ANO 60 Nº 19.248 Exemplar: R$ 1,00
DIÁRIO DO RIO DOCE Governador Valadares, terça-feira, 30 de janeiro de 2018 | ESTA EDIÇÃO: 56 PÁGINAS
Edição especial
80 anos de Governador Valadares
Governador Valadares completa hoje 80 anos de emancipação política-administrativa e com muitos motivos para comemorar. Chegar a esta idade nos leva a reflexão sobre os caminhos percorridos e ver que os desafios foram encarados e muitos obstáculos foram sendo superados. É preciso observar que nestas oito décadas a cidade se transformou, cresceu e prospera. Existem muitos problemas a serem enfrentados, mas as perspectivas de um futuro promissor são boas porque o valadarense é guerreiro e não foge à luta. Seguindo a sua tradição, o DIÁ R I O D O R I O DOCE registra nesta edição um resumo de toda essa epopeia contada por diversos personagens que ajudam a manter vivo o passado para que a geração presente possa conhecê-lo e posteriormente contar também a sua história.
FOTO: Marquinho Silveira
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DIÁRIO DO RIO DOCE
Governador Valadares, terça-feira, 30 de janeiro de 2018
por Haruf Salmen Espíndola (*)
HISTÓRIA
(*) Doutor em História — Universidade Vale do Rio Doce
Valadares
200 anos de história, 80 anos de emancipação A Capitania de Minas Gerais viveu durante o século XVIII o auge da mineração do ouro. Nessa época, a faixa de terra conhecida como “Sertões do Rio Doce” funcionou como barreira para impedir o acesso direto ao mar e, assim, evitar contrabando do minério precioso. O século XIX começa com a abertura oficial da navegação do rio Doce e das florestas ocupadas, até então, pelo Maxacali e Botocudo (Naque-Nanuque, Giporok, Krenak, entre outros). Com a transferência da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, o Príncipe Regente D. João declarou Guerra Ofensiva ao Botocudo, no dia 13 de maio de 1808. Foram criadas sete Divisões Militares do Rio Doce (DMRD). Na bacia do rio Doce ficaram as 1ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª DMRD; na Zona da Mata estacionaram a 2ª e 3ª DMRD; no Jequitinhonha, a 7ª DMRD; e os vales dos rios Mucuri e São Mateus foram entregues às jurisdições da 5ª e da 7ª DMRD. As tarefas das DMRDs eram liberar o território para a colonização, resistir as ofensivas dos nativos, civilizar os índios e garantir a navegação e comércio pelos rios. Em 1818 foi estacionado junto a cachoeira da Figueira o Quartel de Dom Manoel, da 6ª DMRD, a menos de três léguas abaixo do Quartel de Baguari (1808), pertencente à 1ª DMRD. O Quartel da Figueira, como ficou conhecido, foi um centro importante de atração para os índios. O principal motivo era a busca por ferro, como se lê no ofício de 23 de junho de 1846, do Comandante Tenente
Paulino, que pede ao governo o envio das ferramentas, porque, por mais de uma vez, o quartel de D. Manoel foi ameaçado pelos Naknenucks. No final do ano de 1947 os militares conseguiram aldear os índios, que em grande número chegaram em Figueira, buscando ferramentas e mantimentos. John Steains, inglês de 22 anos que realizou a expedição ao rio Doce, entre junho de 1885 e dezembro de 1886, no seu relatório à sessão da Royal Geographical Society, de Londres, de janeiro de 1888, menciona Figueira: “A terceira e última povoação às margens do rio é Figueira. Os habitantes, em número de 700 aproximadamente, claro que conseguem subsistir de um dia para o outro, mas além disso não há muito a ser dito”. No local foi criado, em 1882, o Aldeamento Imaculada Conceição e, no mesmo ano, a lei nº 3.077, de 6 de novembro de 1882, criou o distrito denominado Baguari. Mas foi um erro, corrigido pela lei nº 3.198, de 23 de setembro de 1884, para Figueira, distrito de Peçanha. Em 1894 foi extinto o Aldeamento Imaculada Conceição, com as seguintes alegações: irregularidade generalizada na administração e incapacidade de o governo fiscalizar o uso que se fazia do dinheiro público. Com a Estrada de Ferro Vitória a Minas, iniciada em 1903, chegaram os comerciantes e expandiram-se as plantações de café e a extração da madeira de lei. Em 15 de agosto de 1910 foi inaugurada a Estação Ferroviária
de Figueira, que passou a condensar todo o fluxo comercial da região. Dos antigos habitantes do arraial, destaco Serra Lima, nascido em Figueira, em 1874, filho do último comandante do Quartel de Dom Manoel, o cabo Antônio Máximo. A sua história está intimamente ligada a Governador Valadares, planejada em 1915. José Serra Lima de Oliveira era carpinteiro e trabalhou como fiscal da Prefeitura, agindo de modo tenaz na medição dos lotes e na fiscalização, garantindo que as construções respeitassem o traçado planejado e não bloqueassem as ruas e avançassem sobre as calçadas. (Como essa cidade precisou depois e ainda precisa de muitos Serra Lima.) A tradição popular atribuiu ao carpinteiro a autoria do traçado urbano de Governador Valadares. Em 1930, Figueira contava com uma população de 2.103 habitantes e tinha a aparência de um lugarejo em franco crescimento. Em 1934 já tramitava o processo pela emancipação do distrito; em 1935, foi formado o Partido Emancipador de Figueira, chefiado por Gil Pacheco, Otavio Soares e outros. Em 31 de dezembro de 1937, finalmente, foi criado o município de Figueira, desmembrado de Peçanha, implantado em 30 de janeiro de 1938. O decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, mudou o nome para Governador Valadares. A tradição conta que, entre as pessoas da época, Gil Pacheco, Justino da Conceição Júnior, futuro chefe da UDN, mais
alguns, não concordaram com a mudança do nome para bajular o governador Benedito Valadares. Em 1940, a população de Governador Valadares chegou a 5.734 habitantes, quando se iniciou o grande boom da economia regional. Em 1950 a população pulou para 20.357, dez anos depois atingiu a espetacular cifra de 70.494 habitantes. O ritmo diminuiu desde então, mas continuou a crescer, atingindo 125.174 habitantes em 1970, 230.524 pelo recenseamento de 1991 e hoje 280.901 habitantes (estimativa do IBGE). A cidade se tornou o polo da economia regional: beneficiamento e distribuição dos produtos da região, centro de um dos maiores rebanhos bovinos do Estado; polo comercial da região, etc. Na década de 1970 o esgotamento dos recursos naturais fez cair drasticamente a produtividade e reduziu os ganhos de capitais. Desta forma, iniciou um processo de esvaziamento demográfico e econômico, ou seja, perda contínua de população e atividades produtivas. O grande desafio de Governador Valadares é de como reconverter sua história para um ciclo de crescimento econômico e desenvolvimento sociocultural. Isso não pode ser conseguido sem a união de toda a região. Essa é uma das principais tarefas da grande cidade de Valadares. Não são apenas 80 anos de história, mas 200 anos de uma fantástica aventura humana nas selvas do rio Doce.
As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal
"Se não for feita a reforma da Previdência, não vai ter dinheiro" Governador de Goiás, Marconi Perillo, raro tucano que não está no muro, nesse tema
Cláudio Humberto TEORIA DAS PROVAS DÁ A CERTEZA: TRÍPLEX É DE LULA A corajosa juíza aposentada Denise Frossard, que meteu na cadeia os bicheiros do Rio de Janeiro, lembrou àqueles adoradores de Lula, que reclamam da ausência de escritura do tríplex do Guarujá, que no crime de homicídio, por exemplo, "não
se tem o retrato do momento do crime, mas são as circunstâncias, os indícios, que vão compor, tecnicamente, a prova. Assim, "circunstância é o que está 'em torno', circum stare."
TRÍPLEX É DE LULA No caso do tríplex do Guarujá, a Teoria das Provas prevaleceu, para se aceitar a propriedade do imóvel, de fato, pelo réu condenado Lula.
A TEORIA DAS PROVAS "Várias circunstâncias formam um indício", ensina Denise Frossard, "várias indícios formam uma prova. É a Teoria das Provas".
OAS ERA LARANJA Ficou provado por documentos e testemunhas, inclusive delatores, que a OAS atuou como laranja de Lula, mantendo a titularidade do imóvel.
É UMA CIÊNCIA A Teoria das Provas vem do Direito Romano, milenarmente usada e aceita. "É uma ciência", informa a experiente juíza carioca.
OS TEMPOS (E OS LADRÕES) SÃO OUTROS O projeto da Lei da Ficha Limpa só foi adiante porque os partidos de "esquerda" (PT, Psol, PDT etc), no poder com Lula, vendiam
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O PT SE APROPRIOU Projeto de iniciativa popular,
rupto, chamando-os de "pelotão de fuzilamento fascista".
NÃO SERVE MAIS Se antes PT & Cia pregavam a Lei da Ficha Limpa, agora tentam articular no Congresso e até na Justiça uma forma de neutralizá-la.
NOVES FORA, NADA O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse à BandNews, já em campanha, que "é preciso ter responsabilidade e inteligência para cortar gastos". Tem gente achando que só precisa de boa tesoura.
AGRESSÃO À JUSTIÇA Críticos do deputado Wadih Damous (PT-RJ) preparam manifestação de vaias contra ele, em voos próximos para Brasília. Damous, que aliás é advogado, ofendeu os magistrados do TRF4 que condenaram Lula, o cor-
QUESTÃO DE TEMPO Segundo a súmula do Tribunal Regional Federal, tão logo sejam considerados vencidos os agravos, começará a execução da pena. Aí Lula se apresentará à Justiça. Ou a polícia vai buscar o meliante.
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EM
SÓ SERVE PARA OS OUTROS O PT percebeu que a Lei da Ficha Limpa poderia atingir adversários como o ex-governador do DF Joaquim Roriz, por isso a viabilizou.
a Ficha Limpa foi relatada pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), ele mesmo, o advogado de Dilma.
André Brito e Tiago Vasconcelos - w w w . d i a r i o d o p o d e r . c o m . b r
Diário do Rio Doce Ltda. - EPP FUNDADO
a ideia de que só havia ladrões na "direita" e se apropriaram da iniciativa. A lei foi sancionada pelo então presidente Lula em 2010. Agora que Lula é apontado o chefe da quadrilha que mais roubou o Brasil, para aqueles partidos a Lei da Ficha Limpa já não é assim tão importante.
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Oitenta anos e muita disposição para os novos desafios DEPOIS DE UM ANO MARCADO PELA AUSTERIDADE FINANCEIRA, O PREFEITO ANDRÉ MERLO (PSDB) QUER INVESTIR EM INFRAESTRUTURA FOTOS: Leonardo Morais
O primeiro ano de governo não foi fácil. Dívida pública de grande vulto, auditoria interna, febre amarela, chikungunya, licitações a corrigir e problemas com fornecedores foram apenas alguns dos fatores que levaram o prefeito André Merlo (PSDB) a optar pela austeridade na condução financeira do Município. Mas, ao começar seu segundo ano à frente da Prefeitura, fica claro que todo o contingenciamento de gastos valeu a pena. Devagar, porém firmemente, o Município retoma sua capacidade de investimento, e a prioridade número um agora é a infraestrutura urbana, mais especificamente a pavimentação de ruas e vias na área urbana e na zona rural. “Como cidadão, andando pela cidade, é perceptível que temos problemas de infraestrutura e, principalmente, de pavimentação. Em 2017, não conseguimos responder essas demandas da maneira que gostaríamos, mas, para este ano, já temos um cronograma a partir de março, orçado em mais de R$ 5 milhões, só para essa finalidade. Nos distritos, trabalhamos muito para compensar anos de abandono das estradas vicinais, para melhorar o tráfego e o escoamento da produção agropecuária. Mas ainda há muito que fazer e, este ano, vamos investir
O PREFEITO André Merlo destaca a parceria com o deputado estadual Bonifácio Mourão, que tem ajudado a dar voz às demandas da cidade e a garantir verbas mesmo com toda a dificuldade de estar na oposição ao governo do Estado
para recuperar mais estradas e melhorar tanto os acessos quanto as ruas dos distritos. Além disso, estamos integrando as ações do Saae e da Secretaria de Obras para agilizar a operação tapaburacos permanente. Já temos oito equipes direcionadas para essa finalidade. E revitalizamos a fábrica de
peças em concreto, conhecida como Semov 2, que já está produzindo os bloquetes para calçamento a todo vapor”, conta o prefeito, evidenciando as ações já planejadas para este ano. OUTROS DESAFIOS Mas estes estão longe de
A PAVIMENTAÇÃO do Estradão do Penha foi prometida há vários anos e agora encontra-se em pleno andamento e brevemente será entregue aos moradores desta populosa região da cidade
serem os únicos desafios do governo. A captação de água do rio Corrente, as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), a inclusão de Governador Valadares na área de atuação da Sudene, a resolução dos problemas do aeroporto e as mudanças na gestão da saúde são outras ações que devem receber atenção
especial do governo. A obra de captação, por exemplo, já está prevista para começar nos próximos meses. O projeto executivo já foi entregue à Prefeitura pela Fundação Renova, que será a executora da obra, que entra nas ações de compensação pelo derramamento de lama da Samarco no rio Doce. Para o prefeito, é importante ressaltar que esta obra tem como principal finalidade prevenir de um eventual desabastecimento. “Aqualidade da água tratada pelo Saae não é um problema. Essa é uma das águas mais analisadas do mundo, e tanto as análises internas quanto as externas, atestam esta qualidade. A captação do rio Corrente vai permitir que o rio Doce possa ‘descansar ’ e não mais ser nossa única fonte hídrica”, explica o prefeito, lembrando que a obra deve durar pelo menos três anos. As Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), cujas obras se estendem por mais de dez anos, com períodos de paralisação, também
começam a ganhar funcionalidade este ano. “Não é possível, em pleno 2018, uma cidade como Governador Valadares ter zero de esgoto tratado. Agora, neste começo do ano, já daremos funcionalidade à ETE do bairro Santos Dumont, o que vai proporcionar o tratamento de cerca de 20% do nosso esgoto. O objetivo é, até o final deste mandato, atingir os 100% de esgoto tratado”. A inclusão da área da Sudene é outro assunto que tem merecido a atenção do prefeito. “É uma causa que tem unido nossas entidades e governo. Já ultrapassamos uma grande barreira, que é a aprovação na Câmara dos Deputados. Agora falta o Senado, mas temos o benefício de termos os senadores Aécio Neves e Anastasia como relatores, o que nos dá boas perspectivas de aprovação”, enfatiza o prefeito, lembrando que a inclusão é fundamental para enfrentar outro grande desafio: a geração de emprego e renda.
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MAIS EMPRESAS,
Segundo o prefeito, pesquisas apontam que, na observação popular, a geração de empregos é o principal problema da cidade, o maior anseio da comunidade. “Para gerar empregos, temos que dar condições ao Município para receber grandes empresas. E isso significa investir em infraestrutura, em saúde e transporte. Nosso aeroporto, por exemplo, é um gargalo para atração de investimentos que temos lutado muito para resolver. Não é fácil. São anos de licenças vencidas, falta de relatórios e diversas outras não conformidades. Vamos resolvendo uma a uma e, paralelamente, vamos buscando investimentos do governo. Tanto que já garantimos verba para reforma do terminal. E essa também será uma obra prioritária”, diz. Na saúde, o controle da infestação do mosquito Aedes aegypti é outra grande preocupação. “No ano passado, conseguimos realizar uma boa cobertura vacinal contra a febre amarela e um excelente atendimento aos doentes de arboviroses, principalmente a chikungunya. Mas, o importante é prevenir essas doenças, evitar que as pessoas adoeçam. Esse é um grande desafio. Sofremos com altas infestações, principalmente na periferia, nos últimos anos, e precisamos de todo apoio da população para vencer esse mosquito”, afirma o prefeito. Outra ação importante na área da saúde, que o Município tem pela frente, é fazer a administração do Hospital Municipal por meio de Organização Social (O.S.). Para Merlo, a instituição do grupo gestor foi muito importante para iniciar esse processo e melhorar o atendimento de forma geral, especialmente pensando na humanização do atendimento. Para cumprir bem esse desafio, o apoio do Legislativo é fundamental. No âmbito local, a boa relação com a Câmara Municipal tem sido muito importante para garantir a governabilidade. No âmbito estadual, a presença do deputado Bonifácio Mourão, companheiro de partido e ex-prefeito que conhece bem as dificuldades de administrar a cidade, tem ajudado muito a dar voz às demandas da cidade e a garantir verbas mesmo com toda a dificuldade de estar na oposição ao governo do Estado, que, por questões político-partidárias, não tem sequer cumprido suas obrigações com o Município. Só na saúde, por exemplo, são mais de R$ 40 milhões que o Estado deveria ter repassado e não repassou. Um dinheiro que, certamente, faz muita falta e garantiria mais qualidade na saúde pública, desde a atenção primária até as urgências. Enfim, resume o prefeito, “temos muito trabalho pela frente. Governar é como ‘trocar o pneu com o carro andando’. Temos esses desafios e outros já elencados, mas, assim como no passado, podem surgir outros que demandem até de forma mais urgente nossa atenção. O importante é que, junto com o nosso Legislativo e nosso secretariado, tenhamos condições de, permanentemente, trabalhar para melhorar a vida da nossa população.
FOTO: Leonardo Morais
FOTO: Arquivo DRD
mais empregos
A HOMOLOGAÇÃO da estação meteorológica foi mais um passo importante para garantir mais segurança e melhores condições de operação para as aeronaves que pousam e decolam do aeroporto Coronel Altino Machado
Desafios históricos O século XIX estava começando quando o Vale do Rio Doce foi dividido em Divisões Militares para ocupar o território até então dominado pelos índios botocudos. Neste contexto de luta é que foram instalados, até 1918, dois quartéis. Um
na região de Baguari e outro mais adiante, com o nome de Dom Manoel. Em torno dele, cresceu o entreposto comercial conhecido como Porto das Canoas. Nascia o povoado de Figueira, que além dos quartéis, se aglomerava no lado oposto, em
O CONTROLE da infestação do mosquito Aedes aegypti tem sido um desafio por parte da administração, que tem conseguido uma boa cobertura vacinal contra a febre amarela e um excelente atendimento aos doentes de arboviroses, principalmente a chikungunya
torno da estação ferroviária da Estrada de Ferro Vitória-Diamantina (VitóriaMinas), na localidade de Derribadinha, às margens do Rio Doce, inaugurada em 1907. Ainda distrito de Peçanha, o povoado logo cresceu e com estradas sendo abertas, veio logo a intenção de se emancipar. Em 1935, foi formado o Partido Emancipador de Figueira, que três anos depois, em 30 de janeiro de 1938, viu ter êxito seu intento, com a criação do município de Figueira, logo transformado em Governador Valadares, em homenagem a Benedito Valadares, que foi quem assinou a emancipação. Nas décadas seguintes, seguiram-se ciclos econômicos pautados na exploração de recursos naturais: a mica, a madeira, as pedras preciosas, a pecuária extensiva. Mesmo crescendo às margens do rio, a cidade, até a década de 1960, sofreu com problemas de abastecimento, saneamento e energia. O esgotamento dos recursos naturais provocou um empobrecimento da região agravado sobrema-
neira nos anos 70, dando início ao ciclo migratório que iria marcar definitivamente a história socioeconômica e cultural da cidade. Os investimentos na construção civil, comércio e serviços, alimentados pelos dólares dos milhares de valadarenses que emigraram em busca de melhores condições financeiras, provocou novo “boom” de crescimento geográfico, especialmente nas periferias. Essas características históricas, de pouco ou nenhum planejamento urbano, somado ao clima quente e às condições naturais, deram origem a uma bela cidade, majoritariamente plana e bem localizada entre rodovias de circulação nacional. Mas estes mesmos fatores determinaram os grandes problemas de mobilidade, infraestrutura, abastecimento e opções de desenvolvimento com geração de empregos que a cidade tem hoje como principais desafios. Um presente de muito trabalho determinado pelo passado, e de cuja solução depende o futuro da Princesa do Vale.
5 Governador Valadares, terça-feira, 30 de janeiro de 2018
PARABÉNS, VALADARES! É hoje o aniversário de 80 anos de Governador Valadares! Parabéns a todos que se empenham diariamente para o avanço da nossa cidade! Viva, Valadares!
HAPPY BIRTHDAY A empresária Herika Sendas está em Nova York com a família. Além de curtir as baixas temperaturas ela aproveitou para comemorar por lá o aniversário. Com direito a bolo e boas taças de champs, ela foi recebida pela amiga Lidianny Braga em Manhattan. Parabéns, Herika!
ACUPUNTURA HUMANIZADA
Quem acaba de chegar de mudança a Valadares é a acupunturista Verônica Lara Jahel. Ela atuou por muitos anos em Teixeira de Freitas, na Bahia, e agora decidiu voltar para Minas. Verônica faz um trabalho de acupuntura humanizada, que vai além das agulhas, e trabalha tanto o lado físico quanto emocional para cuidar da saúde dos pacientes. Os atendimentos dela são na Clínica da Família e quem se interessar deve correr pra marcar um horário, a agenda dela já está disputadíssima!
FELIZ E ORGULHOSA Arlete Docarmo Imóveis comemora com sua sobrinha Bruna Dias em grande estilo a formatura da Primeira Turma Direito 01 UFJFGV. Parabéns, Bruna!
GRACIOLLIS ]IN ITALIA
A família Graciolli está passando férias na Itália! José Francisco Graciolli, Emily Graciolli, José Francisco Júnior, Marselle Graciolli e Eduardo Nakagawa estão curtindo cada minuto da viagem. Já passaram por Roma, Firenze, Veneza... visitando os principais pontos turísticos do país.
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Expediente Edição Especial 80 Anos de Governador Valadares Diretores do Sistema Leste de Comunicação: Getúlio Miranda e Rodrigo Gualberto EDITOR-CHEFE: Raimundo Santana REPÓRTERES: Mari Fialho e Fábio Monteiro (freelancer) DIRETORA DEPTO. COMERCIAL: Sheila Bicalho de Farias CORRETORES: Elzi Morais, Carlos Augusto, Bruno Argolo, Talles Xavier e Geraldo Gomes (Geraldinho) CHEFE SETOR DE DESIGN GRÁFICO: Sebastião Evilásio DESIGNERS GRÁFICOS: Ironi Dias Martins e Leonizio Azevedo Dias REVISOR: Marizete Belo da Silva CHEFE DO SETOR GRÁFICO: Márcio Gomes Corrêa IMPRESSÃO: Marcelino de Oliveira e Elias Peres DISTRIBUIÇÃO: Fausto Carvalho Anselmo
Colaboradores
Paula Greco: PMGV
Marquinhos Silveira: fotógrafo
Alpiniano Silva Filho (Tim)
Luiz Alves Lopes: Fadivale
Luciane Belizário e Rinaldo Rezende: PMMG
Valéria Alves: Óbvio Priscila Mara: CDL/GV
Cristiane Araújo Godinho e Ana Maria Bretas: Polícia Civil
Nério da Costa Neiva Júnior: Regional Fiemg/GV
Marcos Mendes: Câmara Municipal
Jaqueline Rocha e Aline Figueiredo: Sindicomércio/GV
Zenólia Almeida: Seplan/GV Haruf Salmen: Univale
FOTO DE Câncio de Oliveira, com a Estação Ferroviária e a Avenida Minas Gerais. A bela Princesa do Vale foi fotografada por Câncio como o esplendor da juventude com todas promessas de um futuro glorioso. Ano 1951
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Edição Especial 80 anos Governador Valadares G o v e r n a d o r Va l a d a r e s , t e r ç a - f e i r a , 3 0 d e j a n e i r o d e 2 0 1 8
DIÁRIO DO RIO DOCE
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CDL-G GV
51 anos participando da história de Valadares ticipação. Inúmeras parcerias com a Polícia Militar, o que garante a segurança não só do comércio mas de toda a cidade. Discussões e apoio junto ao governo municipal, para implementação de políticas urbanas que beneficiem não só os comerciantes mas também toda a cidade e sua população. O trabalho da entidade envolve também capacitação profissional através da CDL Educação, que há 13 anos oferece a educação continuada bem como a qualificação profissional, a atualização e aperfeiçoamento para atuação no atual mercado de trabalho. Para o presidente da CDLGV, Rogers Alves de Marco, que inicia seu mandato, agora em janeiro, para a gestão 2018/2020, a contribuição da entidade com a história de Governador Vala-
dares se deve ao trabalho desenvolvido ao longo de todos esses 51 anos. “Foram muito empenho e dedicação dos ex-presidentes que deixaram um importante legado, contribuindo não só com a história da entidade mas com a história da nossa cidade. Todo o trabalho desenvolvido por eles ao longo dos anos enalteceu a entidade por sua história sólida, marcada, principalmente, pelo trabalho em prol do desenvolvimento econômico da nossa Valadares”, garante o presidente.
A VINDA do GV Shopping teve a participação importante da CDL, que acreditou no empreendimento e não mediu esforços para que ele se tornasse uma realidade
FOTO: Arquivo DRD
Ao longo de 51 anos a Câmara de Dirigentes Lojistas de Governador Valadares – CDLGV fez a sua história e teve papel importante nos destinos da cidade, contribuindo diretamente para o seu desenvolvimento. Representante do comércio e serviços, a CDL tem atuado pelo desenvolvimento de Governador Valadares, pois acredita que quando a cidade vai bem o comércio vai bem também. Para isso, mantém o diálogo com os empresários e leva aos órgãos de governo e entidades de classe, as reivindicações e sugestões em prol do comércio. Na CDL de Valadares nasceram iniciativas importantes para a cidade, e podemos destacar: a construção do GV Shopping, onde a CDL teve importante par-
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Confira fatos marcantes na construção e fortalecimento do comércio ao longo desses 51 anos: 1966 /1969 - Elias Safadi - O relacionamento foi a base desta gestão, que agregou valores e construiu importantes alianças que beneficiaram todo o comércio. 1969 a 1972 / 1979 a 1981 - Alberto Mirahy - Sua gestão foi marcada não somente pela estruturação e a ampliação do SPC, mas também pela visão que apresentou criando um posto do SPC Rio-Bahia, para atender os postos de gasolina. 1972 a 1975 - Paulo Guido (in memoriam) - Contratou profissionais capacitados em desenvolver as ações da entidade, proporcionando cada vez mais condições para oferecer o desenvolvimento do comércio. 1975 a 1977 / 1983 a 1993 - Adaílson Cunha de Magalhães - Relaciona-
mento, ações sociais e representatividade marcaram suas gestões. Realizou o Natal mais iluminado que a cidade já viu. 1977 a 1979 - Marcelo Rodrigues Coelho (in memoriam) - Impulsionou ideias para o crescimento da entidade. A sua marca na gestão foi capitalizar a entidade para a aquisição do espaço e sede própria. 1981 a 1983 - Humberto Reis - Sua primeira medida foi estruturar a sede da entidade. Depois trabalhou a projeção da entidade no meio empresarial e na comunidade. 1993 a 1995 - Rubens Teixeira - Realizou campanhas promocionais e estreitou relacionamento com a Prefeitura Municipal e a Polícia Militar. Outra conquista foi a fundação da Escola Técni-
ca de Formação Gerencial Sebrae, tendo a CDL-GV como uma das mantenedoras. 1995 a 1997 - Eduardo Severo Freire - Nesta gestão as grandes campanhas natalinas ganharam ainda mais força. O divisor de águas foi a participação da entidade na vinda do GV Shopping, que hoje é realidade em nossa cidade. 1998 a 1999 - Ceci Sendas – Foi responsável pela transferência da entidade para a sede própria. Deu continuidade às campanhas promocionais, participou da implantação da Expoleste e realizou o Natal Bênção de Luzes. Também participou de articulações das instalações do GV Shopping na cidade. 2000 a 2001 - Beatriz Silveira San-
tos - Sua gestão foi marcada pelos investimentos em tecnologia. Consciente da responsabilidade da entidade com a inserção dos jovens estudantes ao mercado de trabalho, assinou convênio com o CIEE/MG. 2002 a 2003 - Eduardo José de Almeida - Apostou na profissionalização da equipe de colaboradores da entidade e garantiu um significativo aumento no número de associados, o que proporcionou estar entre as cinco maiores CDL’s do interior de Minas Gerais. 2004 - Marcos Medrano de Almada – Primou pela excelência no atendimento e, para isso, reestruturou o espaço físico, qualificou e valorizou o patrimônio humano. Implantou os núcleos de relacionamento e comunicação, garantindo maior visibilidade da entidade. 2005 - José Álvaro Pimenta – Realizou a interdição definitiva da Feira de Petrópolis e inaugurou o CET Comércio. Deixou sua marca com a realização da Campanha “Um Sonho de Natal” (decoração natalina com enfeites feitos
de garrafas pet). 2006 e 2007 – 2008 a 2010 - José Geraldo Lemos Prata - Teve um grande relacionamento com os associados, poder público, imprensa, entidades parceiras, Polícia Militar e colaboradores. Reestruturou o CET Comércio, transformando-o na CDL Educação. A sua marca é o projeto “Brincando na Praça”, que já conta com 9 edições, proporcionando muita alegria às crianças. 2011 a 2014 – 2015 a 2017 – Dênis Ribeiro Leite - Sua marca foi de uma gestão compartilhada. Retomou as campanhas de Natal, que há anos não eram mais realizadas. Estreitou laços com a CDL’s co-irmãs, onde teve importante reconhecimento em nível estadual e federal. Sem contar que a CDL a cada ano que passa tem maior representatividade política e cooperação com o poder público e associações de classe e instituições, pois a CDL atua na defesa dos interesses dos associados.
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Saiba mais sobre a cidade Governador Valadares é um município brasileiro no interior do Estado de Minas Gerais. Pertencente à microrregião de mesmo nome e à mesorregião do Vale do Rio Doce, localizase a nordeste da capital do Estado, distando desta cerca de 320 quilômetros. Sua população foi contada em 2010 pelo IBGE em 263.594 habitantes, sendo assim o nono mais populoso do Estado de Minas Gerais e o primeiro de sua mesorregião e microrregião. Está a 960 quilômetros de Brasília, a Capital Federal. Ocupa uma área de 2348,1 km². Desse total, 24,3674 km² estão em perímetro urbano. A maior parte de seu território situa-se na margem esquerda do Rio Doce. O município é servido pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, da Companhia Vale do Rio Doce e pela rodovia RioBahia (BR-116). Liga-se à capital do Estado pela BR-381. A cidade de Governador Valadares ainda se destaca em seu turismo, onde está o pico da Ibituruna. Com 1.123 metros de altitude, é um dos pontos mais altos do Leste mineiro. É sede de uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Voo Livre sendo que os competidores sal-
tam do pico, de onde se pode avistar toda a região do Vale do Rio Doce, cujo leito está aos pés do pico. Também sedia vários campeonatos internacionais de voo livre.
ECONOMIA O Produto Interno Bruto - PIB de Governador Valadares é o 153º maior do Brasil, destacando-se na área de prestação de serviços, já que o município não possui nenhuma indústria de grande porte implantada. Boa parte da renda da cidade vem do exterior, cujos números são impossíveis de se contabilizar por se tratar de imigrantes em situação ilegal. Nos dados do IBGE de 2006, o município possuía R$ 2.589.447,307 mil no seu Produto Interno Bruto. Desse total, 265.108 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O PIB per capita de R$ 9 884,10.
SETOR PRIMÁRIO A agricultura tem pouca importância em Governador Valadares. De todo o PIB da cidade, 32.525 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Se
destacam as culturas de arroz, feijão e milho. Segundo o IBGE, em 2006 o município possuía um rebanho de 167.593 bovinos, 6.350 suínos, 6.000 equinos, 6.000 ovinos, e 300.000 aves, dentre estas 182.490 galinhas e 110.000 galos, frangos e pintinhos. Em 2006, a cidade produziu 24.466 litros de leite de 26.139 vacas. Foram produzidas 50 mil dúzias de ovos de galinha. A lavoura permanente da cidade produz principalmente banana (1.000 toneladas), coco-dabaía (10.000 frutos por hectare), laranja (300 toneladas) e maracujá (10 toneladas). Na lavoura temporária, são produzidos principalmente o arroz (30 toneladas), a batata-doce (39 toneladas) e a cana-de-açúcar (500 toneladas), sendo este último o principal produto agrícola do Brasil, sendo cultivada desde a época da colonização do país.
está instalado à Oeste do município, distanciando-se cerca de 6 quilômetros do Centro de Governador Valadares. É um distrito industrial/misto, pois possui empresas de pequeno e médio porte. Recentemente passou por uma reestruturação e atualmente é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais Codemig. Nele está o aeroporto de Governador Valadares.
SETOR TERCIÁRIO 1.819.332 mil do PIB valadarense são de prestações de serviços (terciário). O setor terciário atualmente é a principal fonte geradora do PIB valadarense. O GV Shopping, localizado no centro da cidade, é um dos mais
movimentados da região. Além de grandes lojas, como o Ponto Frio, Lojas Americanas, McDonald’s, o Shopping possui pequenas e médias empresas com sede no próprio município ou na região. Assim como no resto do país, o maior período de vendas é o Natal. De acordo com o IBGE, a cidade possuía no ano de 2007, 103.439 trabalhadores, sendo 56.583 pessoal ocupado total e 46.856 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somam 503.049 mil reais, e o salário médio mensal de todo município é de 2,3 salários mínimos. Governador Valadares também possui bastante tradição em extração de minerais raros. Na cidade existem diversas
SETOR SECUNDÁRIO Do PIB total da cidade, 365.528 mil são da indústria (setor secundário). Grande parte do valor arrecadado pelas indústrias, vem do Distrito Industrial. Um forte Distrito Industrial/misto
VALADARES TEM uma grande tradição na extração e beneficiamento de pedras preciosas e semipreciosas
minas e pedreiras especializadas em extrair pedras como esmeraldas, topázios, turmalinas, rubelitas e águas-marinhas. Anualmente ainda ocorrem feiras e exposições para essa área do comércio valadarense e da região. Existe um projeto de construção de uma fábrica de grande porte no município, que, de acordo com estudos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município, seriam necessários investimentos de US$ 14,5 milhões para a instalação. Minas Gerais corresponde por 46% das exportações de pedras preciosas brutas (US$ 19,8 milhões) e 42,6% de pedras lapidadas (US$ 30,5 milhões). Fonte: site Encontra Governador Valadares
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Pensões marcaram o início de hospedagens em Valadares por MARI FIALHO marifialho@drd.com.br
Tudo começa por volta de 1911 com a chegada da estrada de ferro Vitória-Minas em Governador Valadares. Naquela época, a cidade já dava sinais de que seria um polo na região. Para cá, representantes de diversas empresas vinham e ficavam hospedados em pensões por até uma semana, trabalhando. É assim que funcionava a hospedagem em Valadares até que começaram a surgir os primeiros hotéis, muitos deles vindos dessas pensões. E não há como negar que a tendência de oferecer espaços em casas para turistas não esteja voltando. Se antes era por falta de opção, agora vem como uma opção a mais. Nestes 80 anos de Valadares, viajar na história da rede hoteleira da cidade remonta uma época de crescimento, por onde o ex-pre-
sidente, Juscelino Kubitschek, também passou inaugurando empreendimentos. Mas vamos por partes. Aos 80 anos, o hoteleiro João Miguel Rosado recorda do primeiro hotel de Valadares inaugurado em 1938: o Grande Hotel, próximo à Praça dos Pioneiros, mais especificamente em frente à Praça da Bíblia, de propriedade de Juquinha Fonseca. Dois anos depois, a Avenida Minas Gerais com Marechal Floriano recebia o Hotel Rio Doce, construído por Afonso Bretas Sobrinho e administrado por Geraldo Bravim. Foi nesta mesma época que surgiu o Hotel Bahia, que disputava a clientela com pensões conhecidas como a do Amaral (localizada na rua Peçanha com Marechal Floriano), a do Zaché (na rua São Paulo), a da Dona Raimunda (na Prudente de Moraes) e a Pensão Teófilo Otoni (na Avenida Minas Gerais).
A partir de 1950 acontece o boom dos hotéis na cidade e é quando são inaugurados o Hotel Central (na rua Bárbara Heliodora com Minas Gerais), o Avenida (na Minas Gerais, onde hoje funciona o Hotel Benvenuto), o Veneza (na Bárbara Heliodora), o Minas e o Rosado (ambos na Sete de Setembro), o Realminas e o Hotel Kennedy, os dois na Minas Gerais. A partir da década de 90, o mercado hoteleiro continua tendo investidores em Valadares, e é quando surgem mais hotéis, todos na extensão da Minas Gerais: o Governador Palace Hotel, o Serra Lima, o Benvenuto e o Pedra Negra. Outros como Espetus Hotel (no Vila Bretas), o Ibituruna Center Hotel (na Israel Pinheiro), o Hotel São Salvador (na Prudente de Moraes), o Hotel Rio Branco, próximo à Rodoviária, e o Panorama Hotel, na Marechal Floriano, também chegaram para ficar.
Quem mantém viva na memória toda esta história de Valadares é o hoteleiro João Rosado. Filho de Idelond Rosado, o primeiro dentista da cidade, que já tinha por aqui três hotéis – o Minas, o Veneza e o Rosado – João conta que sua história neste ramo começa em 2002, quando veio para Valadares a pedido do pai (que estava com a saúde debilitada) para cuidar dele e dos negócios.
PENSÕES O hoteleiro lembra que naquela época as pensões eram mais comuns do que hotéis, e cita alguns que existiam na cidade, antes dos três inaugurados por seu pai, entre eles o Hotel Rio Doce, na Avenida Minas Gerais, próximo ao atual Beco do Kanguru, o Hotel Bahia, localizado na Marechal Floriano com Peçanha, a Pensão Amaral, também neste local, e o Hotel Príncipe,
na rua São Paulo. O Hotel Veneza, o primeiro fundado por Idelond Rosado, foi inaugurado em 1960, quando o filho João Rosado tinha 25 anos e morava em Belo Horizonte. O hotel funcionava na rua Bárbara Heliodora, onde hoje está instalada a loja Kika, quase esquina com Peçanha. O Minas, lançado em 1962, ficava na Sete de Setembro, 3.187, onde hoje funciona parte do Hotel Oitis. Já o Rosado, lançado em 1967, funcionou até 2014. João viveu mais de 50 anos em Belo Horizonte, mas se atentava para a história de Valadares por meio do arquivo mineiro. Vinha pelo menos duas vezes por mês à cidade e acompanhava sua evolução pessoalmente e por meio de dados do IBGE. Admite que não é nenhum apaixonado por Valadares devido as limitações de um crescimento que, na sua opinião, deveria estar bem mais avançado.
A principal mudança no comportamento do hóspede veio com o advento da indústria automobilística, na sua opinião. “Os representantes que vinham trabalhar na cidade, e por aqui ficavam até uma semana, deixaram de ter Valadares como base, o que por sua vez passou a ser suas cidades de origem. Então vinham de carro, faziam o que tinham de fazer por aqui e na região e voltavam para suas bases. Essa foi a mudança violenta e irreversível para o setor”, destaca o hoteleiro. Entre os fatos inusitados, lembra de um mais recente ocorrido no ano de 2008, em que um cidadão se hospedou com a mulher e bateu muito nela à noite. Pela manhã, ela recolheu toda a roupa do marido, chamou a polícia e o denunciou como fugitivo. “Foi muito marcante porque até uma bermuda tivemos de comprar para ele, antes de ser preso”, recorda.
12 G o v e r n a d o r Va l a d a r e s , t e r ç a - f e i r a , 3 0 d e j a n e i r o d e 2 0 1 8 FOTO: Arquivo João Rosado
“Mudança arquitetônica de Valadares foi muito rápida” Colecionador de fotos de Valadares, para João Rosado a modificação arquitetônica da cidade era o ponto que mais lhe atraía e via como positivo toda vez que vinha visitá-la. Lembra do quanto ficava encantado com construções como a do Edifício Pioneiro, a do Lincoln Byrro e a do Gil Pacheco. “Isso me marcava de maneira espetacular. Mas tinha uma determinada coisa que me machucava, era quando via a destruição de algumas edificações da cidade que não poderiam ter ido ao chão, como a Galeria Coroaci (ou Beco do
Kanguru), um dos primeiros prédios de dois andares construídos. Isso nos faz perder história, que não pode ficar apenas na memória. A evolução precisa respeitar os limites”, desabafa. O hoteleiro se orgulha de ser um dos únicos figueirenses, porque nasceu em Valadares quando aqui ainda se chamava Figueira do Rio Doce, antes de sua emancipação. E entristece com o retardamento do progresso na região, opinando que falta visão empreendedora. Ele cita a deficiência do turismo na cidade, apontando que isso castiga
o ramo hoteleiro. Também critica o acesso ao pico da Ibituruna, porque acredita que a melhor subida seria pela frente dele, onde a estrada, em sua opinião, deveria ter sido construída. “Assim, ao invés de circular o pico, as pessoas poderiam subir e ao mesmo tempo ver a cidade. Por que ainda não fizeram uma ponte atrás do Garfo Clube ligando ao pico? Falta visão”, acrescenta. O hoteleiro cita que logo quando chegou em Valadares, sacou o perfil do cliente de hotel quando assumiu o Rosado. Com isso, fez uma reforma, e proporcio-
nava uma noite confortável aos hóspedes, sem sequer oferecer um café da manhã, mas com uma diária atrativa. Isso fazia com que o cliente voltasse. Mas a falta de mão de obra qualificada foi desgastando, ao ponto de aceitar a proposta de arrendar o empreendimento. “A empresa de engenharia era de Belo Horizonte. Assinou contrato na região, não recebeu e não me pagou. Já estava decidido a não mexer mais com hotel”, concluiu, justificando o fechamento do Hotel Rosado, que encerrou suas atividades em 14 de fevereiro de 2014.
COM 80 anos, hoteleiro João Rosado guarda vivo na memória e em fotos a mudança arquitetônica de Valadares
E as histórias continuam ...
No ano de 1958, Ilton Rezende Boechat chegava em Valadares vindo de Mendes Pimentel, depois de ficar um tempo na região onde se casou e constituiu família. Ele era da cidade de Itaperuna, Rio de Janeiro. Por aqui comprou a antiga Pensão Portugal, à qual deu o nome de Pensão do Titão, que funcionava na Prudente de Moraes, e, mais tarde, se tornaria o Hotel Casa Grande. Depois de muitos anos administrando o empreendimento, foi a vez do pai passar a administração para o filho, Antônio Boechat Neto, que veio para Valadares com 10 anos. Daqui, nunca mais saiu. Ele recorda que quando assumiu o hotel (em 1º de novembro de 1987), já existiam na cidade outros, como o Rio Doce, na Minas Gerais, e o Rio Branco, na Prudente de Moraes. Naquela época, acrescenta, os hotéis classe A eram o Realminas, o Kennedy e o São Salvador. O Casa Grande, segundo Antônio Boechat, nascia junto com o Jornal DIÁRIO DO RIO DOCE e as Casas Franklin. Ele conta que, há 60 anos, a cidade recebia muita gente do interior, que vinha tratar de saúde. Agora, compara, esses clientes simplesmente sumiram. As pes-
soas chegam de táxi, resolvem o que precisam e voltam no mesmo dia para suas casas, enquanto os representantes comerciais aparecem apenas de passagem. O mesmo, acrescenta, vale para as empreiteiras que garantiam um movimento na hotelaria com seus funcionários. Boechat admite que essa é uma tendência irreversível. Mas, por incrível que pareça, segundo ele, o ano de 2018 está melhor neste momento. “Nos últimos tempos, não é normal a quantidade de hóspedes que tem surgido este mês. Talvez porque várias pessoas veem em busca de emprego ou alguma oportunidade, vendendo seus produtos. Às vezes aparece alguém também para tomar um banho e ficar por duas horas”, relatou. Embora tenha nascido no Rio, Boechat se sente um valadarense. “É muito bom fazer parte da história e ver a evolução da cidade. Não pretendo sair daqui. Só se achar um bom comprador, mas da cidade não saio”, brincou com a reportagem.
SÃO SALVADOR Inaugurado em 1974 no mesmo local onde permanece, na rua Prudente de Moraes, o
Hotel São Salvador também está na lista dos pioneiros na cidade e antes funcionava como Pensão São Félix. Tudo começou na década de 50 quando João Carvalho Filho, avô de Fábio Romero Carvalho, que hoje administra o hotel, veio de Manhumirim e trabalhava de bicicleta vendendo os salgados que a esposa cozinheira fazia.
O avô de Fábio não parava por aí: foi motorista e até pajem de uma filha de coronel, tendo também participado efetivamente dos movimentos da antiga União Democrática Ruralista (UDR) na cidade. A esposa cozinheira talvez não contasse que o marido iria tão longe quando adquiriu o Hotel Bahia, que ficava na Avenida Minas Gerais,
onde hoje funciona o estacionamento do Banco Itaú. A partir daí, comprou também a Pensão São Félix, onde a esposa continuava cozinhando. Lá, começou a construir o hotel, que levou três anos para ter condições de hospedar. Fábio conta que tinha apenas nove anos quando foi para o hotel acompanhar o avô, que lhe criou num ritmo muito sistemático. Também conhecido por ser bastante solidário, foi no São Salvador que João Carvalho fez toda uma mobilização para trazer a Valadares a filha de um hóspede que estava doente na Bahia. E isso ficou registrado na memória do neto. Aos 24 anos, Fábio conta que saiu do hotel para trabalhar com medicamentos, mas teve de voltar para assumir o empreendimento após a morte do avô, em 2009. Nos últimos cinco anos, ele procura conciliar a venda de medicamentos com a administração do hotel. E lembra de uma época em que a cidade era bem movimentada por viajantes. Para acompanhar o ritmo, o hotel teve de investir em melhorias, mesmo na contramão do novo modelo de cliente, que hoje resolve tudo pela internet e fica algumas horas, ou no máxi-
mo, um dia na cidade, ao invés de uma semana inteira. Esses representantes comerciais eram responsáveis por 80% do movimento, o que ainda perdura na atualidade.
HOTEL BEL VIC Em 1975 era inaugurado em Valadares o Hotel Bel Vic, na rua Belo Horizonte. Nestes 80 anos da cidade, o proprietário Belarmino Ângelo Freire recorda com pesar as perdas que se acumularam nos últimos tempos. Segundo ele, ainda naquela época era grande o movimento de funcionários enviados a Valadares pela Companhia Vale do Rio Doce e Cemig, o que refletia diretamente no setor hoteleiro. “Só da CVRD recebíamos 20 clientes diariamente”, reforçou. Belarmino lembra também da fábrica de refrigerantes CocaCola, que empregava cerca de mil funcionários, além de pelo menos três siderúrgicas que atuavam na cidade, oferecendo em média 2 mil empregos. Sem investimentos no turismo, ele avalia que a rede hoteleira é a que mais sofre e, com isso, reajustar a tabela acaba ficando cada vez mais complicado nos dias de hoje.
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Hotel Rio Branco, uma tradição familiar Quando a família de José Rodrigues, o Jó, chegou em Valadares, em 1967, seu pai, Benedito Orozimo Araújo, comprou a Pensão Ipiranga, onde hoje funciona a Câmara Municipal. A motivação para entrar no ramo veio de ninguém menos que João Carvalho, proprietário da então Pensão São Félix, que depois passou para Hotel Bahia, um dos primeiros na cidade comandado à mãos de ferro por seu proprietário. “Todo mundo que vinha para Valadares e se hospedava na pensão de João Carvalho gostaria de ter uma pensão por aqui. A esposa dele era quem servia a clientela e o ambiente era bem familiar”, reforça Jó. Daquela época, Jó recorda de quando veio para a cidade aos sete anos e já trabalhava na pensão enchendo galões de água, entre outras atividades paralelas. Com a venda do imóvel onde funcionava a Pensão Ipiranga, ela foi transferida para onde hoje funciona o Banco do Brasil e passou a se chamar Pensão Rio Branco. De lá, o pai de Jó comprou um lote na rua Pru-
dente de Moraes, onde foi construído o Hotel Rio Branco no mesmo local de hoje, que começou também como pensão, isso em 1974. Os hóspedes, a maioria representantes comerciais, foram diminuindo em escala já com a chegada do fax e isso foi aumentando com o advindo da internet. Quem vinha da região se tratar na cidade e por aqui ficava, principalmente em época de chuva, que impossibilitava voltar pelas estradas, também ganhou tempo com a melhoria no acesso à cidade e a chegada de taxistas. Na Prudente de Moraes, na década de 70, havia pelo menos 20 pensões que foram se perdendo com a venda dos imóveis, a chegada de novas construções e o aumento nos valores cobrados pelos aluguéis. “Sou de um tempo em que nas pensões havia muito romantismo voltado à famílias, com aquele sentimento de uma servindo a outra. A mudança de pensões para hotelaria foi altamente influenciada por João Carvalho, que fundou o sindicato da categoria e foi
O PANORAMA Hotel também faz parte do roteiro de hospedagem sendo um dos mais tradicionais hotéis de Governador Valadares presidente por vários anos”, acrescentou. A grande redenção para o ramo, no entanto, segundo o hoteleiro, seria um Centro de Convenções para Valadares que, em sua opinião, atrairia grandes eventos e, consequentemente, turistas à cidade. “Principalmente se pensarmos em áreas específicas que crescem absurdamente como o público gospel, por exemplo, da saúde e da beleza”, citou. Há 51 anos nesse mercado, Jó só tem do que se orgulhar em experiência adquirida. “A Mega-Sena desta terça (30) está acu-
mulada. Se eu ganhasse com certeza investiria na hotelaria”, sustentou. Nem mesmo os golpes aplicados no ramo desde o início desanima o hoteleiro. “O povo era mais esperto, principalmente os cariocas, e só estavam nos ensinando”, brinca, lembrando de malas cheias de tijolos e relógios falsos deixados “rapidinho por clientes que nunca voltavam. O golpe mais estratégico, no entanto, segundo recorda, foi de um fino revendedor de confecções do Grupo Sílvio Santos que aqui se instalou e cobrava apenas a medida das mulheres mais finas da
sociedade. O valor pago pela medida automaticamente dava direito às peças. “Aquilo rapidinho se espalhou pela sociedade”, lembra Jó. Por aqui, o golpista visitava suas clientes sempre no horário de almoço para evitar gastos, jogava xadrex, só tomava uísque e antes de vencer o prazo das peças chegarem, foi embora. “O golpe? Era apenas o valor cobrado pela medida que ele tirava todos os dias, de casa em casa, e ainda vinha ser buscado no hotel”, relembra sorridente e admirado pela ousadia do golpe no qual a nata da sociedade na época caiu.
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FOTO: Internet
COM DIVERSIDADE DE CLIENTELA, HOTEL REALMINAS SE MANTÉM HÁ MEIO SÉCULO andares do prédio. E, por falar nisso, a construção do banco antes de se tornar hotel foi considerada o maior prédio da época construído em todo o Estado. Quem recorda por meio de registros é o herdeiro Ivo Anastas Tassis, filho de Pedro Tassis. Quase meio século depois de inaugurado, o Realminas ainda é um desafio nas mãos do caçula. Isso porque, segundo ele, acompanhar a evolução dos tempos exige muita revisão de custos e investimentos. Aos 41 anos, Tassis admite que pouco saberia da história do hotel se não fossem os registros guardados de geração em geração. Numa análise precisa, avalia que, como no começo, o setor hoteleiro sobrevive, em sua maioria, de empresários e representantes comerciais.
E acrescenta que as competições atléticas da área estudantil garantiram incremento na rede hoteleira no ano passado, trazendo boas perspectivas para a edição este ano, quando deve reunir mais de 7 mil universitários na cidade. Por causa de formaturas e casamentos, outro ponto positivo, é que o hotel passou a manter nos fins de semana um movimento compatível ao da semana, uma mudança considerável em relação aos últimos 10 anos. “O setor hoteleiro tem muita depreciação natural do ramo. Por isso, os investimentos são necessários e nem todos são para se ter retorno – como a internet, por exemplo, que é um atrativo de primeira escala. Algumas catástrofes acabam se apresentando como oportunidade para o
setor”, observa o empresário. Ele cita, como exemplo, o rompimento da barragem da Samarco, em 2015, que obrigou a hotelaria a perfurar poços, o que hoje recai numa economia absurda de água para toda a rede. “Se tiver de definir o hotel dentro da economia, acho não só importante destacar o pioneirismo do investimento e a presença por aqui de pessoas que fizeram e ainda fazem história no Brasil, mas também as histórias dos seus proprietários, que eram empresários atuantes no comércio e políticos engajados com o desenvolvimento da cidade. Por esse legado, pretendo passar o bastão para a próxima geração e continuar fazendo parte deste contexto histórico”, afirmou Ivo Tassis.
FOTOS: Album da Familia Tassis
De geração para geração. Quem vê a estrutura arquitetônica do Hotel Realminas talvez não saiba que antes de se tornar um hotel ali funcionava um banco, que foi comprado pelo empresário e político Pedro Tassis junto ao também empresário Luiz Couto, na década de 60. A inauguração ocorreu em 30 de outubro de 1968 e contou com, ninguém menos que, Juscelino Kubitschek, o primeiro hóspede da casa. De lá para cá, outras celebridades também se hospedaram no empreendimento, como os cantores Elza Soares e Roberto Carlos. Nas primeiras edições do GV Folia, o Hotel Realminas patrocinava e abrigava os artistas que vinham para o carnaval temporão na cidade e chegavam a ocupar três
LUIZ COUTO com Elza Soares, que se hospedou no Realminas quando esteve em Valadares
LUIZ COUTO e Pedro Tassis com o rei Roberto Carlos em passagem pela cidade, pouco depois do lançamento do Realminas
MOMENTO ÚNICO do lançamento do Hotel Realminas, em 1968, com a presença de Juscelino Kubitschek, o primeiro hóspede
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Edição Especial 80 anos Governador Valadares G o v e r n a d o r Va l a d a r e s , t e r ç a - f e i r a , 3 0 d e j a n e i r o d e 2 0 1 8
DIÁRIO DO RIO DOCE
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Voo livre
FOTO: Internet
Segundo Ivo Anastas, há 30 anos o esporte começava a ser praticado por amadores locais, regionais e até nacionais, que voavam de asa-delta e ou parapente. Nos últimos 15 anos, recorda, a cidade vem se destacando nessa modalidade de esporte e passa a sediar algumas etapas de campeonatos nacionais e mundiais de voo livre. “É uma pena que por falta de estrutura perdemos algumas etapas de alguns campeonatos, mas para nós sempre foi representativo o incremento na época das competições por causa desse vínculo criado desde o início. Todos os anos temos clientes que vêm voar em Valadares, inclusive neste mês estamos hospedando cinco noruegueses”, acrescentou.
PEDRO PAULO Guise Carneiro Lopes, o Pepê, um dos pioneiros do voo livre em Governador Valadares e o primeiro campeão mundial de asa-delta
Investimentos no turismo animam a rede hoteleira
GPH se reestrutura para oferecer o glamour de outrora FOTO: Emporis
Em 1978, o Governador Palace Hotel já havia sido construído em Valadares e foi adquirido pelo minerador Ivan Tassis. Ele morava fora da cidade e deixou a administração do hotel por conta do irmão, Pedro Tassis, que já comandava o Realminas. Ivo Anastas recorda que o GPH tinha uma estrutura de primeira ao longo de seus 11 andares com 76 apartamentos, seis suítes, restaurantes, piscina, sauna, boate, shopping. O empreendimento ficou conhecido como um dos melhores na época em que foi construído e recebia diversas autoridades políticas e artísticas. Ficou sob a gestão de Pedro Tassis, de 1984 a 1989. Após esse período, segundo Ivo Anastas, seu pai entrou em acordo com o tio e o entregou a direção do hotel, que ficou arrendado de 2003 a 2014, quando foi fechado para reforma. Para Ivo Anastas, a imensa estrutura que comportava uma economia mais atuante, pode ter contribuído para o fechamento do imóvel, principalmente quando foi mudando o perfil de hóspede diante de uma economia mais recessiva.
O GPH reinou como o mais luxuoso hotel da cidade por muito tempo e por isso tinha uma clientela vip Sabe-se, no entanto, que com a retomada do empreendimento pela família Tassis, desde o encerramento das atividades, o empreendimento está passando por uma ampla reforma para ser reinaugurado ainda este ano. Segundo Ivo Anastas, o
retrofit é a melhor definição para a obra gigantesca por qual passa o GPH, por ser um termo utilizado principalmente em engenharia para designar o processo de modernização de algum equipamento já considerado ultrapassado ou fora de norma.
FOTO: Arquivo DRD
AROLDO DE Castro Neves, popularmente conhecido por Aroldão, também foi um dos pilotos desbravadores da asa-delta em Valadares. Através da Associação Brasileira de Voo Livre (ABVL) foi um dos principais articuladores dos grandes campeonatos de asa e do voo livre em Governador Valadares
Falar em rede hoteleira sem tocar no turismo definitivamente é impossível para o presidente do Conselho Municipal de Turismo (Contur), Moisés Esperidião Cruz Filho. Ele também representa a Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux, que congrega os “bureaux” do Brasil. Trata-se de uma organização de instituições que promove o turismo e a receptividade de uma cidade ou localidade, para convenções e visitação de eventos e atrações diversas. Há 10 anos à frente do Ibituruna Center Hotel, o hoteleiro estabelece um parâmetro da evolução que esse mercado já poderia estar vivendo se houvesse mais união no setor. Segundo ele, a vitrine em que cada hotel aparece para o mundo digital não sai nada barato para o bolso dos hoteleiros. Algumas administradoras de plataformas específicas chegam a cobrar até 20% de comissão. O turismo de negócios, sem dúvida, é o mais influente na rede hoteleira. Moisés garante que esse movimento se mantém de fevereiro a novembro devido à polaridade de Valadares, que consegue agregar a demanda também da região. Na lista, incluem vários treinamentos durante o ano promovidos por instituições financeiras, por órgãos públicos estaduais e federais e ainda pela hospedagem de professores de graduações prestadores de serviços para as universidades locais. Para Moisés, o incremento da rede hoteleira aponta diretamente para um mercado promissor com seu potencial turístico, pouco explorado. Como exemplo cita o rio Doce, onde acredita que pode-se promover uma pesca esportiva mesmo depois do desastre ocorrido em 2015, após a sua contaminação pelo rompimento da barragem da Samarco. Fala também de outros pontos turísticos como a conhecida orla da Ilha dos Araújos, assim como a Catedral, o pico da Ibituruna, as praças e o artesanato. O presidente do Contur acredita que a criação de uma associação da rede hoteleira local iria beneficiar
MOISÉS ESPERIDIÃO é presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) clientes e empresários, o que melhoraria o poder de compra e a condição para manter preços atrativos. “Se meu hotel encher, vou mandar para outro que de preferência fale a mesma linguagem que nós. A união é tudo nos tempos modernos”, opinou. A esperança, no entanto, fica por conta dos novos administradores colocados no município. “Percebe-se que não são políticos tradicionais, são empresários e empreendedores que aos poucos trabalham para resgatar a autoestima do valadarense. A cidade parece estar se reencontrando. Tivemos o Natal de luz, os investimentos no aeroporto e algumas promessas que acreditamos ser verdadeiras pelo contexto que envolve esses representantes na sociedade”, acredita.
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A Câmara é parte da história de Valadares por MARCOS MENDES Jornalista – Chefe da Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
13 de dezembro de 1947. Essa data marca a posse da primeira Câmara de Vereadores do município de Governador Valadares. A solenidade aconteceu às 14 horas, no salão do Minas Clube, na Avenida Minas Gerais, presidida pelo juiz Joaquim Assis Martins da Costa. A primeira mesa diretora da Câmara foi composta pelos vereadores Boanerges de Almeida Leitão (presidente), Satulano de Morais (vice-presidente) e Benedito Odilon Profeta Filho (secretário). Valadares era um município recémcriado e o país vivia sob a influência da Constituição de 1946, que redemocratizou o país e marcou o fim da Era Vargas. De lá para cá, 71 anos se passaram, 18 legislaturas se sucederam ajudando a escrever a história do município que hoje completa 80 anos. Durante esse período a Câmara Municipal vivenciou os diversos ciclos econômicos valadarenses, baseados em atividades extrativistas predatórias, como a exploração da madeira, carvão vegetal e mica, e a emigração de valadarenses, principalmente para os Estados Unidos e mais recentemente para países da Europa. Em “Fazer a América”, a professora doutora Zenólia Almeida destaca que durante a Segunda Guerra Mundial (1939/1945) a exportação de materiais estratégicos para a indústria bélica, como a mica e escória de berilo, contribuíram para o aquecimento da economia local e também para estreitar as relações dos valadarenses com os Estados Unidos. Zenólia Almeida destaca também que uma das explicações para o fluxo migratório de valadarenses para os Estados Unidas encontra justificativa no contato prolongado com os americanos, notadamente nos anos 1950 e 1960, e que contribuíram para consolidar a imagem positiva que os valadarenses tinham em relação aos Estados Unidos, então já seduzidos pelo american way of life.
PAULINHO COSTA é o atual presidente da Câmara Municipal de Valadares
PLENÁRIO DA Câmara Municipal onde acontecem as reuniões legislativas
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Renovação e novos compromissos
Legislativo contabiliza 37 presidentes em sua história A história do poder Legislativo valadarense é marcado por 37 presidentes, vereadores eleitos por seus pares. Desses 37, quatro se tornaram prefeitos: Sebastião Mendes Barros, Raimundo Monteiro de Resende, José Fernandes e João Domingos Fassarella. O único ex-presidente eleito vice-prefeito foi o vereador Augusto Barbosa em mandato com o prefeito José Bonifácio Mourão. Três ex-presidentes elegeram-se deputados: Raimundo Resende, eleito deputado estadual e posteriormente deputado federal constituinte, João Fassarella e Leonardo Monteiro, deputados federais. Atualmente a Câmara Municipal é presidida por Paulinho Costa, vereador detentor de cinco mandatos e pela segunda vez ocupa o cargo máximo do Legislativo municipal. Desenvolvimento é o resultado de processos de crescimento econômico, com aumento persistente da produtividade do trabalho, diversificação da estrutura produtiva e busca de maiores níveis de justiça social. Pressupõe mutações e descontinuidades que não podem ser produzidas somente pelas trocas mercantis. Ao longo dos anos a Câmara Municipal através de seus vereadores tem participado de forma combinada e independente para a geração desse desenvolvimento.
MAR DE LAMA A crise ética, moral e de probidade que assola o país também atingiu Governador Valadares. Em abril de 2016, o município vivenciou um de seus mais sombrios momentos. A operação Mar de Lama, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, afastou e prendeu secretários municipais, diretores de autarquias municipais e 12 vereadores. Foram tempos difíceis com uma impressionante sequência de frustrações populares.
O VEREADOR Boanerges de Almeida Leitão foi o primeiro presidente da Câmara Municipal
Em outubro de 2016 uma nova Câmara foi eleita e, desde sua posse em 1º de janeiro de 2017, tem procurado corresponder com os anseios da população. No primeiro ano de trabalho a atual Câmara Municipal realizou 77 reuniões ordinárias, 26 reuniões extraordinárias, 74 reuniões especiais e 41 audiências públicas. 1.236 requerimentos foram apresentados, 199 projetos de lei e 25 projetos de lei complementares foram discutidos e aprovados. Os números comprovam o volume e a qualidade do trabalho legislativo. Sob a coordenação do presidente, vereador Paulinho Costa (PDT), a Câmara Municipal desenvolveu uma série de ações e projetos como o Internet Popular que disponibiliza, gratuitamente, pesquisas na rede mundial de computadores para pesquisas escolares. Em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG — realizou 140 casamentos comunitários, que são a conversão de união estável em casamento. Promoveu o Encontro Regional das Câmaras Municipais em parceria com a Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com a participação de mais de 60 municípios da região. Com o objetivo de promover uma maior integração entre o Poder Legislativo e as comunidades urbanas e rurais, foi desenvolvido o Câmara Itinerante. A Lei
Orgânica Municipal foi revisada, atualizada e editada e o regimento interno da Câmara Municipal e a consolidação das leis municipais encontram-se em andamento. Com todas essas ações, a presidência da Casa, com uma administração austera, com economia e cortes dos gastos, economizou cerca de R$ 2 milhões em 2017. Janeiro de 2018, a Câmara Municipal de Governador Valadares vive um Tempo Novo. Um tempo onde suas ações têm a preocupação de expressarem a vontade emanada do voto popular e que se traduz em atividades que possibilitem o pleno exercício da cidadania para que a sociedade valadarense não corra o risco de pensar no que ela não é, nem parece ser, mas no que pode vir a ser. A atual mesa diretora da Câmara é formada pelos vereadores Paulinho Costa (presidente), Iracy de Mattos (vice-presidente), Enes Cândido (1º secretário) e Pastor Elias (2º secretário). Os demais vereadores são: Alessandro Alê, Antônio Carlos, Betinho Detetive, Coronel Wagner, Dandan Cesário, Dr. Marcílio Alves, Geremias Brito, Jacob do Salão, Júlio Avelar, Juninho da Farmácia, Marcion da Fusobras, Nenem do Desidério, Regino Cruz, Rildo do Hospital, Robinho Mifarreg, Rosemary Mafra e Waldecy Barcelos.
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Valadares: casa da Polícia Civil de Minas Gerais A história da Polícia Civil de Minas Gerais, no município de Governador Valadares, teve início na década de 70, com a implantação da 5ª Delegacia Regional de Segurança Pública (DRSP), erguida no tradicional bairro de Lourdes, ao lado do que veio a se tornar a Praça Getúlio Vargas. Com a difícil missão de chefiar a Delegacia Regional, o delegado Abel Lobo Cordeiro foi o primeiro delegado de polícia nomeado para o cargo, tendo permanecido à frente da Regional por cerca de seis anos, seguido dos delegados regionais Álvaro Guido, Marcos Luís de Paula Soares, Francisco Monteiro de Freitas, Leovaldo Batista Naves, Astrogildo Antônio Soares Valério, Marcos José de Paula, Jeferson Botelho Pereira, Aílton Aparecido dos Santos Lacerda e, aqui, destacamos a nomeação da primeira mulher a chefiar a Delegacia Regional de Governador Valadares, a delegada Luzinete Maria de Sá. Posteriormente, estiveram no posto os delegados Bernardo Pena Sales e o então delegado regional Fábio Gui-
lherme Barreto Sfalcin, filho desta cidade. Em meados dos anos 80 ocorreu o primeiro grande marco da 5ª DRSP, em razão da implantação da Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes, com intuito de reprimir as práticas delituosas destinadas ao tráfico de drogas. A “equipe da tóxicos”, como era chamada, foi inicialmente composta por um delegado de polícia, Dr. Elder Chantal, e um detetive, Paulo Maloca. Aos poucos, a equipe recebeu reforço com os detetives Valmir Verciano, Edson Neves (vulgo Edinho) e José Roberto Neiva (o Betinho Detetive). Hoje, Paulo Maloca, o primeiro detetive da Tóxicos, assume o cargo de Assessor Institucional e Operacional do Gabinete da Chefia de Polícia Civil de Minas Gerais. Esta equipe realizou trabalhos de grande repercussão na cidade, como, por exemplo, a maior apreensão de maconha da época, com mais de 100 kg da droga apreendidas. Essa apreensão, realizada no bairro Santa Rita, foi conhecida como o caso do “velho da mala”.
Com o passar dos anos, a Polícia Civil continuou avançando para atender às demandas do município, desta vez com a inauguração da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), no ano de 1993, chefiada pela delegada Rosimere Bastos, que teve em sua equipe de detetives, João de Paula, Natanael de Oliveira e a escrivã Floristela Magalhães. Devido à crescente demanda na região do Vale do Rio Doce, já no ano de 2008 ocorreu a criação do 8º Departamento de Polícia Civil, inicialmente sob a chefia do delegado Paulo César Assumpção Dettogne. Hoje, completando 10 anos de implantação do departamento, Governador Valadares é a sede da chefia de aproximadamente 60 municípios, das Regionais de Valadares e Guanhães que, juntas, somam 15 importantes comarcas. Também tiveram a honra de passar pela chefia do departamento, os delegados Marcos José de Paula, Valmir de Paula Ramos, Aílton Aparecido dos Santos Lacerda, Rômulo Quintino da Silva e o atual chefe,
DR. ABEL LOBO Cordeiro, 1º delegado regional com sede em Valadares
Fábio de Sousa Henrique. Entrelaçados ao decorrer da história, a Polícia Civil de Minas Gerais está sempre acompanhando o ritmo e avanço do município de Governa-
ATUAL DELEGADO regional Fábio Guilherme Barreto Sfalcin
dor Valadares, cidade esta que foi palco de grandes ações e desenvolvimentos e que tem em sua essência uma comunidade humilde e acolhedora. Aproveitando a oportunidade,
parabenizamos o município pelos seus 80 anos e desejamos à população valadarense uma caminhada próspera e digna, na construção de uma cidade cada dia melhor.
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Governador Valadares em 2018, ano eleitoral, completa 80 anos e, ao longo de seus 80 anos... Num trecho do famoso texto misturado à poesia “Um dia Você Aprende”, de William Shakespeare, diz: “Aprendemos que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que já tivemos e que aprendemos com elas mais do que com quantos aniversários nós celebramos.” Muitos têm mais experiências do que a idade apresenta e outros infelizmente fazem o caminho inverso. Governador Valadares Nasceu Gigante... Nossa Princesinha do Vale começou como Arraial de Porto de Dom Manuel, Depois Porto das Canoas, Santo Antônio da Figueira, Distrito de Santo Antônio do Bonsucesso, Figueira, Figueira do Rio Doce... Em 31 de janeiro de 1938 recebeu o nome de Governador Valadares, Em homenagem ao governador da época, Benedito Valadares. É e sempre foi uma região iluminada e totalmente abençoada, Praticamente toda plana aos pés do pico da Ibituruna. Como se não bastasse, as principais rodovias passam pela cidade. BR-381, que nos liga a BH. Que venha a duplicação e deixe de ser utopia! BR-259, que liga esta cidade às belas praias do Espírito Santo! BR-116, a famosa Rio-Bahia que o nome por si só explica. Sistema rodoviário e ferroviário excelente; se fossem bem usados, Beneficiaria toda a população de Governador Valadares e região. Era para ser motivo de orgulho e crescimento se não fossem os descasos. Chegou a ser a 3ª Cidade em franco desenvolvimento do nosso Estado, e hoje, 97º lugar, perdendo para cidades mais novas e com menos condições de desenvolvimento. Por aqui já estiveram grandes indústrias e quantas ainda vão nos deixar?! Nossa cidade já ganhou inúmeros destaques como na exploração de micas, Madeira, pedras preciosas, pecuária, agricultura e até exportou mão de obras. Estados Unidos “O Sonho Americano” realizou sonhos de muitos valadarenses, Os famosos “Brazucas” fomentaram a “Valadólares” para a alegria de toda esta gente! Hoje poucos comemoraram, mas lamentam, porque esta cidade não cresceu. Tinha não, está cidade tem tudo para desenvolver, crescer e aparecer, Se tornar uma cidade gigante em desen-
volvimento seja através de indústrias, Comércios, e por que não dizer do turismo pouco explorado. Do bondinho que nunca saiu do papel e outras ideias mais que morreram sem aparecer! Governador Valadares realmente é uma cidade totalmente iluminada e abençoada, Nasceu planejada, com infraestrutura e logística completamente eficientes, Mãos de obras qualificadas, capazes de agradar até os mais exigentes. Sempre que o povo quisesse chegar a uma Vitória teria que pegar a BR-259, Ou alcançar alguma Conquista seguia pela BR-116, realidade antiga e o povo sem vez! O que aconteceu que Governador Valadares não desenvolveu? Crescer, cresceu até demais, mas desenvolver que é bom nada! Nossos pobres políticos cada vez mais aumentando os favores inchando a casa, sem se importar e dar o devido valor aos que realmente produzem. Obras boas são as que são vistas e admiradas pela maioria da população? Uma triste realidade sem noção. Estamos fadados ao não ter o que é de precisão! Se não fossem os descasos, a falta de apoio, impostos altos e o que não é permitido. Muitos fumavam os charutos e colocavam as cinzas nas mãos de outros. Sou obrigado a aceitar, os nossos políticos são realmente eficientes porque sem eles Governador Valadares crescia, desenvolvia por si só, e poderia encerrar como os antigos políticos, isso é fato, é verídico e tenho dito!? Será que nossa Governador Valadares está enferma, Ou precisa mais de atitudes e carinho?! É hora de nós Valadarenses ou os verdadeiros Brazucas, Nos atirarmos de nossa ase mais forte e protetora: o pico da Ibituruna. Desejo que chegue o tempo em que a idade de nossa querida e amada Governador Valadares não seja incompatível com os fatos, com a nossa triste realidade!? Se nos atiremos para o progresso como uma verdadeira equipe, Mostrando que existe nidade e harmonia, amor à nossa cidade, Como verdadeiros cidadãos nem de direita e nem de esquerda, Mas valadarenses de alma e coração direitos! E que deixemos de fazer o caminho inverso!!!!!!!!!!
por Lauro César Cassini (*) (*) laurocassini@hotmail.com Ator, diretor e jornalista
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A indústria celebra os 80 anos de GV tria, que supera diariamente seus desafios, mesmo diante das crises e recessões já enfrentadas ao longo dos anos. Em um cenário econômico e político conturbado, a indústria tem lutado para manter-se competitiva e para acompanhar um mercado cada vez mais exigente e incerto. A presidente da Fiemg Regional Rio Doce, Rozâni Azevedo, reconhece as conquistas alcançadas e se mantém esperançosa para este ano e os próximos que estão por vir. “Mesmo cautelosos, nós empresários não deixamos de ter esperança, acreditar na mudança e ter expectativas positivas quanto ao futuro. Sabemos da importância de termos um otimismo responsável e realista, e é isso que move a indústria e entidades como a Fiemg”. A mobilização da indústria tem sido fundamental no cenário de recuperação econômica que começamos a reviver no final de 2017, que, mesmo de forma tímida, temos a confiança que se intensifique neste ano. Mas, para isso, há grandes desafios a serem superados e enfrentados.
FOTO: Internet
A cidade era bem jovem quando se instalou aqui a primeira indústria: a Companhia Açucareira do Vale do Rio Doce (Cardo). Eram meados de 1946, e Valadares possuía apenas 8 anos de emancipação. A apenas 4 km do centro da cidade e instalada às margens do rio Doce, a conhecida Açucareira possuía mais de 85 alqueires de plantação de cana-de-açúcar e chegou a produzir um total de 25,5 mil toneladas de açúcar, sendo 600 sacas/dia. Daqueles dias, até hoje, a indústria foi crescendo e se desenvolvendo. Outras novas foram chegando à cidade e hoje compõem o Distrito Industrial, com diversas empresas ali instaladas. Neste parque industrial, temos a presença significativa de grandes indústrias, além de uma atuação muito forte das micros e pequenas empresas, que estimulam o cenário de crescimento e desenvolvimento da cidade. Oitenta anos depois, ao comemorarmos o Aniversário de Governador Valadares, celebramos também as conquistas da indús-
A AÇUCAREIRA foi um dos marcos da indústria valadarense e depois de encerrar as suas atividades foi tombada como patrimônio histórico tornando-se um dos cartões-postais da cidade
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com os olhares atentos ao futuro A fase mais visível e cruel dos impactos da mais grave recessão da história brasileira, vivida desde o segundo semestre de 2014, e que ainda é motivo de fundadas preocupações, é a taxa do desemprego. Os obstáculos são muitos e difíceis, mas há razões objetivas para acreditar que estamos no bom caminho para a retomada do crescimento e da justa distribuição de seus frutos. Embora com taxa modesta, o Produto Interno Bruto (PIB) voltará a crescer este ano, as taxas de juros estão em seu mais baixo patamar histórico, a inflação está sendo controlada e o consumo começa a se recuperar. Tudo isso, em conjunto, estimula os investimentos. As projeções da Fiemg mostram que o PIB brasileiro deve crescer 2,6% este ano e 2,5% em Minas, o que reflete diretamente em nossa cidade. A indústria segue esta tendência de retomada gradativa do crescimento. Após longos períodos de queda, a produção física do setor volta, aos poucos, a exibir resultados positivos. O melhor desempenho é puxado, principalmente, pelo setor automotivo, pela indústria extrativa e de alimentos. Empresários esperam aumento na demanda, na compra de matéria-prima e no emprego no primeiro semestre deste ano. Essa
FOTO: Arquivo DRD
ROZÂNI AZEVEDO, presidente da Regional Rio Doce da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg)
expectativa do crescimento sinaliza o otimismo e a intenção de contratar, pela primeira vez, desde 2013. Em Valadares, tem-se unido forças, preparando industriais e industriários para estarem cada vez mais sustentáveis e competitivos, cumprindo nossa missão de fortalecer a indústria. A parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Obras, com a Assedi (Associação das Empresas do
Distrito Industrial) e com a Agenda de Convergência Rio Doce, resultou em um calendário permanente de limpeza do Distrito Industrial, bem como revitalizações e adequações no espaço. A limpeza de faixa foi feita e hoje a energia chega com melhor qualidade. As ruas estão recebendo sinalizações horizontal e vertical, uma demanda dos industriais. O PAM (Plano de Auxílio Mútuo) foi
implementado e segue agora para a eleição da diretoria e treinamento dos brigadistas. Ações de saúde também foram realizadas diretamente nas indústrias, como vacinação contra a febre amarela, campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul, por entendermos que empregados saudáveis geram resultados efetivos. Além disso, diversas capacitações foram realizadas dentro das indústrias, buscando orientá-las nas áreas de meio ambiente, trabalhista, fiscal e tributária. Todas essas iniciativas buscam oferecer para as indústrias que aqui estão instaladas condições de continuarem a crescer, contribuindo com a geração de emprego e renda no município. Rozâni ressalta que é possível acelerar, cada vez mais, o desenvolvimento da cidade e do Vale do Rio Doce. “Acreditamos que o cenário que vivemos pode ser revertido se trabalharmos com competência e compromisso, como temos feito, e a perspectiva é que 2018 seja mais promissor. Precisamos ter atitude, e a melhor delas é continuar trabalhando, acreditando em nossa força, em nossa capacidade de produzir, de gerar riqueza, de mover a economia e de fazer de Valadares um lugar para se viver bem”, concluiu.
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por Pedro Macedo (*)
Feliz 80 Anos Aos quinze anos, quando em Governador Valadares cheguei, o marco do Vi g é s i m o A n i v e r s á r i o d a C i d a d e , recém-inaugurado, aqui encontrei. Esta cidade estava tão bonita e tão nova, que os seus desafios ainda estavam sendo colocados à prova. A Prefeitura Municipal e a Câmara Municipal de Vereadores funcionavam em casas alugadas, e as rodovias que por aqui passam ainda não eram asfaltadas. Já existiam três colégios no centro da cidade, e toda a sua população
sonhava com uma faculdade. A cidade crescia rápido. Pela sua imponência e sua beleza, os seus visitantes e seus moradores passaram a chamá-la de princesa. Valadares se transformou numa metrópole; a imagem erguida no pico da Ibituruna se constituiu uma acrópole. Nos anos sessenta, a Prefeitura e a Câmara dos Vereadores foram construídas, edifícios de aranha-céus apareceram, e novas construções foram erguidas. Duas faculdades foram criadas e,
(*) Pedro Macedo é engenheiro, perito judicial e escritor
com a chegada dos universitários, a população de Valadares foi multiplicada. Aqui cheguei, com apenas o curso primário, fiz o segundo grau e me transformei num universitário! Fiz sucessos como engenheiro e professor de engenharia. Nesta amada cidade, construí uma linda Família. Depois de grandes conquistas no passado, com o seu melhor carnaval, os campeonatos de voo livre c o l o c a r a m Va l a d a r e s n o c e n á r i o internacional.
As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal
Os valadarenses sempre foram ousados! Enfrentavam qualquer desafio... Atravessavam fronteiras em busca de riqueza. Depois voltavam para curtir a sua cidade com a sua beleza. Agora, com seus oitenta anos, e com uma população muito acima de duzentos mil, Valadares é uma das grandes cidades do interior do Brasil. Venham visitar Valadares e gozar da sua hospitalidade... Todos que aqui chegam se sentem feliz de verdade.
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“O Sistema Leste foi uma consequência das ampliações das comunicações, com uma ideia de servir melhor e ajudar no crescimento de Governador Valadares. No início foi muito difícil porque sempre esbarrávamos na falta de dinheiro. É gratificante fazer parte desta história e testemunhar o crescimento da região. Queremos continuar participando e escrevendo mais capítulos desta bela história. Nós, do Sistema Leste, queremos continuar trabalhando cada vez mais para fortalecer ainda mais a nossa cidade e nossa região. Com uma cidade forte, todos nós também ficamos fortalecidos. Parabéns, Governador Valadares, pelos seus 80 anos de história!”
Getúlio Miranda DIRETOR DO SISTEMA LESTE DE COMUNICAÇÃO
Sistema Comunicação escrever part São, pelo menos, 32 anos de existência dentro dos 80 comemorados por Governador Valadares. O Sistema Leste de Comunicação participou e ajudou a contar boa parte da história da cidade. Com dois canais de TV, duas emissoras de rádio, um jornal diário e uma gráfica, o grupo continua participando e retratando, com detalhes, o cotidiano da maior cidade do Leste de Minas Gerais. O Sistema Leste de Comunicação começou a tomar forma efetiva em agosto de 1983, quando os empresários Edison Gualberto
e Getúlio Miranda ganharam a c das Comunicações e a outorga Federal. Em 1985, a TV Minas extinta Rede Manchete. Em 1987, acontece a mudanç vira TV Leste e passa a retransm te a Rede Record. Outro canal q dia do valadarense é a TV Rio D
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Leste de o: ajudando a te da história
concorrência feita pelo Ministério de concessão feita pelo Governo s entra no ar, retransmitindo a já
ça de nome e de rede. ATV Minas mitir a Rede Globo e posteriormenque há anos está presente no dia a Doce, que, além de uma extensa
programação local, ainda retransmite programas da TV Cultura, TV Minas e TVE Brasil. Completam o Sistema Leste de Comunicação as rádios Imparsom FM e Ibituruna, a gráfica e o Jornal DIÁRIO DO RIO DOCE que, desde 1958, traz, diariamente, informação para o valadarense. O empresário Edison Gualberto esteve presente no Sistema Leste até 2017, quando morreu vítima de um câncer no dia 30 de julho.
“O Sistema Leste de Comunicação sempre teve um papel significativo no crescimento cultural, social e político de Governador Valadares. Ele sempre participou ativamente dos problemas e das soluções da cidade. Meu pai e o Getúlio (Miranda) sempre foram pessoas muito ativas politicamente e sempre visaram o melhor para Valadares. É com muita alegria que hoje, assumindo um lugar que já foi de meu pai, posso perceber o desenvolvimento que a cidade já teve nas últimas décadas. Claro que nunca vai ser como desejamos, mas ele está visível. É muito satisfatório poder comemorar os 80 anos de uma cidade, sendo parte importante e também ajudando a contar um pouco da história dela.”
Rodrigo Leite Gualberto DIRETOR DO SISTEMA LESTE DE COMUNICAÇÃO
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Colaboração: LUIZ ALVEZ LOPES
Em seus 80 (oitenta) anos bem vividos, a cidade anteriormente cognominada, com razão, de Princesa do Vale, e que hoje assume como Rainha uma terceira idade marcada por avanços e desafios, teve, em filhos ilustres e forasteiros do bem, inegável ajuda e participação na solução ou minoração de seus males sociais. O que hoje modernamente chamamos de “terceiro setor” e suas relações com o poder público, nós antigamente o que tínhamos ou o que vivenciamos foram iniciativas de cunho pessoal-individual, quando muito sensibilizando outros poucos pertos ou próximos. Já no passado o trabalho de natureza filan-
trópica não se estribava tão somente ao altruísmo dos que o prestavam, visto que normas existem a serem observadas e cujo cumprimento eram e continuam sendo fundamentais para o amparo ao “caído”, de modo adequado, respeitando-se peculiaridades. A cidade foi crescendo. Foi-se desenvolvendo. Ciclos ocorreram: da mica, da madeira, da pecuária, do dólar e... (não pode ser dito). Com o crescimento e desenvolvimento, vieram as mazelas, os desafios, a dívida social... Como nos dias atuais, o poder público se mostrava impotente para tanta demanda. Surgem algumas de nossas instituições assistenciais e filantrópicas, grande parte delas fruto de lideranças de cunho religioso.
FOTO: Divulgação
Um pouco de assistência social na vida da Princesa que virou Rainha A obra social Cidade dos Meninos, fundada em 10 de abril de 1962, pertenceu, até 1968, à Diocese de Valadares. Localizada numa fazenda, a 12 km de Governador Valadares, foi então assumida, com seus 200 meninos abandonados, que precisavam de carinho, amor e compreensão, pelas irmãs azuis. Madre Marie Ange Fernandes e as irmãs Maria Aparecida Almeida, Maria Bernardes Berri e Margarida Boni iniciaram a luta por melhores condições de vida para estes meninos. Atualmente, a obra atende mais de 80 crianças entre 3 e 16 anos de idade e conta com intenso trabalho das irmãs azuis, que lá estão em missão de uma equipe de 20 pessoas registradas e com o apoio de aproximadamente 60 leigos, que prestam serviços voluntariamente. As crianças são encaminhadas à Cidade dos Meninos por intermédio do Conselho Tutelar e, em sua maioria, são vítimas de maus-tratos, violência, prostituição, alcoolismo e abuso sexual. Permanecem na obra até completarem 16 anos e recebem alimentação, vestuário, estudos, acompanhamento psicológico e social. Em cada setor da obra (horta, limpeza, cozinha, rouparia, lavanderia, pomar e jardim), as crianças e os adolescentes contribuem com o seu trabalho.
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Instituto Nosso Lar FOTO: Album de familia
JOAQUIM RIBEIRO Nascimento e Terezinha Teixeira da Costa Ribeiro, casal fundador do Instituto Nosso Lar Suas atividades foram iniciadas no ano de 1967, na cidade de Governador Valadares, pelo casal Joaquim Ribeiro Nascimento e Terezinha Teixeira da Costa Ribeiro, que foram seus fundadores, abrigando as primeiras 30 crianças na própria residência. Somente em 03/03/1971 foi institucionalizada oficialmente sua fundação, conforme consta no seu
estatuto inicial. Inicialmente com sede na Rua Moreira Sales, 1.000, Bairro Vila Bretas, em Governador Valadares – MG. Com o crescente número de crianças, a instituição foi transferida para Vila Eugênio Franklin – Município de Alpercata – MG, onde construiu sua sede própria. No primeiro decênio, as atividades foram exclusivamente voltadas para o acolhimento
e o atendimento à criança em sistema de orfanato, que era realizado em várias casas-lar, o qual se originou o nome fantasia “Colmeia Martha Figner”. Em 1993, as pequenas casas-lar foram substituídas por um único prédio inaugurado dia 20/11/93, que passou a abrigar todas as crianças acolhidas. Em 1998, para adequar o atendimento às crianças de acordo com o
que está preconizado no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, a instituição passou a dar prioridade ao atendimento e assistência às crianças e adolescentes junto as suas famílias; para isto, o orfanato foi desativado e passou a fazer parte do apoio e atendimento a todo o grupo familiar. O atendimento a criança de 0 a 6 anos em Sistema de Creche foi iniciado em 1982, paralelo ao atendimento no orfanato, também em Alpercata, intitulado Centro Social Nosso Lar. Com a desativação do orfanato em 1998, esse atendimento foi intensificado com o desenvolvimento em grupos de apoio familiar. Em 1981 foi construído o Lar para idosos Solar de André, com capacidade para atender 54 idosos. Inaugurado em 28 de novembro de 1981, com a presença de ilustres convidados de Governador Valadares e Alpercata. Atualmente, a instituição mantém 40 idosos acima de 65 anos em regime de abrigamento de longa permanência (asilo), oferecendo condições básicas de sobrevivência, e mantém trabalhos com equipe técnica, composta de médica, assistente social, fisioterapeuta, que busca promover a saúde, resgatar a autoestima e atendê-los nos aspectos biopsicossociais. Desde 2004, o Inlar expandiu as suas atividades e passou a atuar também no bairro Turmalina, em Governador Valadares, onde construiu um núcleo assistencial que atende a famílias em situação de risco e ou vulnerabilidade social, com apoio sócio-familiar além de um Centro de Convivência para crianças, adolescentes e jovens. A
localização do Instituto Nosso Lar, no bairro Turmalina, é bastante estratégica. Essa condição facilita o reconhecimento da entidade no território, bem como o acesso dos usuários aos serviços prestados por esta instituição ou através de parcerias. O potencial político da entidade é grande, uma vez que a mesma é reconhecida pela comunidade como um centro de referência para o desenvolvimento de atividades próprias ou em parcerias. Assumindo a posição de articulador político dos interesses comunitários e fazendo a interface entre os mesmos e as instituições sociais instaladas no bairro, o Instituto Nosso Lar viabiliza as condições de participação da comunidade nos processos de definição de suas demandas. A entidade trabalha permanentemente pela melhoria da prestação dos seus serviços, procurando capacitar seu quadro de funcionários e voluntários e buscando o aumento da inclusão e da participação da comunidade em seus projetos. Neste sentido almeja que as atividades ofertadas por ela contribuam para a construção de uma sociedade em que impere o desenvolvimento do espírito crítico frente às questões políticas, sociais, econômicas e culturais, em que os indivíduos possam orientar-se acerca dos direitos assegurados pela Constituição Federal, pelo Estatuto dos Direitos da Criança e Adolescente – ECA, pela Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS e pelo Estatuto do Idoso. A atual administração, juntamente com os funcionários, tem demonstrado o interesse de bus-
car alternativas de atividades que sejam fundadas na ideia de valorização da demanda trazida pela comunidade, e imprimindo uma lógica nas ações de garantia de direito e da cidadania. A concepção arquitetônica do Inlar, no bairro Turmalina, foi projetada tendo como preocupação as necessidades especiais de idosos e crianças, objetivando atender a um público diversificado. Essa estrutura permite o desenvolvimento de diversas ações, principalmente nas áreas das políticas sociais públicas: educação, assistência e saúde, lazer e cultura, cursos de preparação (formação e informação) para o mercado de trabalho. Honrosamente, o Inlar já possuiu em seu currículo institucional parceiros como a Unesco, Projeto Criança Esperança (da Rede Globo), Projeto Pingo D’Água (funcionários da Cemig), Fundação Abrinq Save The Children, Capemisa, Lar Fabiano de Cristo, Conselho Regional Espírita (CRE), Sedese, dentre outros, que reconhecendo a seriedade e os relevantes trabalhos de nossa entidade, por aqui já deixaram suas marcas. Acreditando em seu potencial administrativo e na larga experiência no trabalho com crianças e adolescentes, em 2011 o Instituto Nosso Lar decidiu por ampliar ainda mais o seu foco de ação social, concorrendo e sendo classificado através de Edital Público, para ser o Gestor do Programa Semiliberdade de Governador Valadares, cujo convênio com a Secretaria de Estado de Defesa Social – SEDS, se deu em 1º de julho de 2011 até 31/05/2015.
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FOTOS: Divulgação
A FOTO mostra a sede onde teve início o funcionamento do Lar dos Velhinhos e a fachada atual onde um grupo de jovens dá sequência ao trabalho de ajudar a instituição a se manter prestando um serviço de grande importância social
Lar dos Velhinhos da Sociedade São Vicente de Paulo Fundado em 5 de junho de 1938, pela Conferência Santo Antônio, denominada na época de Conferência de São Vicente de Paulo, e que teve inicialmente a denominação de “Asilo dos Pobres Desamparados”, com sede e foro em Governador Valadares, na Rua Oswaldo Cruz, 88 – Centro, é uma associação civil de direito privado, filantrópica, beneficente, sem fins lucrativos, caritativa e de assistência social, de
duração por tempo indeterminado, com personalidade jurídica distinta dos seus membros. O Lar dos Velhinhos se faz a cada dia com a ajuda dos colaboradores (carnês), empresas, aposentadoria dos internos (70%) e aqueles que ajudam com doações, sendo elas: roupas, alimentos, remédios, produtos de limpeza em geral e as doações via banco: Banco Sicoob – C/C 91552001-0 Agência 4071 e Banco
do Brasil – Agência 0166-X Conta Corrente 2805-3, além de convênios com a Prefeitura Municipal de Governador Valadares, através da Secretaria de Assistência Social. Nele, encontramos pessoas que viveram em épocas diferentes, cheias de experiência e muita sabedoria. No passado trabalharam muito e viveram intensamente suas vidas. A casa é parte do sistema de Obras Unidas da Sociedade de São Vicente de
Paulo e de orientação católica. Os residentes recebem orientação espiritual, respeitada, no entanto, a confissão religiosa praticada por eles, efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Toda 1ª sexta-feira ocorre missa, às 16 horas. No 3º domingo, missa, e nos
demais domingos acontecem às celebrações, às 15h, com a presença de vicentinos da cidade. A instituição conta também com pessoas que se disponibilizam a estar realizando trabalhos voluntários em várias áreas, inclusive no bazar (brechó), que teve início em 04/03/17 e hoje tem sido uma “Fonte de Geração de Renda”. Os horários de visita são todos os dias, de 13 às 17h.
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FOTO: Divulgação
DESAFIO JOVEM RIO DOCE - DEJORD Dejord - Desafio Jovem Rio Doce entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que há 32 anos trabalha na orientação, recuperação e reintegração de toxicômanos e alcoólatras na cidade de Governador Valadares, atendendo pessoas de várias cidades e estados. O Dejord desenvolve suas atividades com o apoio de voluntários e o desprendimento de pessoas, empresas e instituições que compreendem o alcance social de reintegração das pessoas na sociedade. É uma Comunidade Terapêutica para adultos localizada em Governador Valadares, acolhendo indivíduos do sexo masculino, com idade acima de 18 anos. Atualmente, a entidade tem carência por profissionais de áreas como psicologia, assistência social, médicos, advogados, dentre outros, que teriam que ser voluntários, pois a entidade não dispõe de recursos para esse tipo de contratação. Segundo a psicóloga Laura Fracasso, no artigo “Características da Comunidade Terapêutica”, publicado pela Editora Komedi (2001), “o processo terapêutico é toda atitude, ação ou circunstância que propicie a reestruturação do dependente. Ele se dá em todas as relações, ativida-
des e ambientes proporcionados pela Comunidade Terapêutica, e não só no “setting terapêutico”, que é o atendimento individual ou grupal com um objetivo terapêutico específico”. As atividades de uma Comunidade Terapêutica devem contribuir para que o dependente alcance uma forma alternativa de reorganização pessoal, no sentido mais amplo do termo, com novos padrões de comportamento e pensamento, ou seja, um novo estilo de vida. Seguindo esses preceitos, o Dejord exige que durante o período de internação, o dependente obedeça ao regimento interno da entidade e desenvolva as atividades terapêuticas determinadas pelo modelo da comunidade, que visa autorresponsabilidade, comunicação direta, ouvir ativamente, enfim, a busca da reabilitação e convívio com os demais. A instituição trabalha em regime fechado. Após 30 dias, o interno pode receber visitas num intervalo de 15 em 15 dias, que ocorrem no 1º e 3º domingo de cada mês. Quando comete algum delito o interno é penalizado — fica algum tempo sem poder jogar futebol, assistir TV, participar de passeios do grupo, dentre
outras atividades. No Dejord não se permite o uso de remédios. Durante o processo de desintoxicação o recuperando toma muito leite pela manhã e chá (erva cidreira, folha de maracujá). Quanto ao chá, à noite tomam quente e pela manhã, gelado. Há índices de 20% de agressividade durante o processo de desintoxicação, devido à abstinência. Problemas de convulsão são levados ao atendimento médico através do SUS, e o processo se normaliza em 3 a 4 dias. As situações de recaída/recidiva são toleradas até 3 oportunidades. Não há restrição da casa quanto ao tipo de delito que o candidato à internação tenha cometido. Eventualmente acolhem indivíduos em situação de cumprimento de pena com a Justiça. Quanto à sexualidade há respeito entre os internos, mesmo quando entre eles há algum homossexual. Quem tem namorada/esposa a direção da instituição permite encontros de 30 em 30 dias, e os leva em suas residências. O custo para internação é de um pagamento inicial de 1 salário mínimo e R$ 250,00 mensais. Há vários internos que não têm condições de realizar esses pagamentos.
HÁ 32 anos o Dejord trabalha na orientação, recuperação e reintegração de toxicômanos e alcoólatras de Governador Valadares e de várias cidades e estados A maior parte do custeio da instituição é feita por sócios contribuintes e ajuda da sociedade. Quando o interno tem vínculo empregatício ou direito a benefícios pelo INSS, o escritório central da instituição oferece o devido suporte burocrático. No que se refere à reinserção do recuperando, a instituição tem encontrado dificuldades junto à sociedade
para acolhê-los. Como forma de minimizar essa situação, há um projeto em andamento que visa disponibilizar uma casa (após os 9 meses de internação na comunidade), onde esses indivíduos poderiam se acomodar, com o compromisso de frequentarem alguma igreja e desenvolverem trabalho para sua sustentação financeira.
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Abrigo Esperança
Decorria o ano de 1965, cegos andavam sem rumo pelas ruas da cidade. Forasteiros em número considerável, viviam alheios à solução dos problemas sociais da “Princesa”. Compadecido com o problema, um senhor cego, chamado José Tiburcio, inicia um movimento para acolher tais pessoas, alugando uma casa na Rua Cláudio Manoel, para início do trabalho de abrigamento. Seguem-se ações do bispo diocesano Dom Hermínio Malzone Hugo e do Dr. Cyro Siman, na solidificação do projeto. Posteriormente, o senhor Lyrio Cabral efetuou doação de terreno no antigo bairro Pastoril (hoje bairro São Pedro), local em que funciona a instituição, com ações voltadas para o abrigamento de cegos, idosos, menores em situações especiais e outros. Oficialmente seu estatuto registra 5 de abril de 1968 como sendo data de sua fundação. Localiza-se e funciona na Rua Israel Pinheiro, 77, bairro São Pedro.
DONA ZULMIRA Em seus registros consta como sendo 30 de janeiro de 1965 a data de sua fundação. Na realidade a instituição, hoje muito bem cuidada e dirigida por vicentinos, sintetiza uma das mais exuberantes maravilhas na arte da caridade e do amor ao próximo. Referimo-nos a extraordinária figura de ZULMIRA PEREIRA DA SILVA, “o anjo da caridade”, que aqui aportou e realizou maravilhas. Os mais antigos se recordam da casa de Dona Zulmira na Rua Israel Pinheiro, nas proximidades do Mercado Municipal. Foi também conhecida como Primeiro Albergue da cidade. O público assistido, de ambos os sexos, alojados em alas diferentes, com idade superior a 60 (sessenta) anos, diz respeito a uma instituição de longa permanência para pessoas idosas. Localiza-se hoje na rua São Vicente de Paulo, nº 200 - bairro Vista Alegre, que se confunde com o bairro Santo Antônio. FOTO: Divulgação
Associação Santa Luzia
Fundado em 12/09/2003, entidade sem fins lucrativos, o Abrigo Esperança funciona na Rua Nízio Barcelos Peçanha, 1.384 – bairro Vila Isa. Sua existência aconteceu para dar amparo aos pacientes oriundos da região do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e demais localidades em tratamento oncológico e renal crônico em Governador Valadares e com dificuldades de locomoção, sendo que o maior número de assistidos são da zona rural que, após as sessões dos tratamentos, ficam muito debilitados e com necessidade de repousar. Sensibilizada com a situação dos pacientes a atual presidente e fundadora, sentiu que era um chamado de Deus e com um grupo de voluntários fundaram o então Abrigo Esperança. Praticar a humanização faz com que o ser humano entenda melhor o valor da vida. A pessoa pode ser solidária, sem ter nascido solidária — solidariedade é um aprendizado. O Abrigo Esperança surgiu de uma necessidade e para que este sonho se realizasse foi necessário fé, determinação e amor ao próximo. Hoje a entidade acolhe 43 pacientes, fornecendo hospedagem e alimentação gratuitamente. Conta com apoio de uma assistente social e uma nutricionista, que assiste cada acolhido individualmente. A entidade é mantida por doações da comunidade de Governador Valadares e região.
Casa de Recuperação
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ADQF Associação de Acolhimento aos Dependentes Químicos e Familiares
A casa de apoio a pacientes renais e oncológicos – Acolhevida – nasceu para tornar realidade o sonho que um grupo de pessoas tinha: fazer o bem ao próximo, sendo transparente e coerente, podendo, assim, contribuir para a construção de uma sociedade com mais oportunidades para aqueles que necessitam de ajuda para cuidar da saúde. Sabese que nosso povo necessita de ajuda em muitas áreas como saúde, educação, inclusão, reabilitação, dentre outras. Porém, seria impossível atuar em todas
essas áreas! Dessa forma, o foco da assistência para os pacientes em tratamento renal e de câncer, por duas razões principais: 1º) os fundadores da casa de apoio (João Carlos Curtinhas e Marilene Curtinhas) passaram pelo adoecimento, tratamento e cura dessas doenças (renal e câncer). Durante o longo tratamento nas clínicas especializadas de Governador Valadares, eles observaram muitas necessidades pelas quais os pacientes careciam, e juntos fundaram em 2005 uma ONG que ajudava somente pacien-
tes renais (Aspart). Visando ampliar essa assistência aos pacientes oncológicos, em 2014 foi concretizada uma parceria com o enfermeiro Luís Otávio, que já atuava há mais de sete anos nessa cidade ajudando pessoas com câncer. Assim, com o nascimento da casa de apoio Acolhevida, eles prometeram dedicar suas vidas àqueles que estejam passando pelo tratamento dessas doenças, principalmente ajudar os mais carentes. 2º) as instituições que oferecem acolhimento e assis-
tência gratuita aos pacientes renais e de câncer de Governador Valadares e região não conseguem atender a todos, em virtude do grande e crescente número de pessoas acometidas por tais enfermidades. Diante desse fato, foi feito um levantamento estatístico sobre essa grande demanda e verificou-se que muitas pessoas ainda não são contempladas pelos benefícios oferecidos pelas instituições já existentes. Dessa forma, a casa de apoio Acolhevida abre suas portas para
ser parceiro de outros projetos sociais sérios já existentes e não para fazer concorrência com eles, pois acreditamos que o mais importante seja amenizar o sofrimento dos pacientes e seus familiares. Para isso, a casa vai oferecer além de hospedagem e alimentação gratuita para os pacientes de cidades vizinhas que vem a Governador Valadares realizarem o tratamento, também vai oferecer assistência material, jurídica, psicológica e domiciliar para aqueles pacientes que residem em Valadares.
Fundada em 26 de novembro de 2005, funciona na Rua Geraldo Vieira, s/nº - na subida do morro que dá acesso ao bairro Santo Antônio. Tem como público-alvo pessoas do sexo masculino e com idade a partir de 18 anos. Exerce papel fundamental no acolhimento e trabalho de acompanhamento de pessoas com dependência química. O trabalho da instituição, notável, extraordinário mesmo, nos remete à reflexão sobre a necessidade de se ter na cidade uma instituição para “cuidar” do público feminino ou viabilizar condições para que as existentes possam e venham a fazê-lo.
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Casa das Meninas Instituição fundada em 2 de dezembro de 1973 e assumida pelas irmãs em 8 de março de 1998. Tem como objetivo acolher crianças de 0 a 12 anos que foram afastadas de suas famílias por determinação do Juizado da Infância e Juventude ou do Conselho Tutelar, com o intuito de protegê-las contra negligências, maus-tratos ou outras violações de direitos. Sua proposta institucional é a de prestar atendimento a crianças e adolescentes do sexo feminino, vítimas das diversas situações de risco, encaminhados pelo Conselho Tutelar e pela Vara da Infância e Juventude da comarca de Governador Valadares. Situa-se na Rua Esmeralda, 2.547 - bairro São Raimundo - em espaço marcado pela alegria contagiante de sua equipe dirigente, de funcionários, colaboradores e voluntários. FOTO: Arquivo DRD
O surgimento da Fusobras, hoje SMAS Coube ao Dr. Hermírio Gomes da Silva, em seu primeiro período administrativo à frente dos destinos do município de Governador Valadares (1966/70), promover avanços através de ampla reforma administrativa, criando novas secretarias, fundações e autarquias, dinamizando e modernizando a administração municipal. Surge, então, dentre outras, a Fusobras - Fundação de Serviços e Obras Sociais -, com uma gama de ações assistenciais em todos os níveis e sentidos. Hoje, os trabalhos e ações da antiga Fusobras, ampliados e diversificados, estão afetos à SMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social. Instituições assistenciais também sucumbem diante das adversidades e dificuldades intransponíveis. Tivemos casos que não foram poucos. Dois exemplos:
Vila Miguel Orlando Instituição assistencial voltada para a assistência ao idoso em forma de abrigamento, tendo funcionado durante anos no local que no passado ficou conhecido como “nº 1”. Na realidade, propriedade localizada na Rua Prudente de Morais, onde se realizavam eventos festivos. Forte fiscalização e exigências não atendidas por seus idealizadores e mantenedores implicaram em seu fechamento e encerramento das atividades. Em suma, Governador Valadares em nada se difere dos municípios brasileiros de porte médio, com enfrentamento das mais diversas situações, demandas e desafios. Há uma parafernália de normas a serem cumpridas. Sem falar na norma constitucional, outros institutos surgiram (estatutos, conselhos, etc) porém, os recursos são insuficientes para que normas, direitos e previsões sejam respeitados e atendidos.
Somirehu - Sociedade Missionária da Recuperação Humana Funcionou durante anos na Avenida Washington Luiz, 2.941 - bairro Santa Rita. Dedicava-se ao trabalho de assistir e profissionalizar menores. Alterações introduzidas na legislação pátria motivaram seu fechamento e encerramento de suas atividades.
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Edição Especial 80 anos Governador Valadares G o v e r n a d o r Va l a d a r e s , t e r ç a - f e i r a , 3 0 d e j a n e i r o d e 2 0 1 8
DIÁRIO DO RIO DOCE
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A memória em mim mora FOTO: Arquivo/DRD
*por ZENÓLIA ALMEIDA
ZENÓLIA M. de Almeida - Professora, Doutora em Gestão, Membro da Academia Valadarense de Letras e Secretária Municipal de Planejamento de Governador Valadares
Josué Montello, brilhante escritor maranhense, afirmou que “todos nós, ao longo da vida, dispomos de nossos pretextos para avivar recordações antigas (...) desde que saibamos unir as pontas do tempo”. É o que busco fazer ao deixar falar meu coração, fluir lembranças que me são gratas, num estado de ressurreição transitória... Esse reviver memorial acontece quando Governador Valadares completa 80 anos de emancipação. O desenvolvimento ocorre em um território, visto sob dois aspectos: a partir de informações oficiais que o colocam em condições de ser comparado a outros territórios, ou através da percepção social de seus cidadãos, outro olhar, orientado por processos cognitivos, valores culturais e expectativas. Esse é o olhar com o qual retorno ao passado para melhor entender o presente. Quando em solitária vigília, lembro-me do passado, revejo a história da educação em Governador Valadares. Nesse revisitar de memórias, o velho e o novo se integram em invisíveis teias que nos transportam nas asas da história. No percurso desse movimento de ir e vir, de estar lá e estar cá, aprendi que o tempo se encarrega de por, dispor, recompor os fatos da nossa vida. Nesse contexto,
passado e presente se fundem num mesmo e definitivo processo, demonstrando que ao longo da nossa história, a Educação fez a diferença em Governador Valadares. É com este pensamento que busco resgatar a memória e o tempo, situando, nesse movimento, o homem em construção. Para tanto, empreendo uma viagem da saudade, da aprendizagem e do (re)conhecimento. No que diz respeito à educação, a cidade de Governador Valadares viveu três momentos históricos: a) Até o ano de 1967: embora regional, a cidade oferecia apenas a educação básica aos jovens. As famílias mais abastadas enviavam seus filhos para estudar na capital, onde havia oferta de cursos superiores. Em 7 de junho de 1967, foi criada a Fundação Percival Farquhar (FPF), entidade civil sem fins lucrativos, instituída com a colaboração financeira de 159 pessoas físicas e jurídicas, liderados pelo Sr. Antônio Rodrigues Coelho. A primeira instituição de ensino superior foi o Minas Instituto de Tecnologia (MIT), seguida da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI), da Faculdade de Odontologia (FOG) e da Escola Técnica do Instituto de Tecnologia (ETEIT). Educadores pioneiros: Maria
Nathália Campos, Inês Vieira Cabral, além de lideranças dos Colégios Imaculada Conceição, Ibituruna e Presbiteriano, entre outros. Gostaria de afirmar que eles simbolizam todos aqueles que não foram citados. b) 1968: ano em que algo “quase mágico” aconteceu na cidade: oferta do primeiro vestibular no então Instituto de Tecnologia de Minas Gerais – MIT, célula mater da atual UNIVALE. Liderando esse grande empreendimento, um homem excepcionalmente à frente do seu tempo: Talmir Canuto Costa, ex-reitor do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica – ITA. Professores pioneiros formavam um grupo de excelência, dentre os quais: Dr. Armando Vieira, Luiz Cláudio de Almeida Melo, Antônia Izanira Lopes de Carvalho, Osvaldo Vieira, Rizoleta Amaral, Benito de Tassis e outros mestres mais. Sinto-me honrada de ter partilhado da convivência desses decanos notáveis. Esse momento deve ser considerado um “divisor de águas” para a cidade de Governador Valadares, pelas muitas possibilidades que gerou para seu desenvolvimento. Esse ciclo se encerra no ano de 1992, com a criação da UNIVALE. c) Momento atual: Governador Valadares, considerada relevante polo educacional em Minas Gerais, possui diversas
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instituições de ensino superior, sendo uma Universidade Federal (UFJF), um Instituto Técnico Federal (IFET), a Univale, e outras seis instituições de ensino superior que oferecem inúmeros cursos presenciais. Completam esse quadro 29 instituições que ofertam ensino a distância, atendendo demanda local e regional. O leque de instituições educacionais presentes na cidade confirma que ingressamos em novos tempos, onde o conhecimento é o centro vital da nossa metrópole, o fundamento da economia e da ação social, contribuindo para mudanças que alteram a posição, o significado e a estrutura da sociedade — uma poderosa arma para impulsionar o desenvolvimento sustentado. Vivemos num mundo globalizado e globalizante, plugado, interligado, interconectado, instável, inseguro, imaturo, mas, simultaneamente, desafiante e instigante. Nossa tarefa maior é a de deixar como legado para nossos descendentes, um mundo melhor do que recebemos. No caso presente, uma educação melhor. A nova década que nossa cidade inicia, nesta data, pode ser diferente. Para tanto, é preciso manter a esperança e o desejo de construir um futuro melhor, com pequenas atitudes e ações concretas, multiplicadas através da educação, tais como: respeitar o “outro”, não sujar a rua, não desperdiçar água, plantar árvores, distribuir sorrisos... Isso depende de cada um de nós. Se assim quisermos, assim será. Que assim seja.
A UNIVALE simboliza a concentração em um só espaço de importantes instituições de ensino que foram sendo criadas e que mudaram o cenário da educação na cidade
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Tributo a Governador Valadares omo valadarense de coração, sinto um orgulho imensurável em discorrer sobre as riquezas natas que esta cidade possui e as oportunidades de lazer que ela oferece aos seus habitantes e visitantes. Relatar as potencialidades que Valadares possui é assunto inesgotável. Comecemos em primeira instância com o majestoso e apaixonante pico da Ibituruna – cobiçado por pilotos do mundo inteiro para a prática de voo livre, parapente e outros esportes radicais. Além da riqueza admirável de sua flora, fauna, chácaras e resorts. Sem se esquecer que temos as termas ideais para a realização, com sucesso, desses esportes. À sombra da Ibituruna se destaca o insigne Rio Doce. Segundo alguns historiadores, a origem deste nome é devido ao fato de se encontrar água doce a seis milhas da Costa. Rasgando a cidade ao meio, com sua enorme extensão e seus inúmeros afluentes, o Rio Doce já foi palco de grandes navegações, pesca em abundância, cenário de filmes, temas de músicas apaixonadas e saudosistas, além do romantismo que a sua margem oferece aos amantes da natureza. A sua posição privilegiada é destaque no cartão-postal da cidade. Margeando o Rio Doce está a bela Açucareira, com a sua torre esguia, que pode ser vista
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de uma longa distância. Sabemos que nos meados de 1950 a Açucareira contribuiu enormemente para o enriquecimento desta cidade. Hoje, ela é tombada pelo Patrimônio Histórico como Espaço Cultural. Ilustrando as riquezas desta cidade está o aeroporto Altino Machado, que leva e traz pessoas de negócios, gerando divisas para o município. Rota do progresso. Poderosas instituições de fé se destacam entre a sua população com o seu envolvimento cristão. Medianeiras entre o Ser Supremo e o Eu Pessoal. Distintas instituições educacionais comprometidas com a formação intelectual e social do cidadão. Retrato perfeito da filosofia do saber. Formosas praças e jardins esbanjam ostentação com suas plantas ornamentais, eletrizando seus frequentadores. O vistoso Estádio Mammoud Abbas e o Esporte Clube Democrata se destacam no meio esportivo e defendem a causa de que o esporte é um dos caminhos para que a juventude fique longe da marginalidade. Temos belos e modernos clubes posicionados em diversos pontos da cidade distribuindo lazer a todos. Com localização privilegiada está o Museu da Cidade – espaço cultural que nos oportuniza novos conhecimentos sobre o surgimento da cidade. O Centro Cultural Nelson Mandela, um colí-
rio para os olhos de quem ama livros e artes. Um espaço onde a dor e o sofrimento deram lugar ao voo literário, (antiga cadeia pública). O comércio, a agropecuária e as pedras preciosas também alavancam o crescimento desta cidade. Outra rota de progresso para a nossa cidade é Estrada de Ferro da Vale, que além de transportar minério de ferro, liga Valadares à capital mineira e à tão desejada praia capixaba, em Vitória (ES). Sonho de consumo de muitos valadarenses. Mas Valadares não possui somente esses atrativos. Ela possui rádios, jornais, canais de televisão, grupos de teatro, a Associação dos Artistas Plásticos, a Banda Lira Trinta de Janeiro, a Orquestra Filarmônica de Valadares, o Teatro Atiaia, o GV Folia, o GV Shopping e a Academia Valadarense de Letras, cujos imortais contribuem para a expansão da literatura além-fronteiras, através da Revista Suindara. Além de sua história e tradição dos seus pontos culminantes, Valadares ufana em ter um povo hospitaleiro e afável. Acredito que até aqui eu não citei nada de novo, pois o mundo inteiro sabe disso. Mas o que eles não sabem é que aqui em Valadares existe uma “pedra preciosa” de altíssimo valor que não se encontra em lugar nenhum: “O povo valadarense”! Portanto, eu afirmo que o “Melhor” de Valadares é o “Valadarense”!
MARIA STELA de Oliveira Gomes. Escritora e membro da Academia Valadarense de Letras
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Sindicomércio e GV: uma história de superação e desafios
A FORÇA do comércio vem de vários setores e o turismo é um deles, que sempre impulsionou a rede hoteleira da cidade desde a emancipação da então Figueira do Rio Doce
Hoje Governador Valadares comemora 80 anos. Popularmente conhecida como a Princesinha do Vale, a cidade chama atenção pelas belezas naturais; ruas amplas e arborizadas; pelo povo alegre e acolhedor, que nem mesmo as altas temperaturas são capazes de desanimar àquele que por aqui vive ou está a passeio. A cidade é referência nacionalmente pelo imponente pico da Ibituruna, elevação montanhosa, que com seus 1.123 metros de altitude, proporciona um ambiente favorável à prática de Voo Livre, sendo palco de campeonatos nacionais e internacionais. Regionalmente, Valadares é destaque como Polo Comercial, graças ao significativo fluxo comercial concentrado no centro da cidade com opções diversificadas para todos os bolsos e gostos, sem contar no relevante movimento que há nos bairros Jardim Pérola, Santa Rita e Vila Isa, no Mercado Municipal, inaugurado na década de 40 e reestruturado em 2007, e no GV Shopping, inaugurado no ano de 1999. Atualmente, a cidade é referência no Comércio e na prestação de Serviços, representando juntos, 64,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e responsável por gerar cerca de 40.690 postos de trabalho, o que demonstra o impacto desses setores na economia local. À medida que o Município vem se desenvolvendo, naturalmente, a forma de se fazer negócio vem acompanhando, objetivando atender às exigências dos consumidores. No entanto, ao longo desses anos, não apenas os clientes ditaram as tendências, mas até os próprios empresários. No ano de 1979, um grupo de empresários visionários sentiu a necessidade de fundar uma entidade que pudesse representar com legitimidade, defender e fomentar o comércio local, resultando, então, na criação do Sindicato do Comércio de Governador Valadares, intitulado na ocasião como Sindicom, hoje, chamado de Sindicomércio. Esse grupo era formado por diversos empresários, porém, alguns deles tomaram à frente e tornaram-se os membros fundadores. São eles: Nilson Persiano Schamache, Hercílio Araújo Diniz, Célio Coutinho, Sebastião Monteiro dos Reis, Alberto Mirahí, Turíbio Coelho Leal, Irany de Paula Vargas, Santana Pinto Sobrinho, Célio Rodrigues Coelho, Waldeck Martins, Geraldo Alberto da Silva, Elifas Levi de Assis, Geraldo Alberto da Silva, Silvério Chaves e Adaílson Cunha de Magalhães.
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39 anos de entidade Valadares comemora oito décadas de emancipação e desse total, o Sindicato do Comércio vem dando a sua contribuição há 39 anos, praticamente metade desta história. “Essa trajetória carrega muitas lutas e conquistas, graças ao trabalho dedicado de todos, inclusive, dos gestores que me sucederam. Atualmente, o Sindicomércio representa cerca de 15 mil empresas e para isso contamos com um time capacitado tecnicamente para atender as demandas dos nossos representados”, destaca o presidente da entidade, Hercílio Araújo Diniz Filho. Em 1979, essa representação limitava-se ao Comércio Varejista. Porém, em 2014, o Ministério do Trabalho concedeu à entidade a responsabilidade e privilégio de representar o Comércio Atacadista de Bens e Serviços. Na prática, o presidente da entidade pontua que isso significa lutar pelos direitos dos empresários dessas atividades in loco, sem precisar recorrer às entidades sindicais da capital, ou seja, mais personalização das demandas e anseios locais. Ao longo da história, a entidade obteve inúmeras conquistas para Governador Valadares, dentre elas, o equilíbrio nas negociações coletivas de trabalho, conquistada com muito respeito junto às entidades laborais, sempre sincronizada à situação econômica local, estadual e nacional. Lutar pela longevidade das empresas sempre esteve no pilar da atuação do Sindicomércio. Para isso, o presidente Hercílio chama atenção para a importância da orientação que é repassada aos empresários nas diversas áreas jurídicas, administrativas e tributárias, colaborando, inclusive, para a redução do passível trabalhista. Através do Sistema Fecomércio-MG, Sesc e Senac, a entidade tem o seu leque de atuação ampliado, podendo oferecer ao empresário capacitações diversas focadas nas necessidades do mercado, descontos em cursos básicos, técnicos e de pós-graduação, descontos em atividades de lazer, esporte, educação, cultura e saúde, dando a sua colaboração social ao Município de Governador Valadares. O presidente destaca que em 2017, o Sindicomércio realizou a Campanha do Agasalho e em parceria com o Sesc, trouxe a Carreta OdontoSesc, que realizou 357 consultas e 20.453 procedimentos gratuitos na área Odontológica; MedSesc Oftalmologia, com 600 atendimentos na área oftalmológica e ainda o Minas ao Luar, atração cultural com músicas de raiz. “Além disso, a entidade realiza campanhas solidárias junto às empresas locais. No ano passado, lançamos a nossa Campanha do Agasalho e foi um sucesso. Tivemos cerca de 7 mil doações e este ano, a expectativa, é que o número aumente ainda mais”. Dentre os principais projetos para este ano, o presidente Hercílio destaca a extensão de base territorial, que já está em andamento com o objetivo de representar as empresas localizadas e a criação de um programa de capacitação focada no atendimento ao cliente, afinal, se o comércio da cidade é fervoroso, é graças aos consumidores valadarenses. “É por eles e para eles que devemos buscar cada vez mais a atualização dos empresários e seus colaboradores. Por isso, nestes 80 anos de Valadares, só temos que agradecer a cada valadarense que aqui reside e nos ajuda a construir uma cidade de oportunidades e melhor de se viver”, finaliza o presidente.
HERCÍLIO DINIZ preside o Sindicomércio que representa cerca de 15 mil empresas da cidade
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ACE ajudou a escrever a história de Valadares
A história da cidade e da Associação Comercial e Empresarial (ACE-GV) em muitos momentos se misturam, porque nestes 80 anos de Valadares e 79 anos da Associação Comercial, decisões importantes para o crescimento e o desenvolvimento sustentável da Princesa do Vale foram tomadas nas dependências da entidade, por empresários que fincaram raízes aqui, escolheram esta terra quente para viver e fazer dar frutos às árvores que eles decidiram plantar e cuidar. Desde Manoel Byrro, primeiro presidente em 1939, os problemas e as prioridades não mudaram muito, apenas foram se adaptando aos rumos do desenvolvimento regional, que fez desta cidade, fincada nos Sertões do Rio Doce, um polo regional de comércio, saúde e educação. Naquela época, o idealizador da Associação Comercial, Justino Carlos da Conceição Júnior, liderou uma comissão para levar ao prefeito Moacyr Palleta um pedido de solução para os problemas de energia, transportes e infraestrutura urbana e, já naquela época, a desunião política prejudicou a cidade, uma realidade que ainda assistimos nos dias de hoje, mas que precisa mudar. Todas as diretorias que passaram pela entidade assumiram lutas políticas importantes para o desenvolvimento. Foi ao longo da história da Associação Comercial, em suas reuniões registradas em ata, como conta o historiador Haruf Salmen, no livro “Associação Comercial de Governador Valadares – Sessenta anos de história”, que foi criado o DIÁRIO DO RIO DOCE, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a Usina de Tron-
queiras (que resolveu o problema energético da época), a Companhia Telefônica de Governador Valadares (CTGV), o Distrito Industrial, o asfaltamento da Rio-Bahia e a AC Credi, entre outras lutas importantes que ainda não foram resolvidas e que vêm sendo travadas desde o início, como a necessidade de um Porto Seco, novas linhas aéreas e o Fórum de Desenvolvimento iniciado ainda em 1954. Hoje, 79 anos depois, a atual diretoria, liderada pelo empresário Jackson Lemos, tem algumas bandeiras que esperam ver colocadas em prática, para continuar escrevendo a história da entidade, em prol do desenvolvimento de Governador Valadares. Na pauta estão temas como aprovar no Senado, sem ressalvas, depois da vitória na Câmara Federal, a inclusão da cidade na área da Sudene, o que vai possibilitar o desenvolvimento econômico e financeiro do município e da região, porque teremos incentivos fiscais reais para atrair novas indústrias para a cidade, movimentando o setor de transformação já instalado e o que ainda pode vir a se instalar. A questão da energia, um problema enfrentado desde 1939, que foi sendo resolvido e que se reconfigurou com o crescimento, agora tem uma luta pela energia limpa e sustentável. A atual diretoria vem articulando a construção de uma Usina Fotovoltaica, modelo que já é sucesso em outras cidades e que pode se tornar realidade em Valadares, com a união dos empresários que têm demanda na área e que sofrem com os altos preços da energia elétrica no país.
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PORTO SECO, uma causa da ACE-GV O Porto Seco, uma causa abraçada pela Associação Comercial desde 1971 como possibilidade para a criação de um corredor de exportação, torna-se cada vez mais atual e tem sido motivo de várias reuniões com a VLI, uma empresa especializada em logística, com quem a ACE-GV vem negociando a instalação de um terminal intermodal, para atender a indústria local, regional, estadual e nacional, que poderá usá-lo como um novo corredor para escoamento da produção ou abastecimento, recebendo cargas por meio da ferrovia ou das rodovias que cortam a cidade. E, mais recentemente, iniciou junto ao presidente da República, com o apoio do vice-presidente da Câmara Federal, deputado Fabinho Ramalho, a duplicação da BR-116 em Valadares, compreendendo a ponte do São Raimundo e uma parte do perímetro urbano da cidade, que não foi duplicada ainda. O processo começou com um pedido oficial ao presidente, que acenou com aprovação, para que seja feito pelo Dnit, que tem recursos disponíveis para o projeto executivo da obra de duplicação da ponte, considerada parte mais cara da obra. “Desde a minha posse estamos trabalhando em várias frentes como a Sudene, terminal intermodal, usina fotovoltaica, modernização do aeroporto e duplicação da ponte do São Raimundo, porque a Associação Comercial tem uma atuação política permanentemente, sem fazer distinção partidária. Trabalhamos desde sempre pelo desenvolvimento da cidade e neste cargo temos mais visibilidade e credibilidade para buscar as conquistas que a cidade precisa, tudo em união com as demais entidades irmãs. Não podemos mais deixar que, como aconteceu muitas vezes ao longo da história, as divergências político-partidárias e os interesses pessoais atrapalhem o desenvolvimento de Governador Valadares. Agora é a nossa hora e a nossa vez. Com 80 anos, a cidade está no caminho e praticamente pronta para crescer e se desenvolver de forma sustentável, sem voltar a perder como aconteceu quando acabaram os recursos naturais”, afirma Lemos, certo de que os próximos 80 anos serão de crescimento.
FOI EM uma reunião da Associação Comercial que foi criada a AC Credi, que hoje é uma das referências no setor cooperativo
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Polícia Militar garante a segurança e paz social da cidade Atuando com ações preventivas e repressivas, a Polícia Militar tem alcançado resultados positivos junto a população valadarense ponsabilidade de garantir a segurança e a paz social aos cidadãos, que por aqui fazem ou se fizeram presentes de alguma maneira. Atualmente, a 8ª RPM, sediada nesta cidade, atende o total de 58 municípios, e só em Valadares é responsável pelo policiamento em 13 distritos. Nesta cidade, a 8ª RPM ainda mantém como
unidades subordinadas, também sediadas no município, o Sexto Batalhão de Polícia Militar (6º BPM), unidade mais antiga na cidade, chegou em 22 de julho de 1952 e hoje está perto de completar 66 anos de existência no município; a Oitava Companhia PM Independente de Policiamento Especializado (8ª Cia Ind PE) e a Oitava Companhia PM Inde-
pendente de Meio Ambiente e Trânsito (8ª Cia PM Ind MAT), além de unidades apoiadoras como o Centro de Apoio Administrativo (CAA-8), a Gerência Regional de Saúde (GRS), o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), a Banda de Música e o Colégio Tiradentes (CTPM). Em todo o Estado de Minas Gerais, a Polícia Militar se faz
presente com diversas modalidades de policiamento, entre elas o policiamento ostensivo a pé, mais próximo da comunidade, o policiamento motorizado em viaturas de quatro rodas, motopatrulhas e bases comunitárias. Em Valadares não é diferente, pois a PM é bastante atuante em todas essas modalidades e tem alcançado resultados positivos junto a popu-
lação valadarense. A cidade também conta com o policiamento com cães, que é uma atividade especializada que auxilia na busca de pessoas desaparecidas, captura de foragidos, apreensão de drogas, controle de rebeliões e outras ocorrências, sendo os cães adestrados e monitorados pelos próprios policiais militares.
FOTOS: Assessoria de Imprensa 8ª RPM
Governador Valadares, prestes a completar seu octogésimo aniversário, não pode deixar de destacar os órgãos e instituições que fizeram história nesta amada cidade. Entre eles está a bissecular Polícia Militar de Minas Gerais, representada na cidade pela Oitava Região da Polícia Militar (8ª RPM), que durante todos estes anos sustenta a res-
O POLICIAMENTO ostensivo, com a presença dos policiais e viaturas nos diversos pontos da cidade, inibe a ação dos marginais dando mais sensação de segurança à população
46 FOTOS: Assessoria de Imprensa 8ª RPM
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Batalhão de Eventos garante a organização e a segurança do público
Em razão das diversas festividades que acontecem em vários períodos do ano, na cidade e região, a 8ª RPM também mantém à sua disposição o Batalhão de Eventos, que tem como missão principal a atuação preventiva e ou repressiva, isolada ou em conjunto com outras forças legais, em locais com grande aglomeração de pessoas, tais como shows artísticos, eventos desportivos, festas religiosas e similares. Governador Valadares também realiza o Policiamento Ambiental, que tem como missão zelar pelo meio ambiente e pelos recursos ambientais, protegendo a fauna e a flora, controlando a exploração florestal e a pesca predatória através de um trabalho preventivo e de fiscalizações. A Polícia Militar ainda atua na zona rural por meio das Patrulhas Rurais. Para manter a segurança nas rodovias, o Policiamento de Trânsito Rodoviário atua nas principais estradas de acesso ao município de Valadares, com destaque para a BR e MGC 259, BR e MGC 381, LMG 766 e outras estradas vicinais que dão acesso à cidade.
PROGRAMAS E PROJETOS Além de todo trabalho em garantir a segurança de toda a população, a Polícia Militar realiza diversos programas e projetos junto às crianças e jovens, o que pode ser constatado na mudança de comportamento em sala de aula, pelas notas escolares, e nos procedimentos em casa e em sociedade, onde passam a atuar com mais disciplina, respeito e autoconfiança, promovendo-os como cidadãos apoiadores da comunidade da qual fazem parte, garantindo, desta forma, uma interação entre a comunidade e Polícia Militar, num relacionamento de confiança. Entre os programas destaca-se o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas), que consiste num esforço cooperativo estabelecido entre a Polícia Militar, a escola e a família, com objetivo de desenvolver nos jovens estudantes habilidades que lhes permitam evitar influências negativas em questões afetas às drogas e violência, promovendo os fatores de proteção.
A BANDA de Música da 8ª RPM tem o carinho e admiração dos valadarenses e dos moradores das cidades da região onde ela se apresenta
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PROGRAMAS APROXIMAM A PM AO CIDADÃO Outro importante programa desenvolvido pela Polícia Militar é o Progea (Programa de Educação Ambiental), que iniciou na cidade no ano de 2007, tornando-se institucional em toda PMMG em 2015, sendo realizado atualmente em todo Estado de Minas Gerais. O programa tem como finalidade precípua, educar crianças a serem competentes e hábeis para a adoção de comportamentos sócio-ambientais que visem contribuir para a prevenção ambiental, a sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida, conhecendo e reconhe-
cendo o meio ambiente onde se encontram inseridas. Desenvolvido há mais de três anos, o Projeto “Conexão Dança” tem como atividades principais aulas de jazz e balé clássico, sendo voltado para crianças e adolescentes do sexo feminino. O projeto busca na dança a prática artística e atividade física, cultivando também valores como cidadania e apreço pela cultura, além de agregar a tarefa de acompanhar a criança em questões relacionadas à família, bem como a frequência e o rendimento escolar.
Já o Projeto Lutando Pela Paz foi criado em 2010 e visa atender crianças e adolescentes que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social, levando a eles a prática de modalidades esportivas, às quais servem não só como uma atividade física, mas, também, como uma ferramenta axiológica capaz de promover valores como cidadania, respeito e disciplina. São atendidos neste projeto cerca de 300 alunos (sexo feminino e masculino), com idade entre 6 e 18 anos incompletos, em horário extraescolar, inicialmente nas
modalidades capoeira, caratê e balé/dança. As aulas são ministradas por professores capacitados, todos voluntários, que atuam em duas companhias: uma na sede da Polícia Militar, no bairro São Raimundo, e outra na Escola Municipal Vereador Hamilton Teodoro (bairro Jardim do Trevo); esta com o apoio do Município, que cede o espaço físico. Os professores de caratê e de capoeira são policiais militares, que aplicam as aulas fora de seu horário de trabalho, o que se estende, também, aos acompa-
nhamentos dos alunos junto às famílias e à comunidade. Até 2017 as aulas de balé foram ministradas por uma policial militar, mas passaram a ser aplicadas por civis voluntários, sempre com acompanhamento de um militar, tendo em vista a disposição estatutária da associação, na qual há a parceria com a Polícia Militar para apoio e atuação nas atividades desenvolvidas. Além das aulas presenciais, o projeto oferece momentos culturais, de lazer e didáticos, como palestras (sobre saúde, cidadania e segurança)
e passeios a clubes recreativos, voltados para a valorização e contato com realidades fora dos padrões de vivência dos alunos. Todos esses trabalhos desenvolvidos são feitos em parceria com a Associação Lutando pela Paz. Considerando a grande demanda de escolas que procuram a instituição para participarem das atividades do projeto, principalmente devido à parceria com a Polícia Militar, a associação está aberta a receber voluntários que queiram partilhar seus conhecimentos com os jovens, em prol da Paz Social.
FOTOS: Assessoria de Imprensa 8ª RPM
O PROJETO Lutando Pela Paz visa atender crianças e adolescentes que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social, com ações esportivas como capoeira, caratê e balé/dança
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O futebol na história de Governador Valadares por TIM FILHO Especial 80 anos de Valadares
Nos 80 anos de Governador Valadares o futebol escreveu páginas gloriosas, com momentos bons e outros nem tantos, mas todos eles marcaram a história da cidade em várias épocas. A história começou em 1920, dez anos depois da inauguração da Estação Figueira, com a chegada do coletor de impostos Manso de Andrade, que trouxe para o distrito de Figueira bolas, chuteiras, meiões, calções e camisas. E o seu conhecimento sobre futebol serviu para orientar os moradores que não tinham referência alguma sobre esse esporte. Das orientações passadas por Manso de Andrade, no início do século passado, surgiram dois times: um alvinegro e outro rubronegro. Inicialmente eles não tinham nomes nem eram clubes, e se limitavam a um grupo de rapazes que aprendiam futebol num grande descampado que havia onde hoje está o Colégio Franciscano Imaculada Conceição.
Desses treinos nasceram o Flamengo Football Club, o Ibituruna Football Club e depois o Sport Club Democrata (assim mesmo, com essa grafia). Quando a cidade surgiu, em 1938, o Ibituruna já não existia mais, Flamengo e Democrata ainda eram os dois clubes que movimentavam a torcida valadarense. E dos dois surgiram vários outros clubes. Na década de 1940, o Democrata passou a dominar o cenário do futebol da cidade junto com o Clube Atlético Pastoril, fundado em 1946 para ser um clube não apenas de futebol mas com outras modalidades esportivas, como o atletismo, por exemplo, e com o objetivo de congregar todos os funcionários da Companhia AgroPastoril. Mas foi no futebol que o Pastoril viveu suas glórias, jogando amistosamente contra grandes clubes brasileiros, como Vasco, Flamengo, Botafogo, São Paulo e outros, fazendo a festa da torcida no estádio Armando Vieira, que localizava onde hoje está o bairro São Pedro. As proezas do Pastoril e do
Democrata nesses anos, até 1960, são sempre lembradas pelos “boleiros” de outrora, em muitas histórias já contadas. Jogadores como Valtinho Melo, Chico Duro, Jota, Bitaca, Lício, Carioca, e outras dezenas são sempre lembrados. Pastoril e Democrata eram rivais e tinham as maiores torcidas.
SURGE O AMADOR Mas a história do futebol na cidade não se limita à rivalidade entre Democrata e Pastoril, como sugere as conversas dos antigos boleiros. Nos anos 1960, quando a cidade contabilizava uma população próxima de 100 mil habitantes, a prática do futebol avançou para as periferias e aí surgiram vários outros times amadores, que protagonizavam duelos memoráveis. Luiz Alves Lopes, o Luizinho, ex-atleta do Democrata, lembra que nesse avanço, os campos de futebol eram cercados por cordas, que faziam um cordão de isolamento para separar a torcida do campo de jogo. Recorda que quando che-
O SAUDOSO Etiene Antonio Monteiro em uma de suas memoráveis defesas pelo Coopevale gou a Valadares, no início da década de 1960, assistiu a uma decisão memorável do campeonato de futebol amador, no campo de futebol que ficava na Avenida JK, onde hoje está o Senac e o Sesi. “Lembro que o árbitro da partida estava ves-
tindo uma calça e com as duas sandálias, desse modelo das havaianas, dentro dos bolsos”, disse Luizinho, que via nessa precariedade algo fantástico, ligado à dignidade das pessoas, que, segundo ele, eram movidas pela vontade de se
envolver com o esporte mais popular do Brasil e contribuir para o crescimento da cidade. Dentre essas pessoas ele cita o ex-prefeito de Governador Valadares, Sebastião Mendes Barros, conhecidos de todos como “Barrão”.
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FUTEBOL MIGRA PARA OS BAIRROS À medida que a cidade ia crescendo, os times iam surgindo em vários pontos da cidade. Onde hoje está a Igreja Católica da Ilha era o campo de um clube chamado Aparecida. O Bangu jogava no campo onde hoje é a Escola Padre Eulálio Lafuente, antigo Teotônio Vilela. O Esporte Clube Rio Doce, em seu campo dentro do pátio da Vale, pertinho de onde se localiza hoje o GV Shopping. No bairro São Raimundo, onde se localiza o antigo Centro de Bairros (atualmente ocupada pelo Corpo de Bombeiros), era o campo do Ibituruna, “o time da pedra forte”, como costuma dizer o ex-craque Luizinho. Ibituruna e Vila Isa eram os rivais da região localizada do outro lado da ponte. Os jogos entre as duas equipes movimentavam as torcidas dos dois bairros. O professor de educação física Luís Neves diz que uma pesquisa mais detalhada sobre os clubes que já existiram (ou existem) no futebol amador da cidade, vai resultar em uma bela narrativa sobre a história de cada bairro e de Governador Valadares. “Internacional, Santa Helena, Coopevale, Rio Doce, União de Santa Rita e tantos outros, são clubes que nos proporcionam uma viagem pelo túnel do tempo e na sociologia do futebol”, diz Luís Neves, que jogou no Democrata e na Ferroviária (antigo Rio Doce) nas categorias de base. Saudoso dos velhos tempos, ele diz que um futebol amador forte influencia diretamente no futebol profissional da cidade. Lembra que
grandes jogadores que atuaram pelo Democrata vieram do futebol amador, e cita os irmãos Celinho e Nei Bala, Wildmark (Marquinhos), Mateus, Pagani, Juvenal e tantos outros. Nessa perspectiva histórica, traçada pelos clubes amadores já extintos, o professor Hadson Santiago destaca o Cruzeiro Esporte Clube, o “Cruzeirinho da Avenida Brasil”, primeiro campeão da cidade, em 1948, 70 anos atrás. Democratense, Santiago também destaca o Democrata, que, na sua opinião, é o grande clube de futebol da história de Valadares. “O mérito do Democrata é ter se profissionalizado em 1964, e durante vários anos ter mantido dois times: um profissional e outro amador”, lembra. Cruzeiro, Coopevale, Rio Doce, Vila Isa, Democrata e Pastoril, para ele, são os expoentes da história do futebol amador de Governador Valadares, embora reconheça a importância de clubes como o Everest, Bangu, América Valadarense e outros que surgiram anos depois. NOVOS TEMPOS No ano das comemorações dos 80 anos de Governador Valadares, lembrar a evolução do futebol na cidade e falar das suas contribuições históricas é importante, mas o ostracismo no qual o futebol amador caiu nos últimos anos, precisa ser discutido e solucionado. O professor de educação física Walber Cota, que foi atleta profissional de sucesso (começou na escolinha
A TORCIDA valadarense saúda os jogadores do Botafogo do Rio de Janeiro em um dos grandes jogos realizados na época
do Coopevale), com carreira vitoriosa no Democrata e em outros clubes brasileiros, disse que um primeiro passo já foi dado, com a realização do Campeonato Amador 2017, com participação de 22 equipes, realizado pela Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Juventude (SMCEL). “Com o impedimento da Liga de Futebol Amador para realizar a competição, a iniciativa da Prefeitura, por meio da SMCEL, foi de extrema importância”, disse Walber Cota, lembrando que a mesma secretaria também assumiu a realização do Torneio Distrital.
Para ele, a Liga, a SMCEL e os dirigentes dos clubes amadores precisam sentar à mesma mesa e discutir um calendário para termos futebol o ano todo. Esse entendimento entre os líderes do futebol amador proposto por Walber Cotta é visto com bons olhos pelo presidente da Liga, Vilobaldo Barbosa Ramos, o Baiano, eleito no dia 9 de
janeiro. Ele disse que logo depois das comemorações do aniversário da cidade, vai participar de uma reunião na SMCEL para tratar da promoção do Campeonato Amador e outras competições amadoras. “A Liga não promove campeonato desde 2011, está em situação precária, mas a nossa meta é recuperar a entidade o mais rápido e voltar a pro-
mover competições”, disse. Resgatar os tempos áureos do futebol amador é algo impossível para o nosso tempo, lembra Walber Cotta. Para ele, os tempos são outros, tudo mudou, mas tem convicção que uma gestão responsável, feita de forma coletiva, vai contribuir para que o futebol escreva novas páginas gloriosas na história de Valadares.
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Esporte Clube Democrata:
Uma história de glória, desafio e superação Dentre todos os clubes do futebol amador de Governador Valadares, dois apenas se tornaram profissionais: o Clube Atlético Pastoril e o Esporte Clube Democrata. Pastoril não se sustentou no profissionalismo, mas o Democrata, desde 1964, se mantém na disputa dos campeonatos da Federação Mineira de Futebol e CBF, tendo participado, além do Campeonato Mineiro, de outros campeonatos promovidos pela CBF, como a Série B (1994-1995), Série C (2010), Copa do Brasil (1991-1995-2008). Mas o desafio maior da Pantera sempre esteve fora das quatro linhas. A gestão do clube sempre enfrentou problemas financeiros para manter o profissionalismo, desde os tempos do presidente José Mammoud Abbas, eternizado no nome do estádio Mamudão.
Zé Abbas, ou simplesmente “Seo Zé”, como era chamado pelos mais íntimos, no entanto, fazia coisas impensáveis nos dias de hoje, como vender ingressos para os jogos na rua, com um bloquinho de ingressos nas mãos. E enfrentava críticas severas por parte de torcedores e diretores oposicionistas. Mas isso não foi privilégio do “Seo Zé”. Todos os presidentes do Democrata foram vidraça, afinal, no futebol, o brasileiro é doutor em tudo, na escalação de um time e na gestão de um clube. Somase a isso o direito adquirido na lei do torcedor: “pagou ingresso, tem o direito de criticar”. Como o assunto é extenso e se refere a muitos anos passados, pensar o clube no presente é o melhor a se fazer. Pelo menos é o que diz o vice-presidente Edvaldo Filho, que se mostra confiante com os investimentos feitos na base.
“Reativamos as categorias de base e teremos reuniões na próxima semana para definir as participações do Democrata nos campeonatos Sub-17 e Sub-20, da Federação Mineira de Futebol. E vamos também nos reunir com a Prefeitura para termos aqui em Governador Valadares uma sede da Taça BH de Futebol Sub-17”, disse. No futebol profissional, Edvaldo Filho disse que a vinda de Fábio Leandro Barbosa para ocupar o cargo de diretor de futebol foi muito importante, pois ele, além de ser ex-atleta do Democrata, é empresário de futebol muito bem-sucedido no mercado asiático. “Todas as ações da diretoria de futebol são de amplo conhecimento de todas as outras diretorias, por meio de uma gestão participativa”, disse.
Edvaldo Filho também destaca a parceria feita com a Tanto Quanto Propaganda, empresa de Governador Valadares que vestiu a camisa do Democrata e viabilizou vários patrocínios para o Campeonato Mineiro Sicoob 2018. “Estes patrocínios podem ser vistos nos uniformes e nas placas de publicidade do estádio”, disse.
NOVA GESTÃO Desde o dia 1º de dezembro de 2017 o Democrata tem um novo presidente, o advogado Eustáquio de Magalhães Queiroz. Também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal, em novembro de 2017. “O nosso processo eleitoral foi totalmente realizado de acordo com as determinações do Estatuto Social”, disse Edvaldo Filho, lembrando que hoje o Democrata tem em sua diretoria democratenses que vivem intensamente o clube, seja nas arquibancadas ou no dia a dia administrativo.
HINO ESPORTE C LU B E D E M O C RATA Esporte Clube Democrata És uma equipe de grande tradição Pantera de sangue alvinegro A tua força faz tremer qualquer leão Democrata sinônimo de luta Força, coragem e esplendor Pantera, teu lema é a vitória Teus dias são de glória, de raça e amor És o orgulho do Vale do Rio Doce Tua camisa é a imagem do poder O teu passado reflete no presente Um futuro que haveremos de vencer Se acaso a derrota acontecer Não vai ser nada, iremos prosseguir O que importa é a nossa união Porque unidos a vitória há de vir Esporte Clube Democrata O teu nome exprime liberdade És a esperança de tantos corações Alvinegros que te amam de verdade Democrata és o grito de um povo Uma união cujo lema é vencer Vamos, Pantera, nada temos a temer Nós somos brasileiros, Democrata até morrer.
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Edição Especial 80 anos Governador Valadares G o v e r n a d o r Va l a d a r e s , t e r ç a - f e i r a , 3 0 d e j a n e i r o d e 2 0 1 8
DIÁRIO DO RIO DOCE
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Resumo das novelas
Record – 20h30 Nicanor chantageia César (foto) dizendo que contará onde está Samael, mas em troca quer saber um segredo do policial.
Benjamin está com Guto e Bruno fazendo uma varredura no computador. Aparece um arquivo que Benjamin diz ser um vírus muito poderoso. Ele pergunta para Guto quem o enviou o arquivo e ele diz que recebeu de um amigo. Benjamin investiga no computador e descobre numa rede social o nome Wallace Ferreira. Bruno o reconhece e revela que é o filho da Esmirna. Wallace conta toda a verdade para
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sua mãe e diz que seu irmão Robinson também está envolvido na história. Wallace se diz muito arrependido. Esmirna pede que Wallace se entregue para a polícia e devolva o dinheiro. Na casa de Ricardo, o leilão continua quando o leiloeiro apresenta a última peça: o colar de diamantes de Débora. Débora fica irritada, mas Ricardo diz que dará outro para ela e Adriano diz que não sabia de nada.
PROGRAMAÇÃO: 25/1/18 a 31/1/18 (Quinta a Quarta-feira) VIVA - A VIDA É UMA FESTA Livre / 1h45 / Dublado Horário: 14h50 FALA SÉRIO, MÃE! 10 anos / 1h20 / Nacional Horário: 16h50 SOBRENATURAL - A ÚLTIMA CHAVE 14 anos / 1h43 Horário: 18h50 / Legendado Horário: 20h50 / Dublado O TOURO FERDINANDO 3D Livre / 1h48 / Dublado Horários: 14h20 - 16h25 JUMANJI - BEM VINDO A SELVA 3D 12 anos / 1h59 / Dublado Horários: 18h30 - 20h45
Globo – 17h30
Globo – 18h Celina incentiva Pepito a comprar um vestido novo para Balbina. Lucerne avisa a José Augusto que enviará uma pessoa para pegar o cheque com a doação para o orfanato. Maria Vitória comenta com Celeste sobre o estranho comportamento do pai. Vicente convence Edgar a continuar no Rio de Janeiro até o seu casamento. Eunice procura Reinaldo. Lucinda vai à pensão de Nicota. Gilberte sugere que Albertine vá pegar o cheque com José Augusto, e Lucerne gosta da ideia. Lucinda manda fazer um vestido para ir ao casamento de Maria Vitória. Vasco comenta com Inácio que as terras onde os camponeses estavam não são mais de Sebastião. Tereza vê Delfina escondendo um documento na escrivaninha. Inácio questiona Padre João sobre a possibilidade de anular seu casamento com Lucinda.
Keyla vê que K2 não revelou a verdade para Tato. Benê não sabe que roupa vestir no jantar com os pais de Guto e pede ajuda a Keyla. Ellen descobre que Jota contou para todos sobre o namoro deles. Edgar ouve Malu falar com um possível investidor. Felipe percebe a tensão de MB e decide conversar com ele. K2 finge passar mal, e K1 a repreende por conti-
Globo – 19h00 Catarina reconhece a audácia de Amália em entrar no castelo e deixa claro que julgará o caso de Afonso sem privilégios. Afonso promete a Elias que encontrará o filho do presidiário. Elias morre antes de o médico chegar. Osiel prende Brice. Antes de ser colocada na masmorra, ela lança um feitiço em Rodolfo e Petrônio. Catarina é surpreendida pela chegada de Augusto ao castelo. Augusto repreende Catarina por ter mantido Afonso encarcerado. Augusto pede perdão a Afonso e manda Demétrio expulsar Tirso de seu exército. Orlando sente que Petrônio esconde algo quando pergunta sobre o jantar com Rodolfo. Orlando presume que Rodolfo tenha sido enfeitiçado por Brice. Demétrio confronta Constantino e avisa saber que ele mantém encontros furtivos com Catarina.
nuar mentindo. Tato e K1 levam K2 para falar com Dóris, e a diretora decide levar a menina ao posto de saúde. Keyla tenta tranquilizar Tato. Clara comunica a Fio que seu pai precisa de um dançarino para um comercial. JM tenta seduzir Malu. Tina ajuda Benê a planejar o jantar com os pais de Guto. K2 é levada para fazer ultrassonografia.
Globo – 21h Clara repreende Adriana por não querer perdoar Elizabeth, e Patrick tenta consolar a advogada. Elizabeth explica sua história para Clara e Patrick. Gael não consegue conversar com Aura sobre Clara. Laura desabafa com Rafael e admite que não gostou da primeira noite dos dois juntos. Leandra atende o sócio misterioso. A assistente social vai à casa de Sophia e conversa com Tomaz. Clara recebe a assistente social em sua casa. Caetana sugere que Leandra apareça no bordel de madrugada para fechar o caixa da noite. Norival chega a Pedra Santa, e Zildete diz para Rato não procurar por Leandra nos próximos dias. Mercedes tem um mau pressentimento e comenta com Josafá. Adriana se declara para Patrick. Clara incentiva Elizabeth a sair com Renan.
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53 G o v e r n a d o r Va l a d a r e s , t e r ç a - f e i r a , 3 0 d e j a n e i r o d e 2 0 1 8
Mano analisa fase artilheira de Rafinha e pede que time explore momento do meia JOGADOR TEM QUATRO GOLS MARCADOS NAS QUATRO PRIMEIRAS RODADAS DO CAMPEONATO MINEIRO
Oswaldo cogita mudar planejamento e garante time melhor na Copa do Brasil APÓS DERROTA PARA O VILLA NOVA, NO MEIO DA ÚLTIMA SEMANA, TÉCNICO DO ATLÉTICO REAFIRMOU FOCO NO PLANEJAMENTO DE ALTERNAR TITULARES E RESERVAS; APÓS TROPEÇO EM CASA, DISCURSO MUDOU Dois tropeços seguidos foram suficientes para Oswaldo de Oliveira, técnico do Atlético, começar a repensar o planejamento que montou para os primeiros jogos do time no ano. No meio de semana, em Nova Lima, com os reservas, derrota para o Villa Nova. No fim de semana, em casa, com os titulares, empate com o Patrocinense. A ideia do treinador era alternar o time titular com o reserva nas primeiras partidas da temporada. Segundo o que foi planejado, a tendência para o próximo jogo, contra a URT, era de uma escalação com suplentes. Com os recentes tropeços, Oswaldo pode repensar. - Independentemente dos resultados, estou levando em consideração o comportamento em equipe. Gostei muito dos dois primeiros jogos (contra Boa e Democrata). Já não gostei tanto dos dois últimos: a derrota para o Villa Nova e o empate (com o Patrocinense). É lógico que vamos precisar revigorar a equipe para vencer também no Campeonato Mineiro. Se perde tudo, não tem planejamento. O planejamento acontece, mas tem que ser recheado com o comportamento da equipe. Vou analisar durante a semana de trabalho e ver o que posso fazer. Pode
do para o duelo contra a URT, às 19h30 (de Brasília) do próximo domingo, no Estádio Zama Maciel, em Patos de Minas. FOCO DIVIDIDO
ter alteração? Claro que sim. Todo planejamento pode sofrer alterações. Nos dois jogos que mandou o time reserva a campo, a escalação teve Vic-
tor, Patric, Matheus Mancini, Bremer e Danilo; Yago, Gustavo Blanco, Valdívia, Hyuri e Erik; Carlos. Tudo indica, portanto, que esse time seja modifica-
Se por um lado o Galo precisa vencer a URT fora de casa, por outro precisa se preocupar com a questão física dos principaias jogadores, já que o duelo no estadual é três dias antes do primeiro compromisso do time na Copa do Brasil, contra o Atlético-AC, no Acre. Cabe ao treinador, portanto, a missão de escalar uma equipe forte para buscar pontos em Patos, mas sem prejudicar a preparação dos jogadores para o jogo único contra o xará acreano quando o Atlético precisa de um empate para se classificar à próxima fase do torneio. Sobre a parte técnica e de desempenho da equipe, Oswaldo garante: o time vai estar melhor preparado na partida no Acre. - Tem que jogar, precisa jogar. Até lá, vamos ter um mês e três dias de preparação (desde o primeiro dia da prétemporada). É o suficiente pra equipe estar em um padrão muito melhor.
Fred desencantou contra o Tombense e foi o centro das atenções no Cruzeiro. Mas outro jogador também mereceu holofotes na vitória por 2 a 1, de virada. Rafinha voltou a balançar as redes, marcando o gol do triunfo. Foi o quarto dele em quatro rodadas do Campeonato Mineiro. Aproveitamento que surpreende o técnico Mano Menezes. - Ainda teve Rafinha, que vive esse momento extraordinário. Está sendo premiado com quatro gols em quatro rodadas, o que deixa a gente surpreso e de forma feliz. Rafinha se destaca no futebol brasileiro desde a reta final da temporada passada. O meia foi alvo de proposta do Vasco, recusada pelo Cruzeiro. Mano Menezes vê o jogador como peça importante. Mesmo aos 34 anos, é uma referência. - Hoje você constrói uma carreira mais longa. Vocês me perguntaram no início da temporada se o Cruzeiro não estava em uma faixa etária muito alta, e eu disse que hoje temos uma nova realidade. Com 30 e poucos anos, o jogador não é mais velho, tem seus cinco, seis anos dentro da década de 30. O Rafinha está entre esses jogadores. Futebol tem momento especiais. Como diz, o Thiago Neves, hoje temos que pegar a bola e enfiar no Rafinha, para aproveitar esse momento. Ele está fazendo gol para caramba. A gente não tem preferência. Quem fizer, sendo do Cruzeiro, está ótimo. CLÁSSICO Líder do Campeonato Mineiro, com 10 pontos, o Cruzeiro agora vai encarar o América, vice-líder com a mesma pontuação, mas saldo inferior ao da Raposa. Mano projeta o clássico, que, em 2018, será de Série A de Campeonato Brasileiro, uma vez que o Coelho alcançou na temporada passado o acesso à elite do futebol nacional. - A gente sabe que o América é um dos clubes mineiros na Série A. Vem fazendo no Campeonato Mineiro um início muito parecido com o nosso. Estamos com a mesma pontuação. Vai ser um grande clássico, que dará direito à liderança do campeonato. É importante termos uma semana cheia, isso vai dar oportunidade de fazermos algo que nas últimas não conseguimos. É ótimo, quem vai sair ganhando é o torcedor, porque certamente isso vai melhorar o desempenho do Cruzeiro no clássico.
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Governador Valadares, terça-feira, 30 de janeiro de 2018
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SARDOÁ/MG - Aviso de Licitação - Pregão Presencial Nº:002/2018 - O Município de Sardoá/MG, comunica que abrirá Pregão Presencial Nº:002/2018 tipo Menor Preço, cujo objeto é Registro de preços, consignado em ata, pelo prazo de 12 (doze) meses, para eventual contratação de empresa para recapagem de pneus pertencentes à frota da prefeitura municipal de Sardoá. A abertura será dia 19/02/2018 às 09h00, na sede da Prefeitura. Os interessados poderão retirar o edital e obter informações na Prefeitura, à Rua Padre Sady Rabelo, 121 - centro, nos dias úteis no horário de 08h00 às 16h00. Informações Tel/Fax: (33) 3296-1265. Email: licitapmisardoa@hotmail.com. Samara Maria Campos - Presidente da CPL
Prefeitura Municipal de Galiléia/MG - Aviso de Licitação - Processo Licitatório Nº10/2018 Pregão Presencial Nº 02/2018; Objeto: Contratação para Prestação de Serviços Funerários para atendimento ás pessoas carentes no Município de Galiléia MG, data da abertura 16/02/2018 às 08:30hs. Aquisição do edital na sede da Prefeitura Municipal de Galiléia, MG, email: licitacao@galileia.mg.gov.br, tel (33) 32441309. Galiléia MG, 23/01/2018. Phelipe Cosme Corgozinho Franco - Presidente CPL. Prefeitura Municipal de Galiléia/MG - Aviso de Licitação - Processo Licitatório Nº 14/2018 Pregão Presencial Nº 03/2018; Objeto: Contratação para Prestação de Serviços de Transporte Escolar no Município de Galiléia MG, data da abertura 16/02/2018 às 13hs. Aquisição do edital na sede da Prefeitura Municipal de Galiléia, MG, email: licitacao@galileia.mg.gov.br, tel (33) 32441309. Galiléia MG, 29/01/2018. Phelipe Cosme Corgozinho Franco - Presidente CPL.
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R. Belo Horizonte, 363 - Sl.106 - F: 3271-5358 - 9136-6582
DIÁRIO DO RIO DOCE REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE MINAS GERAIS CARTÓRIO DO HÉLIO Oficial Titular: Célio Vieira Quintão Av. Santos Dumont, 460 Lourdes 35032-460 - Governador Valadares - MG Faz saber que pretendem casar-se: 033527 - JOSÉ MARIANO MACHADO de nacionalidade brasileira, divorciado, servidor público estadual, nascido em 03 de abril de 1958, natural do município de Aimorés - MG, residente na Rua Quintiliano Costa, 106 CS A, bairro Lourdes, Governador Valadares-MG, filiação: MELQUÍADES MARIANO MACHADO e MARIA CÂNDIDA DE JESUS e a nubente OSILENE FERREIRA SENHORINHO de nacionalidade brasileira, divorciada, instrutora de trânsito, nascida em 15 de novembro de 1978, natural do município de Itabirinha de Mantena - MG, residente na Rua Quintiliano Costa, 106 CS A, bairro Lourdes, Governador Valadares-MG, filiação: FRANCISCO SENHORINHO NETO e EROTILDE FERREIRA SENHORINHO; 033528 - HÉLIO DE SOUZA MEIRELES de nacionalidade brasileira, divorciado, Policial militar, nascido em 15 de abril de 1971, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na Rua João Pereira Neves, 635, bairro São Cristovão, Governador Valadares-MG, filiação: JOAQUIM DE SOUZA MEIRELES e FRANCISCA LUÍZA DA SILVA e a nubente GRAZIELLE FORTES LIMA de nacionalidade brasileira, solteira, Gerente comercial, nascida em 15 de março de 1979, natural do município de ITAMBACURI - MG, residente na Rua João Pereira Neves, 635 CS, bairro São Cristovão, Governador Valadares-MG, filiação: FRANCISCO SOARES DE LIMA e ANETE ROSELI FORTES LIMA; 033529 - GUSTAVO QUINTINO BARBOSA de nacionalidade brasileira, solteiro, Funcionário público estadual, nascido em 18 de abril de 1991, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na Rua Dois, 193 CS, bairro JK ll, Governador Valadares-MG, filiação: ANTÔNIO JAYME BARBOSA VIEIRA e DARLENE QUINTINO NEIVA BARBOSA e a nubente ALINE COSTA FARIA de nacionalidade brasileira, solteira, Comerciária, nascida em 13 de maio de 1997, natural do município de GOVERNADOR VALADARES - MG, residente na Avenida Carandaí, 15 apº 401 - BL 27, bairro Vila Bretas, Governador Valadares-MG, filiação: ERLON MAGNO FARIA e MARIA DE LOURDES COSTA FARIA; 033530 - CLÁUDIO AGUIAR COELHO de nacionalidade brasileira, solteiro, motorista, nascido em 02 de maio de 1983, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na Rua Nova Lima, 301 CS A, bairro Jardim Pérola, Governador Valadares-MG, filiação: MAURO WANDERLEY AGUIAR DE LIMA e LÚCIA DE FÁTIMA COELHO AGUIAR e a nubente EMILIANE FLÔRES DA SILVA de nacionalidade brasileira, soltei-
CARGO: Consultor de Vendas PRINCIPAIS ATIVIDADES: Desenvolver atividade de prospecção e vendas de planos de saúdes na área de abrangência da Unimed GV. REQUISITOS MÍNIMOS: zEscolaridade: Ensino médio completo ou superior em curso; zHabilitação B e Veiculo Próprio; zHabilidade em Informática (Pacote office); zDesejável no mínimo 6 meses de experiência na área; zDisponibilidade de 44 horas semanais. OFERECE: Salário compatível com o cargo, excelente ambiente de trabalho, plano de saúde, plano odontológico, ticket alimentação, vale transporte, seguro de vida, dentre outros. IMPORTANTE: Os interessados gentileza entregar o currículo na recepção da Unimed GV, Rua Dom Pedro II, 435 Centro - Unimed até o dia 06/02/2018.
classificados ra, auxiliar administrativo, nascida em 23 de maio de 1985, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na Rua José Luiz Nogueira, 305, Aptº 808, bairro Centro, Governador Valadares-MG, filiação: NÉDIO ONÓRIO DA SILVA e SIRENITA FLÔRES DE AZÊREDO DA SILVA; 033531 - RODRIGO NUNES PINHO de nacionalidade brasileira, divorciado, auxiliar administrativo, nascido em 30 de maio de 1981, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na Rua Oto Nunes Coelho, 215, bairro Vila Bretas, Governador Valadares-MG, filiação: JOSÉ DE OLIVEIRA PINHO e NELCI DE OLIVEIRA NUNES PINHO e a nubente FLÁVIA VALERIANO DE MORAIS de nacionalidade brasileira, solteira, estudante, nascida em 03 de novembro de 1992, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na Rua Tupinambás, 533, bairro Carapina, Governador Valadares-MG, filiação: ELIVELTON PRUDÊNCIO DE MORAIS e EDMA VALERIANO PEREIRA; 033532 - FELIPE FERNANDES DOS SANTOS de nacionalidade brasileira, solteiro, AUXILIAR DE ELETRICISTA AUTOMOTIVO, nascido em 01 de abril de 1996, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na AVENIDA WASHINGTON LUIZ, 893, bairro SANTA RITA, Governador Valadares-MG, filiação: JOSÉ PAULO DOS SANTOS e DIVA FERNANDES DOS SANTOS e a nubente SAMANDA RODRIGUES XAVIER DOS SANTOS de nacionalidade brasileira, solteira, cabeleireira, nascida em 10 de março de 1997, natural do município de GOVERNADOR VALADARES - MG, residente na RUA BEIJAMIM RODRIGUES COELHO, 602, bairro SANTA RITA, Governador Valadares-MG, filiação: JOSÉ GERALDO RODRIGUES e MARTA APARECIDA XAVIER DOS SANTOS; 033533 - MATHEUS FELIPE RODRIGUES LIMA de nacionalidade brasileira, solteiro, frentista, nascido em 26 de junho de 1996, natural do município de Pescador - MG, residente na Rua Ouro Preto, 184, apt 101, bairro Jardim Pérola, Governador Valadares-MG, filiação: LUCIMAR RODRIGUES LIMA e a nubente MAÍRA CORDEIRO SOARES DE OLIVEIRA de nacionalidade brasileira, solteira, operadora de caixa, nascida em 14 de maio de 1997, natural do município de Governador Valadares - MG, residente na Rua Ouro Preto, 184, apt 101, bairro Jardim Pérola, Governador Valadares-MG, filiação: MÁRCIO CORDEIRO DE OLIVEIRA e MARIA DE LOURDES SOARES DA SILVA; Os contraentes apresentaram os documentos exigidos pelo art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, que os impeçam de se casar, que o faça na forma da Lei: Governador Valadares, 29/01/2018 CÉLIO VIEIRA QUINTÃO Oficial do Registro Civil
55 Governador Valadares, terça-feira, 30 de janeiro de 2018 PREFEITURA MUNICIPAL DE MATHIAS LOBATO, Extrato de Ata de Registro de Preços nº 04/2018, Pregão presencial para registro de preços n. 2/2018, do tipo menor preço item, objeto: registro de preços para futura e eventual aquisição de material de construção em geral para a Prefeitura Municipal de Mathias Lobato. A favor da Empresa Construfrei Eireli ME, CNPJ 21.317.584/0001-01, vencedor dos itens 01 a 365, totalizando um valor global de R$1.707.025,50. Assinatura da Ata em 29/01/2018. Validade da Ata - 12 meses. Valdir Batista Gonçalves - Prefeito Municipal.
56 Governador Valadares, terça-feira, 30 de janeiro de 2018
DRD Online divulga lista dos candidatos aprovados na 1ª chamada do Sisu A lista dos candidatos aprovados na primeira chamada do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) deste ano foi disponibilizada a partir das 9h desta segunda-feira (29). O MEC (Ministério da Educação) divulgou o resultado diretamente no site do Sisu. O leitor do DIÁRIO DO RIO DOCE pode conferir em sua versão online (www.drd.com.br) Os estudantes selecionados nesta etapa do processo têm entre os dias 30 de janeiro até 7 de fevereiro para efetuar a matrícula na instituição de ensino escolhida. Quem não estiver selecionado nesta fase do Sisu ainda poderá manifestar interesse para participar da lista de espera até o dia 7 de fevereiro. A convocação da lista de espera está prevista para acontecer no dia 9 de fevereiro. Nesta edição do Sisu estão ofertadas 239.716 vagas em 130 instituições de ensino de todo o País. A lista é composta por universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais. Entre os locais, aparecem 30 são instituições públicas estaduais: um centro universitário, sete faculdades e 22 universidades; 100 são públicas federais, com dois centros de educação tecnológica, uma faculdade, 36 institutos federais de educação, ciência e tecnologia e 61 universidades. O Sisu é o sistema do MEC onde instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a estudantes com base nas notas obtidas no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Todos aqueles estudantes que fizeram a prova no ano passado e não zeraram a redação podem concorrer a
Conflito entre detentos deixa 10 mortos em cadeia do Ceará A briga que começou por volta das 8h30 de ontem, dentro da cadeia pública de Itapajé, no interior do Ceará, resultou na morte de dez presos. Cerca de 113 presos cumprem pena na cadeia. A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará confirmou que os detentos iniciaram uma briga entre grupos rivais o que resultou nas mortes. Ainda segundo eles, policiais do município e agentes penitenciários do Grupo de Operações Regionais realizaram uma intervenção e controlaram a situação. O presidente do SINDESP-CE (Sindicato dos agentes e servidores do sistema penitenciário do Ceará), Valdemiro Barbosa, diz que o conflito é uma disputa entre as facções rivais CV e GDE. “É a mesma disputa que está acontecendo nos últimos dias e resultou na maior chacina do Ceará”, completa. O crime ocorreu dois dias depois da maior chacina do Estado do Ceará. Homens armados entraram em uma festa chamada Forró do Gago, no bairro Cajazeiras, na periferia de Fortaleza, e assassinaram 14 pessoas na madrugada de sábado (27). De acordo com a Polícia Militar, 10 pessoas ficaram feridas com a ocorrência - destas, cinco receberam alta durante a manhã de domingo (28). Segundo a assessoria do IJF (Instituto Dr. José Frota), os pacientes que foram liberados são três mulheres de 16, 17 e 23 anos, um rapaz de 16 anos e um menino de 12 anos. Quatro pessoas passaram por cirurgia e ainda seguem internadas no IJF: um homem de 24 anos e três mulheres, duas com 16 anos e uma com 19 anos. O estado de saúde deles é estável. Um homem de 24 anos segue hospitalizado em estado grave no Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o Frotinha Messejana. Há suspeita de que os assassinos pertençam a uma facção conhecida como GDE (Guardiões do Estado). Eles teriam ordem para matar membros do CV (Comando Vermelho), que seriam os organizadores da festa. Segundo moradores, o bairro é dominado por um acordo entre o CV e a FDN (Família do Norte).