais classificados como Z-18 não tiveram seu zoneamento alterado, uma vez que são zonas de preservação do meio ambiente e da paisagem urbana, e não há interesse em alterá-las.

TO HCSE-5 CA No. Máx de Pavimentos Altura Máxima Recuo Afastamento Mínimo Taxa de Permeabilidade Cota Social Uso TE CSE-5

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H= 1.5L + 2R 3,00 m de fundo dos pavimentos situados acima do 2º. andar 0.3 A

H=6L + 2R 3,00 m de fundo dos pavimentos situados acima do 2º. andar 0.3 A

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Comercial, Serviços e Institucional TE= 1 (para A ≤ 500 m2); TE= 500 + 0.8 (A- 500) A (para A >500m2)

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30% das unidades habitacionais Institucional

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TE= 1 (para A ≤ 500 m2); TE= 500 + 0.8 (A- 500) A (para A >500m2)

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H=6L + 2R 3,00 m de fundo dos pavimentos situados acima do 2º. andar 0.3 A

TO = TE

Observações: A = Área do Terreno / TE = Taxa de Ocupação do Pavimento Térreo / TO= Taxa de Ocupação dos Pavimentos Superiores/ CA= Coeficiente Máximo de Aproveitamento/ H= Altura Máxima do Edifício/ L = Largura da Rua/ R= Recuo da Edificação. Fig. 30– Comparativo entre o zoneamento atual da área e novo zoneamento proposto Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.


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O tombamento também pode ser um instrumento de defesa de uma comunidade contra o desaparecimento Z 17 Para reforçar da memória da cidade. 18 a conservação e Zmanutenção dos PÚBLICA ÁREA patrimônios históricos da região é proposto que os imóveis de valor histórico existentes no novo zoneamento Z-19 e Z-20 e que estiverem bem conservados terão desconto no IPTU dos mesmos.

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- Preservação da Memória da Cidade

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- Medidas Anti Gentrificação É natural que locais que recebem projetos de revitalização acabem sofrendo o processo de gentrificação. Para tentar minimizar esse efeito instrumentos como o aluguel social, que ajuda a população de baixa renda a habitar o centro e o IPTU decrescente para antigos moradores, para evitar que os moradores originais sejam retirados da área e empurrados para a região periférica da cidade são propostos para o novo zoneamento Z-19 e Z-20. E NZ

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- Uso das Calçadas pelo Comércio Atualmente é proibido na cidade de Campinas a ocupação das calçadas com mesas, cadeiras ou qualquer outro tipo de mobiliário; essa legislação desestimula o uso do espaço público. Com o intuito que a rua seja vivenciada, será permitido o uso dos passeios existentes pelo comércio nas novas ruas compartilhadas que tiverem seu desenho refeito e ampliação das calçadas existentes.

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Proibição de Áreas para Estacionamento Devido o alto número de estacionamento na região central, que são verdadeiros espaços subutilizados, fica proibido o uso de terrenos da área Z-19 e Z-20 com a finalidade de estacionamentos. Essa medida tem objetivo de estimular a ocupação do centro, retomando esses espaços de vazios na malha urbana, além do uso do transporte público, ainda assim, para aqueles que optarem por ir ao centro de carro poderá estacionar os mesmos nos 3 edifícios garagens existentes na região.

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11 - Detalhamento do Sistema Viário 11.1 – Hierarquia Viária e Sentido das Vias

Afim de ilustrar melhor o novo plano de mobilidade é necessário apresentar a nova hierarquia viária da região central. Para isso foram determinados 3 tipos de vias: Vias de Pedestres, Vias Compartilhadas e Vias Arteriais Transformadas (figura 32). As vias de pedestres foram determinadas por seu uso comercial e grande fluxo de pedestres, além da ausência de moradias. Para elas foi feito um novo desenho no qual a rua deixa de ser uma mera passagem e passa a ser um ambiente agradável para a permanência. Os calçadões terão mobiliários atrativos para a permanência das pessoas, a rua Treze de Maio continua a ser exclusiva para os pedestres, assim como as ruas como Alvares Machado, Costa Aguiar e parte da Onze de Agosto que foram transformadas em calçadões. As vias compartilhadas

46

seguem os preceitos do traffic calm e placemaking, uma via que antes tinha um passeio diminuto e dava prioridade aos veículos foi transformada em ambiente de permanência, com suas calçadas ampliadas, novos mobiliários e uso da mesma pelo comércio, criam novos ambientes que atraem o pedestre e trazem vida ao centro Tanto as vias para pedestres quanto as compartilhadas terão seu revestimento trocados por piso intertravado (figura 33), essa medida se faz necessária para ampliar a permeabilidade do centro e minimizar as enchentes e alagamentos que ocorrem na região. Para a implantação do VLT, a transformação de ruas tradicionais em calçadões e vias compartilhadas e ainda assim fazer o trânsito de veículos fluir na área central, sem gerar nós, foi necessário

a alteração do sentido de algumas vias, como por exemplo a rua Dr. Quirino, que originalmente subia sentido Moraes Salles, e foi invertida para trazer fluidez, uma vez que a Barão de Jaguara, que é a principal via que dá acesso ao centro foi transformada em via compartilhada, além da rua General Osório, que a partir da rua José Paulino sumida sentido Av. Andrade Neves e precisou ser alterada pois o sentido do VLT deve ser sempre igual ao da via, essas alterações estão ilustradas na figura 34. As avenidas Francisco Glicério e Senador Saraiva, que são vias arteriais, também receberam novos desenhos, mesmo sendo vias de conexão na cidade, podem ser vias mais humanas e menos voltadas para o veículo. A nova proposta segue os preceitos do traffic calm, com a diminuição de pistas para automóveis, fluidez do transporte público com recuos

em pontos estratégicos para os pontos de ônibus e ampliação das calçadas. Nos cruzamentos dessas vias com as vias de pedestres ou vias compartilhadas há as lombofaixas, que além de obrigarem o veículo diminuir a velocidade, faz com que o pedestre caminhe continuamente. Essa nova hierarquia sugere acima de tudo que o ciclista terá a ciclovia delimitada apenas nas vias arteriais, porém, tem total liberdade para circular também nas vias compartilhadas. Os motoristas individuais terão a oportunidade de deixar seus carros nos estacionamentos verticais nos portais de entrada do recorte. Acredita-se que depois de todas essas alternativas, dirigir no centro não será mais atrativo, em contrapartida da qualidade dos diversos modais oferecidos como alternativa.


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11.2 – Vias Exclusivas para pedestre

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6,00

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CALÇADA

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1,60

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CONDIÇÃO EXISTENTE - R. COSTA AGUIAR 1.0

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ARBORIZAÇÃO

MOBILIÁRIO CONVIDATIVO

MOBILIÁRIO CONVIDATIVO

6,00

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PISO INTERTRAVADO

CALÇADÃO

As vias exclusivas para pedestres foram pensadas com o intuito de melhorar a experiência do usuário no centro da cidade, muito mais do que simples passagem os calçadões podem ser ambientes agradáveis e de permanência. Para isso os desenhos das vias foram refeitos priorizando os mobiliários urbanos convidativos que criassem cenários de estar, a intensificação da arborização e a implantação de iluminação pública, o que aumenta a segurança e estimula o uso no período noturno. A figura 35 ilustra a proposta de intervenção tendo como exemplo a rua Costa Aguiar, porém esse desenho será aplicado em todas as vias transformação em calçadão. A rua Treze de Maio, que já é uma via exclusiva de pedestre receberá o novo mobiliário, já as ruas Costa Aguiar, Alvares Machado e o trecho da Onze de Agosto que vai da Av. Dr. Campos Sales até o encontro com a Costa Aguiar, que atualmente são vias convencionais com fluxo de veículos serão transformadas em calçadões (figura 36).

PROPOSTA - R. COSTA AGUIAR

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CALÇADA

1,60

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4.0m

LEITO CARROÇÁVEL

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CALÇADÃO

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11,00

CONDIÇÃO EXISTENTE - R. COSTA AGUIAR

PROPOSTA - R. COSTA AGUIAR

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2.0m

Fig. 35– Proposta de calçadão para as vias exclusivas de pedestres feita para a rua Costa Aguiar. Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

49


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50

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11.3 – Vias Compartilhadas

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Fig. 37– Mapa com a indicação das vias compartilhadas Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

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VIAS COMPARTILHADAS

SENTIDO DA VIA

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de já apresentarem grande fluxo de pedestre, estimulando que esse público além de circularem pela região possam também permanecer e desfrutar da cidade. O projeto indica a pavimentação com piso intertravado e não havendo calçada, pois a proposta do projeto é que não haja desníveis que atrapalhem a passagem de pedestres e ciclistas, mas com a demarcação da ciclofaixa e da pista para veículos, que ainda poderão circular na via, mas com velocidade máxima de 30 km/h. Além disso algumas ruas receberão o trilho do VLT, o modal foi pensado como alternativa para os veículos individuais, e atende toda a região central. As vias compartilhadas serão pavimentadas A figura 38 ilustra a proposta de intervenção tendo como exemplo a rua General Osório, Aguiar, porém esse desenho será aplicado em todas as vias transformação, a figura 37 indica quais as ruas que serão alteradas em vias compartilhadas.

FIN

Durante o século passado as ruas forma construídas para os automóveis, porém, a partir de uma mudança de paradigma no uso e fruição da rua que ocorreu a partir da virada do século, as cidades têm começado a devolver os espaços públicos aos cidadãos. As ruas compartilhadas é um exemplo da aplicação desse conceito, no qual há a criação de espaços permanência nos centros urbanos que podem melhorar a qualidade de vida do cidadão (TELLA & AMADO, 2016). O intuito das vias compartilhadas é a diminuição da segregação, da criando de uma superfície contínua que não priorize o trânsito veicular, mas sim as pessoas. Isso implica retornar a rua como um espaço público, mais do que uma via de circulação, uma vez que as ruas como conhecemos hoje são pouco atrativas para que os usuários realizem suas atividades sociais nela, fazendo com que cada vez mais atividades que tradicionalmente são realizavas no espaço público passem a se desenvolver no espaço privado. As ruas que foram escolhidas para serem transformadas em vias compartilhadas seguiram o critério de serem ruas onde se localizam os patrimônios históricos da cidade, além

51


LEITO CARROÇÁVEL

MOBILIÁRIO C

11,80

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2,00

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CALÇADA

CALÇADA

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PISO INTERTRAVADO

ILUMINAÇÃO PÚBLICA ARBORIZAÇÃO

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

18,00

CICLOFAIXA

1,50

15,80

MOBILIÁRIO CONVIDATIVO

6,00

2,00

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PROPOSTA - R.GENERAL OSÓRIO CALÇADA

VLT

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1.0 2.0 LEITO CARROÇÁVEL

4.0m

11,80

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CONDIÇÃO EXISTENTE - R. GENERAL OSÓRIO

15,80

PROPOSTA- R. GENERAL OSÓRIO

Fig. 38– Proposta de vias compartilhada feita para a rua General Osório Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

52

0.5

1.0

2.0m


11.4 – Novo desenho das avenidas Francisco Glicério e Senador Saraiva

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As avenidas Francisco Glicério e Senador Saraiva (figura 37) são vias arteriais de alto fluxo e grande importância na mobilidade da cidade, ambas priorizam o veículo em detrimento ao pedestre. Mesmo com a recente reforma acontecido, a Glicério continua sendo uma via de alta velocidade e fora da escala das pessoas. Ao redesenhar essas avenidas resultará em uma melhor utilização do espaço, que atualmente é utilizado em sua maioria por carros e ônibus, e que passarão a ser locais de maior harmonia entre os diferentes modais. A proposta consiste em redistribuir o espaço da via compartilhando-a entre o pedestre, a bicicleta, o ônibus e o carro de forma igualitária, com isso as calçadas serão ampliadas e ganharão mobiliário convidativo, uma ciclovia acompanhará todo o percurso e as vias para veículos seguirão os preceitos do traffic calm, ou seja, terão seu desenho não linear, forçando a diminuição da velocidade com recuos em pontos estratégicos para os pontos de ônibus trazendo maior fluidez para a via. As figuras 39 a 43 ilustram o projeto para ambas as vias.

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25

125

250m

Fig. 39– Mapa com indicação das vias transformadas Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

53


6,00 CALÇADA

CALÇADA

6,00

LEITO CARROÇÁVEL

14,70

3,00

3,00

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CALÇADA

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CARGA E DESCARGA

CARGA E DESCARGA

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LEITO CARROÇÁVEL

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26,70 SITUAÇÃO ATUAL - AV. FRANCISCO GLICÉRIO

Fig. 40– Implantação do novo desenho da Av. Francisco Glicério Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

54

1.0

2.0

4.0m

PROPOSTA - AV. FRANCISCO GLICÉRIO

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3.0

6.0m


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ILUMINAÇÃO E ARBORIZAÇÃO

MOBILIÁRIO CONVIDATIVO

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LEITO CARROÇÁVEL

14,70

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LEITO CARROÇÁVEL

CICLOVIA

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SITUAÇÃO ATUAL - AV. FRANCISCO GLICÉRIO

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PROPOSTA - AV. FRANCISCO GLICÉRIO

0.5

1.0

2.0m

Fig. 41– Cortes e Perspectivas do novo desenho da Av. Francisco Glicério Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

55


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FAIXA EXCLUS. ÔNIBUS

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FAIXA EXCLUS. ÔNIBUS

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LEITO CAROÇÁVEL

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Fig. 42– Implantação do novo desenho da Av. Senador Saraiva Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

56

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PROPOSTA - AV. SENADOR SARAIVA

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LEITO CAROÇÁVEL

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LEITO CAROÇÁVEL

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MOBILIÁRIO CONVIDATIVO

12,00

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PROPOSTA - AV. SENADOR SARAIVA

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CALÇADA

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2.0m

Fig. 43– Cortes e Perspectivas do novo desenho da Av. Senador Saraiva Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

57


11.5 - Edifício garagem

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Uma vez que novos instrumentos propostos proíbem os estacionamentos na área central, se faz necessário uma alternativa para guardar os carros enquanto as pessoas usufruem do centro. Para isso foram criados 3 edifícios garagem em pontos estratégicos da região e em terrenos subutilizados, são eles: A- Início da Av. Francisco Glicério; B- Benjamim Constant a uma quadra da Av. Senador Saraiva e C- Moraes Salles esquina da José Paulino (Fig. 44). Os edifícios apresentarão térreo comercial e 5 pavimentos de estacionamento, a figura 45 apresenta uma proposta de projeto feita para ilustrar o conceito da edificação.

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CORTE Fig. 45– Desenho esquemátivo de um edifício garagemAA' - EDIFÍCIO GARAGEM Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

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CORTE BB' - EDIFÍCIO GARAGEM 1.5

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59


12 – Detalhamento Espaços Públicos e Semi-Públicos 12.1 - Galerias Comerciais como Ativadores da Permeabilidade no Centro

Diante do recorte proposto com a premissa de entender e requalificar os caminhos traçados pelo alto fluxo de pedestres no Centro, nos deparamos com diversas ruas onde há quantidade expressiva de empenas cegas no pavimento térreo, face externa de uma edificação sem nenhum tipo de abertura para a rua. Coincidentemente é justamente nessas ruas onde o fluxo de pedestres é menor, validando o conceito da importância de fachadas ativas como potencializadoras da vida urbana. A exceção dessa regra é quebrada apenas onde o comércio informal se instala fazendo o papel de mascarar essa barreira ainda que de maneira precária devido a estrutura física de sua ocupação. Analisando essa composição formal é fácil perceber como essas galerias improvisadas trazem vitalidade ao Centro, essa, porém, se encerra juntamente com o horário comercial dos ambulantes, trazendo assim a sensação de insegurança nesses lugares no período noturno. Em contrapartida a esses espaços, encontramos no centro uma quantidade significativa de estacionamentos e lotes subutilizados,

60

ou ainda, lojas que tem suas fachadas voltadas para mais de uma rua e não oferecem nenhum tipo de passagem convidativa entre elas. Estes estacionamentos têm muitas vezes permeabilidade entre ruas, ou se localizam fazendo fundos uns com os outros, o que pode ser considerado também como potencial de permeabilidade. O mapeamento dessa configuração nos leva a compreender que no recorte proposto, há uma distribuição quase que homogênea desses espaços. Essa disposição nos induz a distribuir estrategicamente pontos de ativação da circulação e permeabilidade das quadras no Centro. A ativação do Centro, porém não passa apenas por galerias comerciais já que a baixa densidade e o esvaziamento no período noturno tornam esses espaços pouco utilizados após o horário comercial. Sendo assim, o que se propõe é a implantação de galerias de uso misto, ou seja, térreo e sobrelojas de uso comercial com habitação nos pavimentos superiores. Dessa forma é possível aproveitar ao máximo toda a infraestrutura que o Centro oferece e sincronizar as demandas de emprego e

moradia. Essa ação visa uma mudança estrutural na vida urbana para minimizar o deslocamento pendular na cidade de Campinas, bem como o deslocamento pendular metropolitano. Essa proposta concretiza a intenção de transformar Campinas numa cidade dinâmica tornando-a mais independente do transporte individual motorizado e mais multimodal. Além disso essas galerias oferecem diversidade e aquecimento econômico ainda maior no Centro, é possível entender que algumas cidades têm suas galerias como atrações reconhecidas, inclusive como ponto de referência na identidade do ambiente urbano. Um exemplo disso é a Galeria do Rock em São Paulo (figura 46) que atrai um público que extrapola muitas vezes os limites metropolitanos, sendo além de ponto comercial um ponto turístico para seus visitantes.

Fig. 46– Galeria do Rock, em São Paulo, como exemplo de ponto comercial que atrai grande público. Disponível em: http://www.prediosdesaopaulo. com/galeria-do-rock/, acesso em 22 de maio de 2017.


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Em Campinas temos um exemplar de tipologia que se assemelha mais com a proposta, se trata da Galeria Trabulsi (figura 47), pois esta possui térreo comercial e duas torres, uma com salas de serviços e outra de uso habitacional. Esse modelo é o mais indicado para transformar a região central e qualificar os caminhos traçados pelos pedestres da maneira esperada no projeto. A figura 48 indica os espaços subutilizados que foram escolhidos para receber as galerias permeáveis, já a figura 49 apresenta uma proposta de projeto feita para ilustrar o conceito das galerias que utilizou como base uma área na rua General Osório.

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Fig. 47- Galeria Trabulsi, em Campinas, como exemplo de tipologia que sintetiza no mesmo edifício o térreo comercial e permeável e torres residenciais e de serviços. Fonte: DEZAN, 2007.

61


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Fig. 48– Mapa com a indicação das galerias proposta para a área, destaque para a permeabilidade que cada uma traz para o centro. Fonte: Desenvolvido pela autora, 2017.

62


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TORRE RESIDENCIAL

Fig. 49– Desenho esquemático de uma galeria comercial com pavimentos superiores residenciais, proposta feita para terreno na rua General Osório. Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

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TÉRREO COMERCIAL

ARBORIZAÇÃO

AV. CAMPOS SALES

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63


12.2 - Praças em Miolos de Quadra Espaços Verdes, área permeável e paisagismo urbano

Em se tratando do Centro é perceptível a necessidade de maior quantidade de espaços verdes e de áreas permeáveis, já que durante a sua formação não se deu a devida importância a esses fatores. A área permeável é importante também por sua contribuição na redução de enchentes e alagamentos, que são comuns em Campinas em dias de chuva. Um estudo de quantificação da arborização urbana viária de Campinas realizada pela Embrapa (ALVAREZ & GALLO, 2012) demonstrou que a LEI Nº 11.571 de 17 de junho de 2003 indica que deve haver uma árvore plantada em calçada a cada 10 metros, mas isso não acontece na prática, a média geral na cidade é de 25 árvores por quilômetro, ou uma árvore a cada 40 metros. A ONU recomenda 12m² de área arborizada por habitante para se ter qualidade de vida, segundo dados da prefeitura de Campinas, em 2008 a cidade apresenta apenas 5,2m², valor muito abaixo do recomendado. A presença de árvores contribui significativamente para um melhor microclima e sensação térmica, cabe, porém, escolher as espécies com sabedoria para não termos espaços sem iluminação e danificação das calçadas e rede elétrica.

64

Com a presença já consolidada de inúmeras edificações, a solução de tornar as vias compartilhadas permite ir de encontro à solução para essa fragilidade. Assim, a nova pavimentação dessas vias será permeável e serão plantadas árvores para compor seu projeto de paisagismo. Para potencializar essas estratégias, serão utilizados lotes cujo uso vem sendo destinado aos estacionamentos para implantar praças no recorte proposto. Muitas dessas praças foram estabelecidas em esquinas para se tornarem referência de encontro entre cidadãos e direcionar as pessoas pelo centro da cidade. Além disso, novas edificações terão que garantir uma cota mínima de área permeável e capitar água da chuva para reuso. Segundo o Guia de Arborização Urbana de Campinas fornecido pela Prefeitura Municipal, para uma arborização adequada, o porte das árvores deve necessariamente estar em sintonia com o espaço disponível, delimitado, horizontalmente, pelas larguras de ruas e calçadas e pela existência ou não de recuo das construções e, também, verticalmente, pela presença ou não de redes aéreas e subterrâneas. Na implantação de praças

e parques existe uma liberdade grande na escolha da vegetação a ser empregada, árvores de grande porte e frutíferas, que não são indicadas para a arborização de ruas e avenidas tem aqui a sua vez. O uso de espécies nativas na arborização urbana, que existe atualmente, é insignificante a despeito da riqueza de nossa flora, estima-se que mais de 80% das árvores cultivadas nessa condição sejam exóticas. O emprego de espécies nativas deve ser incentivado com o intuito de conservação de espécies, uma vez que Campinas apresenta apenas 2,5% de áreas naturais. As espécies nativas são melhores adaptadas ao solo, ao clima, às pragas e às doenças que ocorrem na sua região de origem e servem de alimentação e abrigo para a fauna local (Guia de Arborização Urbana de Campinas). Com o intuito de incentivar a preservação do bioma local, além de resgatar as referências de localidade e de respeito as origens da população, as espécies escolhidas para compor as praças são as nativas da região de Campinas como aroeira-salsa, árvoreda-china, cássia-imperial, falsa-murta, grevílea-anã, ipê-amarelo, ipê-branco, jacarandá-mimoso, jerivá, magnóliaamarela, manacá-da-serra, malaleuca,

oiti, pau-brasil, quaresmeira e resedá. A adoção dessas praças poderá ser feita pela iniciativa privada que em contrapartida à sua manutenção, terá isenção de alguns impostos municipais. Essas praças requerem cuidado constante e iluminação baixa para não se criarem sensação de insegurança no período noturno, e o pavimento será de concreto intertravado permeável. A figura 50 indica os espaços subutilizados que foram escolhidos para receber uma praça tipo miolo de quadra. A figura 51 apresenta uma proposta de projeto feita para ilustrar o conceito que utilizou como base um terreno permeável entre as ruas Regente Feijó e José Paulino.


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Fig. 50– Mapa com a indicação das praças em miolo de quadra proposta pelo projeto Fonte: Desenvolvido pela autora, 2017.

65


R. JOSÉ PAULINO

R. REGENTE FEIJÓ

CORTE ESQUEMÁTICO - PROPOSTA PARA PRAÇAS DE MIOLO DE QUADRA

R. BARRETO LEME

JARDIM VERTICAL

PALCO PARA APRESENTAÇÕES CULTURAIS

PERGOLADO DE MADEIRA PISO INTERTRAVADO

FOOD TRUCK

BICICLETÁRIO

IMPLANTAÇÃO - PROPOSTA PARA PRAÇAS DE MIOLO DE QUADRA 1.0

Fig. 51– Desenho esquemático de uma praça de miolo de quadra, proposta feita para terreno entre as ruas Regente Feijó e José Paulino Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

66

2.0

4.0m

R. REGENTE FEIJÓ

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ILUMINAÇÃO


12.3 - As praças expandidas

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1

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o acesso de automóveis no período noturno inserindo outros modos de ocupação como parklets, mesas e cadeiras. A ideia não é alterar o desenho das praças, que inclusive são bens tombados, mas sim retirar o desnível existente entre elas e o leito carroçável, fazendo com que a rua fique no mesmo nível da praça, gerando uma área contínua que será melhor aproveitada 5 pelas pessoas. As praças que terão seu entorno 5 expandido são: Largo do Rosário, Carlos Gomes, Profa. Silvia Simões Magro, Largo do Pará e Luiz de Camões (figura 49), já a figura 50 apresenta uma proposta de projeto feita para ilustrar o conceito que utilizou como base o Largo do Rosário.

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Observando a tipologia das praças existentes hoje no centro, observamos que todas ficam em quadras isoladas das edificações, com o advento dos automóveis, a simples distância entre o atravessar de uma rua para acessar a praça prejudica o fluxo natural do pedestre quando vai experienciar o espaço público. Após alguns redesenhos e intervenções, as praças que mais conseguem concentrar pessoas e fazê-las permanecer por mais tempo são aquelas onde a quadra se conecta ao nível da praça através de um pavimento único, sem apresentar desnível entre o que é rua e o que é praça, tal como a praça Bento Quirino (figura 48). A proposta tem como estratégia replicar essa metodologia nas outras praças do Centro, e proibir

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Fig. 54– Desenho esquemático de uma praça com entorno expandido, proposta feita para o Largo do Rosário. Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

68

4.0m


12.4 - Mobiliário Convidativo

De nada resolveria o redesenho das vias, os novos modais e a transformação do centro se as pessoas não ocupassem de fato o espaço público. Para isso é necessária a criação de ambientes urbanos atrativos, que estimulem a permanência e a ocupação dos mesmos, um item simples, mas muito efetivo são mobiliários convidativos para o usuário, pois um banco de concreto ou um ambiente sem sombra não favorece a permanência. Em diversas cidades do mundo, atualmente, surgem projetos de bancos multiusos, de formas lúdicas e acolhedoras e até mesmo multissensoriais que atraem as pessoas e fazem com que elas de fato vivenciem a cidade. Seguem imagens que ilustram alguns desses interessantes projetos e que são referência de mobiliário para a área (figura 51).

Fig. 55 – Propostas de Mobiliário convidativo para permanência das pessoas no espaço público.

Ambiente de Descanso – Canadá Disponível em: http://www.arquiteturasustentavel.org/os-parklets-maiscriativos-do-mundo/, acesso em 28 de abril de 2017.

Mobiliário de Uso Múltiplo Modelo criado por Polymorphic – Canada Disponível em: http://www.arquiteturasustentavel.org/osparklets-mais-criativos-do-mundo/, acesso em 28 de abril de 2017.

Banco - Parque Metropolitano La Reconciliación – Bogotá Disponível em: http://www.coroflot.com/alonsogrillo/mobiliario-urbano, acesso em 28 de abril de 2017.

Banco Contínuo – Alemanha Disponível em: http://www.arquiteturasustentavel.org/os-parklets-mais-criativos-do-mundo/, acesso em 28 de abril de 2017.

69


70

Banco Suspenso - Eastside City Park – Inglaterra Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/789112/eastside-city-park-patel-taylor, acesso em 28 de abril de 2017.

Blue Carpet - Newcastle – Inglaterra Disponível em: http://tabonito.tv/os-20-bancosmaios-criativos-espalhados-pelo-mundo, acessado em 28 de abril de 2017.

Praça Turca, Juazeiro/ BA - Arquiteta Naia Alban Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/projetos/08.091/2915?page=3, acesso em 28 de abril de 2017.

Mobiliario Urbano em Medelím Disponível em :http://www.panoramio.com/photo/13425129, acesso em 28 de abril de 2017.

Luminárias em forma de linhas, Praça Pedra Branca/ CE - Arquiteta Juliana Castro Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/557883472573648091, acesso em 28 de abril de 2017.


71


PROJETO ARQUITETÔNICO “A arquitetura é criada, ‘inventada de novo’, por cada homem que anda nela, que percorre o espaço, subindo as escadas, ou descansando sobre um guarda-corpo, levantando a cabeça para olhar, abrir, fechar uma porta, sentar-se ou levantar-se e ter um contato íntimo e ao mesmo tempo criar ‘formas’ no espaço” Lina Bo Bardi (1914-1992)

72


13 – Introdução

Desde os primeiros agrupamentos humanos e o surgimento das cidades, que se fez pela necessidade da troca mercantil entre produtos, o espaço público sempre foi local de encontro de pessoas e palco das atividades humanas, sejam essas, comerciais, cívicas, religiosas ou de entretenimento. A priorização do automóvel no século XX fez com que as cidades deixassem de ser espaço de permanência e convívio sendo convertidas apenas em locais de passagem e com isso pouco vividas ou experienciadas pelas pessoas. DIAS (2005, p. 1) afirma que o caos urbano, as velocidades dos automóveis e da vida agitada das cidades modernas, aliados a falta de segurança das ruas, criou um novo ambiente urbano muito pouco favorável para a vida comunitária nos lugares públicos, cristalizando no século XX a tendência já iniciada cem anos antes da interiorização da vida, com o surgimento de lugares que se voltam para si e menos para a cidade Essa lógica moldou a cidade do século XX e ainda reverberam sobre a cidade que adentra o século XXI. Com isso, as cidades de hoje têm o difícil desafio de caminhar ao reencontro das pessoas, para isso é

necessário orientar o desenho das cidades e seus espaços pensando na escala humana. Jan Gehl acredita que quanto mais ruas houver, mas tráfego haverá, e que o comportamento das pessoas depende do que você as convida a fazer, ou seja, um ambiente público mais atraente será utilizado por mais pessoas. Se faz necessário um novo tipo de cidade, mais humana e compacta e com espaços públicos de qualidade. Exemplo disso são os projetos realizados em espaços que antes eram dominados por automóveis e que agora estão abertos para pedestres e ciclistas, entre os quais se destacam a pedestrianização da Times Square e do High Line em Nova York e a Cheonggyecheon, em Seul, que derrubou uma via expressa elevada e propôs um espaço de lazer em torno ao córrego. Com o anseio de deixar o centro mais atrativo para que as pessoas o vivenciem, o presente trabalho apresenta uma expansão do Mercado Municipal de Campinas e a requalificação do seu entorno. O projeto consiste na criação de um novo edifício, no terreno do antigo terminal mercado na rua Benjamim Constant, que abrigará uma ala gastronômica, o que trará um maior público para a região.

O trabalho é dividido em quatro partes: I) Fundamentação teórica, com os principais conceitos relacionados ao tema; II) Estudos de referência com usos similares ao proposto (estudos de caso e visita técnica); III) Desenvolvimento do projeto, com estudos das condicionantes físicas referentes ao sítio; programa de necessidades, pré-dimensionamento e fluxograma; IV) Apresentação do estudo preliminar do projeto. Relação entre o Plano Urbano e o Projeto O projeto de ampliação do Mercado Municipal de Campinas em uma ala gastronômica está intimamente relacionado ao partido do plano urbano, que é a transformação do centro da cidade em um local de permanência e não apenas de passagem como ocorre atualmente. Esse novo espaço, que atrairá ainda mais pessoas a região central está localizado em local privilegiado de estrutura urbana. Apesar do projeto não apresentar estacionamento, ele se encontra rodeado de opções de transporte público. Atrás do Mercado Municipal, há o novo Terminal de ônibus que foi realocado em uma área

subutilizada de forma mais eficiênte e aprazível, a uma quadra do edifício da ampliação, na rua General Osório, há a passagem do VLT e de um ponto de parada (esquina com a rua Ernerto Khulmann). Além disso, a duas quadras a cima, no cruzamento da rua Benjamim Constant com a Visconte do Rio Branco, há um edifício garagem para aqueles que ainda assim preferirem ir ao Mercado de veículo próprio. Para mais, no entorno do Mercado Municipal há ainda alguns terrenos vazios que pela diretriz do projero urbano foram transformadas em galerias permeáveis e praças miolo de quadro. O destaque fica para o terreno entre as Av. Senador Saraiva e rua Alvares Machado que receberá um edifício multifuncional em quadra aberta e habitação multifamiliar, o projeto será desenvolvido pelo aluno Daniel Capela (A). Além do que, a região é provida de diversos patrimônicos históricos, em um raio de 300 metros do Mercado é possível visitar o antigo Colégio Sagrado Coração de Jesus, o Palácio da Justiça, a Loja Maçônica, o antigo Solar do Visconte de Indaiatuba e a Catedral Metropolina, realizando assim um excelente passeio cultural.

73


VIAS EXCLUSIVAS DE PEDESTRES

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EDIFÍCIO GARAGEM

Fig. 56 - Relação espacial entre o plano urbano e o projeto arquitetônico Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

74

A EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL 12.5

62.5

125m


14 – Objetivos

15 – Justificativa

Objetivo Geral: O Projeto Arquitetônico tem como objetivo atrair um maior público para a região central através da expansão do Mercado Municipal de Campinas com a criação de um novo edifício que contemplará a ala gastronômica e a requalificação do entorno do bem principal. Acredita-se que essa nova área será um espaço de permanência que estimulará as pessoas a vivenciarem o centro, o que corrobora o partido urbano do projeto.

O mercado público é parte viva da história e da cultura de qualquer cidade, é o centro natural da vida social pois está no centro de uma vida de relações (BRAUDEL, apud LOPES & VASCONCELLOS, 2010, p. 01). Os mercados são espaços públicos por excelência, ou seja, é possível interagir de maneira livre nestes espaços, porque são lugares acessíveis a toda população, seja local ou flutuante e independente de sua posição social. De acordo com LOPES & VASCONCELLOS (2010, p. 02), além da histórica função de abastecimento dos núcleos urbanos em desenvolvimento, os lugares de mercado apresentaram ao longo da sua trajetória histórica, uma natureza peculiar que lhes são atribuídos pelo fenômeno da troca, que são produzidos nestes lugares de confusão e mistura, formas de interação indispensáveis à vida social e à vitalidade das cidades A sociabilidade produzida nos espaços públicos é fundamental na constituição da vitalidade urbana, pois os lugares de vitalidade são aqueles em que a espontaneidade, a imprevisibilidade e a diversidade do encontro, geram a pluralidade e heterogeneidade de atividades e frequentadores. (FILGUEIRAS, 2006, p. 49).

Objetivos Específicos: - Contribuir para o aumento do público na área central; - Ampliar as opções de locais de permanência para as pessoas no centro de Campinas; - Proporcionar um novo local de cultural e gastronomia; - Interligar o novo edifício as âncoras do projeto urbano; - Gerar permeabilidade na quadra do projeto; - Valorizar o patrimônio histórico da cidade; - Expandir o Mercado Municipal de Campinas com a criação de uma ala gastronômica; - Requalificar o entorno do Mercado Municipal de Campinas.

Segundo JACOBS em seu livro Morte e Vida de Grandes Cidades (2000), para tornar ruas e bairros cheios de vida e atraentes é necessário que as pessoas em geral, apareçam nestes lugares em horários diversificados ao longo do dia. Desde a segunda metade do século XX, observa-se uma crise da vida social urbana onde os impactos foram repercutidos na paisagem das cidades, o que gerou barreiras físicas, vazios urbanos, medo e violência além da degradação e esvaziamento dos espaços públicos. Os mercados apresentam grande papel enquanto geradores da vitalidade, no âmbito social e urbano. A diversidade de frequentadores e atividades produzidas nesses ambientes contribuem, ainda que em parte, para o desenvolvimento da animação nos arredores onde estes se inserem (LOPES & VASCONCELLOS, 2010, p. 13). A escolha do tema foi baseada no aproveitamento de espaços subutilizados no centro de Campinas e no desejo de transformar a forma como a intervenção e o usufruto do patrimônio histórico acontecem atualmente na nossa sociedade. Esses espaços, que já contam com a infraestrutura necessária para ocupação, são muitas vezes desperdiçados principalmente pela

dificuldade de implantação de novas tipologias em terrenos e vias projetados para outra escala e demanda, isso gera o grande número de terrenos e prédios abandonados como se vê no centro. A implantação de uma ala gastronômica no terreno em frente ao Mercado Municipal de Campinas ajudará a resgatar e promover a importância histórica que o mercado tem para a cidade, sendo assim uma revitalização deste espaço público. Para mais, o próprio mercado facilita a logística de abastecimento dos restaurantes, além de que o público que será trazido pela nova atração aumentará a visitação do mercado e quem estiver conhecendo o mercado também será beneficiado com a nova ala.

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16 – Temáticas: Mercados e Centros Gastronômicos 16.1 – Os Mercados Enquanto Espaços Públicos

A trajetória histórica dos mercados está diretamente relacionada com o histórico da consolidação das cidades. Estes espaços respondiam às necessidades de abastecimento da população urbana e das regiões mais próximas, o que garantiam a articulação política, territorial e econômica da sua região de influência, prestando o papel de verdadeiras referências urbanas e de vitalidade nas cidades (LOPES & VASCONCELLOS, 2010, p. 3). De acordo com VARGAS (2001, p. 11), o mercado apresenta um caráter social em duplo sentido: tanto o da necessidade de abastecimento das populações urbanas como do próprio entendimento do comércio como atividade que pressupõe a troca não só de mercadorias, mas também o encontro entre pessoas e de pessoas com bens e serviços, a conversa, a necessidade e/ ou o desejo, a negociação e a busca de satisfação. É da necessidade da troca que nascem os lugares de mercado, sua origem está no ponto de encontro de fluxos de pessoas e de seus excedentes de produção. Seu caráter aberto e público conferia-lhe aspecto de

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neutralidade territorial e segurança no ato da troca, e, além disso, proporcionava melhor disposição e visibilidade das mercadorias. Nos tempos mais remotos, o mercado elementar era o local onde, sobretudo, vendiam gêneros alimentícios em primeira mão, sendo a forma mais transparente e direta para a troca. Os mercados cobertos ou em praça aberta, já tinham encontrado sua configuração urbana por volta de 2000 a.C, com o crescimento da população e a complexidade das operações econômicas, esta condição centralizadora passara a se fragmentar em outras partes da cidade antiga, agregando outras atividades tais como religiosas, jurídicas, morais, artísticas, esportivas e econômicas (VARGAS, 2001, p.17). FILGUEIRAS (2006, p.27) verifica a possibilidade destes históricos lugares de mercado ser a gênese das localidades centrais. Os lugares de mercado, particularmente se desenvolviam nas áreas centrais das cidades (figura 57), áreas que sempre foram caracterizadas como lugares de encontro, condensadores de fluxos, da diversidade

de atividades e significados. O mercado correspondia a principal razão da cidade como lugar de trocas e serviços. Apesar da existência de lugares de mercado, condensadores de fluxos, atividades e significados, ao longo da história e em diferentes sociedades, é na cidade medieval que a praça de mercado adquire – urbanisticamente -, a face de marco indiscutível da centralidade urbana, integrando mercadores e mercadorias e instalando-os no centro da urbe. VARGAS (2001, p.23) afirma que a praça de mercado pode ser entendida, assim, como a expressão física da urbanização na Idade Média, conferindo o alto grau de integração das atividades econômicas e sociais que é indispensável ao desenvolvimento das funções urbanas coletivas. Já no início do século XIX surgem dois grandes tipos de estabelecimentos comerciais: os mercados fechados e as galerias. A atuação dos governantes europeus refletia nos grandiosos mercados públicos cobertos, estes acolhiam um grande número de lojas onde os produtos eram comercializados em barracas, sem coberturas e divisões (figura 58).

O Les Halles em Paris, é um exemplo de mercado fechado, que foi o principal centro de abastecimento da cidade nos séculos XIX e parte do XX, no auge de sua atividade faltava espaço, e com isso as barracas de mercadoria chegavam até as ruas adjacentes ao mercado. Já as suntuosas galerias adotaram um novo padrão arquitetônico decorrente do uso do ferro e do vidro, que são característicos nestes empreendimentos, transformaram-se em um centro de atividade comercial de vital importância e dando início ao fenômeno da vida noturna (figura 59), a invenção deste conceito visava seduzir a uma concentração maior de novos clientes, ricos e esbanjadores (VARGAS, 2001, p. 26). No Brasil, a origem dos mercados populares, e sua relação com o processo de urbanização do país, é ainda controversa e pouco estudada, sendo os mercados populares como se conhece hoje um fenômeno tardio e urbano. Segundo Mott (2000, p. 18), esta origem coincidiria com o processo de colonização do país, uma vez que as economias indígenas, baseadas na coleta


e na policultura de subsistência, não produziam excedentes que justificassem transações comerciais. Na argumentação daquele autor, desde a fundação das principais e mais antigas cidades brasileiras, introduziu-se o mercado local para o abastecimento dos produtos destinados aos moradores destes núcleos e de sua redondeza, sendo adotado o mesmo padrão dos mercados medievais, comuns em Portugal. No Brasil, diferentemente do observado nos países andinos e de muitas sociedades africanas, onde a feira fazia parte da economia tradicional, entre os brasileiros, ela é uma instituição introduzida pelo colonizador português. Nas freguesias, as atividades se desenvolviam a partir da igreja, que dominava o espaço urbano e determinava as atividades cotidianas da população, fossem estas sociais, econômicas ou religiosas. Neste sentido, MARX (1991, p. 72) reconhece

que em torno do edifício religioso, se desenvolviam as atividades econômicas, as trocas e as feiras, barracas alinhadas a céu aberto, geralmente atividades destinadas aos negros. Embora não se possa determinar o surgimento do núcleo de povoamento como definido pelos espaços de mercado, mas sim da construção religiosa. Enquanto a gênese da centralidade urbana das cidades europeia ocorreu em torno dos mercados e suas atividades, no Brasil isso sucedeu de outra forma. Devido a colonização portuguesa e seu caráter religioso muito acentuado, os centros urbanos por aqui foram gerados sempre a partir de uma igreja, que inclusive é o marco zero da maioria das cidades brasileiras. Certamente, os mercados populares, que um dia serviram de centro econômico articulador das cidades em crescimento, não têm mais este significado e importância econômica. Se ainda existem, é porque foram objeto

Fig. 57 - – Planta da cidade de Bruxelas, 1581. O vazio em seu centro geométrico é a Grand-Place (Grote Markt), praça de mercado da cidade Fonte: LOPES & VASCONCELLOS, 2010, p. 6.

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de trajetórias históricas de apropriação que resistiram, em maior ou menor grau, às imposições da modernização, sendo assumidos como patrimônio e considerados símbolos da história econômica e cultural das cidades e de sua região de influência (FILGUEIRAS, 2006, p. 35). Os mercados públicos tradicionais caíram em desuso após mudanças nas atividades comerciais na cidade contemporânea, observada em espaço como os shoppings centers, hipermercados e grandes magazines. No entanto, SOUZA (2016, p. 28) reconhece que no final do século XX, com a globalização e a valorização da cultura regional, o Mercado Público volta aos poucos à cena urbana, desta vez, requalificado e adaptado aos desejos de consumo da cultura local. O espaço passa a ter suas funções voltadas não apenas para o consumo da população local, mas também atua como personagem do turismo cultural.

Fig. 58 –Exemplo de mercado do início do séc. XIX: Interior Les Halles, 1835, pintura de Max Berthelin Fonte: LOPES & VASCONCELLOS, 2010, p. 8.

Fig. 59 - – Exemplo de galeria de ferro e vidro: Crystal Palace, Hyde Park, Londres, de autoria de Joseph Paxton, 1851 Fonte: LOPES & VASCONCELLOS, 2010, p.8.

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16.2 – História do Mercado Municipal de Campinas

Contextualização Histórica: O Mercado Municipal é um dos edifícios históricos mais importantes da cidade de Campinas, inaugurado em 12 de abril de 1908 durante a gestão do prefeito Orosimbo Maia foi projetado pelo renomado engenheiro-arquiteto paulista Ramos de Azevedo. Segundo PROTTI (2010, p. 17), na época, a administração pública determinou o local onde seria construído o edifício: um terreno pantanoso, fora do perímetro urbano da cidade, devido às preocupações que dominavam as escolhas urbanísticas daquele momento, em que Campinas, após passar por surtos de febre amarela (1888-1897), teve parte de sua população urbana dizimada. O novo Mercado Municipal surge, portanto, como exemplo de construção em uma cidade higiênica, com iniciativa de ter novamente a densidade populacional e a situação econômica anteriormente instalada à crise, por isso a imponência do edifício e a localização em local apropriado para gerar uma área totalmente urbanizada e higienizada. Ramos de Azevedo fez um trabalho primoroso de levantamento planialtimétrico do sítio, a obra era considerada um melhoramento urbano para a cidade (MURILHA, 2011, p. 144).

Toda a área do entorno do mercado foi revitalizada, dessa forma o mercado contribuiu para a salubridade pública uma vez que medidas foram tomadas para alcançar a valorização da região tais como: eliminação do brejo que ficava no limite da área urbana, arborização em seus arredores com mudas e plátano, calçamento com paralelepípedos, abertura e alargamento de vias e novas áreas para criação de parques e praças. Poucos anos antes da construção do Mercado, foi feita a sua aprovação na Câmara; sendo aprovada também a construção da Estação Carlos Botelho. Segundo MONTEIRO (2000, p. 67), a Estrada de Ferro Funilense, inaugurada em 18 de setembro de 1899, abrangia um percurso de 45 km com trens partindo a cada duas horas. Seu ponto inicial na cidade de Campinas era a Estação Guanabara, mas após a construção do Mercado e, junto a ele, a construção da Estação Carlos Botelho, a linha de trem, prolongou o ramal até a Praça Correa de Mello, em frente ao Mercado. A partir da década de 50, o entorno do mercado começou a apresentar as primeiras degradações urbanas e ambientais, devido ao

histórico de transformações, que fez iniciar lentamente um processo de popularização da área, processo que se acentuou após 1980 com a instalação do Terminal de Ônibus urbano em frente ao edifício, trazendo para o local o comércio informal, o pesado trânsito de ônibus na área central e, com ele, a população periférica da cidade, que dependia do transporte público e passou a ter seu acesso facilitado a região do Mercado (PROTTI, 2010, p. 20). O autor afirma que essas transformações significaram uma ambivalência de valores para a área, pois aumentou a degradação do espaço urbano e ambiental, proporcionando sujeira nas ruas, poluição do ar e visual; mas, ao mesmo tempo, promoveu a sociabilidade no local, ao permitir que a população que habitava a periferia tivesse melhor acesso a área e passasse a usufruí-la, seja para o lazer, seja para o comércio. Arquitetura do Edifício e Tombamento do Bem O edifício do Mercado Municipal de Campinas situa-se entre as ruas Barreto Leme, Alvares Machado, Benjamim Constant e Ernesto Kullmann. Com área de aproximadamente 7.720m2,

sendo destes 3.110m2 de área construída. Ele é considerado um símbolo autêntico da arquitetura de Campinas, bem definido pelo seu estilo NeoMourisco projetado por Ramos de Azevedo. Para FALCO (2008, p. 08), na arquitetura mulçumana a ordem era misturar diversos estilos, experimentar várias possibilidades de uma só vez. Os arquitetos tentaram mesclar meios modernos a formas antigas renascentistas, góticos e barrocos, a união de materiais novos e formas clássicas. O desenho do Mercado Municipal de Campinas é baseado na milenar arquitetura islâmica, tendo o arco abobado da entrada, o formato de portas e janelas e alguns enfeites em ferro confeccionados como alguma dessas características típicas do estilo. Nesse projeto, Ramos de Azevedo inovou trazendo novos materiais, técnicas e ornamentos, permitiu-se em todo o edifício a ventilação e iluminação natural em todos os volumes que compõem a sua volumetria que foi proposta com telhados que se sobrepõem, criando assim um pé direito mais alto na porção central do edifício em relação aos volumes laterais que são mais baixos. Suas dependências iam desde corredores de circulação,

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ambientes de apoio para o Mercado, locais que sediaram a Companhia Funilense com a plataforma de embarque e boxes para armazéns, sendo estes vinte e oito internos e a mesma quantidade de boxes externos que eram destinados a venda de frutas e verduras. O edifício construído possuía 70,2m de comprimento por 20,6m de largura, pelo lado de fora, na face voltada para a rua Álvares Machado, ficava a plataforma da estação Funilense, com rampa de acesso em ambas extremidades, na oposta, existiam compartimentos destinados ao comércio. O corpo do edifício era composto por duas naves amplas e elegantes e ao longo delas ficavam os quartos para armazéns e dependência. As naves eram fartamente iluminadas por meio de frestas protegidas por caixilhos de persianas, havendo ainda 16 janelas e portões para os mesmos efeitos. Para cada uma das faces do edifício havia grandes portas com gradeamento de ferro, em seu interior, o espaço era dividido racionalmente em seções distintas, classificando os vários gêneros alimentícios, ordenando e facilitando a circulação (FALCO, 2008, p.13). O projeto original do edifício, de

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1908, ano de sua inauguração pode ser observado na figura 62, nele se destaca os espaços abertos que formavam a plataforma da estação Carlos Botelho, em 1934 com a retirada da estação o edifício foi remodelado, tendo as antigas bilheterias e plataforma alteradas em novos boxes, assim como a antiga latrina da rua Barreto Leme que foi fechada e transformada em banheiro em ambos os lados da edificação. Devido sua importância social, arquitetônica, histórica e comercial o bem foi tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1983 (Processo Tombamento n. 22362/83 – resolução n. 1 de 24/01/1983) e pelo CONDEPACC (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas) desde 1995. (Processo Tombamento n. 007/95 Resolução n. 01 de 21/10/1995). PROTTI (2010, p. 24) acredita que nos últimos 20 anos, a política de preservação do patrimônio, adotada pelo CONDEPHAAT e principalmente pelo CONDEPACC, impôs para o entorno dos edifícios tombados restrições que afetam toda área central: toda nova edificação situada a 300 metros de um bem

Fig. 60- – Mapa da cidade de Campinas em 1929, o retângulo azul indica a área onde foi construído o Mercado Municipal da cidade projeto por Ramos de Azevedo e a mancha laranja a área central da cidade Fonte: MURILHA, 2011, p. 155.


tombado deve passar por aprovação do referido Conselho, ao mesmo tempo em que existem restrições, não existe uma regra clara para a aprovação das novas edificações. Isto tem dificultado o aparecimento de novas edificações e até mesmo a manutenção das edificações existentes, este fato, associado ao aparecimento de novas centralidades vinculadas aos segmentos de mais alta renda e à economia global, tem contribuído para o abandono e o esvaziamento da área central de

Campinas. No ano de 1994, o Mercado Municipal passou por reformas que retomaram as cores originais (listrado bege e cor telha) e trocaram toda a infraestrutura do edifício - elétrica, hidráulica, esgotos e equipamentos de combate a incêndio. A mais recente reforma ocorreu no ano de 2005, na qual a fachada foi novamente pintada, o telhado reformado, os toldos dos boxes trocados e houve a padronização das platibandas e do estacionamento, que passou a ser automatizado e com

capacidade para mais vagas. Atualmente o edifício é considerado um templo de vendas de especiarias, sendo o centro de compras mais antigo de Campinas, segundo dados da SETEC, o Mercadão atualmente o recebe a visita de 100 mil pessoas por mês em busca de produtos frescos e de qualidade e devido a necessidade de ampliar o comércio, atende com 143 boxes, sendo 98 no prédio central e 45 bancas externas (figura 64). Uma curiosidade é que a antiga plataforma da Estação Carlos

Botelho onde chegavam os trens, hoje se encontram as peixarias, e em seu lado oposto, onde antigamente ficavam as charretes e carroças movidas a força animal se localizam as lojas de animais.

Fig. 61 - – Mercado Municipal de Campinas e a plataforma da Estação Carlos Botelho em 1910 e 1924, destaque para a configuração do telhado original sem a platibanda e com telhas cerâmicas), fotos do Centro de Memória da Unicamp. Fonte: PROTTI, 2010, p. 19.

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B-F

edifício. também realizadas uma rigorosa revisão bibliográfica e um minucioso 2º gráficos, PERÍODO - 1934 > 3º PERÍODO - 19 primeira, foramForam coletados registros iconográficos e1972 documentação relativos ao levantamento cadastral e iconográfico das atuais condições do edifício do Mercado e seu edifício. Foram também realizadas uma rigorosa revisão bibliográfica e um minucioso entorno próximo. segunda, das os dados organizados a elaborar levantamento cadastral eNa iconográfico atuais foram condições do edifíciode doforma Mercado e seu uma linha cronológica das modificações ocorridas. A partir da configuração entorno próximo. Na segunda, os dados foramD -organizados forma a elaborar dessa uma linha FACHADA JOSÉde DE ALENCAR cronológica foi possível produzir o material gráfico apresentado abaixo. linha cronológica das modificações ocorridas. A partir da configuração dessa linha plantagráfico 1908apresentado abaixo. cronológica foi possível produzir o materialescala 1:500 A - FACH

oevedo, sofreu várias e significativas alterações naNosua volumetria 1º PERÍODO - 1908 surgiu para ser um símbolo da cidade. decorrer do >e 1934 sua importância para a cidade, as modificações que o ofreu várias e significativas alterações na sua volumetriaedifício e o século XX não foram sistematizadas. Dessaque forma, o objetivo ua importância para a cidade, as modificações o edifício ação Científica foi sistematizadas. identificar, registrar e sistematizar éculo XX não foram Dessa forma, o objetivo as das pelo edifício e seu entorno próximo ao longo do século ão Científica foi identificar, registrar e sistematizarXX. as pelo edifício e seu entorno próximo ao longo do século XX.

DAS PLANTAS PARA AS FACHADAS

OLÓGICA LÓGICA

C - FACHADA ÁLVARES MACHADO

B - FACHADA BARRETO LEME

2010 A - FACHADA BENJAMIM CONSTANT

Fonte: coleção v8. acervo do centro de memória unicamp

2000

2000

Fonte: acervo Da biblioteca César Bierrenbach -

Fonte: Hemeroteca do CMU: Correio Popular, Campinas.30 dez. 1994.

2010

1990

1990

Fonte: Correio popular de campinas, 8 abr. 1984. acervo da Biblioteca Municipal.

1970

1970

Fonte: Acervo do Museu de Imagem e som de

B - FACHADA BARRETO LEME

1980

1980

1960

1960

Fonte: Acervo do Museu de Imagem e som de

Fonte: coleção v8. acervo do centro de memória unicamp

1950

1950

1930

1930

1940

Fonte: coleção GSJ. acervo do centro de memória - unicamp.

Coleção Maria Luísa. Acervo do Museu de m e som de campinas.

de memória -

A - FACHADA BENJAMIM CONSTANT

1940

1920

MATERIAL PRODUZIDO MATERIAL PRODUZIDO C - FACHADA ÁLVARES MACHADO A partir do levantamento realizado foi possível produzir o material apresentado A partir do levantamento realizado foi abaixo na seguinte ordem: possível produzir o material apresentado Fonte: coleção GSJ. acervo do centro de memória Fonte: Correio popular de campinas, 8 abr. 1984. Fonte: coleção v8. acervo do centro de memória Fonte: acervo Da biblioteca César Bierrenbach Fonte: Coleção Maria Luísa. Acervo do Museu de - unicamp. acervo da Biblioteca Municipal. unicamp Imagem e som de campinas. abaixo na seguinte ordem: . Catalogação dos registros iconográficos . Catalogação dos registros iconográficos . Linha cronológica . Linha.cronológica Desenho de plantas 1908 - 1934 * . Desenho de plantas 1908 - 1934 * - 1934 * . Desenho de fachadas 1908 fachada A. Desenho 1908 fachada de fachadas 1908 1934 * e 1934)* . Maquetes eletrônicas (1908 escala 1:250 . Maquetes eletrônicas (1908 e 1934)* . Infográfico Fonte: Hemeroteca do CMU: Correio Popular, Fonte: coleção v8. acervo do centro de memória Fonte: Acervo do Museu de Imagem e som de Fonte: Acervo do Museu de Imagem e som de centro de memória Campinas.30 dez. 1994. unicamp . Infográfico D - FACHADA JOSÉ DE ALENCAR * No ano o edifício sofreu a maior D - FACHADA JOSÉde DE 1934 ALENCAR 4º PERÍODO - 1996 > 1908 > 1934 2º PERÍODO 1934 > 1972 3º PERÍODO - 1972 > 1996 planta 1908 * No ano de 1934 o edifício sofreu a maior remodelação de sua história. 4º PERÍODO 1996 > escala 1:500 8 > 1934 2º PERÍODO - 1934 > 1972 3º PERÍODO - 1972 > 1996 planta 1934 remodelação de sua história.

B 1908 escala 1:250

escala 1:500

É DE ALENCAR LENCAR

C - FACHADA ÁLVARES MACHADO

fachada A 1908 escala 1:250 fachada A 1908

fachada B 1908 fachada B 1908escala 1:250

escala 1:250

escala 1:250

B - FACHADA BARRETO LEME

B - FACHADA BARRETO LEME

B - FACHADA BARRETO LEME

ACHADO

A - FACHADA BENJAMIM CONSTANT

S PARA AS FACHADAS PARA AS FACHADAS RES MACHADO

MAQUETES fachada C 1908 escala 1:250

fachada A 1934 fachada A 1934 escala 1:250

fachada B 1934 fachada B 1934 escala 1:250

escala 1:250

escala 1:250

D - FACHADA JOSÉ DE ALENCAR B - FACHADA BARRETO LEME

B - FACHADA BARRETO LEME

RES MACHADO ACHADO

planta 1934

escala 1:500 fachada C 1908 fachada C 1908 escala 1:250 escala 1:250

fachada A 1908

1934 escala 1:250 fachadafachada C 1934 C escala 1:250 escala 1:250

MAQUETES

INFOG

É DE ALENCAR LENCAR

fachada A 1908 fachada A 1908 escala 1:250 escala 1:250

Fig. 62 - – Planta, cortes e fachadas do Mercado Municipal de Campinas em INFOGRÁFICO 1908 e a remodelação em 1934. INFOGRÁFICO Fonte: JUNIOR & MONTEIRO, 2011.

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1934 fachadafachada A 1934 A escala 1:250 escala 1:250

Fig. 63- – Planta, cortes e fachadas do Mercado Municipal de Campinas após a remodelação em 1934. CONCLUSÕES CONCLUSÕES Fonte: JUNIOR & MONTEIRO, 2011.

ApesarApesar de muito sidoterfalado sobre osobre o de ter muito sido falado Mercado Municipal de Campinas e suas e suas Mercado Municipal de Campinas atividades, nenhuma pesquisa buscou buscou olhar olhar atividades, nenhuma pesquisa


Fig. 64 – Planta atual do Mercado Municipal de Campinas Fonte: FALCO, 2008, p. 12.

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16.3 – Centros Gastronômicos como Entretenimento

A gastronomia teve seu início na pré-história, quando o homem primitivo passou a viver em grupo e, para sua sobrevivência teve que caçar, coletar e preparar os alimentos, mas foi há cerca de 500 mil anos, com a descoberta do fogo, que o homem começou a perceber que o alimento, que antes era consumido cru, poderia ter seu sabor modificado através do cozimento. Foi na Idade Antiga que surgiram os grandes banquetes, época em que eram servidos para comemoração de vitórias em guerras e comemorações das famílias reais, neste período o povo egípcio deu origem às padarias. Já na Idade Média, período em que a igreja detinha grande parte do poder, os monges, com o conhecimento herdado pelos romanos, passaram a cultivar uva, maça e malte para o vinho e a cidra (SILVA, 2012, p. 18). Mas é na Idade Contemporânea que que ocorre o aperfeiçoamento da gastronomia, BASSI (2006, p. 56) afirma que este período houve, a internacionalização da cozinha, com

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a culinária francesa sendo a grande percursora desse processo e atingindo seu apogeu no final do século XIX, com a criação da escola de ensino da cozinha francesa Le Cordon Bleu que é mundialmente reconhecida. De acordo com SILVA (2012, p. 20), no Brasil, a gastronomia começou a ganhar forças com a chegada dos portugueses no país, resulta da fusão de três culinárias: a portuguesa, a africana e a indígena. Outra culinária que também influenciou a culinária brasileira foi a italiana, devido à imigração dos italianos no período do café (1800-1930). A alimentação vem se firmando cada vez mais como um atrativo entretenimento, além de exerce um importante papel como divulgador da cultura local, devido a isso, os investimentos e o desenvolvimento na área gastronômica estão em constante crescimento. As buscas pelas raízes culinárias e a forma de entender a cultura de um lugar por meio de sua gastronomia está adquirido importância cada vez maior (SOUZA, 2016, p. 21).

MONTANARI (2008, p. 103) afirma que, assim como a língua falada, o sistema alimentar contém e transporta a cultura de quem a pratica, é depositário das tradições e da identidade de um grupo. Constitui, portanto, um extraordinário veículo de auto representação e de troca cultural pois é instrumento de identidade, mas também o primeiro modo para entrar em contato com culturas diversas, uma vez que comer a comida de outros é mais fácil, pelo menos aparentemente, do que decodificar sua língua. A gastronomia tradicional de um local faz parte do cotidiano daquela população, porém ao ser consumida por um viajante, esse entra em contato com a cultura local e consequentemente com o anfitrião da região, fortalecendo o intercâmbio cultural entre os povos, como também a diversidade cultural. Na cidade contemporânea existem diversos elementos gastronômicos, os mais comuns são os bares e restaurante, mas cada vez mais os mercados também vêm se transformando em fontes de uma

gastronomia típica do local. A multiplicidade de funções em um mesmo espaço é uma estratégia adotada pelo centro gastronômico a fim de atrair um maior número de pessoas para o estabelecimento. Esse espaço possui como característica principal a reunião de mais de um tipo de estabelecimento em um único edifício/ espaço, como restaurantes, bares, mercados, escola de gastronomia, lojas e até mesmo mercados. Um exemplo contemporâneo desse conceito é a rede italiana Eataly, que associa em um mesmo ambiente vários tipos de restaurantes, bares, café, padaria, sorveteria tudo isso junto a um grande mercado.


16.4 – Escola de Gastronomia

A gastronomia surgiu como simples atividade doméstica, demandando pouco conhecimento geral, técnico e científico. Visto que que a comida é o ritual mais comum que existe, já que se pratica em todos os lugares constituindo um fator de diferenciação social e cultural. Ela traduz mensagem, valores e sentimentos pois cada cultura prepara sua alimentação de forma distinta, condicionada pelos seus valores culturais e códigos sociais (MENEZES, 2005, p.14) Mas apesar da cozinha ter acompanhado o Homem desde o início das civilizações, foi a partir do séc. XX, e através das técnicas de conservação e refrigeração e da industrialização de alimentos que a gastronomia se popularizou, principalmente devido a influência da cozinha francesa e a nova necessidade de alimentar-se para a satisfação e o prazer de comer, não mais para a manutenção da sua espécie. A terminologia também acompanha essa mudança da necessidade ao prazer de comer. Da

etimologia da palavra Gastronomia “um termo grego formado por Gaster (ventre, estômago), radical nomo (lei) e sufixo ia de substantivo, ou seja, estudo e observância das leis do estômago” passou a ser sinônimo de boa mesa (MIYAZAKI, 2006, p.12) Atualmente a gastronomia está em todos os lugares: em programas de televisão, em bancas de revistas, em livrarias, na internet, no cinema e nos roteiros de viagem. Esta onipresença não se deve apenas à expansão da oferta da alimentação comercial, mas também à consolidação da gastronomia como uma forma de lazer no imaginário dos indivíduos (MINASSE, 2013, p.02). Segundo MIYAZAKI (2006, p.13) A formação do profissional de gastronomia se iniciou pelas ordens religiosas que entre os séculos V e XI foram as principais guardiãs da sobrevivência dos hábitos alimentares da Antiguidade. Era nos mosteiros que se encontravam as poucas bibliotecas existentes e seriam os únicos centros de estudo e de saber até o surgimento das primeiras universidades

no século XI. Somente a partir do século XIX esse saber gastronômico passou a ser objeto de “especulação filosófica” e o entendimento da alimentação como necessidade de sobrevivência, envolvendo produtos e técnicas culinárias, amplia-se para um conjunto de símbolos e significados sociais, sexuais, políticos, religiosos, éticos e estéticos (CARNEIRO, 2003, p, 127 e 128) É nesse cenário que em 1895 é fundada a primeira escola de Gastronomia, Le Cordon Bleu, na cidade de Paris, a escola surge para ensinar a cozinha francesa para as filhas das famílias ricas da época. Na atualidade, ela é a escola com maior reconhecimento internacional, é procurada por amadores e profissionais de cozinha e. possui 35 instituições em 20 países (Site Le Cordon Bleu, acesso em 20 de outubro de 2017). No Brasil, a primeira escola de formação profissional para cozinheiros foi o Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – em 1964, na então Escola Senac “Lauro Cardoso de

Almeida”, em São Paulo. Alguns anos mais tarde, em 1970, o Senac iniciou a oferta do curso de cozinheiro na cidade de Águas de São Pedro/SP, esse curso era oferecido gratuitamente, em regime de internato, para alunos carentes financeiramente, muitos deles saídos da FEBEM (Fundação Estadual do BemEstar do Menor), que recebiam, inclusive, remuneração para estudar. Foi apenas em 1994 que o Senac, em Águas de São Pedro, ofereceu o primeiro curso de qualificação profissional, denominado Cozinheiro Chefe Internacional, em parceria com o The Culinary Institute of America. (MIYAZAKI, 2006, p.17)

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17 – Projetos de Referências 17.1 – Espaço Gastronômico do Forks Market - Winnipeg, Canadá

Ficha Técnica Arquitetos: Number TEN Architectural Group Localização: Winnipeg, MB, Canadá Área: 975 m² Ano do projeto: 2016 Fonte: Archdaily, online O espaço gastronômico do Forks Market dá vida nova a um dos espaços públicos mais importantes e queridos de Winnipeg, pois o mercado atua como a sala de estar da cidade, um lugar para as pessoas se reunirem e relaxarem. Por isso, no desenvolvimento do projeto, era importante apoiar tanto as várias funções do espaço público quanto a rica história do lugar. O Forks Market tem sido um lugar de encontro e comércio, apesar de já ter tido outros usos, as duas estruturas de tijolos foram ligadas no final dos anos 1980 formando um espaço de átrio, estabelecendo assim um destino de compras e alimentação. O passado industrial do Forks inspirou o projeto de interiores, aço forjado à mão e detalhes em madeira natural são usados para reforçar o caráter da arquitetura histórica. Os antigos estábulos foram

transformados em quiosques de comida revestidos com novos azulejos e bancadas em aço e vários equipamentos para acomodar uma variedade de alimentos e bebidas. Novas mesas com bases de aço e assentos circulares giratórios fazem uma releitura dos bancos de uma fábrica, o projeto visa melhorar o senso de comunidade no pátio central do Forks Market, criando áreas de estar mais íntimas dentro do grande espaço para isso, estruturas em arco com assentos e banquetas estofadas e grandes pendentes cilíndricos de metal com lâmpadas LED definem o espaço de encontro. Fig. 66 – Planta e corte esquemático do espaço gastronômico do Forks Market Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/792195/espaco-gastronomico-do-forks-market-number-tenarchitectural-group, acesso em 02 de abril de 2017.

Fig. 65–Espaço gastronômico do Forks Market Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/792195/espaco-gastronomico-do-forks-market-number-ten-architectural-group, acesso em 02 de abril de 2017.

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17.2 - Remodelação do Mercado de Peixe Besiktasş - Istambul, Turquia

Ficha Técnica Arquitetos: GAD Localização: Beşiktaş, Província de Istambul/Turquia Área: 320 m² Ano do projeto: 2013 Fonte: Archdaily, online A remodelação do Mercado do Peixe Besiktas iniciou-se através de um processo de substituições funcionais graduais e com efeitos de abordagem artística. A reforma consistiu em eliminar a aflição causada pela negligência na infraestrutura e higiene existente, preparando os comerciantes para um ambiente mais profissional elevando o mercado a um nível mais competitivo. As decisões de arquitetura foram constituídas com uma abordagem simples quanto a forma e suas soluções, a fim de permitir e acolher a revolução neste espaço triangular que pode subsistir com instalações e elementos de arte temporárias. O espaço imita um tecido erguido a partir dos cantos ou uma concha, e foi feito em concreto armado, além disso, o teto foi mantido elevado aumentando a abertura e a capacidade de vista dos restaurantes, esta ligação visual promove espontaneamente um convite tanto para o interior quanto para o exterior.

Fig. 67 – Mercado do Peixe Besiktas Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-170476/remodelacao-do-mercado-de-peixe-besiktas-slash-gad, acesso em 13 de abril de 2017.

Fig. 68 – Perspectiva e corte esquemático da cobertura do Mercado de Peixe de Besiktas Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-170476/remodelacao-do-mercado-de-peixe-besiktas-slash-gad, acesso em 13 de abril de 2017.

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17.3 - Referência de Coberturas Centre Pompidou-Metz – Metz, França

Ficha Técnica Arquitetos: Shigeru Ban Architects Localização: Metz, França Área: 11.330 m² Ano do projeto: 2010 Fonte: Archdaily, online’’ Para a criação do Centre Pompidou Metz Shigeru Ban desenvolveu espaços funcionais com programa em volumes simples e uma circulação clara entre eles. O principal objetivo do presente anexo era ser capaz de exibir mais obras para o público, pois apenas 20% da coleção é exibida em Paris, e ser capaz de mostrar as grandes obras que não podem ser exibidas na sede da capital, devido à baixa altura do teto, por isso, se manteve 18m como a altura da cobertura mais. Mas o grande destaque desse edifício consiste na estrutura da cobertura de madeira laminada colada (MLC), na forma de um hexágono que paira sobre todos os volumes a fim de unificá-los em um todo coeso. O padrão hexagonal é composto por hexágonos e triângulos equiláteros inspirados em chapéus e cestos asiáticos tradicionais, feitos em

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bambu, seis elementos de madeira convergiriam em cada intersecção, produzindo articulações extremamente complexas. Com a criação de um padrão de triângulos e hexágonos apenas quatro elementos de madeira nunca se cruzam. As intersecções não utilizam articulações mecânicas de metal, em vez disso, cada membro se sobrepõe entre si, semelhantes a cestos de bambu, Ban teve essa ideia ao ver um chapéu tradicional chinês em uma loja de antiguidades em Paris, em 1999, ao projetar o Pavilhão do Japão para a Expo de Hannover junto com Frei Otto.

Fig. 69– Centre Pompidou-Metz, corte esquemático do edifício Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/617797/centre-pompidou-metz-slash-shigeru-ban-architects, acesso em 13 de maio de 2017.

Fig. 70– Centre Pompidou-Metz, destaque para a cobertura em madeira e membrana ww Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/617797/centre-pompidou-metz-slash-shigeru-ban-architects, acesso em 13 de maio de 2017.


17.3 - Referência de Coberturas Pavilhão Japonês - Expo 2000

Ficha Técnica Arquitetos: Frei Otto e Shigeru Ban Localização: Hannover, Alemanha Área: 3.100m2 Ano do projeto: 2000 Fonte: Archdaily, online O tema principal da Expo Hanover era Humanidade-NaturezaTecnologia: Um Novo Mundo. A obra foi uma construção que conseguiu sobreviver a muitos imprevistos, que demarca um avanço na tecnologia do papel, inclusive porque tinha como meta a mínima produção de resíduos e que o material usado pudera ser reaproveitado de alguma maneira. De acordo com CAMPOS (2009, online, acesso em 27 de maio de 2017), a ideia foi fazer uma casca ondulada de 74m x 25m x 16m composta por quadrículas de extensos tubos de papel apoiada em uma primeira base formada por um tramado tridimensional, o que reduziria o alto custo de fabricação das juntas de madeira e ainda seria capaz de suportar esforços laterais e de criar a

forma S. A união dos tubos foi feita com junções de madeira, tecido e juntas metálicas, Ban ainda queria eliminar o uso de madeira devido ao tema da sustentabilidade, e o uso do tecido fazia a vez para criar o ângulo necessário para curvar os tubos em três dimensões. Otto propôs a criação de uma segunda membrana de arcos para melhorar os apoios e fixar a coberta feita com o mesmo material usado em bolsos de entrega, um papel inflamável com reforço de fibra de vidro e uma cinta de polietileno laminada inflamável. As fundações foram feitas com caixas de aço cheias de areia. O pavilhão foi um êxito em coerência com o tema e com as regulamentações alemãs de construção, uma experiência grandiosa que gerou uma estrutura completamente reciclável (CAMPOS, 2009, online, acesso em 27 de maio de 2017).

Fig. 71- Pavilhão Japonês na Expo 2000 idealizado por Shigeru Ban e Frei Otto Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185087/selecao-dos-principais-projetos-de-shigeru-ban, acesso em 13 de maio de 2017.

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18 - Visita Técnica: EATALY, São Paulo/SP

O conceito do Eataly foi criado em 2004, que é reunir todos os alimentos italianos de qualidade sob o mesmo teto, em um lugar onde se pode comer, comprar e aprender. Após 3 anos de planejamento, o Eataly abriu sua primeira loja em Turim, na Itália em 2007, hoje existem 38 lojas do espalhadas por 4 continentes (Site Eataly, acesso em 20 de maio de 2017) . A unidade de São Paulo está localizada na Av. Pres. Juscelino Kubitschek em um edifício de 9.300m² distribuído em três pavimentos, onde existem 13 pontos de alimentação, 7 restaurantes temáticos, um bar em meio a um mercado com mais de 7 mil produtos italianos ou de produtores locais, que

seguem as receitas tradicionais, além de um espaço dedicado a workshops e eventos. O complexo gastronômico conta ainda com 200 vagas de estacionamento distribuídas em dois andares de subsolo. O edifício que abriga o empreendimento foi concebido pela equipe da Espaçonovo Projetos de Arquitetura, comandada pela arquiteta Jovita Torrano. O conceito padrão aplicado em todas as lojas foi projetado pela equipe interna de arquitetos do Eataly, liderada pelo arquiteto Carlos Piglione. Com fachada em estrutura metálica aparente em vermelho e vidro apresenta uma linguagem contemporânea, um volume de cheios e

vazios bem demarcado e a possibilidade de se ver o movimento da rua (figura 72). A ausência de forros e as instalações aparentes atribuem ao espaço a simplicidade de um galpão, ao mesmo tempo que a aplicação de cerâmicas artesanais em cada departamento criou atmosferas mais sofisticadas e personalizou os espaços. O edifício se organiza em torno de um grande vazio central que integra os três pavimentos, possibilitando a visualização dos diversos restaurantes, convidando ao passeio e promovendo o encontro, é um espaço desconstruído e dinâmico o que remete a uma atmosfera de mercado e feira. O acesso entre eles é feito por escadas rolantes e dois

elevadores panorâmicos. A entrada e saída dos clientes se dão pela fachada frontal, onde também estão os caixas de pagamento. Após a entrada encontram-se gôndolas com produtos relacionados à gastronomia e utensílios de cozinha, e seguida estão as gôndolas com produtos de hortifruti. Além da área de compras de mercado, o pavimento térreo conta com cafeteria, gelateria, padaria, lojas de doces, de salames e queijos, entre outros, todos compartilhando o mesmo espaço, sem divisórias físicas (figura 73).

Fig. 72 – A fachada, o teto de vidro retrátil e a cozinha do Brace no Eataly São Paulo Fonte: Fotos de Ricardo Bassetti, disponível em http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/espaconovo-projetos-de-arquitetura_/eataly-sao-paulo/2933, acesso em 20 de maio de 2017 .

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O projeto do Eataly apresenta uma clara divisão entre a área aberta ao público e seu setor de serviços. A área restrita se encontra ao fundo de cada andar o que torna quase invisível ao usuário, apenas o elevador de carga que serve o restaurante do último nível se localiza na parte frontal próximo a escada de incêncido. Além das escadas rolantes que realizam a circulação vertical dando acesso do térreo até o segundo andar, existe na parte frontal direita do edifício dois elevadores panorâmicos e a escada de incênciao que liga todos os pavimentos (incluindo os dois subsolos), mas não apresenta clausura. As áreas destinadas aos banheiros também se localizam na parte frontal do edifício, todas no mesmo local nos três pavimentos.

Fig. 73 – Planta ilustrada do térreo – Eataly São Paulo e fotos da visita técnica, destaque para as gôndolas em formato de feira Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/comida-bebida/eataly-itaim-bibi-abertura-detalhes/, acesso em 20 de maio de 2017 e fotos da autora, 2017.

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Fig. 74 – Planta ilustrada do primeiro andar – Eataly São Paulo e fotos da visita técnica que ilustram o mercado, restaurantes e a sala de workshop Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/comida-bebida/eataly-itaim-bibi-abertura-detalhes/, acesso em 20 de maio de 2017 e fotos da autora, 2017.

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Já no primeiro andar (figura 74) se encontra a área de mercado com vinhos, açougue, massas, azeites, entre outros. Além disso, nesse andar estão localizados os restaurantes La Carne (carnes), Il Pesce (frutos do mar), a pizzaria Rosso pomodoro, a trattoria La Pasta, que trabalha com massas frescas elaboradas na rotisseria local, um café, uma adega e uma sala de 18 lugares para ensino de gastronomia. O segundo andar é ocupado pelo restaurante Brace Bar e Griglia, único onde se pode fazer uma refeição completa, da entrada à sobremesa, seu diferencial arquitetônico consiste na cozinha localizada em uma ilha no centro do salão que permite ao público observar todo o processo de cozimento dos alimentos, além disso a varanda que é destinada ao atendimento de clientes estar em balanço e apresenta um teto de vidro retrátil, que possibilita mesas a céu aberto (figura 75). O restaurante divide o espaço com um bar de cervejas artesanais e uma cervejaria que realiza suas brasagens, ato de fazer cerveja, no próprio local.

Fig. 75 – Planta ilustrada do segundo andar – Eataly São Paulo e foto do restaurante Brace Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/comida-bebida/ eataly-itaim-bibi-abertura-detalhes/, acesso em 20 de maio de 2017 e fotos da autora, 2017.

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19 - Análise das Referênicas e Visita Técnica com Aplicação no Projeto

Ao analisar os prejetos de referência é possível dispor de várias ideias e soluções a serem aplicadas no projeto arquitetônico. O pricipal desafio para a requalificação do entorno do mercado esta na necessidade de um novo formato para as bancas de frutas, verduras e artigos religiosos, que seja mais fluida e que proporcione um ambiente de permanência para os usuários. A marquise do Mercado de Peixes de Besiktas em Instambul trouxe a inspiração para uma cobertura que abrigasse novos boxes em um ambiente permeável. Como a marquise em questão é feita de concreto armado, fica muito evidente que o material escolhido impede o melhor aproveitamento da iluminação natural, por isso, a proposta de uma cobertura para o projeto deve ser feita em material translúcido para evitar a necessidade de iluminação artificial. Havia a preocupação de se realizar um projeto esteticamente harmonioso ao Mercado Municipal, que é um edifício NeoMourisco, mas ainda

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assim contemporâneo. Por isso partimos do uso da madeira, a influência veio através do Centre Pompidou Metz idealizado por Shigeru Ban, que tem como grande destaque a estrutura da cobertura de madeira laminada colada (MLC) em formato hexagonal. Tanto a MLC, quando a forma do hexágono, que também são elementos árabes, foram incorporados ao projeto de requalificação e também do novo edifício. A ampliação do Mercado Municipal em um Centro Gastronômico, que de fato fosse uma opção de lazer para a cidade, além de espaço de permanência teve como aspiração o Espaço Gastronômico do Forkss Market em Winnipeg. O projeto trás um programa de necessidades, onde há uma grande átrio no qual as pessoas interagem, além de diversar opções gastronômicas ao redor do mesmo, que atende perfeitamente o conceito de um ambiente que proporcione o encontro e a estadia das pessoas. O mobiliário apresentado nesse projeto também é tido como referência, uma vez que esse propicia a interação

entre os usuários, pois além de serem variados em sua forma, possibilitam a articulação e a criação de mesas gigantes para grandes eventos. A circulação horizontal do Espaço Gastronômico também foi importada para o projeto, permitindo assim um fluxo livre no átrio central. Assim como as escadas rolantes existentes no EATALY São Paulo, que são ótimas opções de circulação vertical e atuam na conecção dos dois pavimentos. Do EATALY São Paulo também foi trazido a ideia de cozinhas visíveis ao público, o que pode atrair a atenção e ser uma nova forma de entretenimento, além dos espaços para oficinas e workshops, que associado aos comerciantes e fornecedores do mercado podem gerar mais um uso para o local, trazendo a possibilidade de aprendizado e troca entre as pessoas.


20 - Terreno

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Fonte: LUOS-SEPLAMA, 2011.

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o desenvolvimento e construção de edifício. Para título desse projeto foi utilizado a diretrizes e taxas para terrenos privados com uso, comercial, serviços e/ou institucional (CSE-5), os valores seguem na figura 76.

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TE= 500 + 0.8 (A- 500) , A (para A >500m2) TO = TE (1º. E 2º. Andar) TO= 0.6 TE (acima do 2º. Andar) 5 H= 1.5L + 2R 3,00m de fundo dos pavimentos situados acima do 2º. andar

e apresenta fluxo intenso tanto de pedestres quanto de transporte público, além de, estar próximo a diversos patrimônios históricos da cidade como a Catedral Metropolitana e o Palácio dos Azulejos. O sitio está localizado no Z-17, porém é classificado como área pública, o que gera uma legislação própria para

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O terreno escolhido para a proposta ocupa todo o quarteirão formado pelas ruas Benjamim Constant, Alvares Machado, Bernardino de Campos e Ernesto Khulmann totalizando 5.020m2. (Figura 77). A localização do terreno é privilegiada, com testada para a rua Benjamim Constant, que é uma rua predominantemente comercial

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Para realizar a ampliação do Mercado Municipal de Campinas, que é um bem tombado, em uma ala gastronômica foi escolhido um terreno em frente ao Mercadão, onde hoje se localiza o Terminal Mercado, uma vez que o projeto de intervenção urbana realizado na área transferiu o terminal para um novo local, disponibilizando assim o sitio para a extenção do Mercado.

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Quanto às suas características físicas, o terreno possui uma topografia em aclive em direção à rua Bernardino de Campos, com diferença de 3,00m do ponto mais baixo, a testada do terreno, ao ponto mais alto, na rua de cima. No entanto, por abrigar o Terminal Mercado ele está praticamente todo patamarizado, tendo taludes que estruturam as ruas de seu entorno, como é possível observar na figuras 78 e 79. Já o entorno do mercado também se apresenta patamarizado

devido a execusão do Mercadão, tendo apenas um desnível de 1,5m entre o terreno em sua lateral direira e a rua Ernerto Khulmann. Para permitir um caminho fluído ao pedestre essa diferença será vencida através de uma escada calçadão, que propiciará ainda um ambiente de permanência ao usuário.

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Fig. 78– Foto do Terminal Mercado, destaque para o grande patamar existente no terreno. Fonte: Foto por Google Maps, acesso em 17 de maio de 2017.

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Fig. 79 – Terreno com as cotas de nível, destaque para o patamar existente devido presença do Terminal Mercado. Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.


Segundo a classificação climática por Köppen, Campinas é uma cidade com dominância pelo clima tropical de altitude, com chuvas no verão e seca no inverno e que presenta sempre ventos sentido sudeste. Para se garantir o conforto térmico da edificação, é importante que as aberturas estejam no sentido sudeste-nordeste e que essas possuam proteções solares correlacionadas à incidência solar (Figura 80). Atualmente, o terreno onde será construído a nova ala gastronômica

do Mercadão abriga o Terminal Mercado além de diversos box de comércio informal (camelôs), para isso, será necessário a demolição dos mesmos a fim de implantar o novo projeto (figura 81). O entorno do Mercado Municipal, qual se localiza o estacionamento e boxes externos também serão demolidos para realizar um projeto de revitalização da área com a intenção de criar um ambiente esteticamente mais harmonioso com o Mercado Municipal como também mais atrativo para a permanência das pessoas no local. MERCADO MUNICIPAL

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Fig. 80 – Incidência solar e de ventos no terreno. Fonte: Site Sunca. net e Google Earth, modificado pela autora, 2017.

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Fig. 81- Planta de demolição referente ao Terminal Mercado e entorno do Mercado Municipal Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

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21 - Projeto 21.1 - Partido Arquitetônico

A realização de um projeto em frente a um bem tombado traz a junção de se realizar algo respeitoso e ainda assim contemporâneo. Projetar um edifício que se localiza em frente ao Mercado Municipal, que é o maior exemplar do estilo NeoMourisco em Campinas se mostra como um grande desafio, para isso foi utilizado a Carta de Veneza (1964) que visa a harmonia entre o bem tombado e seu entorno. Dessa forma, o novo edifício surge na paisagem sem tirar o protagonismo do Mercado, respeitando seu gabarito de altura e suas características tradicionais. Apesar de ser um novo edifício, esse está diretamente ligado ao Mercado Municipal, devido sua localização em frente e também pela proposta de complementação do próprio programa do Mercadão, por isso o caráter indicativo de preservação existente na Carta de Veneza, que é a carta patrimonial mais importante e praticada na atualidade, é utilizada como guia para a escolha dos materiais e formas mas que ostentam a marca do nosso tempo, como afirma o artigo 9º. O ponto de partida do projeto são os elementos da arquitetura mourisca: os grandes átrios, a forma hexagonal, os muxarabís e a madeira. O Instituto do Mundo Árabe em Paris, projeto do renomado arquiteto Jean Novel se apresenta como forte inspiração para o projeto uma vez que essa obra expõem os atributos árabes, principalmente os muxarabís, de forma reinventados trazendo a essência do estilo associada a tecnologia. (fig. 82 e 83). Outro fator que influenciou o novo edifício foi a própria fachada do Mercado Municipal de Campinas, que apesar de seguir o estilo NeoMourisco exibe uma releitura de fachada clássica, sendo composta por um pórtico central seguido de alas e grande horizontalidade. Essa característica foi utilizada na fachada do edifício projetado, de forma a trazer uma harmonia entre os dois edifícios. O conceito do projeto e da requalificação do entorno nasce do próprio partido urbano, que é criar ambientes de permanência de qualidade e atrair pessoas para o espaço público.

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Fig. 82- Instituto do Mundo Árabe em Paris, destaque para os muxarabís automatizados que contraram a entrada da luz. Fonte: Disponível em: http://imagenscomtexto.blogspot.com.br/2015/11/guerra-em-paris-e-instituto-domundo.html, acesso em 02 de novembro de 2017.

Fig. 83- Muxarabis e a forma hexagonal, características típicas da arquitetura árabe Fonte: Disponível em: http://www.araucopaineis.com.br/tendencias/inspire-se-com-os-muxarabis/, acesso em 02 de novembro de 2017.


Dessa forma a permeabilidade do edifício junto ao seu entorno e o desenvolvimento de um local amplo e convidativo foram a base para o partido arquitetônico. É com base no projeto do High Line em Nova York (James Corner Field Operations e Diller Scofidio + Renfro, 2008) onde uma linha férrea suspensa desativada foi transformada em um parque linear, que vem o estímulo de transformar uma área de cobertura em uso em uma praça, proporcionando assim mais um ambiente público que pode ser ocupado pelas pessoas. Além disso, os hexágonos mais uma vez servem de inspiração para a pavimentação, como exemplo o Zighizaghi Garden em Favara na Itália (fig. 84) Também seguindo o partido urbano, que prioriza o pedestrianismo, o projeto não inclui estacionamento, com exceção as vagas de PNE. Uma vez que, o plano urbano realizado introduz uma linha de VLT que passa na rua de cima da edificação (R. General Osório) e um edifício garagem a duas quadras da mesma (R. Visconde de Rio Branco). A ideia é que as pessoas possam vivenciar o centro através da mobilidade a pé. Conforme os artigos 12º. e 13º. da Carta de Veneza, a escolha dos materiais teve a intenção de trazer uma contemporaneidade para o edifício sem descaracterizar sua inspiração, integrando de forma harmoniosa ao conjunto. Com isso, será utilizado estrutura metálica e alvenaria tradicional associada à pele de vidro para a vedação de parte das fachadas com seus montantes feitos em madeira. Os muxarabís trouxeram a inspiração para envolver todo o edifício por uma máscara em madeira com formato hexagonal que lembra o recém inaugura Louvre de Abu Dhabi, também projeto de Jean Nouvel. Para a cobertura do átrio central será utilizado uma estrutura de vidro refletivo e montantes em madeira que permite o ambiente estar protegido das intemperes do clima, sem perder a luminosidade natural, que é tão valorizada na arquitetura árabe.

Fig. 84 - High Line em Nova York, Louvre de Abu Dhabi e o Jardim Zighizaghi na Itália como inspiração para o novo edifício. Fonte: High Line - Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/627644/um-passeio-pelo-highline-com-iwan-baan/54219456c07a8086fc0000db, Zighizaghi Garden - Disponível em: http://www. elusivemagazine.com/zighizaghi-multi-sensorial-urban-garden, Louvre Abu Dhabi - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/879377/louvre-abu-dhabi-sera-inaugurado-em-novembro-deste-ano.

High Park - Nova Yorque

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Zighizaghi Garden - Favara, Itália

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SETOR

21.2 – Programa de Necessidades Público A partir dos estudos de referência e utilizando como embasamento técnico o livro “Manual básico para planejamento e projeto de restaurantes e cozinhas industriais” de SILVA FILHO (1996) e os projetos do SENAC Campos Água de São Pedro (Mônica Paulo Pedreira de Freitas, 2001/2002) e do Complexo Gastronômico da Universidade Anhembi Morumbi de São Paulo (Vicente Giffoni e Deise Marques Araújo, 1998/1999) foi elaborado o programa de necessidades do projeto e o seu dimensionamento. Esse foi dividido em setores, o novo edifício é constituído por

SETOR Área do Mercado Lojas Praça Linear

uma Ala Gastronômica, com um grande átrio e 9 boxes restaurantes ocupando o pavimento térreo e uma Escola de Gastronomia localizada no primeiro e segundo pavimento. Para a requalificação do sitio foi pensado um novo desenho para o entorno do Mercado Municipal, que contará com novos boxes comerciais e uma área comum de acesso ao público, além de lojas nas fachadas das ruas Alvares Machado e Ernerto Khulman da nova edificação e duas praças lineares sobre as lojas com acesso pela rua Bernardino de Campos. O dimensionamento de cada setor será apresentado nas figuras 85, 86 e 87.

AMBIENTE Vagas de estacionamento PNE Carga e Descarga Escada Calçadão Área Espaço de Estar Box Comercial

QUANTIDADES ÁREA (m2) 4 65,00

Fig. 85- Programa de necessidades da área do Mercado Municipal Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

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Fig. 86- Programa de necessidades da Ala Gastronômica Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

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1608,00

2 2 2 2 2 2 1

40,00 40,00 3,00 3,00 140,00 10,00 55,00

1

55,00

1

45,00

1

65,00

2 10,00 1 3,00 2 10,00 1 208,00 Sub total: 2.551,00 1

5,00

1 1 1 1 1

12,00 5,00 12,00 8,00 8,00

1 12,00 1 12,00 1 3,00 1 3,00 Sub total: 80,00 (x9) = 720,00 Total: 3.271,00


SETOR

ESCOLA DE GASTRÔNOMIA (1º. E 2º. PAVIMENTO) AMBIENTE QUANTIDADES

Administrativo

Secretaria Arquivo Cafeteria Lounge

1 1 1 1

ÁREA (m2) 105,00 24,00 34,00 120,00

Administração, Financeiro e Compras Sala dos professores Coordenação Diretoria Sala de Reunião Hall e Secretárias

1

70,00

1 1 1 1 1

105,00 45,00 50,00 50,00 42,00

2 1

3,00 50,00

WC Feminino WC Masculino WC Feminino Acessível WC Masculino Acessível

Acervo e Empréstimo Área de Estudo Gráfica Salão Cozinha Área de Eventos Vestiário Feminino Vestiário Feminino Depósito e Monta Carga Cozinha Quente Restaurante Pedagógico Confeitaria Panificação Sala de Enologia e Adega Cozinha Molecular Laboratório de Chocolate Cozinha Auxiliar Área de Ensino Sala de Aula Vestiários e WC Femininos Vestiários e WC Masculinos WC Feminino Acessível

Biblioteca

WC Masculino Acessível Recebimento e Monta Carga Depósito Material Limpeza Depósito Seco Câmara Fria Sala de Lavagem Lixo

2 2 2 2

1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 2

55,00 55,00 3,00 3,00

230,00 140,00 32,00 430,00 105,00 18,00 18,00 68,00 170,00 190,00 95,00 95,00 132,00 100,00 95,00 35,00 120,00 96,00 80,00 3,00

1 16,00 1 105,00 1 36,00 1 30,00 1 12,00 Total: 3.265,00

Fig. 87- Programa de necessidades da Escola de Gastronomia Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

101


21.3 - Fluxos, Circulação e Acessos

Foram realizados gráficos dos fluxos funcionais do projeto (fluxograma) que visam identificar os pontos de conflito e sobreposições de circulação. Para melhor entendimento das partes, esse foi divido em um fluxograma com a requalificação do entorno do Mercado Municipal e o pavimento térreo do novo edifício (figura 88) e outro específico para apresentar como ocorrerá a distribuição dos espaços nos boxes restaurantes (figura 89). Além disso, as figuras 90 e 91 apresentam os fluxos dos pavimentos superiores onde se encontra a Escola de Gastronomia. Com o intuito de deixar o novo edifício permeável, foram estudados os eixos de circulação, tanto no sentido longitudinal quanto no transversal do terreno. Considerando que existe um maior fluxo no sentido longitudinal, devido ao próprio Mercado Municipal que se encontra em frente do sítio, esse foi escolhido para os acessos. É possível acessar a edificação pela rua Benjamin Constant, em frente ao Mercadão, como sendo a entrada principal e acessando o nível térreo e

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também pela rua Bernardino de Campos, que dá acesso ao primeiro pavimento. Vale ressaltar que o projeto foi realizado aplicando as normas de acessibilidade da NBR 9050, sendo esse todo acessível. Por ser um projeto com grande permeabilidade, pensado para atender a demanda por espaços públicos de qualidade, e tendo como principal atrativo o átrio central como local de

permanência, a circulação horizontal do edifício se dá de forma livre e fluída, não existindo caminhos que conduzam as pessoas. Já a circulação vertical acontece através de escadas, que fazem a ligação entre o os pavimentos pavimento, além de um elevador para atender as pessoas com necessidades especiais Nas fachadas laterais do projeto, nas ruas Alvares Machado e

Ernerto Khulman, e com o intuito de transforma-las em fachadas ativas, foram posicionadas lojas comerciais. E sobre elas, foram criadas praças lineares com acesso pela rua Bernardino de Campos, esses espaços são mais uma forma de atrair a população a usufruir o espaço público da área central da cidade.

Fig. 88- Fluxograma da requalificação do entorno do Mercado Municipal de Campinas junto ao pavimento térreo do novo edifício Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.


Box Restaurante

Fig. 89- Fluxograma dos boxes restaurantes da ala gastronĂ´mica Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

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Escola de Gastronomia - 1º Andar

Fig. 90– Fluxograma do Primeiro Pavimento da Escola de Gastronomia Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

Escola de Gastronomia - 2º Andar

Fig. 91–Fluxograma do Segundo Pavimento da Escola de Gastronomia Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017.

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21.4 - PRANCHAS

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Referências Iconográficas

Figura 2 – Mapa do patrimônio tombado de Campinas (Prefeitura de Campinas adaptado e desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 12 – Foto aérea da região da Av. Francisco Glicério (Disponível em:http://www. portaldarmc.com.br/noticias-da-regiao/2016/07/segunda-fase-de-revitalizacao-da-avfrancisco-glicerio-em-campinas-e-entregue-oficialmente/, acesso em 16 de maio de 2017).

Figura 3 – Mapa da área de envoltório do patrimônio tombado de Campinas (Prefeitura de Campinas adaptado e desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 13 – Foto aérea da Região de Intervenção (Disponível em: http://asa100.com.br/, acesso em 10 de maio de 2017).

Figura 4 - Mercado Municipal da Campinas (Disponível em :http://www. mercadaocampinas.com.br/, acesso em 08 de abril de 2017)).

Figura 14 – Esquema dos modais propostos no novo plano de mobilidade. (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 5 – Solar do Barão de Itatiba – Palácio dos Azulejos (Disponível em: http:// republicadecampinas.com.br/2016/06/28/mis-a-reinvencao-do-palacio-dos-azulejos/, acesso em 10 de novembro de 2017).

Figura 15 – Estações do trem metropolitano e suas distâncias (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 1 – Foto aérea de intervenção (Google Earth, 2017).

Figura 6 - Mapa da densidade demográfica da área (Censo 2010 – IBGE, modificado pela autora, 2017). Figura 7 - Mapa do uso real do solo da área (Levantamento in loco desenvolvido pela autora, 2017). Figura 8 - Vazios urbanos na área, que foram classificados como áreas de estacionamento, edifícios subutilizados e/ou degradados e de fatos terrenos vazios. (Levantamento in loco desenvolvido pela autora, 2017). Figura 9 - Infográfico sobre a porcentagem de vazios urbanos na área (Levantamento in loco desenvolvido pela autora, 2017). Figura 10 – Mapa do gabarito da área (Levantamento in loco desenvolvido pela autora, 2017). Figura 11 - Zoneamento da região. (Prefeitura Municipal de Campinas, SEPLAMA , 2017, modificado pela autora, 2017).

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Figura 16 – Proposta da linha de trem metropolitano do novo Plano de Mobilidade (Desenvolvida pela autora com base em imagem do Google Earth, 2017). Figura 17 – Estações das linhas 1, 2 e 3 do metrô e suas distâncias (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 18 – Proposta das linhas do metrô do novo Plano de Mobilidade (Desenvolvida pela autora com base em imagem do Google Earth, 2017). Figura 19 – Mapa da situação atual dos terminais de ônibus e pontos na área. (Cittamobi, desenvolvida pela autora, 2017). Figura 20 – Vista Aérea do Terminal Central (Disponível em: http://www.skyscrapercity. com/showthread.php?p=115685270, acesso em 06 de maio de 2017). Figura 21 – Mapa da situação proposta. Realocação do Terminal Mercado e de alguns Pontos de ônibus. (Desenvolvido pela autora, 2017). Figura 22 – Estações da linha do VLT. (Desenvolvido pela autora, 2017).


Figura 23 – Via compartilhada entre VLT e transporte ativo em Amsterdã, Holanda (Caderno Técnico do VLT, p. 13, 2016). Figura 24 - Informações técnicas do VLT sobre largura de via, raio de curva e inclinação máxima. (Caderno Técnico do VLT, p. 17, 19 e 21, 2016).

Figura 34 – Alteração do sentido das vias da região central (Desenvolvido pela autora, 2017). Figura 35 – Proposta de calçadão para as vias exclusivas de pedestres feita para a rua Costa Aguiar. (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 25 – Proposta da linha do VLT na área de intervenção (Desenvolvido pela autora, 2017).

Figura 36 – Mapa com a indicação das vias exclusivas para pedestre. (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 26 - Caminhabilidade nas cidades (Foto de Giovanna Nucci, disponível em: https://cidadeape.org/2015/03/30/nasce-a-associacao-pela-mobilidade-a-pe-de-saopaulo/pedestres-alotof/#main, acesso em 22 de maio de 2017).

Figura 37 – Mapa com a indicação das vias compartilhadas (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 27 – Cidade para Pessoas: Área em Boston, EUA, destinada a pedestres (Disponível em: https://avozdaserra.com.br/noticias/devolvendo-cidade-para-pessoas, acesso em 22 de maio de 2017). Figura 28 – Princípios norteadores do projeto de intervenção (Desenvolvido pela autora, 2017). Figura 29 – Plano geral de intervenção (Desenvolvido em grupo na disciplana do 1o. Semestre (Trabalho de Curso - Ante Projeto, 2017). Figura 30 – Comparativo entre o zoneamento atual da área e novo zoneamento proposto (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 38 – Proposta de vias compartilhada feita para a rua General Osório. (Desenvolvida pela autora, 2017) Figura 39 – Mapa com a indicação das vias transformadas (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 40 – Novo desenho da avenida Francisco Glicério (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 41 – Novo desenho da avenida Francisco Glicério (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 42 – Novo desenho da avenida Senador Saraiva (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 31 – Ilustração do novo zoneamento. (Desenvolvida pela autora, 2017)

Figura 43 – Novo desenho da avenida Senador Saraiva (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 32 – Proposta de nova hierarquia de vias para a região (Desenvolvido pela autora, 2017).

Figura 44 – Mapa com a indicação dos edifícios garagens na região central (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 33 – Detalhamento do piso intertravado que aumenta a permeabilidade do solo (Desenvolvido pela autora, 2017).

Figura 45 – Desenho esquemático de um edifício garagem. (Desenvolvida pela autora, 2017).

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Figura 46– Galeria do Rock, em São Paulo, como exemplo de ponto comercial que atrai grande público. (Disponível em: http://www.prediosdesaopaulo.com/galeria-do-rock/, acesso em 22 de maio de 2017). Figura 47 - Galeria Trabulsi, em Campinas, como exemplo de tipologia que sintetiza no mesmo edifício o térreo comercial e permeável e torres residenciais e de serviços. (DEZAN, 2007). Figura 48 – Mapa com a indicação das galerias proposta para a área, destaque para a permeabilidade que cada uma traz para o centro. (Desenvolvido pela autora, 2017). Figura 49 – Desenho esquemático de uma galeria comercial com pavimentos superiores residenciais, proposta feita para terreno na rua General Osório. (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 50 – Mapa com a indicação das praças em miolo de quadra proposta pelo projeto (Desenvolvido pela autora, 2017). Figura 51 – Desenho esquemático de uma praça de miolo de quadra, proposta feita para terreno entre as ruas Regente Feijó e José Paulino. (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 52 – Foto da Praça Bento Quirino como exemplo de ambiente urbano ocupado pelas pessoas. (Disponível em: http://mineirices.blogspot.com.br/2013/02/26-dejaneiro-2013-um-olhar-diferente.html, acesso em 22 de maio de 2017) . Figura 53 – Mapa com a indicação das praças que terão seu entorno expandido. (Desenvolvido pela autora, 2017). Figura 54 – Desenho esquemático de uma praça com entorno expandido, proposta feita para o Largo do Rosário. (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 55 – Propostas de Mobiliário convidativo para permanência das pessoas no espaço público.

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A- Ambiente de Descanso – Canadá (Disponível em: http://www. arquiteturasustentavel.org/os-parklets-mais-criativos-do-mundo/, acesso em 28 de abril de 2017) B- Banco - Parque Metropolitano La Reconciliación – Bogotá (Disponível em: http://www.coroflot.com/alonsogrillo/mobiliario-urbano, acesso em 28 de abril de 2017) C- Mobiliário de uso Múltiplo - Modelo criado por Polymorphic – Canada (Disponível em: http://www.arquiteturasustentavel.org/os-parklets-mais-criativos-domundo/, acesso em 28 de abril de 2017) D- Banco Contínuo – Alemanha (Disponível em: http://www.arquiteturasustentavel. org/os-parklets-mais-criativos-do-mundo/, acesso em 28 de abril de 2017) E- Banco Suspenso - Eastside City Park – Inglaterra (Disponível em: http://www. archdaily.com.br/br/789112/eastside-city-park-patel-taylor, acesso em 28 de abril de 2017) F- Blue Carpet - Newcastle – Inglaterra (Disponível em: http://tabonito.tv/os-20bancos-maios-criativos-espalhados-pelo-mundo, acesso em 28 de abril de 2017) G- Praça Turca - Juazeiro - Arquiteta Naia Alban (Disponível em:http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.091/2915?page=3, acesso em 28 de abril de 2017) H- Mobiliario Urbano em Medelím (Disponível em:http://www.panoramio.com/ photo/13425129, acesso em 28 de abril de 2017) I- Luminárias em forma de linhas, Praça Pedra Branca, Ceará, Arquiteta Juliana Castro (Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/557883472573648091, acesso em 28 de abril de 2017). Figura 56 - Relação espacial entre o plano urbano e o projeto arquitetônico (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 57- Planta da cidade de Bruxelas, 1581. O vazio em seu centro geométrico é a Grand-Place (Grote Markt), praça de mercado da cidade (LOPES & VASCONCELLOS, 2010). Figura 58 – Exemplo de mercado do início do séc. XX: Interior Les Halles, 1835, pintura de Max Berthelin (LOPES & VASCONCELLOS, 2010). Figura 59 – Exemplo de galeria de ferro e vidro: Crystal Palace, Hyde Park, Londres, de


autoria de Joseph Paxton, 1851 (LOPES & VASCONCELLOS, 2010). Figura 60 – Mapa da cidade de Campinas em 1929, o retângulo azul indica a área onde foi construído o Mercado Municipal da cidade projeto por Ramos de Azevedo e a mancha laranja a área central da cidade (MURILHA, 2011). Figura 61 – Mercado Municipal de Campinas e a plataforma da Estação Carlos Botelho em 1910 e 1924, destaque para a configuração do telhado original sem a platibanda e com telhas cerâmicas), fotos do Centro de Memória da Unicamp. (PROTTI, 2010). Figura 62– Planta, cortes e fachadas do Mercado Municipal de Campinas em 1908 e a remodelação em 1934. (JUNIOR & MONTEIRO, 2011). Figura 63 – Planta, cortes e fachadas do Mercado Municipal de Campinas após a remodelação em 1934. (JUNIOR & MONTEIRO, 2011). Figura 64 – Planta atual do Mercado Municipal de Campinas (FALCO, 2008). Figura 65 – Espaço gastronômico do Forks Market (Disponível em: http://www.archdaily. com.br/br/792195/espaco-gastronomico-do-forks-market-number-ten-architecturalgroup, acesso em 02 de abril de 2017).

www.archdaily.com.br/br/617797/centre-pompidou-metz-slash-shigeru-ban-architects, acesso em 13 de maio de 2017). Figura 70 – Centre Pompidou-Metz, destaque para a cobertura em madeira e membrana (Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/617797/centre-pompidou-metz-slashshigeru-ban-architects, acesso em 13 de maio de 2017). Figura 71 - Pavilhão Japonês na Expo 2000 idealizado por Shigeru Ban e Frei Otto (Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-185087/selecao-dos-principaisprojetos-de-shigeru-ban, acesso em 13 de maio de 2017). Figura 72 – A fachada, o teto de vidro retrátil e a cozinha do Brace no Eataly São Paulo (Fotos de Ricardo Bassetti, disponível em http://www.galeriadaarquitetura.com.br/ projeto/espaconovo-projetos-de-arquitetura_/eataly-sao-paulo/2933, acesso em 20 de maio de 2017). Figura 73 – Planta ilustrada do térreo, – Eataly São Paulo e fotos da visita técnica, destaque para as gôndolas em formato de feira (Disponível em: http://vejasp.abril.com. br/comida-bebida/eataly-itaim-bibi-abertura-detalhes/, acesso em 20 de maio de 2017 e fotos da autora, 2017).

Figura 66 – Planta e corte esquemático do espaço gastronômico do Forks Market (Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/792195/espaco-gastronomico-do-forksmarket-number-ten-architectural-group, acesso em 02 de abril de 2017).

Figura 74 – Planta ilustrada do primeiro pavimento, – Eataly São Paulo e fotos da visita técnica que ilustram o mercado, restaurantes e a sala de workshop (Disponível em: http:// vejasp.abril.com.br/comida-bebida/eataly-itaim-bibi-abertura-detalhes/, acesso em 20 de maio de 2017 e fotos da autora, 2017).

Figura 67 – Mercado do Peixe Besiktas (Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01170476/remodelacao-do-mercado-de-peixe-besiktas-slash-gad, acesso em 13 de abril de 2017).

Figura 75 – Planta ilustrada do segundo pavimento, – Eataly São Paulo e foto do restaurante Brace (Fonte: http://vejasp.abril.com.br/comida-bebida/eataly-itaim-bibiabertura-detalhes/, acesso em 20 de maio de 2017 e foto da autora, 2017).

Figura 68 – Perspectiva e corte esquemático da cobertura do Mercado de Peixe de Besiktas (Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-170476/remodelacao-domercado-de-peixe-besiktas-slash-gad, acesso em 13 de abril de 2017).

Figura 76 – Foto aérea do Mercado Municipal de Campinas (laranja) e terreno (amarelo) que receberá a ala gastronômica (Google Earth modificado pela autora, 2017).

Figura 69 – Centre Pompidou-Metz, corte esquemático do edifício (Disponível em: http://

Figura 77 – Taxas e diretrizes para construção de edificação com uso CSE-5 do Z-17 (LUOS-SEPLAMA, 2011).

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Figura 78 – Terreno com as cotas de nível, destaque para o patamar existente devido presença do Terminal Mercado (Desenvolvida pela autora, 2017). Figura 79 – Foto do Terminal Mercado, destaque para o patamar existente devido (Foto por Google Maps, 2017).

Figura 87 - Programa de necessidades da Escola de Gastronomia (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 80 – Incidência solar e de ventos no terreno. (Google Earth, modificado pela autora, 2017).

Figura 88 – Fluxograma da requalificação do entorno do Mercado Municipal de Campinas junto ao pavimento térreo do novo edifício (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 81- Planta de demolição do Terminal Mercado e entorno do Mercado Municipal (Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 89 – Fluxograma dos boxes restaurantes da ala gastronômica (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 82 - Instituto do Mundo Árabe em Paris, destaque para os muxarabís automatizados que contraram a entrada da luz. Fonte: Disponível em: http://imagenscomtexto.blogspot.com.br/2015/11/guerra-emparis-e-instituto-do-mundo.html, acesso em 02 de novembro de 2017.

Figura 90 – Fluxograma do Primeiro Pavimento da Escola de Gastronomia (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017).

Figura 83 - Muxarabis e a forma hexagonal, características típicas da arquitetura árabe Fonte: Disponível em: http://www.araucopaineis.com.br/tendencias/inspire-se-com-osmuxarabis/, acesso em 02 de novembro de 2017. Figura 84 - High Line, Louvre de Abu Dhabi e o Jardim Zighizaghi na Itália como inspiração para o novo edifício. Fonte: High Line - Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/627644/um-passeiopelo-high-line-com-iwan-baan/54219456c07a8086fc0000db, Zighizaghi Garden Disponível em: http://www.elusivemagazine.com/zighizaghi-multi-sensorial-urbangarden, Louvre Abu Dhabi - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/879377/ louvre-abu-dhabi-sera-inaugurado-em-novembro-deste-ano, acesso em 02 de novembro de 2017 Figura 85 - Programa de necessidades da área do Mercado Municipal (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017).

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Figura 86 - Programa de necessidades da Ala Gastronômica (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017, 2017).

Figura 91– Fluxogramado Segundo Pavimento da Escola de Gastronomia (Fonte: Desenvolvida pela autora, 2017).


Referências Bibliográficas

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CARNEIRO, H. COMIDA E SOCIEDADE: UMA HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO, 2003, Rio de Janeiro Ed. Campus.

GEHL, J. CIDADE PARA PESSOAS, 2015, São Paulo, 3a. ed, Perspectiva. HAUGHTON, G. & HUNTER, C. SUSTAINABLE CITIES, 1994, Londres: Jessica Kingsley Publishers.

JACOBS, J. MORTE E VIDA DE GRANDES CIDADES, 2000, São Paulo Ed. Martins Fontes.

CARTA DE VENEZA, 1964. Disponível para download em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/ Carta%20de%20Veneza%201964.pdf, acesso em 20 de outubro de 2017.

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DEZAN, W. V. A IMPLANTAÇÃO DE UMA MODERNIDADE: O PROCESSO DE VERTICALIZAÇÃO DA ÁREA CENTRAL DE CAMPINAS, 2007, 190p. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Engenharia. Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, Campinas/SP.

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DIAS, F. O DESAFIO DO ESPAÇO PÚBLICO NAS CIDADES DO SÉCULO XXI, 2005, Arquitextos 061.05 ano 06, jun. 2005 Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.061/453, acesso em 24 de maio de 2017. FALCO, A. IMAGENS E VIVÊNCIAS: 100 ANOS DO MERCADÃO, 2008, Campinas, Impresso pela SETEC. FILGUEIRAS, B. S. C. DO MERCADO POPULAR AO ESPAÇO DE VITALIDADE: O MERCADO CENTRAL DE BELO HORIZONTE, 2006, 172p. Dissertação de Mestrado em Planejamento

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