sbc 05
SET/OUT/NOV
2012
infor mativo
SBC
Sociedade Brasileira de Coluna
Entrevista Osmar Avanzi
Mens Sana
Cirurgião da Coluna abastece a sua energia no fundo do mar
CBC 2013
Comissão Organizadora divulga prazo para inscrição de Temas Livres e mostra atrativos de Florianópolis
Novos Sócios
Conheça o resultado final dos candidatos aprovados no Exame 2012 para ingresso na SBC
Artigo Médicos devem trabalhar doentes?
Atualidade
Custos de procedimentos cirúrgicos das patologias da CV aumentaram nos últimos cinco anos
Sociedades latino-americanas querem promover intercâmbio com a SBC
Embratur
Fórum/08 Um interessante caso clínico enviado da Coreia do Sul
Entrevista/10 Ex-presidente Osmar Avanzi conta como foi a estruturação da SBC e sua importância para os cirurgiões de coluna do Brasil
CBC 2013 Comissão Organizadora divulga prazo para inscrição de Temas Livres
Atuação/15
/06
nesta e d i ç ã o
Comitê de Coluna da Sociedade Chilena de Ortopedia e Traumatologia e SILACO querem promover intercâmbio com a SBC
Sociedade/18 Comissão de Capacitação Profissional divulga novos sócios que ingressam na Sociedade
Mens Sana Cirurgião de coluna descobre um mundo novo nas profundezas do mar
02
/12
Atualidade/22 Pesquisa mostra que custos dos tratamentos cirúrgicos para a coluna estão aumentando
presidente p a l a v r a
Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
d o
Asas à motivação Este é o último editorial que escrevo como presidente, e já ao final da minha gestão, pensei em trazer aos nossos leitores um assunto bastante distinto dos anteriores: motivação. Motivação para continuar envolvido com o atendimento e tratamento aos pacientes. Após mais de 20 anos fazendo a “mesma coisa”, como manter
Luis Eduardo Munhoz da Rocha
a satisfação da rotina médica? Há algumas semanas conversava com uma
Presidente da Sociedade Brasileira de Coluna
de um paciente cardiopata em comum com hipertensão pulmonar e cifoescoliose
cardiologista que estava realizando a monitoração transesofágica em tempo real grave, e enquanto o anestesista preparava o paciente, ela me perguntou há quanto tempo tratava dessas crianças. Disse-lhe isto, uns 20 anos. E ela me indagou, 20? Vinte e alguns anos. Na verdade, farei 30 anos no ano que vem, mas ainda me realizo tratando das deformidades complexas da coluna das crianças e dos adolescentes. Tenho a certeza de que as doenças são as mesmas, mas o conhecimento a respeito delas e o tratamento não, como era o caso daquele dia, em que o desfecho cirúrgico foi ótimo. O paciente saiu bem, teve alta hospitalar com sete dias e com um ecocardiograma melhor que o de entrada no atendimento hospitalar. Pergunto. Como não seria possível ter satisfação com a reabilitação, com o resultado, com a alegria da família e do próprio paciente? Neste caso em particular, em que apesar de o paciente ter paralisia cerebral, mas com bom cognitivo e distúrbio da fala, foi gratificante o momento da alta. Ao me despedir, ele esticou os braços para me dar um abraço, fato que me sensibilizou e mais ainda quando a irmã cuidadora disse que ele nunca havia feito assim com uma pessoa estranha à família. Por esses e outros motivos, acredito firmemente na realização de um trabalho cotidiano renovador, aliado aos avanços do conhecimento médico e das novas tecnologias a serviço da Medicina, que, quando bem utilizados, podem abreviar e melhorar o resultado final do tratamento. Além da motivação, sempre desafiadora, especialmente para os cirurgiões de coluna, é imprescindível buscar a realização profissional, a qual deve ser contemplada com honorários condizentes com a extensão e o tempo dedicado ao paciente. Na esfera associativa, considero um privilégio ter participado ativamente dos rumos da SBC durante os dois últimos anos ao lado da minha diretoria, que sempre foi coesa e suportiva onde mantivemos o pensamento voltado para os interesses dos cirurgiões de coluna: ortopedistas e neurocirurgiões.
03
carta d o
l e i t o r
SBC
Sociedade Brasileira de Coluna
ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COLUNA
Expediente Presidente: Dr. Luis Eduardo Munhoz da Rocha Vice-Presidente: Dr. Carlos Henrique Ribeiro 1º Secretário: Dr. Mauro dos Santos Volpi 2º Secretário: Dr. Marcelo Wajchenberg 1º Tesoureiro: Dr. Alexandre Fogaça Cristante 2º Tesoureiro: Dr. Asdrubal Falavigna
Neuronavegação Li, com surpresa, o artigo sobre Cirurgia de coluna por neuronavegação no Informativo 04 Jun/Jul/Ago/2012, página 9, que começa dizendo que “Pela primeira vez no Brasil foi realizada uma cirurgia de coluna auxiliada por neuronavegação”. O Dr. Luiz Roberto Aguiar, neurocirurgião de Curitiba, há mais de cinco anos vem realizando cirurgias de coluna auxiliadas por neuronavegação. Ele é conhecido nacionalmente, tendo divulgado esta técnica em inúmeros congressos e cursos. Fernando Schmidt
A edição Informativo Coluna - Jun/Jul/Ago - página 09 traz matéria sobre cirurgia com neuronavegação realizada por mim Gostaria de frisar que, no primeiro parágrafo, menciona-se que foi a “primeira vez no Brasil”. Não é de meu conhecimento que já estejam utilizando a técnica de rotina no país, porém esta informação não foi dita por mim em nenhum momento. Na entrevista, apenas comentei que foi a primeira vez que utilizamos a técnica na Unicamp. Deixo isso claro, uma vez que, caso algum outro colega tenha sido pioneiro
Jornalista Responsável: Gilmara Gil – MTBRS 5439 e-mail: gilmara.gil@terra.com.br Coordenador Editorial: Dr. Eduardo Gil França Gomes e-mail: egfg@uol.com.br Editor: Dr. Sérgio Zylbersztejn e-mail: sergiozyl@gmail.com Arte final e editoração: Luciano Maciel Colaboram nesta edição: Drs. Eduardo Gil, Guilherme P.C. Meyer, Gun Choi (Coreia do Sul), Nelson Kavalciuk, Sérgio Zylbersztejn Periodicidade: Trimestral Impressão: Gráfica Pallotti Representante de Publicidade: Binotto Comunicação Telefone: (51) 3209.2041 Fax: (51) 3209.2048 Celular: (51) 9116.2224 e-mail: silvia@binottocom.com.br Os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores.
na técnica, o mesmo pode se sentir ofendido.
Endereço:
Andrei F. Joaquim
Sociedade Brasileira de Coluna – SBC Alameda Lorena, 1304 - sala 1406 CEP: 01424-001 - São Paulo - SP Telefax: (11) 3088.6615 Endereço eletrônico: coluna@coluna.com.br www.coluna.com.br Secretária: Ana Maria Cella
Nota da redação: O texto do Informativo não ficou claro. A matéria destacou o fato de o Hospital de Clínicas da Unicamp ter realizado no mês de março deste ano a primeira cirurgia auxiliada por neuronavegação no país por meio do SUS. E que o avançado procedimento foi feito pelo Dr. Andrei Fernandes Joaquim, do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Unicamp.
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Fale com o Informativo SBC enviando sugestões de assuntos para a próxima edição: coluna@coluna.com.br
opinião
Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
Tapete vermelho para o cirurgião de coluna
C
aro leitor do informativo. Chega às suas mãos uma nova e atrativa edição da nossa revista. O trabalho conjunto dos editores, unificado ao de toda
a equipe — incluindo o apoio logístico da secretaria da Sociedade —, produz uma dose de endorfina que faz com que nos esqueçamos do trabalho
Sergio Zylbersztejn Editor
simultâneo que realizamos na prática médica. Confiram o nosso conteúdo. Esta Opinião está centrada na importância do tapete vermelho e na resiliência do médico (www.cmaj.ca - outubro 2012). A magia de pisar em um tapete vermelho induz a um clima de sucesso. Afinal, sucesso combina com talento, fama e satisfação pessoal ou coletiva, quando se trabalha em equipe. Entretanto, o motivo que nos impulsiona no ato de ser médico é o de aliviar as dores e corrigir as deformidades de nossos pacientes com patologias na coluna vertebral. O que há 40 anos era simples, hoje a tecnologia faz com que possamos nos aventurar em correções inacreditáveis; uso de instrumentais, por exemplo, que removem a necessidade de coletes gessados.
“ Cada
leitor é, quando lê, um leitor de si mesmo
”
Marcel Proust
Esta mudança de paradigma na área da coluna nutre entre nós um sentimento de super-homens, acima do bem e do mal. Na realidade, o uso da tecnologia cria uma expectativa de melhores resultados e um inevitável estresse. Situação essa que pode nos fazer muito mal. A impressão que temos é a de que o médico é portador de uma resiliência que o torna imune aos maus resultados ou complicações inerentes a um tratamento médico. Para onde vamos e como vamos? Um sinal estimulante e provocativo pode ser esta mensagem, que induz a pensarmos se a aparente fortaleza que somos não esconde uma grande fragilidade em nossas ações. Boa leitura!
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evento Divulgação
Vem aí o CBC 2013
O
Congresso Brasileiro da Coluna (CBC 2013) será realizado de 27 a 30 de abril, em Florianópolis (SC), no Hotel Costão do Santinho, localizado
na Praia do Santinho. A comissão organizadora está trabalhando para oferecer um evento de alta qualidade científica. Os trabalhos científicos receberam especial atenção com a abertura de um espaço para a apresentação de até 48 temas livres orais e a criação de uma comissão específica para os trabalhos científicos. A data limite para inscrição dos trabalhos é até 31 de janeiro de 2013 e não será prorrogada. Para inscrever um trabalho científico na categoria Tema Livre Oral será necessário enviar o trabalho completo, de acordo com as normas da revista COLUNA/COLUMNA. Para as categorias Pôster Eletrônico e Pôster Tradicional será exigido apenas o resumo do trabalho. Os melhores trabalhos da categoria Tema Livre Oral poderão ser escolhidos para publicação no European Spine Journal e na revista COLUNA/COLUMNA, numa parceria inédita entre a SBC e a ESS. Também os doze melhores Temas Livres Orais
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Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
serão escolhidos para apresentação no Summer NASS,
Marinus de Kleuver, Michael H. Haggeness, Sirgud Berven e Steve
em julho próximo, na cidade de Naples, na Flórida.
Richards, o programa científico do CBC2013 já está praticamente
Segundo informa o presidente do CBC2013, André Luís Andújar, três cursos pré-congresso já estão confirmados: Scoliosis Research Society (SRS),
finalizado. Visite o site do congresso (www.cbc2013.com.br) e faça sua inscrição antecipada com desconto especial.
AOSpine e CCMI-SBC, que ocuparão as atividades
O CBC2013 é uma grande oportunidade para a atualização em
científicas de sábado (27/4). No domingo (28/4)
cirurgia da coluna, constituindo-se no mais importante evento da
ocorrerá, no período da tarde, o II Encontro Argentina-
SBC.
Brasil de Coluna. Com a presença confirmada até o momento de 11 convidados internacionais, entre eles os professores Behrooz A. Akbarnia, Carlos Jardim, Harry Shufflebarger, Horácio Sarramea, Jeremy Fairbanks, Kamal Ibrahim,
Outro atrativo é a possibilidade de desfrutar do conforto do Hotel Costão do Santinho e de conhecer ou revisitar as belezas da Ilha da Magia, como é conhecida Florianópolis. “Junte-se a nós. Florianópolis e os catarinenses esperam você de braços abertos”, enfatiza Andújar. PMF
Conhecendo Floripa Florianópolis é a capital do Estado de Santa Catarina. Seu território compreende toda a ilha de Santa Catarina e uma pequena parte do continente. A Ilha comunica-se ao continente por meio de três pontes. A mais antiga delas, a ponte Hercílio Luz, construída em 1926, é o mais famoso cartão-postal da cidade. Permanece fechada para reforma, sendo a única ponte pênsil no seu estilo ainda existente no mundo. Florianópolis ou Floripa, como é conhecida, é a capital com melhor qualidade de vida do Brasil. No seu Centro Histórico, concentra-se a maior parte da infraestrutura e atrativos turísticos. Hotéis, bares, restaurantes, antigas casas açorianas tombadas como Patrimônio Histórico. Uma
Floripa é a capital com menor taxa de analfabetismo no Brasil (IBGE 2010); a cidade também apresenta a menor taxa de mortalidade infantil do país (8.8 por 1000).
visita imperdível é o Mercado Público, construído em 1898.
A população é de 421 mil habitantes (IBGE 2010).
O clima apresenta as quatro estações bem definidas,
É a cidade número 1 no Brasil em plantio de árvores, e está entre
com precipitação bem distribuída ao longo do ano. No
as 10 mais do mundo.
mês de abril, época do CBC2013, as águas do mar ainda estão aquecidas pelo sol do verão.
A ilha possui 42 praias que encantam por suas belezas. São destaques as praias do Santinho, onde está instalado o Costão
As temperaturas no outono costumam ser amenas,
do Santinho Resort, local do CBC2013, Jurerê, Ingleses,
variando de 17ºC a 26ºC. No lado oeste da ilha, pode-se
Joaquina e Canasvieiras.
contemplar o mais belo pôr do sol.
A gastronomia é simples, mas rica em sabores. Os elementos
À noite, a ilha é festeira. Boa música e comida,
principais são os peixes e camarões. As ostras são desenvolvidas
principalmente na Lagoa da Conceição, por conta
na própria Ilha, região que é responsável por 70% da produção
da movimentação de seus bares descolados e da
nacional. A sequência de camarão é o prato que não pode faltar no
circulação de gente bonita.
cardápio dos turistas que visitam Florianópolis.
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fórum i n t e r a t i v o
Tratamento minimamente invasivo focado nos sintomas Paciente: sexo masculino, médico.
agenda
Idade: 75 anos. História: Apresenta quadro de dor no membro inferior direito (MID) e na região
nov/12
glútea direita há seis semanas. Refere diminuição de força no MID associada aos
Técnicas Modernas e Avanços da Cirurgia da Coluna Vertebral
sintomas. Nega dores lombares crônicas. Durante o exame notou-se força grau IV para extensão do joelho e dorsiflexão do tornozelo. Sem outras alterações. Imagem: Os exames de imagem mostraram uma espondilolistese lítica grau I L4-5 (fig.1) e uma hérnia de disco extrusa e migrada cranialmente no mesmo nível. Além disso, o nível L5-S1 apresenta sinais de degeneração discal (fig. 2).
Fig. 1
Fig. 2
Figura 1: Tomografia reconstrução sagital: Lise da pars de L4 e discreta anterolistese de L4 em relação a L5. Figura 2: Imagem de radioscopia intraoperatória da remoção do fragmento
Diagnóstico: Dentre as opções terapêuticas foram analisadas as
causador dos sintomas no momento, pode
seguintes opções:
ser removido sem maiores consequências.
1- Fusão com TLIF L4-5 e
O endoscópio foi posicionado no espaço
descompressão.
epidural sem dano ao disco L4-5. A
2- Fusão com TLIF L4-5 e L5-S1
recuperação foi rápida e permitiu que o
3- Simples microdiscectomia convencional
paciente retornasse ao seu trabalho em
4- Discectomia endoscópica
pouco tempo. As possíveis complicações de uma artrodese, como degeneração
Comentários a respeito
do segmento adjacente, falha de fusão,
da opção cirúrgica adotada:
entre outras, foram evitadas. Ainda
O tratamento deve ser focado nos
assim, caso o paciente necessite de
sintomas do paciente e não apenas
uma artrodese no futuro em decorrência
em exames de imagem. Este paciente
da espondilolistese, sua coluna pode
apresenta uma lise bilateral das pars,
ser considerada “virgem”, tornando o
mas nunca se queixou de dor lombar.
procedimento menos complicado.
A discectomia endoscópica é uma opção
O caso clínico em foco reflete bem
minimamente invasiva que preserva o disco
a filosofia do Wooridul. Abordagens
e as estruturas anatômicas ao redor. Dessa
minimamente invasivas, preservação do
forma, o fragmento extruso, considerado o
tecido normal e eficácia no tratamento.
O caso clínico desta edição é uma colaboração do Dr. Gun Choi (Wooridul Spine Hospital – Seul – Coreia do Sul) e do Dr. Guilherme P. C. Meyer (Fellow – Wooridul Spine Hospital – Seul – Coreia do Sul)
Participe do fórum interativo. Veja mais imagens e envie sua resposta, acessando www.coluna.com.br
08
Data: 23 e 24 de novembro Local: Hotel JP - Ribeirão Preto (SP) Palestrantes: Spine Society of Europe Frederico Balague (Suíça), Haluk Berk (Turquia), Peter Suchomel (República Theca) Convidados estrangeiros: G. Dubois, O. Ricart (França) Coordenador: Helton Defino Informações: www.fmrp.usp.br/ral/coluna
dez/12 49º Congresso Argentino de Ortopedia y Traumatologia (AAOT 2012) Data: 2 a 5 de dezembro Local: Hotel Sheraton Buenos Aires Informações: www.congresoaaot.org.ar/2012
Curso IPC Cirurgia Minimamente Invasiva Estenose de Canal (Módulo Básico) Data: 8 de dezembro Local: Centro de Eventos Hospital Santa Rita (São Paulo) Diretores: Luiz Pimenta e Luiz Marchi Informações: www.patologiadacoluna.com.br
informação
Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
Médico: pessoa física & pessoa jurídica
emitam notas fiscais, e isto só pode ser possível se for uma PJ. Como desvantagem podem estar os custos de abertura de uma PJ (em torno de R$ 2.500,00), as exigências
O contabilista Nelson Kavalciuk, que presta serviço à SBC e à SBOT, tira
e obrigações de uma PJ, tais como:
as dúvidas dos sócios sobre a questão de o profissional liberal se tornar uma
Dimed, Dirf, DCTF, Dacon, IRPJ,
pessoa jurídica.
entre outras, que, segundo a Receita
Kavalciuk: Sim, vale a pena porque na Pessoa Física (PF) o médico paga
caso a sociedade não arque com
27,5% de IRRF e na Pessoa Jurídica (PJ) 13,33%, quando for sociedade de
os pagamentos dos impostos e
profissionais da mesma qualificação, no caso médicos.
contribuições. Além das obrigações
Informativo - Quais as vantagens e desvantagens e a partir de qual faixa
acessórias, existem outras: alvará da
de renda vale a pena constituir uma PJ?
prefeitura, registro na saúde, etc.
Kavalciuk - As vantagens são a distribuição de lucros da PJ para a PF sem
A partir de um faturamento (no
o ônus do imposto de renda tanto na PJ quanto na PF (Declaração Anual do
consultório atendendo pacientes)
Imposto de Renda), o valor das receitas da PJ e das despesas com a sociedade
no valor de R$ 5 mil mensais, o
entra como origem na PF.
médico já pode ir pensando em abrir
Os convênios da área de saúde exigem, na maioria das vezes, que as empresas
uma PJ.
Respeito à vida e compromisso com o futuro O Grupo Osteocamp carrega em seu DNA oferecer produtos e tecnologias que trazem segurança e qualidade de vida a seus pacientes. Por isso trabalha com as marcas mais conceituadas em implantes, dispositivos médicos, equipamentos cirúrgicos e implementos. Respeitar a vida e se comprometer com o futuro é garantir que seu paciente conte com todo o suporte e know-how de uma empresa há mais de 10 anos no mercado.
09
C&M
Federal, recaem na conta dos sócios,
Informativo - Pessoa Jurídica vale a pena?
entrevista
O
smar Avanzi presidiu a SBC no período de 1995-1996. Paulistano, 69 anos, graduou-se em Medicina pela
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, onde desde 2008 é diretor do Departamento
A fase de solidificação da Sociedade
de Ortopedia e Traumatologia. Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, também é Professor Consultor do Grupo de Afecções da Coluna Vertebral da Santa Casa de São Paulo e presidente da Comissão de Graduação da SBOT. Nesta entrevista, o Prof. Avanzi conta que foi na sua gestão que aconteceu a oficialização da Sociedade e dá um recado aos jovens cirurgiões de coluna: “O desconhecimento, a imaturidade ou a ausência dos princípios técnicos e éticos fazem desequilibrar o pêndulo para as complicações e para o descrédito profissional”. Informativo - Qual a motivação que o levou a presidir a Sociedade Brasileira de Coluna? Osmar Avanzi - Basicamente, duas foram as motivações para assumir a presidência da Sociedade naquela época: continuar a deixar registrada a participação e contribuição do Grupo de Coluna do Pavilhão Fernandinho Simonsen, um dos principais redutos responsáveis na formação de mais de 230 especialistas nos últimos 40 anos, e a divulgação das técnicas de tratamento dos problemas da coluna vertebral no Brasil e na América Latina. Naquela
ocasião,
sob
minha
chefia
e
responsabilidade, este grupo estaria completando 30 anos de existência, o que permitiria congregar grande número de associados na comemoração dessa data, já que grande parte deles havia passado ou se
10
Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
formado na Santa Casa de São Paulo. O acontecimento possibilitou também a segunda motivação, qual seja, a de finalizar e oficializar a criação da atual Sociedade, substituindo e incorporando o até então Comitê de Coluna da SBOT. Informativo – Quais as realizações da sua gestão que ficaram marcadas na história da SBC? Avanzi - Fundamentalmente, a oficialização da criação da nossa Sociedade. Informativo – Como era a cirurgia da coluna naquela época e como a observa na atualidade? Avanzi - Hoje, é chamada de técnicas primitivas. Portanto, ultrapassadas. Era a época dos coletes gessados e da Instrumentação de Harrington no tratamento cirúrgico e usados, com sucesso, no tratamento das deformidades
Perfil
vertebrais durante várias décadas. Com o passar dos anos, e apesar da evolução
Time do coração:
tecnológica que vem permitindo um aperfeiçoamento e maior estabilidade
São Paulo Futebol Clube
nas instrumentações modernas, não pode ser esquecida a preservação dos
Comida preferida:
fundamentos e princípios das indicações terapêuticas. Naquela ocasião, por
Macarrão
exemplo, o rigor da técnica da artrodese vertebral era tão importante quanto
Uma frase que marcou:
os cuidados no manuseio da instrumentação metálica. Sem aquele rigor
“Só se constrói o futuro vivendo
haveria um “desastre” com a instalação da pseudoartrose.
o presente com olhar para o passado”
Hoje, a tecnologia moderna e a rápida propagação das informações pela internet convidam, desafiam e facilitam o uso de grande variedade de instrumentações para o tratamento cirúrgico, podendo, contudo, obscurecer o brilhantismo de um resultado clínico, se os princípios não forem lembrados e respeitados. Esta é uma mensagem para nunca ser esquecida e para passar aos mais
(Kier Kegaard, modificado) A maior virtude: Respeito ao próximo e honestidade de princípios O pior defeito de alguém: Inveja e vaidade sem limites e escrúpulos O que o emociona: Amor
jovens ou iniciantes: princípios e modernidade sempre deverão caminhar
Algum hobby: Natação
juntos. O desconhecimento, a imaturidade ou a ausência dos princípios
Um lugar:
técnicos e éticos fazem desequilibrar o pêndulo para as complicações e para
Montanhas rochosas canadenses
o descrédito profissional.
Música inesquecível: Sonata Op.27. n. 2
Informativo – Como o senhor avalia o momento atual da SBC?
(Sonata ao Luar) Beethoven
Avanzi – A SBC vem progressivamente evoluindo, de acordo com
O que gostaria de ouvir de Deus
as tecnologias disponíveis no mercado. Com isto, vem contribuindo e
quando chegar à porta do céu?
alavancando melhor a comunicação e a atualização científica para seus
Na próxima vida, você será um pouco
associados, em especial com as programações online.
melhor do que quando a deixou.
011 11
mens sana
A adrenalina de um aquanauta O presidente da Regional SBC Paraná, Décio
uma semana de duração”, conta o ortopedista e
de Conti, é um admirador da natureza,
cirurgião de coluna.
especialmente, das belezas naturais do
O “batismo” foi em direção a Bombinhas, litoral
fundo do mar, as quais conhece tão bem e de forma
de Santa Catarina, e de lá à Ilha do Arvoredo, paraíso
tão íntima: mergulho.
ecológico, reserva biológica e local excelente para a
“Eu sempre fui afeito a atividades e esportes praticados na água, piscina ou mar. E, por influência de amigos, decidi fazer um curso de mergulho com
prática de diversas especialidades relacionadas com o mergulho autônomo, na opinião do ortopedista. “Historicamente a humanidade é fascinada pelo
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Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
mar e tenta desvendar seus segredos e mistérios de diversas formas. Registros comprovam que há 6.500 anos o homem já criava acessórios para incursão no mundo subaquático”, explica. Para De Conti, já na primeira experiência ele se deparou com um mundo novo, a começar pelo ambiente diferente, ausência de gravidade, respiração controlada, paz e relaxamento. “Novas criaturas, cores exuberantes, diversidade de formas, areia branca em contraste com indescritível azul e o contato íntimo com a natureza. E para atingir mergulhos mais profundos foi rápido”, salienta. A partir da experiência inicial e também das promovidas por outros cursos, ele uniu-se a um grupo de pessoas interessadas em viajar e mergulhar com o objetivo de adquirir novas experiências e adrenalina. O ortopedista passou a estudar os princípios do mergulho, sua história, suas técnicas e desenvolvimento tecnológico, equipamentos, roupas, segurança e roteiros, descobrindo lugares que pareciam distantes, porém que ficavam mais perto e mais focados, a cada página lida, cada vídeo degustado, cada palestra absorvida. “Com o grupo formado e entrosado — é muito importante conhecer os parceiros de mergulho, aqueles que poderão te ‘safar’
técnicos envolvendo uma meticulosa preparação e
de uma enrascada —, viajamos para lugares clássicos e também
treinamento com troca de gases e períodos longos de
inusitados: Paraty, na Baía da Ilha Grande, Arraial do Cabo, Abrolhos,
descompressão.
a Laje de Santos, o naufrágio do Recife, a água incrivelmente clara de
“A 60 metros de profundidade, deparamos, deitada
Bonito, o Caribe Colombiano, a Flórida e, finalmente, o sonho de dez
serenamente sobre o leito do oceano, com a Corveta
entre dez mergulhadores, Fernando de Noronha”, destaca.
Ipiranga V-17 da Marinha Brasileira, naufragada naquelas
Segundo De Conti, a ilha abriga um conjunto de condições
águas após manobra desavisada de seu comandante,
absolutamente incríveis para o mergulho. “Diz-se que os deuses se
abalroando-a contra recifes na costa de Noronha. Com
superaram na criação do arquipélago: águas mornas e cristalinas
uma descida rápida de cerca de 2 ou 3 minutos pelo
com visibilidades em torno de 30 a 40 metros em alguns sítios,
cabo de proa, visualiza-se na imensidão do azul a figura
vida marinha abundante, ainda parcialmente intocada, condições de
fantasmagórica do navio. O gás respirado é o NITROX (ou
correntes favoráveis, e qualidade de equipamentos e embarcações
EAN 32 – enriquecimento do ar respirado na superfície, rico
muito boas.”
em nitrogênio, com oxigênio – 32% de O2 – para evitar ou
Os tubarões estão presentes em todos os mergulhos, mas não há
diminuir os efeitos de narcose do primeiro). Como definido
relatos de ataques em Noronha. “Raias, tartarugas, moreias, meros
no planejamento, circundamos o navio, muito próximos de
gigantes, golfinhos, polvos, lagostas, várias espécies de peixes,
sua amurada, para permitir a visualização de sua estrutura,
corais, anêmonas e outras vidas somam-se ao simples prazer de
seus detalhes e diversos moradores, sendo um em especial.
mergulhar”, revela.
Um pré-histórico Mero de 120 kg que, dizem os nativos,
O mergulhador conta que realizou em Fernando de Noronha mergulhos recreativos para contemplação, além de dois mergulhos
vivia por ali há mais de 50 anos, usufruindo de uma casa e de fonte inesgotável de alimento”, descreve De Conti.
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mens sana
Com o roteiro combinado cumprido no tempo previsto e controlado segundo a segundo por meio do computador de mergulho, De Conti e outros mergulhadores retornaram ao cabo para iniciar a subida, num tempo total de fundo de 15 minutos. A grande aventura de desvendar o fundo das águas de Fernando de Noronha era real para Décio e os mergulhadores que o acompanhavam. Agrupados, eles iniciaram a subida, um a um, de olho no profundímetro e no manômetro. De Conti explica que, segundo a tabela de mergulho e conforme o planejamento do mergulho, eles subiram cerca de 10 metros, na velocidade de subida preconizada, parando durante o tempo necessário para a descompressão, cerca de 5 ou 6 minutos, e daí mais 10 metros e assim por diante até os 5 metros, quando o equipamento e o gás foram trocados por oxigênio puro. “O tempo de descompressão total foi de
No fundo dos oceanos O sucesso de um mergulho técnico facilmente poderia ser comparado ao sucesso obtido em um procedimento cirúrgico complexo, bem como a “operação” em si.
45 minutos até a emersão, o resgate pelo barco de apoio e
Planejamento meticuloso, conhecimento dos
o retorno à embarcação principal com a sensação de dever e
princípios, táticas e técnicas, escolha correta de
tarefas cumpridas com perfeição e a certeza de ter estado em
equipamentos, reconhecimento e reação correta às
um lugar que poucas pessoas terão o privilégio de conhecer
intercorrências, paciência, tranquilidade, seguimento
e vivenciar”, disse.
metódico dos passos planejados e, claro, emoção fazem do mergulho técnico e do procedimento cirúrgico atividades comparáveis, uma contribuindo em treinamento para o sucesso da outra. Depois de Fernando de Noronha, seguiram-se outras aventuras: Cuba, Mar Vermelho e a última nas Ilhas Galápagos (Equador) por 7 dias embarcado e conhecendo o mundo sob e subaquático, que inspirou Sir Charles Robert Darwin a descrever sua teoria de evolução das espécies e onde fizemos três mergulhos seguindo os Tubarões-Baleia de 7 a 8 metros de comprimento. E a seguir, a Grande Barreira de Corais, na Austrália, e os mergulhos com as Raias Mantas em Los Cabos, no México. “Não tenho pretensões de conhecer os 7 mares. Bastam-me seis. Um reconhecimento aos professores, incentivadores e amigos Carol e Reinaldo, da Acquanauta Mergulhos.” Décio de Conti
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atuação Comitê de Coluna do Chile quer ampliar parceria com a SBC
O
Comitê de Coluna da Sociedade Chilena de Ortopedia e
los procesos degenerativos de la columna y así poder
Traumatologia (SCHOT) pretende fortalecer a parceria
prevenir enfermedades que hoy solo podemos tratar
com a SBC, principalmente em relação à criação de
en estados avanzados. En este sentido creo que la
intercâmbio de atualização científica para jovens cirurgiões de coluna
investigación en columna vertebral debe estar dirigida
dos dois países. Nesta entrevista por e-mail, o presidente Julio Urrutia
a resolver estas preguntas.
Escobar fala sobre a atuação do Comitê e as realizações de sua gestão,
Informativo: ¿Cuáles son las dificultades y facilidades para operar pacientes con problemas de
que termina em 2012. O cirurgião de coluna é graduado em Medicina pela Escola de
columna vertebral en Chile?
Medicina da Pontíficia Universidade Católica do Chile. Fez residência
Urrutia - En Chile tenemos asegurada por ley la
em Ortopedia e Traumatologia pela PUC/Chile e fellowship in Spinal
cobertura quirúrgica en pacientes con escoliosis
disourders, na University of California, San Diego. Atualmente é chefe
de hasta 25 años y de hernia discal lumbar.
do Departamento de Ortopedia y Traumatologia da PUC/Chile.
Desgraciadamente esto no es así para otras patologías
Informativo: ¿Cuáles son las principales acciones desarrolladas
y especialmente en el sistema público tenemos largas esperas para poder resolver patología degenerativa
en su gestión? Julio Urrutia Escobar - El Comité de columna de la SCHOT (Sociedad
distinta a la hernia discal. Esto es especialmente
Chilena de Ortopedia y Traumatología) es el organismo encargado de
complejo frente a la necesidad de instrumentaciones
los aspectos científicos, educacionales y de extensión en lo referente a
que resultan muy costosos para nuestros pacientes y
la patología de columna vertebral entre los especialistas de Ortopedia
sistema de salud.
y Traumatología y hacia la comunidad. Entre las actividades que el
Informativo:
¿Existe
algún
programa
de
comité tiene está organizar una reunión mensual para discutir temas
intercambio para los miembros jóvenes de la
de la subespecialidad y organizar las secciones dedicadas a columna
columna de la Sociedad brasileña y chilena?
vertebral del Congreso Chileno de Ortopedia y Traumatología que se
Urrutia - A la fecha no contamos son ningún
realiza anualmente y vincularnos con la comunidad en temas referentes
programa de intercambio para médicos jóvenes que
a la columna. Además el año 2010 nos tocó organizar un curso online
se dediquen a la patología de columna vertebral.
de patologías de columna dirigido a traumatólogos, residentes de
Esperamos que ha futuro podamos estrechar lazos
traumatología y también subespecialistas.
especialmente a través de sociedades como la
Informativo: ¿Cuál es su percepción sobre el futuro de la cirugía
SILACO. Informativo: Opina sobre planificación para el
de la columna vertebral? Urrutia - A cirugía de la columna vertebral es una especialidad que
año de 2013.
ha tenido un amplio desarrollo en los últimos años, permitiendo mejorar
Urrutia - Para el año 2013 no continuaré como
la calidad de vida de millones de pacientes en el mundo. Si bien hay
Presidente del Comité de Columna, pero esperamos
aspectos en los cuales ha habido un avance notable, existen otros en
poder continuar con las labores periódicas de
los que aún falta mucho por avanzar, por ejemplo: el entendimiento del
educación y extensión, incluyendo un nuevo curso
dolor lumbar axial y su tratamiento, entender mejor la fisiopatología de
online para el próximo año.
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atuação
SILACO promove intercâmbio entre sociedades de coluna ibero-latino-americanas
C
riada em 1991 com o objetivo de estreitar vínculos entre os países membros e promover o intercâmbio científico por um linguagem unificada, a Sociedade Ibero-Latino-
Americana de Coluna (SILACO) é formada pela Sociedade de Coluna da Espanha (GEER) e as Sociedades e Comitês de Coluna do países latinoamericanos, entre as quais a SBC. As entidades afiliadas se reúnem a cada dois anos na realização do Congresso da SILACO, sendo que a sede do evento é alternada entre um país da América Latina e outro em território espanhol. A entidade é presidida atualmente pelo Dr. Horacio Sarramea, que completou sua formação em cirurgia de coluna no Brasil, na Santa Casa de São Paulo, com os professores Waldemar de Carvalho Pinto, Elcio Landim e Osmar Avanzi, em 1983 e 1984. Horacio é cirurgião de coluna ortopedista e atua como diretor do Centro de Estudos das Enfermidades de Coluna Vertebral de Buenos Aires, com um staff de quatro fellows, além de professor adjunto da Universidade Nacional de Buenos Aires. Confira a entrevista com Horacio Sarramea, que traz uma visão geral sobre a SILACO e a sua opinião sobre o futuro da cirurgia de coluna.
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Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
Informativo- ¿Qué representa ser el presidente de la SILACO?
mas eficientes p ara la de los ancianos.
Horacio - El primer sentimiento es de un gran honor.
tecnologías. El aumento de la expectativa de vida llevará a soluciones
Lo segundo, representa el compromiso
Informativo - ¿Usted visita el Brasil con frecuencia? ¿Qué es lo que más te gusta en nuestro país?
construcción
Horacio - Visito Brasil desde hace 30 años, he vivido en Sao Paulo
de puentes entre los diferentes países. Tener
entre los años 1983 y 1984. Es uno de los países donde viviría, fuera
conciencia que somos los especialistas que cuidamos
de la Argentina. Lo que mas me gusta del Brasil es su gente, sus
la columna vertebral de 580 millones de habitantes.
habitantes, me fascina la alegría de vivir, el “todo bien”, cuando se saludan.
de trabajar intensamente
en
la
Informativo - ¿Qué objetivos se han construido en su gestión? Horacio - Apesar que SILACO tiene 21 años,
Por último, me gustan sus playas, su música y vuestra camaradería. Informativo - ¿Cúal es sua visão sobre la rotina del cirujano espinal? Horacio - Si bien la vida del cirujano espinal tiene momentos mu
carecía de estructura administrativa, por mandato
y gratificantes,
de la asamblea, hemos tramitado la personería
obligan al esp ecialista a mantener el temple y equilibrio que ayude a
jurídica en Montevideo - Uruguay, cuenta bancaria
seguir adelante. La actividad física pude ser un buen pasatiempo, nos
y próximamente se instalará la secretaría definitiva.
gustan las carreras de aventura. También la música, el rock and roll, llen
También se creó una nueva página Web com domicilio
a parte de nuestra vida.
también tiene tempos difíciles, de gran stress, que
en Uruguay (www.silaco.org) Continuar con los cursos de Educación médica continuada, (Bolivia, Chaco y Paraguay) y la creación de una gran base de datos. Seguir incorporando países entre ellos Portugal y resto d e Iberoamarica. Informativo - ¿Cuál es su percepción sobre el futuro de la cirugía de la columna vertebral? Horacio - Mi percepción es que vamos camino hacia la solución de problemas complejos por vías de menor agresión. Por otro lado las
Informativo - Cuáles son las principales etapas de su carrera profesional? Horacio - La primera etapa fue la formación básica en Or topedia y Traumatología, posteriormente el entrenamiento y especialización en cirugía d e la columna vertebral. Por último la creación de un equipo de trabajo interdisciplinario para el trabajo asistencial e investigación clínica. Informativo - ¿Cuál es el lugar de su formación en cirugía de la columna?
investigaciones genéticas nos van a permitir
Horacio - Hospital de Clínicas de la Universidad de Bs. As., Prof. José
en el futuro la detección precoz de patologías
Manuel del Sel. Hospital de Niños de Bs. As., Prof. Carlos Tello.Santa Casa
y así poder prevenirlas. Vamos a mejorar los
de la Misericordia de Sao Paulo, Prof. Waldemar de Carvalho Pinto,Prof. Elcio
diagnósticos por imágenes a través de nuevas
Landim y Prof. Osmar Av anzi. Visitas a centros de Europa y Estados Unidos.
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sociedade
Com
53
aprovados
dos
65
candidatos
inscritos
(5 desclassificados e 7 reprovados), a Comissão de Capacitação Profissional (CCP) realizou em 21 de novembro, em Ribeirão Preto, a Prova da Admissão 2012 para novos sócios da SBC. Segundo o coordenador da CCP/SBC, Edson Pudles, a quantidade de candidatos tem crescido 10% a cada ano. “Este ano, dentre os 60 candidatos que fizeram a prova, oito eram
Cresce o número de candidatos a novos sócios
neurocirurgiões, o que demonstra que a necessidade de pertencer à Sociedade é interessante e benéfica aos cirurgiões de coluna.” A exemplo dos exames anteriores, a prova escrita é de 50 questões de múltipla escolha e a prova oral apresenta 10 questões, mais a avaliação de dois examinadores. Para completar a avaliação, são pontuados um trabalho científico e o currículo do candidato. Na edição 2012, a CCP introduziu uma modificação no sistema de avaliação da prova oral. “Anteriormente a questão era avaliada como suficiente ou insuficiente. Neste ano a pontuação para a questão foi 0, 1 ou 2”, destaca Pudles, que classifica a nova metodologia mais correta para com o examinado. O próximo exame será realizado em 21/11/2013 e será alterado o horário da realização da prova escrita, que está marcada para se iniciar às 13h30min e terá 90 minutos para solução. Já a prova oral será às 16h. O coordenador da CCP salienta que os candidatos a novos sócios estão enviando o seu Currículo sem os comprovantes exigidos no edital, consequentemente, não recebem a pontuação devida. Aberta para sugestões que possam melhorar a nossa avaliação, a CCP conta com o apoio de examinadores convocados e de voluntários para o êxito do Exame de Admissão de novos sócios. “Sem este grupo de colegas, o nosso exame seria impossível de ser feito”, sentencia Pudles.
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Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
Aprovados Alan Robert Wieczorek
Hugo José Sousa S. Silva
Alderico Girão Bastos de Barros
Humberto Bortolo Neto
Alex Pereira Alves
Jonatas Sanchez Fernandez
Alexandre Barros Costa
Juliana Maciel de Souza
Anthoni Simon
Kiyomori de Quental Tyba
Caio Vargas Yoshino
Luis Antonio Medeiros Moliterno
Carlos Abdalla Castro
Luis Fernando Budke Hoffmeister
Carlos Henrique Araújo Silva
Marcel do Nascimento Martins
Cleber Alexandre Morais Façanha
Márcio Heleno Lopes
Diogo Barbosa de Carvalho
Marcos Gassen Martins
Diogo Costa de Almeida
Marcos Salgado de Pádua
Djalma Castro de Amorim Junior
Martins Back Neto
Edgar Takao Utino
Mauricio Guimarães Pimentel
Eduardo Augusto Iunes
Moysés Isaac Cohen
Elinton Reinaldo Bachmann
Paulo Leandro Souza Martins
Emilte Pulcinelli
Pedro Luz Alves
Everton Quadros Fiebig
Pedro Ricardo de Mesquita Coutinho
Fabio Araujo Fernandes
Rafael Brehm da Costa
Fernando Luiz Guedes Lauda
Rafael Osório Rocha
Fernando Tadashi Salvioni Ueta
Ricardo de Souza Portes Meirelles
Franz Jooji Onishi
Rodrigo Augusto do Amaral
Frederico Araujo Leite
Rodrigo Porto Amorim Guedes
Giselle Mayumi Hayashi
Thiago Ferreira Nunes Pereira
Gustavo Rodrigues Brianeze
Thiago Leonardi Azuaga
Heitor Takaki Olmos
Thiago Pereira Coutinho
Henrique Gomes Noronha
Vinicius do Nascimento Souza
Herton Rodrigo Tavares Costa
SBC:
Nova Diretoria 2013/2014
próxima edição
CBC2013:
Todos os caminhos nos levam a Florianópolis
Serviços Credenciados: Conheça mais três instituições que formam cirurgião de coluna no país
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artigo
Médicos devem ir trabalhar quando estão doentes? O que você faz quando está doente o suficiente a ponto de estar debilitado ou com alguma doença contagiosa? Toma remédio para mascarar os sintomas e vai trabalhar? Ou você fica em casa? João Abel Manta
Há pouco tempo, um sênior da High School de Nogales (Arizona) recebeu um título recorde por não ter perdido um dia de escola, em 13 anos. Tais valores de diligência e presença são medalhas de honra para muitas pessoas. Para a maioria dos médicos, a autodisciplina e a superação da dor são ideais arraigados. Mas essa força perseverante se torna uma história diferente quando você está doente e está indo para o consultório ou para o hospital para ver seus pacientes. Enquanto a maioria dos médicos têm boas intenções em relação ao atendimento médico, seus planos podem sair errrados. Em primeiro lugar, você não pode fazer mal aos outros: afinal, você pode transmitir a doença para funcionários e pacientes. Você pode se tornar o Paciente
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Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
Zero em seu consultório, que, sem querer, passa germes
será renumerado quando você não atender os pacientes. Se
ou algum vírus, na tentativa de curar as pessoas. Ou,
você é um especialista ou realiza atendimento primário na
se você não está se sentindo disposto, sua clareza e
área de saúde, a falta ao trabalho pode representar uma perda
discernimento, assim como o julgamento e suas ações,
considerável de sua renda.
podem acabar sendo prejudiciais em vez de ajudar.
Modelo de Função: Os médicos sabem que é importante
Em 2010, um artigo publicado no Journal of General
transmitir “faça o que eu faço”, em vez de “faça o que eu
Internal Medicine observou que 80% dos médicos
digo”. Isso poderia significar vir trabalhar, não importa o quão
trabalham até mesmo com doenças graves. Entretanto,
difícil seja.
orientam seus pacientes a ficarem em casa por estarem na mesma condição.
“Os médicos querem servir como um modelo para o seu pessoal”, diz um endocrinologista New Jersay. “Você não quer
“Os médicos não devem vir trabalhar quando estão
que seu pessoal o chame cada vez que um der um espirro.”
doentes, mas todo mundo faz isso”, diz um médico de
(Entretanto, sabemos que, em geral, os funcionários são tão
família, de Atlanta. “Se o mantenedor das consultas não
dedicados como os médicos, forçando-se para irem trabalhar,
puder vir, você terá que reagendar 25 pessoas. Todos os
não importando a condição de saúde.)
pacientes devem ser chamados e remarcados, e isso é um transtorno para todos”. O médico observou que médicos doentes vão trabalhar por pelo menos uma das seguintes razões:
Assim, os médicos tentam mostrar que eles podem superar a doença e aguentar “para entrar e fazer o seu trabalho”. Se os carteiros podem perseverar na chuva, neve, sol forte e granizo, os médicos sentem que uma gripe não deve derrubá-los.
Altruísta: Se você cancelar seus pacientes com
Paranoicos: Alguns médicos de cuidados primários ficam
consulta marcada, porque você está doente, você
preocupados com o fato de que uma visita cancelada pode
está criando algumas dificuldades para eles. Muitos
induzir o paciente a consultar em outro lugar, como outras
malabarismos foram feitos nos horários de seus pacientes
clínicas (se o paciente não tem um problema que parece
e eles planejaram o dia para poder consultá-lo. Alguns
muito grave). O paciente pode ir até mesmo em outro médico
estão contando em vê-lo para que os ajude a se sentirem
que tenha horários disponíveis.
melhores ou monitorarem sua condição de saúde.
Se você é um médico empregado, e não está preocupado
Se você estiver com um grupo grande, outros
em perder renda, você ainda tem, sim, com o que se
profissionais podem ser capazes de cobrir um pouco de
preocupar: se você não for para o trabalho, vai ser percebido
sua ausência, mas esticar esse tempo acaba sendo um
como um médico não dedicado, como um profissional que
fardo para eles. Mesmo pertencendo a uma equipe, existe
“não trabalha duro”.
a realidade de arcar com o ônus sozinho. O autointeresse: Se você tem um consultório particular ou se faz parte de uma equipe em geral, não
Fonte: Leslie Kane, Other, 12:34PM Jun 11, 2012 http://boards.medscape.com/forums?128@310.dm2BaBgdlJd@.2a326f6c!comment=1
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atualidade Custos econômicos no tratamento de patologias da coluna vertebral De acordo com um relatório publicado pela revista Spine,
fisioterapeutas foi o serviço mais caro ao longo da
edição setembro/2012, os gastos com o tratamento de
década de estudo, mas os gastos com fisioterapia
problemas na coluna lombar e cervical quase dobraram desde o
pareceram diminuir ao longo do tempo.
final da década de 1990, em especial, a partir de maiores gastos desembolsados no atendimento por médicos especialistas.
A lombalgia é o segundo motivo mais comum para consultas médicas em geral, após infecções
Ao mesmo tempo, os gastos com cuidados de saúde
respiratórias das vias aéreas superiores. Dr. Davis e
primários, quiropraxia e fisioterapia para problemas de
coautores informam que: “Estimativas do total de
coluna mantiveram-se estáveis ou diminuíram, relata o
gastos em cuidados variam, mas o consenso geral é
estudo realizado por Matthew A. Davis, DC, MPH, do Instituto
de que aproximadamente US$ 90 bilhões são gastos
Dartmouth, Lebanon, New Hampshire.
no diagnóstico e tratamento da dor lombar, e um
Os pesquisadores identificaram que: “Recentes aumentos
adicional de US$ 10 a US$ 20 bilhões são atribuídos
dos custos associados ao fornecimento de cuidados médicos
a perdas econômicas na produtividade de cada ano”.
com foco em lombalgia e cervicalgia (em especial, com os
O estudo dá novas pistas sobre como os Estados
subespecialistas) estão contribuindo para o crescente peso
Unidos gastam seus “Spine Dollars”. Os resultados
econômico de gerenciar essas condições”.
mostram que as despesas relacionadas com a coluna
Onde é que os EUA gastam os seus “Spine Dollars”?
quase dobraram na última década e que a maior
Usando um banco de dados de gastos de saúde, o Dr.
parte do aumento está dirigido aos tratamentos
Davis e seus colegas analisaram a evolução das despesas
realizados pelos médicos especializados em coluna
para atendimento ambulatorial (isto é, em pacientes não
em especial, porque dependem de reembolso no
hospitalizados) por dor na coluna vertebral entre 1999-2008.
uso de novas tecnologias, tais como os estudos
O objetivo visava avaliar as tendências globais em despesas
de alta tecnologia de imagem. Em contraste, o Dr.
com os cuidados da coluna vertebral nos Estados Unidos, e
Davis e coautores comentam que: “Terapias com
também avaliar as características dos gastos dos diferentes
mínima tecnologia em nível ambulatorial, como a
tipos de planos de saúde.
quiropraxia e a fisioterapia, não experimentaram os
Em 2008, cerca de 6% dos adultos norte-americanos fizeram
mesmos aumentos nos gastos por usuário”.
uma visita ambulatorial para diagnóstico de dor na coluna
Os pesquisadores reconhecem algumas limitações
em um total de 13,6 milhões de visitas. A porcentagem de
de seu estudo, especialmente o fato de que ele não
pacientes que fazem visitas aos cuidados da coluna vertebral
avalia a eficácia de diferentes tipos de cuidados
ficou “bastante estável” ao longo da década.
para problemas de coluna. É particularmente
Ajustado pela inflação, o gasto médico anual para o cuidado
importante saber se o aumento dos custos de
da coluna vertebral por paciente aumentou 95%: de US$ 487 a
cuidados especializados é justificado pela melhoria
US$ 950 (em dólares de 2008). A maior parte do aumento nos
no prognóstico do paciente. Dr. Davis e seus colegas
gastos foi para cuidados prestados por médicos especialistas.
concluem que “futuras decisões políticas de saúde
Em contrapartida, houve pouca ou nenhuma mudança nos
devem estar em sintonia com a relação custo-eficácia
gastos para atendimento de patologias da coluna prestados
dos serviços de saúde ambulatoriais que gerenciam o
por médicos de cuidados primários: médicos de família,
atendimento dos problemas de coluna à população
internistas ou clínicos gerais.
em geral”.
As despesas relacionadas com a quiropraxia também se mantiveram estáveis. O tratamento despendido pelos
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Fonte: Newswise - Filadélfia, Pensilvânia 5/9/2012 Wolters Kluwer Health: Lippincott Williams & Wilkins
Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012
REVISTA COLUNA /COLUMNA
Surpreenda-se com a qualidade da produção científica brasileira na área da coluna vertebral.
Publicação científica da Sociedade Brasileira de Coluna • Artigos originais Versão online • Indexada nas bases Lilacs e Scopus/Elsevier Distribuição gratuita para sócios com anuidade em dia 023 Editor: Dr. Helton Defino • Editor Executivo: Dr. Sérgio Daher
Assinatura para não sócios:
R$ 80,00 SBC
Sociedade Brasileira de Coluna