Revista ÓBVIO - Edição 7 - Segunda Capa

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/ edição 7

ÓBVIO REVISTA ELETRÔNICA

/ A Miscelânea cultural entre nossas raízes CAIPIRAS com os AVANÇOS TECNOLÓGICOS na região de São José do Rio Preto.

REALIZAÇÃO

Uma realização


/ A Revista Eletrônica Óbvio é uma revista laboratório, produzida pelos docentes e alunos das disciplinas de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do curso de Comunicação Social do Centro Universitário de Rio Preto UNIRP, localizada na cidade de São José do Rio Preto - SP.


SUMÁRIO

REVISTA ELETRÔNICA

Ó B V I O

UM QUINTAL WOODSTOCK/ 4 GABRIEL VITAL &

AGÊNCIA APACHÊ

Existe Vida Além do Sertanejo/ 8

Giovanni Maiolini

&

AGÊNCIA WINGS OF ANGEL

Cenário músical O caipira efêmero x country dos EUA/ 12

Gabriela SANTANA &

AGÊNCIA PLUG-UP

TEM TEATRO, MAS CADÊ O INTERESSE?/ 16

AGÊNCIA MASTERS Tenta ser, mas não é/ 20 Ariane Godoi & AGÊNCIA ELO AGNES RUBINHO &

A arte em forma de charge/ 24

Ana Elisa GALVÃO &

AGÊNCIA FACTT

A peculiaridade da cultura árabe/ FERNANDO GERMINATTI

edição 7

AGÊNCIA MIXTAPE

&

A Legitimação de Valores Através da Tatuagem/ 32

28

Thomaz Baraldo Jannuzzi

AGÊNCIA OCEANIA

&

Nem tudo é novo embaixo do sol/ 36

Nayara DALOSSI &

AGÊNCIA MASTERS


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Um quintal


l Woodstock.

Texto: Gabriel Vital Aluno do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência APACHÊ


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“B

om show pra vocês” – dizia, a todos que entravam, a moça responsável pela portaria improvisada do Centro Cultural Vasco, um polo difusor de cultura, escondidinho lá no Alto da Boa Vista, na Rua São João, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Entrar no Vasco em dia de festa é como entrar na casa de um parente em dia de aniversário: logo de cara, um amplo quintal te espera, onde um palco que se eleva a pouco mais de dez centímetros do chão é circundado por mesinhas feitas de máquinas de costura antigas com cadeiras desiguais ao redor. Neste espaço, pessoas mais do que normais – mas excêntricas para os mais chatos – se reúnem para conversar, trocar experiências, ou só para falar bobagem, beber cerveja e comer uns petiscos. Espetinho de frios e pão com mortadela com uma cereja em cima são os carros-chefes da gastronomia do Vasco. Vestidos com roupas leves e despretensiosas, os frequentadores do Vasco, aparentemente, sentem-se em casa. Homens e mulheres usam shorts e saias – não necessariamente nesta ordem –, crianças brincam entre os adultos, velhos se misturam com jovens e a festa está quase pronta. Quase, afinal, o que é festa sem música? Naquele palco de dez centímetros, coberto por pétalas de rosas e alguns incensos queimando nas laterais, uma banda hippie bicho-grilo se apresenta, colocando para dançar crianças, jovens, adultos e idosos, afinal, o que é a idade para quem quer se divertir? No Vasco, entra quem quer, com a roupa que quiser e com a idade, cor, credo, deficiência, sexualidade que tiver. Por se tratar de um centro cultural, o Vasco oferece cursos de música, teatro, dança, e promove, uma vez por mês, um sarau literário. Mas em dias de festa, que ocorrem esporadicamente, o Centro Cultural vira um pedacinho de Woodstock, não em proporções, é claro, mas em qualidade humana. O Vasco não é um lugar feito de tijolos, mas um movimento construído por gente que quer ter gente por perto. Gente que nem rela nos smartphones quando está junta. Gente que preza a vida simples e faz dela sofisticada, colocando uma cereja em cima de um pão com mortadela.


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Há vida serta


a além do anejo. Texto: Giovanni Maiolini Aluno do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência WINGS of ANGEL


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ocalizada no interior do estado de São Paulo, São José do Rio Preto sempre foi vista como um dos berços do “caipirês” paulista, famoso por todo o Brasil. Este é um dos motivos que levam a cidade a ser lembrada sempre como terra do sertanejo, o que de fato, em parte, é realidade. Dentre todas as opções culturais da cidade, a maioria esmagadora ainda se situa na linha da realização de rodeios ou exposições de gado (hoje com apelo muito mais comercial do que cultural de fato) que trazem consigo uma leva de shows sertanejos para a cidade, desde os nomes mais conhecidos pelos admiradores do gênero até os novos sucessos momentâneos do sertanejo universitário. Porém, é cada vez maior na cidade a realização de shows de outros gêneros, eventos e até mesmo novos locais foram inaugurados como opção para quem não se sente atraído pela música sertaneja. O principal estilo musical que tem ganhado força nos últimos tempos no noroeste paulista é o rock, com festivais que visam abrir portas para novas bandas e também com shows de grandes nomes do gênero, como pode ser visto em festivais como o Planeta Rock, por exemplo. Obviamente, é apenas um começo, e outras pessoas, com gostos musicais e culturais diferentes ainda carecem de maiores opções na cidade, mas é o primeiro passo para que se entenda a importância de abranger diferentes estilos dentro de São José do Rio Preto, pois a monopolização cultural pelo sertanejo acaba desagradando grande parte dos moradores. Não é necessário acabar com as atrações voltadas a esse público, mas sim abrir um leque maior de opções, pois apenas assim a cidade poderá ser conhecida não apenas como uma terra de um único estilo, mas uma cidade eclética, que oferece diversidade cultural a seus moradores.

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Cenário

O caipira efêmero x


músical

country dos EUA. Texto: Gabriela Santana Aluna do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência PLUG-UP


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entado em seu banquinho de madeira, um homem mascando fumo e dedilhando uma velha viola, compõe canções, enquanto o sol se põe no horizonte. Essa seria uma boa cena para descrever romanticamente um caipira compondo canções sobre sua rotina na roça. Mas a moda de viola, ou a chamada música de raiz, com canções de raízes épicas e bucólicas, já não canta mais as imagens do verdadeiro cotidiano caipira. Hoje, só traduz dores de amor, com refrãos curtos e repetitivos. Esse ritmo, denominado e adaptado para ‘universitário’ é hoje consumido em massa, mas surgiu como uma produção independente voltada para um público específico, o do interior de São Paulo. Na região de São José do Rio Preto faz tanto sucesso que muitos consideram a cidade como predominantemente “sertaneja” em termos musicais. De um modo geral, o sertanejo universitário se mantém nas fronteiras do mercado, porém, o consumo é regionalizado. O conteúdo poético presente na história da música sertaneja hoje está praticamente morto. O mercado está atrás de sucessos extremamente fáceis, comerciais, e isso é a bola da vez para a era do público baladeiro que gosta do que está na moda, que é passageiro.


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O sertanejo se transformou em fins lucrativos.Na contramão, em Atlanta, nos Estados Unidos, meados de 1922, com vibrantes acordes tocados através de instrumentos rústicos como o banjo, bandolim, rabeca, washboard e guitarras elétricas, são gravadas as primeiras canções country. Diferentes daquele ‘caipira’ festeiro, bebum e galanteador, as canções do country são fixadas na música folclórica tradicional americana, nas canções de guerra dos escravos, na música celta, no jazz e na música popular do século XX. Mesmo enfrentando preconceito, o country explodiu, embalando festas de jovens por todo o planeta, gerando milhões de dólares com arrecadação e divulgação e revelando grandes e importantes nomes da música no cenário mundial, como Willie Nelson, a Band of horses, Johny Cash. Este, com a força de suas canções, poderosa abordagem e simplicidade genial das melodias, das mais simples às mais densas, atraiu milhares de fãs. A estética musical e comportamental dessa linha do country influenciou outras culturas e hoje está enraizada na dos EUA, sendo um dos principais patrimônios artístico – musicais do país.

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Tem t mas cadê o


teatro, o interesse? Texto: Agnes Rubinho Aluna do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência MASTERS


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a onomatopeia da buzina à penumbra, dos últimos celulares ligados à total escuridão. Lentamente, uma sombra surge no palco. Mais passos. Eis um candelabro iluminando o rosto do ator. Pronto, o espetáculo começou. A pupila dilatada dos espectadores não é somente pela falta de luz, é também um sinal da expectativa de cada um. Silêncio no teatro. No palco, a última adaptação do projeto “Shakespeare, 450 anos”, realizado pelo SESI – SP. O texto original “As You Like It”, do dramaturgo inglês, conta a saga de Rosalinda, filha de um duque deposto por seu irmão invejoso. A adaptação “Do Jeito Que Você Gosta”, da Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, mantém a ironia de Shakespeare, com sucesso notável, visto pelas risadas do público que se divertiu com as confidências de Rosalinda e sua prima e das análises filosóficas do Bobo da Corte. A peça critica a superficialidade dos nobres e poderosos e, ressalta a profundidade das inter-relações de quem vive em comunidade. Por ser um incentivo à cultura, a entrada no projeto é gratuita. Mas para Rio Preto talvez não seja o bastante. Aqui, onde os produtos artísticos de gênero sertanejo são predominantes, entretanto, há inúmeras ações como a do SESI para trazer a cultura mundial. Porém, não é suficiente, visto que o teatro com capacidade para quase 400 pessoas, estava com menos da metade dos assentos ocupada. Casais, idosos, famílias e poucos jovens: esse era o público. Há divulgação, mas sem o devido espaço na grande mídia. No entanto, será que podemos chamá-la de “grande”? Grande no aspecto de ser referencial dentro da cidade. Enfim, há cultura, há divulgação, há espetáculo, mas o que falta mesmo por aqui é interesse.


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Tenta ser,


mas não é.

Texto: Ariane Godoi Aluna do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência ELO


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A

s sete notas musicais: Dó, Ré, Mi, Fa, Sol, Lá e Si, quando juntas formam as mais diferentes melodias e harmonias, que junto com as palavras se tornam um propósito de solucionar ou causar problemas. As ondas dos ritmos entram na pele, como uma droga, e passam pelas veias tomando posse da alma como uma fusão de eletricidade e arrepio, que prende a respiração e causa arritmia ou disritmia no coração. A música é como um objeto feito por um artesão. Um sapato, por exemplo, o primeiro par sempre é mais trabalhado, detalhado, delicado, enquanto que o segundo não costuma sair em sua perfeição. Assim como as bandas covers, elas são cópias, porém, não tão perfeitas quanto as originais. As bandas covers vêm de uma influência que mesclam com a própria imagem. Não há um John Lennon, Freddie Mercury ou John Forgety em cima do palco, mas cópias das pessoas que querem ser tão vívidas e reais quanto eles. Elas também tentam se aproximar dos arranjos, caracterizações e trejeitos para se assemelhar ao máximo a esse artista que querem imitar, entretanto, sem nunca chegar a sê-lo. É o que define banda cover: imitar e interpretar música de um artista/banda ou várias fontes. Para os fãs mais exigentes, um timbre ou a sonoridade de um dos instrumentos diferentes aumenta o abismo que há entre o imitado e quem imita. O abismo é um fator comum em todas as bandas covers, nem a melhor que a original escapa, pois, se é melhor, não é mais cover e sim tem sua própria imagem e deixa de ser cópia. O objetivo do cover nunca foi ser melhor, mas se aproximar àquela qualidade que o imitado passou ao público em sua época. Em Rio Preto, há bares e festas que trazem espaços musicais para os covers, mas são limitados em opções de escolhas, já que a cultura local é sertaneja. Os novos talentos não têm muitas chances de verem repertórios alternativos na cidade. Isso não significa que as bandas covers precisem perder a sua própria inspiração, contudo, em outros casos, ao buscarem ser mais do que podem, serem outros artistas, é aí que elas perdem a essência do que desejam ser e ficam totalmente limitadas ao próprio mundo, onde são apenas uma imitação a mais entre tantos outros covers que existem.

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A arte e de ch


em forma harge.

Texto: Ana Elisa Galvão Aluna do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência FACTT


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esbravando e ocupando o solo do sertão brasileiro, São José do Rio Preto carrega uma bagagem cultural que vai desde o artesanato até o teatro, passando pelo folclore, esporte, música e arte, que encantam e seduzem pelo brilho de suas

cores. Entre os sons das violas do sertão araraquarense, as paletas colorem, divertem e emocionam os rio-pretenses. Em traços rápidos, política, economia, ciência, esporte ganham forma através das charges. Em jornais e revistas, palavra e imagem compactuam na construção de um discurso que mescla arte e crítica a um determinado personagem, ou um acontecimento político. Os desenhos e as pinturas possuem seus significados e têm como principal objetivo informar, entreter e criticar os fatos culturais, históricos e políticos de determinada sociedade, com humor e seriedade. Por meio das cores quentes, cores frias, pincéis, telas, signos e símbolos, essa linguagem


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oferece representações que informam sobre o mundo; e sua principal característica é abordar o discurso jornalístico, político, tecnológico e artístico do país. Dentro do coração de Rio Preto, por exemplo, as charges ganharam uma força ainda maior; nosso interior vem sendo muito bem representado pelo artista e cartunista Lézio Júnior. Com a inteligência e o dom que lhe foram oferecidos, o chargista consegue transmitir a percepção de emoções, sentimentos e ideias com um olhar crítico voltado para situações cotidianas do Brasil. Toda essa linguagem de signos está caracterizada nos desenhos e seus significados. Pincéis, nanquim, aquarela, telas, esboços não são suficientes, se o artista em si não tiver inspiração, imaginação, autoconfiança, criatividade, dinamismo, originalidade, além de possuir um conhecimento amplo dos estudos da semiótica e possuir um grande repertório cultural.


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A peculia cultura


aridade da árabe.

Texto: Fernando Germinatti Aluno do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência MIXTAPE


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É

sabido que a população brasileira é bastante miscigenada, o Brasil é um país cuja principal marca é a mistura cultural. Somente a comunidade árabe possui cerca de 12 milhões de pessoas entre imigrantes e descendentes. Sabe-se que São José do Rio Preto é uma das cidades que tem um número expressivo de pessoas desses povos, possui uma significante comunidade árabe que contém representantes nos diversos setores culturais e sociais da cidade. A herança cultural árabe é uma das mais ricas do mundo; no que concerne à cultura gastronômica, a comida árabe representa uma importante base para a comunicação, e as refeições são o centro dos encontros familiares e dos círculos sociais. As delícias gastronômicas árabes vão muito além das esfirras e dos quibes: a pimenta, a noz-moscada, o cravo e a canela são também ingredientes que ressaltam o sabor na culinária brasileira. Esses ingredientes são marcas da cultura árabe que foram totalmente incorporadas em nossa mesa. Essa gastronomia ganhou seu espaço e reconhecimento na cidade devido aos principais itens da culinária que contam com grande variedade de carnes, grãos, nozes e temperos. Na verdade, essa culinária foi uma tentativa, especialmente dos Sírios e Libaneses, de manter de certa forma sua cultura e identidade preservadas. O jantar se configura como um momento ímpar, que assim como uma viagem ao exterior, é singela e única, despertando novos sabores e sensações. A integração de sensações toma conta do ambiente, permitindo sentir a apaixonante magia dessa inigualável cultura gastronômica. Em Rio Preto, no tradicional clube Monte Líbano, uma vez ao ano, no mês de outubro, é realizado um jantar árabe, trazendo com riqueza as marcas expressivas dessa cultura. Além do delicioso banquete ofertado, em um dado momento, os convidados são banhados pela magia e técnica que o charme e a beleza da dança do ventre envolvem. Além do clube Monte Líbano, atualmente a cidade de Rio Preto conta com opções fascinantes de restaurantes árabes. Alguns são mais apreciados e frequentados pelos rio-pretenses como os restaurantes Zahtar e Kiberama, duas opções da mais autêntica cultura e gastronomia árabes.


Especiarias do Líbano.

Tempo total: Um pulo de distância.

São José do Rio Preto - SP.


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A legitimaçã através da


ão de valores a tatuagem.

Texto: Thomaz Baraldo Jannuzzi Aluno do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência OCEANIA


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O

s símbolos sempre possuíram grande valor para a identidade cultural das pessoas, povos e países. Todos estão sempre se apropriando de imagens, formas, desenhos e figuras como uma forma de mostrarem seu lugar como indivíduos ou grupo social. Um caso que se aplica perfeitamente a isso são as tatuagens, uma prática antiga que se firmou das mais diferentes maneiras e que vem ganhando cada vez mais aceitação e espaço na sociedade. É possível achar tatuados em todos os lugares e esse número aumenta cada vez mais. Isso é facilmente perceptível quando olhamos para o grande número de estúdios especializados que não param de crescer aqui em São José do Rio Preto e no mundo. O que para alguns, durante muito tempo, foi considerado, como a tatuagem, apenas uma forma de arte e diversão, para outros é formadora de identidade e identificação entre as pessoas, sendo que um desenho impresso num corpo ganha diferentes conotações, conforme o ambiente em que o indivíduo está inserido. Índios de vários países costumam se pintar para, entre outras coisas, assinalar classificações de status entre os membros da tribo. Em presídios do mundo inteiro, os próprios detentos se tatuam para diferenciar o grupo ao qual pertencem. Em uma conversa com 10 amigos próximos (todos tatuados), pude constatar que em grande maioria, os principais fatores decisivos que os levaram a marcar o corpo com uma tatuagem foram fatores sentimentais. Tais como: amor, família, salvação, proteção, admiração a alguém ou a alguma coisa, ou então a representação de um processo histórico igualmente relacionado às cicatrizes naturais, mas com atitude de escolha própria ao indivíduo, uma busca pelo reconhecimento, pela diferença, pela singularidade e individualidade. Essa expressão da individualidade mostra também uma necessidade de se diferenciar, singularizar no mundo. Para finalizar, deixo uma frase de Marina Goper que acredito caber perfeitamente no entendimento de parte dos tatuados: “Me perguntaram por que ainda faço tatuagem se reclamo tanto da dor, respondi que pelo menos essa dor sou eu que procuro, sei quanto tempo dura e sei a cicatriz que irá deixar. Outras dores vêm sem que eu permita, por vezes dura a vida toda e nem sempre cicatrizam”.


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Nem tud embaixo


do é novo do sol.

Texto: Nayara Dalossi Aluna do 6º Período de Jornalismo Ilustração: Agência MASTERS


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É

fácil encontrar sentimento e respeito nos olhos de quem está ali, emergido, girando como gira o mundo, fazendo gestos que contam uma história e que mantêm uma tradição de amor que se colhe e por quem se foi. Das várias maneiras de contar histórias, a Terra do Sol Nascente escolheu a arte, não se trata somente da arte dos personagens de olhos saltados, nem só de beleza inserida no prato servido à mesa; os japoneses desenham suas palavras e pintam suas paisagens em vestes de tecidos nobres, podemos ver de perto todo esse catálogo da vida real. Aqui, onde todo over é trash, se come com hashi sem saber o nome do prato. Aqui é São José do Rio Preto, cidade na qual a comunidade japonesa conta com famílias quem mantêm a tradição, famílias com pai italiano, mãe japonesa, filhos mestiços, mistura que faz, não só da cidade, mas do país, um compilado de tradições. Nessa relação bilateral, onde os dois oferecem muito de quem são, é incrível como muita coisa não sai do lugar, permanecem na base, alicerçando tudo organicamente. Uma das definições de cultura, segundo o Houaiss, é manter cultivada parte de uma região. Quão doce e vivo é compartilhar desse sol que nasce todo dia em terra nova.


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Reitor Halim Atique Júnior Vice-Reitora Manuela Kruschewsky Bastos Atique Pró-Reitora Acadêmica Agdamar Affini Suffredini Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Anete Maria Lucas Veltroni Schiavinatto Pró-Reitor Financeiro Almir Pecoraro Junior Coordenadora do Curso de Comunicação Soacial Luciana Leme Souza e Silva Produtora Executiva Luciana Leme Souza e Silva Professores Orientadores Dinamara Garcia Rodrigues Marcos Sestini Diretora de Redação Dinamara Garcia Rodrigues

EXPEDIENTE

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Revisora Geral Dinamara Garcia Rodrigues Editora-Chefe Dinamara Garcia Rodrigues Diretor de Arte Marcos Sestini Produtor Gráfico Marcos Sestini Editoral Dinamara Garcia Rodrigues Revisor Salomão Boaventura


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Redatores Agnes Rubinho Ana Elisa Galvão Ariane Godoi Fernando Germinatti Gabriel Vital Gabriela Santana Giovanni Maiolini Nayara Dalossi Thomaz Baraldo Jannuzzi Diagramador Wesley S. Estácio Designer Wesley S. Estácio Agências Apachê Felipe Maciel. Filipe Humberto Juliana Penaquini Vitor Felipe de Oliveira Queiroz ELO Daniela Pérez Evandro Donizete Jacqueline Souza Jéssica Frausto

MIXTAPE Angelo Batista Cunha Neto Ranny Ragghianti Vinícius Monteiro

FACTT Ana Caroline Cabrera Franciele Miranda Tamyris Caires Thiago Medeiros

Oceania Maytê Biscassi Tiago Pace Vitória Gerlach William Castro

Masters Diego Marquioli Maria Gabriela Lupi Matheus Luís Priscila Pavanette Wesley S. Estácio

PLU-UP Bruna Pereira Micheli Zingaro Wings of Angel Douglas Gomes Frank Corrêa Isabella Lulio de Andrade Luis Paulo Moraes


REALIZAÇÃO

0800 - 121500 unirp.edu.br


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