Inkomum

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Projeto cria

tatuagens

incríveis para sobreviventes

de

câncer

mama

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Depois de ganhar a luta contra o câncer de mama, muitas mulheres precisam conviver diariamente com outro problema: as cicatrizes deixadas pela doença (metafórica e literalmente). Algumas vezes pode ser difícil se reconhecer com tantas mudanças. É aí que muitas delas encontram nas tatuagens uma nova forma de beleza para seu corpo. Após passar por uma mastectomia, cirurgia que retira um seio ou uma parte dele, essas mulheres recorrem a artistas para que as cicatrizes ganhem um novo significado em seus corpos. Mais do que o efeito estético, as artes ajudam as mulheres a se sentirem novamente bonitas. O projeto Personal Ink, ou simplesmente P. Ink, é uma maneira de ajudá-las a encontrar o desenho perfeito para estampar seus corpos e colocá-las em contato com tatuadores que possuam experiência em tatuagens do gênero. O resultado deste projeto são algumas das imagens abaixo:


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Papai Noel é aquele velhinho de barba branca e olhar tranquilo que está sempre disposto a cantar o “Jingle Bells” com as crianças, certo? Quase. A aparência do Papai Noel Vitor Martins é um pouco diferente do que você esperaria. Aos 59 anos, ele tem 94% do corpo tatuado e usa piercing nos mamilos. Vitor é publicitário e artista plástico e fez a sua primeira tatuagem aos 33 anos. Desde então, não parou mais. Foi apenas aos 46 que decidiu se dedicar ao ofício de Papai Noel durante as festas de final de ano, em São Caetano do Sul. Hoje ele trabalha em shoppings, comerciais e programas de televisão, mas ainda prefere escutar bandas de metal como AC/DC e Black Sabbath às canções natalinas. O segredo de Vitor foi evitar tatuar o rosto, por medo de que isso atrapalhasse sua profissão. A roupa pesada e luvas brancas escondem as tatuagens feitas no corpo e ele garante que a barba e o cabelo branco são naturais.

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Quem tem muitas tatuagens espalhadas pelo corpo certamente já ouviu aquela perguntinha típica: “já imaginou quando você ficar velho?“. Quem faz a pergunta, certamente não conheceu essa vovó britânica de 77 anos, que tem mais de 90% do corpo tatuado. A relação de Isobel Varley com as tatuagens começou tarde, aos 49 anos, quando visitou uma convenção de tatuagem, em 1986. Nessa época, ela ainda não tinha nenhuma arte na pele, mas se impressionou ao ver como aquelas pessoas tatuadas eram diversas e pertenciam a todos as tribos e classes sociais. A beleza daquelas peles desenhadas fez com que ela tomasse a decisão de fazer sua primeira tattoo: um pássaro nas costas. Desde então, não parou mais. Já são mais de 200 desenhos espalhados por todas as partes do corpo, o que lhe rendeu o título de senhora mais tatuada do mundo. “As únicas partes que não estão completamente tatuadas são meu rosto, as solas de meus pés, minhas orelhas e parte de minhas mãos”, diz ela.

90 %

do corpo

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O que você esconde por baixo das roupas? Estas 14 pessoas fotografadas por Alan Powdrill já têm a resposta na ponta da língua: milhares de tatuagens e muito estilo. Homens e mulheres, jovens e idosos, todos expõem suas obras de arte na pele com muito orgulho e pouca (ou nenhuma) roupa. O fotógrafo mostra bem como a arte no corpo é capaz de mudar a aparência destas pessoas, em um ensaio que as mostra com e sem roupas. Chamada de Covered (“Coberto”), a série chama a atenção por mostrar as tatuagens que muitas vezes não vemos, por se esconderem sob as vestimentas das pessoas.

Esta é também mais uma prova de como é errado julgar as pessoas pela aparência!

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Para muitas pessoas, pior do que cumprir uma pena atrás das grades, é seguir a vida depois disso. O preconceito e as cicatrizes não raro impedem que o ex-detento consiga recomeçar seus planos, alcançando um emprego e formando ou retomando sua família. Entre as diversas marcas que a prisão deixa, estão as tatuagens. Feitas como forma de expressão em um ambiente opressor ou para pertencer a um grupo, esses desenhos costumam ser marcados na pele com tinta de caneta, equipamento improvisado e sem muitos cuidados. Como resultado, marcas das quais os ex-detentos têm vergonha.

Um sensível projeto chamado Freedom Tattoos (“Tatuagens da liberdade”, em português) busca recuperar a autoestima de exdetentas polonesas ao oferecer cover-ups gratuitas. Tatuadores profissionais conversam com essas mulheres e propõem novas tatuagens para cobrir as antigas. “As cover tattoos são desenhadas e feitas por profissionais qualificados usando ferramentas e métodos adequados, e não só são de qualidade excepcional, como também são pensadas para cobrir totalmente as antigas e indesejadas tatuagens“, afirma o site oficial do projeto, desenvolvido pela Pedagogium WSNS, faculdade de Ciências Sociais de Varsóvia, na Polônia, e pela agência ISOBAR Poland. Além de serem um constante lembrete de seus passados, as tatuagens de prisão contribuem para o preconceito, tornando ainda mais difícil a tarefa de encontrar um trabalho. Com as coverups, essas mulheres se sentem verdadeiramente livres e prontas para começar uma nova vida,

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