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GANG As meninas em O Globo nos fortalecem
‘‘Como Embaixadora dos Direitos da Criança, eu me importo com os direitos da criança, especialmente das meninas. Na minha comunidade, não é fácil ser uma adolescente, porque você não está segura nem para ir à loja da esquina, à igreja, ou mesmo à escola, porque teme ser assaltada ou molestada. Entristece-me perceber como as meninas não conhecem os direitos que têm.
Uma jovem chamada
Keila mora na minha rua. Ela tem doze anos e é a �ilha mais velha da sua mãe.
Keila tem um lugar especial no meu coração, pois vejo o abuso emocional que ela deve passar por causa do álcool. A mãe dela gasta a maior parte do salário comprando bebida alcoólica. Keila precisa comprar comida e pão a crédito na mercearia da esquina, pois não tem dinheiro para com- prar o que precisa. A minha mãe agora acolheu Keila como sua ‘criança da sopa’, o que signi�ica que todos os dias Keila vem à nossa casa buscar seu desjejum e almoço.
Essas são as coisas que vejo e vivencio na minha comunidade do gueto. Ser Embaixadora dos Direitos da Criança e membro da GANG me fortaleceu, porque posso conversar com as minhas colegas sobre os seus direitos e ajudá-las nas pequenas coisas que consigo. Quando lemos O Globo, também vemos que outras meninas sofrem ainda mais do que nós. Lemos o que as meninas fazem a respeito, e isso nos fortalece.”
Ashlyn, 17