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Welington JosĂŠ Ferreira
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Prologo
Como saciar a alma de um homem que perdeu tudo o que tinha, que teve todas as suas crenças afrontadas, todos os seus terrores manifestos, já não possuindo mais esperança, nem na vida, nem na morte e nem em Deus? Um dos milagres do Livro de Jó é que Deus se propõe a responder integralmente a todos os questionamentos íntimos de seu servo. Jó é contemporâneo de Abrão ou de Moisés, viveu um pouco antes ou mesmo durante a época da escravidão israelita sob a égide do Egito. Vive seu próprio sacerdócio e desconhece um sistema que proteja o pobre da violência, traçando as linhas de sua indignação ao contemplar toda a sorte de indignidade de seus semelhantes. Ele ao expor sua tragédia pessoal soma seus questionamentos na contemplação da injustiça observada onde ímpios desprezando toda noção de humanidade roubavam até crianças de peito de suas mães sem ampara e sem condições de se opor a tamanha selvageria, conforme suas impressões no capítulo 24. As respostas de Deus dadas para Jó têm que ser de acordo com a integridade que ele demonstrou do início de sua provação até aquele momento e responder a sua indignação com respostas que SACIEM SUA SEDE E FOME DE JUSTIÇA. Quando finalmente Deus se manifesta, vai falar a um homem massacrado pelo cansaço, pelo desprezo, marcado pela enfermidade e pela dor, física, moral, social. Perdeu sua família de morte trágica, incluindo suas três filhas. Não é uma aparição fantasmagórica, uma poesia idílica ou a descrição de fenômenos naturais que poderia abrandar a dor do coração de um pai sem esperança. Ao responder a Jó, este ainda é um moribundo, ele vê diante de si a morte chegando rápida para abraçá-lo. Embora diante de Deus Jó jamais morrerá , não é isso que pensa. Deus o admira pela sua honestidade. A eternidade, anjos e mesmo as potestades malignas observam atentas aquele espetáculo da força de um homem, que lutou contra absolutamente TUDO pelo direito de ter uma resposta, e essa resposta seria aquela que se inicia no capitulo 38 e finda em 42 do livro de Jó. Se eu fosse responder a indagação: Porque Deus salvaria a humanidade? Eu responderia – seria por causa deste homem. 3
CAPITULO PRIMEIRO
Em sua integridade extrema Jó aposta tudo que é. E Deus não será superficial em responder a sua indagação. O que deus dará a Jó é além de simples conhecimento sobre fatos eternos, ou uma mistificação sobre a realidade humana. Há um processo de revelação que se baseia também em RESPEITO. A palavra integridade mancha as páginas de Jó, e marcará as respostas de Deus em correção, em idoneidade, em relevância, em dignidade e em VERDADE. Em verdade te digo poderia ser acrescido a cada um dos versos que confortarão e que terão tal impacto em Jó, que ao final ele por si mesmo RECONHECERÁ a grandeza e mesmo a INTEGRIDADE de Deus. Deus não irá responder a Jó com fantasias ou irrealidades. Algo estará acontecendo de tamanha monta que a dor de meses de agonia, que a casa vazia dos risos de seus filhos, que a pobreza presente, que a doença ainda existente, que a dor ainda penetrante em sua carne não serão suficientes para aviltar a grandeza da resposta. No processo deus apresentará suas obras, mas não as obscuras, antes aquelas que ele, DEUS, considera as mais importantes. Jó mostrou para Deus aquilo que para ele dentre tudo que existia lhe era mais precioso. Deus vai mostrar dentre tudo que criou ou CRIARÁ as coisas que lhe são mais relevantes.
Não é sem propósito as escolhas das situações, dos seres, das representações dentro da criação, quando ele argui a Jó. As plêiades, a ursa maior e a ursa menor são antigas constelações conhecidas mesmo pelos babilônios e pelos egípcios. A estrela mais brilhante da 4
constelação da ursa menor é conhecida pelos astrônomos como Arcturus. Ela é 110 vezes maior que o sol. É sobre essa tremenda constelação que Deus desafia a Jó a entender de modo sutil, não sobre seu PODER, mas sobre sua INTELIGENCIA por dispor das Leis cósmicas que encaminham e sustentam as cadeias de constelações e interagem entre os astros. De verdade celestial em verdade celestial, desdobrando seu conhecimento sobre a estrutura do tempo, espaço e energia, descrevendo seu domínio e perfeição das leis que condicionam e direciona a própria vida, Deus estabelece suas declarações com a mesma base com que foi arguido, sinceridade, mostrando fatos, realizações. Conceitos que lhe são PRECIOSOS. Sobretudo, Jó permaneceu vivo movido pela fé inabalável na sua própria justiça. Seu passado aos seus olhos, tais como suas atitudes e seus ideais lhe foram absolutamente corretos diante de Deus. Deus irá responder defendendo Seus propósitos, Seus ideais, e sua própria Justiça. Não é uma divindade humilhando sua criatura, antes o Criador RESPONDENDO aos anseios de sua criação, a qual quer revelar-se de modo pleno, da qual não EXIGE ou OBRIGA a aceitar seu destino, ou curvar-se diante de fatos além da compreensão humana. Deus não trata a Jó como a um inferior, não se ufana de sua capacidade, sua grandeza ou sua própria deidade como forma de ‘calar a boca’ de seu serviçal. Não é o dono ou o Senhor mostrando seu domínio e autoridade sobre a carne que fala ao coração de Jó. O Domínio, a Autoridade, a Grandeza, a Imponência, a Transcendência, mesmo a Sabedoria ou a Soberania de Deus sobre sua criação não são suficientes e não o foram por quase 35 capítulos da sua história, não possuem o peso capaz de suplantar o drama e o desespero pelo qual Jó foi submetido. Um Deus íntegro, revestido de sua Dignidade é que se apresenta e conversa com Jó. É diante dessa Dignidade que a perda de seus filhos ganha uma dimensão desconhecida. É diante dessa tremenda Dignidade que Jó se considerará indigno. Quando se analisa o que é o Leviatã, isto deverá estar em mente, porque essa é a chave última para interpretação do mais desconhecido ser que um dia já habitou os arcabouços da criação. Deus não responderá a um semimorto, a alguém que teve tudo tirado de forma espantosamente repentina, mostrando coisas irreais. Diante dele se encontra a realidade humana, nua, manifesta, real. Foi contra poderes de trevas desconhecidos que Jó, sem nenhum recurso de Poder ou Autoridade, tinha lutado de modo desigual. Jó não é um 5
peão de um cósmico jogo de xadrez, não é uma resposta mórbida a um jogo de divindades, é antes a fé humana personificada. Quando Jó se levantou ao redor da fogueira naquela noite perdida nos tempos, quando clama por justiça ainda com os cacos em suas mãos, levava consigo a fragilidade e parte da história de todo ser humano que viveu ou viria a viver.
CAPITULO SEGUNDO
Quando Deus invocar as realidades que abrandarão a dor de Jó, elas também responderiam aos anseios contidos nos corações de todos os seres humanos. Sendo assim, não é com uma história fantasmagórica, com um conto escrito no coração dos povos, com uma imagem cultural ou com uma lenda que Deus responderá a TODA sua criação através de Jó. Será com algo que aos seus olhos é tão real quanto sua própria essência, será com algo que é ou representa uma realidade tão tangível quanto o enterro das meninas de Jó no dia em que vieram a falecer. Nas características do Leviatã,
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Deus propositalmente mencionará as filhas de Jó, mortas, como se elas ainda vivessem debaixo de sua autoridade ainda infantes. 5 Farias tu dele um animalzinho domesticado, como um passarinho, que se cria numa gaiola, que darias às tuas filhinhas para brincarem? Jó tinha sua pele carcomida por feridas e úlceras. E propositalmente Deus falará de pele , não de um tipo de pele comum, mas de uma pele indestrutível.
7 A sua pele, poderia ela ser furada por ganchos, ou a cabeça presa por arpões?
Jó possuía um coração inamovível e Deus falará o mesmo a respeito do Leviatã: 24 O seu coração é duro como uma rocha, é como uma mó, de moinho. Jó caminhou convicto de seus caminhos, de uma doutrina excelente – nunca nenhum homem jamais conheceu a Deus tão correta e firmemente antes das revelações sobre a pessoa de Deus nas Escrituras, lembrando que Jó é anterior mesmo ao Pentateuco – sem nunca se desviar do que ACREDITAVA mesmo quando praticamente destruído: 3 Porventura iria ele pedir-te que desistisses das tuas intenções e tentar brandamente fazer-te mudar de ideias? Na grande revelação divina no capítulo 38 de Jó, veja que não há precedente ou outro momento da história humana que Deus tenha declarado tantas coisas sobre sua criação em um único discurso. Moisés, Daniel, Isaías, Jesus, Paulo, João não manifestarão nas profecias, revelações ou ensino, tamanha profundidade sobre Deus e sua criação, quanto àquilo que a Jó foi revelado. O Livro de Isaías possui 66 capítulos sendo o mais extenso da bíblia hebraica e nem juntando todas as passagens nas quais Deus fala de seu relacionamento com a terra ou com o universo, teremos um quadro de tamanha magnitude e profundidade quanto àquele que foi entregue a Jó.
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Capítulo 38 12-13 Alguma vez pudeste tu mandar à manhã que aparecesse, e à alvorada que se levantasse lá para os lados do nascente? Alguma vez foste capaz de dizer à luz do dia que se espalhasse até às extremidades da Terra, para pôr fim à maldade da noite? 14-15 Então a Terra se apresenta grandiosa como as dobras de um belo manto colorido, ou perturbar o refúgio dos malvados, ou suspender um braço que se ergue, decidido a atacar? E desde as primeiras palavras de sua impressionante resposta, escuridão e maldade serão temas recorrentes em seu discurso. A maldade e a escuridão, Jô as provara em sua carne. Agora Deus iria lhe revelar a luz: 18 Quando espirra, a luz do sol reflete-se sem cintilações, semelhantes a raios, por entre os vapores da alva. Quando Deus convida a Jó a ver ao Leviatã, é porque Deus de modo visível, o está mostrando a Jó. Não há e nem houve no nosso mundo nenhuma criatura semelhante à descrita em Jó. Mas, a descrição é vívida, como uma imagem que ambos, Deus e Jó podem contemplar. Dentro da alma dos povos havia a imagem deste estranho dragão, adaptada às suas tradições e lendas. Creio que no momento da revelação divina Jó VIU ao animal, tal como Daniel aos quatro animais, Ezequiel aos seres viventes ou mesmo a besta que sai do mar, vista por João. Todas as visões de seres espantosos dados nas Escrituras, fora a dos seres viventes, correspondiam a eventos proféticos distintos e distantes. As visões EDIFICARAM aos profetas, mas a que Deus quer mostra para Jó terá que TRANSFORMÁ-LO.
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CAPITULO TERCEIRO
Deus não irá pormenorizar um ser fantástico para que Jó fique assombrado. Não é maravilhamento ou estupefação que Deus anseia. É conforto, é consolação. Jó foi massacrado do início ao fim das conversas com seus mais íntimos amigos, que lhe negaram talvez o único bem que alguém poderia lhe conceder naquele momento de pesar – compaixão e conforto. Bildade, Zofar e Elifaz bateram sem dó em Jó, acusaram-no de coisas terríveis em nome de suas falsas tradições religiosas. A manifestação divina irá conceder conforto, justiça, e verdade. Com falsidades Jó é tratado do início ao fim de sua tragédia. A visão divina busca RESGATAR a Jó de sua intensa tragédia. No momento no qual Deus se revela, existem pistas que nos mostram que a realidade está sendo alterada. Deus aparece num REDEMOINHO. Algo acontece que deixa claro que não está acontecendo só dentro da esfera humana, ou do mundo físico. É algo que abraça dimensões espirituais. Jó havia clamado a PRESENÇA de Deus, questionou o fato não poder encontrá-lo, de não saber como fazer para vê-lo face a face. Quando tal ocorreu no Sinai, a montanha tremia, raios e trovões eram manifestados, de tal modo que milhares de anos depois o escritor de Hebreus afirma que Moisés tremia também. Isso aponta que Jó não está vendo com seus olhos carnais. Está vendo coisas com os olhos espirituais, tais como os profetas do Velho Testamento. Ele arguiu sobre a integridade de Deus. Sobre seu senso de justiça, então Deus lhe mostra algo. E na medida em que tal coisa vai sendo apresentado o coração de Jó vai sendo tranquilizado. Na medida em que Deus descreve e lhe mostra a poderosa criatura, ele se sente consolado. O que Jô vê é um ser estranho. A descrição de Deus é apaixonada. Ele a descreve com vigor, ele a revela com alegria. 19 Seus olhos brilham como faíscas. Sai-lhe fogo da boca.
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20 O fumo brota das suas narinas, até parece uma panela fervendo com água, ou uma caldeira aquecida. 21 É verdade, a sua respiração bastaria para acender carvões jorram-lhe chamas da boca. 22 A força enorme que tem no pescoço lança o terror por onde passa. Deus a descreve ALGO de um modo jamais pensado por um ser humano: Com ADMIRAÇÃO. Ele (DEUS) admira sua força, suas chamas, as coisas espantosas que acontecem enquanto se movimenta. E Jó fica igualmente admirado. Deus descreve de tal modo a criatura, que mesmo SEU RASTRO, não lhe é menosprezado. Ele descreve o que FICA depois que ele SE VAI: 31 Quando se desloca deixa atrás de si um rasto de espuma. Agita violentamente os abismos dos oceanos. 32 Deixa atrás de si um sulco brilhante de espuma; poderia pensar-se que o mar gelou! CAPITULO QUARTO
O leviatã é um monstro deveras perseguido pela imaginação humana. De certo modo esboçado nas lendas, nas filmografias, na literatura, nas artes e mesmo na religião. Seja o Cracken de David Jones em Piratas de Caribe, no Godzilla japonês, uma ‘besta bondosa’ que semelhante a outra de Apocalipse também emerge do mar.
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Presente nas representações e arquétipos dos dragões chineses, onde a criatura é dotada de qualidades e virtudes; Possuindo uma estranha honra, uma dignidade oculta, sendo mesmo invocado pelas antigas dinastias como divindades protetoras, sempre em dualidade a outros malignos que atuavam em confronto com a humanidade, numa alusão estranha a um mundo espiritual em constante batalha. O termo dragão é revestido de não singular honra. Os Lutadores e mestres em artes marciais recebem o título de dragões, os monges Shaolin tatuam dragões sobre o corpo como símbolo de proteção. Creio que o Leviatã é representado pelo dragão. Na verdade o retrato de Jó é quase o retrato de um dragão. Vejamos um texto sobre o assunto, sua mitologia, uma mistura de mística e referencial literário dos povos. A palavra dragão (em inglês, dragon) vem do grego drákon, que deriva do verbo derkomai, "olhar", pois seu papel no mito grego é o de vigiar tesouros cobiçados. O nome tem sido dado a criaturas mitológicas muito diversas, de diferentes culturas. O dragão está presente nas lendas da antiga Grécia quando o chamado Tifão caçou os deuses do Olímpio, outro foi morto por Apolo e um com três cabeças foi morto por Hercules. O romano Plínio, em sua Historia Naturalis falou que os dragões infestavam a África. A concepção romana evoluiu a partir da grega, combinada com elementos do Oriente Médio - como o musrussu de Babilônia No Império Romano, cada coorte tinha um signum (estandarte militar) particular e depois das guerras Dácias e Partas de Trajano no oriente, o estandarte do dragão (Draco), passou a ser usado nas coortes Sarmatarum(Sármata) e Dacorum (Dácia), ou seja, as coortes 11
de cavalaria. Provavelmente era de origem iraniana: segundo a Historia Augusta, haviaPersici dracones no tesouro quando Aurelianus reconquistou Palmira (272 d.C.). Pinturas coptas do século V, referentes à ocupação sassânida do Egito, mostram essas forças carregando dracos. O animal mítico denominado draco era um grande dragão (de comprimento aproximadamente equivalente à altura de um homem) fixado na ponta de uma lança, com grandes mandíbulas abertas de prata e o resto do corpo formado de seda colorida. Com as mandíbulas abertas para o vento, o corpo de seda inflava-se e ondulava, assemelhando-se a uma biruta. Mais tarde, a partir do final do século III, foi usado também pela infantaria. Esse signum é descrito em Vegetius Epitoma Rei Militaris, 379 d.C. (livro II, capítulo XIII, De centuriis atque vexillis peditum): Primum signum totius legionis est aquila, quam aquilifer portat. Dracones etiam per singulas cohortes a draconariis feruntur ad proelium "O primeiro signo da legião inteira é a águia, portada pelo aquilífero. Além disso, dragões são levados às batalhas por cada coorte, pelos draconários". Os dragões são entre as mais antigas criaturas mitológicas, por isso praticamente aparecem nas lendas de todos os povos, eis porque são igualmente distribuídos em todos os territórios. Nas antigas lendas os dragões eram conectados à água e ao fogo, seja como seus criadores ou como destruidores. Em muitas histórias e contos os dragões inicialmente viviam nos fundos marinos onde custodiam imensos tesouros, especialmente perolas. No livro de Isaias vemos um ‘dragão’ que habita os mares. Assim como no conto chinês do príncipe Nezha. Algumas lendas afirmavam que o dragão na sua primeira fase de vida nascia como serpente aquática e após cinco séculos transformava-se em serpente com cabeça de carpa. Noutros contos o dragão-serpente precisava de mil anos para adquirir um aspecto mais conhecido, com quatro patas dotadas de garras e o rosto alongado, cercado por uma barba híspida e uma crina de aspecto bem selvagem. Após mais 500 anos o dragão alcançava a terceira fase de desenvolvimento acompanhado com o comparecimento de longas cornas ramificadas, muitas procuradas para os homens porque consideradas ótimo remedia contra a loucura. Os dragões alcançavam a total maturidade após três mil anos, quando no corpo apareciam asas ramificadas que permitiam de 12
voar. Nas lendas da antiguidade nós lemos que grande parte do controlo atmosférico, era obra dos dragões. “Nuvens, trovões e relâmpagos eram produzidos pelo respiro deles.” A representação de um dragão resultava da união de varias partes de variadas criaturas: pode apresentar patas e asas de águia ou de morcego, talvez uma cabeça ou patas de leão, como também escamas de peixe, cornas de veado ou forma de serpenta com ou sem asas. Sua variação cromática é bastante fantasiosa também: alguns eram pretos, outros vermelhos, mas também verdes; brancos e amarelos. O poder destrutivo imaginado do dragão era principalmente constituído pelo seu hálito de fogo, que nas lendas a seu respeito, como no filme baseado na série de livros sobre o Hobbit de Tokien, “a desolação de Smaug” podia incendiar vilarejos inteiros. Até os olhos dos dragões tinham esta característica incendiaria e alguns acreditavam que refletiam os brilhos dos tesouros protegidos por eles. Isso é explorado na cena em que o dragão guarda o imenso tesouro dos anões. Os dragões dos países nórdicos da Europa assumiam às vezes aspectos de um cisne, que simbolizava o grande frio glacial; Cada país assimila nas lendas draconianas sua gama climática. O dragão não temia nada, a exceção do elefante com o qual combateria até o ultimo sangue. A luta destes dois gigantescos animais, um mítico e o outro real é simbolizada atualmente pela emergência econômica da China e da Índia Nas Etymologiae, a primeira enciclopédia escrita na Idade Média (entre 599 e 636 d.C.) o bispo Isidoro de Sevilha ainda descreve o dragão como "a maior das serpentes", encontrada na Índia e África. Não é venenosa, mas mata até elefantes prendendo-lhes os pés com a cauda e sufocando-os com seus anéis. Parece uma descrição exagerada das pítons, as grandes serpentes constritoras da África, Ásia e Austrália análogas às nossas jibóias. Aliás, é possível que a palavra anaconda - o nome pelo qual a sucuri é conhecida em inglês e espanhol - originalmente se aplicava à píton asiática e talvez derive do tâmil ánai-konda, "mata-elefante". O dragão é inimigo do sol e da lua seja na mitologia ocidental que aquela oriental, imaginava-se também que era o responsável único dos eclipses. Acreditava-se, de fato, que este fenômeno natural se apresentasse quando o dragão aparecia da esfera da astronomia primitiva. Uma crença difundida quase em todo lugar, associa o dragão à morte e sustem que alguns 13
homens na hora da morte transformavam-se em dragões, virando guardas dos próprios túmulos, em muitos casso ricos de tesouros. Estes túmulos mortuários enfeitados com objetos valiosos eram conhecidos com o nome de Colinas dos dragões . Em outras lendas os dentes dos dragões que eram plantados, cresciam até se transformar em um exercito de guerreiros, uma insólita associação à reencarnação. Uma vez que o dragão representava o inimigo natural do homem, matá-lo tornou-se de fundamental importância, isto explica porque nasceram muitas citações sobre batalhas entre deuses e dragões, santos e dragões e, no mundo medieval, cavaleiros e dragões. Nos dias de hoje a ultima esperança de vivenciar a existência de um dragão era suportada para os mistérios de Lochness, na Escócia. Essa mitologia também é atualmente lembrada pela ciência. Pois o Leviatã é representado na Ciência: Seja nos Dinossauros, ou numa visão de um Dragão de Komodo. Podemos achar algumas de suas características e mesmo semelhanças em criaturas marinhas: Tais como os peixes peixes abissais. Na Squid (Calamar-Lula gigantesca) a mesma que originará o Cracken de Piratas do Caribe. Temos ainda a serpente marinha, e os fósseis de gigantescas serpentes encontradas. A Paleontologista Zulma Gasparini, professora da Universidade Nacional Argentina de La Plata, examinou o crânio de um fóssil de antiga serpente marinha. Gasparini e seu colega de trabalho Luis Spalletti recentemente encontraram novos fósseis na Patagônia. A descoberta foi descrita em 11 de novembro de 2005 no jornal Science.
Todas estas representações: míticas; cientificas; literárias; a apresentação mesmo de um fóssil de uma antiga serpente marinha de dimensões assustadoras; são o preâmbulo dessa aventura de exegese. Cujo final é verdadeiramente encantador.
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CAPITULO QUINTO
Novamente estamos nós a sós, você, eu, bilhões de anjos (não ouse me perguntar sobre esse número, não irei te responder) Deus e Jó. Jó apresentara a Deus a sua realidade, seus conceitos, seus ideais e sua vida. O inferno torturou-o, a esposa o desprezou, seus amigos o 15
humilharam, (também não irei falar da grandiosidade de Eliu), o mundo lhe logrou infortúnio, até o corpo estava querendo abandonar a Jó, por assim dizer. E então Deus mostra a Jó um animal. Fantástico animal. Fala dele com inaudita admiração, com alegria contagiosa, com CONVICÇÃO ABSOLUTA de sua EXCELENCIA 12 Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, nem a graça da sua compostura. Veja que NENHUMA CRIATURA CELESTIAL jamais será retratada assim, MESMO S QUERUBINS DE EZEQUIEL, com tamanha poesia, com tantos detalhes sobre sua glória, seu aspecto, o modo como caminha, como espirra, como olha, como LUTA, como PREZA sua LIBERDADE acima de tudo 2 Podes pôr um anzol no seu nariz, ou com um gancho furar a sua queixada? 3 Porventura multiplicará as súplicas para contigo, ou brandamente falará? 4 Fará ele aliança contigo, ou o tomarás tu por servo para sempre?
Deus SE COMPARA A ELE: 10 Ninguém há tão atrevido, que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim? 11 Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. Deus se impressiona com sua tremenda capacidade de lutar: 8 Põe a tua mão sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais tal intentarás. Nota 1 No oitavo verso deste texto, Deus MOSTRA uma CRIAÇÃO ou criatura que é quase impossível de ser vencida. E seus olhos divinos ‘brilham’ quando assim o faz.
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O Livro de Jó é apresenta uma odisseia de um homem que exige respostas. Ele exige respostas de Deus, como antes dele nenhum homem jamais exigiu. Do momento em que “fica de pé” até o momento em que se ajoelha diante de Deus, Jó será um homem em LITÍGIO com Deus. Ele invoca o COSMOS como testemunhas, ressentindo-se da ausência de um TRIBUNAL CELESTIAL em que possa arbitrar TAMANHA causa; não tendo ABSOLUTAMENTE ninguém que o defenda decide ADVOGAR sua própria CAUSA, contra aquele que age como JUIZ e EXECUTOR, ao mesmo é tempo seu ADVERSÁRIO. O Júri é formado pelos seus próprios AMIGOS que já de antemão o CONDENARAM. Dentro desse pano de fundo, debaixo deste drama jurídico, é que as respostas de Deus devem ser pesadas. Ele foi ACUSADO por Jó de INJUSTIÇA-LO, e em RESPOSTA a pesada argumentação fará PESSOALMENTE sua própria DEFESA. Deus não aceitou os pareceres de seus propensos advogados, não acolheu CONTRA Jó NENHUMA de suas acusações. E já que Jó decidiu arriscar toda sua HUMANIDADE em resgate de sua honra, DEUS também está disposto a manifestar TUDO QUE ELE É para vindicar sua própria HONRA aos olhos de Jó. Mais que isso. Jó como RECLAMANTE aponta para um mundo envolto em injustiça. Toda resposta divina configurará uma AÇÃO que responderá PLENAMENTE as questões levantadas por Jó.
Jó perguntará se ele tem olhos como os dele, carne como a dele, se está disposto a morrer e ser enterrado como ele será, se tem a percepção exata da dimensão do sofrimento humano, se não se comove com a injustiça, se não se importa com a longevidade dos ímpios, com a permanente quebra do direito e a continua ausência de uma POSTURA por parte de Deus que aos seus olhos PERMITIA sem INTERFERIR a desgraçada caminhada da injustiça humana. Cada indagação será respondida. Quanto a AUSENCIA de DIREITO que proteja os inocentes a resposta será a LEI, Lei que um dia seria incorporada a todos os códigos e legislações internacionais para proteção e amparo do homem contra o próprio homem, Se hoje uma sociedade pode existir, é porque o DIREITO INTERNACIONAL oriundo das constituições das nações concede a
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esta sociedade o mínimo de dignidade e proteção que permita coibir diversos abusos. Quanto ao não conhecimento da dimensão de sofrimento humana, a resposta é Cristo, o Verbo se faria carne e habitaria entre nós de modo que não teríamos um sumo sacerdote que fosse incapaz de entender o nosso sofrimento porque em todas as nossas misérias ele seria provado. Quando a aparente imparcialidade Deus responderia PESSOALMENTE porque Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não aceitando a intermediação de um anjo ou de outra criatura qualquer para RESOLVER ELE MESMO o assunto da SALVAÇÃO humana, com o próprio homem. Por toda a história humana Deus enviaria seus PROFETAS para darem informações VERDADEIRAS sobre sua essência e sua pessoa, diferente das visões expúrias sobre si dadas por Elifaz, Bildade ou Zofar. Com relação a morte dos inocentes DEUS arbitraria um TEMPO DE JULGAMENTO em que todo homem SERÁ JULGADO PELAS OBRAS QUE COMETEU. Quanto à terra manchada pela injustiça e corrompida pela destruição, terra de lembranças de dores, terra onde suas filhas jaziam enterradas, Deus responderá com a manifestação de um novo céu e uma Nova Terra. Quanto a morte de suas crianças e a perda de seus filhos Deus responderia com a Salvação eterna, de tal modo que ao abrir os olhos, ainda no seio de Abraão, Jó contemplaria seus filhos, que habitarão com ele para sempre nos lugares celestiais com Cristo Jesus. Quanto a enfermidade que lhe torturou e que assola a humanidade de milhões de formas e milhões de dores, Deus responderia com “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, o castigo que nos trás a paz estava sobre ele e por suas pisaduras nós fomos sarados”. Pouco após o término da conversa com o Pai, Jó já receberia de antemão parte dos benefícios do Calvário, distante dele AINDA quase cerca de 1800 anos.
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Eu poderia, se tivesse tempo, colocar cada indagação, cada questionamento de Jó e ao lado cada ATITUDE que Deus realizou como RESPOSTA a tal indagação. Então, Deus não responderá a Jó somente entre o capítulo 38-42 sobre seus questionamentos. Responderá na história, no tempo, na eternidade, na profecia, cada uma das suas questões. O leviatã é parte integrante dessa resposta. Como já dito antes, JÓ está diante de Deus, num litígio, expondo tudo que é, e Deus lhe responderá expondo-lhe tudo que é. A realidade de sua vida, nua, patente diante dos anjos e potestades agora será confrontada com a REALIDADE DIVINA, com FATOS, com a VIDA do PRÓPRIO DEUS que será apresentará como resposta. Um Deus íntegro, respondendo a um homem íntegro, de modo INTEGRAL. (Não podia deixar de fazer esse jogo de palavras) Essa é a proposta.
CAPITULO SEXTO
Então, veja que não é uma FANTASIA, uma ABSTRAÇÃO. Se DEUS não tratou com LEVIANDADE detalhes das questões levantadas por JÓ do início ao fim do livro, não seria agora que iria brindar com uma metáfora os anseios de um coração como aquele. Então, se a criatura que Deus mostra a Jó, em visão ou o conduzindo pessoalmente até ela, não é uma criação literária, se não é somente uma poesia imaginosa descrevendo um crocodilo ou coisa que o valha, se não é só um recurso estilístico usado por Deus para convencer a Jó de seu conhecimento limitado das coisas eternas, afinal de contas, o que é o Leviatã?
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O Leviatã é a soma de muitas realidades proféticas. Ele é uma representação, uma visão similar ao dragão de Apocalipse. Ele representa coisas admiráveis. O PRIMEIRO ANIMAL Verifica-se por toda a Escritura que Jesus não se constrange em ser comparado com animais. Assim como também, vez por outra, não deixa de tecer comentários sobre a ANIMALESCIDADE ou BESTIALIDADE HUMANA. Veremos no livro de Daniel Nabucodonozor se tornando semelhante a um “boi” por anos, por não engrandecer a Deus. Vemos os que gritam “crucifica-o” assemelhados a “ vacas de basã ” no Salmo 22. Os que resistiram a Paulo em Creta são comparados a “ besta-feras ”. Jesus é ao mesmo tempo o “ leão ” da Tribo de Judá, é o “ cordeiro ” que tira o pecado do mundo, é a “ serpente ” que será levantada no deserto na cena em que Moisés constrói uma serpente de bronze e a pendura num madeiro, para que milhares de israelitas murmuradores no deserto sejam protegidos e curados de um devastador ataque de milhares de cobras. Jesus é simbolizado no “corvo”em Cântico dos Cânticos, na descrição da amada, quando ela revela que “seus cabelos são pretos como o corvo” relembrando a Salomão e representando o momento espiritual que Jesus está vivenciando no calvário, em contraste com seu aspecto ressurreto “cabelos brancos como a lã”. O preço pago por sua captura é de 30 moedas de prata, o mesmo valor de um “ boi chifrado ” lá em Deuteronômio. No momento final da história humana os profetas de Apocalipse se revelam como “dragões”! E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Apocalipse 11:5 Podemos ver a figura do retorno de Jesus no “veado” que pula sobre o cume dos montes também no livro de Cantares – uma imagem do momento em que os pés de Jesus estarão sobre o monte das oliveiras novamente. Os seres viventes Seja em Apocalipse ou em Ezequiel, vemos seres que representam ou possuem em si mesmos a realidade do PODER divino, possuindo
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a forma de anjo, as faces de boi, cordeiro, águia e homem. Seres de poder inimaginável. Por várias vezes na história irão haver tentativas de representar a Deus por meios de animais. Os bezerros aos pés do Sinai e os de Betel nos quais os israelitas carentes de uma representação física de Deus, tentaram retratá-lo em termos de animais conhecidos. Eles não entendiam que os animais somos nós, os homens. E que Deus era incomparável. Satanás Satanás também será comparado a animais. Assim como a astros. Ele é Lúcifer, a ESTRELA da manhã, ele também é QUERUBIM, maior que um anjo, da mesma categoria que os seres viventes; ele é representado pela SERPENTE, pela ASPIDE VOADORA, ele é visto como CHACAL que habita as ruínas, como a BESTA que emerge do mar, na figura do ANTICRISTO na “soma” do homem com sua personalidade, como um DRAGÃO com muitas cabeças. Ele é o DRAGÃO voador que combate contra MIGUEL e seus anjos. Ele é comparado ao HOMEM em Isaías que também desce ao SHEOL, assim como a RÃ e os seus asseclas aos GAFANHOTOS. Ele pode se transfigurar em ANJO conforme Paulo escreve aos Gálatas. Ele também é comparado a Leviatãs! Sim... plural. NAQUELE dia o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, serpente veloz ,eo leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão , que está no mar. Isaías 27:1 Perceba: Um Leviatã que é uma serpente veloz, outro que é uma serpente tortuosa. E por paralelismo da poesia hebraica, posso concluir que o dragão que está no mar é também um Leviatã, o terceiro. Se comparado as bestas de Apocalipse, veremos as três bestas aqui também representadas. Mas não é a SATANÁS que DEUS apresenta para JÓ. Mesmo porque ele não é a SOLUÇÃO dos seus problemas, antes a causa. Mesmo porque ele não é a resposta JURÍDICA última a DEMANDA com DEUS. Mesmo porque o assunto em relevo tem
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haver com CONFIANÇA quebrada, com CONSOLO que foi NEGADO, com JUSTIÇA que está sendo requerida. O Leviatã de Jó representa várias realidades espirituais. Ela em primeiro lugar vai mostrar a um ANIMAL que foi capaz de vencer as BESTAS da terra e que não sé curvando a ORDEM presente é admirável mesmo por DEUS. Quando Deus se fez carne, quando houve um ventre do qual nascesse como homem, algo absurdamente implausível ocorreu. Um ser diferente de tudo que a ETERNIDADE contemplara até então. A divindade unida a humanidade. A deidade habitando um corpo físico, a carne. O criador misturado a criatura, a realidade celestial unida a nossa terrestre. Nenhum ser da eternidade é semelhante a Cristo. NADA É. Os anjos olharam admirados, os querubins ficaram estarrecidos. O Leviatã havia nascido. O que Jó vê é um animal, mas o que Deus descreve é a ENCARNAÇÃO. Por isso cada movimento dele é espetacular. Cada representação do Leviatã reporta a DEIDADE, é representada no mesmo OLHAR que JESUS possui quando os olhos de JOÃO o contemplam em APOCALIPSE João, em sua visão do Filho de Deus, viu uma cena impressionante. “A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo” (Apocalipse 1:14). E João prossegue, “Caí a seus pés como morto” (v. 17). 19 Seus olhos brilham como faíscas. Sai-lhe fogo da boca. Suas chamas evocam a própria manifestação do SENHOR: Isa 66:15 - Porque, eis que o Senhor virá com fogo; e os seus carros como um torvelinho; para tornar a sua ira em furor, e a sua repreensão em chamas de fogo. Dan 7:9 - Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. O respirar do animal fantástico apresentado no livro de Jó nos remete diretamente as figuras do tabernáculo, da tenda da congregação, da coluna de fogo que abrilhantava os céus na noite e a coluna de nuvem que ficava a frente do santuário AO AMANHECER.
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20 O fumo brota das suas narinas, até parece uma panela fervendo com água,ou uma caldeira aquecida. E criará o SENHOR sobre todo o lugar do monte de Sião, e sobre as suas assembléias, uma nuvem de dia e uma fumaça, e um resplendor de fogo flamejante de noite; porque sobre toda a glória haverá proteção. Isaías 4:5 A tenda e suas manifestações nos remetem diretamente a pessoa e a figura de Cristo. Porque Cristo é a tenda onde Deus tabernaculou com seu povo. Cristo crescerá e se tornará algo jamais visto pelo universo. E como uma fera terrível, proporá GUERRA contra TODO O PODER DO INFERNO, e será INVENCÍVEL. Os demônios gritam á sua presença, os “valentes” fogem de medo. Satanás tenta “negociar” no deserto com Cristo, mas 3 Porventura multiplicará as súplicas para contigo, ou brandamente falará? Ele não aceita. Tenta FAZER UMA ALIANÇA COM CRISTO, oferecendo o DOMÍNIO MUNDIAL, “todos os reinos me foram dados e tudo te darei se prostrado me adorares” E é rejeitado. 4 Fará ele aliança contigo, ou o tomarás tu por servo para sempre? Nada fará Cristo recuar de sua missão. O inferno TREME diante da caminhada daquela criatura, daquele homem, d e algo que não tinha definição. Quando ele toca os leprosos eles são curados. Quando ele põe a mão sobre cegos de nascença, eles tornam a enxergar. 18 Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz ,e os seus olhos são como as pálpebras da alva . Certa feita Jesus encontra um surdo-mudo. Toca-lhe a língua, cospe saliva, suspira e sua prisão é liberta. Isaías irá falar a respeito desses dias: 23
“o povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre as regiões da sombra e da morte, resplandeceu a luz ” Porque olhar para Cristo é como olhar para alguém cujos olhos são como as pálpebras da alva. Quando Jesus falava, era como o fogo. Corações viravam palha. Seus inimigos tentam acusá-lo de diversos modos, mas são invariavelmente vencidos. Os discípulos a caminho de Emaús irão dizer: “não nos ARDIA o coração a medida que nos abria as Escrituras?” E assim ad infinitum. Um ser indescritível, não semelhante a nenhuma obra da criação, que Deus usa para responder aos anseios de JUSTIÇA de um homem sem esperança.
CAPITULO SÉTIMO
O SEGUNDO ANIMAL
Mas, a outra realidade espiritual oculta no Leviatã. Ao décimo dia após a ressurreição do Senhor Jesus, um SEGUNDO Leviatã será erguido sobre a face da terra. Um organismo que receberá a presença divina do próprio Espírito de Deus, para se tornar a mais terrível ameaça que o inferno já viu, desde o advento de Cristo. Não bastasse somente a loucura da encarnação. Não bastasse o surgimento de um ser em absoluto diferente dos outros. Agora NOVAS CRIATURAS, 24
onde DEUS transformaria HOMENS segundo sua DEIDADE, humanidade agora REVESTIDA DE DEUS. Que sequer sabem para onde caminham nessa espantosa transformação. No processo de mudança e adoção divina, a criatura antes separada, o homem feito barro, agora trilha uma estrada de regeneração tão completa que o Apóstolo Paulo afirma: "Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Co 15.51-52) A homem em comparação a Deus é como um animal. Vejamos: Salmos 73:22 estava embrutecido, e nada sabia; era como animal diante de ti. Seja pela nossa biologia, a mesma presente em ratos de laboratório até em larvas. Comparação de DNA mostra que ser humano está mais para rato que para gato Época Online e agências internacionais: Uma comparação do DNA humano com o de outros 12 animais mostrou que os genes dos homens assemelham-se mais aos dos ratos do que dos gatos. Esse foi o resultado de um estudo do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos EUA e de várias universidades e publicado esta semana na revista científica britânica "Nature". Entre os animais estudados estão um chimpanzé, um babuíno, um gato, um cão, uma vaca, um porco, um rato, um camundongo, uma galinha, um zebrafish (peixe), e duas espécies de baiacu. Um trecho do DNA de cada um desses animais foi comparado com DNA humano. Seja pelas nossas atitudes... Jó 24 5 Tal como os jumentos selvagens do deserto , os indigentes têm de passar os dias inteiros a tentar apanhar um bocado de alimento para conseguirem manter-se com vida. Mandam-nos para terras desertas à procura de comida para os filhos. E o milagre da vida vai operar uma mudança nos transformando em seres SEMELHANTES A ANJOS! 25
É isso que Deus está, em figura e profecia, “ monstrando ” para Jó. Um animal transcendente que navega pelos cosmos tendo as patas no passado nas águas do abismo (A história da salvação começa na Eternidade passada – Jesus o cordeiro morto antes da fundação do mundo) pisando o Éden com suas patas, o corpo se arrastando através da história de Israel e o pescoço emergindo a época da ressurreição de Cristo e finalmente sua cabeça cuspindo fogo na volta do Senhor, quando finalmente o mundo conhecerá a Igreja Ressurreta e Glorificada. (pausa para adoração) O meu Deus é maior que os meus problemas E eu não temerei, Com Jesus eu vou além Ainda que a figueira não floresça, não haja frutos na videira Eu não temerei, não. Pois sei que para além das nuvens, o sol não deixou de brilhar Só porque a terra escureceu A minha vida está em Deus Eu sei que tudo posso em Deus É ele quem me fortalece Eu vou seguir com fé Com meu Deus eu vou para a rocha mais alta que eu Eu sei pra onde vou Como águia vou, Nas alturas sou filho de Deus O meu Deus sabe tudo o que eu preciso Pra sentir a paz dentro do meu coração Ainda que a lua adormeça Não haja o brilho das estrelas Eu não temerei, não...
CAPITULO OITAVO
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E O TERCEIRO ANIMAL, por minha (completa e soberana) conta e risco.
Voltemos para o homem moribundo – em breve restaurado observando atônito, a finalização das respostas de Deus que remete a toda sua vida. Desde o momento em que Deus começa a responder a Jó, desde o momento em que ele inicia sua RÉPLICA, ele tem em mente esse instante. Jó abriu seu coração para Deus. Não somente para Deus. Para TODO O UNIVERSO. Miguel, Gabriel, bilhões de anjos estavam em silencio a cada palavra do discurso de Jó. Foi o segundo dos quatro mais concorridos JULGAMENTOS ou PEITAS judiciais da história da vida. O terceiro envolverá uma cruz e o quarto é chamado de JUIZO FINAL (o primeiro é o dos anjos que pecaram). Deus abriu seu coração para Jó. Você pensa que eu não me importo? Você está enganado Jó. Eu me importo. Jó ainda treme das revelações tremendas, ainda treme da manifestação divina e de ser talvez, além de Enoque, o primeiro a ver Deus de modo tão magnífico. A palavra que descreve bem a visão é magnificência. As palavras divinas vão ecoando no coração de Jó como o trovão enquanto o magnífico dragão desfila diante de seus olhos maravilhados. Por fim, gostaria de falar sobre as coisas que os olhos não viram e de coisas que ainda não chegaram ao coração humano. As Escrituras já mostraram os Querubins, seres tão fantásticos quanto a própria imaginação. Jesus já falou de que a casa do Pai possui muitas moradas. E que não temos a mínima noção da vida que existe nas habitações celestiais. As descrições oriundas de arrebatamento são vagas. Ezequiel vê árvores plantadas, Davi fala de um rio de água cristalina e pura, Daniel de um rio de fogo. Não nos foi descortinado o véu sobre toda a criação divina. Só conhecemos parte dela. Nada sabemos sobre a terra que mana leite e mel, aonde habita a igreja celestial, os muitos bilhões de anjos.
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Por fim quero dizer que essa imagem deste estranho animal, gravada no sonho e na consciência dos povos, pode estar também, quem sabe, um ser real. Tal como um Querubim. Ou os cavalos alados em chamas que elevaram a Elias para os céus. Creio que ele pode ser mais que uma imagem ou a representação da igreja, mais que uma profecia. O Leviatã aponta para Cristo, como já o fazem os anjos, ou mesmo os Querubins, que levam em si uma imagem da humanidade – face de homem, da realeza – face de leão, da deidade - face de águia - e a lembrança de seu serviço ou ministério - face de boi. Ele tanto aponta para o mistério da igreja, a Encarnação de Cristo como para a Ressurreição do Corpo de Cristo – que é a igreja. Mas, além disso, eu entendo a sua existência como real. Em algum lugar do tempo e espaço. Porque assim a tipologia seria completa em finalidade e essência, Deus estaria verdadeiramente “mostrando” algo além da realidade, algo que um dia Jó poderá tocar com as próprias mãos. Então, tal como um anjo, tal como os cavalos de fogo que levam a carruagem de Elias para a eternidade, acredito que um dia, nos céus, nós veremos a estranha criatura, montadas por três meninas, glorificadas e transformadas. E quando os pastores perguntarem quem são aquelas que vão montadas no estranho animal, anjos responderão sorrindo:
- São as filhas de Jó.
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Welington J Ferreira
Anexo os textos:
Lado a lado as traduções da Corrigida e Fiel (Almeida) com “O Livro” da Bible gateway – Eu acho espetacular essa tradução. Ela é o equivalente a uma bíblia na linguagem de hoje com um pé fincado nos textos originais, para os estudantes de língua portuguesa. Outra tradução é a francesa Bíblia de Jerusalém, mas ela usa em alguns locais a uma opção linguística que muda o sentido de determinados textos. Mas, no geral tenta resgatar a poesia dos textos originais. (É, contudo, outra tradução espetacular). Almeida Corrigida
1 PODERÁS tirar com anzol o leviatã, ou ligarás a sua língua com uma corda? 2 Podes pôr um anzol no seu nariz, ou com um gancho furar a sua queixada? 3 Porventura multiplicará as súplicas para contigo, ou brandamente falará? 4 Fará ele aliança contigo, ou o tomarás tu por servo para sempre? 5 Brincarás com ele, como se fora um passarinho, ou o prenderás para tuas meninas? 29
6 Os teus companheiros farão dele um banquete, ou o repartirão entre os negociantes? 7 Encherás a sua pele de ganchos, ou a sua cabeça com arpões de pescadores? 8 Põe a tua mão sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais tal intentarás. 9 Eis que é vã a esperança de apanhá-lo; pois não será o homem derrubado só ao vê-lo? 10 Ninguém há tão atrevido, que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim? 11 Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. 12 Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, nem a graça da sua compostura. 13 Quem descobrirá a face da sua roupa? Quem entrará na sua couraça dobrada? 14 Quem abrirá as portas do seu rosto? Pois ao redor dos seus dentes está o terror. 15 As suas fortes escamas são o seu orgulho, cada uma fechada como com selo apertado. 16 Uma à outra se chega tão perto, que nem o ar passa por entre elas. 17 Umas às outras se ligam; tanto aderem entre si, que não se podem separar. 18 Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pálpebras da alva. 19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela. 20 Das suas narinas procede fumaça, como de uma panela fervente, ou de uma grande caldeira. 21 O seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca sai chama. 22 No seu pescoço reside a força; diante dele até a tristeza salta de prazer. 30
23 Os músculos da sua carne estão pegados entre si; cada um está firme nele, e nenhum se move. 24 O seu coração é firme como uma pedra e firme como a mó de baixo. 25 Levantando-se ele, tremem os valentes; em razão dos seus abalos se purificam. 26 Se alguém lhe tocar com a espada, essa não poderá penetrar, nem lança, dardo ou flecha. 27 Ele considera o ferro como palha, e o cobre como pau podre. 28 A seta o não fará fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho. 29 As pedras atiradas são para ele como arestas, e ri-se do brandir da lança; 30 Debaixo de si tem conchas pontiagudas; estende-se sobre coisas pontiagudas como na lama. 31 As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como uma vasilha de ungüento. 32 Após si deixa uma vereda luminosa; parece o abismo tornado em brancura de cãs. 33 Na terra não há coisa que se lhe possa comparar, pois foi feito para estar sem pavor. 34 Ele vê tudo que é alto; é rei sobre todos os filhos da soberba
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Alguns textos das Escrituras entre os versos de Jó para complementar a análise.
1 Poderias tu pescar o leviatã com linha e anzol? Ou atar-lhe a língua com uma corda? Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua arrogância subiu até os meus ouvidos, portanto porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio na tua boca, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste. Isaías 37:29 Costume de guerra da cruel Assíria.
2 Serias tu capaz de o prender com uma corda no nariz, ou furar-lhe as queixadas com uma escápula? 3 Porventura iria ele pedir-te que desistisses das tuas intenções se tentar brandamente fazer-te mudar de idéias? Estes textos lembram a obstinação de Cristo, sua disposição de enfrentar tudo, até uma cruz, para cumprir seu ministério. A Cruz é a tentativa através da ‘força’ da ‘violência’ – ‘furar-lhe as queixadas com uma escápula’ ato de tremenda violência para capturar o animal, neste instante ele se assemelha a um crocodilo. ‘Tentar brandamente fazer-te mudar de idéia” recorda-nos dois instantes do ministérios de Jesus. Quando Satanás tenta a Cristo no deserto, pão, auto-glorificação, glória mundana e o instante em que Jesus pede para o Pai “mudar de idéia” “se possível for afasta de mim esse cálice”. Mateus 4 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. 3 Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães.
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4 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. 5 Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. 7 Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. 8 Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles;
4 Aceitaria alguma vez que fizesses dele teu escravo para toda a vida? Lembra-nos o momento em que Jesus é convidado a prostrar-se diante de Satanás, como se vencido por ele, como se um servo. A adoração em grego significa também ‘serviço’ se me servires como um escravo, é o que está contido na doce frase. Nem por um INSTANTE Jesus se tornou ‘servo’ do diabo. 9 e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. 10 Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. 5 Farias tu dele um animalzinho domesticado, como um passarinho, que se cria numa gaiola, que darias às tuas filhinhas para brincarem? Esse texto é mágico. As filhas de Jó já eram crescidas quando foram vitimadas pelo desabamento do casarão que matou a todos os seus filhos. Deus pergunta se Jó ousaria permitir que suas filhas brincassem com um monstro como se ele fosse um passarinho engaiolado. Ele fala das meninas como se elas fossem ainda meninas. E como se elas estivessem ainda VIVAS. Porque na verdade, elas ESTÃO. Remidas pelo sacrifício de uma pai-sacerdote considerado por Deus como inocente. Dormem aguardando a ressurreição. Que certamente virá.
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6 Os teus companheiros de pesca vendê-lo-iam aos comerciantes, na lota? Lembra profundamente a traição de Judas, seu ex-companheiro de ministério, pescador por profissão ou necessidade, e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. Mateus 26:15 7 A sua pele, poderia ela ser furada por ganchos, ou a cabeça presa por arpões? Ainda que fuja das armas de ferro, o arco de bronze o atravessará. Jó 20:24 O ferro tira-se da terra, e da pedra se funde o cobre. J ó 28:2 8 Se lhe pusesses as mãos em cima, durante muito tempo haverias de te lembrar da luta que se seguiria, e nunca mais o farias outra vez! Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou dirá a tua obra: Não tens mãos? I saías 45:9 9 Não. É absolutamente inútil tentar capturá-lo. Até só o pensar nisso aterroriza! 5 Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. 26 E não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, maravilhados da sua resposta, calaram-se. 10 Não há ninguém que seja tão ousado, que se atreva a provocá-lo e muito menos a conquistá-lo. Pois se ninguém lhe pode resistir, quem poderia então erguer-se contra mim? Números 31:48 Os oficiais e os comandantes de batalhão vieram até Moisés e disseram-lhe: Fizemos a chamada de todos os que tinham partido a combater e verificámos que não se perdeu um só deles! Por isso trouxemos aqui uma oferta especial de gratidão ao Senhor, tomada do que recebemos - ouro, jó ias, pulseiras, colares, anéis, brincos,
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arrecadas. Isto é para fazer expiação pelas nossas almas perante o Senhor. Os israelitas em comunhão com Deus eram um terrível exército, invencível. Um monstro que devorava e vencia todas as batalhas contra exércitos muitas vezes superiores numericamente.
12 Também quero fazer referência à tremenda força dos seus membros, e à sua enorme estrutura. 13 Quem poderia penetrar a sua pele, ou quem ousaria ficar ao alcance das suas goelas? 14 Quem jamais lhe abriu o focinho guarnecido como está de dentes terríveis?
2Sa 22:16 - E apareceram as profundezas do mar, e os fundamentos do mundo se descobriram; pela repreensão do Senhor, pelo sopro do vento das suas narinas. Sal 104:7 - À tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão se apressaram. Pro 17:10 - A repreensão penetra mais profundamente no prudente do que cem açoites no tolo. Isa 50:2 - Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Porventura tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que com a minha repreensão faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, porquanto não têm água e morrem de sede.
15-17 As escamas sobrepostas que possui são o seu orgulho, são como uma proteção compacta, de tal forma que nem o ar lá penetra: nada ultrapassa aquela barreira.
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18 Quando espirra, a luz do sol reflete-se sem cintilações, semelhantes a ra -ios, por entre os vapores da alva. Respondeu-lhes ele: Eu via Satanás, como raio , cair do céu. L ucas 10:18 Lam 2:4 - Armou o seu arco como inimigo, firmou a sua destra como adversário, e matou tudo o que era formoso à vista; derramou a sua indignação como fogo na tenda da filha de Sião. Eze 1:4 - Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, u ma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo. Eze 1:13 - E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lâmpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos; Eze 1:27 - E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e , desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
19 Seus olhos brilham como faíscas. Sai-lhe fogo da boca. Isa 66:15 - Porque, eis que o Senhor virá com fogo ; e os seus carros como um torvelinho; para tornar a sua ira em furor, e a sua repreensão em chamas de fogo. Dan 7:9 - Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã ; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. 20 O fumo brota das suas narinas, até parece uma panela fervendo com água,ou uma caldeira aquecida. E criará o SENHOR sobre todo o lugar do monte de Sião, e sobre as suas assembléias, uma nuvem de dia e uma fumaça, e um 36
resplendor de fogo flamejante de noite ; porque sobre toda a glória haverá proteção. Isaías 4:5
21 É verdade, a sua respiração bastaria para acender carvõesjorram-lhe chamas da boca. Is 30:27 - Eis que o nome do Senhor vem de longe, ardendo a sua ira, sendo pesada a sua carga; os seus lábios estão cheios de indignação, e a sua língua é como um fogo consumidor. Is 30:30 - E o Senhor fará ouvir a sua voz majestosa e fará ver o abaixamento do seu braço, com indignação de ira, e labareda de fogo consumidor, raios e dilúvio e pedras de saraiva. Salmo 18 7 Então a terra se abalou e tremeu, e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto ele se indignou. 8 Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes. 9 Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia debaixo de seus pés. 10 Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento. 11 Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas nuvens do céu. 12 Do resplendor da sua presença saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo. 13 O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo . 14 Despediu as suas setas, e os espalhou; multiplicou raios, e os perturbou . 15 Então foram vistos os leitos das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, à tua repreensão, Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas. 22 A força enorme que tem no pescoço lança o terror por onde passa.
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Sl 31:9 - E de medo passará a sua rocha, e os seus príncipes terão
pavor da bandeira , diz o Senhor, cujo fogo está em Sião e a sua fornalha em Jerusalém.
Is 33:14 - Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas . Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?
23 Têm uns músculos duros e firmes; nem se encontra nele carne flácida. 24 O seu coração é duro como uma rocha, é como uma mó, de moinho. Cant 8:6 - Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas. 25 Quando se ergue, até os mais valentes têm medo, e ficam paralisados de terror. E não jazem com os valentes que dentre os incircuncisos caíram, os quais desceram ao Seol com as suas armas de guerra e puseram as suas espadas debaixo das suas cabeças , tendo os seus escudos sobre os seus ossos; porque eram o terror dos poderosos na terra dos viventes. Ezequiel 32:27 26 Não há espada que o detenha, nem qualquer outra arma, seja lança, dardo ou flecha. 27 Ferro, para ele, é como palha, e o bronze, como madeira podre. 28 Não são setas que o fariam fugir. Pedras das fundas valem para ele tanto como estolho. Salmo 78:65 Então o Senhor despertou como dum sono, c omo um valente que o vinho excitasse. 66 E fez recuar a golpes os seus adversários; infligiu-lhes eterna ignomínia. 29 Uma tranca que lhe seja atirada, é perfeitamente inútil, e fica-se a rir das lanças projetadas na sua direção. 38
30 O ventre, tem-no recoberto de escamas; espoja-se sobre o chão duro como sobre relva! Luc 24:49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. 31 Quando se desloca deixa atrás de si um rasto de espuma. Agita violentamente os abismos dos oceanos. “agita violentamente os abismos dos oceanos” É uma poesia que evoca o poder que Jesus possui sobre o reino dos mortos. O mar da antiguidade era tido como uma das moradas dos mortos. Jesus age com ‘violência’ contra os poderes do inferno e contra a própria morte. Porque não há como acontecer a ressurreição de alguém sem uso de ‘força’ sem uso de tremenda ‘violência’ que é a manifestação de poder que contradiz a morte, que a empurra de lado, que ignora as leis da física que diz não ao universo e aos processos naturais. A ressurreição é um ato de extrema violência contra a morte.
38 Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela. 39 Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. 40 Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? 41 Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. 42 Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. 43 E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. 44 E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.
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45 Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele. 32 Deixa atrás de si um sulco brilhante de espuma; poderia pensar-se que o mar gelou! I saías 29:18 Nesse dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e mesmo na sua escuridão os cegos compreenderão os meus planos. 33 Não há nada mais tremendo, sobre a face da terra, que se lhe possa comparar . Isaías 40:25 Com quem me hão-de comparar então? Quem será semelhante a mim?, pergunta aquele que é o Santo. Isaías 46:5 O que é que poderá haver, no céu ou na Terra, com que possam comparar-me? Quem acharão vocês que seja semelhante a mim? 34 De todos os animais, é o mais altivo - é o monarca deles todos. 5-8 Que haja assim em vocês a mesma atitude que houve em Cristo Jesus, que, embora por natureza sendo Deus , não reivindicou o ser igual a Deus, mas desfez--se das suas regalias próprias, e tornando- se um ser humano , tomou uma posição de dependência, humilhando-se a ponto de se sujeitar voluntariamente à morte; não a uma morte vulgar, mas à morte da cruz. Nenhum ser se iguala em altivez a Cristo. Nenhum. Ele é o monarca de todos os outros ‘animais’, de todos os seres vivos. Incluindo nós. Deus fala do reino, da autoridade concedida a Cristo quando fala que o leviatã é o “monarca de todos eles”. 9 Por isso mesmo Deus o elevou às posições mais altas e lhe deu um nome que é superior a todos os nomes , 10 de tal forma que, em honra desse nome, se virão a ajoelhar t odas as criaturas tanto no céu, como na Terra, como debaixo da terra.
NAQUELE dia o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar. Isaías 27:1
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Esse texto apresenta-nos os outros ‘leviatãs’ das Escrituras
Pelo seu Espírito ornou os céus; a sua mão formou a serpente enroscadiça. Jó 26:13
E disse o SENHOR a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela. Números 21:8 Então Moisés e Arão foram a Faraó, e fizeram assim como o SENHOR ordenara; e lançou Arão a sua vara diante de Faraó, e diante dos seus servos, e tornou-se em serpente. Êxodo 7:10 Nem sempre “serpente” é utilizada de modo negativo. Ela pode representar sofrimento, maldição, esperteza, velocidade, prudência.
Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás. Gênesis 49:17 29 Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora. 30 E os primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; porém farei morrer de fome a tua raiz, e ele matará os teus sobreviventes. Perceba que após nascer o tal “basilisco” e vir um fruto que é uma ‘serpente voadora’ acontece uma era de prosperidade . Esse texto pode representar uma ‘maldição’ sendo lançada sobre o reino das trevas. No caso dos filisteus estes eram ‘inimigos’ contínuos do povo de Israel. Porém tinham seus próprios problemas contra povos com os quais guerreavam. Num dado momento da história, eles vencem uma das outras nações com que está em guerra, provavelmente o Egito. Mas, o alívio é passageiro. Os dias da filisteia estão contados. A cobra sendo mordida por uma cobra superior. Essa é a profecia da vara sendo transformada em cobra e COMENDO as cobras dos magos de faraó. Jesus se fez maldição por nós e através disso destrói 41
o poder do reino da cobra. Ele que nasceu do homem, amaldiçoado pelo pecado, raiz da cobra, torna-se a resposta para o pecado. Jesus é o basilisco que foi gerado a partir da humanidade caída, e dele vem uma humanidade regenerada, que agora VOA, que TRANSCENDEU sua condição através do Espírito de Deus. Não deixamos de ser pecadores, cobras ainda, mas agora temos “asas” espirituais. É uma parábola, uma visão bem interessante. Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos. Daniel 4:16 Essa é a cena em que o rei Nabucodonozor enlouquece por causa de sua soberba. 7 Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. Este é um dos vários textos das Escrituras que elencam poderes espirituais e reinos humanos como uma espécie de animal sobrenatural.
9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente . 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele ; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. 11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo; 42
7 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis , que se levantarão da terra. 18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade. 19 Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze; o qual devorava, fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava; Daniel 7:19
Levanta-te, e debulha, ó filha de Sião, porque eu farei de ferro o teu chifre, e de bronze as tuas unhas; e esmiuçarás a muitos povos; e dedicarás o seu ganho ao Senhor, e os seus bens ao Senhor de toda a terra. Miquéias 4:13
Essa é a profecia que dá origem ao ‘monstro’ chamado IGREJA 27 E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. Ezequiel 1 4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo. 5 E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem. 6 E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. 43
7 E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido. 8 E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas. 9 Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente. 10 E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. 11 Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles. 12 E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam. 13 E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lâmpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos; 14 E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um clarão de relâmpago.
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