Palimpsesto Urbano - Rua Augusta - Parque, Arte e Cultura

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VINÍCIUS MARTINS DOS ANJOS

PALIMPSESTO URBANO RUA AUGUSTA parque • arte • cultura Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Orientador: Prof. Dr. Abílio da Silva Guerra Neto São Paulo, 2015


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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao Abílio Guerra e ao Marcos Carrilho, por terem sido minha fonte de conteúdo e suporte ao longo deste último ano, no trabalho final de graduação. Aos professores que estiveram presentes nesta jornada, obrigado por compartilharem seu conhecimento, serei eternamente grato. Aos familiares que me apoiaram e vibraram a cada conquista em minha trajetória acadêmica. Aos amigos que estiveram ao meu lado em todos os momentos, dos felizes aos difíceis, durante esses últimos cinco anos. Agradeço especialmente aos mais próximos, pois sem vocês eu acredito que esta etapa da minha vida nao teria sido tão produtiva e bem sucedida. Muito obrigado!

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RESUMO

Palimpsetso Urbano | Rua Augusta: parque, arte, cultura é um estudo sobre a necessidade de uma cidade se reinventar em razão do contexto presente sem perder de vista sua trajetória histórica. Propõe-se a criação de uma escola de artes no Parque Augusta, no bairro da Consolação, região central de São Paulo. Assim, a arquitetura e o urbanismo assumem aqui a função de prover uma alternativa de ocupação do espaço urbano que permita o uso público social e culturalmente responsável, em uma cidade que sistematicamente se desfaz de seus laços com o passado.

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ABSTRACT

Urban Palimpsets | Rua Augusta: park, art, culture is a study about a city’s need to reinvent itself in face of the present context without losing sight of its historical trajectory. We propose the creation of an art school inside Augusta Park, in Consolação, an area in the city centre of São Paulo. Architecture and urbanism take here the role of providing an alternative for the occupation of the urban space that allows socially and culturally responsible public use, in a city that systematically loses its tie to the past.

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SUMÁRIO 13

Introdução

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TEMA

19

Palimpsesto

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Palimpsesto Urbano

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Perder-se

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SÍTIO

41

Cidade | São Paulo

45

Região | Centro

49

Bairro | Consolação

75

Área | Rua Augusta

87

Terreno | Parque Augusta

105

PROJETO

113

Escola Contemporânea de Arte

137

Teatro Parque Augusta

143

Teatro Arena | Tensoestrutura

171

Bosque | Parque Augusta

189

BIBLIOGRAFIA 11



INTRODUÇÃO

Cada cidade possui uma trajetória única, e a evolução de sua arquitetura é uma prova viva e concreta de sua história. Conjunturas macroeconômicas, fluxos migratórios e vontade política são alguns dos diversos fatores que acabam por moldar conglomerados urbanos e definir os traços, muitas vezes sobrepostos, das cidades onde vivemos. São Paulo não é exceção, e a busca pelo entendimento dos fatores que desenharam a atual configuração da metrópole foram o ponto de partida deste trabalho. O florescimento e decadência econômica da região central, e seu ressurgimento como foco de questões políticas e de ocupação consciente do espaço urbano, faz desta região um rico campo de estudo para entendimento das origens das atuais necessidades a fim de se propor mudanças relevantes e que atendam à crescente demanda por uma cidade mais humana.

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O bairro da Consolação, com sua mistura entre o tradicional e o mundano e seu rápido apogeu e declínio, é um perfeito exemplo das constantes e frenéticas mudanças às quais uma cidade cujo desenvolvimento desordenado e desenfreado pode estar sujeita. Ali, o Parque Augusta configurou-se como o símbolo e ponto focal de um debate social amplo sobre a função das cidades e o impacto que o urbanismo pode ter no dia-a-dia dos cidadãos. O conflito entre residentes, grandes corporações e militantes que o ocuparam entre janeiro e março de 2015 serve como evidência materializada dos conflitos de interesses, muitas vezes velados, que são determinantes no desenvolvimento das metrópoles. A decisão de propor a criação de uma escola de arte visa a fazer jus à vocação de centro cultural, educacional e de entretenimento inerente ao bairro e, mais especificamente à Rua Augusta. Por ali se estabeleceram clubes e escolas de imigrantes e religiosos e se realizaram festivais de música que marcaram a cultura nacional.


De área de comércio nobre a centro da cultura underground, de área degrada e abandonada ao centro de um boom imobiliário, a Rua Augusta estabeleceu-se como um ícone da capital paulista, uma rua de muitas faces que ilustra brilhantemente o palimpsesto que é São Paulo. O centro de São Paulo pede por maior qualidade de vida, por áreas verdes e espaços de uso público. A cidade necessita de equipamentos culturais acessíveis à população jovem, que permitam a moradores e visitantes um convívio pacífico e uma maior integração com a pouca natureza que resta em nosso conglomerado altamente verticalizado. E é exatamente isso que se almeja com a criação da Ecoar – Escola Contemporânea de Arte, a criação de um centro de convivência e propagação da cultura que preserve o patrimônio tombado ao integrar o parque e a cidade, contribuindo assim para uma etapa mais sustentável do palimpsesto urbano da Rua Augusta.

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1 TEMA


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1. O Palimpsesto de Archimedes. Fonte: King&McGaw


PALIMPSESTO

Origem | Definição A palavra palimpsesto tem origem grega, surgida no século V a.C., é derivada da conjunção das palavras pálin (novamente) e psestos (raspado, apagado).1 Seu significado remete à reutilização de papiros realizada antigamente, quando se raspava a escrita anterior para poder reaproveitar a mesma base, o “papel” disponível na época, voltando-se a escrever sobre o mesmo, obtendo-se, no entanto, um resultado pior do que o apresentado na primeira utilização. “Palimpsesto: s.m. Manuscrito em pergaminho que, após ser raspado e polido, era novamente aproveitado para a escrita de outros textos (prática usual na Idade Média). (Modernamente, a técnica tem permitido restaurar os primitivos caracteres.) ”2 1

Fonte: <http://sualingua.com.br/2009/05/04/palimpsesto/>

2

Fonte: Dicionário Aurélio. 19


2. Palimpsestos: protestos em sĂŠrie (protest after protest), de Tom Lisboa. Fonte: Youtube.

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3. Palimpsestos (de Tom Lisboa). Fonte: Youtube.

4. Palimpsestos Gaza. Fonte: Youtube.


Palimpsesto | Tom Lisboa Através de um de seus últimos trabalhos, Tom Lisboa1, aborda o tema palimpsesto e o aplica no setor da arte, reproduzindo através de fotografias e pequenos filmes2, representando à sua maneira o conceito de palimpsesto, onde o interpreta como: “Sobreposição, simultaneidade, multiplicidade. Estas e outras palavras que remetem à desorganização, ao acúmulo e ao caos são muito úteis quando queremos definir com precisão a época em vivemos. Neste sentido, se incapacitados estamos de fugir desta crescente aglutinação, é preciso, cada vez mais, aprofundar nosso conhecimento sobre este complexo relevo que está sendo formado. ” (Tom Lisboa, 2011)3

1

Tom Lisboa: artista goiano, mestre em Comunicação e Linguagens, atua como artista visual,

professor de cinema e fotografia e curador independente. 2

Vídeos disponíveis no link: <http://www.sintomnizado.com.br/palimpsestos.htm>.

3

Revista Digital Vitruvius. LISBOA, Tom. Palimpsestos e suas camadas. 12, set. 2011. <http://www.

vitruvius.com.br/revistas/read/drops/12.048/4012>. 21


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5. MetrĂłpole de SĂŁo Paulo em 1945. Fonte: Instrumentalis.wordpress.com


Palimpsesto | Benedito Lima de Toledo O intervalo entre os séculos XIX e XX ficou marcado na história da cidade de São Paulo como o período mais importante para seu crescimento e desenvolvimento. Nesse período, podemos identificar três grandes transformações, uma sobrepondo-se à outra, consecutivamente, definindo um ambiente urbano sensível ao perder o ambiente de certas gerações, colocando em risco a história e identidade da população com a sua cidade. Benedito Lima de Toledo1 exemplifica São Paulo como um palimpsesto, onde o define como: “...imenso pergaminho cuja escrita é raspada de tempos em tempos, para receber uma nova, de qualidade inferior, no geral. Uma cidade reconstruída sobre si mesma...”. (Toledo, 1983, p. 77)2

1

Benedito Lima de Toledo: arquiteto e urbanista paulistano, é professor titular de História da Arquitetura

na FAU-USP. Autor de uma série de livros de história da arquitetura. 2

TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo: três cidades em um século. Editora Cosac & Naify / Duas

Cidades. São Paulo, 2004. 23


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6. Calçada da Avenida São Luis. 2012. Pedro Martinelli. Fonte: pedromartinelli.com.br


PALIMPSESTO URBANO

São Paulo Semaforopoesia

Paulistanos, Paulistalianos Paulistaianos, Paulismarcianos Pernambulistas, Paulistaiocas Chinolistanos, Paulistaneses Paulistins e Paulistinos. São Paulo não é São Paulo são. FENIANOS, Eduardo. 1

1

Poesia presente em: DIAS, Celia Maria de Moraes. São Paulo: símbolos, identidade e hospitalidade. 25


A clareza da existência concomitante de várias fases de seu crescimento, caracterizando a cidade de São Paulo como um território composto por multiplicidade e sobreposições, permite classificá-la como uma cidade polifônica, como também um palimpsesto urbano, em constante transformação. “Delineiam-se assim, desde estas notas iniciais, uma cidade que comunica com vozes diversas e todas copresentes: uma cidade narrada por um coro polifônico, no qual vários itinerários musicais ou os materiais sonoros se cruzam, se encontram e se fundem, obtendo harmonias mais elevadas ou dissonâncias, através de suas respectivas linhas melódicas. ” (Canevacci, 1997, p.15)1

1

CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana.

Editora Studio Nobel. São Paulo, 1997.

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7. Mansão dos Matarazzo, 1990. M^nica Zarattini.

8. Construção do Shopping Cidade São Paulo.

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9. Mansão Matarazzo demolida, 8 jan. 1996. Luis Carlos dos Santos. Fonte: Uol


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10.

Vita aérea de São Paulo. Fonte: Copa2014.gov.br


PERDER-SE

Conceito O termo utilizado corriqueiramente diz respeito à atitude de se permitir estar livre, a fim de explorar e se aventurar, independente dos métodos tradicionais, já existentes, tão metódicos e limitadores. Massimo Canevacci elevou o termo em um conceito elaborado de compreensão da cidade, onde perder-se é permitir-se, em tal condição de um estranho em um território desconhecido, enxergar o que seus habitantes não conseguem, sendo capaz de compreender e apresentar certas conclusões, até então não identificadas.

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Perder-se | Eduardo Fenianos

1

Existe uma certa convergência de opiniões sobre o processo de conhecimento de uma cidade, onde muitos acreditam que para conhecer um território, não há nada melhor do que se perder e percorrer suas vias, vivenciando o local. Um exemplo desta experimentação, ao explorar e viver a cidade através do deixar se perder é defendida por Eduardo Fenianos2, que busca interpretar a cidade, identificar seu processo histórico e compreender seu mecanismo de funcionamento de acordo com este método. Até desenvolveu um tipo de poesia decorrente da sua aplicação:

1

O desenvolvimento do texto foi baseado nos conceitos presentes na obra: Revista Digital Vitruvius.

FENIANOS, Eduardo. Urbenauta: viagem na própria cidade. Entrevista ano. 01, out. 2007. <http:// www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/01.008/1367> 2

Eduardo Fenianos: graduado em Comunicação Social e Direito, é autor de “O urbenauta – manual

de sobrevivência na selva urbana”, “Expedições urbenauta – São Paulo, uma aventura radical, Guia para usar a cidade como sala de aula”. 30


“...um tipo de poesia que deve ser escrito enquanto o carro que está atrás de você não buzina avisando que o “sinal” está aberto. Diz o seguinte:

“Me perdendo eu vou me achando E a cada esquina vou me encontrando, vendo, aprendendo o que não sabia. E mesmo que soubesse reaprenderia Porque só quando me perco Tenho tempo de me achar. ” (Fenianos, 2007) 3

3

Revista Digital Vitruvius. FENIANOS, Eduardo. Urbenauta: viagem na própria cidade. Entrevista ano.

01, out. 2007. <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/01.008/1367>

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Perder-se | Massimo Canevacci

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Massimo Canevacci2 pode não ser exatamente um historiador que vive com os olhos no passado, mas ao analisar a cidade de São Paulo em sua primeira experiência no carnaval de 1984, portou-se de um olhar um tanto quanto desbravador e passível de enxergar o que muitos não se dão conta. Durante sua primeira passagem por São Paulo, Massimo Canevacci aventurou-se a conhecer a cidade pelo mesmo método, até se dar conta de que a metrópole em questão não poderia ser decifrada pelo modo tradicional, como poderia se aplicar em sua cidade, Roma.

1

O desenvolvimento do texto foi baseado nos conceitos presentes na obra: CANEVACCI, Massimo.

A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. Editora Studio Nobel. São Paulo, 1997. 2

Massimo Canevacci: professor de Antropologia Cultural e de Arte e Culturas Digitais na Faculdade

de Ciências da Comunicação na Universidade de Roma La Sapienza, recebeu em 1995 a “Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul” do Governo Federal Brasileiro e atualmente integra a Comissão Científica do IEA-USP na Academia Intercontinental. 32 | PALIMPSESTO URBANO • RUA AUGUSTA


Canevacci defende tal capacidade, similarmente ao que Sandra Jahaty Pesavento3 discorre na Revista Esboços: “Historiadores devem ser mesmo capazes de buscar a palavra onde há silêncio, de encontrar o gesto onde se registra a ausência. ”, “...ver além do que aquilo que é mostrado ou dito, pois eles veem de outra forma. ” (Pesavento, 2004, p. 27)4

3

Sandra Jahaty Pesavento: foi uma professora, historiadora, escritora e poeta. Lecionou na UFRGS,

doutorou-se em História pela USP, com pós-doutorado na Écola des Hautes em Sciences Sociales de Paris. Foi membro da Comissão de Cooperação Internacional da FAPERGS. 4

PESAVENTO, S. Com os olhos no passado: a cidade como palimpsesto. REVISTA ESBOÇOS. N.

11. UFSC. 2004.

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Massimo pôde identificar e utilizar as diferenças, instrumentos de informação espetacular, através do conceito perder-se urbano, estando na condição de estrangeiro, desenraizado e isolado para poder percebê-los. Essas diferenças são dificilmente captadas pelo olhar mais familiarizado e domesticado dos habitantes que ali residem. Após caminhar e consequentemente errar, pôde constatar que a cidade possui diferentes ritmos de controle espaço-temporal, que se alternam, caracterizando-a como uma cidade polifônica. Posteriormente estudadas, selecionadas e articuladas, tais informações podem resultar na compreensão e descrição de uma metrópole, que no caso de Canevacci e suas experiências em São Paulo resultaram em sua aclamada obra sobre a cidade.

34 | PALIMPSESTO URBANO • RUA AUGUSTA


11. Capa do livro A Cidade PolifĂ´nica.

12. Capa da revista Esboços n.11.


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13.

Museu de Arte de SĂŁo Paulo. Pedro Kok. Fonte: Archdaily.com


Memória | Espaço Síntese

1

É importante ressaltarmos que a história não apenas contribui para o conhecimento da população, como também tem o poder de auxiliar a construção de um futuro mais consciente e responsável em relação ao destino da cidade e seu espaço urbano. A memória é um produto imprescindível para o estudo das cidades, pois é através do conjunto de recordações que a relação de identidade dos habitantes com a cidade se concretiza, mantendo-a viva. Toda cidade apresenta locais com força representativa e/ou simbólica capazes de envolver afetivamente a população, assumindo uma condição definida como espaço-síntese, de grande importância. A articulação entre as camadas da memória, os espaços-síntese e as demais faces da cidade, pode também ser definida como um palimpsesto, deixando claro que, independente das transformações e alterações enfrentadas, a cidade deve guardar, proteger e analisar seu passado, pois ele será determinante para uma melhor compreensão e possível ação no presente e no futuro.

1

O desenvolvimento do texto foi baseado nos conceitos descritos na obra: Revista Digital Vitruvius.

ORTEGOSA, Sandra Mara. Cidade e memória: do urbanismo “arrasa-quarteirão” à questão do lugar. 10, set. 2009. 37


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2 SÍTIO


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CIDADE | SÃO PAULO

Formação e Crescimento

1

A cidade de São Paulo foi fundada em meados do século XVI pelos jesuítas, descoberta durante a busca por um local seguro para se instalar e catequizar, sendo inicialmente chamada de povoado do Piratininga. A região compreendida entre o rio Tamanduateí e o ribeirão Anhangabaú recebeu o título de cidade de São Paulo no século XVIII, época que servia principalmente como ponto de partida das expedições Bandeirantes. O local praticamente manteve seu sítio original durante seus três primeiros séculos, até receber a ferrovia, em meados do século XIX, impulsionando seu crescimento desenfreado. Ao longo do século XIX a cidade tornou-se um núcleo intelectual, político, e finalmente econômico, no final do século, graças à expansão cafeeira e 1

O desenvolvimento do texto foi baseado em informações fornecidas na obra: TOLEDO, Benedito

Lima de. São Paulo: três cidades em um século. Editora Cosac & Naify / Duas Cidades. São Paulo, 2004.

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posteriormente, ao longo do século XX, pela diversificação do comércio e serviços, recebendo milhares de migrantes e imigrantes. O espraiamento de sua ocupação e a verticalização do centro acompanham o grande crescimento populacional, desencadeando o surgimento de novos bairros e ocupações irregulares. A imagem de São Paulo passou por constantes alterações, alcançando um nível incontrolável, a partir das transformações acarretadas pelos empreendimentos imobiliários. A cidade que foi reconstruída diversas vezes sobre um mesmo assentamento, vive por enquanto, sem fim, neste ciclo vicioso.

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ASSUNTO

FOTOS

TÍTULO CAPÍTULO | 43

14. Vista aérea do centro de São Paulo. Marcos Hirakawa.


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15. Vista do EdifĂ­cio Altino Arantes, no centro da cidade. JosĂŠ Cordeiro. Fonte: Spturis.com.br.


REGIÃO | CENTRO

Centralidades O desenvolvimento da cidade de São Paulo foi caracterizado por marcada centralidade.No início do século XX, o centro era constituído pelo Triângulo Histórico, situado entre as ruas Direita, XV de Novembro e Boa Vista, local onde se dava o consumo, o comércio e os negócios das elites, com apenas traços de ocupação popular. Em 1911, o centro já se encontrava congestionado, e diversos projetos foram realizados para sua expansão em direção ao Vale do Anhangabaú, com criação de espaços livres em meio aos monumentais edifícios construídos na região central desde 1891, entre os quais a Escola Normal de São Paulo (hoje sede da Secretaria Estadual de Educação), a Pinacoteca do Estado e o Teatro Municipal. Com o Plano das Avenidas de Prestes Maia, o centro pôde se expandir de forma radial, com a construção de avenidas como a Nove de Julho, Consolação, Rio Branco, do Estado e Rangel Pestana, que o conectavam diferentes áreas da cidade. 45


O desenvolvimento do comércio e empresas entre a Praça Ramos de Azevedo e a Praça da República, acabou por dar a São Paulo um centro metropolitano dividido entre um centro tradicional, cujo ponto focal era a Rua Direita, e um centro novo, ao redor da rua Barão de Itapetininga. Tais centros, que floresceram em diferentes épocas, retratam as duas fases da industrialização da cidade, entre 1910 e 1940 e no período entre 1940 e 1960, respectivamente. Foi apenas com o “milagre brasiliero” entre 1968 e 1973, que o conceito de centralidade da cidade foi alterado, com a consolidação da Avenida Paulista como poderoso sub-centro paulistano. O processo de popularização do centro, que se fortaleceu a partir dos anos 60, coincidiu com a queda do valor dos imóveis e transferência dos bancos e empresas para outros sub-centros, resultando na deterioração e esvaziamento econômico da região central. A partir dos anos 1970, vemos então um deslocamento da centralidade metropolitana para o sub-centro Paulista e o vetor sudoeste, com fortalecimento da importância da Avenida Faria Lima, da Marginal PInheiros e do surgimento do Centro Berrini. Já no início da década de 1990, logo após a comemoração do centenário de sua fundação e sua consagração como simbolo da cidade, a Avenida Paulista começou a dar sinais de deterioração, e o mau estado de seus edifícios e esgotamento de estoque construtivo, associados à ausência de políticas públicas de conservação ganharam visibilidade. 46


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16.

21-01-2015 - São Paulo - Avenida Paulista. Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas


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17. Rua da Consolação em 1969. Autor desconhecido. Fonte: Estacoesferroviarias.com.br


BAIRRO | CONSOLAÇÃO

Histórico | Chácara do Capão

1

Semelhante à uma fazenda, a área referente à Chácara do Capão era definida pelo seu perímetro, iniciando-se pelo segmento mais a oeste, em direção a sudoeste, composta pela Rua da Consolação, a partir da esquina com a Rua Caio Prado, seguida pela Estrada de Pinheiros, atual Avenida Rebouças, até a Rua Gabriel Monteiro da Silva. Desviando-se a nordeste, segue a Estrada das Boiadas, atual Avenida Pedroso de Moraes, até o encontro com o segmento mais a leste, iniciando na esquina da mesma com a Estrada de Santo Amaro, chamada posteriormente de Rua Caaguaçu até ser atualmente denominada Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, ascendendo ao Morro dos Ingleses.

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O desenvolvimento do texto foi baseado em informações fornecidas sobre o bairro da Consolação

na obra: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22)

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Prosseguindo o segmento através de uma área alagada de pequenos rios, onde ali se instauraria futuramente a Avenida Nove de Julho, em direção à Rua Martinho Prado, fechava-se o perímetro do Capão neste segmento, na altura da região alagadiça do Tanque Reiuno com a Rua Caio Prado.

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18.

Rua da Consolação, 1956, com autos e bondes. Fonte: Acervo Folha de S. Paulo.


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19.Chácara do Capão. Fonte: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação.


20.

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – 1884.

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21. Santa Casa. Fonte: Deviantart


Instituições e Igrejas

1

São Paulo Athletic Club | São Paulo Atlético Clube O São Paulo Athletic Club (SPAC), conhecido como Clube dos Ingleses, foi inaugurado em 1888 entre a Rua da Consolação e a Rua Maria Augusta (atual Rua Augusta), na altura da Rua Dona Antônia de Queiroz. Considerado como o primeiro clube da cidade, originalmente teve como objetivo recepcionar a colônia inglesa presente na cidade, como também para proporcionar o convívio social em suas dependências. Santa Casa de Misericórdia A concepção da construção da nova Santa Casa de Misericórdia ocorreu no ano de 1878, mas sua inauguração só foi realizada no dia 31 de agosto de 1884. O conjunto edificado localiza-se até hoje no quarteirão compreendido pelas ruas Dona Veridiana (atual Rua Santa Isabel), Jaguaribe (atual Rua Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe), Marquês de Itú e Dr. Cesário Mota.

1

O desenvolvimento do texto foi baseado em informações fornecidas sobre o bairro da Consolação

na obra: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22) 53


Primeira Igreja Presbiteriana | Catedral Evangélica de São Paulo O culto presbiteriano chegou ao Brasil em meados de 1862 no Rio de Janeiro, levando três anos para a sua chegada na cidade de São Paulo. A concepção da Primeira Igreja Presbiteriana de São Paulo ocorreu no dia 5 de março de 1865, na Rua São José. A igreja foi transferida para a Rua 24 de Maio, inaugurando em 6 de janeiro de 1884, estabelecendo-se ali até o ano de 1953, ao mudar para a Rua Nestor Pestana, sendo renomeada em sua inauguração para Catedral Evangélica de São Paulo no dia 25 de janeiro de1955. Igreja Matriz da Nossa Senhora da Consolação A construção da igreja iniciou em setembro de 1910, apresentando-se quase pronta em 1934, porém foi definitivamente concluída em meados de 1959 ao terminar o acabamento da torre com 71 metros de altura, levando aproximadamente quatro décadas por conta de atrasos decorrentes de problemas financeiros.

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55

22.

Catedral Evangélica de São Paulo. Marcelo T.

23.

Igreja N. S. da Consolação. Própria autoria.


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24.

Praça da República. Vista do Terraço Itália. Silvio Tanaka. Fonte: Flickr.com


Espaços Públicos

1

Praça Sete de Abril | Praça da República Antigo sítio deserto e pasto de animais em meados do ano 1850, a Praça Sete de Abril, conhecida também como Largo dos Curros, começou a receber construções vizinhas decorrente do crescimento da região central por volta do ano 1875, até que elas chegaram em seu perímetro em 1900. A praça foi renomeada para Praça da República em homenagem à Proclamação da República em 1889, sendo reformada posteriormente, em 1909, conferindo-lhe amplitude, arruamento, arborização e gramados. Recepcionava eventos como desfiles militares do Sete de Setembro e de 15 de Novembro, festas religiosas da Santa Cruz da Rua do Pocinho e também apresentações musicais da antiga Força Pública, mas principalmente sempre foi reduto de estudantes. ... e “a praça é do povo, como o céu é do condor”... pois nela continuaram os estudantes. (Jorge, s.d., p.136)2 1

O desenvolvimento do texto foi baseado em informações fornecidas sobre o bairro da Consolação

na obra: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22) 2

JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do

Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22) 57


25.

Largo dos Curros. Fonte: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica.

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26.

Lago e ponte em arco da praça da República, década de 1910. Fonte: IMS Instituto Moreira Salles


Rua Real Grandeza | Avenida Paulista A Avenida Paulista, antiga Rua Real Grandeza, foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891 e durante as primeiras décadas do século XX foi ocupada predominantemente por elites cafeeiras e industriais estrangeiros. A partir da década de 1940, a avenida passa por significativas mudanças em termos de verticalização, incialmente residencial e então comercial, e acaba por abrigar edifícios que se tornaram símbolos da arquitetura brasileira, como o Conjunto Nacional, o Edifício Cásper Líbero, o Masp, o edifício sede da Fiesp e o Instituto Cultural Itaú. Parque Siqueira Campos | Parque Trianon 1912 Esplanada do Trianon, composta por um belvedere e um parque, anteriormente conhecido por Villon, porém foi renomeado para Parque Siqueira Campos em 1931 e é atualmente conhecido como Parque Trianon. O Belvedere deu lugar ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, MASP, de Lina Bo Bardi.

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27. Aquarela da Avenida Paulista recĂŠm inaugurada , 1891. Jules Victor AndrĂŠ Martin.

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28.

Avenida Paulista em 1902. Foto: Guilherme Gaensly


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29.

Vista aĂŠrea do Parque Trianon. Christian Knepper/Embratur. Fonte: Uol.


30.

Visconde de Porto Seguro. 1950 .

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31. Edifício da Escola Normal da Praça da República. Fonte: Poliantéia


Educação

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Casa da Educação | Seminário das Educandas A Casa da Educação foi idealizada em 1825 por Lucas António Monteiro de Barros, primeiro presidente da Província de São Paulo, localizando-se na chácara da Rua Glória. Posteriormente foi transferida para a Ladeira de Santa Ifigênia em 1875, até que em 1898 mudou-se novamente, para a Rua da Consolação, sendo renomeada para Seminário das Educandas, ocupando as instalações que o Colégio Morton utilizou desde 1873. Colégio Morton Fundado em 1873 pelo missionário presbiteriano Nash Morton, o Colégio Morton ocupou um edifício ao lado da Igreja Nossa Senhora da Consolação, porém foi repentinamente fechado em meados de 1882 por problemas financeiros.

1

O desenvolvimento do texto foi baseado em informações fornecidas sobre o bairro da Consolação

na obra: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22) 63


Escola Alemã | Deutsche Schule | Visconde de Porto Seguro Em setembro de 1878, representantes da colônia alemã debateram sobre a formação de uma escola germânica para seus filhos imigrantes. A fundação da Escola Alemã ocorreu no ano de 1889, localizada em um prédio na Rua da Constituição (atual Rua Florêncio de Abreu). Transferiu-se por falta de espaço para a Rua Olinda, tendo a construção do novo edifício iniciada em 1911, a inauguração da escola foi realizada em 1913, quando foi renomeada para Olinda Deutsche Schule. Durante a Segunda Guerra Mundial a escola nacionalizou-se em 8 de setembro de 1942, tendo que ser renomeada novamente, agora como Visconde de Porto Seguro, nome mantido até hoje. O colégio mudou-se no ano de 1974 para o bairro do Morumbi, em decorrência do crescimento e movimentação da cidade. O imóvel que o sediava foi tombado pelo CONDEPHAAT em 1975, sendo posteriormente ocupado em 1976 pelo primeiro grau da Escola Caetano de Campos.

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Escola Normal | Escola Normal “Caetano de Campos” A Escola Normal foi fundada no dia 16 de junho de 1846, localizada entre as ruas da Imperatriz (atual Rua Quinze de Novembro), do Comércio (atual Rua Álvares Penteado) e do Palácio, futura Rua das Casinhas (atual Rua do Tesouro). O Ministério da Instrução Pública foi criado em meados do ano 1882, após uma reforma educacional nos níveis primário e secundário de ensino, regulamentados em 1890. A mudança no ensino levou à transferência da Escola Normal para a Praça da República, tendo a construção do seu novo edifício iniciado no ano de 1892. A nova escola foi inaugurada no dia 2 de agosto de 1894, sendo renomeada para Escola Normal Caetano de Campos. A escola mudou-se posteriormente para um prédio na Rua Pires da Mota, como também para as antigas instalações do Colégio Visconde de Porto Seguro na Praça Roosevelt. O edifício da antiga escola na Praça da República recepciona desde então a Secretaria Estadual da Educação.

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Colégio Anglo-Brasileiro | Colégio São Luís Fundado em 1899 por Charles Wicksteed Armstrong, o Colégio AngloBrasileiro localizava-se na Avenida Paulista, até ser transferido para a cidade do Rio de Janeiro em 1917. O Colégio São Luís mudou-se de Itú para São Paulo em 1918, ocupando as instalações da antiga escola.

Escola Americana | Universidade Presbiteriana Mackenzie Em 1871, funda-se no bairro da Consolação a Escola Americana por iniciativa dos missionários George e Mary Ann Annesley Chamberlain. O curso de engenharia teve início em 1896, com diplomas expedidos pela Universidade de Nova Iorque. Com a criação de outras três escolas superiores entre 1946 e 1950, o Mackenzie foi reconhecido como universidade por Getúlio Vargas em 1952.

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Grupos Escolares O bairro da Consolaçao teve seu primeiro Grupo Escolar em inaugurado em 1912, mas a demanda resultante do aumento populacional levaram à criação de um um segundo grupo escolar na esquina da Rua da Consolação com a Rua Antonia de Queiroz, com o nome de São Paulo. Este foi reformado e ampliado em 1941 e foi posteriormente rebatizado como G. E. Maria Cintra. Outras instituições Diversas outras instituições privadas de ensino se alojaram na região, mas, por diversos motivos, acabaram sendo fechadas. Entre elas estão o Ginásio Santa Isabel, que funcionou entre 1934 e 1942, o Firmino Proença, que se estabeleceu na esquina da Rua da Consolação e a Rua Luiz Coelho entre 1935 e 1941, e o Ginásio Paes Leme, que operou entre 1935 e 1947 na esquina com a Avenida Paulista. Ainda, nota-se a presença do Ginásio Arouche, da Faculdade Paulista de Filosofia, Ciências e Letras, do Colégio Osvaldo Cruz e do Externato Ofélia Fonseca.

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32.

Colégio São Luís na Avenida Paulista. Década de 40.


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33.

Mackenzie na dĂŠcada de 50.


34.

Teatro São José em 1874.

35.

Teatro São José em 1900.

70


Cultura

1

A construção de teatros na cidade de São Paulo recebeu incentivos a partir do dia 2 de maio de 1895 com a lei nº159, concedendo isenção de impostos em sua construção, sendo aperfeiçoada no dia 24 de janeiro de 1898 com a lei nº 336, conferindo maiores facilidades para novos teatros. Teatro São José Inaugurado no dia 4 de setembro de 1864 no Pátio da Cadeia, futuro Largo Municipal (atual Praça João Mendes), o Teatro São José foi destruído por um incêndio ocorrido no dia 1 de janeiro de 1898. O novo teatro começou a ser construído em abril de 1907 entre as ruas Formosa e Coronel Xavier de Toledo, local próximo ao Teatro Municipal, na época também em construção. Funcionou no intervalo de sua inauguração, no dia 28 de dezembro de 1909, até o seu fechamento, ocorrido em 1923, sendo posteriormente demolido para receber a sede da fornecedora de energia elétrica The São Paulo Light and Power, que foi inaugurada em abril de 1929. 1

O desenvolvimento do texto foi baseado em informações fornecidas sobre o bairro da Consolação

na obra: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22)

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Teatro Municipal2 A concepção do teatro foi feita pelo primeiro prefeito da cidade, Antonio da Silva Prado, almejando elevar a qualidade de São Paulo ao propor o teatro da capital. Sua construção iniciou-se em junho de 1903, sendo inaugurado como Teatro Municipal em 12 de Setembro de 1911. O arquiteto Ramos de Azevedo inspirou-se na Ópera de Paris e incorporou à fachada elementos renascentistas e barrocos, criando uma edificação tida como ousada na época. Nos mais de cem anos de sua história, o teatro recebeu artistas consagrados de todo o mundo e inclusive sediou um dos mais importantes eventos da história cultural brasileira, a Semana de 22, que deu início ao movimento modernista brasileiro.

2

Fonte: <http://theatromunicipal.org.br/espaco/theatro-municipal/#historia>

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73

36.

Teatro Municipal em 1911. Foto: Guilherme Gaensly.


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37. Rua Augusta com projeções em 2012. Foto: Bia Ferrer


ÁREA | RUA AUGUSTA

Escolha O método adotado para definir a área de intervenção partiu da premissa de identificar um local que exemplifique de modo direto e sintético toda cidade de São Paulo. A Rua Augusta, de acordo com Massimo Canevacci, foi reconhecida como o melhor exemplo ao se apresentar como uma rua chave para a compreensão da cidade, exprimindo o estilo e a cultura da metrópole, representando o conceito de palimpsesto urbano.

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“O eixo cartesiano formado pelo seu cruzamento com a Avenida Paulista exprime a possibilidade de concentração, representação e resumo das vozes polifônicas de toda a cidade. ”, “Percorrê-la significa atravessar tempos diversos no mesmo espaço, ou seja, espaços diversos ao mesmo tempo. ” (Canevacci, 1997, p. 216) 1

1

CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana.

Editora Studio Nobel. São Paulo, 1997.

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38.

Rua Augusta em 1969.

39.

Rua Augusta, no fim da década de 1980.

40.

Rua Augusta, lado Jardins nos dias de hoje.

41.

Rua Augusta em 1973.

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78


Trajetória Histórica A Rua Augusta foi criada em 1891 com o intuito de ser a principal ligação entre a região central e a Avenida Paulista, apresentando inclinação tênue, garantindo a possibilidade de locomoção peatonal. Ao longo da via o comércio de luxo difundiu-se e a região se desenvolveu, até que no final da década 60 o declínio da rua teve início, por conta do crescimento da cidade e espraiamento das camadas abastadas, levando à sua desvalorização. Decadente, a rua transformou-se em um roteiro de prostíbulos, tornandose um destino de executivos, característica que perdurou por décadas, de 1970 a 2000. Porém no início do século XXI sua imagem foi renovada, através da personificação sociocultural do mundo underground, onde artistas e intelectuais identificaram-se com a rua e sua diversidade, passando a defendê-la, representá-la. Assim, a rua que abriga diversos edifícios de uso misto, desde meados da década de 50, quando emergiram na cidade, passou a receber cada vez mais a atenção comercial e imobiliária, conduzindo à transformação de uma rua esquecida em uma rua chave e cheia de vida.

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80

42.

“A louca do Juquery”, 1930, de René Thiollier [Acervo Fundação Biblioteca Nacional]


Seu Nome É fato inequívoco que sua urbanização foi realizada por Mariano Antonio Vieira, mas a origem do nome da Rua Augusta é incerta. Embora alguns pesquisadores aleguem que a via pode ter sido chamada Rua Maria Augusta, não há nenhum registro oficial deste nome, e em sua primeira representação cartográfica em 1897, já figura o nome Rua Augusta. A página eletrônica do Arquivo Histórico de São Paulo1 nos informa que há indícios que o Mariano Antonio Vieira não quis homenagear nenhuma pessoa, mas sim utilizar-se do adjetivo augusta. Já a historiadora, crítica e curadora de arte Aracy Amaral nos oferece uma outra versão2, baseada em relatos colhidos por ela, de que o nome da Rua Augusta teria sido inspirado por uma imigrante órfã, Augusta Cinegalia, que acabou por terminar sua vida em um asilo de loucos e que teria servido também de inspiração para o livro de contos A louca do Juquery, de René Thiollier.

1

<http://www.dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/ListaLogradouro.aspx>

2

<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/15.084/5232> 81


82

43.


Atualidade A região do centro, precisamente do Baixo Augusta, possui atualmente um forte caráter sociocultural, pois é ao longo da Rua Augusta que se concentra um eixo artístico-cultural intenso. Este roteiro vem sendo consolidado nos últimos 10 anos, graças ao crescente uso do local por estabelecimentos e atividades culturais, bares, clubes noturnos, livrarias, salas de cinema e espaços cênicos. Em levantamento realizado em fevereiro de 2015, podemos constatar que atualmente, no trecho da Rua Augusta entre a Praça Roosevelt e a Avenida Paulista, cerca de 17% dos edifícios são utilizados pelo setor de serviços, enquanto quase 9% deles estão ocupados por instituições como escolas, instituições de ensino e bancos. 10% dos imóveis estão destinados aos fins culturais mencionados acima, a mesma porcentagem ocupada por imóveis residenciais. O maior contingente de edifícios, 29% possui uso comercial, sendo que 17% dos imóveis possuem uso misto, com atividades comerciais no piso térreo e uso residencial nos pisos superiores.

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Em relação ao estado de conservação dos edifícios, nota-se que sua maioria, 36%, encontra-se em bom estado, seguido de imóveis em estado regular (30%) e de edificações em ótimo estado de conservação (22%), notadamente aquelas de uso comercial. Edifícios em péssimo estado constituem 12% do montante total, um percentual alto para um área tão valorizada. Já no tocante à verticalização dos edifícios na Rua Augusta, podemos notar que embora 49% dos edifícios possuam mais de três pavimentos, cerca de 38% das edificações possuem apenas dois pisos e 13% delas são térreas. A tendência à verticalização fica clara, no entanto, ao se observar que 14 edifícios estavam em construção no referido trecho da Rua Augusta à época do levantamento, constituindo-se majoritariamente de novos empreendimentos residenciais ou comerciais com mais de 10 pavimentos.

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44.

Augusta à noite nos dias de hoje.

45.

46.

Augusta à noite nos dias de hoje.

47. Augusta à noite nos dias de hoje.

Augusta à noite nos dias de hoje.

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48.

Parque Augusta. Fonte: Google Earth.


TERRENO | PARQUE AUGUSTA

Localização e Aspectos

1

O território escolhido para desenvolver o projeto final de graduação localizase na região central da cidade de São Paulo, no quadrilátero formado pelas ruas Marquês de Paranaguá, Caio Prado, Rua da Consolação e Rua Augusta. Atualmente chamado de Parque Augusta, a área é um exemplar remanescente da mata atlântica da cidade, que está atualmente correndo risco de existência por conta da especulação imobiliária presente nesta região. O terreno possui 24.750 m2 de área, dividido em três lotes, cada um com matrícula própria. Quarenta por cento (40%) do espaço é ocupado por um bosque e o restante da área encontra-se cimentada. O desnível entre as ruas Marquês de Paranaguá e Caio Prado é de aproximadamente 13m em direção ao centro da cidade. 1

Revista Organismo Parque Augusta. São Paulo, n. 1, mai./jun. 2014.

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49.

Vista aérea do Parque Augusta. Fonte: Aliados do Parque Augusta/Divulgação

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50.

Vista aérea do Parque Augusta. Fonte: Veja.


51.

Vista aérea do Parque Augusta. Foto: Daniel Guimarães.

52.

Vista aérea do Parque Augusta. Fonte: Metro News

89


90

53.

Letreiro de neon na Rua Augusta. Autoria Prรณpria.


Trajetória Histórica O local já abrigou a antiga Vila Uchôa de Victor Dubugras, composta por um casarão de 1902 da elite cafeeira. Em 1907, recebeu as Irmãs Cônegas Regulares de Santo Agostinho, oriundas da Bélgica, reconhecidas como importantes educadoras. Em 1913, deu-se a inauguração do Colégio das Cônegas de Santo Agostinho - Colégio Des Oiseaux (Dos Pássaros), que aí operou no período de 1907 a 1969, seguindo a organização colegial francesa em regime de semi-internato, com manutenção de agremiações acadêmicas. A especulação imobiliária e o anúncio, em 1967, dos planos de construção no local do edifício mais alto da América do Sul, levaram à transferência do colégio para a rua Gabriel Monteiro da Silva, sob o nome de Externato Madre Alix, e suas instalações foram vendidas e posteriormente utilizadas pelo Equipe Vestibulares, curso pré-vestibular que funcionou no casarão até sua demolição, em 1975. Além do uso educacional, o terreno, já não mais edificado, abrigou o Projeto SP, um misto de circo, casa de espetáculos e espaço para atividades culturais, que entre os anos de 1985 e 1987 recebeu diversas apresentações musicais, nacionais e internacionais. O local ainda foi utilizado como estacionamento entre 1995 e 2013.

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92

54.

Vila UchĂ´a de Victor Dubugras .


93

55.

ColĂŠgio Des Oiseaux. Nelly Martins Ferreira / Arquivo.


94

56.

Protesto contra a reintegração de posse do terreno do Parque Augusta. Autoria Própria. 2015.


Movimentos Sociais Ao longo de todos esses anos, muitas organizações e indivíduos batalham pela existência e preservação do parque. Os Aliados do Parque e a SAMORCC (Sociedade dos Amigos, Moradores, Comércio e Serviços de Cerqueira César) responsabilizam-se há mais de dez anos pelas ações jurídicas e políticas da causa. Atualmente o apoio ao parque cresceu consideravelmente em razão do florescimento de movimentos socioculturais em busca e defesa de espaços públicos de qualidade na cidade, da crescente especulação imobiliária na região e, enfim, da recente iniciativa de ocupação e construção por parte dos proprietários dos lotes.

95


57.

Muro do Parque Augusta. Autoria Prรณpria. 2015.

58.

Muro do Parque Augusta. Autoria Prรณpria. 2015.

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59.

Muro do Parque Augusta. Autoria Prรณpria. 2015.

60.

Muro do Parque Augusta. Autoria Prรณpria. 2015.

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61. Intervenção na grade do Parque Augusta.


OPA | Organismo Parque Augusta O grupo mais recente em prol da causa do Parque Augusta denomina-se OPA (Organismo Parque Augusta), formado em meados de 2013, composto por mais de 250 participantes. O movimento possui como princípios a autogestão, horizontalidade e heterogeneidade, abstendo-se de líderes e organizações oficialmente representativas. Suas ações são definidas em assembleias públicas e são devidamente aplicadas diretamente nas ruas ou virtualmente. Seus principais objetivos são: manter os portões de acesso abertos, impedir a construção de prédios no terreno, definição de seu uso em 100% público e criação posterior de novos métodos de gestão para espaços públicos.

99


100

62.

PortĂŁo tombado de acesso ao parque.


Tombamento O órgão CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo) foi concebido pela prefeitura de São Paulo cujo objetivos são reconhecer, preservar e zelar pelo patrimônio cultural da cidade. Associado ao DPH (Departamento de do Patrimônio Histórico), porém interdependentes, atuam de forma conjunta ao solicitar tombamentos, como também deliberar sobre os mesmos. Foram realizados diversos tombamentos em dezembro de 2004 através do Conpresp, entre eles estão o bosque ao fundo do terreno, as reminiscências do antigo Colégio Des Oiseaux, o portal principal, o portão de servidão, a casa do bosque e os muros que circundam o parque. Estão previstos nesta lei o limite de gabarito para novas construções a serem realizadas, que no lote do bosque não devem ultrapassar 36 metros de altura e no outro lote até 46 metros, como também o recuo mínimo de distância do bosque, de 10 metros.

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63.

Asfalto da Rua Augusta. Lรก embaixo tem um parque. Autoria Prรณpria. 2014.


Proprietário

1

Sabe-se que, desde 1996, o terreno pertencente ao ex-banqueiro Armando Conde passou por inúmeras tentativas malsucedidas de venda e construção, até que em 2013 foi realizado um negócio de compra com as empresas Setin e Cyrela. A negociação sofreu dificuldades por conta do Direito de Preempção, Termo de Ajuste de Conduta e dívidas ativas de IPTU. Logo, firmou-se um contrato entre particulares para as empresas Albatroz, entre seus sócios a Setin, e Flamingo, entre seus sócios a Cyrela. Apesar de ainda constar o nome de Armando Conde na matrícula do terreno, são os representantes da empresa Setin que comparecem às negociações com a prefeitura, pois são eles que gerem e financiam as despesas do local.

1

O desenvolvimento do texto foi baseado em informações fornecidas na obra: <http://acervo.estadao.

com.br/noticias/acervo,parque-na-augusta-um-impasse-de-40-anos,9208,0.htm> 103


104


3 PROJETO


106


PROJETO | ECOAR PARQUE AUGUSTA Baseia-se em um parque que conta com uma Escola Contemporânea de Arte, denominada ECOAR, um teatro enterrado defronte à Rua Caio Prado, chamado Teatro Parque Augusta, um teatro externo coberto por uma cobertura tensionada e um bosque com módulos cobertos. A escola se desenvolve em um edifício institucional paralelo à calçada da Rua Augusta. Nele constam um Piso Semienterrado, que abriga salas de aula de cursos livres de arte, um Piso Pilotis, que apresenta um mirante com café e acesso público, e um Piso Elevado, que conta com uma biblioteca em uma extremidade, com um acervo de 40.000 títulos e um setor especializado em artes, e um espaço para exposições e eventos na outra extremidade. Completam o programa um teatro enterrado, com acesso para a Rua Caio Prado, cuja cobertura recepciona um teatro externo, coberto por uma estrutura tensionada para atividades espontâneas externas, com uma plateia jardinada que dá acesso a mais um mirante. O bosque recebe intervenções pontuais com módulos, ditos folies, estruturas cobertas propícias a recepcionar práticas diversas de atividades ao ar livre, no meio da mata. 107


108

64.

Perspectiva Externa do projeto.


Justificativa A ECOAR deverá cumprir um papel sociocultural por apresentar um programa de cunho público e educativo em um terreno que historicamente apresenta forte caráter educacional, já tendo abrigado um tradicional colégio da cidade. Além disso, o projeto poderá atender aos anseios de uma crescente parcela da população da cidade, que por meio de movimentos políticosociais defende a destinação de áreas urbanas remanescentes para uso público, em oposição à saturação dos espaços edificados, especialmente no centro da cidade. Tal desejo popular de mantê-lo aberto e público poderá ser complementado pela implantação de equipamentos de cunho educacional, artístico e cultural, que poderão ser usufruídos por moradores do entorno, assim como frequentadores da região que estejam envolvidos de forma direta e indiretamente com a arte e cultura. Assim, pretende-se com este projeto que os caráteres político e cultural que a Rua Augusta apresenta desde sua concepção sejam mantidos e reforçados.

109


110

65.

Perspectiva Externa do projeto.


Partido Térreo Livre O partido consiste na liberação do térreo, evitando na medida do possível construções que venham a bloquear a vista da mata presente no fundo do terreno. A implantação do projeto acompanhou tal diretriz, desenvolvendo-se em um edifício lâmina, paralelo à Rua Augusta, composto por um piso semienterrado e um piso elevado sobre pilotis. Integração Verde-Urbano O bosque do Parque Augusta é tombado, portanto deve ser protegido e mantido, independentemente do uso destinado ao terreno. O projeto prevê além de sua preservação, sua inclusão ao programa proposto. Dois outros usos foram inseridos na área descampada entre o edifício escola e o bosque, um teatro enterrado e acima dele um teatro arena aberto, coberto por uma tensoestrutura

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RUA MARQU¯S DE PARANAGUÈ

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RUA AUGUSTA

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66.

Implantação.


ECOAR | Escola Contemporânea de Arte A Escola A escola foi desenvolvida em um edifício lâmina, apresentando-se cortada ao meio nas três direções: longitudinalmente por uma passagem pública, conferindo-lhe um piso pilotis, transversalmente por uma passagem também pública, porém de acesso direto ao parque, da Rua Augusta para o interior do lote, e verticalmente pela circulação vertical do edifício, conectando todos os pavimentos com uma escada aberta e dois elevadores. A inserção da instituição próxima à rua, a 7m de distância da calçada, foi proposital para recepcionar tais travessias públicas, afim de servir como um portal principal para o parque e para a escola. O cruzamento de acessos e circulações promovem o contato dos pedestres que circulam pela rua e acessam o parque com os usuários e funcionários da escola. Os materiais empregados, como o vidro, para o fechamento das instalações, e o muxarabi de madeira, servindo de segunda pele protetora para o edifício, permitem as pessoas terem uma percepção visual das atividades ali desenvolvidas.

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767.00 m

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767.00 m

7.50 m

RUA MARQU¯S DE PARANAGUÈ

7.50 m

C* ACESSO TEATRO CIRCULAÇ‹O HORIZONTAL

A*

764.00 m

RUA CAIO PRADO

DESCE

5.00 m

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EE I = 20%

6.25 m

RAMPA DE ACESSO ESTACIONAMENTO

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FF 17

SOBE

6.25 m

A

TALUDE

TALUDE Talude

ACESSO EM N¸VEL

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

DEPÏSITO BANHEIRO | VEST. MASC. Pð

SALA DE AULA TEATRO EXPRESS‹O CORPORAL

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

SALA DE AULA MÐSICA CONJUNTA

SALA DE AULA MÐSICA SEPARADA

768.00 m

768.00 m

SALA DE AULA MÐSICA SEPARADA

768.00 m

768.00 m ESTÐDIO GRAVAÇ‹O VOCAL INSTRUMENTAL

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

SALA DE AULA MÐSICA

ESTÐDIO DE GRAVAÇ‹O BANDA Pð

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

SALA DE AULA PRODUÇ‹O MUSICAL

768.00 m

WC DEF. BANHEIRO | VESTIÈRIO MASC.

E

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

768.00 m

WC DEF.

CORNER DOCES

SOBE

768.00 m

DESCE

768.00 m Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

SALA DE AULA ESTÐDIO FOTOGRÈFICO

COPA SALA DE AULA DANÇA

Espelho

768.00 m

768.00 m

DIRETOR

768.00 m

SALA DE AULA PINTURA 768.00 m

SALA DOS PROFESSORES Pð

768.00 m

D

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

CORNER CAFÉ

STAFF ONLY Pð

Barra de Dança

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

SALA DE AULA ESTÐDIO FOTOGRÈFICO

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

BANHEIRO | VESTIÈRIO FEM. Pð

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

Painéis Proteção Acústica Proteção à Insolação

ACESSO EM N¸VEL

SOBE

F

DESCE

6.25 m

6.25 m

BANHEIRO | VEST. FEM. Pð

SALA DE AULA DESENHO

6.25 m

Balcão de Atendimento

SECRETARIA SALA DE AULA DESENHO

3.75 m

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3.75 m

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8.75 m

8.75 m

5.00 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

RUA AUGUSTA

114

67. Planta do Piso Semienterrado.


Piso Semienterrado O Piso Semienterrado foi projetado desta maneira para aproveitar a diferença de cota presente nesta parte do terreno, com mais de 5 metros de desnível, entre os Rua Caio Prado e a Rua Marquês de Paranaguá, facilitando o acesso ao edifício. O acesso é realizado tanto em cota na sua extremidade, pela Rua Caio Prado, como pela escadaria da Rua Augusta, que serve de acesso para o parque, localizada no centro do pavimento. É conectado aos outros pavimentos da escola através da circulação vertical com dois elevadores e escada aberta. Com dimensão de 132m por 12,5m, nele estão localizadas todas as salas de aula da escola de arte, sanitários para o corpo docente e também as áreas administrativas da instituição.

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5.00 m

BB PLATÉIA EXTERNA ARENA

ACESSO VERTICAL ARENA - TEATRO Pð

CC

C* ARENA EXTERNA

771.00 m

768.75 m

MIRANTE

COBERTURA TENSOESTRUTURA

FOOD PARK FOOD TRUCKS

B*

MIRANTE

771.00 m

757.00 m

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RUA CAIO PRADO

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I = 20%

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768.00 m

CORREDOR ESCOLA

CORREDOR ESCOLA

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ACESSO ¤ RUA CAIO PRADO

PILOTIS

PILOTIS

771.50 m

771.50 m

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CAFÉ BISTROT DESCE

771.65 m

6.25 m

ACESSO AO PILOTIS EM N¸VEL

SOBE

771.65 m

E 768.00 m

CORREDOR ESCOLA

CORREDOR ESCOLA

ACESSO EM N¸VEL

768.00 m

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DESCE

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G 8.75 m

8.75 m

8.75 m

5.00 m

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8.75 m

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8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

5.00 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

RUA AUGUSTA

116

68.

Planta do Piso Pilotis.


Piso Pilotis Este pavimento foi desenvolvido para servir de passagem pública. Com o objetivo de torná-lo um espaço agradável e convidativo, foram adotados diversos aspectos projetuais: Apresenta-se em grande parte coberto, pelo pavimento do Piso Elevado, sendo capaz de proteger os transeuntes da chuva e do sol; Tem grande parte do seu piso gramado, dando continuidade ao piso verde predominante do parque, dando a sensação de livre acesso e circulação, Recepciona com um mobiliário urbano em efeito piano os usuários, que podem se acomodar em diversas escalas, apoiando-se nos guardacorpos, sentando-se nos bancos e cadeiras presentes, como também se protegendo debaixo de pergolados cobertos e guarda-sóis; Atende os frequentadores com um mirante, oferecendo-lhes um momento de descanso e contemplação do bosque ao fundo, acompanhado de um café bistrô para consumirem confortavelmente o que desejarem no momento.

117


Tais estratégias foram embasadas pelos conceitos apresentados e discorridos no livro Cidade para Pessoas de Jan Gehl, em que os espaços públicos devem ser convidativos para os pedestres e que passagens públicas agradáveis apresentam possibilidades de contemplação de espaços e pessoas, como também de consumo e descanso, através de mobiliários, materiais, usos e espaços. O acesso é realizado tanto em cota pela Rua Marquês de Paranaguá, quanto pela circulação vertical que a escola possui. Há também uma escada helicoidal na extremidade do pavimento, defronte à Rua Caio Prado. Com dimensão similar à do Piso Semienterrado, de 132m por 12,5m, nele localizam-se dois módulos cobertos na área externa gramada, próximo à Rua Marquês de Paranaguá, e um mirante com um café bistrô, próximo à Rua Caio Prado.

118


69.

Perspectiva Interna, sala de aula.

70.

Perspectiva Interna, corredor entre salas de aula.


1K

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1I

1J

6.25 m

AA

5.00 m

BB

CC

PLATÉIA EXTERNA ARENA

7.50 m

A*

C*

ARENA EXTERNA

D*

COBERTURA TENSOESTRUTURA

7.50 m

RUA MARQU¯S DE PARANAGUÈ

RUA CAIO PRADO

7.50 m

B*

5.00 m

DD

I = 20%

6.25 m

EE

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

6.25 m

FF

6.25 m

A

B 3.75 m

768.00 m

768.00 m Espaço Leitura Externo VARANDA / TERRAÇO

Pð

ACESSO 775.00 m

EXPOSIǛES E EVENTOS

ACESSO

ACESSO ACESSO

EXPOGRAFIA BASEADA NOS PROJETOS ORIGINAIS DE LINA BO BARDI PARA UMA EXPOSIÇ‹O NA FAAP REALIZADA ENTRE OS ANOS DE 1957 A 1959

MEZANINO ACERVO 21.600 LIVROS

Pð

BIBLIOTECA Pð

6.25 m

C

775.00 m

Pð

D

771.65 m

E

774.50 m

PAINEL ART¸STICO

WC DEF.

6.25 m

WC DEF.

BANHEIRO FEM.

BANHEIRO MASC.

Pð

Pð

630 EXEMPLARES POR METRO EM ESTANTES DUPLAS COM 6 PLATELEIRAS

2.160 EXEMPLARES POR ESTANTE COM 6 METROS DE COMPRIMENTO

1O ESTANTES DUPLAS 60 METROS LINEARES

775.00 m

3.75 m

DESCE

768.00 m

768.00 m

F 6.25 m

G 8.75 m

8.75 m

8.75 m

5.00 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

5.00 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

RUA AUGUSTA

120

71. Planta do Piso Elevado.


Piso Elevado O piso foi projetado sobre pilotis para desobstruir qualquer barreira construtiva, possibilitando a visão dos transeuntes da Rua Augusta para o parque, tanto para o bosque ao fundo, quanto para as áreas livres que receberão atividades exercidas ao ar livre. Funcionando como um grande portal, o edifício convida o público a acessar o parque e desfrutar de sua estrutura. Com dimensão de 75m por 17,5m, o uso do piso está distribuído em duas alas opostas, no lado direito está a biblioteca e no lado esquerdo encontrase o espaço de eventos e exposições. Ambas as funções se interligam por corredores presentes na extremidade da lâmina e pelo setor de sanitários localizado no centro piso. O acesso ao pavimento é realizado por uma escada aberta e dois elevadores, localizados no mezanino central, ligando o piso elevado ao pavimento pilotis, à escola e à conexão do Teatro Parque Augusta pelo presente no Piso Estacionamento.

121


72.

122

Perspetiva Externa. Edifício Escola e sua circulação.


74. Perspectiva Interna do Piso Elevado. Espaço de exposições e eventos.

123

73.

Perspectiva Externa. Edifício Lâmina. Escola Contemporânea de Arte. ECOAR.


124

75.

National Library of France.


Referências Projetuais National Library of France | Dominique Perrault1 A Biblioteca Nacional da França do arquiteto Dominique Perrault foi construída no período de 1989 a 1995 em Paris, na França. O projeto consiste em uma biblioteca desenvolvida em uma esplanada retangular formada por quatro edifícios conectados, presentes um em cada ponta. No interior da esplanada encontra-se uma vegetação protegida pelo complexo. Duas intenções arquitetônicas serviram de referência para o desenvolvimento do edifício escola: Definir a forma do projeto afim de voltá-lo para a área verde presente, servindo de proteção e possibilitando sua apreciação pelos funcionários e visitantes da biblioteca; Utilizar o vidro como fechamento, possibilitando o máximo de contato visual, sem interrupções no campo de visão para o seu exterior, no caso ao centro da esplanada do complexo.

1

Fonte: <http://www.perraultarchitecture.com/en/projects/2465-national_library_of_france.html> 125


126

76.

National Library of France.


127

77.

National Library of France.


128

78.

Praรงa das Artes.


Referências Projetuais Praça das Artes | Brasil Arquitetura1 A Praça das Artes do escritório Brasil Arquitetura foi desenvolvido em 2012, no centro da cidade de São Paulo, no Brasil. O projeto de caráter cultural, possui um programa ligado à música e à dança. É desenvolvido a partir da apropriação e requalificação de alguns edifício históricos existentes em conjunto com novos edifícios propostos em uma quadra aberta. Os edifícios com diferentes usos são conectados por um vazio no interior da quadra, que serve de acesso para os usos presentes na Praça das Artes como também de circulação e conexão entre as ruas que o circundam. A intenção projetual que serviu de referência para o projeto no Parque Augusta foi a relação das passagens públicas para acessar a quadra aberta com os edifícios institucionais que fazem parte da Praça das Artes, em que o passeio/trajeto público se desenvolve em meio à uma instituição, definindo-o como um espaço urbano de integração e gentileza urbana, facilitando percursos e oferecendo uma paisagem urbana mais agradável. 1

Fonte: <http://www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura> e

< http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.151/4820 > 129


130

79.

Praรงa das Artes.


81.

Praรงa das Artes.

80.

Praรงa das Artes.

131


132

82.

Kunsthal Museum.


Referências Projetuais Kunsthal Museum | OMA Rem Koolhaas1 O Museu Kunsthal do escritório OMA de Rem Koolhaas foi realizado em 1992 na cidade de Roterdã, nos Países Baixos. O museu com caráter de centro cultural, possui uma integração forte com o seu entorno, simplificada pela proximidade de um edifício histórico e um parque. Duas intenções arquitetônicas serviram de referência para o desenvolvimento do edifício escola: Integrar o ambito público ao nstitucional, ao projetar uma passagem pública que corta o edifício, ligando, através de uma via de automóveis um lado da cidade ao outro. Incentivou-se a integração da cidade com o museu a partir das circulações, acesso e contato visual. Empregar a transparência através do vidro como material de fechamento do auditório, situado no pavimento térreo, resultando em uma relação interno-externo entre ambientes através do contato visual. 1

Fonte: <http://oma.eu/projects/kunsthal> e

<http://www.archdaily.com/102825/ad-classics-kunsthal-oma/ >

133


134

83.

Kunsthal Museum.


135

84.

Kunsthal Museum.


1K

1A

1B

1C

1D

1E

1F

1G

1H

1I

1J

6.25 m

AA APOIO LATERAL DO PALCO Pรฐ

MONTA CARGA

BB

W.C DEF.

Pรฐ

CC

5.00 m

757.00 m

BANHEIRO | VESTIร RIO FEM.

ACESSO Tร CNICO Pรฐ

Total: 360 espectadores *05 assentos cadeirantes

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

SETOR

756.00 m

RUA CAIO PRADO

W.C. DEF.

SETOR E | 103 assentos e 03 dadeirantes

FILEIRA L

FILEIRA N

FILEIRA M

PLATร IA SETOR B | 109 assentos

FILEIRA I

SETOR

CORTINA ARREMATE LATERAL

ACESSO Tร CNICO

Pรฐ

5.00 m

BANHEIRO | VESTIร RIO MASC.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

757.00 m

DD

6.40 m

QUARTELADA MOV. VERTICAL

Pรฐ

D | 40 assentos e 01 cadeiran te

CAMARIM GRUPO MASC.

Altura da boca de palco = 10m

A | 34 assentos

CORTINA SECUNDร RIA

B*

FILEIRA F

754.00 m

FILEIRA J

Pรฐ

757.00 m

FILEIRA K

Pรฐ

FILEIRA E

757.00 m

FILEIRA H

757.00 m

FILEIRA G

Pรฐ

FOSSO DA ORQUESTRA

FILEIRA A

BANHEIRO VESTIร RIO

PROSCยฏNIO

FILEIRA B

DUPLO BANHEIRO VESTIร RIO

Pรฐ

FILEIRA D

757.00 m DUPLO Pรฐ

PALCO

Pรฐ

CORTINA PRINCIPAL

PROLONGAMENTO POSTERIOR DO PALCO

FILEIRA C

Pรฐ

Pรฐ

QUร DRUPLO

Pรฐ

Pรฐ

BANHEIRO VESTIร RIO

QUร DRUPLO

CIRCULAร โ นO HORIZONTAL ACESSO CAMARIM

BANHEIRO VESTIร RIO

RUA MARQUยฏS DE PARANAGUร

SETOR

SETOR

757.00 m

9.70 m

Pรฐ

6.40 m

s assento C | 34

assentos F | 40 cadeirante e 01

CORTINA ARREMATE LATERAL

CAMARIM GRUPO FEM.

A*

Pรฐ

APOIO LATERAL DO PALCO

EE

Pรฐ

MONTA CARGA

6.25 m

757.00 m

FF 8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

5.00 m

8.75 m

8.75 m

85.

Planta do Piso Teatro.

;;;

1K

1A

1B

1C

1D

1E

1F

1G

1H

1I

1J

6.25 m

AA

MONTA CARGA

5.00 m

BB CASA DE Mร QUINAS E INSTALAร โ บES Pรฐ

CC ACESSO AUDITร RIO Pรฐ

CORTINA ARREMATE LATERAL

7.50 m

SALA DE REUNIโ นO Pรฐ

BANHEIRO FEM. Pรฐ

C*

W.C DEF.

W.C DEF.

BANHEIRO MASC.

BANHEIRO FEM.

Pรฐ

Pรฐ

ACESSO SALA Tร CNICA

RUA AUGUSTA

LIVRARIA ADMIN. BILHETERIA

Pรฐ

Pรฐ

Pรฐ

FOYER Pรฐ

760.50 m

7.50 m

A*

;;;

SNACK BAR

;;;

760.50 m

Pรฐ

Pรฐ

Pรฐ

ESCRITร RIO Pรฐ

BANHEIRO MASC. Pรฐ

7.50 m

Pรฐ

DEPร SITO

CORTINA PRINCIPAL

GERยฏNCIA CORTINA SECUNDร RIA

B*

D*

GERยฏNCIA

760.50 m

CORTINA ARREMATE LATERAL SOBE

ACESSO AUDITร RIO

DESCE

Pรฐ

DD

5.00 m

CASA DE Mร QUINAS E INSTALAร โ บES Pรฐ

EE 6.25 m

MONTA CARGA

FF

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

8.75 m

5.00 m

8.75 m

8.75 m

;;;

1

2

136

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

86.

15

16

17

Planta do Piso Foyer


Teatro Parque Augusta O teatro foi inserido de forma enterrada no terreno para garantir que a vista do parque não fosse bloqueada e que mantivesse na medida do possível o desnível natural do parque. Localizado próximo à calçada da Rua Caio Prado, o seu acesso público é realizado dentro de um volume externo de vidro, que compreende o foyer com pé direito triplo de 10m de altura, através de escadas e elevadores. Palco e Plateia Com dimensão de 75m por 23m, o teatro possui um palco principal com dimensão de 18m por 12m e altura da boca de cena de 10m. Sua plateia tem capacidade para acomodar 360 espectadores, além de 5 outros lugares para cadeirantes.

137


87. Perspectiva da circulação e acesso ao parque e à escola.

138

88.

Perspectiva Interna do Foyer.


Teatro Parque Augusta Backstage O backstage apresenta dois palcos laterais de apoio e um prolongamento posterior, todos atendidos por monta-cargas, com dimensões próximas a do palco principal. Tal estrutura possibilita o teatro comportar apresentações de música, dança e teatro. Ao fundo estão os camarins com opções para duplas, quádruplos e dois específicos para grupos, que comportam até 15 pessoas cada. Ainda no backstage, porém na cota do foyer, está o departamento administrativo, composto por duas salas de grupo, duas salas de gerência e uma sala de reunião. Foyer O foyer é composto por snackbar, livraria, bilheteria e acima encontra-se um mezanino, que recebe um bar e um restaurante em duas alas conectadas, alcançando conjuntamente uma capacidade total para 75 pessoas, além de uma sala técnica isolada na mesma cota.

139


;;;

1K

1A

1B

1C

1D

1E

1F

1G

1H

1I

1J

6.25 m

AA

MONTA CARGA

DEPร SITO FIGURINOS

5.00 m

BB CIRCULAร โ นO VERTICAL ACESSO BACKSTAGE

Pรฐ

CC

Pรฐ

BAR

760.50 m

764.00 m

Pรฐ

CORTINA ARREMATE LATERAL 764.00 m

7.50 m

AMBIENTE BAR Pรฐ

W.C DEF.

BANHEIRO FEM.

Pรฐ

Pรฐ

CAIXA Pรฐ

SALA Tร CNICA

W.C. VEST.

Pรฐ

Pรฐ

ADMIN. Pรฐ

7.50 m

W.C DEF.

BANHEIRO MASC.

Pรฐ

W.C DEF.

764.00 m

RUA MARQUยฏS DE PARANAGUร

W.C. Pรฐ

C*

;;;

CIRCULAร โ นO HORIZONTAL ACESSO OFICINAS

A*

756.00 m

STAFF ONLY

757.00 m

DEPร SITO

Pรฐ

;;;

Pรฐ

764.00 m

D*

Pรฐ

756.00 m

7.50 m

764.00 m

CORTINA PRINCIPAL

CORTINA SECUNDร RIA

B*

COZINHA

AMBIENTE RESTAURANTE Pรฐ

764.00 m

760.50 m

SOBE DESCE

SNACKBAR

VUC

EE

01

02

MONTA CARGA

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

REST. BAR Pรฐ

14

VEยธCULO URBANO DE CARGA (VUC)

VUC

I = 20%

OFICINA MARCENARIA

764.00 m

Pรฐ

5.00 m

Pรฐ

764.00 m

ESTACIONAMENTO

19 VAGAS TRADICIONAIS 2 VAGAS DEFICIENTES 3 VAGAS VUC

Pรฐ

Pรฐ

6.25 m

CIRCULAร โ นO VERTICAL ACESSO BACKSTAGE

Pรฐ

DEPร SITOS

OFICINA CENOGRAFIA

40 VAGAS BICICLETAS/MOTOS

FF DEPร SITO CARGA E DESCARGA E MARCENARIA

*02

15

16

17

18

19

CAFร

BICICLETร RIO

VUC

Pรฐ

8.75 m

8.75 m

5.00 m

8.75 m

8.75 m

LIVRARIA

6.25 m

Pรฐ

DEPร SITOS

Pรฐ

ACESSO CARGA E DESCARGA

Pรฐ

ACESSO AO DEPร SITO E MONTA CARGA

DEPร SITO CENOGRAFIA

ACESSO ยค OFICINA DE MARCENARIA

*01

ACESSO MONTA CARGA

Pรฐ

GRELHA DE VENTILAร โ นO

6.25 m

A 764.00 m

764.00 m

VUC

B 3.75 m

CIRCULAร โ นO HORIZONTAL ACESSO AO ESTACIONAMENTO BACKSTAGE TEATRO Pรฐ

C

6.25 m

764.00 m

D

CIRC. VERTICAL ESCOLA

Pรฐ

3.30 m

;;;

8.75 m

8.75 m

8.75 m

;;;

8.75 m

;;;

RUA AUGUSTA

140

89.

Planta do Piso Estacionamento.

RUA CAIO PRADO

CORTINA ARREMATE LATERAL

DD


Teatro Parque Augusta Acessos O teatro possui três diferentes acessos, para públicos distintos: O acesso para espectadores e visitantes procede-se pela Rua Caio Prado. É composto por duas escadas e dois elevadores que dão acesso diretamente ao mezanino, que recepciona o restaurante e o bar, e ao foyer, onde estão os acessos para a sala de espetáculos. O acesso ao backstage é dividido em duas entradas opostas, ambas localizadas próximas aos palcos laterais de apoio ao palco: No lado esquerdo estão os acessos de serviço, realizado pela conexão ao estacionamento, e de alunos e funcionários da escola, realizado pela conexão à circulação vertical da escola; No lado direito está o acesso para o palco do teatro arena externo, possibilitando os integrantes das apresentações ao ar livre utilizarem a estrutura presente no teatro, como camarins, banheiros e vestiários, logo abaixo.

141


142

90.

Perspectiva Externa da Tensoestrutura.


Teatro Arena | Tensoestrutura O teatro arena foi inserido na cobertura do Teatro Parque Augusta, onde foi mantido, na medida do possível, o desnível original do terreno. É composto por uma praça pública coberta por uma tensoestrutura, acompanhada de uma arquibancada. O Palco Desenvolve-se na praça pública coberta, dita cobertura do teatro enterrado. Transformando-se eventualmente em um palco, podendo recepcionar atividades espontâneas e apresentações efêmeras como também eventos sazonais organizados. Apresenta-se coberto por uma tensoestrutura projetada para proteger as atividades ali desenvolvidas. Sua dimensão é de 23m por 23m e 10m de altura. A Arquibancada Foi projetada na cobertura do foyer e do teatro enterrado, adaptandose ao desenho de ambas. Voltada para a praça/palco, possui 14m de comprimento por 22,5m de largura. No final desta arquibancada encontrase um mirante para apreciar o parque, configurado por um plano de 13,75m por 22,5 com quebra-ventos. 143


144


91. Detalhe 1:10

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146


92.

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Detalhe 1:10


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93.

IRCAM


Referências Projetuais Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique | Renzo Piano1 O IRCAM, do arquiteto Renzo Piano, foi construído no período de 1973 a 1990 em Paris, na França. O projeto consite em centro de música e investigações acústicas que faz parte do complexo francês Centro Pompidou. Como o arquiteto o descreve: “is a ‘musical instrument on an urban scale’. ”

Projetado de forma inteiramente enterrada, seu programa se desenvolve em três pavimentos com ambientes flexíveis, para facilitar a pesquisa e experimentação. Tal decisão projetual serviu de referência para a inserção do Teatro Parque Augusta pois: Pôde resolver a questão acústica e formal do edifício musical sem ter que construir um volume exterior que competiria com o já construído Centro Pompidou; e Manteve o térreo desobstruído, permitindo a livre apropriação da cobertura, recebendo frequentemente eventos urbanos, definindo e qualificando a praça seca do complexo. 1

Fonte: <http://www.rpbw.com/project/12/ircam/> e <http://www.archdaily.com.br/br/01-41987/

classicos-da-arquitetura-centro-georges-pompidou-renzo-piano-mais-richard-rogers>

149


94.

IRCAM

95.

IRCAM

150


151

96.

IRCAM


152

97. Tokyo International Forum


Referências Projetuais Tokyo International Forum | Rafael Viñoly1 O Forum Internacional de Tóquio do arquiteto Rafael Viñoly foi inaugurado em 1996 na cidade de Tóquio, no Japão, com 140,000 m² de área. O projeto consiste em um complexo civil de cultura e negócios em uma região com grande circulação de pedestres, por localizar-se próximo a quatro estações de metrô e duas de trem. As intenções projetuais que serviram de referência para o desenvolvimento do projeto no Parque Augusta foram: Empregar o vidro como material predominante para seu fechamento, possibilitando a maior comunicação visual interna e externa possível do edifício com a cidade; e Desenvolver o lobby do acesso ao teatro presente no programa do fórum em uma cota abaixo do nível da rua ou térreo, formando um grande vazio, transcendendo a dinâmica visual comum do alcance horizontal, possibilitando os pedestres que estão fora do edifício enxergar os acontecimentos desenvolvidos no interior. 1

Fonte: <http://www.rvapc.com/works/1-tokyo-international-forum>

153


154

98.

Tokyo International Forum


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99.

Tokyo International Forum


156

100.

Centro de ConvivĂŞncia Cultural Campinas.


Referências Projetuais Centro de Convivência Cultural | Fábio Penteado1 O projeto Centro de Convivência Cultural Campinas do arquiteto Fábio Penteado foi idealizado em 1967, na cidade de Campinas, no Brasil. O centro de convivência consiste em um vazio central, definida como uma praça, ela é contornada por usos diversos, entre eles um bar, foyer, sala de espetáculos e torre de iluminação. Tais volumes foram subdidividos e dispostos de forma solta ao redor do espaço cívico, conformando arquibancadas voltadas ao centro em decorrência das variações de altura de cada bloco. As intenções projetuais que serviram de referência para o desenvolvimento do projeto no Parque Augusta foram: Desenvolver o projeto a partir do espaço público de uso comum, de convivência, relacionando-se à proposta do térreo livre, como espaço de interação e ocupação espontânea. Conformaram-se assim os teatros arena em ambos os projetos.

1

Fonte:

<http://www.arquiteturabrutalista.com.br/fichas-tecnicas/DW%201967-98/1967-98-fichatecnica.htm>

157


Projetar a partir dos volumes dos edifícios as arquibancadas ao ar livre, voltadas para o centro, acomodando o público que deseja descansar ou prestigiar uma apresentação. Adaptar a forma do projeto ao partido proposto, enterrando o teatro presente no programa para evitar a construção de um grande volume para acomodá-lo, destacando o espaço público de convivência, como também para aproveitar a inclinação de sua cobertura, finalizando externamente com um arquibancada voltada à praça e/ ou teatro arena.

158


101.

Centro de ConvivĂŞncia Cultural Campinas.

159

102.

Centro de ConvivĂŞncia Cultural Campinas.


160

103.

Praรงa Victor Civita.


Referências Projetuais Praça Victor Civita | Levisky AA e Anna Julia Dietzsch1 A Praça Victor Civita dos arquitetos Levisky AA e Anna Julia Dietzsch foi desenvolvido em 2008, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, no Brasil. Este projeto é um bom exemplo da iniciativa público-privada, onde a Abril entre outras empresas apoiaram e financiaram o desenvolvimento e o projeto da praça. As intenções projetuais que serviram de referência para o desenvolvimento do projeto no Parque Augusta foram: Receber em suas dependências atividades culturais como shows, apresentações e oficinas tanto no placo externo quanto ao ar livre. Recepcionar atividades culturais, espontâneas e programadas, protegidas por uma cobertura, e acomodar seus espectadores em uma plateia ao ar livre.

1

Fonte:

<http://www.archdaily.com.br/br/01-10294/praca-victor-civita-levisky-arquitetos-e-anna-julia-dietzsch> <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.106/2983>

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104.

Praรงa Victor Civita.


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105.

Praรงa Victor Civita.


164

106.

German Pavilion. Expo 67.


Referências Projetuais Tensoestruturas | Frei Otto1 Situadas no campo da arquitetura com ênfase na tecnologia, suas obras estiveram vinculadas ao princípio da era high-tech. Reconhecido como o sucessor da metodologia experimental da escola alemã Bauhaus, baseada nas ciências naturais, através de croquis e sistematização, foi capaz de compreender a dualidade humano-tecnologia que a sociedade viveria. Acredita que a arquitetura tem como compromisso estar em harmonia com a natureza, necessitando estar de acordo com as leis do universo em cada detalhe. Tal pensamento fez do arquiteto um profeta moderno da sustentabilidade na área da arquitetura. Este caminho foi trilhado ao dar-se conta de que os recursos são limitados e as necessidades humanas são praticamente ilimitadas.

1

Fonte:

<http://www.archdaily.com.br/br/763770/pritzker-2015-frei-otto-e-a-importancia-da-experimentacaona-arquitetura> <http://www.archdaily.com.br/br/763575/frei-otto-spanning-the-future-um-documentario-sobre-freiotto> 165


Com o objetivo de encontrar uma solução eficiente para o problema de abrigo enfrentado em locais com um clima de grande escassez aliou a experimentação científica com sua criativa imaginação artística. “Yes, my architecture is architecture of survival. Very simple. To survive, also, is all what we are doing.” (Otto, 2015)2

Seu trabalho difundiu-se na área da arquitetura, influenciando arquitetos, levando-os a desenvolver projetos compostos por estruturas tensionadas, também. Foi o caso de Günther Behnisch, nos projetos desenvolvidos para as Olimpíadas de Munique, de 1972.

2

YouTube. Vídeo FREI OTTO: SPANNING THE FUTURE (2014) ] Trailer, (6min32s). Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?t=412&v=vWo-ifNoQ98>

166


Referências Projetuais Alta Tecnologia1 A produção arquitetônica de alta tecnologia caracteriza-se, principalmente, pelo emprego de três elementos: Armação Grandes coberturas e construções espetaculares com estrutura de cabos tensionados aparentes (tensão) e varetas/hastes de pressão (compressão). Pele Exterior Experimentação de peles transparentes, de vidro, com proteção contra a radiação solar direta, assim como as membranas. Técnica Doméstica Tubulações, escadas rolantes, elevadores entre outros elementos similares apresentam-se aparentes, transformando a configuração arquitetônica exterior. 1

CEJKA, Jan. Tendencias de la arquitectura contemporánea. Editora Gustavo Gili, México, 1996.

167


Tais elementos arquitetônicos nem sempre são utilizados a partir de decisões racionais em relação ao projeto, mas são também empregados como material publicitário para o proprietário de um empreendimento, a fim de passar uma imagem tecnológica, moderna, conquistando admiração e reconhecimento para seu negócio, sendo uma possível fonte de frutos para seus negócios.

168


169

107.

Frei Otto Tensed structures for the Munich '72 Olympic Games. Olympic Stadium and park. Munich, Germany


170


Bosque | Parque Augusta A mata tombada do Parque Augusta receberá, de acordo com o projeto proposto, as ditas folies, pequenas construções que abrigam variadas funções, com o objetivo de recepcionar as atividades já realizadas pelos movimentos sociais e moradores da região. Entre eles estão exemplificadas as práticas de yoga, pilates, capoeira, pequenas apresentações de dança, seminários, meditação budista, brinquedoteca, oficinas de grafite, artesanato, cerveja e pintura.

171


172

108.

Parc la Villette


Referências Projetuais Parc de la Villette | Bernard Tschumi1 O Parc de la Villette do arquiteto Bernard Tschumi foi inaugurado em 1987 em Paris, na França. O projeto consite em um parque com diversos usos, entre eles um Museu da Ciência e Indústria, uma Cidade da Música e teatros. Foi desenvolvido a partir de sistemas, apresentando a camada de superfícies, que são áreas verdes ao ar livre, linhas, que são os trajetos traçados do parque e os pontos/folies, estruturas localizadas pontualmente ao longo do projeto. As intenções projetuais que serviram de referência para o desenvolvimento do projeto no Parque Augusta foram: Concentrar os equipamentos no calçamento, facilitando seu acesso e permitindo sua utilização independentemente do horário de funcionamento do parque. Projetar as folies, intervenções pontuais edificadas, capazes de receber diversas atividades efêmeras. 1

Fonte:

<http://www.tschumi.com/projects/3/> e <http://www.archdaily.com.br/br/01-160419/classicos-daarquitetura-parc-de-la-villette-slash-bernard-tschumi> 173


174

109.

Parc la Villette


175

110.

Parc la Villette


111.

Parque do Ibirapuera

112.

Parque do Ibirapuera

176


Referências Projetuais Parque do Ibirapuera | Oscar Niemeyer1 O Parque do Ibirapuera do arquiteto Oscar Niemeyer foi inaugurado em 1954 na Zona Sul da cidade de São Paulo, no Brasil. O projeto consite em um parque com diversos usos, entre eles o Museu de Arte Moderna, MAM, a Oca, o Auditório do Ibirapuera, o Pavilhão da Bienal, o Museu Afro Brasil, conectados por uma marquise. As intenções projetuais e condições atuais que serviram de base para uma análise crítica foram: Dispor os equipamentos dispersamente no interior do parque, distante do calçamento, dificultando seu acesso e comprometendo sua utilização em horários fora do funcionamento do parque. Apesar da diferença de escala entre o Parque do Ibirapuera e o Parque Augusta, o acesso ao Ibirapuera possui maiores obstáculos por estar distante da malha estruturada do centro expandido, porém este ponto não se apresenta determinadamente negativo ao considerar que sua capacidade encontra-se saturada. 1

Fonte:

<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.051/553> e <http://www.prefeitura.sp.gov. br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_sul/index.php?p=14062>

177


178


PROGRAMA ENTERRADO

PILOTIS

SALAS

01

CAFÉ BISTROT

037m2

01

DANÇA

124m2

01

MIRANTE-ESCOLA 434m2

02

DESENHO

253m2

01

MIRANTE-ARENA

515m2

01

PINTURA

124m2

01

MIRANTE-FOOD

340m2

02

FOTOGRAFIA

116m2

01

ACESSO ARENA

033m2

01

TEATRO

124m2

TOTAL

1.359m2

05

MÚSICA

466m2

07

ADMIN.

109m2

02

BANHEIROS

103m2

01

ACESSO TEATRO

054m2

TOTAL

ELEVADO 01

BIBLIOTECA

472m2

01

EXPO EVENTO

480m2

01

MEZANINO

172m2

02

BANHEIROS

041m2

TOTAL

1.165m2 179


FOYER

TEATRO

01

FOYER

302m2

01

PLATÉIA

424m2

01

LIVRARIA

067m2

01

FOSSO ORQ.

089m2

01

SNACKBAR

025m2

01

PROSCÊNIO

067m2

01

BILHETERIA

018m2

01

PALCO

270m2

01

ACESSO TEATRO

021m2

01

APOIO LAT. ESQ.

135m2

BANHEIROS

047m2

01

APOIO LAT. DIR.

135m2

TOTAL

480m2

01

APOIO POST.

216m2

08

CAMARINS

249m2

02

ACESSO BACK.

204m2

01

CIRCULAÇÃO

094m2

TOTAL

1.886m2

180


ESTACIONAMENTO 24

ESTACIONAMENTO 778m2

40

BICICLETÁRIO

046m2

DEPÓSITOS

OFICINAS 01

MARCENARIA

108m2

01

CENOGRAFIA

122m2

01

CARGA DESC.

216m2

01

RESTAURANTE

206m2

01

REST. BAR

010m2

01

SALA TÉCNICA

017m2

01

SNACKBAR

007m2

01

ACESSO E CIRC.

469m2

01

CAFÉ

008m2

02

BANHEIROS

038m2

01

LIVRARIA

013m2

01

FIGURINOS

094m2

TOTAL

2.236m2

181


FOYER

TEATRO

01

FOYER

302m2

01

PLATÉIA

424m2

01

LIVRARIA

067m2

01

FOSSO ORQ.

089m2

01

SNACKBAR

025m2

01

PROSCÊNIO

067m2

01

BILHETERIA

018m2

01

PALCO

270m2

01

ACESSO TEATRO

021m2

01

APOIO LAT. ESQ.

135m2

BANHEIROS

047m2

01

APOIO LAT. DIR.

135m2

TOTAL

480m2

01

APOIO POST.

216m2

08

CAMARINS

249m2

02

ACESSO BACK.

204m2

01

CIRCULAÇÃO

094m2

TOTAL

1.886m2

182


SOMA

ÁREAS

ENTERRADO

1.370m2

TERRENO

24.750m2

ELEVADO

1.165m2

ÁREA PROJETADA

8.496m2

TÉRREO/PILOTIS

1.359m2

ÁREA PROJEÇÃO

3.840m2

ÁREA PERMEÁVEL

15.717m2

ESTACIONAMENTO 2.236m2 TEATRO

1.886m2

FOYER

480m2

TO (TAXA DE OCUP.) 0.15

TOTAL

8.496m2

CA (COEF. APROV.)

0.34

183


184


CROQUIS

185


186


187


188


BIBLIOGRAFIA

Livros: CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. Editora Studio Nobel. São Paulo, 1997. CEJKA, Jan. Tendencias de la arquitectura contemporánea. Editora Gustavo Gili, México, 1996. GEHL, Jan. Cidade para pessoas. Editora Perspectiva. São Paulo, 2013. JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22) TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo: três cidades em um século. Editora Cosac & Naify / Duas Cidades. São Paulo, 2004.

189


190


BIBLIOGRAFIA

Lista de Figuras: Figura 1 | The Archimedes Palimpsest. F. 56R https://img.kingandmcgaw.com/i/prints/lg/2/1/210953.jpg Figura 2 | Palimpsestos: protestos em série (protest after protest), de Tom Lisboa. https://www.youtube.com/watch?v=EEVRIPKtxtw&feature=youtu.be Figura 3 | Palimpsestos (de Tom Lisboa) https://www.youtube.com/watch?v=JEIKqu4k1NY Figura 4 | Palimp Gaza Edit https://www.youtube.com/watch?v=rYukhzYxsRU

191


Figura 5 | Metrópole de São Paulo em 1945 https://instrumentalism.files.wordpress.com/2011/10/saopaulo_1945_ metropole.jpg?w=545&h=390 Figura 6 | Calçada da Avenida São Luis. 2012. Pedro Martinelli h t t p : // w w w. p e d r o m a r t i n e l l i . c o m . b r / b l o g / w p - c o n t e n t / uploads/2012/08/33321q.gif Figura 7 | Mansão dos Matarazzo, 1990. Mônica Zarattini h t t p : // i m g . e s t a d a o . c o m . b r/ t h u m b s / 6 2 0 / r e s o u r c e s / jpg/2/9/1438208640292.jpg Figura 8 | Construção Shopping Cidade São Paulo. http://infograficos.estadao.com.br/uploads/galerias/4389/45286.JPG Figura 9 | Mansão Matarazzo Demolida, 8 jan. 1996. Luis Carlos dos Santos http://f.i.uol.com.br/fotografia/2010/09/17/18559-970x600-1.jpeg

192


Figura 10 | http://www.copa2014.gov.br/sites/default/files/galeria/1211_ saopaulo_aerea_9002.jpg Figura 11 | Capa do livro A Cidade Polifônica. Fonte: CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. Editora Studio Nobel. São Paulo, 1997. http://shopfacil.vteximg.com.br/arquivos/ids/747620-1000-1000/Livro---ACidade-Polifonica--Ensaio-sobre-a-Antropologia-da-Comunicacao-Urbana--Massimo-Canevacci_0.jpg Figura 12 | Capa da revista Esboços n.11. Fonte: REVISTA ESBOÇOS. Dossiê Cidade e Memória. N. 11. UFSC. 2004. https://periodicos.ufsc.br/public/journals/11/cover_47.jpg Figura 13 | Museu de Arte de São Paulo. Pedro Kok. http://www.archdaily.com/537063/ad-classics-sao-paulo-museum-of-artmasp-lina-bo-bardi/53e8ada4c07a8009620000d5-ad-classics-sao-paulomuseum-of-art-masp-lina-bo-bardi-photo

193


Figura 14 | Vista aérea do centro de São Paulo. Marcos Hirakawa http://hbbhostel.com.br/wp-content/uploads/2013/05/vista_aerea_sp_ marcos_hirakawa.jpg Figura 15 | Vista do Edifício Altino Arantes, no centro da cidade. Foto: José Cordeiro/SPTuris. http://imprensa.spturis.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Mirante_ Altino_Foto_JoseCordeiro_05.jpg Figura 16 | 21-01-2015 – São Paulo – Avenida Paulista. Foto: Rafael Neddermeyer. Fonte: Fotos Públicas. http://fotospublicas.s3.amazonaws.com/files/2015/01/RN-AvenidaPaulistaAerea-20150120-16.jpg Figura 17 | Rua da Consolação em 1969. Autor desconhecido Foto tomada de algum ponto alto aquém da av. Ipiranga. À esquerda, a Igreja da Consolação e as obras da Praça Roosevelt; depois, o prédio do Instituto Clemente Ferreira, ainda de pá. À direita, o futuro Hotel Hilton, em construção, na av. Ipiranga. http://www.estacoesferroviarias.com.br/avenidas/c/fotos/consolacao9691. jpg 194


Figura 18 | Rua da Consolação, 1956, com autos e bondes. Rampa que desce para a Igreja, ainda não duplicada. Fonte:Acervo Folha de S. Paulo http://www.estacoesferroviarias.com.br/avenidas/c/fotos/consolacao9562. jpg Figura 19 | Mapa Chácara do Capão. 1887. Fonte: JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22) Figura 20 | Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – 1884. Fachada Principal Fonte: Acervo do Museu Augusto Carlos Ferreira Velloso http://www.santacasasp.org.br/upSrv01/up_ publicacoes/4503/10491_10469_FACHADA%20PRINCIPAL%20DE%20 SUA%20INAUGURAÇÃO%201884%20-%20RESTAURADA%20Album%20 de%20fotos%2002.jpg Figura 21 | Santa Casa Fonte: Deviantart http://orig08.deviantar t.net/fcdb/f/2013/176/6/0/santa_casa_de_ misericordia_de_sao_paulo_by_hika82-d6ao5au.png 195


Figura 22 | Catedral Evangélica de São Paulo. Marcelo Tombesi Guedes. 2010 http://static.panoramio.com/photos/large/43568645.jpg Figura 23 | Igreja Matriz da Nossa Senhora da Consolação. Própria autoria. 2015 Figura 24 | Praça da República. Vista do Terraço Itália. Silvio Tanaka https://www.flickr.com/photos/tanaka/3478769815 Figura 25 | Largo dos Curros. JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d. (História dos bairros de São Paulo, 22) Figura 26 | Lago e ponte em arco da praça da República, década de 1910. Foto: Vicenzo Pastore. Acervo do Instituto Moreita Salles https://sampahistorica.files.wordpress.com/2013/07/1910-lago-e-ponteem-arco-da-prac3a7a-da-repc3bablica-vicenzo-pastore-ims.jpg

196


Figura 27 | Aquarela da Avenida Paulista recém inaugurada , 1891. Jules Victor André Martin. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ca/Jules_Victor_ André_Martin_-_Avenida_Paulista_no_Dia_de_Sua_Inauguração,_1891.jpg Figura 28 | Avenida Paulista em 1902. Foto: Guilherme Gaensly ht tps://upload.wikimedia.org/wikipedia /commons/7/7f/Avenida _ Paulista_1902.jpg?1448862846697 Figura 29 | Vista aérea do Parque Trianon. Christian Knepper/Embratur http://v.i.uol.com.br/album/guia/saopaulo_f_004.jpg Figura 30 | Visconde de Porto Seguro. 1950. http://w w w.saopauloantiga.com.br/wp-content/uploads/2011/08/ viscondedeportoseguro.jpg Figura 31 | Edifício da Escola Normal da Praça da República. Fonte: Poliantéia comemorativa: 1846-1946; primeiro centenário do ensino normal de São Paulo, s.d., p.130..

197


http://www.iecc.com.br/arquivos_ckfinder/images/2012/Janeiro/Sao%20 Paulo%20daquele%20tempo%20--%2025-01/1.jpg Figura 32 | Colégio São Luís na Avenida Paulista. Década de 40. https://quandoacidade.files.wordpress.com/2013/05/colegio-jesuita-avpaulista.jpg Figura 33 | Mackenzie na década de 50. http://up.mackenzie.br/fileadmin/user_upload/historia_05.jpg Figura 34 | Teatro São José em 1874. https://saopaulopassado.files.wordpress.com/2015/08/teatros-sc3a3ojosc3a9-1874.jpg Figura 35 | Teatro São José em 1900. O belo Teatro São José, localizado na cabeceira do Viaduto do Chá, no “Centro Novo” da cidade, década de 1910. Autor desconhecido https://sampahistorica.files.wordpress.com/2013/07/1900-teatro-sc3a3ojosc3a9-ebay-editado.jpg

198


Figura 36 | Teatro Municipal em 1911. Teatro Municipal prestes a ser inaugurado em 1911. Foto: Guilherme Gaensly. http://www.por talraj.com.br/wp-content/uploads/2014/01/theatromunicipal.jpg Figura 37 | Rua Augusta com projeções em 2012. Foto: Bia Ferrer https://abrapinheiros.files.wordpress.com/2012/11/mg_7852.jpg Figura 38 | Rua Augusta em 1969. Esta foto, da coleção do busólogo-jornalista Adamo Bazani, da CBN e do portal Ônibus Brasil, mostra o trânsito da Rua Augusta - anos antes imortalizada musicalmente por Ronnie Cord a partir de uma composição de seu pai, Hervé Cordovil, na cidade de São Paulo, em 1969. h t t p: // 2. b p . b l o g s p o t .c o m /- 6 U Q WA 8 P_ 8 c M / U Y1ZQ t v O e G I / AAAAAAAAABs/uuUjkE0PqWc/s1600/sao-paulo-rua-augusta-cmtc-1969. jpg Figura 39 | Rua Augusta, no fim da década de 1980, antes da chegada do ‘hype’. Foto: Jorge Rosenberg

199


http://viajeaqui.abril.com.br/blog/blog-da-vt/files/2012/10/1970.jpg Figura 40 | Rua Augusta, lado Jardins nos dias de hoje. http://1.bp.blogspot.com/-dQez6HSkjo8/VBOVYqwlTXI/AAAAAAAAAPo/ BjVn1yiVmlo/s1600/rua-augusta-apos-alameda-jau-proximo-esq-alamedafranca.jpg Figura 41 | Rua Augusta em 1973. http://www.ajorb.com.br/hb-augusta-1973.jpg Figura 42 | “A louca do Juquery”, 1930, de René Thiollier [Acervo Fundação Biblioteca Nacional] ht tp://w w w.vitr u vius.com.br/media /images/maga zines/gr id _4/ aa40810e5fe9_amaral_thiollier.jpg Figura 43 | Rua Augusta atualmente. Autoria Própria. 2015. Figura 44, 45, 46 e 47 | Augusta à noite nos dias de hoje. h t t p:// j ov e m.i g.c o m.b r/ i m a g e n s /a r q u i v o s /c d o c u m e n t s _ a n d _ settingspcarvalhodesktopuia4fevfoto5.jpg 200


Figura 48 | Parque Augusta. Fonte: Google Earth. Figura 49 | Vista aérea do Parque Augusta. Aliados do Parque Augusta/Divulgação h t t p : // i m g . r7. c o m / i m a g e s / 2 0 13 / 0 8 / 16 / 13 _ 5 8 _ 4 8 _15 0 _ file?dimensions=780x340 Figura 50 | Vista aérea do Parque Augusta. http://msalx.vejasp.abril.com.br/2013/12/06/1444/jYQci/10820342-jpg. jpeg?1386348759 Figura 51 | Terreno Parque Augusta Daniel Guimarães/ Folhapress https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2014/12/folhapress.jpg Figura 52 | Vista aérea do Parque Augusta. http://www.metronews.com.br/wp-content/uploads/2015/04/ParqueAugusta-GABRIELA-BILo-AE.jpg

201


Figura 53 | Letreiro de neon na Rua Augusta. Autoria Própria. Figura 54 | Vila Uchôa de Victor Dubugras http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/edison-veiga/wp-content/uploads/ sites/145/2015/03/Sao-Paulo-Vila-Uchoa-0001-e1425416761205.jpg

Figura 55 | Colégio Des Oiseaux. Nelly Martins Ferreira / Arquivo. http://f.i.uol.com.br/fotografia/2014/03/13/373907-970x600-1-medium.jpeg Figura 56 | Protesto contra a reintegração de posse do terreno do Parque Augusta. Autoria Própria. 2015. Figura 57, 58, 59 e 60 | Muro do Parque Augusta. Autoria Própria. 2015. Figura 61 | Intervenção na grade do Parque Augusta. http://4.bp.blogspot.com/-7HjG6ixJMLo/VQoJ1KecXDI/AAAAAAAAeNk/ lMpyx0DFpG8/s1600/1724016_760116697399999_42330601677993161 0_n%2B(1).jpg

202



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