COE - Comando de Operações Especiais

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Luis Augusto Pacheco Ambar AUTOR / Author

PATROCÍNIO / Sponsorship

O Grupo Verzani & Sandrini sabe que é preciso muito trabalho, comprometimento e dedicação para conquistar longevidade. Por isso, nesta ocasião tão importante, nós, que somos referência no segmento de segurança privada em todo o Brasil, não poderíamos deixar de parabenizar o Comando de Operações Especiais – COE por seus 30 anos em atividade. Parabéns! São os Votos do Grupo Verzani & Sandrini.

Referência no mercado nacional de multisserviços, a Guima Conseco oferece excelência em atendimento, garantindo a qualidade e a segurança dos processos. Com o objetivo de atender a todas as demandas de seus clientes, a Guima Conseco oferece uma vasta gama de serviços, como limpeza técnica hospitalar, limpeza predial, engenharia de manutenção, controle de pragas, limpeza de reservatórios de água, áreas verdes e facilities, e trabalho em altura.

The Verzani & Sandrini Group knows that much work, commitment and dedication are required to achieve longevity. That is why, in such an important opportunity, we, a benchmark in the

A true benchmark in the national market of multiple servi-

private security segment all over Brazil, could not fail to salute

ces, Guima Conseco delivers high standard works that ensures top

the Special Operations Command – COE for his 30th year in action.

quality and safe processes.

Congratulations! Wishes the Verzani & Sandrini Group.

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FOREWORD Nivaldo Cesar Restivo MP Cel. – Commander General (from March 2016 to April 2017) Caveira [Skull] # 128

Police occurrence situations in dangerous and risky settings, difficult to reach, in the woods, deep inside outskirts communities, in rivers, mangroves, underground pipelines, in places one can only get at with air support. Missions demanding a secretive and stealthy approach, manned by few operatives, based on accurate planning and surgical engagement to obtain the desired results. Georeferencing equipment, thermal and infrared visors, water vessels and engines, high places deployment, state-of-the-art technology—whatever is necessary to fulfill their duty. Saving lives or fighting the organized crime. Discretion and professional attitude. Give us the mission… These are the reasons for COE’s existence, the Corps whose Commanding Officer as MP Captain I had the honor and the privilege to be in 2005 and 2006. There I graduated from the Special Operations course, a highly demanding test I am proud to have overcome in my career. Created in March 13th 1970, it is the oldest active Special Operations Force among the Military Police forces in Brazil, and the place chosen by our peer Corps in other states in their search for knowledge and experience in local implementation. COE has already been part of the Military Police Station (MP Internal Affairs); of the 1st Police Attack Battalion Tobias Aguiar, where it was the Special Operations Company together with ROTA Companies; it also was the 3rd Attack Battalion with the support of the Kennel Company and the Special Tactics Group, the Special Operations Battalion of the Military Police of the State of São Paulo. Now I invite you all to get the insider’s view of this work through a deep look into COE’s routine beautifully documented in pictures for this book to which I am glad to add this foreword.


PREFÁCIO Nivaldo Cesar Restivo Coronel PM – Comandante Geral (de março de 2016 a abril de 2017) Caveira no 128

Ocorrências policiais em ambientes inóspitos, em locais de risco e de difícil acesso, em matas, comunidades, rios, mangues, tubulações subterrâneas ou em locais cujo acesso somente é possível com apoio aéreo. Missões que exigem aproximação sigilosa, furtiva, com pouco efetivo, envolvendo planejamento acurado e execução cirúrgica para alcançar resultados. Equipamentos de georreferenciamento, visores com sistemas térmico e infravermelho, embarcações e motores, trabalhos em altura, tecnologia de última geração... o que for preciso para o cumprimento do dever. Salvando vidas ou enfrentando o crime organizado. Discrição e profissionalismo. Dê-nos a missão... São essas as razões que fundamentam a existência do COE, tropa que tive a honra e o privilégio de comandar como Capitão PM, nos anos de 2005 e 2006, e onde concluí o Curso de Operações Especiais, um dos orgulhos e prova de superação que tive em minha carreira. Criada em 13 de março de 1970, é a força de operações especiais mais antiga dentre as Polícias Militares do Brasil, local escolhido pelas coirmãs para a busca do conhecimento e da experiência para implantação em seus Estados. Já pertenceu à Delegacia de Polícia Militar (Corregedoria PM), ao 1o Batalhão de Choque “Tobias de Aguiar”, formando a Companhia de Operações Especiais ao lado das Companhias de ROTA; pertenceu ainda ao 3o Batalhão de Choque, lado a lado com as Companhias Canil e de Controle de Distúrbios Civis. Atualmente, junto com o Grupo de Ações Táticas Especiais, integra o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Convido-os a conhecer melhor esse trabalho, mergulhando na rotina do COE por meio do belíssimo registro fotográfico que ora prefacio. 9


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ACKNOWLEDGEMENTS Luis Augusto Pacheco Ambar Major MP and photographer

I was thrilled to be asked to face the challenge of documenting in pictures the daily routine of my peers from the COE Commandos and Special Operations. I have always admired the technical skills and the courage inherent to the Division. All along our professional time together, I have had plenty opportunities to witness the resolve and discipline with which these professionals fulfill their complex missions. Overcoming the huge obstacles they face to perform their duty is only possible after several years committing to the most strenuous training. That is what makes them really special and gives them this outstanding sense of closeness, friendship and complicity. I would also like to take the opportunity to thank the kindness the whole COE team extended to me, wishing—together with all São Paulo citizens—that this Command keeps on representing the most specialized service of crime prevention and combat in the State.

Selva!*

*This word is used as the official salute among COE Officers. As a noun, it means “jungle.”


AGRADECIMENTOS Luis Augusto Pacheco Ambar Major PM e fotógrafo

Recebi com entusiasmo o desafio de retratar, em imagens fotográficas, a rotina dos companheiros do Comando de Operações Especiais. Sempre admirei a técnica e a coragem inerentes a essa divisão. Pude constatar, neste longo tempo de convivência, a determinação e a disciplina com que estes profissionais cumprem suas complexas missões. A superação das enormes dificuldades que lhes são impostas no cumprimento de seu dever só é possível após dedicados anos de estressante treinamento. Isso os torna realmente especiais e lhes dá um admirável sentido de unidade, amizade e cumplicidade. Aproveito para agradecer a forma atenciosa com que fui recebido por toda a equipe COE e fica aqui o meu desejo, que é o mesmo de toda a sociedade paulista, que esse Comando continue a representar o mais especializado serviço de prevenção e combate à criminalidade no Estado. Selva! 13




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Commandos and Special Operations is an elite troop of the Military Police of the State of São Paulo that operates in crisis situations of public safety whose complexity and danger level demand trained personnel, and both sophisticated equipment and procedures. Its Officers are qualified to be deployed in combat missions against crime, in urban and inland settings, whatever the climate and the territory, implementing day and night operations on land, air and sea, for as long as it is necessary. During the 60’s and 70’s, deep countryside guerrilla was active in the Ribeira Valley. Though Federal and State forces were fighting there, it became necessary that a special police troop was engaged to help contain the threat. The Military Police of the State of São Paulo decides to strike and puts together 103 voluntary MP Officers, most of them former soldiers of the Brazilian Army. They were all highly skilled policemen, having been trained for skydiving and jungle combat. After intensive physical and psychological testing and operational training, 33 recruits were selected to bring about what would become COE original group, on March 13th, 1970. In the beginning, COE’s focus was to fight inland guerrilla in the jungle, mountains and places otherwise difficult to reach. In time, public safety was subject to marked changes, and urban centers became the target for much more organized and sophisticated criminal deeds, employing heavy and exclusive weapons of big lethal power. Given its high tactical and technical specialization and the consistency of its missions’ successful results, COE was also engaged in urban operations. Its expertise in those contexts involved public safety issues such as fighting weapons and drugs trafficking, banks and armed cars robbery, retrieving hijacked airplanes, trains and buses, besides facing counter terrorist multiple attacks to control prison rebellions, specialized escort service, and search for missing persons in inhospitable places difficult to reach. Among COE’s outstanding missions that are of public knowledge we can remember the heroic rescue of victims from the Joelma Building massive fire in 1974; the successful outcome of the Varig Flight 131 hijack in 1972—an operation considered a Commandos Operation by the 2nd Military Region of the Brazilian Army that issued the Company its honorific title “Commando”. In 1996 there also was the rescue mission of the missing airplane whose passengers were the Mamonas Assassinas band. COE found the plane but the nine occupants were dead. Previously, in 1989, COE found and saved a three-year old boy who went missing in the woods for three days. The small elite of Military Police entitled to the privilege of integrating the Commandos and Special Operations unit form quite a tight brotherhood known as “Skulls” (“Caveiras”). That is one of the symbols in COE’s blazon. Due to COE’s understated and secretive approach to conduct their missions, as well as the digital camouflaged uniform for jungle missions, Skulls are also called Green Ghosts.


O Comandos e Operações Especiais é uma tropa de elite da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que atua em situações de crise de segurança pública cuja complexidade e periculosidade exigem treinamentos, equipamentos e procedimentos diferenciados. Seus Operadores são capacitados a executar missões de combate contra o crime em ambientes urbanos e rurais, em qualquer tipo de terreno e clima, desenvolvendo operações diurnas e noturnas por terra ar e mar, pelo tempo que for necessário. Nos anos 60 e 70 a guerrilha rural se instalou no Vale da Ribeira, e embora Forças Federais e Estaduais atuassem nessa área, havia a necessidade de uma tropa Policial especializada para fazer frente a esta ameaça. A Polícia Militar do Estado de São Paulo decide agir e reúne 103 PMs voluntários, a maioria ex-integrantes do Exército Brasileiro, possuidores de cursos e especializações em paraquedismo e guerra na selva, entre outros. Após uma intensa bateria de testes físicos, psicológicos e operacionais, restaram 33 Policiais. Nascia aí, em 13 de março de 1970, o embrião do Comandos e Operações Especiais. No início o foco de atuação do COE era o combate à guerrilha rural em áreas de matas, serras e localidades de difícil acesso. Ao longo dos anos as demandas de segurança pública mudaram muito, e os centros urbanos passaram a ser alvo de ações criminosas mais sofisticadas e organizadas, com o emprego de armamento pesado e restrito, de grande poder ofensivo. Em função da alta especialização técnica e tática, e dos consistentes resultados positivos das suas missões, o COE foi designado para também operar em ambientes urbanos, se especializando na condução de operações de segurança pública como no combate ao o tráfico de drogas e armas, na repressão ao roubo de bancos e carros forte, na retomada de aeronaves, trens e ônibus sequestrados, em ações de contraterrorismo frente a múltiplos ataques, em controle de rebeliões em presídios, escoltas especializadas e na busca de pessoas desaparecidas em ambientes inóspitos e de difícil acesso. Entre as missões históricas do COE que são conhecidas, destacam-se o heroico trabalho no resgate das vítimas do incêndio do Edifício Joelma em 1974, a resolução do sequestro do voo 131 da Varig em 1972, a localização do avião que caiu e vitimou o grupo Mamonas Assassinas em 1996 e o salvamento do menino de três anos que ficou perdido na selva por 3 dias em 1989. A pequena elite de Policiais Militares que possui o privilégio de integrar o Comandos e Operações Especiais formam uma coesa irmandade conhecida como “Caveiras”, um dos símbolos estampado no Brasão do COE. Em função da discrição e da maneira furtiva com que conduzem suas missões, e também do uso do uniforme de camuflagem digital para mata, os Caveiras também são conhecidos como “Fantasmas Verdes”.


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Para fazer parte do Comandos e Operações Especiais, o Policial Militar precisa passar por um intenso curso de cerca de dois meses. Dos cerca de 200 candidatos, menos de 10% se formam. Os que conseguem se graduar são conhecidos como “Caveiras”, o cobiçado apelido pelo qual uma minúscula elite de Policiais Militares do Estado de São Paulo podem ser chamados. Este curso prepara o PM para executar missões urbanas e rurais, de dia de noite, em qualquer tipo de ambiente e clima, por terra, ar e mar. Durante o curso, o candidato recebe uma carga muito grande de informações, com intensa e constante cobrança dos Instrutores para testar seu controle mental e reações sob stress. Tudo isso acontece durante situações de exigência física que causam desgaste, simulando as condições reais que o Policial irá encontrar nas suas missões. O objetivo é mostrar ao aluno que, além da forma física superior, o controle mental possui um papel decisivo na superação de adversidades. Como o curso pode ter pequenas variações no seu tempo de duração, os alunos nunca sabem quando é o final. Neste dia, após uma exaustiva instrução, os alunos chegam a um local onde encontram, de surpresa, seus familiares para comemorarem juntos a formatura. Nesse momento é difícil encontrar olhos secos, incluindo os dos Instrutores. De agora em diante esses Policiais Militares passam a ser conhecidos como “Caveiras”.

To be part of the Commandos and Special Operations, the Military Officer needs to take an intensive training course lasting around two months. From the initial 200 candidates less than 10% graduate. Those who manage to be approved become known as “Skulls”, a coveted nickname that only a very small group of Military Officers in the State of São Paulo can rightfully use. The training course prepares the Corps for urban and country missions, day and night, on land, air and sea. Candidates are subject to a heavy load of information, being intensely and constantly asked by their Instructors to test their mental self-control and reactions under stressful situations. The training provides extremely exhausting situations physically similar to those the Operatives probably will have to contend in real life. The purpose of such demanding lessons is to make it clear that besides an excellent fitness condition mental self-control is a decisive factor to overcome obstacles. Since the course length might have slight variations the pupils never know for sure when it finishes. When the last day comes, after such a demanding instruction, the students come to a place where they are surprised by their families so that all together can celebrate the graduation ceremony. Then it is quite difficult to find anyone who is not deeply moved, Instructors included. From now on these Military Officers can be called “Skulls”.


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Mais de 90% dos Policiais Militares inscritos para integrar o Comandos e Operações Especiais desistem antes do termino dos dois meses de duração do curso, e para isso existe um ritual. Todos candidatos ficam em formação, e quem decide sair caminha até um sino, dá três badaladas e entrega o seu boné para o Instrutor, que o coloca sobre uma cruz. Todos os dias as instruções para os alunos remanescentes começam nesse local para incentivar a não desistência. Os bonés dos que não terminaram o curso ficam sobre as cruzes até o inicio do próximo curso, quando então são queimados. A desistência do curso não é nenhum demérito, ao contrário, demonstra respeito para o aluno que chegou ao seu limite. Este Policial retorna para sua unidade de origem e continua trabalhando normalmente. Muitos que não completam o curso, voltam a tentar novamente e conseguem se formar.

Over 90% of the Military Officers who apply for the Commandos and Special Operations give up before finishing the almost two-month long training course. There is a ritual for their quitting. All candidates stand in formation. Those who decide to quit walk up to a bell, strike it three times and then hands his beret to the Instructor who puts it on a cross. Every day, instructions for the remaining pupils start on the same spot so as to inspire them to keep going on. The beret of those who quit will stay on top of the crosses until the beginning of the next course when they will be burned. To quit the course is no demerit whatsoever. On the contrary, it shows respect for the candidate who acknowledged that he reached his limit. This Officer returns to his original unit and resumes his regular work. A large amount of those who did not finish the course the first time come back later for a next try and successfully manage to graduate.





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O símbolo máximo do Comandos e Operações Especiais é sua faca de combate, criada em 1987 e conhecida como “Viúva Negra”. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando os Comados Britânicos, tomavam uma base do exercito alemão, era comum encontrarem um crânio humano em salas dos oficias superiores da infame SS nazista. Os ingleses então fincavam sua faca neste crânio significando o sigilo da operação, a vitória do bem sobre o mal, da vida sobre a morte e da justiça e da lei contra o crime e a selvageria. Pintada em preto fosco, para evitar reflexos, a lâmina da Viúva Negra é feita de aço inoxidável com 22,5 cm de comprimento, 5cm de largura e 5 mm de espessura. O Cabo, com 13,5 cm de comprimento, possui enrolado na sua empunhadura 4 metros em corda de kevlar para multiuso. A Viúva Negra foi a primeira faca operacional brasileira inteiriça, sem separação de punho e lâmina, feita de uma única peça de aço temperado. Seu comprimento total de 36,0 cm foi desenhado de forma que ela possa ser adaptada para se fazer uma lança para a pesca. O formato em “S” da guarda, além de dar um firme apoio para o dedão da mão, permite que a faca seja usada como um gancho para facilitar escaladas. Seu pomo foi criado para agir como um instrumento contundente de impacto.

The top COE symbol is its fighting knife created in 1987 and nicknamed “Black Widow”. During World War II, when the British Commandos took over any German Army barracks they usually found a human skull in the higher ranks officers’ room of the infamous SS. The English Officers then stuck their knife into the skull to point to the secrete nature of the operations, the victory of good over evil, of justice and law over crime and savagery. Painted in matte black to avoid reflecting light back, the Black Widow blade is stainless steel, 22.5cm long, 5cm width and 5mm thick. Its handle, 13.5cm long, comes with a 4-meters long Kevlar rope for multiple use. The Black Widow was the first Brazilian operational knife made in only one piece of tempered steel, without separation between blade and handle. Its full 36cm length was designed so as to make it useful also as a fishing spear. Besides providing a steady support for the thumb, its S-shaped element is a useful sort of hook to help in climbing operations. Its pommel was designed to work as an impact tool in hard-hitting strikes.













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EDIFÍCIO JOELMA Em 01 de fevereiro de 1974, o Edifício Joelma ardeu em chamas. A tragédia causou a morte de 191 pessoas, e este número não foi maior graças a ação conjunta de várias forças de segurança, entre elas o Comandos e Operações Especiais. Para acessar o topo do prédio, onde várias pessoas estavam encurraladas, um Operador do COE saltou de um helicóptero, e mesmo com o pé fraturado, iniciou o resgate. Enquanto isso, outro PM do COE atravessava uma corda de 80 metros de comprimento a mais de 100 metros de altura, que ligava um prédio vizinho ao Joelma. Outras duas equipes do Comandos e Operações Especiais chegaram ao topo do edifício, uma por helicóptero e outra por dentro do prédio subindo as escadarias. Nesse dia os Policiais Militares do COE ajudaram a evitar que as fatalidades deste incêndio fossem ainda maiores.

JOELMA BUILDING On February 1st, 1974 Joelma Building was on a massive fire. One hundred and ninety one people died in the tragedy and the toll was not higher due to the concerted work of various security agencies, COE among them. To reach the top of the building where many people were trapped, a COE Operative climbed down from a helicopter. Despite a broken foot, he started rescuing them. At the same time, at 100 meters high, another COE Officer was crossing an 80-meters long rope connecting a neighbor building to Joelma. Two more COE teams arrived at the top of the building on fire, one by helicopter and the other climbing up its inside stairs. That day COE Military Officers helped to avoid a higher number of casualties.



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MAMONAS ASSASSINAS No dia 2 de março de 1996 o avião que trazia o grupo Mamonas Assassinas, já em procedimento de pouso no aeroporto de Guarulhos em São Paulo desaparece numa área de montanhas e matas fechadas às 23:15hs. O Comandos e Operações Especiais é acionado. Usando uma carta aérea, um Policial Militar do COE marca o último contato do radar e projeta o rota estimada do jato Learjet. Imediatamente ele percebe o problema: o avião, que voava a uma altitude de cerca de 900 metros, rumava direto para uma montanha com aproximadamente 1.000 metros de altura. Patrulhas do COE entraram na Serra da Cantareira e após buscas na região, encontram os destroços da aeronave. Todos os nove ocupantes morreram.

MAMONAS ASSASSINAS On March 2nd, 1996, while already in its landing course to the GRU Airport in São Paulo, the plane with the Mamonas Asassinas band on board disappears in a densely forested mountain area at 23.15h. Checking on a map, a COE Operative marks the last radar contact available and projects the estimate route of the Learjet aircraft. He immediately identifies the problem. Flying at a 900 meters altitude, the plane was heading straight towards a 1,000-meters high mountain. COE patrols were sent to the Cantareira Ridge where they found the wreckage of the plane and all the nine passengers dead.



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O SEQUESTRO DO ELECTRA II Logo após a decolagem às 15:00hs do dia 30 de maio de 1972, o voo RG-131 é sequestrado com 79 passageiros e 9 tripulantes. O criminoso, que portava uma pistola Beretta, obriga que o avião da Varig, um Electra II, retorne para o Aeroporto de Congonhas em São Paulo, e exige uma alta quantia de dinheiro, o reabastecimento da aeronave e um paraquedas. Após horas de negociação, os passageiros e seis tripulantes são liberados. O impasse segue até as 23:00hs, quando uma equipe de Policiais Militares do Comandos e Operações Especiais invade o Electra II. O sequestrador se vendo sem saída se suicida. Os três tripulantes conseguem escapar.

ELECTRA II HIGHJACKING Soon after taking off at 3.00pm on May 30th, 1972 flight number RG-131 is hijacked with its 79 passengers and crew members. Using a Beretta pistol, the criminal forces the Electra II Varig aircraft to return to Congonhas Airport in São Paulo, demanding a high amount of money in cash, full tank for the airplane, and a parachute. After several hours of negotiation, all the passengers and six members of the crew were released. The standoff went on until 11pm when a team of COE Military Operatives broke into the plane. Realizing he was trapped, the hijacker kills himself. The three remaining crew members manage to escape.



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O PRIMEIRO RESGATE No dia 3 de novembro de 1989 um menino de três anos é sequestrado em Itapecerica da Serra, São Paulo. Os criminosos desaparecem numa área montanhosa. Esse seria o primeiro de muitos casos em que os homens do Comandos e Operações Especiais seriam acionados para buscar, localizar e resgatar pessoas perdidas em ambientes inóspitos. Após três dias a criança é encontrada com vida, sozinha, numa região distante e de mata fechada, e entregue de volta para sua família. Mais tarde concluiu-se que os criminosos levaram a criança errada e ao se darem conta, a abandonaram.

O PRIMEIRO RESGATE On November 3rd, 1989 a 3 year old boy is abducted from home in Itapecerica da Serra, São Paulo. The outlaws disappear in the hilly surroundings. This was the first of many cases COE Officers were engaged to search, find and rescue people lost in inhospitable settings. After three days, the child was found alive and alone in a remote location deep in the forest, and then taken back to the family. Later on intelligence concluded the outlaws had taken the wrong kid and abandoned him after realizing their blunder.















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Em operações urbanas de combate ao tráfico de drogas e armas, os Operadores do Comandos e Operações Especiais possuem diversos procedimentos táticos e equipamentos bastante específicos, podendo executar missões diurnas e noturnas, e acessar o objetivo cruzando qualquer tipo de terreno, como brejos, mata fechada, montanhas e rios. As patrulhas que entram no perímetro da área alvo são sempre protegidas pelos Observadores Avançados, ou atiradores de elite, que ficam posicionados em pontos altos e distantes, permitindo a visualização completa do teatro de operações, orientando e protegendo as patrulhas durante a incursão. A medida que os Operadores evoluem no terreno, alguns param e fazem a segurança do perímetro, para defender os que seguem em frente. Para o COE, terreno ganho nunca é perdido, e as costas dos Policias Miliares que avançam estão sempre protegidas.

In urban operations to fight drugs and weapons trafficking, the COE Operatives can count on several different tactical procedures and highly specific equipment. With such resources the Corps can implement night and day missions, being able to cross any kind of territory, such as swamps, dense woods, mountains, rivers. The patrols that break into the target perimeter are protected at all times by the Advanced Observers, a group of snipers taking positions on high and distant spots from where they have a full panoramic view of the operation scene, providing guidelines and protection to the field patrols in action. As the Officers keep moving and securing positions a few of them stop to ensure the perimeter and protect the troops who keep advancing. For COE positions gained should never be lost, and the backs of the Military Officers in advancing movement are always protected.



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Criado em 1986, o principal destaque do Brasão do Comandos e Operações Especiais é justamente o menos entendido: um crânio perfurado por uma faca. Ao contrário da sugestão de representar a violência e a morte, esse símbolo significa a defesa da vida e da justiça. Durante a Segunda Guerra Mundial, comandantes da infame SS nazista mantinham nas suas salas um crânio humano, o incitando o medo e simbolizando a implacável violência da sua tropa. Quando as Forças Especiais e Comandos Britânicos tomavam os quartéis da SS, eles cravavam seu punhal nesse crânio demonstrando a vitória da vida contra a morte, a prevalência da justiça e da lei em oposição ao crime, exatamente os valores que COE defende e aplica. O significado do paraquedas que suporta o crânio é da coragem no ápice das alturas, segurança e equilíbrio, fazendo também referência às origens do COE. As duas garruchas cruzadas são o símbolo da Polícia Militar representando a força e a defesa da soberania. Na heráldica, o amarelo das letras remete ao poder, força e glória. A cor vermelha, sobre a qual estão essas letras, é a audácia e o espírito de luta pela vida. O crânio representa o destemor, a coragem frente a morte e o sacrifício da própria vida. A faca, símbolo máximo do COE, é o elemento da segurança e da justiça. A cor branca destes dois últimos elementos remetem ao desconhecido, o porvir, o futuro.

Created in 1986, the main highlight in the COE’s blazon is just the least understood—a skull perforated by a knife. Instead of representing violence and death, this feature symbolizes the defense of life and justice. During World War II, commanders of the infamous Nazi SS kept a human skull in their room to instigate fear and symbolize the ruthless violence of the German troops. When the Special Forces and British Commandos took over SS Headquarters, they stuck a dagger in the skull to prove the victory of life over death and the prevailing justice opposing crime, precisely the same values COE upholds and puts into practice. The parachute supporting the skull means courage at the highest highs, safely and with balance, also a reminder of COE’s origin. The two weapons crossed represent the force and the defense of sovereignty. In heraldry, yellow letters remind us of power, force and glory. The red color background of these letters represents boldness and the spirit of fighting for life. The skull represents fearlessness, courage in the face of death and the sacrifice of one’s own life. The knife, the top COE symbol, brings in the feature of security and justice. The white color of those two last ideals reminds us of the unknown, the future, of what is yet to come.









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As operações aéreas são divididas em três tipos: O primeiro envolve o uso de aeronaves para infiltração de Operadores do COE em altitude via rapel, em desembarque a baixa altura, e na inserção em meio aquático. O segundo tipo é transposição de obstáculos verticais urbanos através do uso cordas, como a invasão de um presídio através de suas muralhas ou a tomada de um prédio via rapel. A última modalidade é desenvolvida em ambientes rurais, como resgates que exijam acesso às vitimas de acidente aéreo, através de técnicas de montanhismo.

There are three kinds of air operations. In the first one, airplanes are used by COE Officers trying to infiltrate dry land using rappel, climbing down at low altitudes, or else in diving missions. The second kind happens in urban settings where obstacles must be overcome using ropes, e.g., to break in through prison walls or to secure a building by rappel. The third kind of air operation happens in country areas, as in rescue missions of air crashes with victims demanding climbing techniques.





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O Comandos e Operações Especiais desenvolve dois tipos de operações aquáticas: as de superfície e as de mergulho. A primeira envolve patrulhamento preventivo em rios e áreas de costa, missões de infiltração furtivas em áreas de interesse e a repressão de criminosos que se utilizam de embarcações para fugir após cometerem delitos como tráfico de drogas e armas, e roubo à bancos. As missões subaquáticas geralmente possuem como finalidade a localização de objetos ligados a situações de crime e também a execução de varredura de cascos de embarcações na busca de drogas.

The Commandos and Special Operations engage in two kinds of nautical missions—on the surface and diving ones. Surface operations focus on preventive patrol work in rivers and along the coastline, and on furtive breaking in missions into target areas, as well repressing criminals who try to fly in boats after their offenses, such as drugs and weapons trafficking or bank robbery. Underwater missions usually intend to find objects linked to crimes, and also sweeping boat hulks searching for drugs.

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EDITORA / Publishing House www.kmcultural.com.br

AUTOR / Author FOTÓGRAFO / Photographer Luis Augusto Pacheco Ambar

TEXTOS / Texts André Jalonetsky

EDITOR / Editor Ana Lúcia F. dos Santos Márcio Masulino Alves

PROJETO GRÁFICO / Design Wagner Ferreira

REVISÃO / Proofreading TRADUÇÃO / Translation Silvia Mourão

IMPRESSÃO / Printed by P+E Galeria Digital



Dados Internaciondais de Catalogação na Publicação (CIP) A491c Ambar, Luis Augusto Pacheco. COE: comandos e operações especiais / Luis Augusto Pacheco Ambar. – São Paulo (SP): KM Cultural, 2018. 168 p. : il. ; 30 x 30 c ISBN 978-85-93378-07-2 1. COE Comandos e Operações Especiais. 2. Fotografias. 3. São Paulo (Estado) – Polícia Militar. I. Título. CDD-363.2

REFERÊNCIA: AMBAR, Luis Augusto Pacheco. COE: comando e operações especiais. São Paulo, SP: KM Cultural, 2018. 168 p.





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