n.08 FEV.2016
Vini Brandini Mario Lima e
Green Tea Photography
A xĂcara de chĂĄ que deu origem a uma premiada empresa de fotografia
editorial Dois dos casamentos desta edição da WB
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Boa leitura!
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Mag foram clicados na praia. Para começar, temos as fotos do casal Matt e Ann, da empresa canadense Green Tea Photography. Algumas das imagens mostram a intimidade do casal com seus amigos e convidados, bem de pertinho. Outras são retratos dignos de quadros e prints fine art. Uma mistura que, segundo Matt, faz parte da entrega que mais agrada aos clientes. No portfólio nacional, temos o jundiaiense Vini Brandini, que também compartilhou um casamento fotografado na praia. Ele falou um pouco sobre suas estratégias de precificação e suas perspectivas para este ano no mercado de casamento. Ainda entrevistamos Mario Lima, um jovem fotógrafo paulistano que teve um de seus álbuns entre os melhores do País no ano passado. Ele destacou uma bela cerimônia realizada na Igreja Nossa Senhora do Brasil.
Leopoldo Saldanha Editor
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Reportagem: Lívia Noronha de Vivo Revisão: Regina Sinibaldi Projeto Editorial: Iara Moribe Projeto Gráfico + Diagramação: Alessandro Ziegler
Para suas fotos serem publicadas na WB Mag, você precisa ter autorização escrita das pessoas fotografadas para este fim e a sua para divulgação na revista. Sem essas autorizações, não será possível a publicação.
Arte: Alessandro Romio Publicidade: Juliana Oliveira Poliana Silveira Desenvolvedor Web: Diogo Amorim
PARA ANUNCIAR SITE E REVISTA: 11 2344-0810
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EDITORA FHOX - Rua Clodomiro Amazonas, 1.099 - cj. 121 - CEP 04537-012 - São Paulo/SP
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GREEN TEA Photography Green Tea Photography, a empresa do casal Ann
WB MAG - VOCÊS SE PREOCUPAM COM PRÊMIOS DE FOTOGRAFIA? ELES AJUDAM A INSPIRAR NOVOS TRABALHOS? Matt • Prêmios, não. Mas o reconhecimento que vem com eles, sim. Se eles são necessários para a nossa moral? Definitivamente não. Mas ser reconhecidos e apreciados por
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Matt • Nos disseram que ele é ousado, vibrante, cheio de contraste e vida. Ficamos felizes em escutar isso e somos muito gratos por tanta gente nos enxergar dessa maneira.
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Matt • Nós nos conhecemos e saímos pela primeira vez no inverno de 2006, tomamos uma xícara de chá bem quente (daí o nome). Desde então, viajamos por boa parte do mundo com as nossas câmeras compactas em mãos. Muitos dos nossos amigos do Facebook gostavam daquilo que postávamos e alguns nos perguntaram se poderíamos tirar fotos para eles. Uma coisa levou à outra e alguns anos depois nasceu a Green Tea Photography. Moramos em Otawa, no Canadá, mas viajamos pelo mundo fotografando as histórias das pessoas. Menos de 50% dos nossos casamentos são em nossa cidade.
WB MAG - QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS MAIS MARCANTES DO SEU TRABALHO?
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WB MAG - COMO NASCEU A EMPRESA GREEN TEA PHOTOGRAPHY?
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Wen e Mathieu Louis-Seize, já recebeu diversos prêmios por suas coberturas de casamentos. Em destaque, a habilidade de contar histórias: eles estiveram entre os 35 melhores ‘storytellers’ do mundo segundo Nikon e MyWed. Ainda foram eleitos os melhores fotógrafos do Canadá segundo o Professional Wedding Photographers of Canada (PWPC) em 2015. Conheça o trabalho dessa dupla.
nosso trabalho faz com que nos sintamos muito bem. Nossa inspiração vem, em primeiro lugar, porque nos preocupamos sinceramente e profundamente com nossos clientes e queremos entregar o nosso melhor absoluto. Queremos sempre forçar nossos limites para criar algo lindo! WB MAG - COMO É TRABALHAR JUNTOS? Matt • Era um inferno até colocarmos nossos egos de lado e criarmos uma fórmula para conseguir atuar juntos. Antes, sempre entrávamos um na foto do outro, víamos a mesma foto incrível em potencial e brigávamos (discretamente) para ver quem iria clicar, e também competíamos por controle no trato com clientes.
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Estes eram os principais pontos de conflito. É diferente trabalhar com sua esposa e com alguém que não é seu parente e às vezes você percebe que está sendo mais difícil do que seria em uma relação estritamente profissional. Agora que já deciframos esses problemas, somos uma máquina bastante eficiente trabalhando juntos, uma dupla e tanto! Sendo casados, praticamente somos forçados a ter um encontro juntos, onde trabalhamos em algo desafiador e gratificante, ao mesmo tempo em que fazemos novos amigos, comemos boa comida e festejamos no melhor estilo ‘Green Tea Photography’. É engraçado como fotografar os casamentos de outras pessoas nos ajudou a fortalecer o nosso.
WB MAG - SE PUDESSE APONTAR UMA TENDÊNCIA NA FOTOGRAFIA DE CASAMENTO, QUAL SERIA? Matt • Pessoas pequeninas em grandes paisagens estão por toda parte atualmente – e somos um pouco culpados por isso também! Dito isso, é o dia do casamento de um cliente, algo que é especial e sagrado. Por que não entregar a essas pessoas uma obra de arte em grande escala, onde elas estejam em uma locação de sua escolha, em um dos dias mais importantes de suas vidas juntos? Mesmo que vejamos centenas de imagens assim na mídia a cada mês, as fotos são únicas e impagáveis para cada um dos nossos queridos clientes.
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Mario LIMA Nascido em São Paulo, o fotógrafo Mario Lima
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Mario • Aprendi que cada casamento é único. Cada casal tem uma personalidade, um estilo, uma família. Por causa disso comecei a enxergar a vida de uma outra maneira, a ver a relação das pessoas de uma forma mais emotiva. A entender a relação e o amor entre as pessoas. Saber o verdadeiro significado do casamento. Sempre fui tímido e reservado, mas para ser fotógrafo precisamos aprender a nos relacionar com as pessoas, afinal é isto o que faço todos os dias. Isto também foi um aprendizado pessoal.
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WB MAG - QUAL FOI A LIÇÃO MAIS IMPORTANTE QUE APRENDEU NA PROFISSÃO ATÉ HOJE?
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trabalha atualmente por todo o Estado e dá os primeiros passos fora do País. Formado em administração de empresas, ele começou a fotografar profissionalmente em trabalhos de arquitetura até que foi impactado por imagens que viu no site da International Society of Professional Wedding Photographers (ISPWP). Assim, resolveu embarcar no mercado de casamentos, onde atua até hoje. Mario já se destaca na cena paulistana e teve um de seus álbuns de casamento entre os melhores do Brasil no ano passado, pelo concurso Wedding Best – O Álbum.
WB MAG - COMO VALORIZA SEU TRABALHO EM MEIO À CONCORRÊNCIA?
WB MAG - QUAL SUA VISÃO SOBRE O MERCADO DE CASAMENTOS EM SÃO PAULO?
Mario • Não vendo um produto e, sim, algo intangível: o meu olhar, a minha experiência, ou melhor, eu [risos]. Procuro valorizar e mostrar a importância que dou a cada casamento, a cada casal. Aqui é tudo personalizado, quase que artesanal. Sou eu e a Nathália, Nath, minha esposa, que fazemos tudo... Desde responder a cada e-mail, reuniões até o póscasamento, edição, tratamento das imagens e diagramação dos álbuns. E, claro, vou a todos os casamentos. Faço apenas um casamento por final de semana, pois quero me dedicar ao máximo a cada noivo. Resumindo: o que mais me valoriza é a exclusividade que dou a cada casal.
Mario • Aqui o mercado é muito abrangente. São Paulo é uma cidade única. Tem gente de todas as raças, crenças e classes sociais. E isso faz com que tenhamos casamentos de todos os tipos: do clássico ao alternativo, dos minis aos bigs, da igreja à livraria (eu mesmo já fiz um na Livraria Cultura da Paulista, o coração de São Paulo). Falando dos profissionais, já existem os conhecidos, mas sempre tem gente nova na área. Acho que tem público para todos, até porque cada fotógrafo tem uma visão e os noivos vão procurar quem mais se enquadra na visão deles.
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WB MAG - VOCÊ FOI FINALISTA DO CONCURSO WEDDING BEST - O ÁLBUM. PARA VOCÊ, QUAL A IMPORTÂNCIA DESTE PRODUTO IMPRESSO? Mario • Fui finalista do Wedding Best em 2015. Fiquei muito feliz pela indicação. Afinal, é o único concurso que analisa o trabalho de uma forma consistente, não só por uma foto, mas pelo conjunto da obra. A meu ver, o álbum impresso é algo imprescindível, que conta a história do casal para os filhos e netos. Recomendo que todos os noivos façam o álbum de seu casamento. Afinal, casar nunca sai de moda e ter um álbum de fotos também não, por mais que hoje em dia tenhamos muita tecnologia e seja possível ver as fotos do casamento no computador e até mesmo pelo celular, é totalmente diferente sentir um álbum nas mãos. WB MAG - VOCÊ TAMBÉM FAZ FOTOGRAFIA DE FAMÍLIA, ENSAIOS DE GESTANTES, ETC. COMO ADMINISTRA ESSAS DIFERENTES VERTENTES DO NEGÓCIO? Mario • Lembro-me de todos os meus casais. A Nath até lembra os dias e locais de cada um. Sabemos de sua história, de seu casamento, das coisas que gostam. Isto é muito importante para mim e sei que os noivos também sabem e gostam disto. Quando fotografo família (já incluo gestante nisto), quase sempre
são casais que fotografei o casamento e me procuram para fotografar a nova fase. Me sinto privilegiado, por poder acompanhar a união e crescimento de uma família. É gratificante! Tenho um casal em especial, a Karen e o Manir. Fotografei o casamento deles em 2013. No final de 2014, a Karen me ligou dizendo que estava grávida e queria fazer o registro
deste momento único. Fotografamos todos os meses da gravidez, o nascimento da pequena Sophia no ano passado e batizado no final do ano. Se tudo der certo logo mais estamos indo a conhecer a nova casa deles e fotografá-los por lá. Me tornei o fotógrafo da família! Que incrível! Acabo contando a história de gerações pelo meu trabalho.
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VINI Brandini Vini Brandini nasceu em Jundiaí, no interior
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Vini • É difícil falar de uma única experiência. Na verdade, quase todos os casamentos têm momentos marcantes. Já presenciei muita história bonita. Muitos imprevistos, coisas engraçadas e inusitadas. Mas vejo tudo isso como espectador, como um documentarista. Falando da minha carreira mesmo, o casamento na Itália, ainda no começo da minha trajetória como fotógrafo de marca própria. Foi algo que me marcou bastante e que até hoje as pessoas comentam. Já faz quase quatro anos! No fim do ano passado fotografei um casamento e resolvi transmitir as fotos dos making ofs e da cerimônia no telão da festa, como surpresa, sem avisar ninguém. Fiz isso na hora do jantar. No momento em que o noivo
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WB MAG - QUAL FOI SUA EXPERIÊNCIA MAIS MARCANTE NA PROFISSÃO?
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de São Paulo, onde mantém seu home office até hoje. No início de sua carreira no mercado de casamento, trabalhou para outros fotógrafos já estabelecidos, até que em 2010 resolveu voar sozinho. No ano seguinte foi aceito por associações internacionais como a Wedding Photojournalist Association (WPJA) e a Artistic Guild of the Wedding Photojournalist Association (AGWPJA) e teve algumas de suas fotos premiadas por elas nos concursos seguintes. Também foi aceito pela ISPWP e em 2012 fotografou o seu primeiro casamento fora do Brasil, na Itália. Foi finalista do concurso Wedding Best - O Álbum em 2015.
WB MAG - ENXERGA ALGUMA TENDÊNCIA PARA A FOTOGRAFIA DE CASAMENTO? viu as primeiras fotos, ele começou a chorar muito de emoção, muito mesmo. E olha que ele não estava bêbado! A noiva abriu um sorrisão lindo. Eles se abraçaram e ficaram curtindo, como se estivessem sozinhos. Isso também me marcou muito. Me encheu de orgulho e me mostrou mais uma vez que estou no caminho certo. Foi incrível ver ao vivo a reação do cliente. Normalmente a gente recebe os feedbacks por e-mail ou redes sociais. Ou um tempo depois, quando entregamos o álbum. Mas aquele choro verdadeiro foi um feedback e tanto. Eu não sabia se fotografava, se abraçava o noivo ou se chorava junto. No fim, coloquei a câmera na cara, para esconder a minha emoção e voltei a fotografar [risos]...
Vini • Sim, destaco duas. A primeira é a instantaneidade: vi fotógrafos entregando o álbum impresso no fim da festa do casamento! Caramba, nunca tinha imaginado isso. Claro que são casos isolados, mas acho que pode virar tendência na nossa sociedade que cada vez mais se torna imediatista. Confesso que fico um pouco assustado! A segunda é de mais sentimento, menos técnica e estética. O mercado está cheio de fotógrafos com bons equipamentos e excelente técnica. Toda a tecnologia, a internet e os workshops propiciam isso. Então, é hora de concentrar os esforços em outros detalhes que são mais importantes até. Tentar entrar mais no clima do que está acontecendo ao redor e com isso conseguir imagens mais impactantes e verdadeiras.
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WB MAG - QUAIS SEUS PLANOS PARA A CARREIRA EM 2016?
WB MAG - COMO SE DESTACAR PERANTE A CONCORRÊNCIA? Vini • Além dos clichês, que não deixam de ser verdadeiros, como trabalhar com amor e empenho, por exemplo, acredito que as duas principais estratégias sejam importantes. A primeira é criar uma boa reputação no mercado, tanto entre os clientes, quanto com outros fornecedores. E a segunda é ter uma boa divulgação na web, pois os clientes que não recorrerem a indicações de outros fornecedores, procuram na internet. Esses são dois conselhos práticos. Tudo isso sem deixar de lado a criatividade aguçada e o estilo próprio de fotografar, que são as bases de um trabalho diferenciado. WB MAG - COMO PRECIFICA SEU TRABALHO? É UMA TAREFA DIFÍCIL? Vini • Até que é simples... Estabeleço uma meta (real e atingível) de quantos casamentos quero e posso fazer em um ano. Geralmente fica em torno de 30 a 36. Para 2016, decidi desacelerar e buscar 24 casais. Depois disso, levanto o
meu custo fixo por casamento (álbum, cachê de freelancer, despesas com deslocamento, etc.) e o custo fixo de “empresa” por ano (seguro, escritório, despesas com carro, impostos, publicidade, workshops, equipamentos, reserva de caixa para imprevistos, etc.) e divido pelo número de casamentos. A partir daí, já sei quanto custa fotografar cada casamento. Adiciono a esse valor o quanto quero ganhar por casamento para ter um salário digno no fim de cada mês. Tem que valer a pena, né? Basicamente é isso. Tem dado certo. Também é importante conversar com outros fotógrafos que trabalham com o mesmo público, para ver se ninguém está destoando muito sem uma razão específica. Felizmente sou amigo de vários dos meus concorrentes e posso falar abertamente com eles sobre preço, por exemplo. Não posso deixar de falar que é claro que alguns custos se confundem. Por exemplo, viagens de férias: teoricamente é custo pessoal, mas no fundo, conhecer novos lugares, culturas e pessoas, é algo essencial para eu me manter criativo no meu trabalho. Bagagem cultural rica é fundamental para o meu estilo...
Vini • O principal é pisar um pouco no freio. Parece estranho falar disso num ano de recessão, não é? Mas já venho planejando tudo isso antes da crise atual. Desde 2011 tenho trabalhando com a minha agenda cheia, muitas vezes superando a minha meta em mais de 20%! O ano de 2015, especialmente, foi muito intenso. Fotografei 35 casamentos. Muitos fora de São Paulo, em outros estados. O ápice foi uma sequência de quatro casamentos em quatro sábados seguidos, em quatro estados diferentes: Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Só tenho a agradecer por isso! Mas confesso que é muito cansativo e desgastante. Não sobra tempo para nada, especialmente para quem é centralizador, o que é meu caso. É desumano manter esse ritmo por um longo período. Claro que o lance da crise atual ajuda nesse sentido. Tem muita gente adiando os planos de casar. Com isso, a procura diminuiu se comparada aos outros anos. Faz parte da recessão. Então estou aproveitando para reduzir um pouco a quantidade de trabalho. Planejo fazer 24 casamentos neste ano e com isso ter tempo para estreitar o relacionamento com parceiros, ampliar e intensificar minhas estratégias de marketing, que estavam um pouco largadas nos últimos anos. E claro, melhorar a minha qualidade de vida, viajar mais, assistir a mais filmes, ler mais livros...
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Inspiração
Datado de 1939, este retrato externo foi capturado após dois casamentos da mesma família. O registro pertence ao acervo público da Irlanda do Norte e sua autoria é de H. Allison.
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