Revista Churrasco com Chimarrão

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Churrasco com Chimarrão Saboreie um bom chimarrão com muita história! Tipos de carnes, Estilos Como preparar um bom churrasco gaúcho E muito mais!


Churrasco com Chimarrão

Churrasco com Chimarrão

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Colaboradores logoMarca Reportagem Editoração Diretoria

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A Origem do Churrasco

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Churrasco conheça o verdadeiro churrasco

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Tipos de churrasco A Carne

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Os segredos do churrasco Gaucho

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Cortes mais uasdos no Brasil Indice de produção de carne no Brasil em 2013 e 2014.

Infografico Chimarrão

I N D I C E

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Chimarrão o que é e qual a sua ori-

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Propriedade Medicinais e Nutritivas da Erva Mate

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Os Dez Mandamentos do Chimarrão

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Como Fazer um bom Chimarrão

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Curiosidades sobre o Chimarrão

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Churrasco com Chimarrão

Churrasco com Chimarrão

Colaboradores

A ORIGEM DO CHURRASCO

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Neylor Jose A. do Santos Aluno 3º ano 5º termo LogoMarca

história do churrasco brasileiro tem sombras longas. Começa necessariamente no século XVII, no interior dos Sete Povos das Missões, comunidade criada pelos jesuítas no oeste do Rio Grande (abarcando Paraguai e Argentina) para reunir indígenas – em especial guaranis – na missão catequisadora. Destruída em 1768, a comunidade deixou como testemunho, além das ruínas, um belo exemplo de sociedade ideal para os homens e sua profunda influência na colonização. É que os rebanhos ali criados, sem dono após a guerra de destruição, ganharam os campos e ali se multiplicaram ao sabor da natureza. Era riqueza muito vistosa para não ser aproveitada naquele Brasil – colônia que crescia atrás do ouro. Por isso os preadores passaram a descer de Laguna e São Paulo para apresá-los. Eram os tropeiros, cuja refeição básica nas breves paradas de acampamento consistia num pedaço de carne fresca, assada ao calor das brasas no chão e temperado com um pouco de cinza. O historiador Dante de Laytano identifica nessa gente o primeiro ciclo de ocupação do estado. “ O segundo foi o do invernador, que já era siminômade e se obrigava a parar no caminho para engordar o gado e proteger-se do inverno”, diz ele. Assim como nos caminhos dos tropeiros, nos seus também foram brotando cidades. E como os tropeiros, invernadores e seus

Regina Celia Levote Aluna 3º ano 5º termo Reportagem Wilson Aparecido Rocha Aluno 3º ano 5º termo Editoração Prof. Mariana H. Rodrigues Design Editorial Diretora

Faculdades Integradas de Bauru Assinatura e numeros atrasados Contato:

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peões tinham no gado assado sua dieta principal, agora salgado. Eles haviam copiado dos índios o costume de colocar mantas de carne sob o arreamento, no lombo do cavalo, enquanto cavalgavam. No ponto de parada, devidamente salgado pelo suor do animal, a carne estava pronta para ir ao fogo. Como se vê, o churrasco tornouse fio condutor da história rio grandense e prosseguiu nesse papel durante o terceiro ciclo da fixação à terra, a chamada “civilização do estancieiro”. Agora já era uma larguíssima fazenda organizada, na qual a peonada saía para distantes lides de gado, que duravam semanas, meses e cujo cardápio era o churrasco, nutritivo e fácil de fazer com carne à mão. Foi nesse

momento que tomou a forma de típico churrasco gaúcho como o conhecemos, com fogo de chão e espetos de carne fincados na terra ao redor. A receita não podia ser mais simples: carne com alguma gordura – em geral costela -, coberta de sal e levada ao fogo demorado, assando primeiro de um lado e depois do outro. “Mas o churrasco não é exclusivo do Rio Grande. “ Existiu em toda América do Sul antes do Descobrimento.” De fato, os registros históricos se referem ao coócai, um assado primitivo e ao coócatuca, carne no espeto, usado pelos índios. A verdade é que no século passado, a modalidade do

fogo de chão estava definitivamente consagrada, a julgar pelo depoimento do naturalista Saint Hilaire, de 1821. “Logo chegando ao lugar onde pisei, meu soldado fez uma grande fogueira; cortou a carne em compridos pedaços da espessura de um dedo, fez ponta em uma vara de cerca de dois pés de comprimento e enfiou-o a guisa de espeto em um dos pedaços de carne e quando julgou suficientemente assado, expôs o outro lado. Ao fim de um quarto de hora esse assado podia ser comido, parecendo uma espécie de beefsteak suculento, porém de extrema dureza. Somente em tempos mais recentes o churrasco gaúcho incorporou outros cortes do gado, como a picanha ou fraldinha. A novidade veio na esteira de uma série de inovações introduzidas no prato a partir desse século, pela colonização italiana que se fixou no norte e na região da serra do estado. Para os italianos, churrasco era comido apenas em dia de festa, valiam vários cortes e era preparado de véspera, com os pedaços de molho em vinha d’alhos. Foi dali que nasceu o popularíssimo “rodízio” ou “espeto corrido”, como dizem os gaúchos, com os acompanhamentos que um velho gaudério jamais admitiria, além de levar frango e carne de porco. (A moda do espeto e da grelha acabou entrando até na área de peixes). Por curiosa coincidência, os pioneiros bem sucedidos no espeto corrido vieram de Nova Bréscia, pequena cidade encravada na serra, a 167 km de Porto Alegre. A cidade exibe na praça principal a estátua de um churrasqueiro com avental branco, faca e espeto nas mãos.

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Churrasco com Chimarrão

Churrasco com Chimarrão

Churrasco

Tipos de Churrascos

O

principal prato da culinária gaúcha é indiscutivelmente o churrasco. A simplicidade do preparo não descarta um certo refinamento. Desde os primeiros tempos, o gaúcho come churrasco. Os índios primitivos comiam carne de caça, de gado ou de potro atirada diretamente no fogo. Os conceitos para o churrasco são os mais variados. Antonio Álvares Pereira Coruja, em 1858, descreveu o alimento como “pedaço de carne assada ligeiramente sobre brasas”, enquanto José Antônio do Valle, autor do romance Divinas Pastoras, registrou como “carne preparada sem desunir do couro, em cuja parte se aplica o fogo”. Popularizou-se por todo o Rio Grande, pelas demais regiões do país e no Exterior a denominação de churrasco no espeto para o tradicional preparo da carne pelos gaúchos. O assado é feito na grelha ou no forno

Conheça o verdadeiro churrasco Assado ou churrasco: o que nasceu primeiro? A carne assada acompanha os gaúchos desde seus precursores. Os índios primitivos comiam carne de caça, de gado ou de potro atirada diretamente no fogo. O changador ou gaudério, homem nômade com fama de aventureiro, homem sem lei e ladrão de gado, seguiu o costume, que se ajustava a sua jornada. Ele fazia a carne moqueada, assada sem sal, que ficava completamente sapecada (levemente queimada) por fora e quase crua por dentro, única parte que era degustada. Até 1900, estudiosos de vocábulos gauchescos usavam o termo assado para descrever a carne preparada sobre as brasas. O preparo incluía levar o naco de carne sem separar o couro, que ficava exposto ao fogo. O jornalista Roque Callage, em seu Vocabulário Gaúcho, de 1926, foi o primeiro a definir churrasco como a carne sangrenta assada no espeto. “É o mais tradicional alimento dos camponeses rio-grandenses”, delimitou Callage. Foi este alimento que ganhou fama e popularidade no Rio Grande, no restante do País e até no Exterior. O assado na parrilla (grelha) ou no forno identifica um jeito de cozinhar na Fronteira, influenciado pelos argentinos e uruguaios.

Assado de couro

O naco de carne é cortado da rês com o couro preso e excedendo uns quatro dedos já que, sob a ação do fogo, o couro encolhe. Na fogueira, a primeira parte exposta ao calor é a do couro. Depois de bem sapecada, volta-se à outra face, assada ao calor lento do braseiro, e assim alternadamente. A carne pode ser conservada como fiambre para ser degustada dias depois.

Assado no barro

Foi muito comum na Campanha e é ainda usual na Argentina. A carne é envolvida por barro fresco e enterrada no chão. Sobre a terra, acendese um fogo forte, mantido por quatro a cinco horas. Após esse tempo, o assado é desenterrado. O barro, endurecido pelo calor, é quebrado e dentro, está a carne, muito apetitosa, pronta para ser degustada.

Assado no jirau

Carne, de gado ou peixe, é preparada sobre uma armação de varas, dispostas sobre forquilhas, que era a grelha indígena. Churrasco à moda gaúcha

Churrasco Campeiro

É o fogo feito no chão, mais usual na região da Campanha. Os espetos com a carne são fincados em pé, ao redor da brasa. A lenha é queimada com antecedência em uma vala com cerca de 60 centímetros de largura por 30 centímetros de profundidade.

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Churrasco da Fronteira

O assado na grelha é quase exclusividade das regiões fronteiriças. Uma influência de argentinos e uruguaios que costumam assar a carne bem próximo das brasas. Uma grade é armada em forma de cesto, onde é depositada a lenha. O cesto é fixado na parede, ao lado da grelha. À medida que a lenha vai queimando, as brasas que caem são puxadas para debaixo do assado.

Churrasco de Labareda

Muito usado quando se tem pouco tempo para o preparo. Espeta-se a carne, que é levada para dentro do fogo por um lado e retirada pelo outro. O espeto é virado dentro da labareda. Toda a operação é repetida várias vezes. Em 15 minutos, o assado está pronto.

Churrasco Serrano

Estilo típico de assar da região serrana, que abrange principalmente os municípios de Vacaria, São Francisco de Paula, Lagoa Vermelha, Bom Jesus e a região dos Campos de Cima da Serra. A carne é preparada sempre no ponto, nos espetos deitados sobre duas varas horizontais, apoiadas em forquilhas, que correm junto às bordas de uma vala a uma altura média de 60 centímetros. A carne é movimentada, permitindo um assado uniforme.

A carne A bovina é a preferida do churrasco feito pelo gaúcho. Ela nunca deve ser assada logo depois de o animal ser carneado (morto). Especialistas dizem que a carne precisa descansar (maturar) por, pelo menos, 24 horas, tempo em que as fibras amolecem ou que cessa o rigor mortis. Uma noite ou 12 horas já é suficiente para o preparo de um bom churrasco.

Cortes de carne bovina

A costela é a parte mais apreciada pelos assadores. A preferência recai sobre a da “janela”, que são as do meio do costilhar (conjunto completo), superando a minga, que já foi a mais requisitada. Também é bastante solicitada a costela de peito (granito), de chuleta e da ripa da costela. O matambre deve ser retirado da costela antes de assar, pois endurece e compromete a qualidade do churrasco. Fica muito saboroso se assado separadamente. É bom cuidar para não passar do ponto. Outro integrante desse conjunto, oVazio, é muito apreciado devido ao seu sabor e maciez. A picanha e a maminha são cortes do traseiro do boi que vêm ganhando cada vez mais espaço entre os churrasqueiros. A picanha é o corte mais nobre. Já o filé mignon, da mesma parte do boi, é considerado um corte de mulher, que prefere a carne magra, macia e bem passada.

Ovino

É o animal preferido para o churrasco da lida diária da Campanha. O típico gaúcho não come carneiro (macho adulto não castrado), que é reservado para reprodução. Opta pelo cordei-

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Churrasco com Chimarrão ro(com dentes de leite, até um ano), seguido pelo borrego (até dois dentes – um a dois anos), pela ovelha (fêmea adulta) e pelo capão (macho adulto castrado, com mais de 4 dentes (2 anos) ou boca cheia, quando mais velho). Estes dois últimos com a carne mais rígida e de sabor acentuado.

Ave

Uma variação do repertório de assados. O antropólogo e folclorista Carlos Galvão Krebs descobriu que o galeto al primo canto (animal abatido depois do primeiro canto) não era uma receita italiana. Foi inventado nos anos 40 pelo ex-lutador de luta livre Alécio Brum, o Marreta, que, ao se aposentar, abriu restaurantes e lançou moda em Porto Alegre com o galeto. Mais tarde, outro proprietário de restaurante, Don Nicola, inventou o frango prensado na chapa. As variações do preparo do frango podem ser encontradas em galeterias por todo Brasil.

O fogo Carvão

Modo mais prático de assar o churrasco na cidade. O carvão, comprado nos mercados em pacotes de 3 a 5 quilos, deve ser depositado e aceso em uma das laterais da churrasqueira, junto à parede. Dali será retirada a brasa necessária para colocar sob os espetos. Ao reabastecer o carvão, derrame-o no mesmo lugar. Um puxador de brasa é indispensável para manobrar o estoque de braseiro. Nunca deixe os espetos de carne sobre o carvão que

Churrasco com Chimarrão estiver acendendo, pois o gás carbônico liberado satura o churrasco.

Cupinzeiro

Material especial para o fogo e com mais calorias que a lenha, além de ser artigo facilmente encontrado no meio rural gaúcho. O cupinzeiro dá em árvores, moirões e palanques de cercas e até em porteiras. Queima muito bem e produz um calor intenso. Em uma churrasqueira caseira, é preciso cuidado para não tostar a carne. O combustível natural é muito difundido na região de Viamão, próximo a Porto Alegre, e tem seu uso transmitido de geração a geração de moradores.

Lenha

A carne assada no calor do fogo de lenha fica mais saborosa. Prefira a madeira de árvores frutíferas, como laranjeiras, bergamoteiras, limoeiros ou pereiras, que proporcionam um sabor mais agradável ao churrasco. Na serra gaúcha, o guamirim fornece a melhor lenha, assim como a do bugre, que faz boa brasa e não deixa gosto. Também é apreciada a lenha do cambuim, do maricá e da aroeira. Devem ser evitados, por deixarem um gosto ruim na carne, nó de pinho, cambará, bocão, pracatinga e sete-sangrias. Os bons churrasqueiros, quando a pressa exige, podem assar diretamente na labareda, como no churrasco de labareda.

Hora de assar Sal

O churrasco mais tradicional é temperado apenas com sal. Se a quantidade de carne for

grande, salgue antes de levá-la ao fogo. Sempre que possível aplique o sal quando o assado estiver “passando da metade”, no chamado tempo de apronte, pois acentua o sabor.

Tempero

A proliferação de churrasqueiras no cenário urbano gerou um tipo de assador de fim de semana dono de uma criatividade duvidosa no preparo da carne que vai ao fogo. Não há regra nem limites na busca de um churrasco “melhor, mais macio e saboroso”. Nesse autêntico vale-tudo, usase: tempero em folhas, leite, cerveja, cachaça, conhaque, bicarbonato de sódio, leite de mamão verde e outras invenções. Mas atenção: experimentos caseiros certamente alteram o gosto da carne.

Ponto

Todo bom assador tem sempre, ao servir, alternativas de carne no ponto, malpassada e bem -passada para atender todas as preferências de paladar.

Acompanhamentos

A farinha de mandioca e o pão formam um conjunto inseparável do churrasco. A diversidade de acompanhamentos aumenta conforme a região ou etnia, disputando o apetite antes reservado primordialmente à carne. - Campanha: batata-doce e a mandioca. - Serra: saladas com verduras e maionese (batatas). - Cidades (residências ou nos restaurantes): salada de batata com maionese, verduras, pão com alho, salsichão até feijão mexido. Todas essas combinações provam, antes de tudo, a profunda interação do churrasco com o paladar do gaúcho, que busca harmonizar usos e costumes ao principal prato da sua culinária.

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Os Segredos do Churrasco Gaúcho

O

churrasco gaúcho é muito famoso, e há quem diga que é único, devido ao seu sabor diferenciado. Para chegar a esse ótimo resultado não é só a carne que deve passar por cuidados especiais e ser bem escolhida. Entre as várias recomendações está o cuidado com o fogo, facas e instrumentos para assar. Quer aprender a fazer um típico churrasco gaúcho? Então fique atento a estas dicas: Escolha da carne Essa é uma etapa muito importante em um churrasco de sucesso. A preferência deve ser das carnes de coloração vermelho rosado e com gordura clara. Se o corte estiver vermelho escuro e com a gordura mais amarela pode ser de um animal velho. Se possível, verificar a maciez da carne com o dedo indicador. Quando está muito dura, não serve para assar no fogo. Os cortes que vem embalados ao vácuo também são indicados porque mantém a carne fresca por mais tempo. Facas bem afiadas O cuidado com as facas é essencial. Estas devem estar sempre afiadas e ter boa empunhadura para manusear. O ideal é que o churrasqueiro tenha uma de tamanho grande para a carne (cerca de 30 a 40 cm) e outra de tamanho médio para picar os temperos, se necessário. Para guardá-las o importante é ter uma bainha de couro para proteger o fio. Fogo bem feito Como dizem os gaúchos “Quem assa churrasco é o fogo”. Isso porque um fogo fraco pode estragar o prato. A

dica é que o carvão seja aceso com antecedência, para que este libere a fumaça inicial que deixa gosto e aroma ruim no churrasco. A hora certa de colocar a carne é quando se formam as brasas e aparece uma camada de cinzas por cima delas. Depois, é só espalhar um pouco a brasa na churrasqueira e começar a assar. Outro segredo é acertar a distância entre as brasas e a carne. Se o espeto estiver muito perto do fogo a carne vai queimar e não vai assar muito bem o seu interior. Se estiver muito longe vai cozinhar, mas perder o gosto. A distância ideal é mostrada quando a gordura pinga na brasa: não podem levantar labaredas ou demonstrar pouco fogo. Porém, isto melhora com a prática e a observação. Espetos e grelhas Os espetos com cabos de madeira protegem o assador. Existem em formatos largos ou duplos e

permitem que a carne seja posicionada de qualquer lado. Servem para carnes menores, costelas, medalhões e aperitivos. Já as grelhas são indicadas para carnes maiores como picanha, maminha e contrafilé. Isso porque conserva o suco da carne e a deixa mais macia. Há quem faça a picanha no espeto mas isso pode deixar a carne mais dura e menos suculenta. Sal grosso Esse é o preferido e, muitas vezes, o único tempero do churrasco gaúcho. Porém, colocar o sal na carne crua pode deixa-la endurecida e seca. O indicado é levar a carne ao fogo e só depois que ela pegar cor deve-se passar o sal grosso ou a salmoura. Após salgar, o certo é voltar com o corte ao fogo e tirar o sal quando estiver esbranquiçado. Vale testar as dicas no próximo fim de semana e fazer um bom churrasco ao estilo gaúcho!

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Churrasco com Chimarrão

Churrasco com Chimarrão

Cortes mais usados no Brasil. 1.Cupim 2.Pescoço 3.Peito 4.Acém 5.Paleta 6.Músculo 7.Capa de Filé 8.Bisteca 9.Contrafilé 10.Filé mignon 11.Alcatra 12.Fraldinha 13.Lagarto 14.Costela 15.Ponta de agulha 16.Coxão mole 17.Patinho 18.Coxão duro 19.Rabo 20.Picanha 21.Maminha 22.Miúdos

Indice de produção de carne no Brasil em 2013 e 2014.

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C h i m a r r ã o

B o m b a 10


Churrasco com Chimarrão

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Churrasco com Chimarrão

Chimarrão

PROPRIEDADES MEDICINAIS E NUTRITIVAS DA ERVA-MATE

O que é e qual sua origem.

Chimarrão é um legado do índio Guarani. Sempre presente no dia-a-dia, constituiu- se na bebida típica do Rio Grande do Sul. Também conhecido como mate ou amargo, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas. Conta a história que no de 1536, após a fundação da cidade de Assunção no Paraguai, os soldados espanhóis, acostumados a grandes “borracheras” (porres), que muitas vezes duravam a noite toda, sofriam com a ressaca, enquanto que isso não ocorria com os índios Guaranis que bebiam um estranho chá de ervas. Desta forma, esse costume foi levado para o sul e quando o homem branco, ao chegar no pago gaúcho, já encontrou o índio guarani tomando o Caá, em porongo, sorvendo o Caá-y, através do

tacuapi (bomba primitiva, feita de taquara). No meio tradicionalista, o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático é o costume que, de mão em mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul. Atualmente passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba. O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate e que são fundamentalmente a cuia e a bomba. Antigamente, costumava-se toma-lo junto a um fogo de chão ou fogão a lenha, pois tinha-se que manter a água da chaleira quente, com a invenção da garrafa térmica, esse costume se propagou mais ainda, pois a garrafa deu uma mobilidade ao gaúcho só comparada à do telefone celular ao homem moderno!

TIPOS DE CHIMARRÃO

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Análises e estudos sobre a erva-mate tem revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos nas folhas da erva-mate alcalóides (cafeína, teofilina, teobromina, etc...), ácidos fólicos e cafeico (taninos), vitaminas (A, B1, B2, C, e E), sais minerais (alumínio, ferro, fósforo, cálcio, magnésio, manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutose, glucose, sacarose,...), lipídios (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de celulose, dextrina, sacarina e gomas. Por tudo isso, a erva-mate é considerada um “alimento quase completo”, pois contém a maioria dos nutrientes necessários ao nosso organismo. O consumo da erva -mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando benéficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insônia e irritabilidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral). A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular. Assim, os pesquisadores concluíram que o mate contém praticamente todas as vitaminas necessárias para sustentar a vida, e que a erva-mate é uma planta indiscutivelmente especial, já que é muito difícil encontrar em qualquer lugar do mundo outra planta que se iguale ao seu valor nutricional.

Características:

- Digestiva; - É um moderado diurético; - Estimulante das atividades físicas e mentais; - Auxiliar na regeneração celular; - Elimina a fadiga; - Contém vitaminas - A, B1, B2, C e E; - É rica em sais minerais como Cálcio, Ferro, Fósforo, Potássio, Manganês; - É um estimulante natural que não tem contra-indicações; - É vaso-dilatador, atua sobre a circulação acelerando o ritmo cardíaco; - Auxiliar no combate ao colesterol ruim (LDL), graças a sua ação antioxidante; Por ser estimulante possui também poderes afrodisíacos, graças a vitamina “E” presente na erva-mate. - É rica em flavonóides (antioxidantes vegetais) que protegem as células e previnem o envelhecimento precoce, tendo um efeito mais duradouro pela forma especial como se toma o mate; - Segundo o médico pesquisador, Dr. Oly Schwingel, é indicado o uso do chimarrão de duas a três vezes ao dia; Previne a osteoporose, fortalecendo a estrutura óssea graças ao Cálcio e as vitaminas contidas na erva-mate; Contribui na estabilidade dos sintomas da gota (excesso de ácido úrico no organismo); - É rico em fibras que contribuem para o bom funcionamento do intestino; - Auxiliar em dietas de emagrecimento; - Atua beneficamente sobre os nervos e músculos; - Regulador das funções cardíacas e respiratórias; - É considerado um “alimento quase completo”, pois contém a maioria dos nutrientes necessários para sustentar a vida; - Segundo o Instituto Pasteur da França e a sociedade científica de Paris, não existe no mundo outra planta que se iguale à erva-mate em suas propriedades e seu valor nutricional.

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Churrasco com Chimarrão

OS

DEZ MANDAMENTOS DO CHIMARRÃO

Churrasco com Chimarrão

COMO FAZER UM BOM CHIMARRÃO

•Material necessário

01- NÃO PEÇAS AÇÚCAR NO MATE 02 - NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO 03 - NÃO DIGAS QUE O MATE ESTÁ QUENTE DEMAIS 04 - NÃO DEIXES UM MATE PELA METADE

1) Erva-Mate para chimarrão (opte pela erva mais verde) 2) Uma bela cuia 3) Uma bomba de prata folheada à ouro (caso não seja rico, pode ser um bomba comum mesmo) 4) Um aparador (pode ser uma tampa plástica lisa) 5) Uma térmica com água quente 6) Um copo de água morna Modo de fazer

05 - NÃO TE ENVERGONHES DO “RONCO” NO FIM DO MATE

•Água: 1) Esquente a água. O ponto certo é chamado de chiado, então, quando a chaleira começar a chiar ou tremer um pouco apague o fogo. (Obs: Se a água esquentar demais vai queimar a erva e o chimarrão ficará ruim e, claro, você também irá queimar a boca)

06 - NÃO MEXAS NA BOMBA

•Colocando a er va na cuia: 1) Despeje a erva na cuia até que cubra o pescoço.

07 - NÃO ALTERES A ORDEM EM QUE O MATE É SERVIDO 08 - NÃO DURMAS COM A CUIA NA MÃO 09 - NÃO CONDENES O DONO DA CASA POR TOMAR O PRIMEIRO MATE 10 - NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO DÁ CÂNCER NA GARGANTA (PÉRCIO DE MORAES BRANCO) 13

•Cevando o mate (ter mo gaúcho para o preparo do chimar rão): 1) Tampe a cuia com o aparador 2) Tombe a cuia de lado e agite na horizontal para posicionar a erva corretamente 3) Levante a cuia um pouco (em valores mais precisos + ou - 45 graus) 4) Retire o aparador vagarosamente e verifique se a erva ficou bem acomodada •Colocando a água 1) Pegue o copo com água morna e derrame vagarosamente a água pela parede da cuia. Obs: não utilize água quente porque pode estragar a erva. Alguns mais aventurados fazem esse primeiro com cachaça. • Introduzindo a bomba 1) Pegue a bomba e tampe o bocal com o dedão

2) Coloque a parte de trás da bomba contra a parede de er va 3) Coloque a bomba até o fundo (de prefência bem próxima da parede de erva) 4) Ainda com o bocal tampado gire a bomba no sentido anti-horário (+ ou - 90 graus, até que a bomba fique reta) 5) Agora sim, pode retirar o dedão do bocal •Finalizando 1) Vá para a pia da cozinha (ou fora de casa, nunca na janela do apartamento), puxe essa água e cuspa fora (é a primeira nunca é boa) 2) Agora se você quiser (e tiver) poderá despejar alguns chás, ervas, etc. na cuia e um pouco sobre a parede de erva para que você possa ir despejando quando desejar •Regras para tomar o chimar rão 1) A cuia é de uso comum, portanto não tenha nojo 2) Chimarrão não é igual tereré, logo não tente tomar toda a água em um único gole (isso é perigoso). Tome com calma 3) Cuia também não é microfone. Não demore muito 4) Evite (melhor NUNCA) mexer na bomba. Em casos extremos, se a bomba estiver trancada gire-a um pouco para cada lado 5) Nunca deixe um chimarrão pela metade. Você sabe que o mesmo terminou através do tradicional ronco da bomba • P r e p a r a n d o p a r a o próximo 1 ) G e r a l m e n t e s o b r a uma erva seca na p a r t e s u p e r i o r d a c u i a, reserve um pouco 2 ) J o g u e o r e s t o d a erva no lixo e passe u m a á g u a d e n t r o d a cuia (limpe bem) 3 ) D e i x e e s c o r r e r u m pouco 4 ) J o g u e a e r v a q u e v ocê reservou dent r o d a c u i a e e s p a l h e por toda a cuia 5 ) F a ç a i s s o t o d a v e z, pois assim você c u r a n d o a c u i a e t e r á um bom chimarrão 6 ) N ã o e s q u e ç a d e l i mpar a cuia quando f o r f a z e r u m n o v o c h imarrão. Isso pode s e r f e i t o r a s p a n d o e s sa erva com a mão.

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Churrasco com Chimarrão

Churrasco com Chimarrão

Sobremesas a Base de Erva Mate

CURIOSIDADES

Benefícios no consumo do chá de erva mate

Chimarrão Emagrece!!!

Segundo estudos atuais, a erva mate apresenta importante ação na saúde. A bebida feita da erva contém substâncias bioativas, como os ácidos fenólicos e os flavonóides, que apresentam uma ação antioxidante capaz de inibir danos celulares provocados pelos radicais livres. Com isso, o chá é capaz de prevenir alguns tipos de câncer e doenças do coração.

Na Universidade Federal de Santa Catarina, os cientistas descobriram que três doses (cada uma com cerca de 300 ml) diárias do chimarrão típico dos gaúchos, à base de erva-mate, são capazes de diminuir em 13% o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL). A explicação dos pesquisadores é de que “isso se deve às saponinas, substâncias que funcionam como espécie de detergente e reagiriam com ácidos biliares, impedindo a absorção da gordura pelo intestino”. O mesmo efeito anticolesterol já havia sido confirmado por pesquisadores da Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Por outro lado, na Coréia do Sul, cientistas da Universidade de Yonsei disseram que a suplementação com erva-mate diminui o peso, a gordura abdominal e a glicose. Assim, além de prevenir placas nas artérias, a erva-mate combate radicais livres, moléculas que surgem naturalmente no organismo e que promovem a deterioração das células. Mais uma informação científica: uma cuia ou uma xícara de chá-mate depois do almoço auxilia o intestino, favorecendo a digestão, e acelera a queima de gordura, de acordo com pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Outra substância importante presente no chá e que tem sido alvo de estudos é a cafeína, que é encontrada no mate em quantidades moderadas. Segundo evidências científicas, a cafeína é capaz de estimular a função cerebral e muscular. A ação da cafeína pode ainda promover o emagrecimento, atuando na mobilização das reservas de gordura e na sua utilização como fonte de energia. É muito importante salientar que as ações do mate no organismo são desencadeadas quando a bebida é consumida regularmente, o que gera uma concentração constante das substâncias bioativas (flavonóides e cafeína) na circulação sanguínea. http://www.necessaire.com.br/beneficiosno-consumo-do-cha-de-erva-mate

Bolo de Erva

Eta coisa boa, barbaridade tchê!... INSTITUTO ESCOLA DO CHIMARRÃO Produção e Organização RTP Consultoria de Eventos Ltda Rua Jacob Becker, 881 - Centro Venâncio Aires - RS CEP: 95800-000 Fone: (51) 3741.6573 pedro@escoladochimarrao.com.br

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Duração: 1 h Porções: 10 Ingredientes 4 ovos l e ½ xícara de açúcar refinado ½ xícara de leite morno ½ xícara de óleo 5 colheres de sopa de erva- mate peneiradas 2 xícaras de farinha de trigo Modo de preparo Bata os 5 primeiros ingredientes no liquidificador. Coloque a mistura em uma tigela e acrescente 2 xícaras de farinha de trigo peneiradas. Misture todos os ingredientes mexendo bem, e por último acrescente l pacotinho de fermento em pó. Leve ao forno pré-aquecido por +- 40 mm. Cobertura: Ao tirar o bolo do forno, faça furos com um garfo no bolo ainda quente e cubra com leite condensado. Por último, polvilhe com coco ralado.

Bolo de Iogurte com erva-mate

Duração: 1h Porções: 8 Ingredientes 3 ovos 1 copo de iogurte natural Três quartos de um copo (de iogurte) de óleo vegetal 3 colheres de sopa de chá mate solúvel 1 pacote de gelatina sabor limão 300 gramas de farinha de trigo peneirada 120 gramas de açúcar 1 colher de sopa de fermento químico em pó Modo de preparo Em uma vasilha, junte a farinha de trigo, a gelatina, o açúcar, o chá e o fermento em pó. Misture bem e reserve. No liqüidificador, coloque os ovos, o óleo vegetal, o iogurte e bata por cinco minutos. Coloque aos poucos o creme na vasilha de ingredientes secos e misture até formar uma massa homogênea. Ponha a massa em uma forma untada e leve ao forno pré-aquecido. Asse por cerca de 25 minutos ou até que o bolo esteja cozido.

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Churrasco com Chimarrão

Churrasco com Chimarrão

Alfajor de Erva-Mate Duração: 40 min Porções: 8 a 10 Ingredientes - 3 gemas - 200 gramas de manteiga ou margarina - 2 xícaras (chá) de açúcar - 200 gramas de amido de milho - 1 colher (sopa) de açúcar de baunilha - 1 colher (sopa) fermento em pó - 2 colheres (sopa) de erva mate - 400 gramas de farinha de trigo Modo de preparo Em uma vasilha, coloque as gemas, o açúcar, a margarina (temperatura ambiente) e misture. Acrescenta a erva mate, o açúcar de baunilha, amido de milho, o fermento e a farinha. Misture com as mãos. Coloque farinha em uma mesa limpa e sove a massa. A massa está pronta quando não grudar nas mãos. Estique a massa com o auxílio de um rolo. A massa é delicada, mas não deixe-a muito fina. Utilize a boca de um copo como forma (também podem ser usados outros formatos). Coloque a massa em uma forma untada por 10 minutos. Não deixe por mais tempo, por os pequenos discos podem se quebrar. Monte o alfajor com dois discos. Sugestão: coloque doce de leite e polvilhe com coco ralado.

INSTITUTO ESCOLA DO CHIMARRÃO Produção e Organização RTP Consultoria de Eventos Ltda Rua Jacob Becker, 881 - Centro Venâncio Aires - RS CEP: 95800-000 Fone: (51) 3741.6573 pedro@escoladochimarrao.com.br 17

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