Revista Siderurgia Brasil

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COMO NIVELAR MATERIAIS DE

BILIONÁRIATRANSAÇÃONASIDERURGIABRASILEIRA GRIPS EDITORA – ANO 23 – Nº 159 – AGOSTO DE 2022 A REVISTA DE NEGÓCIOS DO AÇO

TÉCNICO: RESISTÊNCIAALTA

Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022 4EDITORIAL Quais os cenários que vêm por aí? 60ANUNCIANTES 56VITRINE 42TÉCNICO Materiais de alta resistência são difíceis de nivelar. O que fazer 50 ESTATÍSTICAS 20FUTURO Aberta a temporada de boas e produtivas revoluções EMPRESAS Aquisição bilionária36 ÍNDICE 6 CONGRESSO AÇO BRASIL 2022 Vem aí o mais importante evento da cadeia do aço no Brasil 3

QUAIS OS CENÁRIOSQUE VÊM POR AÍ?

Nesta edição da Revista Siderurgia Brasil, além de fa larmos tudo sobre o evento, trazendo para nossos lei tores a programação oficial na sua íntegra, bem como sobre o atual momento da siderurgia nacional, fomos

Entramos no 2º Semestre do ano de 2022 com a certeza de que muitas surpresas nos esperam. E ainda não temos como saber se estas serão boas ou ruins. Particularmente, para nós bra sileiros, há variantes externas e internas que irão ditar o rumo dos acontecimentos, tanto em nossas empresas quanto em nossas vidas. O desfecho de cada uma delas irá estabelecer o rumo dos acontecimentos. Essa lista de possibilidades começa pela análise da continuidade da insana guerra entre Rússia e Ucrânia, algo que parecia impensável em pleno século 21. Além do estúpido e inaceitável número de vidas inocentes perdidas na contenda, e da criação de hordas de refu giados procurando abrigo em todas as partes do mun do, o real objetivo final do conflito “poderia” permane cer uma “Poderia”,incógnita.assim entre aspas, se o mundo acreditas se nas palavras do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, ditas no final do mês de julho, de que a proposta seria apenas derrubar o que Kremlin define como “governo antipovo e anti-his tória” do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

EDITORIAL 4

Mas, está mais do que na cara para qualquer analis ta do jardim da infância que Moscou não pretende parar por aí, e que suas ofensivas seguramente irão além na direção leste, com a perspectiva de expan dir e tentar restabelecer o terreno perdido pela União Soviética após a queda do muro de Berlim que uniu as duas Alemanhas. E essa “marcha à ré” ditatorial im posta pelo poderio militar russo é que, na verdade, significaria um retrocesso anacrônico, antidemocrá tico e anti-histórico para todo o planeta. E parece que não há ações concretas para se chegar a um fim pois o que vemos são somente advertências da ONU, ameaças de retaliações e ficamos por aí. E, para piorar o cenário de expectativas globais, tudo isso se junta ao “rabo da pandemia”, com a eclosão, aqui e acolá, de novas cepas ou variantes do coronavírus, somadas agora à varíola dos macacos e, mais recente mente, ao do Langya henipavirus, nome do novo vírus identificado na China, capaz de causar surtos de infec ções altamente letais em humanos, que, novamente, coloca o mundo em alerta.

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Tudo isso, junto, vem causando um desequilíbrio global difícil de corrigir, que compromete, a retomada da atividade econômica mundial, notadamente em função da descontinuidade no fornecimento de ma térias-primas e de produtos industrializados, entre os quais a já recorrente falta dos microcprocessadores ele trônicos. E nesse cenário de “tempestade perfeita”, ain da se alinham problemas associados ao fornecimento de energia e de fertilizantes agrícolas, aos relacionados à cadeia de transportes marítimos e de logística, que está toda desarrumada, sem falar das altas de juros e da inflação, que campeia na maioria dos países, incluindo aqueles que nem tinham ideia do que era isso.

As novas lideranças terão que enfrentar e encontrar estratégias para se alinhar à nova ordenação mundial, inclusive com o delineamento das novas influências políticas e econômicas marcadas pela movimentação dos blocos de apoio, entre muitas outras coisas. E esse será exatamente o tema da conferência magna do Congresso Aço Brasil 2022, a ser realizada pelo minis tro Paulo Guedes, e que, segundo o Instituto Aço Brasil, contará na sua abertura com a presença do Presidente da República Jair Bolsonaro.

Enquanto isso, aqui no Brasil, se avizinha o momento das eleições majoritárias. E tudo indica que teremos di versas batalhas pela frente até a definição de quem irá conduzir os destinos de nosso país.

Coordenação jurídica: Marcia V. Vinci - OAB/SP mvvinci@adv.oabsp.org.br132.556

Reportagens

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HENRIQUE ISLIKER PATRIA EDITOR RESPONSÁVEL 5

também buscar a opinião sobre a tal “Nova Ordem Eco nômica Mundial” da boca de um dos mais influentes e respeitados especialistas no tema, graduado em Admi nistração pela International University of Monaco, com mais de uma década de experiência no ecossistema de startups, e que, hoje, atua como empreendedor, profes sor universitário, investidor, consultor, gerente de pro jetos, mentor e palestrante sobre o tema. Não deixem de ler esta matéria. Em nossas páginas, também falamos da transação bilionária envolvendo duas das maiores siderúrgicas brasileiras e que marca a retirada da Cia. Vale do negó cio siderurgia. No Artigo Técnico deste mês trazemos uma matéria especial sobre equipamentos para o ni velamento de aços de alta dureza. Confira ainda nesta edição as novas e boas perspectivas de setores como o automobilístico e de máquinas, trazendo projeções bastante otimistas para o futuro. Há ainda muita infor mação e novidades na seção Vitrine. Garantimos que esta é uma edição para ser lida e guardada para consultas, dada à importância de to dos esses temas para a história da siderurgia brasileira, que vem sendo construída com arrojo e ousadia pelos players do nosso setor e que temos a honra de alinha var em nossas edições. Mais uma vez agradecemos pelo prestígio de sua leitura e por sua interação constante, por meio de suas opiniões, sugestões e críticas, que são absolutamente fundamentais para o engrandecimento e assertividade do nosso trabalho. Então, por favor, continue falando sempre com a gente, através de todos os nossos canais deFortecomunicação.abraçoe boa leitura! Henrique Patria henrique@grips.com.br

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Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022 CENÁRIOSAÍ? Ano 23 – nº 159 – Agosto de 2022 Siderurgia Brasil é de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823.755.339. Diretoria: Henrique Isliker Patria Maria da Glória Bernardo Isliker Coordenação de TI: Versão vicente@grips.com.brVicenteDigitalBernardo

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CONGRESSO AÇO BRASIL 2022

Após dois anos de promoção exclusivamente on line do evento, o Instituto Aço Brasil volta a reunir os principais stakeholders da indústria do aço no Con gresso Aço Brasil 2022, que, este ano será realizado nos dias 23 e 24 de agosto, de forma híbrida, com transmissão pela internet e presencial no Hotel Uni que, em São Paulo – SP. O evento, que se configu ra como o mais importante da indústria siderúrgi ca brasileira, contará com o patrocínio premium da ArcelorMittal e da Gerdau, além de outras grandes empresas do setor.

Em 2022, o Instituto Aço Brasil reunirá autoridades, empresários e especialistas para debater as perspectivas e a importância do setor para a economia brasileira.

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DA CADEIA DO AÇO VEM AÍ O MAIS IMPORTANTE FREDIANI

MARCUS

Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022 AÇO NO IMPORTANTEBRASILEVENTO 7 IABRDivulgaçãoFotos:

CONGRESSO AÇO BRASIL 2022

NOVA ORDEM GLOBAL A abertura do Congresso Brasil, será feita às 9h00 do dia 23, por Marcos Faraco, presi dente do Conselho Diretor do Aço Brasil e vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Ar gentina e Uruguai, e o evento deverá contar com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Nessas datas, empresas associadas ao Instituto Aço Brasil, representantes do go verno, fornecedores, clientes, entidades de classe, analistas financeiros, universidades e centros de ensino, além da Imprensa partici parão dos trabalhos, com foco na discussão de temas de alta relevância.

E, como vem acontecendo ao longo dos últimos anos, o Portal e a Revista Siderurgia Brasil ganharão destaque como mídias ofi ciais do Congresso, por meio da publicação de duas edições especiais, a da prévia e ou tra de cobertura do evento.

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“O Congresso Aço Brasil 2022 reunirá os maiores nomes do setor em painéis e mesas redondas combinando a visão de especia listas em diversas áreas da indústria, geran do oportunidades de aprendizado e criando importantes conexões entre os principais players nacionais e internacionais. Sem dúvi da, ele será muito produtivo e ensejará uma oportunidade ímpar para clarear a visão e auxiliar os empresários e representantes do setor na tomada de decisões daqui para a frente”, ressalta Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Aço Brasil.

Depois da cerimônia, será realizado o pri meiro painel do evento, com a temática “A nova ordem econômica mundial – Impac tos nas cadeias globais”. Nele, os convidados Edwin Basson, diretor geral do Worldsteel Association; Márcio de Lima Leite, presiden te da Anfavea; e Chris Asgill, Head of Steel da CRU – Commodities Research Unit, provedo ra líder global de análises, preços e consul toria para o mercado de aços – irão debater o assunto sob mediação de André B. Gerdau Johannpeter, conselheiro do Aço Brasil e vi ce-presidente executivo do Conselho de Ad ministração da Gerdau. E, na sequência, será realizada uma conferência magna sobre o tema “Nova ordem econômica mundial – In serção do Brasil”, com um convidado ainda a serJáconfirmado.naparteda tarde do primeiro dia, o des taque vai para o painel sobre “As mudanças climáticas e a indústria do aço”, moderado pela jornalista Juliana Rosa, comentarista de economia do Grupo Bandeirantes de Comu nicação, tendo como debatedores Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente; e Beatriz Yordi, diretora de Mercados Europeus e In ternacionais de Carbono, DG CLIMA da Co missão Europeia. Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Aço Brasil Marcos Faraco, presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil e vice-presidente da Gerdau Aços BrasilBrasil

Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022 CONGRESSO AÇO BRASIL 2022 (*) Fonte:EstimadoInstituto Aço Brasil 10

GOVERNANÇA E FUTURO Já a parte da manhã do segundo dia do Con gresso Aço Brasil 2022 terá início com confe rência “Cenário Político – Eleições 2022”, a cargo do cientista político Murillo de Aragão. Em se guida, será realizada a mesa redonda “ESG – Im pacto no valor de mercado das empresas”. Com moderação de Frederico Ayres Lima, conselhei ro do Instituto Aço Brasil e diretor-presidente da Aperam South América, com a participação dos debatedores Rafaella Dortas, responsável por ESG no BTG Pactual; Rakhi Kumar, membro do Grupo de Especialistas em Políticas de Fi nanças Sustentáveis do Institute of Internatio nal Finance; e Dalton Sardenberg, professor da Fundação Dom Cabral. Para finalizar a programação de conteúdo do segundo dia do Congresso Aço Brasil 2022, será debatido o instigante tema “O futuro da indústria brasileira do aço – A visão dos CEOs”, contando com presença de Gustavo Werne ck, conselheiro do Instituto Aço Brasil e dire tor-presidente e CEO da Gerdau; Sergio Leite, conselheiro do Instituto Aço Brasil e presidente do Board Usiminas; Marcelo Chara, conselheiro do Instituto Aço Brasil e presidente executivo da Ternium; e Jefferson de Paula, presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, presi dente da ArcelorMittal Brasil e CEO da Arcelor Mittal Aços Longos Latam e Mineração Brasil, e moderador a definir. Na sequência, Jefferson também comandará a cerimônia de encerra mento do evento. Instituto Aço Brasil

Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 202212 Fonte:

CONGRESSO AÇO BRASIL 2022 Em seguida, será realizado um painel sobre o “Papel estratégico da indústria do aço no desen volvimento econômico”, com a participação de Alexandre Ywata, secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura da SEPEC – Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade; e Fernanda Delgado, professora e assessora estratégica da FGV, com moderação de Marcos Faraco.

QUEDA DAS MEDIDAS PROTETIVAS

A relativa estabilidade do consumo aparente no primeiro trimestre (-0,1% frente ao anterior, para 5,7 milhões de toneladas) teve influência direta da queda das importações de 24,9% no mesmo período, para 837 mil toneladas. En tretanto, no 2º Trimestre, o consumo aparente cresceu 6,1% frente ao 1TM, alçando o volume para 6,1 milhões de toneladas, como resulta do de um maior impulso das vendas internas e menor retração das importações, que regis traram queda de 16,9%, para 695 mil toneladas. A produção de aço bruto atingiu 17,4 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2022, o que representa uma queda de 2,8%, ante ao mesmo período de 2021. Nesse mesmo perí odo, as exportações atingiram 6,6 milhões de toneladas, um aumento de 27,6% em relação ao 1º Semestre de 2021. “E, fazendo a sua par te, neste ano a indústria brasileira do aço está investindo R$ 11,9 bilhões, com a segurança de que 2022 será um bom ano para o setor. E nossa previsão é de que, de 2023 a 2026, deve rão ser investidos mais R$ 40,6 bilhões”, enfatiza Marco Polo de Mello Lopes.

Corroborando a expectativa otimista do pre sidente executivo do Aço Brasil, uma excelente notícia também chegou do Ministério da Eco nomia, confirmando que o Reino Unido deci diu não mais aplicar medidas tributárias prote tivas sobre a importação de chapas de aço e de produtos de aço laminados a frio. De acordo com a pasta, a decisão britânica foi anunciada apenas quatro dias após a Comissão de Comér cio Internacional dos Estados Unidos (ITC) de cidir revogar as tarifas de defesa comercial ( an tidumping ), que há mais de cinco anos vinham sendo cobradas dos produtos de aços lamina dos a frio provenientes do Brasil. Com a eliminação das respectivas salvaguar das, o aço brasileiro se torna comercialmente mais competitivo, ainda mais pelo fato de que o Reino Unido e os Estados Unidos são dois dos principais mercados para os produtos siderúr gicos brasileiros. Dos cerca de US$ 7,3 bilhões que o Brasil exportou ao mundo em 2019, mais de US$ 3,4 bilhões foram destinados ao Reino Unido e aos Estados Unidos. Segundo infor mado pelo Ministério, as autoridades do Reino Unido foram convencidas pelo argumento de que o volume da exportação brasileira se en

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CONGRESSO AÇO BRASIL 2022

UM BOM ANO PARA O SETOR O Congresso Aço Brasil 2022 será realiza do em um momento muito especial, no qual a indústria siderúrgica brasileira comemora o balanço positivo do 1º Semestre deste ano. O crescimento de 3,9% das vendas internas para 4,9 milhões de toneladas no primeiro trimes tre, frente ao anterior, acelerou, na mesma base de comparação, para uma variação de 9,8% no segundo trimestre que atingiu vendas de 5,4 milhões de toneladas, totalizando 10,3 milhões de toneladas no primeiro semestre.

Informações:

quadrava nos parâmetros de isenção tributária autorizada por acordos assinados no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Há cerca de um ano, toda chapa de aço e produtos de aços laminados a frio que as side rúrgicas brasileiras vendiam ao Reino Unido aci ma do volume máximo periodicamente revisto pelas autoridades britânicas estavam sujeitos a uma sobretaxa de 25%. Enquanto isso, por meio de decisão norte-americana que se aplica ex clusivamente aos produtos brasileiros – ou seja, as medidas protetivas aplicadas a outros países foram mantidas –, os Estados Unidos deixarão de cobrar taxas adicionais que podiam chegar a 46% (35% de direito antidumping, e 11% de medida compensatória) dos mencionados ti pos de aços comprados do Brasil. Congresso Aço Brasil 2022 Data: 23 e 24 de agosto Hotel Unique São Paulo Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4700 Paulista - São Paulo/SP Inscrições: https://congressoacobrasil.org.br/inscricoes/ eventos@acobrasil.org.br ou (21) 3445-6300

Local:

SERVIÇO:

Jardim

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15H30 - INTERVALO 16H00 - PAINEL 3 Papel estratégico da indústria do aço no desenvolvimento econômico

Debatedores: Edwin Basson Diretor Geral do World Steel Association Márcio de Lima Leite Presidente da Anfavea Erik Hedborg Analista da CRU (matérias-primas e insumos)

Moderador: Juliana Rosa Jornalista Debatedores: Joaquim Leite Ministro do Meio Ambiente Carla Zambelli Deputada Federal Marcelo Chara Conselheiro do Instituto Aço Brasil/Presidente Executivo da Ternium Wieland Gurlit Sócio Sênior na McKinsey & Company

PROGRAMA DO CONGRESSO AÇO

11H10 - INTERVALO 11H40 - CONFERÊNCIA MAGNA A nova ordem econômica mundial: Inserção do Brasil Paulo Guedes Ministro da Economia 12H20 - ALMOÇO 14H00 - PAINEL 2 As mudanças climáticas e a indústria do aço

Moderador: André B. Gerdau Johannpeter Conselheiro do Instituto Aço Brasil/VicePresidente Executivo do Conselho de Administração da Gerdau Keynote Speaker: Stephen Dover Estrategista Chefe de Mercado, Head do Franklin Templeton Investment Institute

Moderador: Marcos Faraco Conselheiro do Aço Brasil/Vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai Keynote Speaker: Siderurgia Brasil Agosto - 2022

CONGRESSO AÇO BRASIL 2022

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TERÇA-FEIRA - 23 DE AGOSTO 09H00CerimôniaABERTURAdeposse do presidente e vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil Marcos Faraco Presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil e Vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai Jair Bolsonaro Presidente da República 09H45 - PAINEL 1 A nova ordem econômica mundial: Impactos nas cadeias globais.

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17H30 - COQUETEL QUARTA-FEIRA - 24 DE AGOSTO

Debatedores: Alexandre Ywata Secretário Especial de Produtividade e Competitividade Daniella Marques Consentino Presidente da Caixa Econômica Federal Armando Monteiro Conselheiro Emérito da CNI

Murillo de Aragão Cientista Político

Debatedores: Rafaella Dortas Responsável por ESG no BTG Pactual Karla Ohler-Martins Professora Ruhr Wet University of Applied Sciences

09H00CenárioCONFERÊNCIApolítico:ELEIÇÕES 2022

Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

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Jefferson De Paula Presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil/ Presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração LATAM 12H30 - ENCERRAMENTO Jefferson De Paula Presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil/ Presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração LATAM Agosto 2022

Futuro da indústria brasileira do aço: A visão dos Moderador:CEOs

Siderurgia Brasil 159 -

Carlos Braga Professor de Finanças & ESG da Fundação Dom Cabral 10H40 - INTERVALO 11H00 - PAINEL 5

Marco Polo de Mello Lopes Presidente Executivo do Instituto Aço Brasil Debatedores: Gustavo Werneck Conselheiro do Instituto Aço Brasil/Diretor Presidente e CEO da Gerdau Sergio Leite Conselheiro do Instituto Aço Brasil/Presidente do Board Usiminas Marcelo Botelho Conselheiro do Instituto Aço Brasil/Presidente da Companhia Siderúrgica do Pecém

09H30 - PAINEL 4 ESG - Impacto no valor de mercado das Moderador:empresas Frederico Ayres Lima Conselheiro do Instituto Aço Brasil/Diretor Presidente da Aperam South America

AÇO BRASIL 2022

Almirante Flávio Rocha

DivulgaçãoeDepositphotosdafotoscomMontagemFoto:

FUTURO ABERTA APRODUTIVASTEMPORADA Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 202220

O mundo já não é mais o mesmo com as tendências e insinuações já bastante tangíveis da chamada “Nova Ordem Econômica Mundial”.

E precisamos refletir e estar preparados para surfar nessa nova onda da economia planetária. MARCUS FREDIANI

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TEMPORADA DE BOAS E PRODUTIVAS REVOLUÇÕES

A terminologia “Nova Ordem Mundial” está longe de ser nova. Na verdade, ela sur giu em 1989, tendo como ato simbólico a queda do muro de Berlim, que determi nou o término daquilo que se convencio nou chamar por Guerra Fria, em que o mundo deixou de ser considerado “bipolar” em termos de disputas de natureza ideológica entre os blocos capitalista e socialista, recebendo novas designações.

FUTUROSiderurgiaBrasil159 - Agosto - 202222

Contudo, em termos de economia, sabe mos que não foi bem assim, como prova a “releitura” que vem sendo observada a par tir da continuidade das disputas comerciais e tensões internacionais entre as nações do Ocidente e países como a China, a Coreia do Norte e, em especial agora, com a Rús sia, envolvida em um insano conflito com a Ucrânia, que têm gerado expressivos im pactos nos quatro cantos do planeta. E isso tudo, é claro, sendo agravado pela permanência, ao longo de mais de dois anos e meio, da pandemia da COVID-19, que além de ceifar milhões de vidas ao re dor do mundo todo, convulsionou e con tinua convulsionado a atividade econômi ca global, gerando, entre outras coisas, a alternância de medidas protecionistas e de distensão comercial, bem como novos regramentos legislativos em países como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Bra sil, com o objetivo de regular questões externas e internas relacionadas não só à produtividade e à competitividade, como também ao controle das receitas e da infla ção. Além desses esforços, a busca de so luções essencialmente calcadas no uso da tecnologia a partir da ampliação da oferta dos recursos e da transformação digital, também vem evoluindo bastante, e muito rapidamente.Comoobjetivo de discutir os temas li gados à “Nova Ordem Econômica Mundial, à provável e possível normalização e reto mada dos negócios no pós-pandemia, bem como ao trabalho das chamadas e ainda muito pouco conhecidas govtechs , que, em velocidade exponencial, vêm abrindo no vos horizontes na agenda de transformação digital dos serviços públicos, a revista Side rurgia Brasil foi conversar com um dos mais influentes e respeitados especialistas nesse corolário de propostas, o CEO da Corpora te Venture Builder Govtech Dome Ventures, Diogo Catão, graduado em Administração pela International University of Monaco, com mais de uma década de experiência no ecossistema de startups , como empre endedor, professor universitário, investidor, consultor, gerente de projetos, mentor e palestrante.Edaverdadeira aula dada por ele sobre todos esses assuntos, surgiu esta entrevis ta exclusiva que você vai ler agora. Reflita, se atualize e se oriente a partir desse rico acervo de informações.

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Foi o que aconteceu com o Banco Cen tral do Brasil, correto? Sim, ele se antecipou e foi um dos primei ros a elevar a taxa de juros, dando um choque de realidade no país até um pouco antes do necessário. Já os Estados Unidos, embora de morando um pouco mais para fazer isso, anun ciou agora no dia 27 de julho, um aumento na taxa de juros do país em 0,75 ponto percen tual, fazendo com isso que ela passasse do in tervalo de 1,5% a 1,75% ao ano, para 2,25% a

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VenturesDomeFoto:

Siderurgia Brasil: Diogo, ultimamente, o mundo parece estar se transformando em um lugar muito difícil para se viver. Em um curto período de tempo, atravessamos uma pandemia, vimos eclodir uma guerra na Europa, agora estamos nos pre ocupando com a tal Monkeypox ... Enfim, tudo isso junto vem gerando sobressaltos na economia global e, por tabela, na bra sileira também. E, hoje, muito se fala de uma “Nova Ordem Econômica Mundial”, que deve nascer das cinzas dessa confu são toda, configurando o estabelecimento de uma também nova realidade plane tária. Como você analisa a questão? Diogo Catão: Sim, tradicionalmente existe uma luta de blocos para criar essa “Nova Or dem Econômica Mundial”. Temos um bloco liderado pelos Estados Unidos juntamente com os países do oeste europeu; outro bloco na Ásia, liderado militarmente pela Rússia, e economicamente pela China; e, no meio de les, os países “do petróleo”, no Oriente Médio, bloco este não tão polarizado em termos de economia e de influência política quanto os outros dois. Mas, veio a pandemia e mudou essa dinâmica, por meio de um “esfriamento” nessas economias, em função dos lockdowns e as demais medidas restritivas ao consumo. E quando o mundo começou a sair desse pesa delo, vem o choque da Guerra da Ucrânia, en fraquecendo a economia e elevando os preços globais dos alimentos, da energia, muito em função das sanções impostas à Rússia, em es pecial na Europa, que tem uma dependência muito grande do gás russo. E tudo isso, junto, fez com que os bancos centrais ao redor do planeta tivessem que se mexer.

Diogo Catão, graduado em Administração pela International University of Monaco e CEO da Corporate Venture Builder Govtech Dome Ventures

Sim, é verdade. A China vem fazendo lock downs sistemáticos nas cidades em que exis tem indícios de propagação da COVID, e isso acaba esfriando a economia daquele país, que também vem sendo impactada com o agravamento da crise do setor imobiliário –que representa mais de 25% da economia do país –, marcada por construtoras afogadas em dívidas, aumentos de preço e atrasos na entrega de obras, bem como por compra dores que pararam de pagar suas mensali dades, porque muitos deles já não têm mais recursos e meios de acesso às propriedades. Isso, como não poderia ser diferente, vem preocupando muito o governo chinês, que anunciou recentemente um aporte de US$ 40 bilhões para tentar dar uma sobrevida e evitar o desastre desse setor. E, é claro, assim como a economia chinesa como um todo, a siderurgia local também vem sofrendo im pactos com esses problemas.

Na siderurgia, os impactos da tendência da “Nova Ordem Econômica Mundial” também foram sentidos, como, aliás, demonstram as decisões dos Estados Unidos e do Reino Unido de revogar as taxas impostas anterior mente à importação do aço brasileiro, nota damente as medidas tributárias protetivas sobre a importação de chapas de aço e de produtos de aços laminados a frio. Enquanto isso, a Europa, como um todo, fica parada, esperando até os 45 minutos do segundo tempo para reagir, o que, certamente, impli cará um preço a ser cobrado, que a gente só vai saber um pouco mais para a frente.

2,5%, em um esforço para combater a maior inflação nos Estados Unidos em mais de 40 anos, alimentada por um descompasso entre oferta e demanda e alta de preços de commo dities ligados à pandemia e à Guerra da Ucrâ nia, além de uma demanda elevada com uma economia aquecida e baixo desemprego. E na Europa, onde acredito que o problema deve rá ser sentido com mais intensidade, também “acordou” recentemente, com a elevação fei ta pelo Banco Central Europeu, no dia 21 de julho, nas taxas de juros da zona do euro, em 0,50 ponto percentual, na minha opinião uma iniciativa que demorou mais do que devia, porque, mesmo antes da pandemia, já existia uma guerra econômica dentro do continente, criando uma série de problemas, cuja conti nuidade é mais do que evidente, com a pro liferação de várias greves trabalhistas, como o recente episódio do movimento grevista dos funcionários da Lufthansa. E como a siderurgia se enquadra nesse imbróglio?

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Pelas notícias que vimos recebendo da China, a coisa não anda nada boa para a economia e para siderurgia por lá também, não é mesmo?

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De forma geral, objetivamente como tudo isso que você falou está se refletindo na economia brasileira atualmente? Vejo que, nesse sentido, o grande ponto por aqui é como as autoridades governa mentais estão tratando a questão dos im postos e preservar a competitividade em presarial para sobreviver nessa situação. Por exemplo, o governo brasileiro cogita redu zir ou até extinguir as taxas de importação, o que, naturalmente vem causando preocu pação para alguns empresários e produto res locais, mas que, em compensação, tem um viés positivo, no sentido de beneficiar a população, porque, com mais competivi dade, a tendência é conseguir combater a inflação e reduzir os preços. Na verdade, po rém, isso se resume a uma questão de tirar de uma mão, para receber na outra, porque, com os Estados Unidos e o Reino Unido cortando as taxas, tal dinâmica favorece as exportações brasileiras. Levando tudo isso em consideração, como você vê o ambiente para o inves tidor internacional colocar dinheiro no Brasil?

Bem, o apetite dos investidores internacio nais em colocar dinheiro no Brasil inegavel mente já foi maior. Hoje, embora isso esteja mudando um pouco, entre a proposta de alto risco de investir em um país emergen te, e a de fazer isso em países com índices maiores de segurança jurídica, a preferência costuma recair sobre estes segundos, em que pese o fato de o retorno financeiro ser menor, como acontece, por exemplo, com os títulos norte-americanos. Ou seja, mes mo nos Estados Unidos os investidores per dem ao longo do período, porque lá existe uma inflação maior do que a taxa do título. Assim, não faz muito sentido eles alocarem todos os seus recursos em um investimen to de renda fixa, por exemplo, o que acaba por fazer que eles acabem compondo sua carteira de investimentos com variantes de títulos com risco maior também.

Nessa história, contudo, o Brasil tem um atrativo bastante interessante, que é ser um grande exportador de commo dities , o que, certamente, também pode pesar na balança. Sem dúvida. O Brasil é famoso no exterior por conta de sua vocação como exportador

RedBudIndustries.com | 001-618-282-3801 Entre em contato com o nosso representante de vendas independente no Brasil VPE Consultoria 11 -999860586 mader@vpeconsultoria.com.br Com mais de 30 anos de experiência e 60 Estiradoras In-Line vendidas, a Red Bud Industries é a especialista líder quando se trata da tecnologia de nivelamento por estiramento. Nossos sistemas de Nivelamento por Estiramento contam com os tempos de ciclo mais rápidos do setor. Nenhum outro se compara. Nossas pinças metálicas duram um ano ou mais e dispensam a utilização de calços de papelão. Nossas unidades também podem ser pareadas com a nossa Niveladora de Rolos de Grande Porte para a remoção da “memória da bobina e da coroa” antes de o material ser estirado, e os dois equipamentos trabalhando em sintonia produzem o material de maior planicidade do setor e totalmente livre de tensões internas. Niveladoras Estiradoras (Stretc her Leveler)Red Bud Nossas Estiradoras fazem otrabalho mais rápido e processam mais bobinas por turno deAnos5Garantia

FUTUROSiderurgiaBrasil159 - Agosto - 202228 de commodities , como é o caso da soja, do milho, do açúcar, do café e do próprio mi nério de ferro. E, em uma situação de agra vamento de conflitos, como a Guerra da Ucrânia, nosso país se torna um porto se guro, e consegue capitalizar muito bem es ses investimentos, o que, aliás, também se observou no período mais crítico da pan demia da COVID-19, quando os exportado res brasileiros conseguiram manter sólido o seu desempenho. Em outras palavras, embora seja triste dizer isso e, claro, os players nacio nais obviamente não admitirem abertamente o fato, a siderurgia brasileira foi beneficiada com a explosão da Guerra na Ucrânia, até pelo fato de que a Rússia era a segunda maior fornecedora de placas de aço destinadas a laminação no mundo, e, em função das restrições impostas pelo conflito, ela parou de fornecer. Com isso, o Brasil viu crescer ex ponencialmente suas exportações também nesse item em particular. Como você analisa essa dicotomia? Sim, é triste, mas é a realidade. A Guerra da Ucrânia foi motivada por questões eco nômicas. E o Brasil, por ser um país neu tro, e de não ter adotado nenhum viés ou partido expressivo no conflito, ele aca bou bebendo da fonte dos dois lados. Por exemplo, de um lado, conseguiu manter o fornecimento dos fertilizantes para o agronegócio brasileiro, e de outro conti nuou seu “namoro” com os Estados Unidos e com o Reino Unido, obtendo deles o já mencionado corte das taxas de importa ção do nosso aço, em regime de exclusi vidade, porque isso não aconteceu com outros países fornecedores. Ou seja – e é complicado e desconfortável dizer isso –, o Brasil se posicionou estrategicamente bem, e conseguiu conquistar esses benefí cios nesse período. Ato contínuo, as previ sões para a economia brasileira continuam boas. Recentemente, o Fundo Monetário Internacional aumentou a previsão do PIB brasileiro para 1,7%, o que, inegavelmen te, é uma prova da força do país. Além dis so, como as reduções de impostos, entre outras medidas anunciadas pelo governo, também apontam para uma tendência de equilíbrio, embora seja incerto se isso vai continuar após as eleições e ao longo do próximo ano, porque não se sabe se tudo

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Falando um pouco agora das lições de casa que o Brasil tem que, obrigatoriamente, fazer para se atualizar em relação às principais nações do planeta, e se ins trumentalizar no âmbito da inovação e da competitividade, qual a importância para o país da promoção de avanços sig nificativos voltados à inserção e à trans formação digital? E como o governo pode ajudar na conquista dessas metas, em especial, por meio das chamadas govtechs ? isso, na verdade, são manobras eleitoreiras ou, efetivamente, fazem parte de um pro grama de governo. E qual será, na sua opinião o fôlego que a gente terá para manter esse lugar de protagonismo no cenário econômico mundial quando, por exemplo, o conflito Russo X Ucrânia chegar ao fim? Será que as grandes potências mundiais, por exemplo, não irão retroagir no cam po das benesses direcionadas ao Brasil que hoje estamos observando?

FUTUROSiderurgiaBrasil159 - Agosto - 202230

Bem, responder essa pergunta com um “sim” enfático seria perigoso e impreciso. O que eu posso dizer é que, na situação atual, esses países não têm fôlego para levanta rem mais taxas para o Brasil. Em outras pa lavras, nosso país está, agora, em uma situ ação mais confortável. E, como eu disse aí atrás, ele já se preparou, de forma antecipa da, para um eventual quadro de recessão. Então, se os Estados Unidos elevarem a ta xação do aço brasileiro, ele vai chegar mui to mais caro por lá, o que também pode ter reflexos em termos de aumento de pre ços dos aços produzidos por lá. Assim, até mesmo para incentivar competitividade lo

E com relação à Europa? Para mim, a Europa é o continente que enfrenta o cenário mais crítico. Ainda este ano, a zona do euro tem risco elevadíssimo de entrar em recessão.

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cal, os Estados Unidos terão que manter a redução das taxas de importação para os aços brasileiros, até seguindo a mesma di nâmica que está acontecendo com relação aos aços da China. Mas, é claro, as coisas podem mudar quando os Estados Unidos conseguirem “arrumar a casa”. Mas isso, claro, é outra conversa. Então, não vejo a possibilidade de alteração nessa dinâmica, pelo menos nos próximos 12 meses por lá.

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Objetivamente, o que elas podem fazer para efetivar essas conquistas? Bem, em curto e médio prazos, elas po dem prestar serviços para as instituições públicas no desenvolvimento de tecnolo gias e fornecimento de soluções e serviços digitais, para que estas, em longo prazo, possam resolver problemas socioambien tais, de impacto climático, relacionados à corrupção, que não só proporcionem, entre outras coisas, transformações urbanísticas sustentáveis e tecnológicas, como também maior transparência por meio das ações de compliance – que garantem a segurança e a minimização de riscos aos governos muni cipais e estaduais no cumprimento de seus atos, regimentos, normas e leis estabeleci dos interna e externamente, além, é claro, de maior eficiência fiscal e eficiência e as sertividade na aplicação desses recursos, voltados, em síntese, à formatação de cida des mais conectadas e inteligentes, propor cionadas pelo uso da Internet das Coisas. E esse é, exatamente o papel das govtechs :

Veja bem, uma coisa que muito pouco se fala por aqui é que um setor que movimen ta mais de 10% do PIB, é o setor público. Só que, de forma geral, as instituições pú blicas do país ainda são muito discrepantes em termos de inovação: algumas são muito desenvolvidas, outras não. No entanto, elas convergem sobre a percepção da importân cia da inovação para que haja a tão falada transformação digital e um desenvolvimen to sustentável das cidades. Assim, todos os dias lemos notícias falando de empresas que estão passando por dificuldades e, às vezes, quebrando. Mas as empresas governamen tais não quebram: estão por aí, funcionan do e sobrevivendo em todos os âmbitos em que operam, sejam este nas esferas munici pal, estadual e federal. Só que elas precisam se atualizar, a exemplo de algumas empre sas do setor privado, que se reinventaram e conseguiram aumentar seus faturamentos de forma gigantesca. Vendo isso, algumas prefeituras e governos estaduais manifesta ram seu interesse em trazer essas inovações para o setor público. E é aí, exatamente, que entram as govtechs , que são startups que prestam soluções tecnológicas para viabili zar o crescimento do setor público, não só em termos de resultados financeiros, como também em termos sociais e ambientais em prol da população.

Sim. A Dome Ventures é uma Corporate Venture Builder Govtech, que nasceu em se tembro de 2021, justamente com o propó sito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil. Nossa missão é contribuir com o avanço digital desse, selecionando e desenvolvendo, de forma contínua, inova ções aplicadas e startups que possuam so luções para impactar positivamente a so ciedade e a vida de toda a população. Para isso, contamos com diversas parcerias com diversas empresas, todas especializadas na área pública, que atuam na oferta de solu ções de transformação digital, pesquisa de mercado, direito eleitoral, tecnologia de educação pública, catalização de conexões e compliance . E como tem sido a recepção do trabalho da Dome em termos de recursos já captados?

FUTUROSiderurgiaBrasil159 - Agosto - 202234

transformar todos esses processos em rea lidade, facilitando a administração gover namental e trazendo novas soluções para o setor público. E como vem caminhando a adesão do poder público a elas? Diante desse cenário, muitas oportuni dades estão surgindo para que as govtechs auxiliem os gestores públicos em termos de perspectivas futuras. Isso porque, cada vez mais, os governos tendem a compre ender a importância da transformação di gital, atinando que esse é o caminho para uma administração mais ágil, flexível e ino vadora. Em função disso, o número de go vtechs no Brasil tem crescido e elas criam soluções pensadas para resolver os proble mas das instituições públicas na entrega de seus serviços para os cidadãos. Melho rar essa ponta com certeza vai provocar melhorias na vida de quem está do outro lado, necessitando das instituições públi cas para suas questões de vida civil: a po pulação. Pensar numa forma de enxergar essa conexão como um propósito maior, que traz benefícios para toda a sociedade, também é um cenário que consideramos como meta a se alcançar. E, mais do que tudo, direcionar o olhar para as pessoas.

Muito bom! E como a atuação Dome Ventures vem contribuindo para o desenvolvimento desses processos? A em presa de vocês é bem jovem, não é? Ela atua sozinha ou tem players parceiros?

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SiderurgiaEMPRESASBrasil159- Agosto - 2022 AQUISIÇÃO BILIONÁRIA CSPDivulgaçãoFotos: 36

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A ArcelorMittal, empresa líder mundial em siderurgia e mineração, presente em 60 países ao redor do mundo e também com forte presença no Brasil, acaba de anunciar que assinou um acordo com os acionistas da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) para adquirir a CSP por um valor de aproxima damente US$ 2,2 bilhões. A ArcelorMittal mundial no ano passado divul gou que sua receita foi de US$ 76,6 bilhões com produção de aço bruto de 69,1 milhões de tonela das métricas. Também no campo da mineração a empresa é líder mundial e sua produção de minério de ferro chegou a 50,9 milhões de toneladas métri cas em 2021.Vista aérea da unidade II

HENRIQUE PATRIA Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022 BILIONÁRIA

A compra da CSPecém pela ArcelorMittal, vai ampliar ainda mais a posição da empresa que já é de liderança nos campos da siderurgia e da mineração no Brasil.

de Pecém - CSP é uma unidade que apresenta uma operação de classe mundial na produção de placas de alta qualidade a um preço competitivo. As modernas instalações de última geração da CSP, localizada no estado do Ceará, há cer ca de 10 quilômetros do porto marítimo de Pecém, no nordeste do Brasil, entraram em operação em 2016, produzindo suas primei ras placas em junho do mesmo ano. Atual mente opera um alto-forno com capacidade de três milhões de toneladas. A CSP opera dentro da primeira Zona de Processamento de Exportação do Brasil que é beneficiada por incentivos fiscais.

Segundo a ArcelorMittal o acordo após a análise e homologação do CADE que deve ocorrer até o final do ano, irá adicionar à sua produção 3 milhões de toneladas de aço por ano e possibilitará participar com ter ceiros da formação de um hub de eletricida de limpa e de hidrogênio verde em Pecém noACeará.Cia.Siderúrgica

• Ampliar a posição da Empresa na indús tria siderúrgica brasileira, que tem potencial de alto crescimento.

Segundo a nota divulgada esta aquisição traz diversos benefícios estratégicos para a ArcelorMittal, incluindo o potencial de:

SiderurgiaEMPRESASBrasil159- Agosto - 2022

• Permitir novas expansões por parte da Empresa, como a opção de adicionar capa cidade de siderurgia primária (incluindo re dução direta de minério de ferro - DRI) e ca pacidade de laminação e acabamento.

• Capturar mais de US$ 50 milhões de sinergias identificadas, incluindo SG&A, Vista aérea da unidade I

• Capitalizar o significativo investimen to planejado de terceiros para formar um hub de eletricidade limpa e de hidrogê nio verde em Pecém.

• Adicionar 3 milhões de toneladas de capacidade de produção de placas de alta qualidade e com competitividade em ter mos de custo, com o potencial de fornecer placas dentro do grupo ou de vender nas Américas do Norte e do Sul.

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compras e otimização de processo. O estado do Ceará tem a ambição de desenvolver um hub de hidrogênio verde de baixo custo. O Hub de Hidrogênio Ver de de Pecém, uma parceria entre o Com plexo Pecém e a Linde, uma empresa líder mundial de gases industriais e engenharia, é um projeto de grande porte de hidrogê nio verde no Porto de Pecém e que alme ja produzir até 5GW de energia renovável e 900 kt/a de hidrogênio verde em diversas fases. A primeira fase, que a parceria atual mente espera estar concluída ao longo dos próximos cinco anos, tem como objetivo a construção de 100-150MW de capacidade de energia renovável. Por ocasião da assinatura do acordo Adi tya Mittal, CEO da ArcelorMittal, disse: “Na CSP, estamos adquirindo um negócio moderno, eficiente, estabelecido e rentável, que irá melhorar ainda mais a nossa posição no Brasil e agrega valor imediato à Arcelor Mittal. Existe um potencial significativo para descarbonizar o ativo, dada a ambição do estado do Ceará de desenvolver um hub de hidrogênio verde de baixo custo e o enorme potencial que a região tem para a geração de energia solar e eólica.

Vista

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A CSP produz placas de alta qualidade e é competitiva em termos de custo, garantindo que seus produtos sejam competitivos inter namente e para exportação. No curto prazo, continuaremos a abastecer a base de clientes existentes da CSP nas Américas do Norte e do Sul. Entretanto, o potencial e as opções que ela oferece no médio e no longo prazo são o que torna esta aquisição tão empolgante. À medida que continuamos a desenvolver as nossas capacidades downstream dos nossos negócios na região NAFTA e no Brasil no mé dio prazo, temos a opção de a CSP se tornar uma importante fornecedora de placas den tro do grupo. No longo prazo, existe também a opção de aumentar significativamente sua capacidade de produção de placas e adicio nar capacidades de laminação e acabamen to com emissões de baixo carbono”.

SiderurgiaEMPRESASBrasil159- Agosto

- 2022

A ArcelorMittal está listada na bolsa de va lores da Nova Iorque (MT), Amsterdam (MT), Paris (MT), Luxemburgo (MT) e nas bolsas de valores espanholas de Barcelona, Bilbao, Madri e Valência (MTS).

Henrique Patria é editor chefe do portal e revista Siderurgia Brasil aérea da unidade

A trajetória da Villares Metals, que já tem mais de 75 anos de história, vem sendo construída por uma equipe técnica altamente qualificada e preparada para oferecer as melhores soluções aos clientes. Mais do que isso, a empresa reafirma todos os dias o compromisso com as questões ambientais, prezando sempre por um modelo sustentável de trabalho. Não é à toa que um dos valores da Villares Metals é fazer um mundo melhor, valorizando as pessoas e garantindo os melhores resultados, com criatividade e inovação. As Certificações ISO 14.001 e ISO 50.001 reforçam o compromisso da empresa com as questões ambientais e energéticas.

Excelência de mãos dadas com a sustentabilidade

Reciclagem de Material Metálico Desenvolvimento Sustentável Valores Éticos e Práticas de Compliance

/company/villares-metals

Aliamos alta performance a ações sustentáveis que fazem a diferença

TÉCNICO DivulgaçãoFotos: Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022 SÃO DIFÍCEIS MATERIAIS DE ALTA 42

DIVISÃO TÉCNICA DA RED BUD INDUSTRIES*

DIFÍCEIS DE O QUE FAZER ALTA RESISTÊNCIA

N os últimos anos, com as novas exigências do mercado, as propriedades mecânicas dos ma teriais usados para atender à mercados es pecíficos também mudaram. A utilização de materiais mais resistentes permitiu aos fabri cantes produzir mais utilizando materiais mais finos, resis tentes e leves. Contudo, conforme a resistência e a elasti cidade dos materiais aumentaram, também surgiram mais dificuldades para o processamento desses materiais.

NIVELAR.

Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022

Os novos materiais de alta resistência exigem significativamente mais alongamento para ultrapassar o ponto de elasticidade e, com isso, quase sempre excedem as capacidades mecânicas da maioria dos rolos niveladores tradicionais.

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TÉCNICOSiderurgiaBrasil159 - Agosto - 2022

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Atualmente é comum encontrar materiais com limites de resistência e alongamento duas ou três vezes superiores do que os en contrados há poucos anos. Em muitos casos, esses materiais de alta resistência superam as capacidades dos rolos niveladores tradi cionais e, como consequência, em alguns casos, é praticamente impossível corrigir sua forma. Quando você se depara com esta situação, o que pode fazer? Bem, vamos dar uma olhada no básico. Quando se trata do nivelamento de material, tem tudo a ver com alongamento. Indepen dentemente de como isso é feito, todos os niveladores são projetados para tornar partes da tira mais alongadas do que outras. A princi pal diferença entre os sistemas tem a ver com a quantidade de alongamento que cada um pode produzir e como isso é feito. Além disso, para nivelar o material, é preciso ultrapassar seu ponto de elasticidade ou nenhuma mu dança permanente será bem-sucedida.

TÉCNICOSiderurgiaBrasil159 - Agosto - 2022

Duas das tecnologias mais comuns atual mente disponíveis para nivelar materiais de alta resistência em linhas de processamento de bobinas são rolos niveladores e nivelado ras estiradoras. Esses sistemas de nivelamento usam duas abordagens diferentes do processo de nivelamento. Um rolo nivelador alonga o material dobrando-o sobre uma série de rolos de trabalho. E, no caso de uma niveladora esti radora ela utiliza apenas o tensionamento para alongar o material. A transformação básica feita por um rolo nivelador e como o material é nivelado não mudou muito ao longo das décadas. Da pers pectiva mecânica, há uma série de rolos de tra balho apoiados por uma série de rolamentos de apoio ajustáveis. O diâmetro dos rolos de trabalho é tal que, conforme o material é do brado sobre os rolos, a superfície externa do material é alongada. Para nivelar o material, é preciso ajustar a posição dos rolos de apoio. Isso fará, por sua vez, com que os rolos de tra balho se desviem, fazendo assim com que o material nessa área percorra um caminho mais longo na máquina. Ao ajustar estrategicamen te os rolos de apoio, as porções da tira são mais alongadas do que outras resultando em uma chapa plana. Contudo, os materiais de alta re sistência mais novos exigem significativamen te mais alongamento para ultrapassar o ponto de elasticidade e, com isso, quase sempre ex cedem as capacidades mecânicas da maioria dos rolos niveladores tradicionais. O problema é duplicado. Com o aumento da elasticidade, devido à força da estrutura da máquina (a for ça de separação que ela é capaz de fazer) e os rolos de apoio, a espessura máxima do mate rial capaz de ser processado deve ser reduzida. Além disso, a espessura mínima possível de ser nivelada também aumenta. A ilustração mos tra os efeitos que a força da elasticidade gera na faixa de espessura que pode ser processada

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em um rolo de diâmetro específico. Em alguns pontos, a elasticidade do material que está sendo processado excederá a capacidade do seu rolo nivelador. Outro tipo difícil de material para se traba lhar é o “Dual Phase”. Esse tipo de material é especialmente desenvolvido para se tornar mais forte e aumentar a resistência cada vez que é processado ou dobrado. Como resulta do, cada vez que o material é dobrado sobre os rolos de trabalho, fica progressivamente mais forte. Você pode ter uma situação na qual, para produzir um material plano, é pre ciso trabalhá-lo tanto que, em algumas si tuações ele se tornará inútil para o cliente. As niveladoras estiradoras são únicas nesse ponto, diferentemente dos rolos niveladores convencionais e de outros tipos de nivela mento, pois não usa a dobra como parte do processo. Ao contrário disso, força bruta e ten sionamento são usados para estirar a tira. E di

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ferentemente de um rolo nivelador, a nivelado ra estiradora não é limitada a um certo número de alongamentos. Uma niveladora estiradora simplesmente segura a tira com braçadeiras de fixação que não deixam marcas e estira o material no comprimento. O quanto o material pode ser estirado é determinado pela sua elas ticidade e pela severidade de seu formato. Mais alongamentos serão necessários se o material apresentar um ponto mais alto de elasticida de e/ou mais defeitos no formato. Além disso, como 100% da largura e da espessura da tira são levados além de seu ponto de elasticidade, o estresse no material é equalizado de modo eficiente. O resultado é uma chapa plana, livre de estresse e que permanecerá plana indepen dentemente dos processos posteriores. Isso é uma vantagem muito importante para siste mas a laser e sistemas automáticos flexíveis de fabricação. Além disso, já que a niveladora esti radora trabalha no material apenas uma vez, ela é mais adequada para materiais “Dual Phase”. Hoje em dia, as niveladoras estiradoras modernas podem ser encontradas operan do em linhas de processamento de bobinas ao redor do mundo. Esses sistemas podem

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https://redbudindustries.com

No Brasil: mader@vpeconsultoria.com.br

*Material Elaborado e fornecido pela Divisão Técnica da Red Bud Industries.

processar materiais com espessuras de até 25 mm e 2.500 mm de largura. Já que é pos sível aumentar seletivamente o alongamen to com base nos problemas de formato e na elasticidade do material, essas máquinas apresentam poucas limitações e também poucas dificuldades ao processar materiais ou tiras de alta resistência com sérias ques tões de formato. Concluindo, os dois siste mas usam duas diferentes formas de nive lamento - dobramento vs. tensão. Você terá que fazer o seu dever de casa e comparar as duas tecnologias para descobrir o melhor fornecedor de equipamentos para atender as exigências do seu mercado.

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ESTATÍSTICAS PREOCUPAÇÕES COM O CRÉDITONA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

Apesar de ter batido recordes neste mês de julho, a presidência da Anfavea entidade que reúne os montadores de veículos no Brasil, diz estar preocupada com algumas situações de or dem interna e global que podem impactar ne gativamente na indústria neste ano. Segundo Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, al gumas questões mundiais tem dificultado a re tomada da atividade normal. Ele fez questão de ressaltar que não é um problema brasileiro, mas um problema mundial que atinge diretamente a atividade e provoca preocupações.

Segundo a entidade foram produzidos em julho deste ano 218.950 autoveículos, o que re presentou alta de 7,5% sobre junho e de 33,4% sobre julho de 2021, quando a crise global dos semicondutores surpreendia a indústria em geral. Considerando o acumulado do ano, as 1,3 milhão de unidades produzidas já estão no mesmo patamar dos sete primeiros meses do ano passado. Esta é a maior produção desde novembro de 2020, e média diária de vendas é a melhor deste ano. As vendas em julho foram de 181.994 unida des, segundo melhor mês do ano, atrás ape nas do mês de maio. Mas se consideradas as vendas por dia útil, julho teve a maior média de 2022, com 8,7 mil unidades licenciadas por

CRÉDITO dia, ante 8,5 mil de maio e junho. Na compa ração do total de vendas internas em julho, houve avanço de 2,2% sobre o mês anterior e de 3,7% sobre julho de 2021. No acumulado do ano, a defasagem ainda é de 12%, com 1,1 milhão de emplacamentos. Em julho, foram exportados 41,9 mil autove ículos, 11,4% a menos que em julho e 76,3% a mais que em julho de 2021. No total do ano, o volume de 288 mil unidades supera em 28,7% o resultado de igual período do ano passado. Em valores o crescimento observado foi de 37,4%.

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O problema da exportação, neste momento, está localizado na crise econômica da Argenti na que é um dos principais destinos do produto brasileiro. Houve uma queda interna na venda de veículos naquele país, acima de 21%. Segundo o presidente da entidade Marcio de Lima Leite, existem motivos de sobra para nos preocuparmos. Aqui em âmbito interno, a questão da subida dos juros e as dificuldades que o sistema bancário tem imposto para o fi nanciamento de veículos, além da inflação com dificuldades de ser controlada. Segundo ele no ano passado 80% dos veículos no Brasil, foram vendidos a prazo e neste ano esta taxa não está passando dos 35%. A ainda a questão da cumu latividade do IOF, que segundo ele é repetida três

Ao contrário de picapes, furgões e vans, os auto móveis e SUVs haviam ficado de fora da segun da redução, para 35%, praticada no dia 29 de abril, e que também contemplou vários outros setores industriais. Da mesma forma que ocor reu na redução de março, os veículos que já es tão na rede de concessionários, mas ainda não foram vendidos, poderão ser refaturados com a nova alíquota de IPI. “Foi uma decisão sensata do governo federal, em especial do Ministério da Economia, no sentido de ataque ao Custo Brasil e da busca de uma carga tributária mais compatível com a de outros países produtores de veículos”, declarou Márcio de Lima Leite, pre sidente da Anfavea.

ESTATÍSTICAS vezes para o consumidor final. Uma vez da mon tadora para a Concessionário, depois desta para o Consumidor e a terceira no momento do finan ciamento. Esta questão foi levada ao Ministério da Economia, que ficou de estudar a questão. Já em âmbito mundial ele listou alguns pon tos que estão impactando na produção mun dial de veículos e que evidentemente nos co loca nesta mesma situação. Ele citou a questão dos lockdowns totais ou parciais que na China afeta cerca de 260 milhões de pessoas; A escas sez de vários insumos e principalmente dos se micondutores que devem se manter até o final do ano; A Guerra que entrava a cadeia logística com atraso e alta nos custos dos fretes; A Alta da Inflação e a sinalização do recuo da economia em vários países; Uma nova redução na expec tativa do PIB mundial. Mas houve uma boa noticia comemorada pela Anfavea que foi a redução determinada pelo Governo Federal da cobrança do IPI. Hou ve a inclusão dos automóveis de passageiros na nova etapa de redução do Imposto sobre Pro dutos Industrializados (IPI), que passou a vigorar desde o início deste mês. Com isso, a redução do IPI para essa categoria de veículos subiu de 18,5% para 24,75% sobre as alíquotas praticadas antes da primeira redução, do dia 1º de março.

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Fonte: Assessoria de Comunicação Anfavea

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Segundo a World Steel Association, enti dade mundial que abriga em seus quadros os dados estatísticos de 64 países em todo o mundo, a produção mundial de aço no mês de junho de 2022 foi de 158,1 milhões de toneladas (Mt) com uma queda de 5,9% em relação a junho de 2021. Já em relação a maio, quando a produção anunciada foi de 169,5 milhões de toneladas (MT, a que da foi de Atualizando6,7%. estes números, no primeiro semestre desse ano (2022) em relação ao primeiro semestre do ano anterior (2021), a queda foi de 5,5% já que agora foram pro duzidas no primeiro semestre 949,4 milhões de toneladas (MT).

ESTATÍSTICAS QUEDA NA PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇO

Ao considerarmos os resultados acumulados no 1º semestre de 2022 houve uma queda de 3,7%, em relação ao ano anterior, mas uma me lhora em relação ao primeiro trimestre deste ano.

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Segundo dados divulgados no final do mês passado pela Abimaq, entidade que representa os produtores de máquinas e equipamentos no Brasil, o mês de junho registrou pequena que da nas receitas líquidas de vendas. Houve desa celeração tanto em relação ao mês de anterior (maio) de -3%, assim como em relação a leitura interanual (junho do 2021) de -1,8%.

ESTATÍSTICAS EXPORTAÇÃO CONTINUA EM ALTA NO SETOR DE MÁQUINAS

Aqui cabe lembrar que este setor na sua maioria trabalha por encomendas, o que pode apresentar ligeira distorção quando analisa mos um determinado mês em particular, por causa de prazos de entrega de determinados equipamentos.Segundoaentidade o desempenho entre os setores da indústria de máquinas e equipamen tos continua heterogêneo, com crescimento pu xado por áreas ligadas ao agronegócio e cons trução civil. Há estabilidade no fornecimento para a indústria de transformação e queda nos fornecimentos de componentes, máquinas para bens de consumo e para infraestrutura.

Foi destaque no mês de junho em relação ao mesmo mês do ano de 2021 a boa performance das exportações, que registraram crescimento de 2,2% em reais ou 20,1% em dólares. No primeiro semestre o setor exportou US$ 5,6 bilhões, com crescimento de 29,2% sobre o mesmo período de 2021, e equivalente a 20% da receita total do setor. Em unidades físicas tam bém houve crescimento no período, em pata mar pouco mais baixo (13,8%). Houve ainda au mento dos preços das exportações, mas não o suficiente para anular a variação de preços de custos e do câmbio. As vendas no mercado externo em maio fo ram de US$ 1,03 bilhão com resultado de 20,1% acima do apurado no ano passado que havia sido de US$ 854 milhões. Com relação ao destino de nossas exporta ções observou-se no primeiro semestre um au mento de embarques para países da América Latina com variação de 37,2% ante o mesmo pe ríodo do ano anterior. Houve aumento ainda nas exportações para os Estados Unidos (+18,1%) e para os países europeus (30,5%). Os dados indi cam que os países com maior proximidade re gional intensificaram o relacionamento comer cial neste ano de 2022. Com relação ao quadro de pessoal emprega do houve novo aumento no quadro de pessoal (0,6%) e o setor passou a empregar 395 mil pes soas. Em relação ao mesmo mês de 2021 o se tor registrou um adicional de 21.627 pessoas em suas industrias.

Fonte: Abimaq

55Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022

Com o total de julho a média mensal ficou em 12.709 unidades. “Os negócios estão em NOVO EQUIPAMENTO PARA PESSOAS ESPECIAIS

IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS EM RECUPERAÇÃO

“A recuperação de mercado é um processo lento e os resultados de 2022 indicam que estamos no caminho para repor as perdas do passado“, explica José Carlos Spricigo, pre sidente da ANFIR - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

A Ford desenvolveu um simulador de corridas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. É o primeiro simu lador de games criado e adaptado às ne cessidades de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

VITRINE

Fonte: Anfir

DivulgaçãoFoto:Foto:Divulgação Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 202256

O equipamento, chamado Team Ford zilla Ford Adapta, foi inspirado nos veícu los adaptados da marca. A sua peça chave é o volante, equipado com comandos que permitem o acionamento manual do ace lerador e do freio. Desse modo, jogadores com deficiência ou limitação de movimen tos podem ter uma experiência de direção semelhante à de um carro tradicional e competir no mais alto nível. Ele ainda pos sui colete vibratório, fones especiais e op ção de realidade virtual que tornam a ex periência mais real. Mais detalhes: www.fordadapta.com ritmo lento de recuperação, mas formando uma espiral positiva mês a mês o que dá confiança ao empresário do setor”, conclui Spricigo.

Mas julho registrou o melhor desempe nho de emplacamentos de implementos ro doviários em 2022. No mês foram entregues 13.911 produtos.

Todas as frentes de obra civil já estão em andamento, e uma parcela significativa de las está sendo executada por empresas da região. A nova linha tem previsão de conclu são para o terceiro trimestre de 2023.

ARCELORMITTAL MUDA O CENÁRIO

DivulgaçãoFoto:

Ao completar 19 anos a ArcelorMittal Vega, mudou todo o cenário da região do norte catarinense. Um estudo realizado por seis pesquisadores da Universidade da Região de Joinville (Uni ville) que, retrata, por meio de dados, a con tribuição e a influência positiva da ArcelorMit tal Vega, para o desenvolvimento econômico e sustentável da economia regional. O estudo realiza um recorte de 20 anos, começando em 2001, ainda na fase de construção da fábrica. Atualmente, a unidade passa pela maior obra de expansão da sua história, o Proje to CMC (Cold Mill Complex). O investimento de US$ 350 milhões prevê uma nova linha combinada de galvanização e recozimen to contínuo que irá aumentar o volume da produção de R$ 1,6 milhão para 2,2 milhões de toneladas de aços anuais.

Fonte: In Press Porter Novelli - Assessoria de Imprensa

Fonte: tatiane@pressaporter.com.br –

RECICLAGEM DE LATAS DE AÇO

Assessoria da Prolata.

LANÇAMENTO DE LIVRO

Victor Mirshawka , gestor, palestrante e con sultor, lançará, no segundo semestre de 2022, a série Trabalhabilidade . O primei ro volume, A Obrigatoriedade da Adaptação , focada no impacto da tecnologia no mercado de traba lho, já está disponível nas livrarias físicas e Mirshawkadigitais.atuou como gestor educacional, palestrante e professor em toda a carreira executiva, além de atleta de basquete. Engenheiro, mestre em Estatística, e autor de dezenas de livros, publicará ouros dois volumes: A Necessidade da Agilidade e A Essencialidade do Aperfeiçoamento , pela DVS Editora, na qual atua como consultor editorial. Segundo o autor: “Não é segredo para nin guém: a forma de trabalhar hoje em dia não é a mesma de há dez anos e, praticamente, nem se com para com o que era feito 20 anos atrás. Muita tecnologia foi incorpo rada e aconteceram significativas transformações em todas as áreas. Justamente para que as pessoas aprendam a desenvolver a sua tra balhabilidade que decidi escrever esses três livros”. Editora: DVS Editora Link de venda : https://amzn.to/3yEBCu3 e Livraria Cultura . Foto: Divulgação

VITRINE 58 Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022

A Prolata que é uma associação sem fins lucrativos, criada em 2012, pela cadeia de valor dos fabricantes de latas de aço no Brasil, nos comunicou que entre abril e junho de 2022, a associação reciclou mais de 17 mil toneladas de latas de aço, registrando um au mento de 9% em compara ção ao mesmo período do ano anterior. As regiões que mais reciclaram foram Para ná (4.733), São Paulo (3.847) e Pernambuco (3.049). Atualmente, a Prolata tem parceria com 70 cooperativas, em 18 estados, totalizando 1.761 cooperados. Também conta com 36 entrepostos parceiros, apoio e participação de 14 fabricantes de latas de aço, 28 fabri cantes de tintas, 11 fabricantes de alimentos, 37 redes de varejo e 3 grupos siderúrgicos, que são respon sáveis pela revalorização e re ciclagem do material. “Nossa meta para este ano é revalorizar mais de 60 mil toneladas de latas de aço pós-consumo”. afirma Thais Fagury, presidente da Associação Brasileira de Em balagem de Aço (Abeaço) e diretora da Prolata.

Fonte: Assessoria TeamViewerredacao@allameda.com

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A TeamViewer, líder global de soluções de conectividade remota e digitalização de am bientes de trabalho, anuncia nova parceria estratégica com a Siemens Digital Industries Software que irá juntar o poder da plataforma empresarial de realidade aumentada com o gerenciaamento do ciclo de vida de produto (PLM - Product Lifecycle Management ) e que integra o portfólio Siemens Xcelerator. Segundo a nota os clientes da Siemens em todo o mundo poderão aprimorar seus pro cessos de desenvolvimento de produtos com base em experiências imersivas com conte údo 3D interativo conectado a digital twins . Os modelos 3D podem ser facilmente modi ficados, habilitando mais equipes a colaborar e conduzir decisões e inclusão de inovações ao longo de todo o ciclo de vida do produto.

NOVA PARCERIA DIGITAL

Mais informações: www.teamviewer.com

Benafer S/A - Comércio e Indústria 57 Congresso Aço Brasil 2022 13

Intermach 2022 45

ArcelorMittal Brasil S.A. 09

Reframax Engenharia Ltda. 59 Revista Siderurgia Brasil 61

White Martins Gases Industriais Ltda. 33

ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO

60 Siderurgia Brasil 159 - Agosto - 2022 VITRINE

Tetraferro Ltda. 35

Usiminas - Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. 02 Villares Metals S.A. 41

QUEDA NA EXPORTAÇÃO DE SUCATAS De acordo com nota da Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), as exportações de su cata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, apresentaram o menor volume para um mês desde 2007. Em julho, as vendas externas foram de apenas 5.614 toneladas, uma queda de 87,5% em re lação ao mesmo mês de 2021, quando chega ram a 45.081 toneladas, conforme dados di vulgados pelo Ministério da Economia, Secex. De acordo com S&P Global Platts, agên cia americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarks para os mercados de commodities, “depois das se guidas quedas de preço anunciadas pelas siderúrgicas em junho, a estratégia dos for necedores de sucata agora parece ser a de aumentar os negócios com as fundições, que tendem a pagar mais por produtos com qualidade também superior aos usa dos pelas usinas”. Fonte Inesfa

Divimec Tecnologia Industrial Ltda. 39 Gerdau Aços Longos S.A. 11 GV do Brasil Ind.e Com. de Aço Ltda. - Grupo Simec 18 e 19

JLM Negócios e Soluções Ltda. - Mercosistem 49 Procer Indústria e Comércio de Refratários Ltda. 15 Red Bud Industries 27

Belgo Bekaert Arames Ltda. 25

Empresa Página Aço Verde do Brasil S.A. 29

Sinobras - Siderúrgica Norte Brasil S.A. 31 Tec Tor Indústria e Comércio Ltda. 47

A REVISTA DE NEGÓCIOS DO AÇO VISITE NOSSO WWW.SIDERURGIABRASIL.COM.BRPORTAL: • Anúncios nas páginas da revista digital • Textos com conteúdo da marca TRAGA SUA PUBLICIDADE PARA A PRINCIPAL MÍDIA DA SIDERURGIA BRASILEIRAESCOLHAOSEUCOMBO PARA O 2º SEMESTRE 1 21páginax28cm Página Dupla 42 x 28cm 1/2 página 21 x 14cm 1/3 página 21 x 09cm 1/4 página 21 x 05cm • Banners inteligentes no portal • Notícias patrocinadas QUER SABER QUANTO CUSTA? Consulte-nos: diretoria@grips.com.br

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