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PLANEJAMENTO DAS AULAS

Uma prática pedagógica diferenciada e organizada previamente com intencionalidade produz um efeito positivo na aprendizagem dos estudantes e reflete responsabilidade social (FRANCO, 2016). Em relação ao planejamento das aulas, segundo o surdo-professor de matemática, principal colaborador de nossa pesquisa, é fundamental elaborar um planejamento adequado às necessidades de cada surdo-estudante, em um processo que consiste na “escolha, preparação e adaptação” dos conteúdos matemáticos a serem estudados (Hamilton - Entrevista, videogravação, agosto de 2021).

PARA SABER MAIS:

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“[...] não basta o professor dominar os conceitos matemáticos ou os conhecimentos pedagógicos: ao adentrar em uma escola, ele precisa conhecer como esse conjunto de saberes se torna viável na instituição” (BORGES, NOGUEIRA, 2018, p. 39).

Assim, no planejamento de suas aulas estão previstas ações como: • Fazer a retomada, no início de cada aula, do estudo do objeto matemático

ensinado na aula anterior para, depois, avançar um pouco mais.

Importância: fazer retomadas ao final da aula dos pontos essenciais do conteúdo possibilitam aos surdos-estudantes uma memorização mais ampla, bem como concatenar seu raciocínio matemático. Desse modo, ao fazer as atividades em casa posteriormente, o estudante alcançará de forma mais fluida os objetivos propostos. Como: cabe ao professor, previamente, colocar-se no lugar do estudante ao se deparar com o objeto do conhecimento, buscando compreender quais objetivos são essenciais para desenvolver o raciocínio matemático a serem ampliados posteriormente. Com isso, fica mais simples entender qual objetivo específico deve ser reforçado na retomada.

• Propor atividades em um grau crescente de dificuldade e em quantidade de questões adequadas ao tempo.

Importância: Estimular o desenvolvimento das atividades matemáticas com prazer e autoconfiança. Para tal, é preciso que as atividades propostas, inicialmente, tenham possibilidades de resoluções de maneira mais simples, explorando o que foi abordado na explicação do professor, e sejam apresentadas pouco a pouco. Dessa forma, o surdo-estudante aumenta sua autoestima com seus acertos e se sente mais preparado para as questões desafiadoras a serem posteriormente. Como: É preciso pensar, selecionar ou elaborar previamente as questões a serem propostas. Isso deve acontecer priorizando, principalmente, os aspectos visoespaciais e a objetividade dos enunciados das atividades, de modo que os surdos-estudantes possam compreender e resolvê-las da forma mais autônoma possível.

• Procurar fazer analogias sempre que possível ao que está sendo ensinado na sala de aula, buscando referências no entorno do surdo-estudante (Figura 1), ou desenhando, explorando o aspecto visoespacial, de maneira a possibilitar e estimular a compreensão e a interação dos surdos-estudantes com o mundo.

Figura 1: Símbolo π na capa de um caderno

Fonte: Arquivo dos autores, 2021. Importância: Estimular o desenvolvimento das atividades matemáticas com prazer e autoconfiança. Para tal, é preciso que as atividades propostas, inicialmente, tenham possibilidades de resoluções de maneira mais simples, explorando o que foi abordado na explicação do professor, e sejam apresentadas pouco a pouco. Dessa forma, o surdo-estudante aumenta sua autoestima com seus acertos e se sente mais preparado para as questões desafiadoras a serem posteriormente. Como: É preciso pensar, selecionar ou elaborar previamente as questões a serem propostas. Isso deve acontecer priorizando, principalmente, os aspectos visoespaciais e a objetividade dos enunciados das atividades, de modo que os surdos-estudantes possam compreender e resolvê-las da forma mais autônoma possível.

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