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BALANÇOS E PERSPECTIVAS

Mantendo a tradição, dezembro foi o mês de maior volume de vendas no ano, com 216,9 mil unidades licenciadas, superando em 4,8% o mesmo mês do ano passado. O acumulado chegou a 2,104 milhões de unidades, apenas 0,7% abaixo do acumulado de 2021, confirmando o quadro de estabilidade que já era previsto pela ANFAVEA desde a metade do ano. Automóveis e ônibus tiveram melhor desempenho que no ano anterior, mas a queda de caminhões e comerciais leves puxou para baixo o resultado geral.

F Na Exporta O

Já no que diz respeito às exportações, esse foi o indicador mais positivo da indústria automotiva em 2022. A ANFAVEA já projetava uma alta de 22%, mas os 480,9 mil autoveículos exportados no ano representaram um crescimento de 27,8% sobre 2021. O que não deixa de ser surpreendente, dadas as restrições de comércio exterior impostas pela Argentina em crise, nosso maior parceiro comercial. Em contrapartida, o sensível crescimento dos embarques para todos os outros mercados latino-americanos, em especial México, Colômbia e Chile, permiti - ram esse bom resultado no ano. Em valores, as exportações tiveram alta ainda maior, de 37,6%, por conta do envio mais significativo de veículos com maior valor agregado, como SUVs, caminhões e ônibus. Para 2022, a expectativa é de ligeira queda de 2,9% ainda puxada pela Argentina.

Nesse âmbito, o setor de máquinas autopropulsadas obteve os melhores resultados de 2022, lembrando que o fechamento dos números chega com um mês de defasagem em relação aos autoveículos. As vendas de máquinas agrícolas totalizaram 67.385 unidades no ano, crescimento de 19,4% sobre 2021. Já as máquinas rodoviárias somaram 37.783 unidades, alta de 29,2%. Nas exportações os resultados também foram muito positivos. As máquinas agrícolas tiveram 10.645 envios ao exterior, 7,6% a mais que em 2021. Por sua vez, as máquinas rodoviárias, com 11.857 embarques, tiveram um desempenho 17,6% superior ao do ano anterior.

Em termos de projeções, para 2023, a expectativa é de um aumento de 2,2% na produção de autoveículos, com 2,42 milhões de unidades. Espera-se alta de 4,2% para automóveis e comerciais leves e queda de

20,4% para caminhões e ônibus. Nesse con texto, o segmento de pesados deverá ser impactado pela mudança da regra de emis sões para o Proconve P8, que deve provocar um inevitável reajuste de preços.

No que tange às máquinas agrícolas, para este ano a ANFAVEA projeta vendas de 65 mil unidades delas, além de 36 mil rodoviárias, o que deve proporcionar um leve recuo de 3,5% e 4,7%, respectivamente. Nas exportações, a expectativa é de 9.520 agrícolas (queda de 13,1%) e 13.200 rodoviárias (alta de 11.3%). “O setor de máquinas vem dando ano a ano demonstrações de seu vigor. As agrícolas vinham crescendo há mais tempo, na esteira do forte agronegócio brasileiro. No ano passado foi a vez das máquinas rodoviárias baterem recordes históricos, por conta de fortes investimen - presenta as concessionárias, divulgou que as vendas de veículos no Brasil – leia-se carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus – em 2022 ficaram em 2,1 milhões de unidades. No levantamento da entidade realizado no final do ano, o mês de novembro demonstrou resultados surpreendentes, com alta de 8,2% em relação ao mês anterior, totalizando 342.819 unidades. Com isso, o resultado, no acumulado de janeiro a novembro de 2022, já era 4,5% maior que o do mesmo período de 2021.

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