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Estórias ao léu

Não são historinhas do Padre Léo. Essas tinham marca registrada: chistes, piadas e causos espirituosos para descontrair. Uma forma de prender a atenção do público. Logo em seguida, ele abordava conteúdos evangelizadores de forma generosa e séria. Uma delícia cristã na voz afável do saudoso Padre Léo.

Vivi onze anos na Fazenda da Serra, no distrito de São Sebastião do Paraíba. Vencida essa fase rural, meus pais mudaram para Cantagalo. O objetivo era completar a parte final do ensino fundamental e o ensino médio, com o curso científico.

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As estorinhas surgiam aos montes nesses anos alegres no Ginásio e, depois, no Colégio Euclides da Cunha, dos irmãos Moraes Teixeira. Os meus queridos amigos Júlio, o médico Júlio Marcos de Souza Carvalho, Joãozinho, o Dr. João Nicolau Guzzo, Geraldo (jurista Geraldo Arruda Figueredo) e outros como o “Gato”, também conhecido por Ivahir, o Maurício Rocha - o Buiça (será que é com dois esses?) - e tantos outros que a memória, ao sabor das teclas do notebook, não conseguem captar.

Um parêntesis. “Memória afetiva” não é o caso, porque eu, além de colega, era um amigo fraterno da maior parte das turmas da fase final do ensino fundamental. No curso científico, além do Júlio, tinha o Edmo Lutterbach, o “Talhadeira”, o Horizomar...

Os meus tempos de educação básica marcaram a minha vida por uma apren- dizagem mediana, quase medíocre. Eu prestava atenção nas aulas, mas não me aprofundava. Mas deu, por exemplo, para aprender a escrevinhar relativamente bem e receber notas mais elevadas nas criteriosas avaliações da professora e poeta Amélia Thomaz.

A língua portuguesa, excluída a complexa gramática, dá-me prazer na elaboração de qualquer tipo de texto. Eu escrevo “de ouvido”, assim como temos músicos que também musicam “de ouvido”. Não posso mandar às favas as notas musicais e a gramática. A harmonia em ambas vem pela intensa escuta e leitura de bons autores.

A vírgula, para mim, sempre foi a “respiração do autor”. A minha amada Angela discorda. Analisa os meus escritos pela gramática, ela, uma excelente professora de Português, além de poeta e escritora inédita. Não me deixa editar seus poemas, quadras e quadrinhas e nem os textos escorreitos, deliciosos que elabora para os íntimos. Os que a seguem nas redes sociais sabem disso, assim como os seus mais próximos amigos do Santuário Diocesano do Santíssimo Sacramento. Ela diz que ninguém vai deixar de ler Drummond ou Cecília Meireles para ler seus poemas. Poderíamos ler os três... Sem comparações!

Mas onde eu estava mesmo? Me perdi. Vamos rebobinar o texto...

Ah! Sim. Vencida a etapa dos estudos em Cantagalo, peguei o “maria fumaça” e rumei para Niterói, então capital do Estado do Rio de Janeiro. Foram 12h

Julio Marcos De Souza Carvalho

Médico, ex-vereador e ex-provedor do Hospital de Cantagalo, e atualmente é auditor da Unimed de Nova Friburgo

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