Revista dazarea

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THIS IS YOUR LIFE. BE A HERO.


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EXPEDIENTE | EDITORIAL

1ª Edição - Junho de 2015

Faculdade: Centro Universitário Estácio do Ceará Curso: Design gráfico Trabalho de conclusão de curso Projeto editorial revista Dazárea Professor orientador: Robson Gomes Aluno: Washington Luiz Patrício de Sousa Projeto gráfico e diagramação Washington Luiz Patrício de Sousa Dazárea On-Line www.twitter.com/revistadazarea www.facebook.com/revistadazarea Matérias e sugestões de pauta

redacao@revistadazarea.com.br Para anunciar washington@revistadazarea.com.br

MISTO

Papel produzido a partir de fontes respons‡veis


Bem vindos

E

ste impresso é resultado de um vasto trabalho de conclusão de curso. É um exemplar especial, que foi planejado e projetado para que o leitor tenha clareza ao ler as matérias, tenha dinâmica ao virar as páginas e tenha curiosidade ao interagir com as matérias e fotografias que estão diagramada de forma intrigante. Depois de reunir inspiração, talento e conhecimentos adquirido durante vários semestres de estudo nasceu a Revista Dazárea. Uma revista com foco em um público jovem urbano e suburbano. Que visa a comunicação e o entretenimento de várias tribos em uma única linguagem, simples e sem preconceito. Um projeto que tem intrinsecamente várias técnicas de design como; movimento, equilíbrio, cor e contraste para que seja nítido e divertido a leitura desta revista. Aos professores que estiveram comigo durante este período acadêmico, agradeço aos mesmo pela paciência e dedicação na transmissão de seu conhecimento que hoje me torna um grande profissional e para os professores que estarão na banca de avaliação, afirmo que este é um ótimo trabalho e que merece ser apreciado com sutileza, pois é o início de um sonho, sonho este que se materializa e se torna realidade.

Washington Luiz Designer gráfico


SUMร RIO

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Criolo - Convoque seu Buda Entrevista: Raimundos Conheรงa alguns dos maiores grafiteiros do Brasil


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As fotografias Intrigantes de Tom chambers Brasileiro de skate em fortaleza “Vai ser mais difícil”, prevê Medina sobre novo título no mundial de surfe


MÚSICA | NOVIDADE

CRIOLO Convoque seu buda por Pedro Henrique Araújo

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esde 2011, ano de lançamento do aclamado Nó Na Orelha, os holofotes já focaram Kleber Cavalcante Gomes, o Criolo, incontáveis vezes. O criador da já emblemática “Não Existe Amor em SP” foi alçado ao patamar dos artistas do primeiro escalão e viu sua até então modesta realidade mudar de forma meteórica. Foi aí que as ruas do Grajaú, os pequenos palcos e as rinhas dos MCs perderam espaço para os festivais com grandes públicos, as turnês internacionais, aparições na TV, pontas no cinema e até uma fofoca aqui e outra acolá nas revistas e sites de entretenimento. Criolo recebeu homenagem de Chico Buarque, elogios de Caetano Veloso, ganhou uma versão de Ney Matogrosso para “Freguês da Meia-Noite” e fez show com Milton Nasci-

mento. Educadamente, meteu o pé na porta do hall dos cachorros grandes da música brasileira. Assim, é normal que Convoque Seu Buda, o terceiro disco da carreira do rapper, chegue cheio de expectativas. O trabalho foi produzido novamente pela dupla Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, que também deram uma mão nas letras. Quem se lembra, e gosta, do Criolo Doido da época de Ainda Há Tempo (2006), o álbum de estreia, vai se interessar por faixas como “Convoque Seu Buda” e “Duas de Cinco” (esta segunda lançada em single ano passado), e por “Plano de Voo”, que conta com a participação do MC Síntese, um dos mais interessantes nomes da nova cena do hip-hop. Preste atenção no discurso quase religioso dele e no desespero ao cantar, que lembra muito o próprio Criolo


em canções antigas como “Tô Pra Vê” e “No Sapatinho”. Já “Cartão de Visita” é uma das faixas mais memoráveis e com cara de hit. Nela, Criolo sai com uma boa sacada para o meme criado depois da bizarra entrevista que concedeu a Lázaro Ramos no Canal Brasil. Na letra, o rapper até inclui a famosa frase: “Alguém nos ajude, Lázaro, a entender!”. A participação de Tulipa Ruiz no refrão ajuda a dar uma cara bem pop à canção. Apesar de estar com o nariz mais apontado para o rap, Convoque Seu Buda acena para o reggae em “Pé de Breque”; cai no samba em “Fermento Pra Massa”; surfa uma onda afro-samba-beat em “Casa de Papelão” e vai para o nordeste em “Pegue Pra Ela”. “Fio de Prumo ‘Padê Onã’”, a última faixa, tem a eficaz voz de Juçara Marçal no refrão. A

banda que toca no disco é praticamente a mesma que acompanhou o cantor durante os três anos das constantes turnês de Nó na Orelha e isso reforça a unidade sonora. É preciso dizer que Convoque Seu Buda tem muitos elementos similares a Nó na Orelha: há arranjos pretensiosos e o discurso é similar. Mas seria leviano afirmar que ele é mero xerox do álbum anterior. Também não é fácil prever se o êxito vai ser igual. Criolo soa parecido, sim, mas já se passaram três anos e muita água rolou debaixo dessa ponte. Muitos dirão que a fórmula se repetiu e uma parte significativa nem vai reparar no som, se atendo ao Criolo “celebridade”. Mas é o que acontece com os grandalhões da música. Criolo vai ter que se acostumar ao sucesso.>>

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MÚSICA | NOVIDADE

Nasceu! Um dos discos mais aguardados de 2014, Convoque Seu Buda, terceiro registro de estúdio do rapper Criolo, foi disponibilizado para audição e download gratuito na noite desta segunda-feira, 3, sem aviso, pompa ou firula. Com 10 faixas, entre elas “Duas de Cinco”, que já havia saído no EP de mesmo nome, lançado em 2013, o álbum é uma nova imersão do músico no que mais popular há na música brasileira. Rap, samba, rock, reggae e forró são alguns dos gêneros pelos quais Criolo transita com leveza e naturalidade no disco. Criolo volta a gravar após sucesso do disco que marcaria a despedida dele.

Produzido por Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, Convoque Seu Buda foi gravado no estúdio El Rocha, na zona oeste de São Paulo, entre o fim de julho e o início de setembro. O álbum, mixado por Mario Caldato Jr. e masterizado por Robert Carranza, em Los Angeles, conta com participações de Kiko Dinucci, Juçara Marçal, Tulipa Ruiz, Neto, do grupo Síntese, e Rodrigo Campos, com destaque para Money Mark - produtor e colaborador dos Beastie Boys. Além do lançamento no Brasil, o trabalho foi divulgado simultaneamente na Europa – pelo selo Sterns Music - e nos Estados Unidos – pelo selo Circular Moves.d


Convoque Seu Buda

Composição: Criolo / Daniel Ganjaman

Convoque seu Buda! O clima tá tenso Mandaram avisar que vão torrar o centro Já diz o ditado, apressado come cru Aqui não é GTA, é pior, é Grajaú Sem pedigree, bem loco Machado de Changô fazer honrar seu choro De UZI na mão, soldado do morro Sem alma, sem perdão Sem Jão, sem apavoro Cidade podre, solidão é um veneno O Umbral quer mais Chandon, heróis crack no centro Na tribo da folha favela desenvolvendo No Jutso secreto Naruto é só um desenho Uns cara que cola pra ver se cata mina Umas mina que cola e atrapalha ativista Mudar o mundo do sofá da sala, postar no Insta E se a maconha for da boa que se foda a ideologia Refrão (2x) Nin Jitsu, Oxalá, capoeira, jiu jitsu Shiva, Ganesh, Zé Pilin dai equilíbrio Ao trabalhador que corre atrás do pão É humilhação demais que não cabe nesse refrão E se não resistir e desocupar Entregar tudo pra ele então, o que será? E se não resistir e desocupar Entregar tudo pra ele então, o que será? Sonho em corrosão, migalhas são Como assim bala perdida? O corpo caiu no chão! Num trago pra morte cirrose de depressão Se o pensamento nasce livre aqui ele não é não Sem culpa católica, sem energia eólica A morte rasga o véu, é o fel vem na retórica Depressão é a peste entre os meus Plano perfeito pra vender mais carros teus A beleza de um povo, a favela não sucumbi Meu lado África, aflorar, me redimir O anjo do mal alicia o menininho Toda noite alguém morre Preto ou pobre por aqui Nin Jitsu, Oxalá, capoeira, jiu jitsu Shiva, Ganesh, Zé Pilin dai equilíbrio Ao trabalhador que corre atras do pão É humilhação demais que não cabe nesse refrão E se não resistir e desocupar Entregar tudo pra ele então, o que será? E se não resistir e desocupar Entregar tudo pra ele então, o que será?

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MÚSICA PARA SE NTIR NA P E L E .

IVETE E CRIOLO 12/04 26/04 24/05 31/05 14/06 21/06 28/06

PORTO ALEGRE RECIFE SALVADOR FORTALEZA BRASÍLIA RIO DE JANEIRO SÃO PAULO


MÚSICA | ENTREVISTA

Entrevista:

“Os fãs são a nossa gravadora!” Por Bruno Eduardo

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antigas de Roda - o novo álbum dos Raimundos - chega para pontuar uma nova fase na carreira da banda. Afinal, esse é o primeiro trabalho de iné-

ditas em doze anos. Financiado pelos fãs, a forma física do disco é distribuída como uma espécie de recompensa. “Hoje todo mundo quer o disco. Mas quando pedimos


Raimundos

ajuda lá atrás, foram esses aí que ajudaram! É uma exclusividade dos fãs que nos apoiaram quando realmente precisamos!”, afirmou Canisso. No mesmo ano em que a banda comemora duas décadas de seu debut, nada como constatar vitalidade em um trabalho cheio de energia, e com representatividade artística digna de sua história. Convictos, o

grupo segue caminhada de forma independente, e encontra inspiração nos verdadeiros fãs para manter a chama acesa. Conversamos com o baixista Canisso, que falou sobre o novo disco dos Raimundos, e como foi recomeçar do zero.>>

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MÚSICA | ENTREVISTA

Particularmente falando, eu achei que o novo disco de vocês (Cantigas de Roda) traz uma sonoridade bem característica daquela época mais clássica, dos anos noventa. Gostaria de saber se houve essa preocupação por parte de vocês, em tentar resgatar isso. Na verdade não tivemos nenhuma preocupação nesse sentido. A gente vem mantendo uma estratégia de recolocar o Raimundos na cena desde 2007. Então, era natural que quando parássemos para criar algo, iria sair alguma coisa nessa linha. Estamos tocando praticamente todos os fins de semana, desde 2007, por isso foi algo que aconteceu naturalmente. Nada intencional. Inclusive, há algumas músicas no disco que trazem de volta aquela ligação com o lado nordestino, como por exemplo, “Gato da Rosinha”. Essa tenha sido talvez a única que nós utilizamos a fórmula antiga, propositalmente. O forrocore. A letra do Zenilton transformada no hardcore dos Raimundos. Essa foi a única que fizemos essa brincadeira. Gostaria que você falasse da produção do disco, já que vocês gravaram com o Billy (Graziadei) do Biohazard. Como foi isso? Como vocês chegaram até ele? Pois é cara. Tudo isso foi surgindo naturalmente. Quando nos juntamos para fazer o disco, nós não tínhamos ideia. Estávamos pensando em usar os meios de sempre, fazer tudo em casa, compondo e já editando. Nós fizemos uma pré muito trampada. Já estava tudo praticamente pronto. Só que aos 45 do segundo tempo nós encontramos um amigo nosso, o Binho Nunes, da banda Bife Killers, e quando ouvimos o trabalho dele - também mixado pelo Billy - nós vimos que o cara tinha dado um som bem legal no trampo dos caras. Além disso, o nosso baterista é fã do Biohazard. Sabe aquele fã de usar camiseta? É o Caio! Ele até tinha falado uma vez que sonhava em gravar um disco com o cara do Biohazard, e acabou caindo no colo. Sabe aquela coisa da mentalização positiva? Acho que foi isso. Aí o próprio Binho fez a ponte, e nós ficamos sabendo que Billy Graziadei não só conhecia os Raimundos, como curtia. Foi demais!

Falando ainda sobre o Cantigas de Roda, tem uma música que eu curto muito, que é “Rafael”. Afinal, ele existe? Esse Rafael é real? Existe cara! Rafael é tipo vizinho da galera. Mora perto ali do Rodolfo [Abrantes, ex-vocalista dos Raimundos] e do Digão. Rafael é sobrinho do Manel, que também já foi citado em uma música nossa (“Véio, Manco e Gordo”). Manel é um cara lendário, mas o Rafael é o supra sumo da galera. Fale um pouco sobre esse momento que vocês se encontram, em plano de distribuição fonográfica. No Cantigas de Roda vocês usaram o crowdfunding e lançaram o disco de forma independente. Só que o grupo já viveu o outro lado da moeda nos anos noventa, protegido por uma grande gravadora. Que analogia você faz dessas duas fases, e qual a principal vantagem em alançar o trabalho por financiamento coletivo? Quando pensamos sobre crowdfunding, lá atrás, pensamos na forma que gostaríamos de registrar o CD. Porque compomos o CD nos nossos próprios home studios entre 2012 e 2013. Então o crowdfunding chegou para nos mostrar um caminho totalmente independente da gravadora. Porque a gravadora além de não dar a liberdade criativa - porque de certo modo ela interfere na sua obra - ela também ia dar uma mordida nesse nosso trabalho sem a garantia de uma divulgação em cima. É como entregar uma fatia do bolo já pronto, sem a garantia de retorno, entende? E esse era um disco crucial na nossa carreira. Porque é um disco para os fãs. E os fãs são os únicos responsáveis por manter a gente ainda na ativa. Eles é que definem a nossa relevância. Não estávamos preocupados com o mercado. Queríamos apenas o melhor registro possível para o nosso público. O crowdfunding era a melhor opção para conseguirmos ter total domínio nesse novo trabalho. O pior é que isso está nos causando um problema, já que todo mundo quer o disco (físico) e não tem mais. O disco físico é só para quem contribuiu. Ou seja, vai virar uma espécie de raridade. Podemos dizer que a nossa gravadora agora são os fãs! E vocês não pensam em lançar o disco físico no futuro?


Esse disco não. A forma física dele, com encarte, incluindo os Vinis, só para quem contribuiu. É um edição limitada de fã. As músicas estão disponíveis na internet para download, pelo iTunes. Mesmo porque, nos tempos atuais pouca gente se interessa pelo disco físico. Só os fãs merecem esse material! O fã de Raimundos tem um modelo específico? Você consegue enxergar o tipo de fã dos Raimundos? Pois houve uma mudança no fã clube de vocês, principalmente no início dos anos 00’s. O que eu sei é que verdadeiro fã dos Raimundos não curtiu tanto o Só No Forevis (lançado em 1999). O Só no Forevis é um disco totalmente mainstream. Consigo ver muito dos nossos fãs no Roda Viva. Porque ali está registrada a nossa qualidade de verdade. O nome “Roda Viva” é em homenagem as rodas punk dos nossos shows. Porque o nosso público é o das rodinhas. É o público que o mercado não quer. Eles querem o público das menininhas, do rebolado. Hoje em dia, nós somos os Raimundos dos fãs. Desse que se quebra nas rodas punk; que sai suado dos shows; que canta do início ao fim. Os Raimundos dos fãs é aquele do “Eu Quero Ver o Oco”, “Bicharada”, “Nega Jurema”, “MM’s”. Canisso, esse ano o primeiro disco de vocês completa duas décadas de lançamento. Vocês pensam em fazer algo à respeito? É engraçado, porque em 2009 o disco completou 15 anos e a gente já estava tocando com essa mesma formação. Naquele ano, a gente fazia um show normal, saía do palco, e voltava tocando o primeiro disco na íntegra. Na época isso era importante para gente, porque era uma forma de mostrar para as pessoas que a nova formação estava coesa e não deixava a desejar em relação à original. Além disso, esse ano calhou de estarmos lançando o Cantigas de Roda. Não tínhamos mais como esperar. Tivemos que decidir se iríamos ficar mais um ano fazendo show de comemoração com essa formação ou tentar lançar coisa nova. Como já havíamos feito isso nos 15 anos do álbum (em 2009), a escolha natural foi mostrar a banda com novas músicas. Imagina se a gente passa mais um ano fazendo show flashback? Iríamos engrossar

o coro de quem diz que vivemos do nosso passado. Eu até tenho vontade de gravar o primeiro disco todo acústico, na íntegra. Mas não é a nossa prioridade no momento. O Cantigas de Roda fica sendo nossa homenagem aos 20 anos do primeiro disco. Na minha opinião, essa é a melhor formação do grupo desde que você voltou. Então queria que você falasse sobre o Caio, que é o novo baterista, e que entrou junto com você. E sobre a sua volta ao grupo. O Caio tocava com o Digão na banda Dr. Madeira. Ele também era baterista de um grupo psychobilly, chamada Sapato Bicolores, e foi da Deceivers, que foi um expoente na cena de Brasília. Na época, eu era guitarrista de uma outra banda e acabei decidindo sair. O Digão já vinha me chamando para voltar ao grupo, mas eu tinha uma certa rusga com um integrante [o ex-baterista Fred], e por isso não aceitava. Só que numa noite específica, ele e o baixista da época não poderiam se apresentar e o Digão chamou eu e o Caio para tapar esse buraco. Pelo visto funcionou, já que a banda cresceu muito, principalmente no palco. Sim, eu lembro que o setlist era uma porcaria. Era tipo o lado A do Só no Forevis. Então decidimos incluir umas músicas mais porradas ali, e as rodinhas voltaram. Aquela foi uma turnê seminal para os Raimundos. Viajávamos os quatro e um técnico de som. Todo mundo rachando hotel, viajando de kombi. Aquela coisa bem tosca, sabe? De início de carreira. Lembro que na época tocamos em São Gonçalo (RJ), e ficamos num hotel de R$11 a diária. Ou seja, trouxemos a banda de volta na unha. É uma convivência que acabou se tornando inspiração para esse novo disco. Por falar em convivência, como é a sua relação com o Rodolfo, hoje? A minha relação com o Rodolfo é tipo aquela que você tem com um parente que você não vê há muito tempo. Nunca vai deixar de existir a admiração e a amizade. Só que a gente não tem mais nenhum contato.d

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Canetas Posca co


olorindo sua vida


ARTE | GRAFITE

Os representantes brasileiros da Street Art fazem sucesso no mundo todo por Ezio Jemma


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arte urbana, ou street art, é um movimento que surgiu no meio underground das cidades como um`a forma de manifestação de artística realizada em espaços públicos. Com o tempo, o movimento foi sendo reconhecido como arte e se dividindo em várias modalidades. Uma dessas modalidades, o Grafite, tem atraído uma série de artistas brasileiros que são conhecidos internacionalmente. Pensando nisso, o Guia separou alguns dos grandes nomes da arte urbana de São Paulo para você conhecer melhor nossos grafiteiros.>>

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ARTE | GRAFITE

OS GÊMEOS

Onde ver: Brasilia, DF

Onde ver: Avião Seleção Brasileira


Os gêmeos idênticos Gustavo e Otávio Pandolfo são referência no grafite não só no Brasil, como no mundo, abordando temas como família e críticas sociais. Os irmãos começaram a grafitar pelas ruas de São Paulo em 1986 quando tinham apenas 12 anos de idade. Começaram a ter experiências com parcerias

internacionais até que, em 2003, conseguiram a primeira exposição solo em São Francisco. Em 2005 foi a vez de Nova York e, após conquistarem o exterior, realizam sua primeira mostra no Brasil em 2006. Seus grafites estão espalhados por cidades dos EUA, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba e vários outros.>>

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ARTE | GRAFITE

OS GÊMEOS

Onde ver: Lisbon, Portugal


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ARTE | GRAFITE

BINHO RIBEIRO

Onde ver: S達o Paulo, SP

Onde ver: Miami, EUA


Onde ver: Beirute, Libano

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ARTE | GRAFITE


BINHO RIBEIRO

Onde ver: Porto Alegre, RS

Se você conhece e aprecia a Street Art no Brasil e na América Latina, você deve muito a Binho Ribeiro. O artista foi um dos precursores da arte na região e é respeitado em todos os locais que demonstrou seu trabalho. Los Angeles, Santiago, Paris, Buenos Aires, Beijing e Amsterdam são apenas exemplos da lista de países que ele já passou. Além disso, seus desenhos ilustraram campanhas publicitárias como as de Ford, Sony, Guaraná Antartica e Ferrari.>>

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ARTE | GRAFITE


ALEX SENNA

Onde ver: Londres, UK

As ruas e ateliês são os palcos das ilustrações detalhistas e inconfundíveis de Alex Senna. O artista busca transportar suas emoções para arte de uma forma rebuscada e tocante. Sua paixão de infância pelos quadrinhos influencia suas obras a ponto de torná-las originais por meio de riscos simples e preto e branco. Seus trabalhos estão espalhados por São Paulo, Londres, Paris e Barcelona. d

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ARTE | GRAFITE

ALEX SENNA Onde ver: S達o Paulo, SP


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T CH O AM M BE R

AS INT FO RIG TO G AN RA TE FIA SD S E ARTE | FOTOGRAFIA


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ARTE | FOTOGRAFIA


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ARTE | FOTOGRAFIA


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ESPORTE | SKATE

Brasileiro de Skate em

Fortaleza


Luan Oliveira, Rodil Ferrugem, Kelvin Hoefler e Diego Oliveira são alguns dos confirmados. por Marcos Hiroshi

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ntre os dias 5 e 7 de setembro será realizado a etapa de abertura do Circuito Brasileiro de Street Skate Profissional 2014, em Fortaleza, que pela primeira vez na história sedia uma etapa do circuito. A competição acontece na Pista Pública do Parque do Cocó de Fortaleza e serão distribuídos uma premiação total de R$ 50 mil, dividida entre os melhores classificados na competição, sendo R$ 12 mil para o campeão. >>

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ESPORTE | SKATE

As inscrições são reservadas exclusivamente para skatistas profissionais confederados à CBSk. Entre os atletas já confirmados estão o top do Street League Luan de Oliveira (RS), o bicampeão mundial Rodil Ferrugem (PR), o tricampeão mundial Kelvin Hoefler (SP), o vice-campeão brasileiro Danilo do Rosário (PR), o campeão brasileiro Diego Oliveira (SP), e o bicampeão mundial Rodolfo Ramos (PR). Os seis primeiros colocados do ranking de 2013 já estão automaticamente pré-classificados para a fase semifinal. São eles Kelvin Hoefler, Rodil Ferrugem, Danilo do Rosário, Diego Oliveira, Paulo Galera e Rodolfo Ramos. A primeira etapa do Circuito Brasileiro inicia na sexta-feira (5/9) com treinos livres oficiais, às 17h. No sábado e domingo (6 e 7/9) a pista vai ferver com o início das disputas, sempre às 16h. O sábado será destinado à fase de eliminatórias e no domingo serão realizadas as semifinais e a final, além da cerimônia de premiação.

Luan Oliveira,

Flip 180º Fakie Nosegrind no Cocó © Marcos Hiroshi

Diego Oliveira,

Overcrooked no Parque do Cocó © Marcos Hiroshi


Cronograma: 05/09 - SEXTA 17h – Inscrições 17h às 20h – Treinos Oficiais 06/09 - SÁBADO 16h às 17h – Treinos Oficiais 17h – Eliminatórias 07/09 - DOMINGO 16h – Treinos para Semifinalistas 17h – Semifinais 18h30 – Finais 19h30 – Cerimônia de Premiação >>

Rodil Ferrugem,

Flip Rock na pista do Cocó em 2013 © Marcos Hiroshi

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ESPORTE | SKATE

Kelvin Hoefler,

Nosebluntslide em 2013,Fortaleza © Marcos Hiroshi

Mais informações sobre o Brasileiro de Street Pro em Fortaleza no telefone (85) 3458-1315, ou acesse o www. cbsk.com.br. Vale lembrar que no final de semana seguinte, dias 11 a 14 de setembro, será realizado Ceará World Cup 2014, no mesmo local, a Pista Pública do Parque do Cocó, em Fortaleza. Etapa válida pelo circuito mundial da WCS distribuirá uma premiação em dinheiro de U$ 25.000,00 (vinte e cinco mil dólares) e será válida como a 2ª Etapa do Circuito Brasileiro de Street Skate Profissional 2014.d


Og de Souza,

Ollie Into Bank no Pq. do Cocó © Marcos Hiroshi

Rodolfo Ramos

explorando o wallride Fs Feeble © Marcos Hiroshi

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like wearing nothing

ripcurl.com.br



ESPORTE | SURFE

“Vai ser mais difícil”, prevê Medina sobre novo título no mundial de surfe Surfista começa a se preparar para a disputa do WCT, a ter início em fevereiro, na Austrália; atleta reconhece dificuldades para manter o caneco, mas evita pressão Por Rogério Corrêa e Danilo Sardinha São Sebastião, SP

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pós a conquista do título mundial de surfe, em dezembro de 2014, Gabriel Medina entrou em férias. Passou o Réveillon em Florianópolis, ficou alguns dias no Rio de Janeiro, encontrou-se com amigos e com famosos. Como ele mesmo destaca, “deu para curtir”. A diversão, porém, acabou

nessa quarta-feira, 20. Em Maresias, litoral norte de São Paulo, o surfista começou os treinos para a temporada 2015. Deixou a curtição de lado para focar em um ano em que viverá, pela primeira vez, a experiência de defender o caneco da elite mundial do surfe.


Medina sabe que agora está no centro das atenções. Virou o surfista a ser batido. Por isso, prevê esforços redobrados para ter chances de alcançar novamente o título do circuito mundial, o WCT (World Championship Tour).

– Foi difícil chegar. Mas todo mundo fala que o mais difícil é se manter. E é verdade. A constância é muito difícil. Tem muita gente querendo o seu lugar. Vou ter que treinar dobrado agora. Vai ser mais difícil. Mas estou sem pressão. Alcancei meu objetivo. Quero mais títulos mundiais para o Brasil, com certeza. Vou fazer de tudo, mas sem pressão. Acabei de ganhar meu título. Já estou indo treinar para começar tudo de novo – comentou o surfista.

O surfista fica no Brasil até o próximo dia 7. Até lá, realiza treinos em dois períodos, com ênfase na preparação física. Depois, embarca para o Havaí, onde ficará em treinamento até ir para a Austrália, em fevereiro, para disputar a primeira etapa do circuito mundial. – Vou para o Havaí porque funcionou nesse ano. Fui para o Havaí e depois para a Austrália. As ondas lá (no Havaí) são boas. Tem tudo para o treino ser melhor – disse.d

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JUST ANNOUNCED SAM SMITH • FOSTER THE PEOPLE JESSIE J THE PRETTY RECKLESS • ECHOSMITH EMPIRE OF THE SUN • HOLLYWOOD UNDEAD IVETE SANGALO • CHARLI XCX • BLEACHERS TOVE LO • MAGIC! • SAINTS OF VALORY OFMICE AND MEN • JAMES BAY • MIKKY EKKO SEPULTURA (FEAT. STEVE VAI) • GARY CLARK JR.

SETEMBRO DE 2015


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