Jornal Batista

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 18/11/12

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

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Ano CXII Edição 47 Domingo, 18.11.2012 R$ 3,20

Boas notícias do Seminário do Sul

Durante a reunião do Conselho Geral realizada no novo Centro Batista Brasileiro, pastor Davidson Pereira de Freitas, diretor do Seminário do Sul, anunciou o reconhecimento do curso de Teologia

Ampliando a visão Igreja Multiplicadora Líderes foram motivados para a expansão do evangelho durante a Conferência Nacional de Igreja Multiplicadora, realizada entre os dias 25 e 27 de outubro, na Primeira Igreja Batista de Atibaia (SP). Analisando a missão da igreja no Brasil, os preletores plantaram nos corações dos participantes os conhecimentos necessários para a realização da tarefa de multiplicar discípulos e plantar novas igrejas (pág. 07).

pelo MEC. Esta é uma grande vitória para os Batistas Brasileiros. É a 6ª Instituição de ensino teológico batista, afiliada à ABIBET que recebe este reconhecimento (pág. 10).


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Paschoal Piragine Júnior DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Rua Senador Furtado, 56 CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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ma dica para todos: abuse da educação em todos os momentos e para com todas as pessoas. Muitas famílias estão deixando que o dia a dia crie seus filhos, a educação não é mais quesito de algumas famílias e com isso crescem e se formam adultos sem educação. “Bom dia”, “boa noite”, “como você vai?”, frases simples que fazem a diferença. E não é exagero, a educação, além de expressar os bons cuidados de uma família, também expressa atitudes de quem segue os mandamentos de Deus. Um certo dia, dentro de um ambiente cristão, um pastor passou diante da senhora que trabalhava na limpeza do lugar. Ela, como fazia com todos, sorriu ao dizer: “bom dia”. Mas pareceu que seu sorriso e seu bom dia ficaram soltos no ar, nenhuma resposta, nenhum

sorriso, nenhum olhar. Se sentindo indignada, teve apenas que conviver com tal atitude. O que mais incomodou o seu coração foi o fato de ser um pastor que escolheu não falar com ela, dando a entender que aquela senhora era muito inferior e não merecia nem ao menos o seu “bom dia”. Alguns podem até dizer que aquele pastor simplesmente não deve ter ouvido a senhora. Mas não, existem pessoas assim mesmo, até pastores, que desprezam as pessoas por sua condição financeira, pela cor da sua pele, pela posição social, até mesmo na igreja. Dentro da sociedade qualquer um, sendo cristão ou não, precisa ter educação ao ponto de falar com todos ao seu redor, mas quando se destaca um servo de Cristo, o amor às pessoas precisa se expressar com ações, atitudes e palavras. Quem tem Jesus, tem atitu-

des de Cristo. “E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo” (Marcos 1.41). Como enfatiza Marcos 10.45, Jesus Cristo veio ao mundo para servir, e quem segue seu exemplo procura servir também. Como fez um outro pastor que tem uma alta condição social e financeira. Assim como todas as tardes, foi na cafeteria em frente à sua igreja. Ao atravessar viu um morador de rua, diferente de outros, ele não pedia nada, mas a necessidade de um prato de comida estampava a sua face. O pastor entrou na cafeteria e em seguida saiu com uma sacola cheia de pães e um copo de café com leite. Abaixou para ficar próximo ao morador de rua, sorriu e estendeu a mão aberta: “Boa tarde senhor”, falou o pastor, bem vestido como sempre. Aquele morador de

rua se assustou e ficou sem reação, o pastor teve que repetir o “Boa tarde senhor” para obter uma resposta. Deitado na rua, se levantou, apertou a mão do pastor e sorriu ao dizer: “Obrigado pelo lanche! Desculpa se não respondi logo, mas levei um susto, ninguém nunca me chamou de senhor!” Naquele dia o “boa tarde” fez toda a diferença. Olhar o próximo, se sensibilizar com o outro, é exercer os mandamentos de Deus, é seguir o exemplo de Jesus, é viver uma vida verdadeiramente cristã. Nesta edição de O Jornal Batista você encontrará diversos textos que destacam a relação do homem com o homem. Reflita nas suas atitudes com seus irmãos, com seus familiares e com aqueles que não fazem parte do seu relacionamento e avalie se você está conseguindo seguir os passos de Jesus. (AP)


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A Casa firme do Cristão

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Vilmar Paulichen Pastor da PIB em Indaiatuba, SP “Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda” (João 15.2).

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ara a maioria das pessoas, basta fazer parte de uma igreja, e tudo bem. Muitos pensam que a utilidade da igreja se limita a assistência espiritual em caso de nascimento, casamento e morte. Há exceções, mas a grande maioria das pessoas religiosas tem pouca noção do que realmente significa fazer parte de uma igreja. Um grande problema que afeta muitos frequentadores de igreja é o orgulho de considerar-se insubstituível e indispensável na igreja. É um tremendo engano pensar assim. Não existe membro de uma igreja com status de insubstituível, nem o pastor. Quem pensa ser insubstituível e indispensável é orgulhoso, pois esqueceu-se que nós é que precisamos da igreja. É um absurdo pensar que Deus nos deve gratidão porque nosso nome consta no rol de membros da igreja, como se nosso status, carisma, influência pudesse dar o “brilho” que a igreja necessita para atrair pecadores. Engana-se quem entende que existe outra fonte, superior a Bíblia, que possa dar a motivação correta e atrair pecadores para a igreja. Há igrejas oferecendo “pão e circo” aos pecadores, mas Deus diz para oferecer a

“Espada do Espírito” (Heb. 4.12; Mat. 28.19,20). As razões que contribuem para que muitos vivam na igreja esperando gratidão e honra são várias, o motivo pode ser a voz “aveludada” que canta no louvor dominical, o tamanho do dízimo, o cargo público, o sucesso profissional e até o sobrenome. Se não frutificamos para a glória de Deus, acabamos “cortados” do tronco que é Jesus Cristo, dono e Senhor da Igreja. A ausência de frutos vai fragilizando nossa vida espiritual, cria dúvidas nos outros, elimina toda credibilidade e desqualifica nosso testemunho de conversão. Mesmo seguindo para outra igreja, é só uma questão de tempo, para que tudo se repita. A vida cristã se torna um “pula-pula” de igreja em igreja. Quem faz o “corte” é Deus, obviamente que se utiliza de pessoas aprovadas, santificadas e humildes para fazer isso. Todo “corte” produz mal estar, porque a igreja existe para promover a paz e santificação, sem nunca abrir mão dos frutos do arrependimento. A igreja tem que vigiar e orar para se manter acima do engano dos homens. Deve aguardar e desejar ver os frutos do arrependimento de cada membro. É importante frisar que, nem todos os que mudam de igreja são “cortados”. Há mudança positiva. Mudar pode não ter relação com o “corte” de Deus. Há pessoas que, de coração sincero, mudam, deixando saudades e alegria, quando vão para

outra igreja; serviu tão bem que nos alegra saber que poderá fazer mais e melhor onde estiver. Quem é “podado” deixa saudades e alegria; quem é “cortado” deixa tristeza e alívio; o “cortado” logo é esquecido. Benção mesmo é ser “podado”. Não entenda “poda” do jeito errado, como se fosse sempre receber “não” do pastor e da diretoria. A poda aperfeiçoa a fé dos que frutificam. O propósito da poda é aperfeiçoar nossa fé; somos arrependidos, mas somos pecadores. A poda tira os “brotos” do pecado que nascem no coração e impedem a fé de crescer mais rápido. Por causa dos “brotos” a fé avança em “marcha lenta”, reduz nosso empenho e vigor espiritual no que realmente tem valor e glorifica a Deus. Assim como os brotos não podados na parreira prejudicam os bons frutos, assim também os “brotos” do pecado no coração prejudicam a fé, a oração, o testemunho, comunhão, o estudo da Palavra. Os “brotos” do pecado no coração nos ensurdecem, quando o Espírito Santo fala. A poda pode doer, porque também é um corte; a diferença é que o “corte” da “poda” nos ajuda crescer. Podemos até ser “podados”, recebendo um “não”, depois de apresentarmos um projeto que juramos ter nascido no coração de Deus. Quem aceita a “poda” de Deus pode até sentir-se sozinho, mas com tempo vai tendo mais convicção do lugar onde sua fé está firmada: nas pessoas, nas circunstâncias favoráveis ou em Jesus Cristo.

resistência de um prédio está diretamente relacionada com a firmeza dos seus alicerces. Foi baseado nisto que Jesus, após o Sermão do Monte, disse aos seus ouvintes: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha” (Mateus 7.24). A declaração é simples. Tão simples que, de tão óbvia, nós nos acostumamos com ela. E daí ela passa a perder o impacto espiritual e existencial que deveria ter sobre nós cristãos. Qual seria o cristão que, em sã consciência, diria em público que não procura pôr em prática as “bem aventuranças”? Ainda que, na vida prática, não se esforce em ser pacificador, em chorar com os que choram, em ter fome e sede de justiça.

A cristandade atual construiu sua casa religiosa sobre a areia. Sobre a areia das ambições pragmáticas e oportunistas do mundo. Sobre a areia da lógica humana dos empresários e líderes “bem sucedidos”. Sobre a areia que declara que a igreja só é boa quando sua membresia atinge alguns milhares e os seus dízimos acumulam alguns milhões. O alicerce do cristão são as palavras do Cristo. São as absurdas palavras de Cristo. Que de tão absurdas não temos coragem de obedecê-las. Felizmente, em tudo isso, temos um Espírito Santo que, diante da nossa fragilidade, simplesmente nos pergunta: “Você ama a Cristo?” Aí, se a resposta for positiva, Ele toma conta de nós, fortalece a nossa fé e vai construindo em nós, em nome do Cristo, a casa vigorosa do cristão. Do cristão que ama a Cristo.

A poda cria desconforto, mas nos faz crescer e frutificar para Deus. A poda é para quem tem a graça de Cristo no coração. Graça e fé atuando juntas fazem a “poda” ser positiva. Se você está orando pedindo aperfeiçoamento, então aceite a “poda”; se doer

não recue, nem desanime. Depois do desconforto vem a força. Você se sentirá muito melhor e os frutos da fé glorificarão muito mais a Deus. A “poda” dá mais vida; o “corte” faz a fé “secar”. É melhor ser “podado” e viver, do que ser “cortado” e morrer.


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Samuel Amaro dos Santos Pastor da IB em Laje do Muriaé

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bandonem o cristianismo que se esqueceu da Bíblia, que não lê que não ouve, que não medita e que não obedece a palavra de Deus. Abandonem o cristianismo que fez da oração um negócio, uma troca, e não uma comunhão cons-

tante com o nosso Pai onde a maior benção é o próprio Deus. Abandonem o cristianismo da grande omissão, onde não há proclamação, não há testemunho, não há discipulado. Abandonem o cristianismo sem cruz, sem renúncia, sem perdas, sem entrega, sem morte. Abandonem o cristianismo de fim de semana, só dos domingos, só da aparência, o cristianismo teatral que

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vai a igreja e que não sabe ser igreja. Abandonem o cristianismo dos eventos que trazem novidades, mas não produzem santidade, que fazem movimento, mas não produzem comprometimento. Abandonem o cristianismo que transformou o culto em show, que transformou o homem no centro e na razão do culto. Abandonem o cristianismo onde Jesus não

é mais o Senhor, a cabeça do corpo, onde quem manda são líderes mau intencionados, as famílias mais antigas ou maiores da igreja, abandonem o cristianismo onde as pessoas buscam títulos, cargos, posições privilegiadas, e não querem o mais nobre título “servos de Jesus Cristo”. Abandonem o cristianismo onde as pessoas não são transformadas, não mu-

dam seu jeito de falar, seu comportamento, suas ações e reações. Por favor, faço um apelo abandonem esse “cristianismo” vivido por pessoas quem querem ser chamadas de “evangélicas”, mas não mais de crentes, cristãos, discípulos, servos de Jesus Cristo, seguidores de Cristo. Abandonem esse Cristianismo, ou melhor, voltemos ao verdadeiro Cristianismo.

Cleverson Pereira do Valle Pastor da PIB em Artur Nogueira Bacharel em Teologia pela FTBSP e EST Presidente do COMEAN

ensinou. O que leva um cristão não negar sua fé mesmo diante de tortura? A sua convicção, a base de sustentação de sua fé. O apóstolo Paulo deixou bem claro a sua posição “eu sei em quem tenho crido”, ele não era levado por conversas tolas. A sua convicção era notória, não tinha temor dos homens, enfrentou as lutas de cabeça erguida. Porque os cristãos são tão destemidos, corajosos? A resposta é clara, os cristãos tem uma esperança, esta

esperança não desaponta. O homem pode ferir o corpo físico, mas jamais conseguirá atingir a sua alma. Se Deus é por nós quem será contra nós? A nossa esperança não está limitada aqui nesta terra, a nossa esperança está nos céus. Vale a pena ser cristão, temos uma certeza que estamos seguros em Cristo. Quem será contra nós? Ninguém, pois servimos ao Deus vivo e verdadeiro que tem todo poder nos céus e na terra.

Ismael Alves Pires Diácono e professor da EBD na IB em Jardim América, Paranaguá, PR Pátria, é o solo onde a terra cheira Onde os campos vicejam, como a bater palmas, Onde tudo é esperança – nada é besteira. Pátria, é solidez, afeto e fraternidade Satisfação, amor, alegria e progresso, Recordações, lembranças, infância – saudade É vitória, ordem, labor, ação e sucesso. Pátria é sonho, é vida, virtude e evolução É crença, agilidade, amizade e poesia, É filhos perfilados, formados, angariando o pão É técnica, personalidade, ética e maestria. Pátria, lugar sagrado, ambiental e independente Onde nascemos e firmamos os artelhos do nosso pé, Onde aprendemos a liberdade para ser decente E a respeitar o próximo, e em Deus ter fé. Nossa pátria é tudo – é amada e bela Também a mais querida, e a mais gentil, Retratada em cores, nas ricas telas Quadros deslumbrantes, mostram seu perfil. Pátria é o recanto ameno – oásis da graça Que reflete um céu lindo de cristal anil, Onde só há atrativos, graça sobre graça A mais bela pátria é o meu Brasil.

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oda a história do cristianismo foi marcada por grandes perseguições aos cristãos. Temos relatos de homens e mulheres que foram mortos, jogados nas arenas, degolados, apedrejados e presos por defender os valores que Jesus Cristo


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vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

Wilson França Pastor e Missionário Emérito da 4ª IB em Rio das Ostras, RJ

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aça um exercício. Pegue a sua agenda e verifique os compromissos que você tem marcado para os próximos dias, semanas e meses. Quantos deles estão diretamente relacionados ao tempo que sua família precisa e deseja de você? Não vale contar o tempo destinado a compras mensais, consultas médicas. Vale somente os compromissos agendados, do tipo, “ir ao cinema com minha esposa”, “passear com o Junior no parque”, “fazer um piquenique com a família”. Pode parecer estranho, mas já pensou que eu e você só agendamos compromissos profissionais, ministeriais, denominacionais? Ora, todos esses compromissos são importantes e devemos agendá-los sim, mas se consideramos o casamento, a família e os amigos também importantes devemos ter o mesmo cuidado. Pode parecer burocrático, é verdade. Não estamos acostumados agendar compromissos, como por exemplo “passear com a esposa” ou “soltar pipa com o Junior”. Compromissos familiares são, falando a verdade, quando der ou quando estivermos com vontade. Mas devemos mudar este conceito. Vou contar uma experiência que tive. Um dia desses conversando por telefone com meu amigo, pr. Ailton Desidério, pastor da Igreja Batista do Lins de Vasconcelos, aqui no Rio de Janeiro, falamos da necessidade de nos encontrarmos, com nossas esposas, para bater um papo. Geralmente, nessas conversas, alguém diz “vamos marcar um dia”. Mas que dia? Então falei com ele para pegar a agenda e então marcamos esta saída para conversar. No dia anterior, por pouco não desmarcamos, devidos a outros compromissos, mas permanecemos firmes e saímos juntos. Foi uma

noite muito agradável onde colocamos nossas conversas em dia. Mas, pergunto, será que este encontro tão agradável teria mesmo acontecido se ficássemos somente com a expressão “um dia vamos marcar para sairmos juntos”? Ele só aconteceu porque eu e ele anotamos em nossa agenda e permanecemos firmes no propósito. Em minhas palestras para pastores e líderes tenho enfatizado este aspecto. Por que somente os compromissos da igreja são anotados na agenda? Por que temos a tendência de permanecer firmes num compromisso que envolve a igreja, a denominação, e não somos tão firmes e estamos prontos a descartas os compromissos que fazemos com nossa esposa, filhos e amigos? Ir à praia com a família e ter momentos inesquecíveis com os filhos é tão santo, aos olhos de Deus, quanto o culto de vigília por missões. Ambas as instituições, família e igreja, foram criadas por Deus. Dedicar parte do nosso tempo para passear com a esposa, pescar com os filhos são tão importantes quanto o tempo que dedicamos à igreja que pertencemos. Concluo citando dois pensamentos que abordam e reforçam esta necessidade. A apresentadora Oprah Winfrey, num dos seus programas de televisão disse acertadamente: “Se alguém não dispõe de uma noite, ou ao menos de uma hora por semana para se reunir com toda a família, então a família não é a sua prioridade”. O escritor Stephen R. Covey, falecido recentemente, escreveu num dos seus livros: “As famílias bem-sucedidas planejam e colocam em prática atividades familiares e se organizam para realizar tarefas diferentes”. Por falar nisso, pegue a sua agenda ai...

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uando leio Mateus 25.31 a 46, corre em minha mente a advertência a Igreja de Cristo. Como a Igreja de Cristo está se comportando nos nossos dias com relação aos vários setores de sua vida social e assistencial? Como estamos? Como que esperando dela uma maior participação? É por isso que fico assustado, como crente no Senhor Jesus Cristo, há mais de 70 anos, sem ver uma ação mais ousada na evangelização de idosos, presos, enfermos, sedentos, famintos, despojados de tudo o que se constitui o essencial para uma vida mais saudável espiritualmente. Veja: Jesus virá acompanhado dos santos anjos e se assentará no trono da glória e todo o olho o verá assim. Ele fará uma separação das pessoas. Usando sua expressão “Ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas”. Mas os bodes ficarão à esquerda e as ovelhas à direita. Depois de saudar os que ficaram à direita – as ovelhas, Jesus justifica assim: “Pois teve fome, e me deste de comer; teve sede e me deste de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; estive enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me”. É ai que, meu coração bate diferente, acelerado e inquieto. É neste ponto que meu pensamento chega à Igreja de Cristo. Jesus disse: “Tive Fome” – A solidariedade humana muitas vezes não está na Igreja de Cristo – Isaías 58.7 é um incitamento a socorrer os necessitados. Justifica o comportamento evangélico da misericórdia e do amor. É também uma resposta a quase todas essas questões levantadas por Jesus na sua igreja. Ele diz: “Não é também que repartas o teu pão

com os famintos e não te escondas do teu próximo?” As pessoas estão morrendo de fome, enquanto estamos mergulhados em reuniões que viram noites a dentro em que nada de proveito é tirado delas. São encontros, discussões, palavras e nada mais que palavras. Os famintos jazem as nossas portas. E por fim, perguntamos: “Quando te vimos com fome?” Você já viu as pessoas que moram debaixo das pontes? Já viu a miséria a que estão entregues as drogas, as ditas Cracolândias? Você já desejou comprar um pão e dar a essas pessoas? Ou foge, quando um deles se aproxima de você? Fome é um mal que aflige o Brasil. O Senhor continua: “Tive sede”, o apostolo Paulo em I Coríntios 4.11 diz: “Até a presente hora, sofremos fome e sede”. Este é o clamor dos que sofrem sede física, e eu quero uma abertura para dizer algo da sede que mata a alma. A sede da Palavra de Deus. Temos que descobrir o Brasil. O Brasil está sedento da Palavra de Deus, e onde estão os obreiros? Onde estão os desbravadores de Deus para levar a mensagem de Cristo aos nossos brasis? A sede é uma sensação causada pela necessidade de beber. A falta de água em nosso organismo nos leva a um desejo ardente e imoderado. Assim é a sede espiritual. Leva as pessoas ao desespero religioso, buscando fontes que muitas vezes só produzem idolatria e outros malefícios para a alma. E a igreja responderá: “Quando te vimos com sede?” “Era forasteiro”. Como é difícil hoje abrirmos nossas portas para hospedar um desconhecido. Quando estava trabalhando em Goiás, hospedei um homem que bateu as portas da nossa casa. Dei-lhe toda a atenção, inclusive espiritual. Depois de duas semanas, ele se foi em direção a Belém do Pará. Qual não foi minha surpresa, dois dias depois que ele atravessara o rio, uma caravana de homens armados bateu

em minha casa a procura daquele homem. Procuravam por um perigoso assassino. Só sabia dizer daquele homem que ele se comportava calmo, amável e que tinha atravessado o rio Araguaia. Deus estava conosco. Isaías, no verso já citado, diz: “e recolhas em casa os pobres desterrados?” “Quando te vimos forasteiro?” Disse Jesus: “Estava nu”. Isaías continua: “E vendo-o nu, o cubras, e não te escondas do teu próximo?” Onde está a nossa compaixão pelos que sofrem frio e chuva sem ter com que se agasalhar? Em II Crônicas 28.15 encontramos este exemplo de compaixão: “Os homens que foram designados nominalmente se levantaram, foram aos presos e vestiram do despojo a todos os que dentre eles estavam nus. Vestiram-nos, e os calçaram e lhes deram de comer e de beber. A todos os que estavam presos levaram, sobre jumentos, e os trouxeram a Jericó, a cidade das palmeiras, a seus irmãos. Depois voltaram para Samaria”. Que lição para os nossos dias. “Quando te vimos enfermos?” Hoje a visitação em casas de saúde e hospitais estão mais difíceis, mas há modos de dar assistência aos enfermos. Os capelães já fazem este trabalho com muita eficácia, porém ainda é muito pouco para os milhares de leitos nos hospitais e casas de saúde. Mas quantos doentes estão em suas casas e não são visitados? “Quando te vimos preso?” Leia Atos 28.2: “Os nativos usaram conosco não de pouca humanidade. Acenderam uma fogueira, e nos recolheram a todos por causa da chuva que caia, e por causa do frio”. Nessa ocasião, Paulo era um prisioneiro sendo levado para uma prisão italiana. Como será o juízo de Deus dentro da igreja. “Então lhes responderá: em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes meus pequeninos, a mim deixastes de fazer” (Mateus 25.45).


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notícias do brasil batista

Departamento de Ação Social da CBB

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o dia 29 de outubro ocorreu um seminário na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro com o tema: Pedofilia e prostituição infantil. Como o Departamento de Ação Social da CBB vê a importância da participação nestes espaços públicos de discussão, a assistente de coordenação Luciene Fraga esteve presente. O assunto tratado neste evento foi de suma importância, discutiu-se sobre a história da criança no Brasil, a questão da pedofilia, como tratar o pedófilo, os crimes na internet, ofensa sexual, as três dimensões de inter-

venção na ofensa sexual, proposta de investir em prevenção, questão do crack, a prostituição infantil, dentre outros assuntos. É fundamental que como cidadãos e cristãos estejamos discutindo questões tão importantes na nossa sociedade. “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, prefeita e agradável vontade de Deus” (Romanos 12.2). Luciene Fraga Assistente de coordenação do DAS-CBB

encontro “Pensar com a Igreja – Política de drogas, contribuições e desafios para a Igreja Evangélica Brasileira” foi promovido pela organização não governamental Viva Rio, no dia 26 de outubro de 2012, no auditório da Sociedade Bíblica do Brasil. Faz parte de uma série de eventos onde o tema principal é a participação ativa das instituições evangélicas no tratamento da dependência química, pois é de notório saber a importância da atuação da Igreja nas iniciativas de combate às drogas e promoção de ferramentas para o auxílio àqueles que querem tratar o vício em substâncias psicoativas, fazendo, muitas vezes, um trabalho mais abrangente que o ofertado pelo Estado. A programação contou com a participação de Missões Nacionais, por meio do pastor Daniel Camaforte,

voluntário da Missão Batista Cristolândia, RJ; do antropólogo Rubem Cesar Fernandes, diretor executivo do Viva Rio; e do pastor Ariovaldo Ramos, da Visão Mundial. Foi levantada a proposta de convidar os representantes do poder público a participar também deste debate à medida que não é possível a Igreja operacionalizar ações sem a participação e parceria do Estado, com seu aparato legal e reconhecimento oficial. É necessário buscar equilíbrio e entendimento do que cabe a cada instituição e unificar os esforços e trabalhos em busca do bem comum e do ataque ao que realmente tem marcado profunda e negativamente a sociedade: as drogas e suas consequências. Vládia Macri Analista de Programa e Projetos Sociais da Junta de Missões Nacionais da CBB

A Bíblia Ella é o seu melhor guia para desfrutar o que a Palavra de Deus destina à mulher. Possui uma reunião de estudos sobre lhos, casamento, felicidade e trabalho.

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missões nacionais

Ampliando a visão Igreja Multiplicadora

Ana Luiza Menezes Redação da JMN

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íderes foram motivados para a expansão do evangelho durante a Conferência Nacional de Igreja Multiplicadora, realizada entre os dias 25 e 27 de outubro, na Primeira Igreja Batista de Atibaia (SP). Analisando a missão da igreja no Brasil, os preletores plantaram nos corações dos participantes os conhecimentos necessários para a realização da tarefa de multiplicar discípulos e plantar novas igrejas. Pastor Luiz Sayão, da IB Nações Unidas (SP), falou sobre a igreja como organismo vivo; pastor Gilberto Penido, gestor de Ministérios da PIB de Juiz de Fora (MG), destacou a importância do discipulado e pequenos grupos; e o pastor Sérgio Ney, missionário de Missões Nacionais em São José do Rio Preto (SP), dissertou sobre compaixão, que é um dos pilares da visão Igreja Multiplicadora. O evento também contou com nomes como Claudinei Carneiro, que abordou a questão da oração como estratégia e vida devocional, e Antonio Mendes Gonçalves, que falou sobre formação de liderança e crescimento da igreja. O diretor executivo de Missões Nacionais, pastor Fernando Brandão, deixou uma palavra sobre a visão Igreja Multiplicadora e o pastor Samuel Moutta, gerente executivo de Missões, falou sobre evangelização. Dando destaque também para a evangelização e multiplicação entre os surdos, a missionária Marília Moraes Manhães, coordenadora do Ministério com Surdos, apresentou os desafios de seu trabalho. Compartilhando seu próprio testemunho, baseado

nas experiências que teve no sertão da Paraíba, o pastor Cirino Refosco, gerente de Estratégias Missionárias da JMN, ajudou cada um dos presentes a compreender questões que envolvem a plantação de igrejas. Ele, que por muitos anos serviu com sua família em diversas cidades da Paraíba, sendo responsável pelo surgimento e desenvolvimento de líderes e igrejas, recebeu recentemente, durante um momento solene da 87ª Assembleia da Convenção Paraibana, reconhecimento pelo seu trabalho. “Não temos dúvida de que ele é um homem de Deus, que dedica a sua vida ao trabalho missionário. O pastor Cirino é chamado, por todos nós, de apóstolo do sertão pelo trabalho, inclusive social, que ele fez. Em nome da Convenção, pedi perdão ao pastor Cirino e a toda a sua família, pelos momentos difíceis que ele passou. O plenário levantou e aplaudiu. Nós o amamos”, disse o pastor Fernando Rocha, presidente da Convenção Batista Paraibana (CBP). Para o pastor Robério Soares, secretário de Missões da CBP, aquele momento foi vitupério à honra devida ao pastor Cirino pelo que ele realizou no estado. “Toda a Paraíba batista o ama. Ele é como um espelho para mim, uma referência ministerial. Sempre vi Jesus nele.” Enquanto esteve no campo, pastor Cirino não apenas plantou como revitalizou igrejas, tornando-se, no Brasil, um exemplo contemporâneo da visão Igreja Multiplicadora. Assim que chegaram ao campo, em 1985, ele e sua esposa, Regina Refosco, iniciaram o trabalho de revitalização da IB de Piancó e, em seguida, abriram frentes missionárias

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Rendidos ao Senhor, participantes se comprometem a multiplicar

em outras cidades paraibanas como Boaventura, Aguiar, Coremas, Igaracy, Nova Olinda, Santana dos Garrotes, Ibiara e Pedra Branca, entre outras. Eles foram responsáveis pelos batismos de mais de 700 pessoas, além do treinamento de dezenas de irmãos, pastores, missionários e evangelistas na região, que hoje estão à frente de ministérios locais. Após longo período no Sertão, eles foram para João Pessoa (PB), onde plantaram igrejas em bairros como João Agripino e Brisamar, que apresentam crescimento e expansão da visão até os dias atuais. Ao falar sobre a Conferência, pastor Cirino também fez questão de destacar que “Igreja Multiplicadora é uma visão bíblica, que vai além da plantação de igrejas, incluindo também o crescimento das igrejas locais, como aconteceu com a igreja de Jerusalém”. Ele afirmou que é tempo de os batistas traba-

Convite de Ordenação ao Ministério

No dia 30 de novembro de 2012, às 19h30, serão examinados os irmãos Davi Menezes e Eduardo Bernardo, bacharéis em Teologia pelo Seminário Betel, com vistas ao Ministério Pastoral. Se aprovados, serão ordenados no dia 09 de dezembro às 19h00. Primeira Igreja Batista em Parque Real Rua Vieira e Araujo, 363 – Realengo – RJ Pastor Albadias de Araujo Ferreira

lharem no despertamento das igrejas para crescimento e plantação de novos trabalhos, e citou outras participações importantes da Conferência, como os missionários Luiz Gonzaga e Auridéia Ferreira, que têm multiplicado com a abertura de várias frentes missionárias até mesmo entre os ribeirinhos, além da Missão em Libras de Marituba (PA), hoje já sob a liderança dos missionários Ewerson e Keyla Corrêa, mas que teve início graças ao esforço deles. Diante dos testemunhos que comprovam a importância da aplicação da visão Igreja Multiplicadora, líderes aceitaram o apelo de serem multiplicadores em suas regiões de atuação. “Ouvir a história de missionários, ver a maneira com que foram fiéis ao chamado do Senhor e perceber como a obediência produziu glória ao nome de Jesus me animou, ainda mais, para dedicar minha vida e motivar outros a fazerem o mesmo pela causa do nome de Jesus”, declarou o pastor

Joelsio Marciano, coordenador da área de Missões da PIB de Atibaia. Também como parte da programação da Conferência, as oficinas ministradas por missionários como o pastor Leandro Poçam, que desenvolve um ministério com tribos urbanas; Jaqueline Augusto da Hora Santos, coordenadora do programa de evangelização de crianças da JMN; Elaine Machado, que na Cristolândia SP desenvolve um ministério ligado às ações de compaixão; entre outros obreiros da JMN, impactaram as vidas, que deixaram o evento com a certeza de que é possível crescer e multiplicar. “Esta Conferência inflamou mais ainda em mim que, se nosso Senhor Jesus afirmou que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja, podemos avançar”, afirmou o pastor Dário Sodré Júnior, que auxilia na área de Missões e Novas Igrejas da IB Central de Campinas (SP).

Nota de Falecimento Faleceu na manhã do dia 9 de novembro de 2012, a missionária Zênia Birzniek, que completaria 95 anos de idade no dia 11. A irmã Zênia atuou em Missões Nacionais por 34 anos e meio, de 1º de janeiro de 1957 a março de 1989 como missionária, e mais dois anos e seis meses já como aposentada, enquanto aguardava a chegada de uma substituta para o campo. Desde então, a missionária reiniciou trabalhos abandonados e iniciou novas congregações em locais pouco evangelizados. Incansável, Zênia Birzniek foi a prova viva de que nada pode deter um coração missionário.


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O Evangelho e o Ciclo Olímpico Pr. Ulisses Souza Torres Capelão Esportivo da Convenção Batista Carioca Coordenador de Esporte da Juventude Batista Brasileira

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o dia 12 de agosto, encerraram-se as Olimpíadas em Londres. Um termo passará a fazer parte do nosso dia a dia, o “Ciclo Olímpico”. Mas o que significa isso? O Ciclo Olímpico inicia-se no encerramento de uma Olimpíada e vai até a cerimônia de encerramento da próxima Olimpíada. Envolve, a preparação do país receptor do evento, a descoberta e qualificação de atletas, construção e melhoria das dependências para prática de diversas modalidades esportivas. A próxima Olimpíada ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro em 2016. E os evangélicos poderão ter grande participação em todo esse período de Ciclo Olímpico, servindo ao propósito de Deus nesta geração (At. 13.36a). A grande pergunta que surge é: Qual é a relação entre o evangelho e o Ciclo Olímpico? Todo país que recebe as Olimpíadas necessita de uma estrutura determinada para realização dos jogos. Dessa necessidade, surge uns dos principais termos para que esse evento seja um sucesso: Voluntariado! Pessoas dispostas a participarem da organização dos eventos esportivos, sem receber remuneração alguma, com o único objetivo de fazer com que o evento seja um sucesso. Paulo afirma em sua carta aos Efésios 2.10: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. Enquanto Igreja de Cristo, precisamos nos engajar nesse grande movimento e nos voluntariarmos para que a sociedade perceba o nosso desejo em servi-la. Como Pedro afirma em sua primeira carta, capítulo 4, verso 2: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas”. Enquanto servos de Jesus, a igreja brasileira precisa se preparar para poder compartilhar do amor de Jesus através do serviço. As igrejas podem se organizar, ensinando línguas estrangeiras para sua membresia e comunida-

des antes da realização do evento. Podem preparar suas estruturas para receberem missionários. Despertar e enviar líderes para capacitação em evangelização através dos ministérios esportivos. Nos dias de jogos, oferecer copos com água ou informações através de missionários preparados para tais funções. Além disso, teremos dois grandes eventos no decorrer

do Ciclo Olímpico onde poderemos começar um grande movimento de evangelização de nosso país: “a Copa das Confederações” em 2013, e a “Copa do Mundo” em 2014. Teremos a oportunidade de evangelizar o mundo, sem sair do nosso país. No nosso bairro, poderemos evangelizar pessoas da Europa, da Ásia, da Oceania, da África

e das Américas. Deus está dando uma grande oportunidade para nossa geração. Precisamos nos preparar para compartilhar do amor do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo para aqueles “que aguardam com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus” (Rom. 8.19). Eu quero participar de tudo que Deus está fazen-

do nesse Ciclo Olímpico, e você? Vamos buscar a capacitação da nossa igreja para participarmos desta ação divina em nosso país, cidade, bairro e igreja local. Estamos a disposição para auxiliar na capacitação e auxilio na estruturação deste ministério esportivo na sua igreja. Entre em contato conosco, vamos fazer parte desse time que vai mudar a história.


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Boas notícias do Seminário do Sul

Departamento de Comunicação da CBB

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urante a reunião do Conselho Geral realizada no novo Centro Batista Brasileiro, pastor Davidson Pereira de Freitas, diretor do Seminário do Sul, anunciou o reconhecimento do curso de Teologia pelo MEC. O Diário Oficial da União publicou a portaria 218 de 01/11/2012, no dia 07 de novembro, que determinou o reconhecimento do Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade Batista do Rio de

Janeiro, instituição mantida pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Esta é uma grande vitória para os Batistas Brasileiros. É a 6ª Instituição de ensino teológico batista, afiliada à ABIBET que recebe este reconhecimento. “Quero expressar minha gratidão a todos os membros da equipe do Seminário do Sul, corpo docente, corpo administrativo, assim como aos alunos e ex-alunos que tem construído a história desta Casa. Quero expressar ainda a minha gratidão aos ex-reitores desta

Casa, que arduamente trabalharam e semearam para que hoje pudéssemos viver este momento tão especial e importante”, declarou com alegria o pastor Davidson Pereira de Freitas. Agora o Seminário do Sul começará um novo tempo, pois poderá oferecer, a partir de fevereiro de 2013, o curso de convalidação, para o qual estarão disponíveis 150 vagas. As inscrições estarão abertas de 21/11 a 21/12/2012. Os candidatos interessados devem acompanhar no Manual do Candidato, Regulamento e no Edital

Pr. Davidson anuncia o reconhecimento do curso de Teologia pelo MEC

do Programa de Integralização de Crédito (PIC), através do site: www.fabat.com , a partir da data acima. Além de relatar esta vitória, pastor Davidson também agradeceu todo o apoio recebido durante a sua gestão administrativa, que agora se encerra a pedido do próprio. Pastor Davidson estará se dedicando à sua igreja de forma integral, a Primeira Igreja Batista em Heliópolis, RJ. Em seguida a diretoria da CBB anunciou o nome do novo diretor do Seminário Teológico Batista do

Sul do Brasil, pastor Luiz Sayão, conhecido teólogo, linguista e hebraísta brasileiro. Pastor Luiz Sayão é pastor titular da Igreja Batista das Nações Unidas, na capital paulista, e mestre em hebraico pela USP, conferencista internacional, professor de teologia (Servo de Cristo, FTBSP, STEP, Gordon-Conwell), tradutor da Bíblia (NVI, Almeida 21) e consultor editorial. É casado com Celiz Elaine e pai de cinco filhos: Rachel, Israel, Deborah, Daniel e Miriam. Ele assumirá a direção no início de 2013.

fotos: Sélio Morais

Pr. Luiz Sayão, ao centro, é anunciado pelo pr. Sócrates,à esquerda, e pr. Paschoal, à direita, como o novo diretor do Seminário do Sul


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missões mundiais

JMM homenageia antigos colaboradores

Coro formado for funcionários da JMM cantou durante o culto

Willy Rangel Redação de Missões Mundiais

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issões Mundiais realizou no dia 31 de outubro um culto de gratidão a Deus pelas vidas de três colaboradores que estão deixando oficialmente suas funções na agência missionária. Shirlésia Maria de Souza e os pastores Luiz Carlos de Barros e Romeu Maciel de Azevedo, atuaram como coordenadora de Recursos Humanos, gerente Administrativo-Financeiro e chefe do setor de Contabilidade, respectivamente.

Pr. Antônio Galvão orou por Luiz Carlos, Shirlésia e Romeu

O culto aconteceu na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) e contou com a presença de funcionários, ex-colegas de trabalho, missionários efetivos, em treinamento e mobilizadores, além de familiares dos homenageados. O diretor geral da Convenção Batista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira de Souza, foi o primeiro a falar durante a cerimônia. Ele agradeceu pelas vidas desses três colaboradores, que ofereceram sua força de trabalho para a obra missionária. “A expressão que mais cabe nesta hora é ‘Damos-te

graças, ó Pai’”, disse. “Estamos celebrando não o fim, mas uma nova etapa na vida desses irmãos”, acrescentou o pastor Sócrates. O diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares, levou a mensagem, sobre o Salmo 23, explicando que este texto bíblico tão conhecido pode ser usado a qualquer tempo por qualquer crente, independentemente da situação. O gerente de Missões, pastor Lauro Mandira, conduziu o momento de gratidão e homenagens a Shirlésia, Luiz Carlos e Romeu.

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Pr. João Marcos B. Soares foi o pregador do culto

Luiz Carlos, que por 36 anos serviu como gestor administrativo da JMM, agradeceu a homenagem e deixou um recado àqueles que continuam trabalhando na sede. “Vocês estão nesta obra transformando e preparando as pessoas para a volta do nosso Senhor Jesus”, disse. Ele se sentiu duplamente homenageado, já que na ocasião completou mais um ano de vida. O pastor Romeu falou em seguida e também deixou seu recado aos presentes ao culto. “Trabalhem com seriedade, coloquem no coração

aquilo que estiverem fazendo porque o dono da obra é o Senhor”, afirmou. Shirlésia também agradeceu a homenagem e fez suas as palavras de Luiz Carlos e Romeu. Os três também receberam uma placa em reconhecimento ao tempo que passaram servindo à obra missionária mundial. Ao final, um coro formado por funcionários da JMM entoou o hino “Como Agradecer a Jesus?” sob a liderança da ministra de música Mônica Coropos, da PIB Irajá, no Rio de Janeiro. Depois, o pastor Antônio Galvão, missionário há 40 anos, orou pelos homenageados.

ORIENTE MÉDIO Evangelho cresce em meio ao caos Ailton de Faria Redação de Missões Mundiais

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halil Samara – supervisor de obreiros da terra de Missões Mundiais para o Oriente Médio – informa que a região vive momentos de muita angústia. São várias cidades destruídas e centenas de pessoas mortas pelos bombardeios entre milícias e facções de um mesmo povo. Na Síria, onde temos missionários em quatro cidades, a situação é muito crítica. Uma igreja, na cidade de Latakia, foi fechada. Por lá, o povo de Deus se reunia todos os dias em jejum e oração pela situação do país e pelas famílias que perderam entes queridos. Nas cidades de Safita e Tartus há novos convertidos e os missionários trabalham com 75 famílias em suas igrejas. São mais de 45 crianças recolhidas nas casas de membros e sustentadas por essas igrejas. No Líbano, a situação não está melhor. Há um mês, o

país estava em clima de guerra civil. No centro de Beirute foi assassinado o chefe da polícia secreta, vítima de uma grande explosão que matou oito e feriu 70 pessoas. Mas, no meio de toda esta situação, o nosso Deus tinha preparado uma grande bênção nas igrejas plantadas no sul do país. Ali, os irmãos estavam em campanha evangelística por quatro dias nas cidades de Rachaia, Marjeyoun e Ain Ebel. “Pastores batistas brasileiros, enviados por Missões Mundiais para nos ajudar nos trabalhos, foram usados por Deus na campanha. Por quatro dias, vimos a glória de Deus! Dezesseis almas se renderam aos pés de Cristo”, conta o pastor Khalil. Na cidade de Duhok está sendo implantado o Projeto Norte do Iraque para Cristo. Nas congregações de Zakho e Berseva os missionários tiveram momentos agradáveis pela presença do Senhor no meio de Seu povo. Segundo o pastor Khalil, o Senhor derramou grande bênção sobre

O Evangelho avança no Sudão

Culto em igreja sudanesa

eles. Foram realizados estudos e treinamento de líderes, que levaram o povo a viver em maior comunhão. Um dos alvos dessa união é que se faça oração e jejum para o começo da construção do projeto. No Sudão, uma semana antes da chegada de nosso supervisor na cidade de Cartum, aconteceu um ataque de aviões israelenses a uma instalação militar. O povo estava muito preocupado e com medo de uma guerra civil.

Além das dificuldades que o povo sudanês viveu com 53 anos de guerra – enfrentando fome, doenças e desemprego – o país foi dividido em dois: Norte e Sul. Essa divisão está causando vários problemas sociais, inclusive divisão entre famílias do próprio país. “Mas, em meio ao caos, Deus está edificando almas, restaurando famílias perdidas e fortalecendo a Sua Igreja. A Palavra, no poder do Espírito de Deus, está sendo

semeada e o Evangelho de Cristo cresce naquela região. O Senhor nos concedeu o registro oficial das igrejas batistas no Sudão, aprovada pelo Ministério das Religiões do governo. Agradeço a Deus pela vida de cada crente e também pelo tempo que estamos juntos, guiados pelo Espírito de Deus. É ele quem nos dá forças para lutar pela expansão do Evangelho de Cristo no Oriente Médio”, finaliza o pastor Khalil Samara.


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PIB de Três Rios celebra 97 anos

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Primeira Igreja Batista de Três Rios (RJ) celebrou no último dia 3 de outubro, 97 anos de abençoada existência. Para marcar os 97 anos de organização a PIB de Três Rios realizou um grande culto de gratidão a Deus, lotando o seu santuário em plena quarta-feira, contando com a presença de vários pastores e igrejas convidadas, bem como um grande público de crentes e não crentes, que atenderam o convite para assistir o Coro da Missão Batista Cristolândia Rio, e ver e ouvir o que Deus fez na vida daquelas pessoas que eram consideradas lixo humano e foram resgatadas e transformadas pelo poder de Cristo Jesus. Faltou lugar na nave principal e na galeria que superlotou, fazendo com que muitos participassem do culto em pé nos corredores e até mesmo nas escadarias da igreja. Pastor Diego Machado, líder da Missão Cristolândia Rio, projeto de resgate de pessoas das ruas da Cracolândia na cidade do Rio de Janeiro, pregou um lindo e desafiador sermão, levando muitas pessoas a aceitarem

Jesus como Senhor e Salvador, e outras tantas que estavam afastadas, desviadas, a voltarem a viver uma vida de comunhão e santidade com Deus. Pastor Diego desafiou jovens e adolescentes da igreja a serem um radical em sua casa, vizinhança e na escola, e ao fazer o desafio à igreja para a obra missionária, vários irmãos foram à frente se comprometendo a entregar suas vidas para missões. Que noite memorável! “Parecia estarmos no céu”, exclamou o pastor Jeferson Assis da Silva, pastor Sênior da Igreja. Muitos irmãos pegaram formulários de adoção do PAM para ajudar no sustento de missões. Um dos momentos mais significativos do culto foi quando três juniores, Anna Júlia, Matheus e Camila cantaram o hino de missões “Deixa sua Luz Brilhar”, enquanto era realizado o ofertório para Missões. Nossas crianças cantaram e encantaram. A PIB de Três Rios está em obras, realizando uma série de reformas necessárias ao bom desenvolvimento de suas atividades, atendendo assim suas necessidades, mas não foi possível, como

previsto, aprontar o novo altar do santuário para ser inaugurado nesse aniversário, o que levou a igreja a estender uma imensa cortina branca, o que diminuiu o espaço interno do santuário, mas nada que atrapalhasse o brilho e o sucesso do culto. A igreja se preparou para esse evento realizando uma campanha para arrecadar 1/2 tonelada de arroz para ajudar no projeto Cristolândia. O momento da entrega foi incrível, pois enquanto o coro da Cristolândia cantava o cântico ‘Nada Além do sangue’, do pastor Fernandinho, adolescentes, juniores e jovens trouxeram os alimentos, formando um paredão de proteção, pois a igreja se comprometeu a sustentar aquela obra diariamente com orações, intercessões e clamores a Deus. No transcurso desses 97 anos, a PIB de Três Rios foi

lideradas por preciosos homens de Deus. Otis Pendleton Maddox (1915-1916); Joaquim Evangelista Mariano Pereira (1916-1919); Orlando Alves (19201923); Pr. Joaquim Rosa (19231924); Pr. Joaquim Evangelista Mariano Pereira (19241925); Joaquim Rosa (1925-1926); Cassiano Basílio de Souza (1926-1929); Vital Rodrigues Cabral (1930-1937); Ubaldino Faria de Souza (1937-1946); Aristóteles Fontes de Queiroz (1946-1947); Emanuel Fonte de Queiroz (1948-1949); José de Souza Herdy (1952-1961); Itamar Francisco de Souza (1962-1997); Leyner de Albuquerque Lima (1997-2000);

Robson Martins Ramos (2002-2007); Jeferson Assis da Silva (2007- ). O saudoso diácono Manoel Juventino Sant’Ana dirigiu a PIB de Três Rios por várias ocasiões em que a igreja esteve em transição ministerial, bem como o seminarista Issac Carvalho Rangel, hoje pastor, a dirigiu de 2001 a 2002. No período de janeiro a agosto de 2007, dirigiu a igreja o diácono Pedro Soares Mattos. Nesses cinco anos de ministério do pastor Jeferson Assis da Silva a PIB Três Rios organizou a Igreja Batista Betesda em Três Rios (RJ), PIB de Penha Longa (Chiador, MG) Igreja Batista de Afonso Arinos em Com. Levy Gasparian (RJ). Muitos tem sido os desafios dessa operosa igreja, mas Deus que é o dono da obra tem nos sustentado com a sua mão forte.

Prezado leitor de O Jornal Batista, Em nossa galeria de pastores da PIB de Três Rios, está faltando as fotos de alguns de nossos ilustres pastores, homens que foram notáveis em nossa igreja. Por isso precisamos homenageá-los colocando suas fotos em nossa galeria. Se você poder nos ajudar, caso tenha uma foto em bom estado que possa nos enviar uma cópia escaneada, ou se sabe de quem tenha e possa nos ajudar, pode entrar em contato conosco. Primeira Igreja Batista de Três Rios A/C: Pr. Jeferson Assis da Silva Rua Barão do Rio Branco, 438 – Centro CEP: 25.804-010 - Três Rios /RJ Tel: (24) 2252-2524 / 2252-4812 / 9942-6534 E-mail: pr.jeferson@bol.com.br São eles: Pr. Otis Pendleton Maddox Pr. Joaquim Evangelista Mariano Pereira Pr. Orlando Alves Pr. Joaquim Rosa Pr. Cassiano Basílio de Souza Pr. Vital Rodrigues Cabral Pr. Aristóteles Fontes de Queiroz

CONVITE DE CONCÍLIO A Igreja Batista Central em Teresópolis convida pastores e igrejas para formação de Concílio de Exame ao Ministério da Palavra dos seminaristas Márcio de Souza e Gustavo Marques de Freitas, no dia 24 de novembro de 2012, a partir das 16h. Já o Culto de Consagração acontecerá às 20h. Local: Igreja Batista Central em Teresópolis Rua Waldir Barbosa Moreira, 40 – Várzea – Teresópolis / RJ Josué Cardoso Pastor


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OBITUÁRIO

Pr. Sandro – um servo fiel Daniel Torres Membro da PIB Presidente Prudente

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prouve ao Senhor recolher um de seus servos mais atuantes da Alta Paulista, na região oeste do estado de São Paulo. Faleceu na sexta-feira, 26 de outubro, vítima de infarto agudo, o pastor da Igreja Batista de Parapuã (SP) e presidente do Conselho de Pastores local (ConPas), Sandro William da Silva, de 47 anos. O pastor se encontrava em sua residência quando começou a passar mal e foi conduzido à Santa Casa local no fim da tarde. Após os primeiros socorros, foi encaminhado por familiares à Casa de Saúde Dr. Taves, em Osvaldo Cruz (SP), onde após diversas tentativas da equipe médica para reverter o quadro clínico agravado pelo diabetes, não resistiu e veio a falecer. O corpo foi velado no templo da Igreja Batista de

Pastor Sandro William da Silva ao lado da esposa Marizete

Parapuã e trasladado na manhã do sábado, 27, para o Cemitério São João da Boa Vista, em Bebedouro (SP), onde foi sepultado.

Biografia O pastor Sandro deixa Nascido em Bebedouro a esposa, Marizete, com quem era casado havia 13 em 21 de junho de 1965, anos e o pequeno Lúcio, de Sandro formou-se em Teologia no Instituto Bíblico Baoito anos.

tista de Bauru (SP) em 1989 e trabalhou como evangelista nas cidades de Bebedouro e Hortolândia (SP). Em 1998 assumiu o seu primeiro ministério pastoral, na Segunda Igreja Batista de Ourinhos onde, em janeiro de 1999, casou-se com a educadora religiosa Marizete Monteiro de Lucena Silva. O casal chegou a Parapuã em abril de 2002 com o propósito de assumir o pastorado da Igreja Batista local. No mesmo ano, Sandro passou a pertencer à Ordem dos Pastores Batistas da Alta Paulista, ligada à Associação das Igrejas Batistas da Alta Paulista (Asibap). Um dos fundadores do Conselho de Pastores de Parapuã, exercia a presidência do órgão em 2012. “Agradeço muito o apoio que tenho recebido das igrejas, dos pastores, dos amigos, que estão fazendo uma enorme diferença nesse momento de dor”, declarou Marizete.


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ponto de vista

letra nem na harmonia dos sons, mas na agitação. Isto me parece estar em consonância com a cultura atual em outros níveis. Nós não nos comunicamos mais cognitivamente, mas gestualmente ou corporalmente. A qualquer hora em que alguém ligar a televisão verá um grupo se sacolejando. A cognição cedeu lugar aos sentidos. A razão tem sido posta de lado em detrimento da sensação. O que importa não é o que se expressa verbalmente, mas o que se sente. Sempre ávidos por novidades mundanas, alguns segmentos da igreja embarcaram nesta tendência. A música evangélica também tem sido empobrecida (e como!) e sua comunicação maior não está no que sua letra diz, mas no quanto faz as pessoas se sacudirem. Desta maneira, os sentidos prevalecem sobre a cognição. E quanto erro teológico se canta! Avalia-se o culto por quanto as pessoas se mexeram, e não por quanto aprenderam sobre Deus e como isto impactou sua vida. Pensei muito nisto nestes dias. Preguei duas noites no Congresso Inspirativo da COBAP (Convenção Batista Amapaense) e nas duas noites ouvi cantar o Quarteto Dom de Livre, de Campinas, que havia cantado três vezes em minha ex-igreja, a Cambuí.

No domingo pela manhã, o Dom Livre cantou na Central de Macapá. Fiz o que nunca fizera em 41 anos de ministério pastoral: abdiquei de pregar para eles cantarem. A pregação foram seus cânticos. Tanto na COBAP como na Central, o auditório ficou extasiado. O Quarteto cantou hinos compreensíveis e, o que está se tornando difícil de encontrar, hinos cristológicos. Cristo foi cantado, e não as sensações do adorador. O foco do culto foi Jesus e não o adorador. À noite tivemos conosco a irmã Cristina Capareli, que foi membro da igreja. Seu esposo, militar, foi transferido, há sete anos. O casal aproveitou o feriado prolongado para vir a Macapá para a filha ver a cidade onde nasceu. Foi outro grande momento: Cristina não grita, não tremelica a voz, não se pavoneia. Apenas canta. Não é artista, é serva. Que impacto espiritual ouvi-la em “Cidade Santa”. Não se trata de rabugice de velho nem lamúrias de pastor cheirando a naftalina. Apenas uma constatação: o evangelho está se tornando cada vez mais matéria de sentimento, e o culto cada vez mais expressão de movimentos. O homem é o foco do culto. Deus foi glorificado se as pessoas se sentiram bem ou se se expressaram. Por isso que hoje, quando

recebo convite de uma igreja para pregar, minha primeira pergunta é como é a liturgia da igreja. Muitas igrejas querem um pastor mais conhecido, para dar notoriedade ao culto e convidam um ou dois cantores famosos. O que prego não faz diferença. O que importa é que eu vá, pois sou um pouco conhecido, e isso dá peso ao evento. E segue o culto: um cantor apresenta uns quatro hinos sem nexo um com o outro e sem conexão com o que prego. Após a mensagem, mais músicas, porque o investimento no cantor precisa ser recompensado. O culto vira uma colcha de retalhos com partes que não se tangenciam. O que o pregador expôs da Palavra de Deus é logo esquecido, porque o cantor “levanta a galera”. A sensação triunfa sobre a reflexão. Converti-me numa igreja em que Cristo era pregado com convicção, todos os domingos. O pastor se chamava João Falcão Sobrinho, e a igreja era Acari, no Rio de Janeiro. Aprendi a refletir sobre a Palavra de Deus e a procurar internalizá-la. Minha família não era crente e eu era um menino de catorze anos. Morava com meu pai e um primo nos fundos de um bar, na Penha. Para um adolescente, era “barra”, como se diz. O culto me alimentava por

uma semana. E era aguardado sempre com expectativa porque no próximo eu iria aprender sobre Deus. Hoje, quando não prego e vou me congregar com irmãos de outra igreja, sempre me aflijo: aonde vou? Gosto de ouvir falar de Jesus, gosto de ver a Bíblia ensinada, e não tenho paciência com barulho. Fiquei um ano e oito sem pastorear (por opção). Viajei muito. Em um ano e meio fiz sessenta viagens. Mas quando estava em casa e precisava me congregar (não consigo ficar sem ir à igreja prédio) me afligia. O que encontraria? Seria alimentado ou seria chamado por um animador de auditório a me sacudir? Gente como o Dom Livre e como Cristina Capareli estão rareando (eles são jovens, diga-se). A música de qualidade está escasseando. O culto com início, meio e fim, com uma mensagem progressiva, em que todas as partes caminham na mesma direção também está sumindo. A pobreza cultural do mundo se reflete na pobreza bíblica e teológica da igreja. É, envelhecer é fogo. Mas ter senso analítico também. A gente nem sempre aceita se banalizar. E nossos cultos estão se tornando tão banais! Quando não puder mais pastorear, para onde irei?

artigo sobre o mesmo. Nos Manoel de Jesus The Pastor e colaborador de OJB grandes comentários, como Lange, Mattew Henry, e ou“O rei de Sodoma disse a tros, há mensagens sobre ele, Abraão: Dê-me as pessoas mas, já doei para um Semináe pode ficar com os bens” rio essas preciosas coleções. Se lermos o capitulo 19 de (Gênesis 14.21). Gênesis, saberemos qual era o site do Dr. Jorge o caráter do rei de Sodoma, e Pinheiro dos San- porque ele queria ficar com as tos, li uma frase de pessoas. Neste mundo há muitas pesGuimarães Rosa, que o Dr. Jorge escolheu para soas que negam a existência colocar no site. Ei-la: “Deus do Diabo, mas não podem existe mesmo quando não há. negar sua influência, suas Mas o demônio não precisa obras, e seu domínio sobre existir para haver”. É notável a humanidade. Seu poder é como encontramos verdadei- tanto, que Cristo o chamou ras pérolas nas palavras dos de príncipe deste mundo. Por homens, que se dirá quando que príncipe e não rei? Porque acima dele está o Rei Jesus. lemos a Palavra de Deus. O texto que citamos acima Todo aquele que desejar seré pouco conhecido. Ao longo vir ao demônio ele o aceita de minha vida cristã, nesses como servo. E pelas ações dos sessenta e cinco anos, jamais homens, ao longo da história, ouvi um sermão, ou li algum e, principalmente nos dias

de hoje, vemos como ele é servido pelos homens. O Diabo é como o rei de Sodoma. Ele não quer coisas, ele quer pessoas. Tendo as pessoas em suas mãos, ele as transforma em seres horrendos. Horrendos em todos os sentidos. Ações, caráter, fisionomia (como me admiro quando vejo o que a droga faz nas pessoas nas vezes que colaboro com a comunidade batista Cristolândia, na Cracolândia!). Por mais que conviva com eles, não me acostumo. Dormem ao relento, na sujeira, no meio de fezes, perambulam sem destino, sem objetivo, sem ideal, sem propósito, diria, sem tudo. É preciso o Diabo existir para ele haver? Que frase feliz de Guimarães Rosa! A resposta de Abraão ao pedido do rei de Sodoma é profundamente sábia. Ele

afirma que nada deseja, para que o rei de Sodoma venha, no futuro, a dizer que o enriqueceu. A primeira coisa que o Diabo oferece àqueles que lhe servem, é um prêmio, mas, como ele é o pai da mentira, logo depois os que lhe servem descobrem que o prêmio se chama morte. É esse o quadro que nos rodeia. O prêmio do pecado é sempre a morte. O desejo do Diabo é ter os homens em suas mãos para dominá-los, e dominá-los até o fim de suas vidas. O Diabo, servido pelos homens, levou Jesus a morte, e essa mesma morte, por estar nos planos do Pai e do Filho, foi o fim do domínio de Satanás. A morte de Cristo, resgatou-nos do poder do pecado, pois Cristo morrendo em nosso lugar, pagou o nosso pecado.

Quem já pagou, não pode ser cobrado novamente. Satanás, o acusador, não tem de que nos acusar, pois através da morte de Cristo, fomos justificados perante Deus e sua Lei. Mesmo que o homem não creia em Deus, a sua obra realizada pela morte de Cristo, aí está. Ao longo da história temos provas de que ela aí está. Mesmo que muitos não creiam, milhões de vidas resgatadas do poder do Diabo, dão provas de que ele existe. Deus não deixa de existir porque os homens não creem. Ele não precisa da fé dos homens para existir. Suas obras aí estão. Elas são suas testemunhas. E, no futuro, serão elas que condenarão os que preferiram servir ao Diabo, mentor da morte, ao invés de crerem em Deus, o provedor da vida.

sta crônica é mais choradeira que outra coisa. Mas sejam pacientes. Exerçam a misericórdia comigo. Li esta notícia que reproduzo ipsis literis, do jornal “O Globo”: “A música piorou nas últimas décadas. O que parece relativo quando dito por um crítico ganhou tons científicos com um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha. Pesquisadores, através de programas de computador, analisaram 464.411 músicas populares do Ocidente lançadas entre 1955 e 2010, incluindo pop, rock, hip-hop, folk e funk. Com os resultados obtidos, avaliaram tendências com o passar dos anos. As diferentes transições entre combinações de notas diminuíram de número nas últimas décadas. A variedade de timbres na música pop também caiu significantemente desde os anos 1960. Sobre este fato, a conclusão dos pesquisadores é que os compositores tendem a se manter fiéis às mesmas qualidades de som obtidas anteriormente. O volume, porém, tem aumentado desde 1955, em uma ‘espécie de corrida pela música mais alta’”. Em outras palavras: o volume de decibéis tem substituído a qualidade. O sentido da música não está mais na

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ponto de vista

Pastor Matosalém da Rocha Lopes*

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ou do tempo em que os cristãos amavam ir a Escola Bíblica Dominical, velhos tempos, quantas saudades. Daí lembro-me do hino 545 CC intitulado “Vamos à escola” que diz: “Vamos, jovens alunos, à escola, A Palavra de Deus estudar, Boas-novas ouvirmos de Cristo, E favores reais alcançar...” Que hino! Isso me emocionava muito, e até os dias atuais me emociono ao cantar, e como sinto a falta dessa emoção, desse desejo em nossos irmãos, em nossas igrejas. É isso mesmo; uma velha e ao mesmo tempo uma nova discussão bate à porta da Igreja pós-moderna, a existência da Escola Bíblica Dominical no contexto dos dias atuais, surgindo aí questionamentos como: Ela ainda existe? Ela tem atendido as necessidades da igreja hoje? Tem evangelizado como foi assim sua proposta inicial com seu idealizador Robert Raikes em 1780? Em alcançar as crianças na Inglaterra organizando uma escola que funcionaria aos domingos, cuidando não apenas da educação secular, mas daria também a educação religiosa e teria a Bíblia como livro texto. Parece-nos que estamos distante disto, e principalmente no contexto de mundo em que vivemos. Gosto muito da frase do educador Paulo Freire que diz: “Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. Freire tinha plena consciência sobre a necessidade de uma busca constante no processo ensino aprendizado, acredito ser preciso resgatar essa consciência se quisermos de fato termos uma educação cristã que atenda a necessidade do nosso povo. Daí acredito que é necessário também passar pela Escola Dominical essa discussão, percebendo que a mesma precisa urgentemente de um upgrade. Tenho lidado há quase 30 anos com a EBD, ora como aluno, ora como professor e tenho concluído que infelizmente os crentes do mundo pós-modernos não demonstram mais desejo de ir a Escola Bíblica Dominical; mas

será por quê? O tempo mudou? Deus mudou? A igreja está ultrapassada em suas estratégias? Precisamos refletir sobre isto. Percebo que há três fatores importantes que necessitam ser revistos dentro desta discussão. Vejamos: I - Resgatar o desejo dos Cristãos em estudarem a Bíblia “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”(Sal. 119.105). “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sal. 119.11). No contexto de mundo em que vivemos hoje, a Palavra de Deus quando ministrada fará uma grande diferença na vida das pessoas. Há uma grande carência de Deus (Sal. 42.2). Cada dia o homem questiona sua existência, o eterno, a vida pós a morte, e outras questões; e é a Bíblia que tem as respostas. Ela direciona seu leitor, dirimindo suas dúvidas e questionamentos. Quando os cristão voltarem a ter o desejo de estudar a Palavra de Deus acredito que resgataremos a E.B.D., a melhor escola do mundo. Escola que edifica e doutrina a igreja do Senhor. Em minha experiência como cristão foi na E.B.D. que senti esse desejo de estudar a Bíblia, de conhecê-la melhor, pois com toda certeza obtive o maior crescimento pessoal e ministerial. II - Porque todos os crentes de faixas etárias diferentes tem oportunidade de estudar a Bíblia “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (I Tim. 2.4). Na E.B.D. todos podem estudar a Bíblia, os alunos das mais variadas faixas etárias vão construir com o seu professor o aprendizado. No currículo da Igreja Batista, desde a mais tenra idade até a 3ª idade há uma classe voltada para atender essas demandas. Daí não há desculpas para os cristãos não estarem presentes na Escola Bíblica Dominical. Destacamos também que na E.B.D. as diferentes classes sociais se encontram, e juntas buscam aprender a Palavra de Deus que fará grande diferença na vida daqueles que reservam

esse precioso tempo para seu crescimento espiritual. Todos podem estudar a Bíblia, a criança, o adolescente, o jovem, o senhor, a senhora, o pobre, o rico; não importa a localização na escala hierárquica que as pessoas se encontram, pois todos são alunos do grande Mestre por excelência que é Jesus. E são seus ensinamentos que farão grandes transformações na vida daqueles que a buscam ardentemente crescerem na fé. III - Porque a Igreja está sendo doutrinada “Remindo o tempo; porquanto os dias são maus” (Ef. 5.16). É preciso que a igreja hoje esteja firme em sua fé e doutrina, os tempos sãos maus (Ef. 5.16; I Tim. 1.10; II Tim. 4.2-3). Uma igreja forte doutrinariamente está comprometida em estudar a Bíblia visando fortalecer a vida espiritual de seus membros. Vivemos hoje a “Religião do resultado”, os homens mandam em Deus rogando que o Ele os cure, lhes dê prosperidade. Porém não estão dispostos a obedecer aos mandamentos do Senhor para suas vidas, é preciso que a igreja seja fortalecida doutrinariamente para que as ovelhas não venham procurar “pastos” em outros campos que não inspiram confiança, daí muitos cristãos frágeis em sua fé devido não estarem aprendendo com a Palavra de Deus a sã doutrina mencionada pelo apóstolo Paulo em Tito 1.9, que diz: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes”. Quando os cristãos descobrirem que na Escola Dominical estão sendo doutrinados, se tornarão alunos assíduos, estudantes eternos das Sagradas Escrituras e estarão firmes e fortes para enfrentarem o mundo que jaz no maligno. IV - Porque se ensina valores eternos aos crentes (Rom.12.10; Ef. 4.32; Prov. 2.24.). “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como tam-

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tornar um líder na igreja descobrindo assim seus dons. Tive uma experiência incrível em minha vida de liderança, fui aluno da Escola Dominical de uma igreja em minha cidade e tive o prazer de ter uma excelente professora em minha adolescência. Anos depois para minha surpresa reencontrei-a sentada na classe de senhoras e agora sendo o seu professor, que alegria para mim. Mas que grande responsabilidade; lembrei-me de tudo que aprendi com a mesma e como foi importante suas aulas ainda em minha adolescência e toda sua influência. Tornei-me um Ministro de Cristo graças aos ensinamentos de minha professora da E.B.D., foi isto que o apóstolo ensinou ao jovem pastor Timóteo: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (II Tim. 2.2). Paulo tinha a visão de formação de liderança, a igreja precisa ter a mesma visão, e a Escola Dominical é uma grande aliada nessa formação de novos líderes. Concluímos esse momento, desafiando a você meu querido irmão, minha querida irmã, igreja de Jesus Cristo; a nos tornarmos alunos dessa Escola que ensina a Palavra de Deus, a melhor escola do mundo. A buscar na E.B.D. lições riquíssimas para sua vida, e para seu crescimento espiritual, desfrutando a vida abundante que Cristo nos oferece, V – Porque se forma e só assim nos tornaremos líderes que servirão a padrão de integridade nos Igreja e ao Reino de Deus “E a uns pôs Deus na igreja, dias atuais. primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, *Matosalém da Rocha Lopes em terceiro doutores, depois Pastor auxiliar da Igreja milagres, depois dons de Batista na Estrada do Curado, curar, socorros, governos, Recife-PE. Graduação em Tevariedades de línguas” (I Cor. ologia - Seminário Teológico 12.28). Batista do Norte do Brasil, Embora saiba que a Escola licenciado em História. Pós Bíblica não seja uma escola graduado em Ensino de Hisde treinamento para líde- tória das Artes e das Religiões res, pois não foi assim seu pela UFRPE. Facilitador em propósito inicial algo já dis- Capacitações na área de Licutido por nós no início do derança e cristã e secular e nosso artigo, acredito que conferencista. Professor de ela proporciona uma capa- História, Filosofia, Sociolocitação importante a líderes gia, e Ensino Religioso das em potencial. É na Escola séries do Ensino Fundamental Dominical que cada crente e Médio. Pesquisador com está sendo formado, seja no pré-projeto e mestrado sobre seu caráter como já vimos, missões indígenas, e pesseja em sua formação cristã quisador na área de Ensino ministerial que o levará se Religioso. bém Deus vos perdoou em Cristo” (Ef. 4.32). Valores como amor, perdão, humildade são ministrados em nossa Escola Dominical. Cada crente é desafiado a vivenciar tais valores que o acompanharão em toda a sua vivência. Cada crente é desafiado não apenas a entender a Palavra, mas colocá-la em prática como ensinado por Jesus em sua pedagogia afirmando que o homem prudente é aquele que pratica a Palavra. “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mat. 7.24). É na E.B.D. que cada aluno está formando seu caráter espiritual, aprendendo a se relacionar com seu irmão, entendendo-se mutuamente dentro desse corpo que é a Igreja de Cristo, que propicia uma formação sólida com base nos valores da Palavra de Deus. Valores estes que quase inexiste na sociedade da lei do mais forte e do levar vantagem em tudo. Quando cada cristão refletir sobre essa oportunidade que a E.B.D. proporciona para ele, creio que vai olhar a Escola Bíblica Dominical com mais carinho posicionando-se de maneira diferente. Pois acredito que todo crente quer se assemelhar com Jesus, o nosso exemplo maior, exemplo de amor, verdade, perdão e honestidade.



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