Nome Vulgar: Colhereiro Nome Cientifico: Platalea leucorodia
Nome Vulgar: Corvo-marinho-de-faces-brancas Nome Cientifico: Phalacrocorax carbo
Bastante fácil de identificar, tanto em voo como pousado. Quase totalmente branco, de patas escuras, esta grande ave ostenta um penacho na nuca durante a época de reprodução, assim como uma pequena mancha amarela na garganta. Os juvenis apresentam as pontas das asas escuras. O colhereiro associa-se a zonas húmidas, distribuindo-se localmente em açudes, albufeiras e lagoas, ocorrendo também nas grandes zonas húmidas costeiras. Ocorre em Portugal durante todo o ano. As maiores concentrações ocorrem durante o Verão e o início do Outono, pelo que a época de maior sucesso na observação destas aves surge de Agosto a Outubro.
Tem um pescoço longo e asas igualmente longas. O bico amarelo contrasta com o preto da plumagem e, no final do Inverno, alguns indivíduos adquirem uma mancha branca em cada flanco e outra na cabeça. É um nadador exímio, que mergulha para apanhar o peixe de que se alimenta. Pode confundir-se apenas com o corvo-marinho-de-crista, espécie residente, que contudo é mais esguio, não tem branco na plumagem e tem o bico mais fino. É sobretudo invernante em Portugal. Está ligado às zonas húmidas, sendo localmente abundante. No interior do país é menos frequente, mas também ocorre junto a barragens, açudes e rios de grande caudal. Está presente no nosso país sobretudo de Setembro a Abril.
Nome Vulgar: Flamingo Nome Cientifico: Phoenicopterus roseus
Nome Vulgar: Galeirão-comum Nome Cientifico: Fulica atra
Enorme, rosado, com longas patas e com um bico espesso, o flamingo é uma ave inconfundível e pode ser reconhecido a grande distância. No passado o flamingo era muito raro em Portugal, mas desde o final da década de 1980 a presença de grandes bandos de flamingos passou a ser habitual nas principais zonas húmidas portuguesas, não sendo raro observar concentrações de muitas centenas de indivíduos. Embora não nidifique no nosso país, pode ser observado ao longo de todo o ano. Os movimentos algo erráticos desta espécie não permitem classificá-la como residente nem como invernante.
Do tamanho de um pato, todo preto, com exceção do bico e da placa frontal, que são brancos. Mistura-se frequentemente com patos e mergulhões, mas só pode ser confundido com o galeirão-de-crista, muito mais raro em Portugal. O galeirão está presente em Portugal durante todo o ano, mas a sua abundância varia bastante de mês para mês e de local para local. Na Primavera pode ser encontrado em muitas charcas, açudes, lagoas e pauis, onde nidifica. Contudo, é no Inverno que ocorrem as maiores concentrações, as quais incluem provavelmente muitas aves oriundas de Espanha.
Nome Vulgar: Galinha-d'água Nome Cientifico: Gallinula chloropus
Nome Vulgar: Garça-boieira Nome Cientifico: Bubulcus IBIS
Trata-se de uma espécie rapidamente identificável pela combinação de corpo escuro, fronte e bico vermelhos com ponta amarela, e patas claras. As penas infra caudais são de um branco bastante conspícuo. Sendo uma ave aquática, apresenta algumas adaptações a este meio, tais como os dedos bastante compridos que lhe permite caminhar sobre a vegetação flutuante. Espécie residente e comum, podendo ser localmente abundante junto a alguns sistemas lagunares. Pode ser bastante discreta, sobretudo em cursos de água de pequena dimensão. Qualquer época do ano é boa para a observação da galinha-d’água.
De média dimensão, com a plumagem quase totalmente branca, mas com manchas alaranjadas no dorso e na coroa. O bico é amarelo, tornando-se alaranjado na Primavera. As patas são pretas, mas também se tornam alaranjadas na época de criação. É vista em Portugal durante todo o ano. Esta é a mais terrestre de todas as garças, surgindo muitas vezes longe de água, associada ao gado bovino, equino e ovino ou acompanhando as máquinas agrícolas. Durante a época dos ninhos ocorre principalmente a sul do Tejo e na Beira Baixa, observando-se as maiores concentrações nas zonas das colónias. A partir do final do Verão aparece também com bastante frequência na Beira Litoral e, por vezes, no norte do país.
Nome Vulgar: Garça-branca-grande Nome Cientifico: Casmerodius albus
Nome Vulgar: Garça-branca-pequena Nome Cientifico: Egretta garzetta
Com patas e pescoço mais compridos que a sua parente mais pequena, sendo praticamente da mesma dimensão da garça-real. Quando em plumagem de Inverno, apresenta o bico todo amarelo e as patas escuras, e corpo inteiramente branco. Na plumagem nupcial, ostenta um bico mais escuro, amarelo junto aos loros, e patas com tonalidades amareladas. Em voo apresenta as patas bastante estendidas para trás, deslocando-se com batimentos lentos tal como a garça-real. Évuma ave bastante escassa, que ocorre em números reduzidos em zonas húmidas, albufeiras, arrozais e tanques abandonados de salinas. Esta garça é mais abundante a sul que a norte.
Distingue-se principalmente pela brancura da sua plumagem. É uma garça de tamanho médio com um longo pescoço em forma de S, que está encolhido quando voa. A plumagem é totalmente branca e por vezes podem ser notadas algumas plumas compridas na parte posterior da cabeça. O bico e as patas são pretos, mas os dedos são amarelos. A garça-branca-pequena é sobretudo residente e pode ser vista em Portugal durante todo o ano. É mais abundante no litoral, especialmente na metade sul do território e é relativamente rara no interior norte, especialmente em zonas de altitude. Nidifica colonialmente havendo colónias importantes no Ribatejo, no Alentejo e no Algarve.
Nome Vulgar: Garça-real Nome Cientifico: Árdea cinerea
Nome Vulgar: Íbis-preta Nome Cientifico: Plegadis falcinellus
Com quase 1 metro de altura, é a maior das garças que ocorrem em Portugal. É uma ave cinzenta, que se destaca pelo seu longo pescoço. Pode geralmente ser vista dentro de água ou próximo desta. Ocasionalmente pousa em árvores ou mesmo em edifícios. Pode ser confundida com a garça-vermelha, distinguindo-se desta pela total ausência de tons castanhos ou arruivados. Surge associada a todo o tipo de zonas húmidas, sendo particularmente abundante nos grandes estuários e lagoas costeiras. Durante a época de nidificação é relativamente escassa e tem uma distribuição mais restrita. Existem algumas colónias no Alentejo, especialmente nos distritos de Évora e Portalegre.
Inconfundível, pela forma curvada e longa do bico, e pelo tom uniformemente castanho-escuro. Por vezes, conseguem-se observar os reflexos esverdeados nas asas dos adultos. Ave de dimensão média-grande, pode desaparecer facilmente por entre a vegetação nos locais onde se alimenta, possuindo um pescoço comprido como se fosse o prolongamento do bico longo e encurvado para baixo. As patas compridas e escuras permitem-lhe caminhar sobre a vegetação e na água. Espécie presente no nosso país durante o ano todo, sendo mais abundante nos meses de Inverno, entre Setembro e Março.
Nome Vulgar: Maçarico-bique-bique Nome Cientifico: Tringa ochropus
Nome Vulgar: Marrequinha Nome Cientifico: Anas crecca
O uropígio branco, contrastando com o dorso e as asas pretas tornam este maçarico relativamente fácil de identificar. O bico e as patas são esverdeados. Quando está pousado assemelha-se vagamente ao maçarico-das-rochas, distinguindo-se pelo maior tamanho, pela plumagem mais escura e pela ausência de reentrância branca no peito. Pode confundir-se com o maçarico-bastardo, do qual se distingue pela ausência de pintas brancas no dorso e pela contra-asa escura. Pouco abundante mas bem distribuído, pode ver-se um pouco por todo o território, tanto em zonas de água doce (barragens, açudes e ribeiros) como em áreas de água salobra.
Este pequeno pato, o mais pequeno da Europa, não tem cores vivas e à distância pode parecer castanho ou acinzentado. Contudo, uma observação mais atenta permite discernir as cores do macho: cabeça vermelha e verde, espelho amarelo sob a cauda. A fêmea é acastanhada e pode confundir-se com a fêmea de marreco. A marrequinha é uma espécie invernante e que está presente no nosso país principalmente de Setembro a Março, embora possa ser vista, em pequenos números, noutros meses do ano. Durante a época fria é um dos patos mais abundantes, formando muitas vezes bandos que podem reunir centenas ou mesmo milhares de indivíduos.
Nome Vulgar: Mergulhão-de-crista Nome Cientifico: Podiceps cristatus
Nome Vulgar: Pato-real Nome Cientifico: Anas platyrhynchos
Na Primavera exibe uma longo pescoço branco é a característica que mais se destaca e podem ocorrer bandos maiores. Como o seu nome indica, esta é uma ave que mergulha e que desaparece frequentemente da vista, podendo reaparecer num ponto diferente do plano de água. Está presente em Portugal ao longo de todo o ano, embora nalguns locais, especialmente no litoral, apareça unicamente como invernante. É geralmente pouco abundante e só ocasionalmente podem ser vistas mais de duas ou três dezenas de aves juntas.
Os machos adultos têm a cabeça "verde-garrafa" e um anel branco no pescoço. O dorso e o ventre são acinzentados e o peito é castanho escuro. O espelho alar é azul e o bico é amarelo. Em Portugal o pato-real é sobretudo uma espécie residente, nidificando, entre Março e Julho, de norte a sul do país, sendo porém mais abundante nas principais bacias hidrográficas portuguesas e nas barragens e açudes a sul do rio Tejo. Ocupa praticamente todo o tipo de habitats aquáticos, desde lagoas costeiras, barragens, açudes e valas de rega até ribeiras, rios pauis, arrozais, ETAR’s, parques urbanos, etc., preferindo essencialmente zonas de águas pouco profundas.
Nome Vulgar: Pato-trombeteiro Nome Cientifico: Anas clypeata
Nome Vulgar: Tartaranhão-ruivo-dos-pauis Nome Cientifico: Circus aeruginosus
O macho: com a cabeça verde-garrafa, o peito branco e os flancos castanhos, distingue-se de imediato da fêmea: toda acastanhada, à semelhança das outras espécies de patos de superfície. É sobretudo um invernante, chegando os primeiros indivíduos muito cedo, a partir de Agosto. Associa-se frequentemente a outras espécies de patos formando por vezes bandos numerosos. Ocorre, de Norte a Sul de Portugal, ocupando todo o tipo de habitats aquáticos de baixa profundidade: tanto em lagoas costeiras, barragens, ou ribeiras. Existe ainda uma pequena população reprodutora, localizada sobretudo a sul do Tejo: essencialmente distribuída pelo Alentejo e por o Algarve.
É uma ave de rapina de asas compridas, patas compridas e cabeça curta. Nesta espécie, tal como no tartaranhão-azulado e no tartaranhão-caçador, a fêmea é notoriamente diferente do macho. Neste caso, ambos exibem ombros e nuca mais pálidos que o restante corpo, semelhantes ao padrão que a águia-imperial-ibérica apresenta. O macho, no entanto, apresenta as asas acinzentadas com a ponta escura, assim como a cauda também é cinzenta, enquanto a fêmea apresenta um padrão mais uniformemente castanho-escuro. O tartaranhão-ruivo-dos-pauis distribui-se de forma descontínua junto a zonas húmidas e em baixas abundâncias, sendo uma espécie pouco comum no nosso território.