Jornal de minas #258

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São João del-Rei 25/9 a 1/10/2015 ANO XV Nº. 258

Sistema Fecomércio realiza a 3ª Semana do Turismo

Divulgação

Ultra do XTerra promete desafios e fortes emoções em Tiradentes

O Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos realiza, pelo terceiro ano consecutivo, a Semana do Turismo, evento que integra uma série de programações acadêmicas e culturais – como palestras, debates, oficinas e exposições – com o objetivo de difundir informações sobre a atividade em Minas Gerais. A iniciativa, que ocorre neste ano entre 28 de setembro a 2 de outubro, é uma referência ao Dia do Mundial do Turismo, estabelecido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e celebrado em todo o mundo no dia 27 de setembro, desde 1980. Os eventos preparados pelo Sistema Fecomércio MG acontecem simultaneamente em 42 unidades do Sesc e do Senac, além dos sindicatos representados pela entidade Nesta edição, os temas centrais são o desenvolvimento e a inclusão no setor turístico, bem

como tecnologia e indicadores. O Estado recebeu 7 milhões de visitantes internacionais em 2014, em função da Copa do Mundo. Segundo o Núcleo de Turismo da Fecomércio MG, apesar de toda a

economia interna ser beneficiada pelo efeito multiplicador do turismo, o setor ainda necessita de investimentos mais robustos e efetivos. Nessa perspectiva, as dis-

Eleição de Conselho Tutelar acontece em outubro

Evento acontece na cidade histórica de Minas Gerais, nos dias 26 e 27 de setembro A nona etapa do XTerra chega à cidade histórica de Tiradentes em setembro nos dias 26 e 27. Entre as modalidades que passarão na cidade está a Endurance 50 quilômetros. A prova exige muita superação dos atletas, ao mesmo tempo que proporciona a exploração de cenários incríveis, trecho com trilhas e subidas desafiadoras. Além desta disputa, o XTerra estrada real ainda terá as modalidades do Duathlon (corrida e mountain bike), Night Run sete e 21 quilômetros, MTB CUP (mountain bike – 41 quilômetros) e a divertidíssima Kids Mini Corrida, que já está com as inscrições esgotadas. “Os atletas do Endurance 50k precisam estar preparados para o clima quente e ceco. Fizemos uma alteração no traçado da prova. Na parte mais fácil ela ficou mais rápida, porém a altimetria aumentou. Incluímos a “trilha do carteiro” que são trechos já conhecidos pela duathlon e pelo MTB. É uma subida de 1,9 quilômetros onde o atleta sobe 200 metros”, explica Bruno Vi-

cussões da Semana buscam promover o diálogo entre a comunidade acadêmica, o mercado, o poder público e o consumidor final, como forma de fortalecer parcerias.

cente, diretor técnico do Xterra Brazil Tour. A campeã da Ultramaratona Tiradentes em 2014, Vera Saporito está animada com a oportunidade de disputar mais uma prova na cidade mineira. “Essa será minha primeira participação no circuito no ano. Não pude prestigiar as outras etapas pois estava na França participando do UTMB - Ultramaratona do Montblanc. Quero aplicar toda minha experiência e treinamento e concluir a prova no prazo estipulado pela organização” diz. Após as etapas de Ilhabela e Mangaratiba, a cidade mineira será palco da decisão do campeão do Endurance 50 quilômetros de 2015. A prova acontece no sábado, dia 26, com a largada logo cedo, às 7h. Ao longo de toda a prova, quatro pontos de hidratação, além de um posto médico e um ponto de alimentação (próximos ao quilômetro 28) estarão disponíveis para os atletas da modalidade. O tempo limite para realizar a prova são dez horas.

No dia 04 de outubro a população de São João del-Rei vai às urnas para eleger os novos conselheiros tutelares para o mandato de quatro anos. O Conselho Tutelar é um órgão público municipal de caráter autônomo e permanente, cuja função é zelar pelos direitos da infância e juventude, conforme os princípios estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Conforme consta no edital nº 001/2015 e 002/2015 do CMDCA e Lei Municipal 5.101/2014 divulgamos o resultado do laudo técnico psicológico dos candidatos a conselheiros tutelares de São João del Rei, que teve como procedimento a realização de dinâmica de grupo e estudo de casos. No nosso município foram aprovados 13 candidatos para concorrer às 5 vagas destinadas ao cargo de conselheiros.

Usuários, trabalhadores e gestores de 69 municípios do Território Vertentes debatem aprimoramento do Suas A Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) e o Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas) realizam,

nesta terça-feira (29), no Centro Social Cultural (antiga Associação de Sargentos) a Conferência Regional de Assistência Social de São João Del Rei, com a participação de representantes de 69 municípios do Território Vertentes (veja a lista abaixo). Usuários, trabalhadores, representantes de entidades e gestores do Sistema Único de Assistência Social (Suas) debaterão o tema “O desafio da regionalização na consolidação do Suas em Minas”. A conferência tem caráter deliberativo, o que significa que 12 propostas aprovadas nesta conferência regional integrarão o Plano Decenal de Assistência Social do Estado. Além disso, nesta etapa serão eleitos 120 delegados que irão representar a região na 11ª Conferência Estadual de Assistência Social, agendada para o período de 26 a 29 de outubro, no Minascentro, em Belo Horizonte. Tanto essa designação democrática dos delegados quanto o

tema das conferências, que sugere a consolidação do Suas a partir da participação regionalizada, vão ao encontro das determinações do Governo de Minas de que a atual administração seja a mais próxima possível dos cidadãos, dos municípios, dos 17 territórios e de suas realidades específicas. Presente em todas as conferências regionais já realizadas em Minas este ano, o secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, André Quintão, fará a abertura da Conferência de São João Del Rei, que começa a partir das 7h30 (horário de início do credenciamento). Informamos, desde já, que o secretário André Quintão estará à disposição da imprensa, para entrevista, as 10h30, logo após a abertura da conferência. Municípios participantes Alfredo Vasconcelos, Alto Rio Doce, Antonio Carlos, Barbacena, Barroso, Belo Vale, Bom Sucesso, Bonfim, Brás Pires, Capela Nova,

Caranaíba, Carandaí, Carrancas, Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Cipotânea, Conceição da Barra de Minas, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Coronel Xavier Chaves, Cristiano Otoni, Desterro de Entre Rios, Desterro do Melo, Dores de Campos, Entre Rios de Minas, Ibertioga, Ibituruna, Ijaci, Ingai, Itabirito, Itaverava, Itumirim, Itutinga, Jeceaba, Lagoa Dourada, Lamim, Lavras, Madre De Deus de Minas, Mariana, Minduri, Moeda, Nazareno, Ouro Branco, Ouro Preto, Piedade do Rio Grande, Piedade dos Gerais, Piranga, Porto Firme, Prados, Presidente Bernardes, Queluzito, Resende Costa, Ressaquinha, Ribeirão Vermelho, Rio Espera, Ritápolis, Santa Barbara do Tugúrio, Santa Cruz de Minas, Santa Rita de Ibitipoca, Santana do Garambéu, Santana dos Montes, São Brás do Suaçuí, São João Del Rei, São Tiago, São Vicente De Minas, Senador Firmino, Senhora de Oliveira, Senhora dos Remédios e Tiradentes.


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Opinião

São João del-Rei, 25/9 a 1/10/2015

“CALA-BOCA”

SINDIJORI Sindicato dos Proprietários de Jornais,

Para José Augusto Moreira, “in memoriam”.

JOSÉ ANTÔNIO DE ÁVILA SACRAMENTO Membro do Instituto Histórico e Geográfico, da Academia de Letras e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de São João del-Rei

O ato de nominar um lugar é ação que guarda em si relações culturais que muitas das vezes estão diretamente ligadas à ocupação, à posse, conhecimento do local ou fatos que ocorreram na área nomeada. Assim, os nomes de lugares não designam apenas seres e/ou coisas; eles podem ser mais que isso, expressando questões que vão além do que é pronunciado ou escrito. O repertório dos nomes de lugares apresenta um repositório muito rico e bastante sugestivo. Assim acontece com os hidrotopônimos (topônimos resultantes de acidentes hidrológicos) que apresentam ricos e variados, e muitos deles não tem explicação plausível registrada ou bem fundamentada. Então, descobrir a origem da nomeação dos cursos d’água que compõem a rica hidrografia da região do Campo das Vertentes de Minas Gerais, por exemplo, é um desafio, pois a este processo insere-se a sabedoria e o conhecimento de muitas gerações que quase sempre ficaram cristalizados na memória oral. “Cala-Boca”, por exemplo, é o hidrotopônimo de um afluente do Ribeirão da Água Limpa. Algum tempo antes de falecer, o meu amigo e duas vezes confrade José Augusto Moreira (20/12/1927 - 15/12/2013), ao me apresentar ao seu pequeno museu de variedades que mantinha nos fundos de sua residên-

cia, também acabou mostrando alguns vidros contendo amostras de matérias de vários rios, todas devidamente bem etiquetadas. Naquele momento, despretensiosamente, ao apanhar um recipiente que continha uma amostra d’água do Córrego Cala-Boca, ele indagou se eu sabia da origem daquele hidrotopônimo. Ante a minha negativa, ele afirmou que foi através da tradição oral de antigos moradores daquelas imediações e do Bairro Matosinhos que ficou sabendo que o nome “Cala-Boca” teria surgido por causa de um crime havido na época da escravidão, episódio que, para este escriba, se apresentou com o melhor estilo das personagens da lenda “O Segredo”, do livro “Contam que...”, do escritor Lincoln de Souza. Moreira prosseguiu: numa fazenda, vivia a família de um “coronel” que possuía vários escravos; dentre os cativos, existia uma escrava nova, muito bonita e que era a obsessão dele e que, de tão formosa, despertava-lhe os instintos mais primitivos. Como de fato, dizia-se que era nos carinhos daquela negra que ele se refugiava furtivamente, a despeito da desconfiança e vigilância da sua “sinhá”. Certa ocasião, uma velha escrava alcoviteira que não morria de amores pela negrinha acabou contando sobre o romance para a esposa do coronel; falou até mesmo da pretensão de a escrava ser alforriada pelo patrão dela, tudo assim mais ou menos como se sucedera com paixão da negra Chica da Silva, do Arraial do Tijuco, e João Fernandes de Oliveira, o português contratador de diamantes. Então, tomada pela imensa raiva e pelo mais enraizado ciúme, a “sinhá” sentenciou: “um dia essa negrinha vai me pagar muito caro!”. O tempo foi passando, e, num dia em que o coronel

saiu para uma pequena viagem de negócios, ela convocou o feitor e ordenou-lhe que levasse imediatamente a escrava para um local ermo e que, depois de seviciá-la a seu modo, também desse cabo da vida dela. Depois de o “serviço” ter sido executado e o corpo da vítima ter sido escondido perto de uma cascalheira, à beira d’uma cachoeira, a sinhazinha sentiu-se vingada e teria ordenado para o feitor: “Cale a sua boca”! Quando o coronel retornou de suas andanças mercantis, chegou na fazenda e apeou do cavalo, decerto já imaginando que mais tarde cairia nos braços da sua escrava predileta. Como de fato, à noitinha, procurou por ela, e, como não a encontrava, sentiu um certo desespero; na manhã seguinte, colocou capatazes e vários escravos de sua confiança à procura dela. Algum tempo depois, já na tarde do dia seguinte, um corpo que decerto teria sido enterrado às pressas numa espécie de cova rasa, foi encontrado e identificado como sendo da dita escrava. Então, querendo justiçar os envolvidos naquela sórdida trama, começou a exigir explicações dos seus serviçais para que contassem como se dera aquela crueldade. Não tardou para que a escrava alcoviteira e o tal feitor fossem delatados, acabando, depois, ele mesmo, o capataz, por confessar os detalhes da trama criminosa, justificando-se que o crime fora encomendado e cometido sob as ordens da sua “sinhá”, e que, depois de executar o serviço, ela o ordenara para que “calasse a boca”, sob pena de mandar matá-lo. Dizem que o tal coronel, depois de ter aplicado uma tremenda coça na sua sinhá, devolveu-a para a casa paterna com o lombo retalhado a chicote, mandando-a sobre um cavalo apenas com as

roupas do corpo e sob os gritos de “vai-te, e conta para os seus pais o que aconteceu, e não voltes mais aqui, nunca mais!”. A escrava alcoviteira, ele mandou açoitar no tronco até a morte. O feitor, antes que também fosse justiçado, deu o seu jeito e acabou fugindo para um quilombo da região. Então, como relatado pelo notável Moreira, foi em face das ordens recebidas e do trágico sacrifício da escrava, especialmente em face do pedido de silêncio sobre a morte dela, que a partir daquela época o córrego e a cachoeira que corta e fica na BR 265, Km 58, bem perto da cidade de São João del-Rei - MG, ficaram conhecidos pelo nome de “CALA-BOCA”! Como sabemos, na tradição oral pode acontecer a mistura de fatos reais com imaginários, ou seja, misturam-se a história e as fantasias. Mas, àquela época, numa sociedade eminentemente rural como era a nossa, a oralidade foi a forma predominante de transmissão do conhecimento e de certas histórias que, sendo contadas ao longo do tempo, de pais para filhos, foram sendo modificadas através da imaginação do povo. Tenho certeza de que o confrade Moreira sabia (assim como eu também sei) que esta pode ser ou até mesmo é uma narrativa fantasiosa, mas trata-se de matéria viva no âmbito dos estudos e das pesquisas da folkcomunicação. Há bastante fascínio nas histórias populares: sabemos que além de simplórios, os fatos são sempre bem narrados e inseridos nos contextos históricos das suas épocas, especialmente naquelas quadras em que o imaginário popular, a todo custo, tentava explicar os acontecimentos havidos neste grande teatro divino e identificar quais os papéis desempenhados pelos seus diversos atores e atrizes.

Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais Filiado a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais-Fiemg Rede Sindijori de Comunicação

DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Numa segunda feira de calor infernal, mais de 300 pessoas ficaram na cidade de Passos discutindo desenvolvimento regional. O evento ocorreu nas instalações do Parque de Exposições da cidade, muito parecido com o de Belo Horizonte que servia para as feiras e reuniões antes de se construir o EXPOMINAS. O evento, muito bem organizado, prestigiado por deputados, vários prefeitos da região do Oeste de Minas, que compreende 39 municípios, foi organizado pelo jornal local, Folha de Manhã. Esta é a parte surpreendente do evento: depois de dois fóruns organizados pelo governo do estado, é uma entidade de comunicação, com apoio de entidades empresariais, que organiza o debate. Mas, quais são as lições que ficaram do fórum. Ou melhor, quais serão as ações que ficarão após o fórum. A primeira lição seria que as pessoas querem debater o desenvolvimento. A conjuntura política e econômica está obrigando as pessoas e, consequentemente, as entidades públicas e privadas, a repensar a sua sobrevivência, a sua existência e o seu futuro. As pessoas querem contribuir, participar e trabalhar para que haja mudança. O segundo ponto é a distância que está formada entre os centros do poder político, seja Brasília ou Belo Horizonte, e a realidade que cerca cidades e municípios. Assim, a Escola do Governo de Minas, que forma quadros excelentes e regiamente mais bem pagos do que outros funcionários de carreira do estado, só fornece seus formandos para a Cidade Administrativa na Capital. Só 5 % deles que vão para interior. Outro exemplo: inúmeros prefeitos nem sabem que o INDI, que está encarregado de trazer investimentos para o estado, existe ou sequer oque ele faz ou pode fazer. Não no final da lista, existe de um lado enorme vontade de desenvolver, e de outro lado desconhecimento, como desenvolver. É impressionante isso em um estado em que, na sua Faculdade de Ciências Econômicas da 4ª melhor universidade do país, a UFMG, fundou-se o Centro de Desenvolvimento Regional que, pelo jeito,deu oportunidade aos seus integrantes para galgarem posições ministeriais e até de governador do estado, ou seja uma escola de carreira política, mas na realidade não mudou a subdesenvolvida Minas. O fórum de Passos, que se junta a outras iniciativas, como a de Varginha e o projeto de líderes do SEBRAE - Minas mostra claramente que quem quer se desenvolver tem que começar a trabalhar no seu próprio município. O caminho começa lá e não em Brasília ou Belo Horizonte. STEFAN SALEJ Consultor internacional Ex Presidente da FIEMG e SEBRAE MG

Vetos, Congresso e imprensa Pedro Cardoso da Costa Interlagos/SP • Bacharel em Direito

Há um certo consenso de que a imprensa brasileira é governista. Uma minoria, que acha o Partido dos Trabalhadores a vítima do mundo e de tudo, acha PSDBista. Existem argumentos respeitáveis e inconsistentes dos dois lados. Todos apenas acompanham o modo brasileiro de ser: inseguro, superficial e incoerente. Essa incoerência na imprensa fica bem demonstrada na cobertura sobre a política. Nunca fazem o contraponto do que disseram e o que dizem os políticos. Isso por conta das verbas publicitárias, segundo aqueles que a acham governista. Na recente crise econômica, o Congresso Nacional virou o paladino da moralidade. Ninguém menciona as suas verbas escabrosas e dos demais poderes, como a cota de selo dos Correios na era da comunicação virtual, e o auxílio-moradia pago a juízes,

promotores e outros felizardos, inclusive moradores da cidade onde trabalham. Existem outras que serão abordadas noutro momento. Aqui é para tratar dos vetos. E o que seria um veto? É a negação do que o próprio Congresso ou uma das Casas Legislativas federais aprovou antes, pois só há veto daquilo que os nobres congressistas aprovaram. E aí, com a maior sordidez, deputados, senadores e alguns especialistas falam que manter o veto é uma questão de responsabilidade. Não ficam corados para dizer que, de novo, se trata de uma afirmação cristalina de que foram irresponsáveis quando aprovaram. Ainda mais porque matérias vetadas foram votadas recentemente. Todos sabem, mas ninguém diz, que essa benevolência com o governo não é fundada em nenhum princípio republicano. É por pura barganha, do mesmo nível das anteriores, que levaram

ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU • (Para ser dita em grandes aflições quando parecermos desamparados de todo socorro visível ou para casos desesperados). São Ju­das Tadeu, glorioso Apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do traidor é cau­sa de serdes esquecido por muitos mas, a Santa Igreja invoca-vos universal­ mente­como padroeiro de casos desesperados, sem remédio. Intercedeu por mim que sou mi­serável, pondo em prática, eu vo-lo rogo, o privilégio particular que Vos é concedido,­a fim de trazer ajuda pronta e visível onde isto é quase impossível. Vinde valer-me nesta grande necessidade para que eu possa receber as consolações e socorros do Céu em todas as minhas aflições, necessidades, e sofrimentos, particularmente (aqui dizer a graça que se deseja obter)... e que eu possa bem dizer a Deus con­vosco e todos os eleitos por toda Eternidade.­Eu vos prometo, bem-aventurado São Judas, ter sempre presente esta grande graça e não cessar de honrar-vos, como meu especial e poderoso padroeiro e farei quanto posso para espalhar a devoção para convosco. Assim seja. São Judas Tadeu, rogai por nós e por todos os que Vos honram e Vos invocam. COM LICENÇA ECLESIÁSTICA. Em ação de graças por uma graça alcançada.

o país à bancarrota. Outra questão muito grave é encarada com a superficialidade dita anteriormente. O Congresso tem trinta dias para apreciação de qualquer veto. Se não o fizer nesse prazo, todas as pautas deveriam ficar trancadas. Seria a principal consequência. É o que dita a Constituição Federal, usando a palavra “sobrestada”, em vez de parar, bloquear, não votar, exatamente para tornar incompreensível à maioria. Embora a regra seja cristalina, a responsabilidade peculiar aos congressistas permitiu que se acumulassem milhares de vetos. Trinta dias não seriam suficientes nem para contá-los. Trata-se de letra morta e fica por isso mesmo. Como se fosse possível uma lei ser descumprida sem consequências. E não cabe ao cidadão dizer o que deve ser feito. Bastaria ser feita essa indagação pelos jornalistas ou pelos especialistas aos responsáveis pelo descumprimento

da Lei Maior do país. Alguém tem o dever de responder por que existe um prazo estabelecido, se pode ser ignorado ao bel prazer dos congressistas. Para tornar o óbvio em ululante. Só há veto ao que for aprovado. Manter um veto é assumir que aprovaram uma lei ou inconstitucional – e as casas têm manifestação prévia das respectivas comissões – ou contrário ao interesse público, únicos casos passíveis de veto. O argumento matreiro da necessidade de manter o veto como demonstração de responsabilidade com o país é uma autoatestado de irresponsabilidade anterior. E a imprensa, tão superficial quanto o Brasil, tem o dever de apontar quem votar contra si mesmo. Pois a manutenção de um veto necessita de mais voto do que a aprovação da lei. Em regra, só há manutenção de veto com alguém votando contra si. O brasileiro precisa conhecer essa lista.

ORAÇÃO A SANTO EXPEDITO • (Se você está com algum problema de difícil solução e precisa de ajuda urgente, peça esta ajuda a Santo Expedito que é o Santo dos Negócios que precisam de Pronta Solução e cuja Invocação Nunca é Tardia) • Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes. Socorrei-me nesta Hora de Aflição e Desespero, intercedei por mim junto ao Nosso Senhor JESUS CRISTO! Vós que sois um Santo Guerreiro, Vós que sois o Santo dos Aflitos. Vós que sois o Santo dos Desesperados. Vós que sois o Santo das Causas Urgentes. Protegei-me, Ajudai-me, Dai-me Força, Coragem e Serenidade. Atendei ao meu pedido: “Fazer o pedido”. Ajudai-me a superar estas Horas Difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar, Protegei a Minha Família, atendei ao meu pedido com urgência. Devolvei-me a Paz e a Tranqüilidade. Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Obrigado. Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o Sinal da Cruz. Em agradecimento, mandei publicar e distribui um milheiro desta oração, para propagar os benefícios do grande Santo Expedito. Mande você também publicar ime­diatamente após o pedido.

VAGAS DE DIFÍCIL COLOCAÇÃO Advogado / Garçom / Oficial de serviços gerais na manutenção de edificações / Operador de caixa / Padeiro / Pintor de móveis / Recepcionista de hotel Serralheiro / Vendedor interno / Vendedor pracista Vagas para PCD • Oficial de serviços gerais na manutenção de edificações INFORMAMOS QUE O SINE DIVULGARÁ PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO APENAS AS OFERTAS DE EMPREGO DE DIFÍCIL COLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO. SALIENTAMOS, ENTRETANTO, QUE AINDA EXISTEM INÚMERAS OUTRAS VAGAS SENDO OFERECIDAS. PARA CONHECÊ-LAS, O CIDADÃO DEVE IR AO POSTO DO SINE LEVANDO CARTEIRA DE TRABALHO, CPF E IDENTIDADE.

ORAÇÃO A SANTA EDWIGES • Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que, em vida praticastes suplicante vos peço que sejais a minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente preciso: (FAÇA O PEDIDO), alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém. Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e fazer o sinal da Cruz.

Editora Minas Gerais Ltda Rua Santo Elias, 106 - 36300-104 - Centro São João del-Rei - Tel.: (32) 3373-2552 9973-3272 / 8703-2986 www.jornaldeminas.com.br / jornaldeminas@city10.com.br

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São João del-Rei, 25/9 a 1/10/2015

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MÉRITO CULTURAL

José Antônio de Ávila Sacramento, são-joanense (do distrito de São Miguel do Cajuru) é Servidor Público e Bacharel em Direito. Atuou como integrante da diretoria do SINDSERV- Sindicato dos Servidores Municipais de São João d’El-Rey, entre os anos de 1993 a 1999). É sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de São João d’El-Rey, entidade em que foi vice-presidente e também já presidiu por três vezes. É membro efetivo da Academia de Letras de São João d’El-Rey. Foi articulador do retorno do antigo topônimo de São Miguel do Cajuru para o ex-distrito de “Arcângelo”, resgatado oficialmente, através de lei municipal, no ano de 2002. Foi membro das primeiras Comissões Organizadoras da Festa do Divino Espírito Santo de Matosinhos (São João d’El-Rey), e da ASMAT (Associação de Moradores e Amigos do Grande Matosinhos). É titular do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, representando a Diocese de São João d’El-Rey; foi membro do Conselho Diretor do IPTAN/UNIPAC (Instituto de Educação Superior “Presidente Tancredo de Almeida Neves”), sediado em São João d’El-Rey, desde a sua fundação até o ano de 2004. Foi o responsável pela provocação da restauração do acervo pictórico ilusionista sacro da Igreja de São Miguel, situada no distrito são-joanense de São Miguel do Cajuru, serviços

que preservaram uma obra de arte de grande valor artístico. Provocou ao Poder Judiciário, no ano de 2003, enquanto presidente do IHG de São João del-Rei, ações que pudessem recuperar a portada da primitiva Igreja do Sr. Bom Jesus de Matosinhos, peça do séc. XVIII, patrimônio vendido irregularmente e que está ornamentando a Fazenda São Martinho da Esperança, em Campinas-SP (processo em andamento na Justiça Federal). Foi agraciado pelo “Jornal de Minas” com o troféu “Destaque Regional 2004”, em 16 de dezembro de 2004. Agraciado pelo Governo de Minas Gerais com a Medalha da Inconfidência (Ouro Preto-MG, em 21 de abril de 2004). Agraciado com a Comenda Israel Pinheiro, pelo Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (Belo Horizonte, 15 de agosto de 2009). Agraciado com a Comenda “Liberdade e Cidadania” (Fazenda do Pombal, 13 de novembro de 2011). Agraciado com o “Colar do Mérito Cívico Joaquim José da Silva Xavier - Alferes Tiradentes”, pela Ordem dos Cavaleiros da Inconfidência Mineira (Ouro Preto-MG, em 15 de novembro de 2011). Em 02 de julho de 2010, através de ato do Monsenhor Sebastião Raimundo de Paiva, foi designado, nomeado e empossado como Conselheiro Técnico de Deliberação do Arquivo Eclesiástico da Diocese de São João del-Rei - MG. Dimas Oliveira

Meritíssimo dr. Auro Aparecido Maia de Andrade e José Antônio de Ávila Sacramento, acompanhado das respectivas esposas senhoras Helisiane e Vânia. Solenidade em homenagem aos 213 anos do nascimento de Domingos Custódio Guimarães (o Visconde do Rio Preto) e aos 196 anos do nascimento do padre, compositor e musicista José Maria Xavier, ambos são-joanenses. Câmara Municipal de São João del-Rei - MG, em 23 de agosto de 2015

LUIZ BONIFÁCIO DA SILVA “LUCAS” Faleceu dia 24 o ator, diretor ,jornalista, radialista e dramaturgo Luiz Bonifácio da Silva. Durante anos foi produtor cultural, realizando filmes, peças teatrais, programas humorísticos e manteve o jornal O Repórter Sanjoanense. Idealizador do GRUTSEM –Grupo Teatral do Senhor dos Montes-apresentava todo ano na Semana Santa o espetáculo da Paixão e Morte de Jesus Cristo. O site São João del-Rei Transparente narra a trajetória do GRUPO: “A ideia da criação do Grutsem partiu do artista autodidata Luiz Bonifácio Lucas, na década de 1960, quando ele começou a buscar talentos na cidade para criar uma equipe de teatro. Desde então, o Grupo foi agregando pessoas, criando laços de convivência e motivando simpa-

Em reunião no IHG Tiago Adão Lara, Wangui e Francisco José dos Santos Braga

tizantes até um momento em que artistas de toda São João del-Rei participavam do Grutsem. Luiz Bonifácio chama, descontraidamente, a comunidade do Senhor dos Montes de “Hollywood” porque das aulas pioneiras do Grutsem criaram um espaço propício para o surgimento várias outras companhias de teatro. “Tenho orgulho de dizer que o pioneirismo foi do Grutsem, que começou a fazer peças aqui na mais tenra idade, fazendo com que as pessoas fossem se desenvolvendo como artistas. Quando alguém me fala que está participando de algum grupo de teatro no Senhor dos Montes, eu penso: interessante, o Grutsem que iniciou essa tradição”, conta Luiz Bonifácio. Luiz relata que não fez curso superior de Artes Cênicas, mas procurou participar de cursos de formação

teatral quando fez Letras e continuou lendo muitos livros para aprender a arte da encenação. “Tudo o que eu sabia, tentava passar aos meus alunos e muitos se tornaram bons atores, a ponto de que começamos apresentar em cidades fora de São João e começamos a fazer filmes”, lembra o criador do Grutsem. O grupo desenvolveu suas aspirações artísticas e passou a fazer cinema. Os artistas buscaram equipamentos e começaram a filmar os escritos de Luiz Bonifácio. As gravações foram realizadas em ambientes barrocos da cidade e nos arredores de São João, aproveitando as belezas naturais dos rios e montanhas.” Realizou diversas promoções, prestigiando personalidades da área cultural e empresarial, beneficiando também a Paróquia do Senhor do Monte. Bosco Barbosa, fundador do Jornal de Minas e da revista Em Voga lembra do amigo que conheceu nos anos 60, quando o incentivou a publicar crônicas no jornal em sua primeira fase, o que o animou a criar seu próprio jornal, o Repórter Sanjoanense. Idealista, foi um batalhador da cultura em diversas manifestações, incentivando e forjando talentos. São João del-Rei perdeu um filho ilustre e dedicado. Aos familiares nossos sentimentos


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Variedades

São João del-Rei, 25/9 a 1/10/2015

Jornada Mineira do Patrimônio Cultural teve teatro na rua

PROGRAMAÇÃO SESI TIRADENTES

Centro Cultural Yves Alves Durante o mês de outubro, receberemos três exposições: • O Sorriso da Flor (arranjos de Ikebana), de 9.10 às 18h00 até 12.10. Haverá oficinas de Ikebana nos dias 10 e 11.10 às 16h0. É necessária inscrição prévia no valor de R$15,00 e R$10,00, respectivamente; • Impermanência, de Lúcia Kubitschek, com abertura em 10.10 das 18h às 20h00;

A peça “Pedaços de Prados” foi reencenada pelo Grupo Teatral pradense Asas Para Voar, como atividade inserida na 5ª Jornada Mineira do Patrimônio Cultural. A apresentação aconteceu na sexta-feira, com início na escadaria do Fórum Desembargador Oliveira Andrade

e percorreu os casarões históricos terminando na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. A Jornada Mineira do Patrimônio é uma realização bienal da Secretaria de Estado da Cultura, através do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). O obje-

tivo é promover a participação cultural de Minas Gerais, por meio da realização simultânea em todo o Estado, de diversas ações integradas, como festivais, exposições, seminários, cursos e oficinas. A Jornada procura dar visibilidade às políticas de promoção e valorização dos bens

culturais de Minas Gerais, incentivando o protagonismo dos municípios e da sociedade na preservação da sua memória e da sua história. A apresentação da peça foi uma promoção do Departamento Municipal de Cultura e Turismo, da Prefeitura de Prados.

• Ouro e Alma – Imanência em Tiradentes, de Pablo Manrique, pintor colombiano residente em Tiradentes, cuja abertura será no em 17.10 às 18h00 • Quanto aos filmes do mês, exibiremos: O Exótico Hotel Marigold 2 (02.10, sexta), o sensível e belíssimo Um Momento Pode Mudar Tudo (03.10, sábado) e Além da Fronteira (23.10, sexta), sempre às 19h00. Lembramos que não haverá mais sessões de cinema às quintas-feiras e informamos que devido a solicitações para reuniões e outras apresentações no auditório, durante outubro o calendário do cinema sofreu algumas alterações temporárias. Para os pequenos, exibiremos Boxtrolls ( 03.10 - sábado, às 16h00). Nos dias 16 e 17.10, receberemos duas sessões gratuitas de cinema do Festival MIMO às 17h30 e 19h30. Os títulos ainda foram informados. • A música, é claro, não poderia faltar! As apresentações, sempre às 20h00, acontecerão nos dias: 10 e 11.10 (sábado e domingo) • Trio Marruá (Rose Moreira soprano, Edson de Lima – guitarras barrocas e Elisa Freixo – cravo. Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia e moradores). Classificação: 5 anos. 24.10 (sábado) • Coral do Visconde, 12 anos de música, alegria e amizade, que traz um repertório diverso, passando por nomes como Bach, Astor Piazzolla, Vinicius de Moraes e Chico Buarque. Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia e moradores). Classificação livre. 30.10 (sexta) • Orquestra Orff da Fundação CSN. Entrada gratuita. Classificação livre. No último sábado, o teatro ocupa nosso palco com a peça Relatório de Uma Academia, adaptação do conto de Franz Kafka. Os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência em troca de 1 kg de alimento não perecível a ser doado para o Abrigo Tiradentes. Classificação: 12 anos.

Esperamos que curtam a programação! P.S.: Para os que ainda não viram, não percam os últimos dias (até 03.10) das exposições O Último Império e Fogo, Carne e Sangue. SESI Tiradentes - Centro Cultural Yves Alves Rua Direita, 168 - Centro - Tiradentes - MG Telefones: (32) 3355 1503 / 3355 1604 E-mail:ccya@fiemg.com.br Site: www.fiemg.org.br/sesitiradentes

Cursos de pós-graduação com inscrições abertas para aulas com início em setembro e outubro O profissional da gastronomia, além de saber cozinhar, muitas vezes, precisa, também, gerenciar seu próprio negócio. Com foco no desenvolvimento desse profissional, o Senac em Minas oferece o “MBA em Gestão Gastronômica e Hoteleira”, que tem como destaque uma metodologia que alia teoria e

prática. O curso é voltado, especialmente para os profissionais que buscam especializar ou aprimorar sua atuação em empreendimentos hoteleiros e gastronômicos. Conheça mais sobre esse curso oferecido no Senac em Barbacena e outros cursos oferecidos pelas unidades

do Senac em Juiz de Fora e Conselheiro Lafaiete no www. posgraduacaosenac.com.br. Clique nos links abaixo para informações sobre valores, datas de realização e período de matrículas. • MBA em Gestão Gastronômica e Hotelaria • MBA em Gestão Estratégica

de Pessoas • MBA em Gestão Educacional • MBA em Gestão Empresarial • MBA em Gestão Financeira e Controladoria • MBA em Gestão de Projetos • MBA em Logística Aplicada ao Varejo Informações pelo telefone 0800 724 44 40.

Política de medicamentos pode conter judicialização da saúde De acordo com os dados apresentados pelos convidados do primeiro painel desta terça-feira (15/9/15) no Ciclo de Debates Judicialização da Saúde, realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um dos maiores gargalos para reduzir a demanda judicial para solução de problemas individuais de saúde é a política de medicamentos. Segundo com presidente do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG), conselheiro Sebastião Helvécio, 89% das sentenças nessa área dizem respeito ao fornecimento de remédios. O conselheiro apresentou outros

dados que precisam, na opinião dele, serem avaliados para a construção de uma política efetiva de medicamentos. Segundo ele, os remédios adquiridos via sentença judicial costumam custar à administração pública mais do que o dobro do que quando comprados via licitação – e essa diferença já chegou a quase cinco vezes mais. E apontou, ainda, que os mesmos remédios, dos mesmos laboratórios, chegam a ser vendidos para o Brasil por mais de duas vezes o preço praticado para a Grécia, por exemplo. Além disso, o conselheiro destacou que quem mais gasta no Brasil com

saúde são as famílias, que desembolsariam com planos de saúde, remédios, consultas e exames particulares o equivalente a 53% da receita da área. A União, por sua vez, seria responsável por 23% de tal receita, enquanto os níveis estaduais e municipais de governo participariam com 13% e 11% respectivamente. Sebastião Helvécio também ressaltou que entre os 20% das famílias mais pobres, mais de 60% dos gastos são para compra de medicamentos, enquanto entre os 20% mais ricos, o gasto maior é com planos de saúde. “Isso demonstra a necessidade de criar uma política

pública de medicamentos que reduza essas diferenças”, disse. O conselheiro do Tribunal de Contas apresentou também dados sobre a judicialização em Minas Gerais. Segundo ele, os gastos com a saúde no Estado subiram de R$ 3,33 bilhões em 2010 para R$ 9,18 bilhões em 2014. “O maior crescimento dos gastos é na administração geral, exatamente para atender à judicialização. Tivemos que criar uma rubrica no orçamento só para isso, como se fosse uma política pública”, disse. Os gastos no atendimento de sentenças judiciais subiram, ainda de acordo com ele, de R$ 48 milhões em

2009 para R$ 328 milhões em 2013. Em 2014, porém, pela primeira vez essa curva foi descendente: os gastos somaram R$ 221 milhões. Segundo o conselheiro, esse resultado foi alcançado a partir de uma série de medidas que envolveram tanto os diversos órgãos do Poder Judiciário quanto o Executivo. Entre essas ações, estão a busca por normas técnicas que ajudem a embasar as decisões judiciais e outras parcerias que para melhorar o fluxo de informações e facilitar acordos. “A judicialização pode existir, mas não pode ser norteadora dos gastos públicos”, afirmou.


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