política/opinião
DIÁRIO DO RIO DOCE
2 Governador Valadares, quarta-feira, 11 de maio de 2016
por Antônia Izanira Lopes de Carvalho (*)
COTIDIANO
* Membro da Academia Valadarense de Letras E-mail: aizanira@hotmail.com
A Câmara Federal e a Língua Portuguesa Nestes dias de turbulência política, passamos muito tempo assistindo às falas dos deputados em suas tarefas de atuação. Para nossa surpresa, nem todos comparecem, e quando há o chamado da presidência ocorre o vazio pelo nome chamado, incluindo alguns da nossa região. A seguir, outro ponto chamou-nos a atenção: a falta de respeito entre os pares, pois enquanto alguns discursavam temas de interesse do País, outros atendiam ao telefone ou deslizavam os dedos pelo indefectível aparelho. Outros ainda conversavam com seus colegas, não ouvindo ou sequer escutando a proposta apresentada. Mas o que mais nos estarreceu foi o desempenho no tocante à Língua Portuguesa. Meus ouvidos zumbiam a cada crime linguístico. Falhas na regência seriam o de menos. O pior foram erros de concor-
dância gritantes, como: “Os estados e municípios, excelências, está precisando de cuidado” ou “Houveram críticas a meu respeito, todas mentirosa...” Além disso, o descuido referencial a respeito da geografia é outro ponto a ser verificado, bem como a semântica deslocada, com erros do sentido das palavras. Quem assistiu à sessão do impedimento da presidente na Câmara Federal deve ter observado o ridículo das posturas. Seria para votar sim ou não, mas ofereciam seu voto à mãe, ao pai, aos filhos, às avós, faltando apenas o papagaio e o Totó. Meu Deus, como foi patética aquela votação, repetição, aliás, do que aconteceu na era Collor: a mesma palhaçada! E, depois disso, a falta de respeito à hierarquia, porque o presidente pode ser o bandido que mostra ser, mas naquele momento ele
dirigia os trabalhos. A carnavalização do ato foi crescendo, com falas fora de hora, cada um querendo aparecer mais do que o outro. Após tanta débâcle, cheguei à conclusão de que nossos deputados deveriam voltar à escola e estudar noções de ética e principalmente a Língua Portuguesa, maltratada por eles, num descuido e falta de conhecimento imperdoáveis. As chacotas e piadas não eram apropriadas para a hora, e o lugar, de peleja tão importante. É por essas e outras que se torna condenável a atitude do Ministério da Cultura ao atentar contra o ensino da Literatura e da História no currículo das escolas. Querem retirar, num país que pouco lê, o incentivo à leitura, fato diferenciado dos demais países que se preocupam com o conhecimento geral do povo. Querem retirar infor-
mações sobre os portugueses, homens que nos colonizaram e que fazem parte do nosso sangue e nossa cultura. Há exageros sobre africanismos, e isso se pode notar nessa proposta estapafúrdia do governo que nos faz lembrar o movimento de 1922 no Brasil. Que os senhores deputados estudem mais, afinal, esta não é a “Pátria da Educação” tão propalada pela Rousseff? Pois é de bom tom eles representarem o povo brasileiro com conhecimento de uma das bases da nossa cultura: a linguística. Devido ao fato, somos a favor de que os representantes do povo tenham escolaridade superior. Se isso for tomado como elitismo, que o seja, mas assassinar a nossa língua é demais! Só esperamos que o Senado não repita os horrores linguísticos da Câmara Federal...
As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal
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Ah, eles podem ir para o céu, o papa ou o diabo
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Cláudio Humberto
Ministro Gilmar Mendes (STF) sobre a chincana dos petistas contra o impeachment
INDICADOS DE RENAN AO GOVERNO TEMER GERAM CRISE O presidente do Senado ainda não fechouapoio ao eventual governo Michel Temer, mas preliminarmenteRenan Calheiros tem insistido emindicações como asde Eduardo Braga (PMDB) para oMinistério de Minas e Energia.Isso cria problemas para Temer, porque afetaOmar Aziz (PSD),senador aliado de primeira hora e adversário de Braga no Amazonas. Tudo para acomodar um ex-ministro e ex-líder de Dilma. DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA Renan adora impor indicados rejeitados pelo governante. Fez isso com Dilma, impondo o próprio Eduardo Braga, que ela sempre detestou. INTERESSE NACIONAL Omar Aziz tem dito que a situação é muito ruim para o novo governo pretender agradar pessoas, em vez de priorizar o interesse nacional. IMPLOSÃO PROGRAMADA O empenho de Renan por Eduardo Braga levanta a suspeita de que o objetivo seria mesmo provocar crise no grupo de apoio a Michel Temer. XADREZ POLÍTICO O desafio de Temer é compor um governo eficiente sem deixar de atender os aliados, especialmente senadores que vão julgar Dilma. MESMO AFASTADOS, DILMA E CUNHA TERÃO REGALIAS Mesmo afastados dos cargos, Dilma e Eduardo Cunha terão direito a manter vantagens próprias dos cargos para os quais foram eleitos, na opinião dos criminalistas Pedro Castelo Branco e Marcos Vinícius Figueiredo. Eles concordam que caberá ao Senado definir se Dilma terá direito à residência no Palácio da Alvorada, seguranças, além de 80 auxiliares, entre assessores garçons, faxineiras, copeiras etc.
CORTE SALARIAL Segundo o artigo 23 da lei 1.079/50, o salário de R$ 27,8 mil de Dilma será cortado pela metade durante o afastamento de até 180 dias. DIREITO ADQUIRIDO No caso de Cunha, salários (R$ 33 mil), cota parlamentar (R$ 35 mil) e verba de gabinete (R$ 92 mil) devem ser mantidos. NO LUXO Como a Justiça não vedou, para os especialistas Eduardo Cunha pode manter vantagens de presidente, como residência e até avião da FAB. ACORDO ROMPIDO Para convencer Waldir Maranhão a fazer a presepada da qual depois se arrependeria, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),prometeu a ele candidatura a senador em 2018. Agora, já era. SENTIU-S SE ENGANADO Amigos da onça contaram também a Waldir Maranhão que estava tudo combinado com o presidente do Senado, Renan Calheiros. O presidente da Câmara assinou o papel e se deu mal: Renan não sabia. NOVO AGU Tão logo assuma, se assumir, Michel Temer demitirá com indisfarçável prazerda Advocacia Geral da União, e sem demora, José Eduardo Cardozo. E já escolheu o substituto, retirado de lista tríplice: Luís Carlos Martins Alves Jr, procurador da Fazenda Nacional. CUMPRE-S SE O FADO Requião (PR) avisou ao PMDBque votará contra o impeachment, nesta quarta.E avisou também a Michel Temer que no julgamento final votará contra Dilma. Seus indicados para o governo Dilma, como o irmão Maurício para o conselho de Itaipu Binacional, agradecem.
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à vice-presidente da Câmara.
MT) destacou ontem, durante o julgamento de Delcídio do Amaral, que ele cometeu "crime de mando". Ou seja, Lula e Dilma são os mandantes e continuam sem punição.
SACUDINDO A POLÍTICA "A sociedade está dando uma sacudida nos políticos", afirma o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDBBA), sobre a redução de ministérios. Já não há mais espaço para negociatas, diz ele.
ESCOLHIDO A DEDO "Escolheu um desqualificado justamente para não lhe fazer sombra", diz o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), ao culpar Eduardo Cunha por indicar Waldir Maranhão
É HOJE Finalmente chegou o dia tão aguardado por muitos e temido por outros: o dia em que o Brasil pode sacramentar o fim da era PT no poder.
CRIME DE MANDO IMPUNE O senador José Medeiros (PSD-
PODER SEM PUDOR PRIMEIRO OS QUE CHORAM Prefeito de São Paulo pela segunda vez, Jânio Quadros recebeu o então deputado mineiro Humberto Souto com todos os salamaleques: - A que devo a honra da visita? - Virá a São Paulo um grupo de cantores mineiros. São jovens e têm dificuldades. A prefeitura não poderia dar uma ajuda financeira? - É nobre o seu pleito, deputado, mas como posso ajudar àqueles que ainda cantam quando me faltam recursos para socorrer os que choram? Humberto Souto sorriu sem graça e foi embora, de mãos vazias.
BANCADA BUMLAI A família Bumlai não vai perder a COLABORARAM:
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representação no Senado, coma cassação de Delcídio do Amaral. O suplente é Pedro Chaves, cuja filha é nora de José Carlos Bumlai, o amigão de Lula preso na Lava Jato.
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