IMPRESSO
Agenda Científica
Evento
Março
Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral Nos dias 26 e 27 de março, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, acontecerá a segunda edição do Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral, iniciativa conjunta dos Grupos de Coluna dos departamentos de Ortopedia e Traumatologia das três grandes escolas médicas do Estado de São Paulo (FMUSP, UNIFESP e Santa Casa). O I Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral, realizado em junho de 2009, no Anfiteatro Marcos Lindemberg da Escola Paulista de Medicina, foi coordenado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP, do Pavilhão Fernandinho Simonsen da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia da UNIFESP/EPM. Conforme explica o cirurgião David Del Curto, da comissão organizadora, a formulação do Curso foi feita com o objetivo de reunir representantes da FMUSP, UNIFESP/EPM e Santa Casa, para a discussão de casos clínicos do dia a dia do especialista em Coluna. Segundo David, palestrantes convidados de outros centros nacionais e internacionais, aliados à ampla interação da plateia, composta por residentes e especialistas de todo o
Brasil, enriqueceram, sobremaneira, o conteúdo inédito do programa científico, surpreendendo de forma positiva os organizadores, palestrantes e os participantes do encontro. Na avaliação do cirurgião, a divisão dos principais temas em seis módulos distintos – trauma, deformidades, doenças degenerativas da coluna lombar e da coluna cervical, tumores, e cirurgia minimamente invasiva – proporcionou uma grande oportunidade para debater e confrontar sobre as linhas de conduta das grandes escolas de Ortopedia de São Paulo. “Esta é a ideia que queremos promover no segundo Curso, em que serão mantidos o formato e a proposta original, garantindo assim uma fórmula de sucesso e de continuidade do evento, esclarece David.” O II Curso Interinstitucional de Cirurgia de Coluna Vertebral terá como convidado internacional o professor Joseph Ciacci, dos Estados Unidos. Do Brasil, haverá as participações dos professores Fernando Façanha Filho, Geraldo Sá Carneiro Filho, Helton Luiz Aparecido Defino, Luis Eduardo Munhoz da Rocha, Mario Augusto Taricco, Mauro dos Santos Volpi, Ricardo Vieira Botelho e Sérgio Zylbersztejn.
Serviço
Serviços de Especialização R4
II Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral Data: 26 e 27 de março Local: Centro de Convenções Rebouças São Paulo (SP) Coordenadores: Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho, Maria Fernanda Caffaro, Alexandre Sadao Iutaka, Alexandre Fogaça Cristante, Osmar Avanz, Raphael Martus Marcon, Eduardo Puertas, Robert Meves, Délio Eulálio Martins Filho, Marcelo Wajchenberg, e David Del Curto Informações: (11) 3086 4106, das 8h às 16h, ou pelo e-mail: cegom@hcnet.usp.br
Abril Data: 29 de abril a 1º de maio Local: Maksoud Plaza Hotel São Paulo (SP) Coordenadores: Ricardo Botelho e José Marcus Rotta Informações: JDE Comunicação e Eventos Fone: (11) 5084-9174/5084-5284 www.cirurgiadacolunavertebral.com.br
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ensino@iotrs.com.br ou scc@iotrs.com.br O Serviço para formação de R4 do Instituto de Ortopedia e Traumatologia de Passo Fundo é credenciado pela SBC. Atualmente, a Sociedade possui 34 Serviços Credenciados que oferecem vagas para o treinamento em nível R4. A lista completa dos Serviços de Cirurgia da Coluna está no site da SBC www.coluna.com.br.
Editorial
Um ano de grandes decisões
Maio
III Simpósio Internacional da SBC (MG) Data: 20 a 22 de maio Local: Belo Horizonte Tema: Coluna Cervical Degenerada Convidados internacionais: Paul Anderson e Todd Albert Coordenador: Mauricio Calais Informações: mauriciocalais@hotmail.com
Julho
II COMINCO – Congresso Brasileiro de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna VII SIMINCO – Simpósio Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna do Hospital Abreu Sodré – AACD V Jornada de Coluna do IOT/HCFMUSP Data: 22 a 24 de julho Local: Sheraton WTC Hotel São Paulo (SP) Presidente: Dr. Pil Sun Choi Realização: Sociedade Brasileira de Coluna - Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva da SBC Secretaria Executiva: Ângela Borges Lyra Informações: Connect Eventos (11) 3168 3538 e-mail: atendimento2@connecteventos.com.br
Agosto
O Instituto de Ortopedia e Traumatologia – IOT Passo Fundo abriu duas vagas para Treinamento R4 no Serviço de Cirurgia da Coluna. Interessados devem entrar em contato com Daiane Marafon, secretária executiva da Divisão de Ensino e Pesquisa. Informações: Rua Uruguai, 2050 – CEP 99010-112 – Passo Fundo - RS - Telefones: 54 3313 6412/ 54 3045 9778 - E-mail:
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2010
X Congresso de Cirurgia Espinhal
SINCOL V – Simpósio Internacional de Coluna Data: 5 a 7de agosto Local: Windsor Barra Hotel & Congressos Rio de Janeiro (RJ) Coordenadores científicos: Eduardo Barreto e Ricardo Barreto Secretaria Executiva: Santé Eventos Informações: www.eventosincol.com.br e www.santeeventos.com.br
Mais um ano se inicia. Momento de reflexão e análise, e de programar mudanças. Assumimos o trabalho à frente da SBC em janeiro de 2009 com a felicidade de contarmos com a colaboração de colegas atuantes na Diretoria e nas Comissões, tornando mais produtiva e objetiva as nossas atividades. Sem dúvida, foi e está sendo um grande aprendizado para mim. Poder ter o contato com colegas de todas as regiões do país e constatar as diferentes opiniões sobre questões que envolvem o cotidiano de todos nós na nossa atividade profissional. Neste primeiro ano de gestão conseguimos regularizar inteiramente a parte burocrática e financeira da SBC, criando um fluxo operacional mais dinâmico e customizado. Outra iniciativa de destaque foi a realização Congresso Brasileiro em Foz de Iguaçu, evento brilhantemente coordenado pelo colega paranaense Edson Pudles. No mês de novembro ocorreram as provas para ingresso de novos membros
para a SBC e a eleição da nova Diretoria (2011-2012), tendo como presidente o Dr. Luis Eduardo Munhoz Rocha, que a partir da sua eleição passará a ser informado de todas as atividades da diretoria atual. Mas nem tudo é maravilha. Estamos passando por momentos de definições éticas e sócioeconômicas envolvendo todos os cirurgiões de coluna. Alguns de uma forma mais direta, e outros de forma indireta, mas de alguma forma estão sofrendo as consequências impostas pelas fontes pagadoras de atendimento hospitalar. As agências pagadoras tomam atitudes que restringem o mercado em forma de proteção e de um controle maior de suas despesas. Por outro lado, essas medidas limitam os cirurgiões, interferindo, por vezes, em suas condutas e no uso de materiais que eles acreditam ser mais adequados. É uma questão delicada, em que todos, médicos, empresas distribuidoras, fontes pagadoras, reclamam das mudanças e ninguém sabe como tudo isso vai terminar. É neste momento que a SBC, como
não poderia deixar de ser, tem que intervir tomando conhecimento dos fatos para levar a discussão aos seus associados, para estabelecer como proceder com vistas ao bem-estar dos cirurgiões e de seus pacientes. Na busca de uma solução, a SBC já estabeleceu contato com advogados especializados na área médica, para realizar uma análise e orientação jurídica. E já estamos tomando as primeiras decisões. O ano de 2010 promete ser um ano de grandes e importantes decisões. Entretanto, devemos lembrar que as dificuldades são oportunidades para crescermos, ganharmos experiência e conhecimento. Mais do que nunca, devemos ser participantes e estabelecer nossos objetivos, com o pensamento voltado para o conjunto. Só assim estaremos valorizando e contribuindo para o crescimento da nossa SBC, que é de todos os seus membros. Mário Augusto Taricco Presidente da Sociedade Brasileira de Coluna
Nesta Edição
SBC elege diretoria para o biênio 2011-2012
Comissão de Capacitação Profissional divulga lista dos novos sócios
Para onde vai a clínica particular?
Neurocirurgiões tomam posição sobre auditoria médica de convênios
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Opinião
É só o começo “Se você não tem conhecimento para fazer a pergunta certa, você nunca irá descobrir nada.” W. Edwards Deming
Novo ano, novo tempo. Nele depositamos muitas expectativas e o desejo de mudança. Porém, seguindo o caminhar da humanidade, vamos acompanhar a realidade, na esperança de boas notícias e das descobertas nos mais variados campos do conhecimento e que superam a nossa imaginação. De modo contínuo, o Informativo SBC segue a sua finalidade de abordar assuntos de interesse geral dos associados. Com uma comunicação focada nos acontecimentos da Sociedade, o Informativo é como uma conversa entre amigos, o que o diferencia da leitura de outros periódicos médicos que visualizamos e até folheamos online. É com esse olhar que o boletim impregna de humanidade as nossas tarefas diárias. Este modo de fazer medicina solidifica a relação médicopaciente, excluindo o mito da sorte e azar. Iniciamos o último ano da década do século 21, mas ainda apresentamos dificuldades em estabelecer um diagnóstico e propor a melhor conduta médica. Isso acontece porque somos humanos e cada um de nós traz em si uma bagagem muito especial. Mais que essencial, é importante ampliarmos o horizonte dos estudos que nos possibilitem entender a dor na coluna vertebral, além do uso de procedimentos menos invasivos e tratamentos mais resolutivos. Para marcar 2010, vamos ampliar ainda mais a rede de comunicação da SBC — site, informativo, revista, agenda de eventos — e usar o Facebook como um instrumento de integração em tempo real. A Regional da SBC do Rio de Janeiro já está operando a ferramenta de relacionamento social promovendo a troca de informação ainda mais dinâmica e interativa. Boa Leitura. Sérgio Zylbersztejn Editor do Informativo da SBC
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Atualidade
SBC elege diretoria 2011/2012 Em assembleia extraordinária realizada no dia 27 de novembro, em Ribeirão Preto, a Sociedade Brasileira de Coluna elegeu a nova diretoria para o biênio 2011/2012, liderada pelo Dr. Luis Eduardo Munhoz da Rocha, do Paraná. A nova diretoria deverá ser empossada em janeiro de 2011, ficando os demais cargos assim constituídos: vice-presidente, Dr. Carlos Henrique Ribeiro; primeiro secretário, Dr. Mauro dos Santos Volpi; segundo secretário, Marcelo Wajchenberg; primeiro tesoureiro, Dr. Alexandre Fogaça Cristante; segundo tesoureiro, Astrubal Falavigna. Luis Eduardo é cirurgião de coluna formado em 1983 pela Universidade Federal do Paraná. Fez Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade Federal do Paraná e Hospital de Clínicas, no período de 1984 e 1985. Em 1986, obteve o título de especialista em Ortopedia e Traumatologia pela SBOT. Possui especialização em Ortopedia Pediátrica pelo Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, e pelo Hospital Sarah
Melhorar a assistência recebida pelo paciente e estabelecer condutas padronizadas para o atendimento médico constituem o principal objetivo do projeto Diretrizes Clínicas, uma parceria entre a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Cerca de 150 pessoas debateram o tema “Diretrizes clínicas na saúde suplementar: construindo parcerias”, realizado no dia 3 de março, no auditório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em São Paulo. Durante o evento, promovido pela ANS com a AMB, CFM e a Anahp, nove instituições hospitalares apresentaram os projetos que já desenvolvem para utilização de melhores
Qual o melhor produto tópico degermante
para ser utilizado em cirurgias?
Kubitscheck, de Brasília. Completou seus estudos em Ortopedia Pediátrica e Escoliose no Atlanta Scottish Rite Childrens Hospital (EUA) e no Dallas Scottish Rite Childrens Hospital (EUA). Atualmente é preceptor de residência médica do Hospital Pequeno Príncipe, médico ortopedista do Hospital de Clínicas UFR, além de ortopedista e cirurgião de coluna do Centro Hospital de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, em Curitiba. Em 2007, presidiu a SBOT Regional do Paraná.
Projeto Diretrizes vai padronizar atendimento médico hospitalar práticas e assinaram termos de cooperação técnica, pelos quais será possível monitorar os resultados alcançados com a utilização efetiva das diretrizes. O diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, declarou que foi dado mais um passo importante para a qualificação da assistência prestada ao cidadão brasileiro: “Nesse momento, estamos agregando um conjunto de parceiros que têm como objetivo trabalhar em prol da melhor prática de assistência à saúde. A implementação dessas diretrizes e o monitoramento das práticas são questões complexas, mas estamos construindo, juntos, um projeto viável”, sentenciou.
Expediente
Órgão de Comunicação Social da Sociedade Brasileira de Coluna
Jornalista Responsável: Gilmara Gil (MTBRS 5439) gilmara.gil@terra.com.br Editor: Dr. Sergio Zylbersztejn - sergiozyl@terra.com.br Arte final e Editoração: Luciano Maciel Impressão: EDELBRA Gráfica - Erechim/RS
Presidente: Dr. Mário Augusto Taricco Vice-Presidente: Dr. Sérgio Zylbersztejn 1º Secretário: Dr. Osmar José Santos de Moraes 2º Secretário: Dr. Eduardo Gil França Gomes 1º Tesoureiro: Dr. Maurício Pagy de Calais de Oliveira 2º Tesoureiro: Dr. Geraldo de Sá Carneiro Filho
Sociedade Brasileira de Coluna – SBC Alameda Lorena, 1304 - sala 1406 CEP: 01424-001 – São Paulo/SP - Telefax: (11) 3088.6615 coluna@coluna.com.br | www.coluna.com.br Atendimento: Ana Maria
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Resenha Científica
OS ARTIGOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES
Um artigo publicado no NEJM Volume 362:18-26 de 7 de janeiro de 2010 comparou duas soluções tópicas degermantes: Clorexidine alcoólica X Polivinal Pirrolidona Iodo. O estudo envolveu uma equipe numerosa de pesquisadores com o pressuposto que é na superfície da pele que se encontram a maioria dos germes patogênicos que provocam uma infecção. Eles definiram que a antisepsia correta pode diminuir o número de infecções. A hipótese criada pelo grupo foi que o uso de Clorexidine alcoólica protege mais contra a infecção do que o uso de Polivinil Pirrolidona Iodo. O método utilizado constou de adultos randomizados em seis diferentes hospitais e que seriam submetidos à cirurgia. O primeiro desfecho foi à verificação se ocorreu infecção cirúrgica no 30º dia pósoperatório. O segundo desfecho foi relacionado
às questões individuais do paciente e o local cirúrgico. De um total 849 pacientes, sendo 409 submetidos ao uso de Clorexidine alcoólico e 440 ao uso de Polivinil Pirrolidona Iodo, o resultado foi muito interessante. Cabe ressaltar que todos os pacientes da pesquisa estavam pré-qualificados conforme a intenção de tratamento. Constatou-se que a ocorrência de infecção foi estatisticamente significante menor no grupo que se usou Clorexidine do que no grupo de Polivinil Pirrolidona Iodo (9.5% vs. 16.1%; P=0.004; risco relativo, 0.59; 95% intervalo de confiança, 0.41 e 0.85). O uso do Clorexidine alcoólico foi estatisticamente significante mais efetivo do que o Polivinil Pirrolidona Iodo em relação às infecções superficiais incisionais (4.2% vs. 8.6%, P=0.008) e nas infecções incisionais profundas (1% vs. 3%, P=0.05), porém essa
eficácia não foi constatada em infecções de cavidade (4.4% vs. 4.5%). Resultados similares foram observados na análise de 813 pacientes seguidos após o período inicial de 30 dias. É importante enfatizar que os eventos adversos foram similares para ambos os grupos.
Conclusão: A conclusão final é a de que devemos estar atentos ao ato preparado no campo operatório, com os cuidados para evitar uma infecção por contaminação superficial. A degermação da pele pré cirúrgica com Clorexidine alcoólica é superior que o uso de Polivinil Pirrolidona Iodo na prevenção da infecção na ferida operatória. Qual o melhor produto tópico para ser utilizado em cirurgias de coluna? Resposta: Clorexidine alcoólica. Resenhista: Dr. Sérgio Zylbersztejn
Fórum
Politraumatizado Paciente, sexo masculino, 51 anos de idade. Queixa principal: politraumatismo HDA: paciente politraumatizado por acidente automobilístico, tendo traumatismo crânioencefálico, fraturas ossos longos de membros inferiores e trauma cervical e torácico. Exame físico: fratura ossos longos dos membros inferiores, escoriações região cefálica, face e tórax. Exame neurológico: torporoso, confuso, pupilas isocóricas fotorreagentes, sem déficit motor focal, retirando os membros aos estímulos álgicos, não atendendo aos comandos, com respiração semi-assistida por traqueostomia. Exames complementares (de interesse ao caso): 1. Tomografia computadorizada de crânio: hemorragia subaracnoíde a traumática
2. Rx coluna cervical: (Fig. 1) 2.1 Descrição do exame: 2.2 Discussão do exame: 2.3 Classificação da fratura: Próximo exame: 3. Tomografia computadorizada coluna cervical: (Fig. 2) 3.1 Descrição da tomografia computadorizada coluna cervical: 3.2 Discussão do exame: Próximo exame: 4. Ressonância magnética coluna cervical: (Fig. 3) 4.1. Descrição do exame: • Discussão do exame: • Tratamento realizado da fratura cervical: 5.1. Discussões do tratamento realizado:
Fig. 1
Fig. 2
Participe enviando sua resposta, acessando www.coluna.com.br O caso clínico do Fórum desta edição é uma contribuição do Dr. Wilson Eloy Pimenta Júnior da Regional Centro-Oeste da SBC.
Fig. 3 Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010
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Responsabilidade Profissional
Serviço
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia toma posição sobre auditoria médica de convênios
CCP comemora índice de aprovação de novos membros da SBC
Preocupada com as dificuldades dos neurocirurgiões frente à liberação de procedimentos e materiais pelos Planos de Saúde, a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) enviou, em novembro de 2009, um questionamento para os Conselhos Regionais e ao Conselho Federal de Medicina sobre o alcance da Resolução 1.614/2001 do CFM, relativo aos prazos para liberação de procedimentos e do fórum para dirimir essas questões. Na oportunidade, a SBC também emitiu sua posição para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) referente à questão dos prazos e aplicabilidade da Resolução Consu nº8/1998. De acordo com o Dr. Marcelo Ferraz, diretor científico da AMP SBC/D, até o momento a SBN não obteve resposta da ANS e do CFM. O novo Código de Ética Médica, que passará a vigorar a partir de 23 de março, normaliza a atuação dos auditores e peritos médicos que atuam nos convênios, seguradoras e planos de saúde. Das respostas que chegaram de alguns Conselhos Regionais Medicina, e da análise das normas aplicáveis, as orientações da SBN aos seus membros são as seguintes: 1. Os médicos que autorizam a realização de procedimentos estão sujeitos às normas da Resolução do CFM
de nº 1.614/2001, considerados médicos auditores. 2. Todos os atos praticados pelos auditores são atos médicos sujeitos ao Código de Ética. 3. Caso o neurocirurgião se sinta prejudicado por qualquer medida de um auditor, ou haja prejuízo para o tratamento de seu paciente, deverá recorrer ao Conselho Regional de seu Estado. 4. Para esclarecimentos e liberação dos procedimentos não há prazo preestabelecido. Os Conselhos afirmam, no entanto, que esse prazo nunca poderá vir a prejudicar o tratamento do paciente. Quanto a esse prazo, a SBN vem trabalhando junto à ANS para que se tenha alguma regulamentação nesse sentido. 5. O médico auditor não pode impedir ou modificar os procedimentos solicitados, salvo em indiscutível conveniência para o paciente. 6. Os Planos de Saúde devem garantir ao paciente, em caso de divergência de conduta, a realização de junta médica para solução do impasse. Nesse caso, o neurocirurgião pode orientar seus pacientes a procurarem auxílio na Justiça. 7. A SBN dará toda a assessoria aos seus membros que pretenderem ingressar com reclamações nos Conselhos Regionais.
UTIs têm novas regras de funcionamento
sejam públicas, privadas ou filantrópicas; civis ou militares. Com a medida, a Anvisa busca elevar a qualidade do atendimento, com a consequente redução do tempo de tratamento de pacientes graves nesses setores. A nova regra traz parâmetros tanto para estrutura, organização e processos de trabalho quanto para a obtenção e monitoramento de indicadores de saúde que retratem o perfil assistencial da unidade. Entre os indicadores a serem monitorados estão, por exemplo, os de
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no dia 25 de fevereiro, a Resolução RDC n º7, que dispõe sobre o cumprimento de novas regras para o funcionamento das UTIs. A resolução se aplica a todas as Unidades de Terapia Intensiva do país, 6
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Onde encontrar a legislação
Confira alguns trechos das normas citadas, cujos textos completos estão disponibilizados nos sites da Anvisa (www.anvisa.org.br) e do CFM (www.cfm.org.br), acessando Legislação. Resolução Consu nº 8/98. Art. 4º IV - Garantir ao consumidor o atendimento pelo profissional avaliador no prazo máximo de um dia útil a partir do momento da solicitação, para a definição dos casos de aplicação das regras de regulação, ou em prazo inferior quando caracterizada a urgência. V - Garantir, no caso de situações de divergências médica ou odontológica, a respeito de autorização prévia, a definição do impasse através de junta constituída pelo profissional solicitante ou nomeado pelo usuário, por médico da operadora e por um terceiro, escolhido de comum acordo pelos dois profissionais acima nomeados, cuja remuneração ficará a cargo da operadora; Resolução CFM 1.614/2001 Art. 8º - É vedado ao médico, na função de auditor, autorizar, vetar, bem como modificar, procedimentos propedêuticos e/ou terapêuticos solicitados, salvo em situação de indiscutível conveniência para o paciente, devendo, neste caso, fundamentar e comunicar por escrito o fato ao médico assistente.
densidade de incidência de Infecção Primária da Corrente Sanguínea Relacionada ao Acesso Vascular Central e os de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica. Os hospitais têm prazo de seis meses para adequação à nova resolução, sendo que para cumprimento de alguns itens relacionados a recursos materiais e humanos o prazo é de três anos. Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o Brasil dispõe de 27.026 leitos de UTI (dez/09).
O índice de aprovação dos candidatos a novos sócios da SBC foi de 92% em 2009. Os dados foram divulgados pelo presidente da Comissão de Capacitação Profissional (CCP) da SBC, Edson Pudles, que destacou o bom desempenho dos 35 aprovados no Exame de Admissão de Novos Membros. O número de sócios habilitados por documentação foi de 31, totalizando o ingresso de 66 novos sócios. Vale lembrar que o Exame de Admissão consta de nota de avaliação do trabalho científico, currículo e a realização de uma
prova escrita e oral. A prova oral é conduzida por duplas de examinadores, membros titulares da SBC, convidados pela CCP. De acordo com a CCP, são considerados aprovados os candidatos que tiverem alcançado o índice mínimo estabelecido no edital de convocação e regulamento para o exame de admissão para membro titular da SBC. O edital, regulamento e a ficha de inscrição para admissão de novos membros da SBC 2010 estão disponibilizados no site www.coluna.com.br.
Confira quem são os novos sócios:
Ingresso por Prova
Ingresso por Documentação
Alex Magadiel Klaus Alexandre Roberto Aprille Andrei Fernandes Joaquim Bruno César Aprille Carlos Frederico Wanderley Estelita Romeiro Charles André Carazzo Cristovam Miguel Neto Daniel Cantarelli dos Santos Daniel de Moraes Ferreira Jorge David Del Curto Diogo Valli Anderle Edgar Santiago Valesin Filho Felipe de Albuquerque Araujo Luyten Guilherme Rebechi Zuiani Johmeson Alencar Dantas Junior José Moussa Chalouhi José Thiago Portella Kruppa Juan Javier Moreira Moreira Juliano Rodrigues dos Santos Leonardo Fonseca Rodrigues Luciano Antonio Nassar Pellegrino Luciano Temporal Borges Cabral Luiz Eduardo Duque Portela Marcelo Campos Moraes Amato Marcelo Gonçalves Pereira Duarte Márcio Beckhauser da Silva Maximiliano Aguiar Porto Murilo Tavares Daher Rafael Gonçalves Duarte Raphael de Rezende Pratali Renato Iroshi Salviano Ueta Rodrigo Miziara Yunes Roberto Longarai Daher Rubens Massaru Kanno Sebastião Vasconcelos de Souza
Adalberto Silva Adão Orlando Crespo Gonçalves Adriano Scaff Garcia Alexandre Barros Gonçalves da Silva Ari Boulanger Scussel Junior Bruno Alexandre Côrtes Carlos Antônio Scardovelli Carlos Alberto Mantovani Costa Daniel Santos Sousa Edmur de Toledo Piza Filho Edson Alvarenga Filho Fernando Carlos Buffon Fernando Jorge Monteiro Martins Flavio Viana Aleixo Francisco Sávio Rosa de Carvalho Giuliano Cruz Barretto José Zaronir Ramalho de Freitas Filho Júlio César Thomé de Souza Silva Mariano Fiore Junior Miguel Álvaro Guillermo Forero Perea Paulo Cesar Neves Vianna Paulo dos Santos Dutra Paulo Manabu Honda Paulo Sérgio Teixeira de Carvalho Pedro Augusto Deja Teixeira Roberto Sandoval Catena Sandro Marcos Pereira Segismundo de Melo Valadares Sérgio de Freitas Thorkil Diniz Xavier de Brito Wilson Baldino Kanitz
CCMI divulga bolsistas para fellowship 2010 Os bolsistas selecionados em 2010 pelo Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva da SBC para realizar fellowship no Serviço do Prof. Uwe Vieweg, do Leopoldina Krankenhaus Hospital, Schweinfurt, Alemanha, e no Serviço do Prof.Dr. Sang Ho Lee, em Seul, na Coreia do Sul, foram os doutores Ricardo Dias (SP), Maximiliano Aguiar Porto (SP) e David Del Curto (SP). São oferecidas três bolsas anuais, sendo que duas têm duração de seis meses cada no Serviço do Prof. Vieweg, onde farão especialização Ricardo Dias, no primeiro semestre, e Maximiliano Aguiar Porto, no segundo semestre. O bolsista Dadid Del Curto permanecerá um ano no Wooridal Spine Hospital (WSH), na Coreia do Sul. Pablo Mariotti Werlang, bolsista em 2009 no Serviço do Prof. Uwe Vieweg, conta que ficou muito satisfeito com o fellowship. “Existe uma demanda muito grande de pacientes e um grande número de cirurgias. Várias dessas são minimamente invasivas. O hospital e o serviço de cirurgia da coluna vertebral são referências na região e realmente são instituições de primeiro mundo”, afirma o cirurgião. Na opinião de Werlang, no Leopoldina Krankenhaus Hospital é desenvolvido um trabalho extremamente qualificado, com as mais variadas técnicas cirúrgicas. “Mais uma vez agradeço à Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna Vertebral e ao Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva pela oportunidade que me foi oferecida. Recomendo esse fellowship para os membros da nossa sociedade”, completou.
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Artigo
Drauzio Varela Médico Cancerologista e Escritor www.drauziovarella.com.br
Médicos versus planos de saúde “A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando avaliamos quadros clínicos complexos entre dez e quinze minutos”
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Médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem de R$ 8 a R$ 32 por consulta. Em média, R$ 20. Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa, uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos. Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultóriopadrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização da atividade profissional, esse
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consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção. Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer. Façamos a conta: a R$ 20 em média por consulta, para cobrir os R$ 5.179,62 é preciso atender 258 pessoas por mês. Como cerca de metade delas retorna com os resultados, serão necessários: 258 + 129 = 387 atendimentos mensais unicamente para cobrir as despesas obrigatórias. Como o número médio de dias úteis é de 21,5 por mês, entre consultas e retornos deverão ser atendidas 18 pessoas por dia! Se ele pretender ganhar R$ 5.000 por mês (dos quais serão descontados R$ 1.402 de impostos) para compensar os seis anos de curso universitário em tempo integral pago pela maioria que não tem acesso às universidades públicas, os quatro anos de residência e a necessidade de atualização permanente, precisará atender 36 clientes todos os dias, de segunda a sexta-feira. Ou seja, a média
de 4,5 por hora, num dia de oito horas ininterruptas. Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: “Os médicos não examinam mais a gente”; “O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava”; “Minha consulta durou cinco minutos”. É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade? Com a experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é. O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora, uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente. Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando
avaliamos quadros clínicos complexos entre dez e 15 minutos. O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão-de-obra barata - graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignificantes: médicos que não dispõem de tempo a “perder” com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado. A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras.
Por essa razão, os concursos para residência de especialidades que realizam procedimentos e exames subsidiários estão cada vez mais concorridos, enquanto os de clínica e cirurgia são desprestigiados. Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do “eles fingem que pagam, a gente finge que atende”. O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profissionais cujos nomes constam da lista de conveniados. Longe de mim desmerecer qualquer tipo de trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa. Sinceramente.
Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010
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