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Budismo e vida no pagode
O budismo foi fundado há 2.500 anos por Siddharta Gautama, filho de uma rica família principesca na Índia. Buda significa "aquele que despertou". Foi um título que Siddhartha ganhou depois que ele próprio começou a contar o que acreditava ser a verdade sobre a vida.
De acordo com o Buda, a vida é um longo sofrimento. Nós, humanos, nunca estamos satisfeitos. Estamos constante- mente nos esforçando por algo mais. Uma pessoa, portanto, não se torna livre até que tenha se libertado de todos os desejos e vontades.
Buda criou uma ordem de monges e uma ordem de monjas. Considera-se que as pessoas que se tornam monges ou monjas no budismo percorreram um longo caminho em busca da harmonia e da libertação do desejo por mais.
Os monges e monjas vivem em pobreza voluntária e juraram nunca se casar ou ter filhos. Eles e elas vivem das doações e da generosidade dos outros. No budismo, doar alimentos e presentes a monges e monjas é um dever religioso. Nos mosteiros, ou pagodes, os monges e monjas passam muito tempo estudando, ensinando e meditando. Por causa de seu estilo de vida, os monges e monjas são modelos para todos que vivem em uma sociedade budista. nada para dar a elas, respondia Minh Tú.
Porém, logo ela sentiu que não podia mais recusar. Ela adorava crianças e chorava por dentro quando via crianças que não eram alimentadas, que eram obrigadas a trabalhar ou que não frequentavam escola.
– Temos que abrir um orfanato, ela finalmente disse a suas monjas no pagode.
– Faremos como minha professora no pagode onde eu estava antes. Devemos dar amor a essas crianças. Eu gostaria que todas tivessem pais, mas agora não têm, e faremos o que pudermos por elas, disse Minh Tú.
Seja você mesmo
O pagode Duc Son acolheu uma criança de cada vez. A notícia se espalhou rapidamente e mais e mais crianças viviam no pagode. Depois de uma grande enchente em Hué e nas aldeias vizinhas, havia 250 crianças no pagode. Hoje,
130 crianças vivem aqui. Muitas pessoas vinham querendo adotar as crianças, mas Minh Tú recusava.
– Quero que as crianças tenham segurança e amor, que frequentem a escola e tenham a chance de ir para a universidade. Elas devem aprender a respeitar umas às outras, viver em paz e ser elas mesmas de coração.
Algumas das primeiras crianças que chegaram ao pagode agora são adultas. Elas têm empregos e foram para a universidade. Ainda voltam e visitam, elas sabem que têm de agradecer a Minh Tú por tudo.
– As crianças são minhas plantas, às quais dou sol e rego todos os dias, para que se transformem em árvores que deem sombra e alimento para outras pessoas. Ainda me sinto como uma criança. Deve ser por isso que as amo tanto, diz Minh Tú. c
– Agora vamos para a machamba, diz Minh Tú. – Sim, gritam as crianças.
A sala de aula na machamba
Na parte de trás do pagode, um caminho pavimentado passa entre casas, bambus, arbustos e palmeiras. Em uma pequena ponte sobre um riacho, todos param.
– Lá está nosso cultivo de cogumelos, diz Minh Tú, apontando para um depósito de chapas metálicas um pouco adiante no caminho. O cultivo de cogumelos fornece alimento para as crianças e as monjas. Assim como todas as plantações na machamba do pagode.
Descendo uma colina, uma grande machamba se espalha. As crianças vêm aqui pelo menos uma vez por semana para aprender sobre plantio e diferentes plantas. Coentro, gengibre, alface, cabaça, pepino, hortelã e muito mais crescem aqui. As crianças capinam, regam e ajudam na colheita.
A colheita é usada para cozinhar na cozinha do pagode, mas muito também é vendido, ou as hortaliças e legumes são usados para os almoços que o pagode vende para grupos de turistas que passam por ali. Ao lado do pagode há o túmulo de um dos dos antigos imperadores, Thieu Tri, e muitos turistas querem ver o túmulo. Nesta ocasião, eles podem almoçar no pagode.
– Recebemos a machamba como doação de uma família. Aqui, as crianças podem obter alimentos e aprender sobre agricultura, e nós podemos vender um pouco para comprar outros alimentos, diz Minh Tú.