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JUN/JUL/AGO
2014
Entrevista
Carlos Henrique Maçaneiro
Mens Sana
Tacadas de bem viver
CBC 2015
Melhores trabalhos científicos receberão inúmeras premiações
IV COMINCO
Novas abordagens em CMI
SBC
Sociedade Brasileira de Coluna
CRER oferece programa de treinamento avançado em cirurgia de coluna
editorial
informativo
Um momento importante Carlos Henrique Ribeiro
TRANSFORME SEU OLHAR EM INSPIRAÇÃO PARA NOVAS EXPERIÊNCIAS ENVIE SUA FOTO E FAÇA PARTE DO CALENDÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COLUNA REGULAMENTO: Disposições gerais: o Concurso de Fotografia SBC “Um Olhar sobre o Meio Ambiente”, promovido pela Sociedade Brasileira de Coluna, tem como objetivo incentivar a arte da fotografia oportunizando aos sócios a participação coletiva para a confecção do Calendário da SBC. O tema da primeira edição do Calendário SBC 2015 será o Meio Ambiente (paisagem, flora, fauna). A seleção das fotos levará em consideração critérios de beleza, originalidade e expressão. Cada sócio poderá participar com as suas melhores fotos com o tema Natureza. Serão aceitas apenas fotografias coloridas. Do material: os sócios deverão enviar as fotografias exclusivamente por e-mail até o dia 10 de outubro/2014. Endereço de e-mail para o envio das fotografias: coluna@coluna.com.br. Poderão ser enviadas somente fotos digitais. a) Devem ser enviadas em anexo no formato JPG, qualquer tamanho e formato, em 300 dpi de resolução. b) Cada arquivo deverá ser nomeado com a seguinte informação: nome do participante, local onde foi realizada a fotografia, título da foto. c) A técnica para criação das fotos é livre, podendo ser usados recursos complementares de lentes e filtros especiais, entre outros. Não serão aceitas fotografias que utilizarem recursos de software para melhorias e/ou alterações de imagens. d) Serão escolhidas 12 fotos para compor o Calendário SBC. Do julgamento: e) As imagens serão disponibilizadas no nosso site – www.coluna.com.br. As 12 mais votadas pelos sócios farão parte da primeira edição do Calendário SBC. f) A SBC reserva para si o direito incontestável de reproduzir as fotografias inscritas em seu material institucional, preservando os créditos do fotógrafo. Da premiação: as doze fotografias mais votadas serão ampliadas em papel (20X30) para os vencedores das obras favoritas.
Presidente da Sociedade Brasileira de Coluna
A busca pela excelência é o nosso Selo de Qualidade. Para que isso se concretize, a SBC está realizando ações concretas de valorização do ato médico em Coluna Vertebral, a fim de transformar a atual realidade num novo paradigma para a cirurgia de coluna no Brasil. Mas como conquistar a almejada excelência? Procurando o profissionalismo em cada ação, evitando atritos desnecessários com as fontes pagadoras e fortalecendo as ações da Sociedade. Nesse sentido, uma iniciativa recente da diretoria é a contratação de uma consultoria especializada que está ligada à UFMG/USP para atuar frente às questões do poder público, especialmente a ANS, facilitando tratativas e diminuindo conflitos e desgastes entre profissionais. Dessa forma, lutamos para que sejam incorporados novos códigos e novas tecnologias. Nesta primeira fase encontram-se os procedimentos X-Life, cirurgias endoscópicas, rizotomia/revisão, fixação lombopélvica e cifoplastia. Dando continuidade ao trabalho de crescimento com profissionalismo, introduzimos o planejamento ABACO, que é o mesmo da SRS (Scoliosis Research Society), como método para atingir nossas metas e desafios, que são dinâmicos e complexos. Outro fato não menos importante refere-se ao próximo Congresso Brasileiro de Coluna, onde o associado terá uma boa surpresa durante o CBC 2015, em Belo Horizonte, com uma iniciativa inédita da SBC voltada para a Responsabilidade Social. Em conjunto com a Revista Coluna/Columna, os trabalhos a ser apresentados no nosso Congresso serão publicados como forma de prestigiar e fortalecer a pesquisa nacional em cirurgia de coluna e – em parceria com o Congresso da Global Spine –, estaremos patrocinando os melhores trabalhos apresentados em Buenos Aires, oferecendo inscrição, estadia e transporte aos colegas premiados. Para 2015, a SBC proporcionará um Fellow, que em breve será anunciado aos sócios interessados em especialização. Já no campo da comunicação social, a diretoria, sob a coordenação dos sócios Alberto Gotfryd, André Andújar e Gustavo Carriço, está otimizando a atualização do site da SBC, que está em fase final. Os bons exemplos de participação colaborativa dos associados mostram que estamos no caminho certo.
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informativo
diretoria
SBC
Sociedade Brasileira de Coluna
Newsletter SBC: informação com agilidade
Conselho Diretor: Presidente: Dr. Carlos Henrique Ribeiro Vice-Presidente: Dr. Mauro dos Santos Volpi 1º Secretário: Dr. Marcelo Wajchenberg 2º Secretário: Dr. Aluízio Augusto Arantes Júnior 1º Tesoureiro: Dr. Alexandre Fogaça Cristante 2º Tesoureiro: Dr. Cristiano Magalhães Menezes Jornalista Responsável: Gilmara Gil – MTBRS 5439 e-mail: gilmara.gil@terra.com.br Coordenador Editorial: Dr. Eduardo Gil França Gomes e-mail: egfg@uol.com.br Revisão: Ane Sefrin Arduim anearduim@yahoo.com.br Editor: Dr. Sergio Zylbersztejn e-mail: sergiozyl@gmail.com Arte final e Editoração: Luciano Maciel Colaboram nesta edição: Cristiano Magalhães Menezes, Edson Pudles, Eduardo Gil, Walter L. Schumacher, Sérgio Zylbersztejn, Suzana Peres Diefenbach (jornalista), Roberto Santos (fotógrafo)
Mens Sana A visão de um ortopedista de coluna que escolheu o golfe como estilo de vida para curtir a natureza
Entrevista/8
Ex-presidente Carlos Henrique Maçaneiro fala sobre a importância da participação efetiva dos jovens sócios na Sociedade
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nesta e d i ç ã o
Periodicidade: Trimestral Impressão: Gráfica Pallotti
CBC 2015/10
Os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. Endereço: Sociedade Brasileira de Coluna – SBC Alameda Lorena, 1304 - sala 1406 CEP: 01424-001 - São Paulo - SP Telefax: (11) 3088.6615 e-mail: coluna@coluna.com.br www.coluna.com.br Secretária: Ana Maria Cella
Fale com o Informativo SBC enviando sugestões de assuntos para a próxima edição: coluna@coluna.com.br
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ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COLUNA
Expediente
Com o objetivo de manter os associados bem informados sobre assuntos da prática médica, a política de saúde e, principalmente, os fatos gerados pela Sociedade, a Diretoria criou um novo produto editorial: o Newsletter SBC, que desde abril é disponibilizado via web. O Newsletter veio para preencher uma lacuna na nossa Comunicação Social. A afirmação é do presidente Carlos Henrique Ribeiro, ao destacar a importância da informação no dia a dia do cirurgião de coluna. “Hoje é preciso acompanhar a velocidade da informação prestando um serviço ágil utilizando a ferramenta da internet para atualizar os nossos sócios, com ênfase na área da saúde em nível local, regional, nacional e internacional”, afirma Ribeiro. O editor de conteúdo é o neurocirurgião de coluna Marcelo Ferraz de Campos, de São Paulo. “Vivemos num mundo complexo e a informação se tornou uma ciência imprescindível para quem exerce a medicina. Aproveitem mais esse instrumento de interatividade que estamos disponibilizando aos sócios”, enfatiza Ferraz. Conforme o editor, a SBC está à disposição para receber sugestões de temas, como também opiniões, para que o newsletter cumpra o seu papel de bem informar. Marcelo Ferraz de Campos é preceptor do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Heliópolis (SP). Tem Mestrado em Ciências da Saúde e é pósgraduando – nível Doutorado – pela Faculdade de Medicina ABC. Presidente da Associação Paulista de Medicina (AMP-SBC/Diadema). O Newsletter SBC é semanal, enviado sempre às quartas-feiras aos associados.
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Comissão Organizadora divulga atrações e destaques da programação científica
Atendimento/12
COMINCO Técnicas de CMI na Coluna apresentam abordagens interessantes para os tratamentos cirúrgicos
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CRER é referência em atendimento hospitalar em cirurgia de coluna no Centro-Oeste
fórum
agenda
i n t e r a t i v o
opinião
informativo
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Lombociatalgia
XVIII Congresso da Sociedade Argentina de Patologia de Coluna
Comunicação sem ruído
Data: 02 a 04 de outubro Local: Sheraton Hotel, Córdoba (ARG) Realização: Sociedade Argentina de Patologia de Coluna Convidados do exterior: Randal Betz, José Manuel Casamtijana, Luis Ferraris, Gilles Norotte, Alexander Vaccaro, Luiz Vialle e Jean-Marc Vital Inscrição: info@martahaarriague.com.ar www.silaco.org/index.php?mod=eventos
nov/14 SICOT-CBOT 2014 XII SICOT TRIENNIAL 46º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia
Paciente: Masculino Idade: 30 anos Profissão: Religiosa Histórico: Lombalgia e ciatalgia há 60 dias refratária ao tratamento conservador Anamnese: Lombociatalgia há 60 dias sem melhora com o tratamento conservador. Apresenta déficit neurológico motor de raiz S1 à direita. Antecedentes: operado de hérnia de disco L5S1 centro lateral direito por vídeo cirurgia METRIX em janeiro/2002.
Episódios de lombalgia: • 2004 RM • 2008 • 2010 RM • 2011 (última crise) Exame físico atual em 2011: Lássegue bilateral Déficit motor de raiz S1 à direita Cite o exame padrão para detectar lesão do disco intervertebral Questões: Proponha um tratamento para essa patologia: • Conservador • Bloqueio • Disectomia • Disectomia + artrodese VP • Disectomia + artrodese VA e VP
Participe do fórum interativo. Veja mais imagens e envie sua resposta acessando www.coluna.com.br O caso clínico desta edição é uma colaboração do Dr. Sérgio Zylbersztejn, Professor Assistente de Ortopedia e Traumatologia – UFCSPA/ Departamento de Cirurgia Ortopedia e Traumatologia - Grupo Coluna Vertebral Ortopédica
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Data: 19 a 22 de novembro Local: Centro Convenções Sulamérica – Rio de Janeiro (RJ) Realização: Sociedade Internacional de Ortopedia e Traumatologia/Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Coordenadores Gerais: José Sérgio Franco (SICOT), Geraldo Motta (SBOT)
Curso Técnicas Modernas e Avanços em Cirurgia da Coluna Data: 28 e 29 de novembro Local: Hotel JP – Ribeirão Preto (SP) Realização: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) - Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor/ Sociedade Brasileira de Coluna Coordenador: Helton Defino Temas: Módulo 1: Tratamento da mielopatia cervical Módulo 2: Deformidades da coluna em crescimento Módulo 3: Artrodese intersomática anterior minimamente invasiva Módulo 4: Deformidades do adulto Módulo 5: Espondiolistese Módulo 6: Neurofisiologia intraoperatória Inscrições: http://bit.ly/1yYuEIP
Sergio Zylbersztejn Editor
“
Os hipócritas são aqueles que aplicam aos outros os padrões que se recusam a aceitar para si mesmos.
”
Noam Chomsky
Eis mais uma edição do nosso informativo da SBC. No decorrer das últimas edições, muita coisa mudou: as condições climáticas, o cenário da política, o PIB e novas tecnologias. Estamos em ritmo frenético de eleições para a escolha de presidente, senadores, governadores e deputados, onde cabe a nós o poder de decisões e, oxalá, mudar o rumo da Medicina em nossas mãos. A propósito, ser médico é mais fácil do que se imagina. O que atrapalha são os gestores da saúde desvinculados de nossa prática médica e visando cargos públicos e sem visão da real situação social da política de saúde. Somos, sim, engajados em ações sociais e influenciamos de modo positivo a nossa sociedade. Planos eleitoreiros de última hora servem tão somente para enfeitar o discurso que sabemos ser, na prática, outra tarefa. Nas questões sociais, somos todos doutores em resgatar a qualidade de vida de nossos pacientes. É urgente a necessidade de resgatar o significado da palavra grega “megalopsychos“, que significa “homem de alma grande” e, nesse sentido, Aristóteles foi um pensador único que buscava valorizar o sistema moral e de oportunizar pequenas ações que, juntas, nos transformam no ser humano pensante que somos: ouvir, escutar, prestar atenção e obedecer. A realização dessa premissa é que nos transforma na pessoa humilde que pode operar mudanças para o homem. Devemos, sim, minimizar o impacto de viver em uma torre de Babel em pleno século 21. No Brasil, temos duzentas línguas faladas. Cerca de cento e setenta são indígenas, e trinta ditas imigrantes, e ainda assim achamos que todos compreendem a mesma linguagem em um país continental. Ao exercer a Medicina, exercemos a capacidade de ouvir e a anamnese é um momento único em que é possível fornecer o mapa da melhora do nosso paciente. Freud, na Psicanálise, usou os seus conhecimentos médicos para valorizar a cura por meio da audição. Portanto, ouçam com clareza e sem ruídos o que o paciente tem a nos dizer. Aos políticos, cabe ouvir os clamores da sociedade e transformar os seus anseios em realidade. Já foi dito que escutar é uma profunda afirmação da humanidade do outro. Voltando ao Informativo, acompanhe a diversidade do conteúdo que está presente nesta edição, sempre focado na nossa prática em cirurgia da coluna, e permanece o nosso desejo de que os associados fotógrafos mostrem o seu olhar na natureza e tragam arte para a primeira edição do Calendário da SBC. Lembro ainda que é muito importante contar com a colaboração dos colegas enviando sugestões de pauta, casos clínicos para discussão no fórum interativo em nosso site, artigos e resenhas, além de entrevistas e histórias para a seção Mens Sana. Aos nossos sócios, aguardamos que nos apontem o caminho que gostariam de ver no seu Informativo. Estaremos ouvindo com a razão e o coração para programar novas ações para os nossos leitores. Boa leitura!
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entrevista
informativo
Foto: Acervo pessoal
Valorização da atuação local do sócio
Carlos Henrique Maçaneiro esteve à frente da SBC no período 2005-2006. Nascido em Joinville, Santa Catarina, o ortopedista de coluna foi graduado em Medicina em 1983 pela Universidade Católica do Paraná, e em 2003 concluiu Mestrado em Saúde e Meio Ambiente pela UNIVILLE, em Joinville. Em 1998 cursou o Visitorship Observing the Treatment of Pediatric and Adult Spinal Disorders, Twin Cities Spine Center, Minnesota (EUA), e o Internationally Recognized Spine Care, Minnesota Spine Center, University of Minnesota. Fez residência na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba (1985). É membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e é membro da NASS (North American Spine Society). Atua no IOT (Joinville) desde 1986. Um dos destaques da sua gestão foi a criação da primeira regional da Sociedade, instalada na região Centro-Oeste, em Goiânia. Outro ponto alto do trabalho da sua diretoria foi a fundação do Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva (CCMI). Para os novos sócios, o ex-presidente recomenda que o jovem cirurgião de coluna deva se interessar em fazer parte das Comissões e também se inteirar das dificuldades para o correto gerenciamento da SBC. “A participação efetiva junto à Sociedade é importante e o dinamismo do ‘sangue novo’ é imprescindível.”
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Foto: Divulgação SBOT
Informativo – Qual a motivação que o senhor teve para ser presidente da Sociedade Brasileira de Coluna? Carlos Henrique Maçaneiro – A oportunidade de ter sido sócio-fundador e de integrar a diretoria nas três gestões anteriores foram os fatores que impulsionaram e serviram de motivação para eu me envolver ainda mais com o Serviço de Cirurgia de Coluna (IOT/Joinville) e contribuir para o crescimento da Sociedade. A minha maior satisfação foi ter sido aclamado presidente por ocasião do IX Congresso Brasileiro da Coluna, em Fortaleza (CE). Informativo – Quais as realizações do seu mandato que ficaram marcadas na história da nossa sociedade? Maçaneiro – O trabalho da fundação da Regional CentroOeste/SBC, a criação do Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva (CCMI), além da divisão de responsabilidades com os colegas de Salvador na realização do X Congresso da SBC, na Costa do Sauipe (BA). Informativo – Como era a cirurgia de coluna naquela época e como é na atualidade? Maçaneiro – Da minha formação básica, no início dos anos 80, até os dias de hoje, tenho sentido evoluções importantes na cirurgia da coluna vertebral. Os instrumentais mais usados na minha fase inicial de formação eram as Hastes de Harrington, Luque e Ratângulo de Hartschill. Já no final da década de 80, as cirurgias de coluna sofreram profundas mudanças, com modificações técnicas (osteotomias, amplas correções de deformidades e a monitorização neurológica transoperatória), que foram de extrema importância para a evolução mais eficaz e segura nas cirurgias de coluna. Atualmente, a cirurgia minimamente invasiva, nas indicações precisas, tem colaborado de maneira definitiva na resultabilidade dos procedimentos na coluna vertebral. Informativo – Como o senhor avalia o momento atual da SBC? Maçaneiro – A Sociedade se encontra em um grande momento. As Comissões vêm atuando de maneira eficaz e os eventos científicos oficiais estão sendo promovidos em alto nível. Porém, no meu ponto de vista, temos que ter maior representatividade mediante as sociedades médicas soberanas (SBOT/SBN/CRM e CFM). Informativo – Que mensagem seria importante para o jovem cirurgião de coluna que ingressa na SBC? Maçaneiro – Ao jovem cirurgião de coluna sugiro que ao ingressar na Sociedade demonstre total interesse em fazer parte das Comissões e se inteire sobre as dificuldades para o correto gerenciamento da SBC. A sua participação efetiva junto à Sociedade é importante e o dinamismo do “sangue novo” é imprescindível.
Perfil Time do coração: Joinville Esporte Clube Comida preferida: Uma boa peixada. De preferência na praia, com os pés descalços. A maior virtude: Ser alegre, honesto e justo é obrigação. O pior defeito de alguém: Falsidade O que o emociona: O sorriso e a lágrima de um vencedor. Um hobby: Viagem de motocicleta e correr. Um lugar para viajar: Bemidji, Minnesota (EUA), nascente do Rio Mississipi. Música inesquecível: Sound of Silence (Simon & Garfunkel) Uma frase que marcou: “Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas, satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro.” (Dalai Lama) O que gostaria de ouvir de Deus quando chegar à porta do céu? Seja bem-vindo. Você cumpriu a sua missão.
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evento
informativo
Temas livres premiados serão destaques do CBC 2015 A comissão organizadora do XV Congresso Brasileiro de Coluna confirmou, até o momento, a presença de dez palestrantes do exterior. Os convidados são nomes expressivos da cirurgia de coluna como Alexander Vaccaro, da Jefferson University Hospitals, da Filadélfia (EUA); o canadense Steve Lewis, do Toronto Western Hospital; e o japonês Manabu Ito, do Hokkaido University Graduate School of Medicine, de Sapporo, Japão. O presidente do CBC 2015, Cristiano Menezes, anunciou que um dos pontos altos do programa científico será a premiação dos melhores temas livres. “Em reunião entre a diretoria da SBC e os editores-chefes da Revista Coluna ficou decidido que, além do volume com os anais do Congresso, a publicação ganhará um volume especial com a íntegra dos quinze melhores trabalhos apresentados no evento”, disse Menezes. O presidente da SBC, Carlos Henrique Ribeiro, esclarece que haverá uma premiação especial para os seis primeiros colocados. Numa parceria inédita entre a AOSpine e a Sociedade Brasileira de Coluna, os seis temas livres que mais se destacarem durante o CBC 2015 serão apresentados no Global Spine Congress, evento mundial da AOSpine que será realizado em maio de 2015, na Argentina, com direito à passagem e hospedagem
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pagas pela Sociedade Brasileira de Coluna. “Será uma oportunidade excelente de visibilidade internacional desses trabalhos”, afirma o dirigente. O coordenador da comissão de temas livres do XV Congresso Brasileiro de Coluna, Fernando Rolemberg Dantas, orienta sobre os critérios de avaliação dos temas livres. “A seleção dos trabalhos será feita de acordo com o formato da edição CBC 2013 , realizado no Costão do Santinho (SC), e as informações detalhadas estão disponíveis no site do Congresso (www.cbc2015.com.br)”, explica Dantas. Além das conferências internacionais, fazem parte da programação científica três cursos pré-congresso, nove inovadoras sessões coincidentes de temas livres e debates. Haverá também cinco mesas-redondas com um novo formato mais interativo, contando com a participação de dois moderadores cada uma, e quatro simpósios especiais cuidadosamente preparados pelas Sociedades parceiras participantes. A expectativa dos organizadores é que o evento reúna um público de 1,2 mil participantes entre ortopedistas e neurocirurgiões de coluna entre os dias 19 e 21 de abril de 2015, no EXPOMINAS, em Belo Horizonte (MG). O CBC 2015 é uma realização da Sociedade Brasileira de Coluna.
Serviço: Inscrições: As inscrições antecipadas podem ser feitas pelo site oficial. Os interessados podem conferir todas as informações sobre o evento incluindo programação, investimento e hospedagem, entre outros. Também será possível realizar a inscrição nos estandes do congresso no Eurospine, em Lyon; no NAAS, em San Francisco; além do Congresso Brasileiro de Neurocirurgia, que acontece em setembro em Curitiba, e no Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, que se realizará em novembro, no Rio de Janeiro. Hospedagem: A agência de turismo oficial do CBC 2015 é a Limatur Viagens e Turismo, e cinco hotéis conveniados já estão realizando as reservas: Hotel Ouro Minas, Mercure Lourdes, Promenade Lavras, Promenade Golden Flat e Ramada Minas Casa. A agência terá um serviço especial de check in automático para oferecer mais comodidade aos participantes.
Minas Gerais celebra 200 anos da morte de Aleijadinho Os mineiros estão celebrando os 200 anos da morte de seu artista maior, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Uma série de atividades culturais e artísticas estão sendo realizadas em Minas Gerais para marcar o bicentenário da morte do escultor, entalhador e arquiteto da arte barroca, que morreu em 1814, em Ouro Preto. Quem visita Minas Gerais, especialmente as cidades históricas de Ouro Preto e Congonhas do Campo, tem a oportunidade de apreciar bem de perto as esculturas do criador do Barroco no Brasil. A obra mais conhecida do mestre Aleijadinho é o conjunto de esculturas esculpidas em pedra-sabão do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, incluindo Os Doze Profetas. Destacamse também os painéis de altares (retábulos) e projetos arquitetônicos das igrejas Nossa Senhora do Carmo e São Francisco de Assis, em Ouro Preto. A vida de Aleijadinho, patrono das artes no Brasil, é envolta em dúvidas. Não há registros precisos do ano de seu nascimento e nem da doença degenerativa que, a partir dos 40 anos, limitou os movimentos de suas mãos e pés. Em decorrência disso, para esculpir e entalhar as obras na construção de igrejas e altares, as ferramentas de trabalho eram amarradas em seus punhos por
um ajudante. Filho de uma escrava com um mestre de obras e entalhador português, ele nasceu em Ouro Preto (antiga Vila Rica) no dia 29 de agosto de 1730 (ou 1738). Apesar da importância de sua obra, morreu pobre, doente e abandonado em 18 de novembro de 1814, também na cidade de Ouro Preto. A produção artística de Aleijadinho teve início já na infância, quando acompanhava os entalhes feitos pelo pai. A sua obra, com características do Rococó, Barroco clássico e Gótico, dividese em duas fases. A primeira, marcada pelo equilíbrio, harmonia e serenidade, com esculturas nas igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora das Mercês e Perdões, ambas em Ouro Preto. A segunda fase, já doente, apresenta um tom mais expressionista. É desse período o conjunto de esculturas Os Passos da Paixão e Os Doze Profetas. Considerado uma obra-prima da arte barroca e um dos mais representativos trabalhos do Barroco brasileiro, o conjunto constituído por 66 imagens religiosas esculpidas em madeira e 12 em pedra-sabão é Patrimônio Mundial pela UNESCO (6/12/1985). O reconhecimento nacional da sua arte ocorreu no início dos anos 1920, através dos olhos e da atenta observação do modernista Mário de Andrade a partir de uma visita às cidades históricas de Minas. Posteriormente, Aleijadinho teve seu repertório artístico reconhecido também na Europa, principalmente em Paris. A imagem de Daniel, um dos 12 profetas, foi escolhida por votação popular via internet como a obra ícone do bicentenário da morte do entalhador. Já o busto de Aleijadinho ganhou luzes especiais no jardim da sede do Legislativo, com o objetivo de valorizar ainda mais as suas criações e a cultura de Minas Gerais.
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ensino
informativo
Grupo de cirurgia de coluna do CRER atende 120 pacientes por semana
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O programa de treinamento avançado em cirurgia da coluna vertebral da Universidade Federal de Goiás (UFG) conta com três serviços onde o especializando tem a oportunidade de realizar sua formação: o Hospital das Clínicas da UFG; o HUGO (Hospital de Urgências de Goiânia); e o CRER (Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo), todos com atendimento exclusivamente pelo SUS. Com cerca de 4,1 mil procedimentos por dia, o CRER é um complexo hospitalar que atende, especialmente, o grande incapacitado. A unidade existe há 12 anos e é a grande referência na Região Centro-Oeste em ortopedia e reabilitação. Com quase 30 mil metros quadrados de área construída, o complexo hospitalar possui atualmente 136 leitos de internação, 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 8 salas cirúrgicas, ginásios e piscinas de terapias, centro de diagnóstico com ressonância magnética e tomografia computadorizada, oficina ortopédica, auditório, além de outros espaços. O Serviço de Coluna Vertebral é formado pelos doutores Sérgio Daher, Murilo Daher – que também é professor da Faculdade de Medicina da UFG, e Adriano Esperidião. O serviço presta atendimento para cerca de 120 pacientes por semana, sendo que a grande maioria é portadora de deformidades, doenças neuromusculares, sequelas de trauma, lesões medulares e doenças degenerativas da coluna vertebral. Veja a entrevista que o chefe do Grupo de Cirurgia de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da UFG e Superintendente Executivo do CRER/Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, Sérgio Daher, que também trabalha no Serviço de Cirurgia de Coluna do Hospital de Acidentados Clínica Santa Isabel, de Goiás, concedeu para o Informativo SBC. Informativo – Desde quando o senhor atua no CRER? Sérgio Daher – Eu atuo na instituição hospitalar desde a sua fundação, há 12 anos. Portanto, estou na administração do CRER a partir da sua concepção operacional, que começou como um centro de reabilitação. Hoje, depois de um pouco mais de uma década, a instituição é um hospital de alta complexidade.
O CRER possui um centro cirúrgico com oito salas, serviço de internação com 136 leitos, centro de diagnóstico com ressonância magnética e tomografia computadorizada e vários ginásios para reabilitação. O CRER mantém programa de residência médica nas áreas de fisiatria, radiologia e intensivismo. Também possui vários convênios com a Faculdade de Medicina da UFG, um dos quais é o programa de treinamento avançado em cirurgia de coluna. Informativo – Qual a média de atendimento do CRER? Sérgio Daher – Em média são realizados semanalmente quatro procedimentos cirúrgicos, sendo pelo menos um caso de deformidade. Também faz parte das atividades do Grupo uma reunião clínica semanal, onde são discutidos os casos e apresentados alguns temas de interesse para o residente. O CRER possui um serviço de monitorização neurofisiológica durante as cirurgias e outros diferenciais que ajudam a manter o atendimento de excelência aos seus pacientes, como completa
área de reabilitação física com hidroterapia, sala de musculação e ginásios de reabilitação. Além disso, a instituição hospitalar conta com uma moderna oficina ortopédica que permite a confecção de órteses, cadeira de tração, entre outras. Informativo – Casos de internações e gravidade? Sérgio Daher – O CRER é centro de referência para o atendimento em reabilitação de lesados medulares, doenças neuromusculares em geral (paralisia cerebral, mielomeningocele, distrofias musculares, e várias outras deformidades). Nos seus ambulatórios são atendidos todos os tipos de pacientes, principalmente portadores de deformidades, sequelas de traumas, lesados medulares e portadores de doença degenerativa da coluna vertebral. Das cirurgias realizadas, pelo menos uma por semana é de deformidade. Para ajudar nesse processo, contamos com um serviço de monitorização neurofisiológica intraoperatória.
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mens sana
informativo
Perto do green para uma vida melhor
O ortopedista de coluna Walter Schumacher sempre gostou de praticar esportes. O futebol foi o mais importante, até entrar na Faculdade de Medicina de Caxias do Sul (UCS). Na época, ele jogava na equipe juvenil do JU, o Esporte Clube Juventude. Mas, a partir do 4º ano, passou a trabalhar no Departamento Médico do clube rival, o Caxias, que tinha no seu plantel profissionais como Felipão e Tite. “Cheguei a participar em alguns treinos da equipe que disputava o Campeonato Gaúcho. Quando faltava jogador, claro”, esclarece. A residência médica em Ortopedia em Porto Alegre e, posteriormente, oito meses de treinamento em coluna em Mineápolis, no Twin Cities Scoliosis Center, em 1985, não afastaram Schumacher do futebol, e nos finais de semana disputou o Campeonato Amador Minesota. “Os campos públicos eram excelentes. Infelizmente, não conhecia o golfe naquela época”. De volta a Porto Alegre e já trabalhando em diversos hospitais com dedicação exclusiva em coluna vertebral,
Schumacher conta que não sobrava muito tempo para a prática esportiva com regularidade. Então surge o golfe, cujo interesse aconteceu de maneira surpreendente. Em 1999 o cirurgião foi com a família para Orlando. Seus filhos Leonardo (12) e Gabriel (10), além dos brinquedos tradicionais da Disney, passavam o tempo inteiro jogando minigolfe ao lado da Internacional Drive Rd. No último dia de férias, lembrou-se de um amigo que uns meses antes da viagem o havia convidado para jogar golfe em Torres (RS). “Entrei numa loja de artigos de golfe com as crianças e comprei o jogo completo de tacos, com orientação do atendente. Foi uma festa geral. Meus filhos correram até o carro para contar a novidade para Heloisa e gritavam: ‘O pai ficou louco, comprou uns tacões!’”. Assim começou a paixão de Walter Schumacher pelo templo verde, como é conhecido o campo de golfe. Na opinião do ortopedista, a única maneira para aprender corretamente o esporte green é ter aulas com profissionais, além de muita persistência. Após um ano de treinamento, Schumacher conta que tinha certeza que ele jogaria golfe para sempre.
Tacadas Entusiasmado com o mundo do golfe, Schumacher adquiriu um terreno no Condomínio Terraville, que possui um espetacular campo de golfe, localizado no Extremo Sul de Porto Alegre – a cerca de 20 km da região central de Porto Alegre –, com um detalhe: ele não contou para a família. “Foi um momento delicado.” Contrariada no início, a esposa aceitou construir uma casa num verdadeiro paraíso envolto pela natureza e próximo do Aeroclube do Rio Grande do Sul. Hoje, o filho mais velho é piloto da Avianca, e o menor é golfista profissional e estudante de Administração. Schumacher diz não lamentar o fato de ter começado a jogar aos 42 anos, mas sim por não ter tempo para jogar mais. “O golfe é um jogo em que não se joga contra um adversário, mas contra o campo.” Segundo explica, “Uma partida depende de muita concentração e da descoberta de que não existe perfeição neste esporte. Um resultado favorável envolve o estado de espírito do jogador, sendo impossível se houver tensão, como ocorre em longas cirurgias complexas de coluna”. Ele destaca que ao entrar no campo de golfe tem que haver esquecimento de tudo, apenas concentração no jogo. “É preciso caminhar por quase 4 horas com três amigos em campos de 6.000 km, sendo as distâncias dos 18 buracos marcadas por jardas, para manter a tradição. A grama, tipo bermuda, tem diferentes alturas de corte, que varia de 5 cm a 1 cm. No green, onde está a bandeira com o buraco, ela é cortada quase com barbeador, 3 mm, e tudo isso é motivo de tranquilidade e diversão.” “Seguir o caminho do verde fora de torneio, geralmente apostando qualquer coisa. Uma garoupa, cem reais só para dar mais emoção. No final de alguns meses de perdas e ganhos há empate e resta um grande prazer”, completa Schumacher.
Fotos: Acervo pessoal
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livros
mens sana Um jogador de golfe necessita manter um bom estado físico, possuir uma boa musculatura – principalmente a extensora do tronco e as abdominais –, para evitar lesões e ter bom desempenho nos jogos. O golfe pode ser jogado individualmente ou em grupos de dois a quatro jogadores. A principal particularidade do esporte é a ausência de um “adversário” propriamente dito; o único adversário do golfista é o próprio campo, uma vez que não há nada que ele possa fazer no sentido de dificultar o desempenho de outros jogadores. O golfe se diferencia de outros esportes porque um jogador iniciante ou médio pode jogar em pé de igualdade com um jogador avançado e valorizá-lo da mesma forma. O resultado depende de esforço individual e sorte, sendo que cada golfista luta para baixar a sua pontuação total no campo. O esporte está em crescimento no Brasil. “Temos excelentes campos, geralmente projetados por profissionais americanos. Após os Jogos Olímpicos em 2016, no Brasil, aparecerão campos públicos, permitindo que milhares de pessoas comecem a desfrutar desse esporte saudável”, antecipa o jogador. Para os interessados é bom saber que todos os Estados possuem as Federações de Golfe. São estas entidades que organizam torneios estaduais e nacionais coordenados pela CBG (Confederação Brasileira de Golfe). Schumacher afirma que sempre ocorrem torneios, e que os eventos são realizados numa atmosfera amigável e ética, que propicia conhecer pessoas interessantes e novos campos. Uma das mais organizadas federações é do Golfe Sênior, criada há mais de 55 anos no Brasil. A agremiação realiza vários torneios pelo país e no exterior, com hotéis e campos maravilhosos. “Basta querer jogar”. Um bom exemplo é sua turma de golfe, que participa de torneio interno. “Já jogamos em nove países. Não vamos a Paris para passear, mas sim cumprir uma das nossas etapas internacionais de golfe, sempre pela manhã”, explica o ortopedista. Outro aspecto importante é a preparação para a redução da atividade de cirurgião de coluna ao chegar perto dos anos 60 e 70. Além disso, o golfe é para Walter Schumacher o único esporte em que é possível jogar junto com filhos por muito tempo. “No Porto Alegre Country Clube tem um artista plástico de 90 anos que joga duas vezes por semana no meio de guris com 58 anos. Após o jogo, brindamos no Buraco 19 (sede do clube)”. O golfe se diferencia de outros esportes porque um jogador iniciante ou médio pode jogar em pé de igualdade com um jogador avançado e valorizá-lo da mesma forma.
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Curiosidades sobre o golfe A palavra golfe vem do inglês golf, que por sua vez provém do alemão kolbe, significando taco. A origem do jogo ainda não está totalmente definida. Alguns historiadores apontam sendo a mais provável a criação pelos escoceses (1400). Em 1457, o parlamento escocês, por ordem do rei Jaime II da Escócia, proibia a prática do golfe por considerá-lo um divertimento que afetava os interesses do país. Outros estudiosos atribuem aos ingleses o surgimento do esporte. Uma terceira vertente afirma que os romanos durante o período dos césares jogavam algo semelhante ao golfe chamado paganica – o jogo dos camponeses. O campo de golfe mais antigo do mundo fica na Escócia, em St Andrew, inaugurado no início do século 16. O mais célebre clube de golfe está situado na Inglaterra: o Royal and Ancient Golf Club of St. Andrews. Junto com a United States Golf Association (USGA), são as entidades reguladoras do golfe em nível global.
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Atividades Físicas e Coluna Vertebral – Um caminho de prevenção Autor: Antônio Quintanilha Editora: AGE Preço: R$ 48,00 Onde comprar: Livrarias
Dr. Henrique da Mota
Dor nas Costas & Hérnias de Disco Autor: Henrique da Mota Valor: R$ 20,00 Onde comprar: http://bit.ly/1upwOA5 Sinopse do autor: a coluna vertebral tem sido foco recente de muito interesse na comunidade médica. Foi-se o tempo em que lá só se aventuravam abnegados cirurgiões de escoliose e cirurgiões de trauma... Mas a que se deve este súbito interesse numa região antes tão esquecida? Por que vivenciamos tal gula terapêutica? Nós, médicos, estaremos fazendo o que manda nosso juramento? Estaremos realmente trazendo benefício à humanidade? Há conflito entre a verdade, a literatura científica e os atos terapêuticos costumeiros? Há conflitos de interesses? Há! Tentei entender tudo isso e entendi, mas após entender fiquei triste! Mas um pouco dessa história deve ser contado, e este livro vai fazer você pensar e entender que hoje se trata por patologia muito do que é normal, em benefício de algo vil. Mas ainda há tempo para mudar. Leiam! Falem bem ou falem mal, mas pensem bem!
Sinopse do autor: o livro trata do ócio. Quando o “corpo fica bem quietinho só o caixão resolve”. O ócio é sonho antigo do homem. Inúmeros são os indivíduos que buscam sua aposentadoria e nela está o inicio da morte. A coluna, como resultado da inércia, é comparada com um edifício articulado que sofre um precoce desmoronamento. A obra usa de uma linguagem metafórica para comunicar com o publico amplo, leigo e científico. Essa busca se baseia na ideia de que saúde é uma opção pessoal e está relacionada com os hábitos de vida. Ao médico cabe a arte de mudar a doença para retornar ao equilíbrio fisiológico do corpo humano.
Marketing para Consultórios Autor: Arthur Vecchi Editora: AVEC Editora Valor: R$ 7,90 Onde comprar: Amazon: http://bit.ly/1vGvuMV Livraria da Travessa: http://bit.ly/1uc4yls Sinopse: em formato e-book, a obra apresenta ferramentas para que o profissional da saúde possa pensar estrategicamente no seu consultório e, assim, transformar informações em vantagens para os desafios de novos tempos.
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“O produto destas discussões será utilizado para balizar os frequentes questionamentos procedentes de negativas de fontes pagadoras e auditores de convênios”, explica o presidente do IV COMINCO, Wilson Dratcu. Um dos destaques do programa científico foi o doutor Richard Fessler (EUA). Ele ministrou a palestra “Estabilização Lombar Estática Minimamente Invasiva”, mostrando resultados satisfatórios nos procedimentos menos invasivos que, além de serem menos agressivos, têm custo mais barato do que as intervenções convencionais. Questões como o difícil relacionamento dos médicos com as operadoras de saúde, assim como a dos hospitais que dificultam o acesso dos médicos e usuários às novas tecnologias, foram colocados em debate durante esta interativa atividade científica. Outro ponto alto da programação foi a apresentação do Chefe da Unidade de Coluna do Serviço de Neurocirurgia Centro Hospitalar São João do Porto (Portugal), e vice-presidente da World Federation of Minimally Invasive Spine (WFMISS), Paulo Pereira, que apresentou o tema “Fixações menos rígidas em barras Peek para osso osteoporático”.
Evolução das técnicas
IV COMINCO discutiu novas vias cirúrgicas Com a presença de cerca de 500 participantes, a quarta edição do COMINCO reuniu grandes nomes nacionais e do exterior para discutir novas abordagens em tratamentos cirúrgicos minimamente invasivos. Os eventos paralelos – XI SIMINCO e IX Jornada de Coluna do IOT HC FMUSP – consolidaram o sucesso de realização do encontro, que aconteceu entre os dias 31 de julho e 02 de agosto, no Sheraton WTC São Paulo, sob a coordenação dos doutores Wilson Dractu e Pil Sun Choi. O IV Congresso Brasileiro de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna Vertebral foi precedido pelo XI Simpósio Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva de Coluna, que contou com a
Segundo o neurocirurgião, o uso das barras em Peek sobre as de titânio oferecem algumas vantagens: “As barras em PEEK, por terem um módulo de elasticidade muito mais próximo do osso do que as de titânio, permitem uma distribuição mais fisiológica
das forças transmitidas entre o implante intersomático e a instrumentação. Desse modo, utilizando estas barras, cerca de 85% das forças são exercidas sobre a coluna anterior e o implante intersomático, favorecendo a fusão e diminuindo o stress exercido sobre a instrumentação”, explica. Além de otimizar as condições para a fusão intersomática, elas diminuem a probabilidade de falência da instrumentação porque as forças exercidas sobre o parafuso e a barra são menores. O neurocirurgião acrescenta que ao reduzirem-se os momentos fletores na interface entre os parafusos e o osso, diminuem-se também a probabilidade de exteriorização dos parafusos por perda de presa e reabsorção do osso à volta do parafuso. Por último, as barras em PEEK associadas a um implante intersomático fornecem um grau de estabilização segmentar semelhante ao das barras de titânio. “Embora possam ser utilizadas na maioria das situações de artrodeses curtas por patologia degenerativa, os candidatos ideais que poderão se beneficiar mais com esta tecnologia são os que têm má qualidade óssea (como os doentes com osteopenia ou osteoporose), e os que têm maior risco de não fusão, como os fumadores, os idosos e os reoperados por pseudartrose” enfatiza Paulo Pereira. Durante a sua palestra, Pereira disse que, embora seja uma tecnologia recente, os resultados publicados são encorajadores. “Na minha experiência pessoal e do Serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitalar de São João ainda não tivemos complicações
transmissão de cirurgias ao vivo comentadas direto do Hospital São José (Beneficência Portuguesa), para o auditório. “Realizamos cirurgias de coluna inéditas com técnicas minimamente invasivas que foram transmitidas para 120 cirurgiões provenientes de todo o Brasil e da América Latina”, detalha o presidente do XI SIMINCO, Pil Sun Choi.” O evento trouxe também novidades no tratamento da hérnia de disco e solidificou a importância de mais investimentos nesse tipo de cirurgia no Brasil. Durante o IV COMINCO, foram discutidas abordagens interessantes para dor lombar e para os aspectos éticos e legais que envolvem o tema. Foto: Laureni Vídeo e Foto
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relacionadas com este material. Também não tivemos que reoperar nenhum paciente por pseudartrose ou falência da instrumentação.” Na visão do palestrante, a cirurgia da coluna tem evoluído no sentido de procurar melhores resultados com a menor lesão possível das estruturas adjacentes. “É este o propósito da cirurgia minimamente invasiva. Por um lado, a evolução técnica e a especialização dos cirurgiões que se dedicam à cirurgia da coluna têm permitido não só a redução do tamanho das incisões, mas, principalmente, uma maior preservação dos músculos, ligamentos e outras estruturas da coluna vertebral, centrando a abordagem cirúrgica de uma forma muito precisa no local onde necessitamos atuar.” Paulo Pereira destaca que esse tipo de procedimento permite a redução das complicações com a cirurgia, nomeadamente a perda de sangue e a taxa de infecção, como também um pós-operatório com menos dor para o paciente, um levante e deambulação mais precoce, menor tempo de internamento e um regresso à vida ativa e ao trabalho em menor tempo. O neurocirurgião de coluna afirmou que, por outro lado, a indústria de implantes tem evoluído de forma muito rápida, disponibilizando materiais mais seguros e fiáveis e facilitando o trabalho do cirurgião. “A cirurgia da coluna é e será cada vez mais um procedimento minucioso, preciso e individualizado às necessidades de cada paciente. O desenvolvimento técnico e das competências dos cirurgiões tem possibilitado resultados clínicos e funcionais cada vez melhores e a tendência será para aproximar o comportamento da coluna operada ao
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que tinha antes de estar doente. Ainda falta muito para atingirmos este objetivo, mas não tenho dúvidas de que este é o caminho, e a investigação nas áreas das ciências básicas, dos implantes e clínica têm se aproximado e colaborado para focalizarmos neste propósito”, sentenciou.
Melhor tema livre O IV COMINCO premiou o trabalho “Expressão da Metaloproteinase 2,9 e TGF-B na hipertrofia do ligamento amarelo em pacientes com estenose do canal lombar”, dos autores Marcelo Ferraz de Campos, Cíntia Pereira de Oliveira, Maria Aparecida da Silva Pinhal e Luciano Miller Reis Rodrigues, da Faculdade de Medicina ABC (FMABC), como o Melhor Tema Livre. Mais informações: http://bit.ly/1xdtNsb
O que a aviação pode nos ensinar. Revise o plano cirúrgico antes de começá-lo. O National Transportation Safety Board anunciou recentemente que o acidente do voo 214 da Malasya Airlines ocorreu devido à dependência da tripulação em relação à tecnologia. Além disso, os copilotos estavam relutantes em questionar os pilotos mais experientes. Os cirurgiões de coluna podem tirar uma lição valiosa – a partir desse exemplo de uma má gestão dos pilotos –, em suas práticas médicas. Todos nós já vimos alguém ou ouvimos histórias desagradáveis sobre os cirurgiões que não toleram ser questionados pela equipe de trabalho. Somente estamos dispostos a ouvir os outros quando necessitamos rever casos de falha médica com a nossa equipe.
Enquanto pensamos sobre os telefonemas relacionados aos procedimentos, assim como a revisão da agenda de consultas e cirurgias, percebese o quanto isso ocupa espaço em nossa mente. Ficar focado durante um caso pode evitar incidentes como operar o nível errado. Além disso, quando algo inesperado ocorrer, você estará atento ao fato. Sua mente é capaz de pensar em vários procedimentos para superar o problema usando o conhecimento adquirido ao longo do seu treinamento em cirurgia de coluna. Isso só vai ocorrer se o cirurgião estiver tranquilo e atento ao plano cirúrgico que foi revisado antes de iniciar a cirurgia.
Fotos: Laureni Vídeo e Foto
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Siga as diretrizes ao paciente a ser operado. Verificar as coisas simples pode ser feito sem muito alarde, mas uma dupla verificação faz uma grande diferença para os pacientes. Certifique-se de contar os níveis da coluna da mesma forma no intraoperatório como você analisa uma ressonância magnética. Pense sobre a anatomia do paciente e a qualidade das imagens. Não se contente com imagens intraoperatória abaixo do ideal. Pergunte a todos os envolvidos na sala cirúrgica se concordam que esse é o paciente correto e o procedimento correto. Conheça todos os envolvidos na sala cirúrgica. Se o médico da monitoração não for o que já é conhecido, apresente-se e pergunte o seu nome e se necessita algo para que execute o seu trabalho. Em algum momento da cirurgia, ele pode ser a única pessoa que está observando o nível errado no transoperatório. Todos na sala de cirurgia precisam ter um momento para chegar a um acordo sobre o procedimento a ser realizado – desde a identificação do nível cirúrgico correto, até sobre o que cada um irá realizar durante o procedimento. A checagem de informações prévias ao procedimento permite aos cirurgiões de coluna focar na cirurgia e relegar a um segundo plano as questões do cotidiano. Precisamos estar prontos para o procedimento. Se o seu hospital ainda não tem usado as novas diretrizes, incentive a sua utilização. Ela pode fazer a diferença para a sua carreira e para seus pacientes.
Para evitar problemas foi criada a diretriz “Implementation of the Universal Protocol for the Prevention of Wrong Site, Wrong Procedure and Wrong Person Surgery”, com vistas a minimizar o impacto do erro na cirurgia de coluna. As diretrizes preveem um tempo para análise do procedimento que será realizado com todas as pessoas envolvidas na sala cirúrgica. Ironicamente, essas diretrizes derivaram dos tempos limite de comprovação utilizada na indústria de aviação antes da decolagem de cada voo. Embora os tempos limite possam levar alguns minutos extras, eles nem sempre previnem a cirurgia no nível errado, tampouco melhoram o atendimento ao paciente. Depoimento do John C. Liu, MD: “Ter preparação mental para um caso é importante. No ano passado, eu fui ensinado pelo meu mentor a usar o tempo de preparo pré-operatório do paciente de 10 minutos para colocar em ordem a agenda e apenas me concentrar no paciente em questão. Desse modo, pode-se minimizar o impacto de erros cirúrgicos por estar com a mente ocupada somente com a cirurgia a ser realizada. Errar o nível em geral é sub-relatado e, quando ocorre, pode comprometer a carreira médica ou o paciente. Pense sempre como um avião prestes a decolar.
Tempo para se concentrar, faça dupla verificação Técnicas simples são importantes. Pergunte a si mesmo se as imagens estão na sala e pertencem
Fonte: Spine Surgery – Julho/Agosto 2014 – www.jointcommission.org/standards_information/edition.asp Autor: John C. Liu, MD – Resenhista: Dr. Sérgio Zylbersztejn - Editor Informativo SBC
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REVISTA COLUNA /COLUMNA
Surpreenda-se com a qualidade da produção científica brasileira na área da coluna vertebral.
Publicação científica da Sociedade Brasileira de Coluna • Artigos originais Versão online • Indexada nas bases Lilacs e Scopus/Elsevier Distribuição gratuita para sócios com anuidade em dia Editor: Dr. Helton Defino • Editor Executivo: Dr. Sérgio Daher
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