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BALANÇOS E PERSPECTIVAS
“O setor vem demonstrando resultados consistentes, em linha com as condições de mercado e disponibilidade de produtos. Contudo, o destaque foi para o segmento de motocicletas, que já superou 1,2 milhão de emplacamentos no ano, tem tido o melhor desempenho entre todos os segmentos automotivos. As motos estão com demanda aquecida também para os próximos meses.
No geral, o setor, como um todo, está caminhando para fechar com o resultado que prevíamos”, analisa José Maurício Andreta Júnior, presidente da FENABRAVE.
Já em janeiro de 2023, os emplacamentos de veículos apresentaram alta de 16,3% sobre o mesmo mês de 2022. Porém, na comparação com dezembro, houve retração de 26,8%, queda considerada sazonal pela entidade, uma vez que as famílias estão às voltas com muitas outras despesas de início de ano.
Contudo, a depender das expectativas dos concessionários de veículos que operam no país, não há nada de novo no front das vendas em 2023. As projeções divulgadas pela FENABRAVE passam uma mensagem ao mercado de que este ano será uma espécie de espelho de 2022 em diversas frentes ligadas ao negócio da distribuição veicular. “Entraves logísti - cos gerados por outro avanço da COVID-19 na China, juros altos que esfriam o apetite dos consumidores, retração em economias desenvolvidas e a escassez de semicondutores nas prateleiras dos fornecedores globais, pelas contas da Fenabrave, levarão o mercado doméstico a fechar o ano com os mesmos 2,1 milhões de veículos emplacados de 2022”, sinaliza José Maurício Andreta Júnior.
Agroneg Cio Em Alta
Desafios semelhantes se interpuseram à conquista de resultados mais robustos para a indústria brasileira de máquinas e equipamentos em 2022. Em dezembro, ela registrou nova queda na sua receita líquida de venda em relação ao mesmo mês do ano anterior, a sétima consecutiva nesse tipo de análise. Com isso, no ano passado o setor registrou queda de 5,9% nas vendas, segundo os dados da Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O balanço da Abimaq mostra que o consumo aparente de máquinas no Brasil somou R$ 389,283 bilhões em 2022, uma queda de 6,8% na comparação com o ano anterior. Em dezembro, o consumo aparente atingiu R$ 29,449 bilhões, 8,1% abaixo do montante observado em novembro e 8,3% aquém do nível de igual mês de 2021.
O destaque positivo ficou por conta do fato de que, em dezembro de 2022, o setor ex portou US$ 1,2 bilhão em máquinas e equipamentos, segundo maior resultado do ano. Houve em 2022 oito meses em que as vendas externas apresentam resultado superior a US$ 1 bilhão, valores só observados em meados de 2012. Com isso, as exportações do setor atingiram US$ 12,2 bilhões no ano, o que representou um crescimento de 21% ante ao resultado de 2021, perfazendo mais de 20% da receita total do setor. No ano houve crescimento também nas quantidade de bens exportados, mas em patamar relativamente menor (6,5%). O destaque, no entanto, foi para o setor de máquinas para agricultura que registrou cresci- de máquinas para a indústria de transformação que cresceu 27,6%, embora com participação no setor relativamente menor (6,8%). No mês houve melhora nas exportações de todos os grupos de máquinas monitorados.
Por sua vez, as importações de máquinas e equipamentos somaram US$ 24,886 bilhões em 2022, 13,8% acima do observado em 2021. Em dezembro, atingiram US$ 2,219 bilhões, uma queda de 3,1% na comparação com novembro, mas 11,8% acima do montante registrado no mesmo mês do ano anterior. Como as importações superaram as exportações no ano, a balança comercial do setor mostrou déficit de US$ 12,701 bilhões em 2022