Revista
edição no 1 | Ano 1 | novembro/Dezembro de 2011
Publicação dirigida aos profissionais farmacêuticos e dispensadores de medicamentos
Revista
edição no 1 | Ano 1 | novembro/Dezembro de 2011
Publicação dirigida aos profissionais farmacêuticos e dispensadores de medicamentos
Administração do
TEMPO
“É tempo de pensar no tempo”
A sedução saudável do merchandising
NO PDV farmacêutico
Compromisso em tempo
INTEGRAL VEJA TAMBÉM NESSA EDIÇÃO – ATENDIMENTO | ENTREVISTA | ATENÇÃO AO PACIENTE
Qualificação de pessoas e empresas para os desafios do varejo farmacêutico O Instituto de Desenvolvimento do Varejo Farmacêutico – IDVF é um centro integrado de soluções em educação profissional, consultoria e projetos especiais para o canal farma. Promove programas de capacitação, atualização e integração entre indústria, distribuidoras e o varejo farmacêutico com o objetivo de estimular e fomentar relacionamentos, troca de experiências e novas práticas no mercado. Acesse www.idvf.com.br e confira como orientamos e estimulamos o pensar, dialogar, discutir e explorar novas possibilidades de atuação no competitivo mercado farmacêutico.
www.idvf.com.br ou (11) 4113-2550
ÍndicE EDITORIAL
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Farmacêutico: profissional polivalente
ATENDIMENTO 10
O calcanhar de Aquiles do negócio
GESTÃO DE PESSOAS 12
É tempo de pensar no tempo
ENTREVISTA 18
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o PBm cresce no Brasil
PALAVRA DA ENTIDADE 20
A fonte límpida de informações
FIQUE LIGADO 24
Compromisso em tempo integral
PDV 26
A sedução saudável do merchandising no PDV farmacêutico
ATENÇÃO AO PACIENTE 30
Atenção Farmacêutica: perspectivas de ação
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Editorial ExpEdiEntE Realização
IDVF (InstItuto De DesenVolVImento Do Varejo FarmacêutIco) aV. PaulIsta, 726 – 17º anDar, cj. 1707 ceP: 01310-910 – sÃo Paulo/sP tel.: (11) 3254.7447 Diretoria marco FIascHettI VInÍcIus martIns PeDroso Produção editorial IDVF
Produção e publicação FontPress comunIcaÇÃo aV. PaVÃo, 955, cj. 85, moema ceP: 04516-012 – sÃo Paulo/sP tel.: (11) 5044-2557 e-maIl: FontPress@FontPress.com.Br Jornalista responsável mÁrcIo PaDula carIle (mtB 30.164) Editora-chefe luana GarcIa (mtB 43.879) Reportagem e redação luana GarcIa e mÁrcIo PaDula carIle Colaboradores anGela castIlHo, elaIne nInZolI, jean leanDro Dos santos, marcelo PolacoW BIsson e sanDra PIres De almeIDa Direção de arte W | FerreIra comunIcaÇÃo Para anunciar tel.: (11) 4113 2550 e-maIl: contato@idvf.com.br
Publicação bimestral e gratuita. É proibida sua reprodução total ou parcial, sem autorização por escrito do IDVF. os anúncios veiculados nesta publicação são de inteira responsabilidade dos anunciantes. o IDVF não se responsabiliza pelos preços especificados, nem pela qualidade dos produtos e/ou serviços divulgados.
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Editorial Farmacêutico: proFissional polivalente A polivalência, qualidade intrínseca no perfil do farmacêutico, nunca foi tão requisitada como agora. O canal farma demanda conhecimentos específicos por parte destes profissionais, alguns deles muito distantes de sua área de formação. Obtém sucesso na área aqueles que desenvolvem uma visão ampla da farmácia e drogaria como negócio voltado ao bem estar e saúde da população, buscando especializar-se e contribuir, de forma efetiva, tanto na atenção ao usuário de medicamentos como na gestão integral do estabelecimento. Neste cenário, o IDVF (Instituto de Desenvolvimento do Varejo Farmacêutico) consolida-se como importante parceiro dos farmacêuticos e demais colaboradores, reunindo soluções em educação profissional, consultoria e projetos especiais para o setor. Sua missão consiste, essencialmente, em orientar e estimular o pensar, dialogar, discutir, repensar e explorar possibilidades de atuação na cadeia do medicamento e da saúde. Missão esta que procuramos desempenhar neste primeiro número da Farmacêutico RT, primeira publicação periódica dirigida exclusivamente ao colaborador-chave no dia a dia do canal farma: o farmacêutico responsável técnico. Nas próximas páginas, reunimos artigos que tratam de temas fundamentais para o sucesso destes profissionais em seu ambiente de trabalho. Atendimento, gestão de pessoas e atenção ao paciente são alguns dos destaques desta edição. E como é no diálogo que reside o sucesso de qualquer empreitada, aguardamos a sua colaboração para aprimorarmos cada vez mais esta revista, pensada e desenvolvida com muito orgulho e carinho por toda a equipe. Ela é sua, desfrute! Um abraço, Marco Fiaschetti e Vinícius Martins Pedroso
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Entre em contato com o nosso Departamento de Associados (11) 3223-8677
– associados@abcfarma.org.br
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O calcanhar de Aquiles do negócio esPeciAListAs em gestão De negÓcios são unânimes em afirmar que um dos principais fatores de sucesso de uma farmácia ou drogaria consiste na qualidade do atendimento prestado. Isso significa que todos os profissionais envolvidos com o dia da dia deste estabelecimento devem manter-se informados e atualizados a respeito de suas funções e responsabilidades, e municiados de informações pertinentes a respeito dos medicamentos e demais produtos comercializados ali. Inclusive no tocante à legislação em vigor, já que, no Brasil, grande parte da população tem por hábito a automedicação, e busca solucionar eventuais dúvidas diretamente com o atendente da drogaria. “costumo dizer que a questão do atendimento é vital
para qualquer negócio, independentemente do segmento que se quer atingir. o primeiro mandamento a ser incorporado por todos os integrantes da equipe é bem básico: é necessário que eles se coloquem sempre no lugar do cliente, e não façam com o outro o que não gostaria que fizessem com si próprios”, afirma rodrigo Palermo, consultor do sebrae-sP (serviço Brasileiro de apoio às micro e Pequenas empresas de são Paulo). nada melhor do que a experiência para aprimorar o trato com o público. mas cursos, palestras e consultorias específicas são de grande valia na lapidação da equipe de vendas. o sebrae-sP é uma das instituições de ensino que ministram cursos dirigidos ao canal farma, alguns deles gra-
tuitos e ministrados integralmente à distância. com eles, é possível se preparar sobre o mercado de atuação, aprender técnicas de pós-venda, que estimulam o fluxo constante pelo estabelecimento, entre outros tópicos. “o profissional deve buscar referências em vários canais e pesquisar sobre a legislação em vigor. o próprio site do sebrae-sP é uma importante fonte de informação para os farmacêuticos e demais colaboradores das farmácias e drogarias”, diz Palermo.
nA LinHA De Frente Por sua experiência e identificação com a natureza do negócio, o farmacêutico rt é cada vez mais requisitado a assumir o papel de gerente. Função esta que exige
É FunÇÃo Do Gerente - Cuidar do faturamento da farmácia e/ou drogaria: estipular metas mensais e diárias e trabalhar para que as mesmas sejam cumpridas. Se não forem, deverá correr atrás do prejuízo e cobrar a equipe; - Se as vendas estiverem fracas, redefinir estratégias em conjunto com a equipe de vendas; - Cuidar dos estoques e da reposição de produtos nas prateleiras, garantindo que a loja se mantenha em pleno funcionamento; - Abertura e fechamento: se a drogaria abre às 8h, por exemplo, neste horário o estabelecimento precisa estar preparado para receber o cliente – com a limpeza e organização geral em ordem;
- Operacional: analisar os produtos expostos, se as ofertas são compatíveis e se estão sendo aplicadas, se a comunicação está adequada, se a limpeza está sendo feita de forma adequada, etc. - Com relação à equipe de vendas, deve garantir o bom desempenho destes profissionais – se o vendedor não estiver em atendimento, por exemplo, pode cuidar da reposição de produtos nas prateleiras, organização de estoque, pósvenda, entre outras atribuições. O importante é que todos se mantenham ocupados durante todo o tempo. (Fonte: Rodrigo Palermo, consultor do Sebrae-SP)
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atEndiMEnto conhecimentos bem distintos de suas funções habituais, tais como técnicas de varejo, organização da loja e gerenciamento de equipe. “É preciso que as atribuições do gerente fiquem bem claras. Ele jamais deve adquirir um papel de ‘faz tudo’, o que seria extremamente prejudicial ao sucesso de qualquer negócio”, alerta o consultor do sebrae-sP. Cuidar do faturamento, definir estratégias de vendas e orientar para que as metas sejam cumpridas pela equipe são algumas das funções do gerente (veja mais informações ao lado). mas vale ressaltar que, sobretudo em um estabelecimento ligado à saúde, há limites éticos a serem respeitados. “É fundamental manter-se informado quanto às recomendações da anvisa (agência nacional de Vigilância sanitária). e o vendedor precisa ser honesto com o cliente sobre os limites a serem seguidos. Quanto mais correto o profissional for, mais credibilidade ele ganha junto ao público. agindo dessa forma, ele até pode perder a venda em um primeiro momento. mas, a longo prazo, os resultados são extremamente positivos”, conclui Rodrigo Palermo.
pra nÃo errar na venDa - Sempre pergunte o nome do cliente, e apresente-se em seguida; - Sinta e demonstre alegria e satisfação no exercício de sua atividade; - Acompanhe o cliente de longe; dê espaço para que ele se sinta à vontade na loja; - Ouça o consumidor com atenção, e identifique suas necessidades; - Coloque-se no lugar do cliente: atenda da forma como gosta de ser recebido; - Seja cordial e profissional; - Não ofereça produtos que não estejam relacionados com os interesses do consumidor no momento do atendimento; - O bom vendedor é atencioso, sem ser inconveniente; - Evite a formação das chamadas “rodinhas de vendedores” na farmácia. (Fonte: Rodrigo Palermo, consultor do Sebrae-SP)
saiba mais: www.sebraesp.com.br 11
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GEStão dE pESSoaS Por Elaine Ninzoli
É tempo de pensar no tempo “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará fazendo o impossível.” São Francisco de Assis
se ProcurArmos no DicionÁrio o que é tempo, encontraremos várias definições: tempo como medida de duração entre duas coisas, época determinada, prazo, estação climática, etc.. e no trabalho você já se viu em alguma situação parecida com essa?: “não tive tempo para iniciar o trabalho que o chefe pediu, o prazo (tempo) para entrega já era... e aí o ‘tempo fechou’, levei uma bronca e ainda ouvi que em ‘outros tempos’ eu não era assim”. Portanto, no ambiente de trabalho podemos usar as definições da palavra tempo em todos os sentidos, ou “a todo tempo”, concorda? Vamos esclarecer as seguintes definições: o tempo é indicado por intervalos ou períodos de duração, sendo que intervalo consiste na separação temporal de dois eventos distintos, e duração é a separação temporal entre o início e o fim de um mesmo evento. esse é o tempo objetivo. acredita-se que o homem começou a medir o tempo há cerca de cinco mil anos. Quando iluminados pelo sol, troncos de árvores ou bastões fincados na terra projetavam sombras. a constatação de que o movimento das mesmas correspondia ao trans-
correr do tempo foi, provavelmente, o primeiro medidor de tempo usado pelo homem. e, mesmo com toda tecnologia de hoje, às vezes ainda fazemos isso. Por acaso você já foi à praia sem relógio e então buscou a posição do sol para ter uma ideia de que horas eram? na sua opinião, com a invenção do relógio, ficamos escravos deste aparelhinho ou passamos a usar o tempo a nosso favor? Às vezes, quando esquecemos o relógio em casa, temos a sensação de que falta uma peça de roupa. Na minha experiência profissional, muitas ferramentas de gestão e de administração do tempo foram importantes para o meu aprendizado e para entregas do dia-a-dia. aprendi, por exemplo, a utilizar cronogramas que auxiliam no acompanhamento de grandes projetos até atividades mais simples. trabalhei também com o diagnóstico, análise e solução de problemas, agenda eletrônica, 5 Ws e 2 Hs, dentre tantas outras ferramentas. todas elas estão disponíveis e qualquer um pode aprender a usá-las. Porém, saiba a melhor forma de empregá-las, caso contrário terá ainda mais tempo perdido. Afinal, elas
Elaine Ninzoli é psicóloga e consultora em Recursos Humanos. 13
GEStão dE pESSoaS Pense: Já é tempo de pensar em como administro meu tempo?
existem para nos ajudar, e não para atrapalhar. Pesquise antes de definir qual se adequa melhor às suas necessidades e ao seu estilo. a organização é outro fator importantíssimo na gestão do tempo. se você não é muito organizado, com certeza pode aprender técnicas para lidar com isso e até mesmo pode recorrer a pessoas que lhe auxiliem, como um assistente ou uma secretária. Devemos também prestar atenção nos desperdiçadores ou “ladrões” de tempo, tais como: excesso de reuniões – muitas vezes mal planejadas; telefonemas com pouca objetividade; receber pessoas sem agendamento prévio; ter uma equipe despreparada; resistência a mudanças; não saber dizer “não”; não saber delegar; ser muito perfeccionista e, principalmente, procrastinar. lembre-se do velho ditado: “Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”. Perceba também o seu ciclo de energia: qual o momento do dia em que se sente mais ou menos disposto. e concentre suas principais atividades nas horas de maior energia, de forma a ter mais produtividade. Podemos mencionar várias técnicas e “dicas” para o melhor uso do tempo. no entanto, se você não tiver atitude e disponibilidade para modificar comportamentos e hábitos, sinto muito, mas lidar com o relógio continuará sendo um sofrimento. Pense: já é tempo de pensar em como administro
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meu tempo? Quais são as atitudes e comportamentos que preciso melhorar ou desenvolver para fazer isso? É muito provável que a forma como você utiliza o seu tempo é semelhante nos aspectos profissional e pessoal. Portanto, a mudança é generalizada. Falaremos então do tempo subjetivo. Primeiro pense nas coisas que você gosta de fazer e faz, nas coisas que você gosta de fazer e não faz, nas coisas que não gosta e faz e, em seguida, naquelas que não gosta e que realmente não faz. anote tudo isso em um papel, faça uma consulta interna e verifique como se sente em cada um desses momentos. Quanto mais o tempo objetivo (do relógio) nos é imposto, pior é a qualidade do nosso tempo subjetivo, onde tenho a oportunidade de elevar a qualidade das minhas ações, estabelecendo metas e prioridades. todos nós temos a necessidade de preencher o tempo e podemos fazer isso de maneira a reforçar ou combater nosso estilo de vida. uma teoria da psicologia, a análise transacional, diz que estruturamos o tempo de seis formas que podem ser usadas positiva ou negativamente:
isoLAmento É a “ausência” física ou psicológica da pessoa em relação ao aqui/agora. É importante o ser humano
203043 - PECFARMA/ANÚNCIO/JUN11
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O PEC FARMA é um programa de educação continuada que visa aprimorar o conhecimento dos profissionais do varejo farmacêutico, reconhecendo os méritos dos melhores alunos com: • 90 vale-presentes de R$ 500,00 • 1 bolsa de estudos • Premiação final para o melhor aluno: UMA FARMÁCIA! Saiba mais acessando www.pecfarma.com.br e faça já sua inscrição. Realização:
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GEStão dE pESSoaS ter tempo reservado para estar consigo mesmo. em geral, o isolamento é seguro e pode ser positivo em situações de recolhimento para meditação, estudo, tomada de decisões, etc.. mas ele pode ser negativo quando se passa muito tempo isolado, tornando-se privado de estímulos, solitário e deprimido, com as relações interpessoais prejudicadas.
rituAis são procedimentos formais ditados pela tradição, hábitos ou pelas convenções sociais - participação em cerimônias e solenidades, cumprimentos institucionalizados, etc.. Por meio de rituais, os indivíduos estruturam o tempo sem se comprometer com a autenticidade e a espontaneidade, restringindo-se apenas à obediência às normas sociais vigentes. Parece que cada pessoa está lendo um script.
PAssAtemPo É toda forma de preencher o tempo de maneira descompromissada, como no lazer, nas diversões, nos passeios, nas brincadeiras esportivas, nas conversas descontraídas, etc.. envolve assuntos em torno de temas inofensivos, tais como coquetéis, tempo, juventude, moda, problemas urbanos, esportes, política, crianças, etc..
AtiViDADes Compreendem principalmente as atividades profissionais, estudos, pesquisas. corresponde a fazer alguma coisa ou um trabalho propriamente dito, como por exemplo tomar banho, projetar uma casa, escrever um livro, fazer uma prova, podar a grama, entre outras ações. a atividade permite o uso do tempo, lidando com a realidade exterior. as atividades podem ser utilizadas para manter o contato com as pessoas ou para isolar-se.
Jogos PsicoLÓgicos uma série de transações de duplo sentido, que se desenvolvem até um final previsível. São utilizados inconscientemente, de forma análoga às manipulações. um jogo pode ser descrito como “um conjunto
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repetido de relacionamentos geralmente enfadonhos, embora viável e com uma motivação oculta”. (Berne, Eric – Os jogos da vida).
intimiDADe são momentos ou encontros sinceros e intensos entre duas ou mais pessoas, entre as quais ocorre, de maneira real, a troca de emoções autênticas, de relações positivas, de carícias positivas, sem jogos ou mecanismos de defesa. É a mais compensadora de todas as maneiras de estruturar o tempo, sem exploração e sem ocorrência de outra forma de estruturação do tempo. utilize, portanto, essas ferramentas, mas lembre-se de observar a sua forma de estruturar o tempo, o que está “ok” e o que precisa melhorar. Qual é o seu estilo? Pense na qualidade de vida que está tendo, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Nesse sentido, recomendo o filme Click, no qual o protagonista recebe um controle remoto universal e, com ele, passa a comandar o tempo em sua vida. Daí, surgem experiências positivas e negativas, como quando ocorre de deixarmos o “controle” do nosso tempo fora de nossas mãos.
O PBM cresce no Brasil Confira entrevista com Marcos Brêda*, diretor da e-Pharma
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* Marcos Brêda é formado em administração de empresas, com pós-graduação em gestão de negócios pela ESPM, e gestão de saúde pelo SENAC. É diretor de farma, varejo farmacêutico e gestão de benefícios da e-Pharma
EntrEViSta Revista Farmacêutico RT: O que faz a e-Pharma e qual a missão da empresa? Marcos Brêda: a e-Pharma é uma Pharmacy Benefit Management (PBm), focada na moderna gestão da assistência farmacêutica, integrando benefícios e ações ligadas à saúde. tem como missão aumentar o acesso aos tratamentos receitados pelos médicos. a e-Pharma gerencia benefícios farmacêuticos, sendo um dos seus principais clientes os rH´s das empresas, pois estas instituições subsidiam o acesso ao medicamento a seus funcionários e dependentes com o objetivo de melhora na adesão, outro ponto que trás forte atratividade para este modelo, está na contribuição na diminuição dos gastos em saúde relativos ao agravamento das doenças. RT: Quais são os principais desafios do PBM no Brasil? MB: Um dos principais desafios é que o mercado entenda que a PBm é um parceiro do varejo para melhora do acesso, na busca de instituições que possam subsidiar os tratamentos, melhorando a capacidade de compra e de adesão. RT: Quais as principais demandas que a e-Pharma está atuando? MB: estamos atuando principalmente junto ao rH, mostrando o quão importante é financiar ou ajudar seu colaborador ter acesso ao tratamento adequado. e atuamos nas operadoras de saúde, que também tem um custo alto. Quanto mais se utiliza o serviço de saúde, mais a conta pesa para os planos de saúde.
RT: Como podemos projetar o futuro do PBM no Brasil? MB: a e-Pharma tem mais de 20 milhões de beneficiários ativos em sua base com programas de rH, operadoras de saúde, programas de indústria farmacêutica e programas massificados de desconto, e também é o principal concentrador do programa farmácia popular. a e-Pharma demanda mensalmente mais de 75 milhões de reais e este ano deve chegar perto e um bilhão de reais nos seus autorizadores, e vem crescendo a taxa de 30% ao ano. as PBm´s juntas já representam mais de 4% da demanda total de medicamentos vendidos nas farmácias. RT: Quantas farmácias estão ligadas ao PBM? MB: a e-Pharma, hoje, tem um total de 14 mil farmácias conectadas e tem presença em todos os estados e no Distrito Federal, está presente em 1.244 municípios e têm 125 deliveries. RT: Qual a importância da capacitação e atualização dos profissionais que atuam no varejo para superarem os desafios do PBM? MB: O farmacêutico e o profissional de balcão são fundamentais no processo de conhecimento do papel da PBm, pois estão na linha de frente e têm um processo a desempenhar para esse atendimento, desde identificação do programa no autorizador, como também na captura dos dados de ID, crm do médico, data da receita médica e ean dos produtos. estes são os pilares para que a autorização seja feita e que as regras do programa sejam atribuídas em nossos autorizadores.
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palaVra da EntidadE Por Jaldo de Souza Santos
A fonte límpida de informações A ciDADeZinHA não tem mAis que 10 mil habitantes. as ruas são pacatas; o silêncio, farto. movimento, quase não há, a não ser o entra-e-sai de pessoas na única farmácia do lugar. elas estão, ali, para adquirir o medicamento e se orientar com o farmacêutico sobre o uso correto do mesmo, além de obter informações sobre cuidados em saúde. o farmacêutico aproveita para aferir a pressão e os parâmetros bioquímicos de alguns clientes para a verificação de sua taxa de glicose. o centro das atenções, ali, é o farmacêutico. ele é uma das poucas autoridades sanitárias da cidadezinha. É uma verdadeira luz na comunidade no que se refere à saúde. líder inquestionável, educador por excelência e sanitarista por natureza, o farmacêutico vai mais longe, ainda, em suas ações, avançando pelo campo da educação. estudantes do ensino fundamental cercam-no para aprender com ele química e biologia, visando às provas do dia seguinte. outro grupo de estudantes aguarda a sua vez para igualmente ter com ele uma aula de matemática. o farmacêutico interrompe as aulas meio improvisadas – e gratuitas - para atender a um cliente. alerta-o sobre o perigo de interação entre todos aqueles medicamentos prescritos (uma verdadeira polifar-
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mácia) e liga para o médico, com o objetivo de discutir com ele a substituição de um daqueles produtos por outro de igual indicação terapêutica e menor risco. aproveita para dizer ao paciente que outros medicamentos também interagem com alimentos. De repente, chega uma paciente e solicita uma conversa mais reservada com o farmacêutico. acanhada, ela pede um antibiótico. não porta receita médica. o farmacêutico, com sua psicologia, faz uma anamnese (entrevista com o objetivo de levantar informações sobre o estado da paciente) e presume que a mulher tem uma candidíase vaginal, doença causada por um fungo. Então, afirma que ela não pode tomar antibiótico sem receita médica, e explica que esse tipo de medicamento só age, diante de bactérias, não surtindo efeitos sobre o causador de sua doença (um fungo). ela confessa que já vinha mesmo tomando antibióticos e que, realmente, não sentira nenhuma melhora. o farmacêutico aconselha-a a procurar o médico. Dentro da farmácia, vão chegando os senhores da cidade, como sempre fazem, àquela hora. são de várias idades e classes sociais. sentam-se nos longos bancos. esperam que o farmacêutico tenha um instante de folga para iniciar a prosa boa, já que esta não
teria sentido, sem a sua participação. a conversa gira em torno das chuvas, que estão tardando, comprometendo a lavoura. em seguida, a conversa avança para questões econômicas e sociais. todos falam, olhando atentamente para o farmacêutico. Para cada assunto, ele tem uma explicação, porque é um dos poucos do lugar que recebe jornais e revistas, além de ter uma habitual leitura técnica e científica sobre diferentes assuntos. o farmacêutico aproveita cada oportunidade e, de forma didática, chama a atenção de todos para como se prevenir contra doenças e para a necessidade de mudanças nos hábitos de vida em favor da manutenção da saúde. ao hipertenso, recomenda que busque o médico, faça caminhadas diárias, diminua a ingestão de sal e gordura. Faz, ainda, aconselhamentos ao diabético.
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Assessoria de imprensa na mídia
Referências bibliográficas: 1. Brasil. ANVISA: Consulta Pública no 50, de 28 de maio de 2007 [Internet]. D.O.U 2007 mai 30 [acesso em 2011 ago 25]. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B18629-1-0%5D.PDF . 2. Schmoke K. Evolution of the soft gelatin capsule: pharmaceuticals to paintballs. Tablets e Capsules [serial oline]. 2004 Jan. Disponível em : htpp://www.tabletscapsules.com/ DR 338. 3. Gullapalli RP.Soft gelatin capsules (softgels). J Pharm Sci. 2010;99(10):4107-48. 4. Revista Kairos. Tabela de preço [Internet]. 2011. [acesso em 2011 ago]. Disponível em: http://brasil.kairosweb.com/. (Em Prelo). 5. T&E Analítica Comércio e Análises Químicas Ltda. Perfil de dissolução comparativo: Dimenidrinato cápsulas 25 mg x 50mg. Campinas; 2007. 6. HUME, R et al - The use of dramamine in control of postoperative nausea and vomiting. Anesthesiology 302-305, 1952. 7. Ministério da Saúde. [Internet]. Base de dados Regulatórios. [acessado em 17 fev 2011]. Optonline Ltda. Disponível em: http://i-helps.com.
USO ORAL • USO PEDIÁTRICO DE 6 A 12 ANOS Apresentações e composição: Embalagem com 4 ou 10 unidades. Cada cápsula gelatinosa mole de DRAMIN® CAPSGEL contém 25mg de dimenidrinato. Indicações: Profilaxia e tratamento de náuseas e vômitos em geral, dentre os quais: náuseas e vômitos da gravidez; náuseas, vômitos e tonturas causados pela doença do movimento – cinetose; náuseas e vômitos pós-tratamentos radioterápicos e em pré e pós-operatórios, incluindo vômitos pós-cirurgias do trato gastrintestinal. No controle profilático e na terapêutica da crise aguda dos transtornos da função vestibular e/ou vertiginosos, de origem central ou periférica, incluindo labirintites. Contraindicações: Hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula. O dimenidrinato é contraindicado para pacientes porfíricos. Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos. Advertências e precauções: Como o produto pode causar sonolência, recomenda-se cuidado no manejo de automóveis e máquinas. Recomenda-se não utilizar o produto quando da ingestão de álcool, sedativos e tranquilizantes, pois o dimenidrinato pode potencializar os efeitos neurológicos dessas substâncias. Pertencendo ao grupo dos anti-histamínicos, o dimenidrinato pode ocasionar, tanto em adultos como em crianças, uma diminuição na acuidade mental e, particularmente em crianças pequenas, excitação. Cuidados devem ser observados em pacientes asmáticos, com glaucoma, enfisema, doença pulmonar crônica, dispneia e retenção urinária (condições que podem ser agravadas pela atividade anticolinérgica). O dimenidrinato pode mascarar os sintomas de ototoxicidade secundária ao uso de drogas ototóxicas. Pode ainda exacerbar desordens convulsivas. Gravidez e lactação: o dimenidrinato é considerado seguro para uso durante a lactação. Assim como outros antagonistas H1, o dimenidrinato é excretado no leite materno em quantidades mensuráveis. Entretanto, não há dados avaliando os efeitos do fármaco em lactentes de mães em uso da medicação. Em geral, os anti-histamínicos são relativamente seguros para administração no período de lactação, no entanto é o médico quem deve avaliar a necessidade do seu uso, da suspensão do uso da medicação ou da interrupção da amamentação. (Catz CS, Giacoia GP; Drug and breast milk. Pediatr Clin North Am 1972;19(1):151-166; Beeley L: Drugs and breast feeding. Clin obstet Gynecol 1981; 8:291-5). Categoria B de Risco na Gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Pacientes idosos: não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso do produto por pacientes idosos. Portanto, eles devem utilizar dose semelhante à dose dos adultos acima de 12 anos. Pacientes com insuficiência renal: não é necessária redução da dose na disfunção renal, uma vez que pouco ou nenhum fármaco é excretado inalterado pela urina. Pacientes com insuficiência hepática: deve ser considerada redução da dose em pacientes com insuficiência hepática aguda, uma vez que o dimenidrinato é intensamente metabolizado pelo fígado. Interações medicamentosas: Pode ocorrer potencialização dos depressores do sistema nervoso central, como os tranquilizantes, antidepressivos, sedativos. Evitar o uso concomitante com inibidores da monoaminoxidase. Evitar o uso com medicamentos ototóxicos, pois pode mascarar os sintomas de ototoxicidade. O dimenidrinato pode causar uma elevação falso-positiva nos níveis de teofilina, quando a teofilina é medida através de alguns métodos de radioimunoensaio. Ingestão concomitante com outras substâncias: evitar o uso do produto concomitantemente a bebidas alcoólicas, pois o dimenidrinato pode potencializar os efeitos neurológicos do álcool. Não há restrições quanto ao uso do produto com alimentos. Reações adversas: Este medicamento pode causar as seguintes reações adversas: Reação muito comum (>1/10): sedação e sonolência. Reação comum (>1/100 e <1/10): cefaleia. Reação muito rara (<1/10.000): relatos isolados de erupção cutânea fixa e púrpura anafilática. O dimenidrinato pertence à classe de anti-histamínicos que também pode causar efeitos anti-muscarínicos, como por exemplo, visão turva, boca seca e retenção urinária. Outras reações adversas que podem ser causadas por esta classe de medicamentos são: tontura, insônia e irritabilidade. Porém, especificamente para o dimenidrinato, a documentação de tais sintomas na literatura científica é pobre ou inexistente. Atenção: DRAMIN® CAPSGEL é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações emVigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou para aVigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento. Posologia e modo de usar: DRAMIN® CAPSGEL pode ser administrado imediatamente antes ou durante as refeições e deve ser deglutido com quantidade de água suficiente. Em caso de viagem, DRAMIN® CAPSGEL deve ser utilizado de maneira preventiva, com pelo menos meia hora de antecedência. Posologia: Crianças de 6 a 12 anos: 1 a 2 cápsulas de 25mg a cada 6 a 8 horas, não excedendo 150mg (6 cápsulas) de dimenidrinato em 24 horas (dose baseada em cálculo aproximado de 1,25mg de dimenidrinato/kg de peso corporal). Na insuficiência hepática: deve ser considerada redução da dose em pacientes com insuficiência hepática aguda, uma vez que o dimenidrinato é intensamente metabolizado pelo fígado. Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. MS: 1.0639.0155.012-8
SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. DRAMIN® é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
palaVra da EntidadE Por Jaldo de Souza Santos
Depois, a conversa envereda para outros temas. os festejos da padroeira, o novo padre que chegara à cidade, as reformas do clube e o futebol vão entrando na roda de discussões. a essas alturas, há pessoas, também, do lado de fora da farmácia, sentadas em bancos à sombra de uma árvore. acompanham a conversa e miram o farmacêutico, para conferir o correto sentido dos assuntos. lá dentro, o farmacêutico recebe um senhor da área rural. está triste, cabisbaixo por um infortúnio qualquer. ele não quer medicamentos. apenas busca uma palavra amiga, um conforto que aplaque a dor que o corrói por dentro. e tem do farmacêutico as palavras exatas de que precisa. caros leitores, as cenas citadas passaram-se, numa cidade pequena do interior do Brasil, onde o farmacêutico era um dos poucos profissionais da saúde. Mais que isso, ele era o pólo irradiador de informações, o conselheiro das famílias, o mediador nas contendas; o sanitarista permanentemente de prontidão para investigar problemas de saúde; o cuidador, o palestrante sobre assuntos de saúde, o educador. as cenas não são apenas uma pálida radiografia duma cidadezinha. o farmacêutico é e sempre será pleno desses atributos, quer esteja ele num vilarejo, como numa metrópole. ele é verdadeiramente o educador em saúde, e o alcance social de suas ações é incalculável. e como está sempre disponível, em sua farmácia ou na farmácia onde atua, e como é um profissional excepcionalmente qualificado técnica e cientificamente, ele até
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Jaldo de Souza Santos é presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF) | Contato: email presidencia@cff.org.br
poderia ser muito mais procurado pela população de sua cidade. os seus serviços são ágeis, gratuitos e jamais um paciente necessitará de marcar horário para ser atendido pelo farmacêutico. É só chegar e terá a orientação de que precisa. Dono de amplos conhecimentos científicos adquiridos, na Universidade, o farmacêutico tem diversificado as suas atividades. Hoje, são 74, e todas elas regulamentadas pelo conselho Federal de Farmácia (cFF). as atividades desenvolvem-se nas áreas da farmácia clínica, da indústria, das análises clínicas e toxicológicas, da citopatologia, da radiofarmácia, do alimento, da terapia nutricional, da genética, dos gases medicinais etc. mas o farmacêutico não rompeu o cordão umbilical que o liga à
sua atividade-mãe, que é a assistência farmacêutica prestada, na farmácia. Dentro desse estabelecimento (de saúde, enfatize-se), ele é a autoridade máxima. O farmacêutico é um dos profissionais de saúde mais confiáveis, acessíveis e requisitados, em todo o mundo. milhões de pessoas, diariamente, vão às farmácias em busca do medicamento e de sua orientação. caro leitor, as cenas que descrevi podem, sob certos aspectos, não se repetir, da mesma maneira, numa farmácia localizada no centro nervoso de são Paulo ou do Rio, mas o profissional (hoje, muito mais qualificado) é, em sua essência, o mesmo farmacêutico pleno de desejo de servir. Fale com o farmacêutico. o prazer será todo dele.
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NÃO POSSUI
GENÉRICO
3
40mg
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pantoprazol magnésico di-hidratado
a evolução no tratamento da doença do refluxo. 1,2
Contraindicação: Tecta® não deve ser usado em casos de hipersensibilidade conhecida ao pantoprazol ou aos demais componentes da fórmula. Interação medicamentosa: Tecta®, assim como outros medicamentos da mesma classe, não deve ser coadministrado com atazanavir/nelfinazir. USO ORAL USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS Apresentações e composição: Comprimidos gastrorresistentes de 40 mg. Embalagens com 2, 15, 28,30, ou 60 comprimidos. Indicações: TECTA® 40 mg está indicado para o tratamento das esofagites de refluxo moderada ou grave e dos sintomas de refluxo gastroesofágico. Também é indicado para tratamento intermitente de sintomas de acordo com a necessidade (on demand). Contra-indicações: TECTA® não deve ser usado em casos de hipersensibilidade conhecida ao pantoprazol ou aos demais componentes da fórmula. TECTA®, assim como outros IBPs, não deve ser coadministrado com atazanavir/nelfinazir (vide Advertências e Precauções/Interações Medicamentosas). TECTA® não deve ser administrado em terapia combinada para erradicação do Helicobacter pylori a pacientes com disfunção hepática ou renal moderada a grave, uma vez que não existe experiência clínica sobre a eficácia e a segurança da terapia combinada nesses pacientes. Este medicamento é contra-indicado na faixa etária de 0 a 18 anos. Categoria B de risco na gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Advertências e Precauções: Quando prescrito dentro de uma terapia combinada, as instruções de uso de cada uma dos fármacos devem ser seguidas. Na presença de qualquer sintoma de alarme (como significante perda de peso não intencional, vômitos recorrentes, disfagia, hematêmese, anemia ou melena) e quando houver suspeita ou presença de úlcera gástrica, deve ser excluída a possibilidade de malignidade, já que o tratamento com pantoprazol pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico. Casos os sintomas persistam apesar de tratamento adequado, investigações adicionais devem ser consideradas. Gravidez e lactação: Categoria B de risco na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. TECTA® não deve ser administrado em gestantes e lactantes, a menos que absolutamente necessário, uma vez que a experiência clínica sobre seu uso em mulheres nestas condições é limitada. Estudos de reprodução em animais demonstraram uma fetotoxicidade leve com doses acima de 5 mg/kg. Os dados disponíveis sobre o uso de pantoprazol em lactantes são limitados. A excreção do pantoprazol no leite humano foi detectada em caso isolado após uma única dose oral de 40 mg. A relevância clínica desta descoberta não é conhecida. TECTA® só deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação quando o benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao feto ou à criança. Pacientes idosos: Não é necessária nenhuma adaptação posológica para pacientes idosos. TECTA® pode ser utilizado por pessoas com mais de 65 anos. Em voluntários idosos, a ASC e a Cmax (concentração máxima) aumentam discretamente, quando comparadas às de indivíduos jovens; porém, estes aumentos não são clinicamente significativos. Não se recomenda nenhum ajuste posológico baseado na idade. A dose diária em pacientes idosos, via de regra, não deve ultrapassar os regimes posológicos recomendados. Pacientes pediátricos: A segurança e eficácia do emprego de TECTA® não foram estabelecidas em menores de 18 anos, portanto o seu uso não está indicado para pessoas menores de 18 anos. Insuficiência renal: para paciente com disfunção renal leve a moderada não é necessário ajuste posológico; a dose diária não deve ultrapassar os regimes posológicos recomendados. Nos casos de insuficiência renal grave o paciente deve ser cuidadosamente monitorado. Em pacientes com função renal reduzida (p. ex., pacientes em diálise), nenhum ajuste de dose é necessário. Assim como para indivíduos sadios, a meia-vida do pantoprazol é curta. Somente pequenas quantidades de pantoprazol são dialisáveis. Embora a meia-vida do principal metabólito tenha sido moderadamente aumentada para 2-3 h, a excreção é ainda rápida e, portanto não ocorre acúmulo. Insuficiência hepática: não é recomendado ajuste posológico para paciente com disfunção hepática leve a moderada. Em caso de redução intensa da função hepática a dose deve ser ajustada para 1 comprimido de 40 mg a cada dois dias. Em pacientes com insuficiência hepática grave, devem ser regularmente monitoradas as enzimas hepáticas durante o tratamento com TECTA®; se houver aumento nos valores enzimáticos, o tratamento deve ser descontinuado. A meia-vida aumentou para 7 e 9 horas, a ASC aumentou em um fator de 5 a 7 e a Cmax aumentou em um fator de 1,5 em pacientes com cirrose hepática em comparação com indivíduos sadios após a administração de 40 mg de pantoprazol sódico. Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas: não há efeitos conhecidos na capacidade de dirigir e operar máquinas. Interações medicamentosas: O conteúdo de magnésico em um comprimido de TECTA® não é clinicamente significante (1,268 g a cada comprimido de 40 mg). Assim, não são esperadas diferenças nas interações medicamentosas entre o pantoprazol magnésico e o pantoprazol sódico. Como os demais membros de sua classe, TECTA® pode alterar a absorção de medicamentos cuja biodisponibilidade seja dependente do pH do suco gástrico, como o cetoconazol e itraconazol. Isso se aplica também a medicamentos ingeridos pouco tempo antes de TECTA®. Assim como outros medicamentos da mesma classe, não deve ser coadministrado com atazanavir/nelfinazir, pois a absorção desses antirretovirais é pH dependente, podendo ocorrer uma redução substancial na biodisponibilidade dos mesmos (ver Contra-Indicações). Pantoprazol é extensivamente metabolizado no fígado. Inicialmente sofre desmetilação e oxidação a sulfonas pelas subenzimas CYP2C19 e CYP3A4 do citocromo P 450 (Fase I do metabolismo). Como conseqüência da baixa afinidade do pantoprazol e de seus metabólitos, o hidroxipantoprazol e o hidroxipantoprazol sulfona pelas enzimas do citocromo P 450, seu potencial de interação na Fase I é limitado, o que permite que o fármaco saia rapidamente do retículo endoplasmático e seja transferido subsequentemente para o citoplasma para ser conjugado com sulfato, na Fase II do metabolismo. Esta baixa afinidade resulta em predominância do metabolismo no sistema de conjugação (Fase II) que, ao contrário do sistema P 450, não é saturável e consequentemente não-interativa. Esta etapa independe do sistema enzimático citocromo P 450. A interação entre pantoprazol e outras substâncias metabolizadas na Fase I do metabolismo não pode, em princípio, ser excluída. Nos estudos sobre interações medicamentosas conduzidos até o momento, onde foram analisados os substratos de todas as famílias do citocromo P450 envolvidas no metabolismo de fármacos no homem, verificou-se que pantoprazol não afeta a farmacocinética ou a farmacodinâmica da carbamazepina, cafeína, diazepam, diclofenaco, digoxina, etanol, glibenclamida, metoprolol, naproxeno, nifedipina, fenitoína, piroxicam, teofilina, e contraceptivos orais. TECTA® não aumenta a excreção urinária dos marcadores de indução, ácido D-glucarídico e 6 ß-hidroxicortisol. Da mesma forma, os fármacos investigados não influenciaram a farmacocinética do pantoprazol. Embora, em estudos clínicos farmacocinéticos não tenha sido observada nenhuma interação durante a administração concomitante à femprocumona ou à varfarina, foram observados no período de pós-comercialização alguns casos isolados de alterações no INR (tempo de protrombina do paciente/média normal do tempo de protrombina) nessas situações. Consequentemente, em pacientes que estão sendo tratados com anticoagulantes cumarínicos, é recomendada a monitoração do tempo de protrombina/INR após o início, término ou durante o uso irregular de pantoprazol. Não existe interação na administração concomitante com antiácidos. De maneira geral, o tratamento diário com qualquer medicamento bloqueador de ácido por um longo tempo (p. ex., mais que três anos) pode levar a uma má absorção da cianocobalamina (vitamina B12). Estudos de interação farmacocinética em humanos, administrando-se pantoprazol simultaneamente aos antibióticos claritromicina, metronidazol e amoxicilina não demonstraram nenhuma interação clinicamente significativa. Ingestão com alimentos: O consumo de alimentos não interfere com as ações do TECTA® no organismo. Interferência em testes de laboratório: Em alguns poucos casos isolados, detectou-se alterações no tempo de coagulação durante o uso de pantoprazol. Desta forma, em pacientes tratados com anticoagulantes cumarínicos, recomenda-se a monitoração do tempo de coagulação após início, final ou durante o tratamento com pantoprazol. Reações adversas: O perfil de segurança do TECTA® não deve diferir do observado com o pantoprazol sódico, uma vez que ambos contêm o mesmo princípio ativo – o pantoprazol “livre” dissociado (ânion pantoprazol, íons Mg ou Na). Embora o pantoprazol (a substância ativa) seja muito bem tolerado, a maioria dos eventos adversos observados tem sido leve e transitória, não apresentando nenhuma relação consistente com o tratamento. Assim, podem ocorrer as seguintes reações adversas com o uso do produto: Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor abdominal, diarréia, constipação, flatulência, cefaléia. Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): náusea/vômito, vertigem, distúrbios visuais (visão turva), reações alérgicas como prurido e exantema. Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): boca seca, artralgia. Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): depressão, leucopenia, trombocitopenia, edema periférico, dano hepatocelular grave levando a icterícia com ou sem insuficiência hepática, reações anafiláticas, incluindo choque anafilático, aumento nos níveis de enzimas hepáticas (transaminases, γ-GT), aumento nos níveis de triglicerídios, elevação da temperatura corporal, mialgia, nefrite intersticial, reações dermatológicas graves como síndrome de Stevens Johnson, eritema multiforme, síndrome de Lyell, fotossensibilidade, urticária e angioedema. Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária NOTIVISA, disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Posologia e modo de usar: A posologia habitualmente recomendada é de 1 comprimido de 40 mg ao dia, antes, durante ou após o café da manhã, a menos que seja prescrito de outra maneira pelo seu médico. A duração do tratamento fica a critério médico e dependente da indicação. Na maioria dos pacientes, o alívio dos sintomas é rápido e um período de tratamento de 4 a 8 semanas é, em geral suficiente. TECTA® é para uso exclusivamente oral e os comprimidos devem ser ingeridos inteiros com um pouco de líquido. Na doença de refluxo gastroesofágico: Tratamento da esofagite de refluxo - 1 comprimido de 40 mg ao dia em um período de 4 semanas. Nos casos com esofagite não cicatrizada ou com sintomas persistentes é recomendado um período adicional de 4 semanas. Os sintomas recorrentes poderão ser controlados administrando-se 1 comprimido de TECTA® 40 mg ao dia, quando necessário (“on demand”), de acordo com a intensidade dos mesmos. A mudança para terapia contínua deve ser considerada nos casos em que os sintomas não puderem ser devidamente controlados sob terapia “on demand”. Em casos isolados de esofagite por refluxo, a dose diária pode ser aumentada para 2 comprimidos ao dia, particularmente nos casos de pacientes refratários a outros medicamentos antiulcerosos. MS – 1.0639.0256. A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MEDICAMENTO SOB PRESCRIÇÃO.TC40_1004_0611_VPS. Referências bibliográficas: 1) Hein J. Comparison of the efficacy and safety of pantoprazole magnesium and pantoprazole sodium in the treatment of gastro-oesophageal reflux disease: a randomized, double-blind, controlled, multicentre trial. Clin Drug Investig. 2011. doi: 10.2165/11590270-000000000-00000. 2) Nycomed Clinical Trial Report.Trial ID: TS2.6.7.5, 310. 2003. Date on file. 3) Brasil. Resolução – RE nº 5.630, de 03 de dezembro de 2010. Concessão de registro de medicamento novo, revalidação de registro, refitificação de publicação. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil]. Brasília, 06 dez 2010; n. 232, p. 100-1. Material produzido em setembro/2011 Material exclusivo à classe médica. Nycomed Pharma Ltda. Rua do Estilo Barroco, 721 - 04709-011 - São Paulo - SP. Mais informações poderão ser obtidas diretamente com o nosso Departamento Médico ou por meio de nossos representantes.
* Marca Depositada. A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
FiQUE liGado Por Dr. Marcelo Polacow Bisson
Compromisso em tempo integral o compromisso assumido ao lidar com vidas começa com o juramento realizado para receber a carteira profissional e deve estar presente a cada situação no dia a dia: “Juro exercer a profissão farmacêutica com honra, zelo e consciência, seguindo sempre os preceitos éticos e jamais causando qualquer prejuízo à saúde”. especialmente quem opta por estar à frente de um estabelecimento, ou seja, ao se assumir a responsabilidade técnica de uma farmácia e drogaria deve-se ter claro o real significado da palavra res-
A responsabilidade de quem escolhe ser farmacêutico, um profissional de saúde, está implícita desde os primeiros passos
ponsabilidade. a primeira e indiscutível atribuição é prestar assistência técnica efetiva ao estabelecimento com o qual mantém vínculo profissional, conforme os horários contidos no termo de compromisso perante o conselho regional de Farmácia do estado de são Paulo (crF-sP). É um direito da população ser assistida por um farmacêutico ao entrar em uma farmácia ou drogaria. o farmacêutico deve cumprir o código de Ética da Profissão Farmacêutica e toda legislação sanitária e profissional vigente, cujas determinações são fiscalizadas pelo crF-sP. É importante lembrar que o profissional não deve permitir a utilização do seu nome por qualquer estabelecimento ou instituição onde não exerça pessoal e efetivamente sua função, e que as atribuições exclusivas do profissional – manipulação de medicamentos, venda de medicamentos controlados, aplicação de injetáveis, aferição de pressão, medição de glicemia, perfuração do lóbulo auricular e outras atividades privativas – são indelegáveis. em caso de necessidade de ausência, o farmacêutico responsável técnico deve comunicar o conselho regional de Farmácia do estado de são Paulo, conforme prevê o Código de Ética da profissão. As ausências programadas devem ser reportadas com pelo menos um dia de antecedência. alguns exemplos de ausências previamente agendadas: reuniões, cursos, férias e outras situações. nestes casos, o farmacêutico deverá esclarecer o motivo no momento de preencher o formulário (veja mais informações no quadro). em situações em que não é possível agendar
saiBa mais Na Internet, acesse www.crfsp.org.br
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O farmacêutico deve cumprir o Código de Ética da Profissão Farmacêutica e toda legislação sanitária e profissional vigente, cujas determinações são fiscalizadas pelo CRF-SP
previamente a ausência, como por exemplo, doença, acidente pessoal e óbito familiar, a comunicação ao crF-sP deve ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco) dias após o inicio do período de afastamento. a falta de assistência farmacêutica é uma etapa que, hoje, em se tratando de estabelecimentos privados, foi praticamente superada: cerca de 90% das farmácias e drogarias do estado de são Paulo contam com responsável técnico presente em período integral. O desafio agora é que este profissional ofereça serviços com qualidade aos usuários de medicamentos. Para tanto, o crF-sP não mede esforços, e mantém publicações, vídeos, cursos, campanhas de educação e saúde, fiscalização orientativa e uma grande estrutura à disposição do farmacêutico para que ele possa estar preparado para exercer suas atividades com excelência. regulamentada pela rDc 44/09 e as instruções normativas 9 e 10, a prestação de serviços é uma grande vitória para a classe farmacêutica, que poderá atender seu paciente de forma diferenciada e, com isso, agregar valor ao seu trabalho de dispensação de medicamentos. Hoje, o estabelecimento que oferece serviços tem um diferencial para ganhar ainda mais a credibilidade do paciente, tornando-se referência em saúde para a população. As recentes mudanças na profissão farmacêutica inserem o profissional em um patamar diferenciado e alcançado por poucas profissões. A responsabilidade deve estar sempre implícita, seja ao assumir um estabelecimento, ao realizar qualquer procedimento e, em especial, ao lidar tão diretamente com vidas.
cÓDiGo De Ética Da proFissÃo Farmacêutica
Art. 12
– O farmacêutico deve comunicar ao Conselho Regional de Farmácia, por escrito, o afastamento de suas atividades profissionais das quais detém responsabilidade técnica, quando não houver outro farmacêutico que, legalmente, o substitua.
§ 1º
– A comunicação ao Conselho Regional de Farmácia deverá ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco) dias após o afastamento, quando este ocorrer por motivo de doença, acidente pessoal, óbito familiar, ou outro, a ser avaliado pelo CRF.
§ 2º
– Quando o afastamento for motivado por doença, o farmacêutico ou seu procurador deverá apresentar à empresa ou instituição documento datado e assinado, justificando sua ausência, a ser comprovada por atestado, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3º
– Quando o afastamento ocorrer por motivo de férias, congressos, cursos de aperfeiçoamento, atividades administrativas ou outras atividades, a comunicação ao Conselho Regional de Farmácia deverá ocorrer com antecedência mínima de 1 (um) dia.
Dr. marcelo Polacow Bisson é vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo
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A sedução saudável do merchandising Do Ponto De VistA De suA imPortÂnciA, o ponto de venda (PDV) tem papel fundamental nas decisões de consumo. são consideradas de “merchandising puro” as ações de ponto de venda que envolvem ou não o produto, mas têm como objetivo específico estimular a decisão final de compra do consumidor – o que nada mais é do que uma ação de apoio à publicidade na formação e no fortalecimento da imagem de produtos e empresas. Quando não há diferenciais significativos entre grandes concorrentes, momentaneamente o merchandising pode ser o diferencial, pois é a estratégia que mais se aproxima do público e interage de maneira mais direta com ele. as ações realizadas no ponto de venda estimularão o impulso final de compra, induzindo o consumidor a preferir a marca que estiver exposta e que conseguir estimulá-lo com maior ênfase. são três os objetivos do merchandising: vender mais e melhor, incrementar o número de consumidores e reduzir custos.
a grande importância do merchandising está no fato de ele ser a soma de ações promocionais e materiais de ponto de venda que controlam o último estágio da comunicação mercadológica no momento da compra. tendo-se em vista a necessidade de investimento em comunicação para atrair o consumidor ao PDV, este se torna o ponto principal da decisão de escolha entre várias marcas concorrentes de todos os produtos de categoria expostos em uma farmácia ou drogaria. É considerado varejo a empresa que apresenta mais de 50% de sua receita na venda ao consumidor final. O varejo é o principal elo de ligação entre os fabricantes e os consumidores de produtos: compra-se do fabricante uma grande quantidade de vários produtos e vende-se pequenas quantidades ao consumidor final. o termo breaking bulk (quebra de
volume) é utilizado, tecnicamente, para designar a função de se comprar em grandes quantidades para a venda fracionada ou, em pequenas quantidades, para o consumidor final. a palavra retail (varejo) deriva da palavra francesa taillier, que significa cortar, recortar ou reduzir o tamanho. o varejo engloba todas as atividades de venda de bens e serviços diretamente aos consumidores finais, especialmente sem atravessadores. Divide-se o varejo em três tipos principais: varejistas com loja, varejistas sem loja e organizações de varejo. a farmácia e a drogaria são varejistas com loja, algumas em rede, em um total de mais de sessenta mil PDV´s no Brasil. Do ponto de vista de comunicação, o merchandising requer uma administração complementar nas
Profa. MS. Sandra Pires de Almeida Mestre em Administração (UNIP), pós-graduada em marketing (extensões no RIT/EUA), publicitária (UIMES) e diretora de criação para ações de merchandising, promoções, relacionamento, brand, comércio eletrônico e vendas nos setores de varejo, moda, bancário, turismo e construção civil. Professora universitária há 12 anos.
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pdV Por Sandra Pires
O merchandising pode ser o diferencial (de um negócio), pois é a estratégia que mais se aproxima do público e interage de maneira mais direta com ele
decisões de marketing e no planejamento anual de uma empresa, tendo-se em vista que a ação de merchandising pode acontecer no ponto de venda independentemente da campanha de comunicação publicitária exibida nos veículos de comunicação. o merchandising é uma estratégia adequada aos produtos e serviços focados no varejo e, em particular, no varejo farmacêutico. cabe ao gerente de marketing ou gerente
de produto de um fabricante de qualquer item exposto em uma farmácia ou drogaria analisar a melhor estratégia de ação neste ponto de venda e, juntamente com a agência de publicidade, decidir a forma de comunicação e o tipo de peça a ser usada (comunicação visual, quantidade, colocação, reposição, distribuição). os grandes perigos desta questão consistem no uso indevido dessas ferramentas na divulgação de medicamentos, ou na farmácia se transformar em um verdadeiro shopping center de livre escolha e sedução, além do seu perfil de utilidade pública. o estabelecimento
está sujeito ao risco da super exposição e exibitécnica de vários produtos e seus concorrentes em um espaço físico disputado pelo produto, pelo consumidor e pela comunicação visual, além das gôndolas, atendentes, equipamentos e materiais comuns em qualquer loja de varejo. sendo o varejo o ponto de encontro entre quem quer vender, quem quer expor e quem deseja comprar, com o tempo e a mudança no comportamento do consumidor, o ponto de venda ganhou status e também concorrentes. Para conquistar a preferência do consumidor, as farmácias e drogarias se adaptaram aos fatores de layout de loja, tráfego de clientes, tempo médio de permanência e ciclo de
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pdV vida do consumidor, em detrimento do tipo de produto consumido, segmentos de mercado e novas categorias de produtos, formas de pagamento e serviços agregados, bem como da sinalização interna e dos produtos nas gôndolas. entre os tipos mais comuns de layouts de interior para estabelecimentos varejistas encontra-se o tipo grid, que tem por característica principal conduzir ao auto-serviço e maximizar as vendas. Porém, com a nova legislação, o medicamento deve ficar posicionado somente atrás do balcão. Propaganda, somente se for institucional e de utilidade pública. a promoção de vendas de medicamentos não é permitida. o público do varejo farmacêutico é bastante diversificado: vai do jovem da balada ao morador da vizinhança, e inclui também quem está de passagem na rua e necessita de uma ambientação versátil e não conflitante. Para diversos públicos existem diversos produtos e serviços. O desafio é usar o merchandising como ferramenta de vendas e de comunicação, sem agredir o espaço físico e de forma que haja a interação necessária entre o farmacêutico, atendentes,
gerentes e seus consumidores. seduzir, sem agredir; convencer, sem impor a venda. ao entrar em um varejo, o consumidor leva de cinco a 15 passos para reduzir a velocidade e se acostumar com a iluminação interna. a entrada de varejo é chamada de área de descompressão, e não é recomendável exibir nela os itens mais valiosos. a sinalização geral pode ser feita de diversas formas, mas é importante que estejam adequadas a arquitetura do local e a comunicação visual da marca da empresa. Quando o consumidor identifica claramente o valor do produto, a venda é mais rápida. Por isso, tanto o layout do local quanto a exposição dos produtos devem estar de acordo com a política de preços praticada. a loja seduz por demonstrar que tem tudo o que o consumidor precisa para decidir por si só, sem que ele se sinta iludido por uma atmosfera de compra. em outros tipos de varejo, esta sedução visual no ambiente é perfeitamente pertinente – como no mercado da moda, por exemplo. no varejo farmacêutico, esta prática é considerada abusiva. Vale ressaltar que os programas
de fidelização realizados em farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, não podem ter medicamentos como objeto de pontuação, troca, sorteios ou prêmios. Quando informado um valor porcentual do desconto e/ ou o preço promocional do medicamento, o preço integral praticado pela farmácia ou drogaria também deve ser informado na ação de merchandising. e a distribuição de amostras grátis de medicamento ao consumidor final é proibida no varejo. as boas práticas em propaganda, merchandising e comunicação no varejo farmacêutico estão sujeitas à legislação Federal e às normas da anvisa. o varejo farmacêutico pode usar as seguintes ferramentas para divulgar a empresa: palestras de utilidade pública; patrocínio de ações sociais de saúde pública no bairro ou município; abordagem de propaganda institucional nos meios de comunicação; além de revistas ou news institucionais, com caráter informativo. são ações práticas saudáveis que podem seduzir o consumidor pela credibilidade e gerar fidelidade ao ponto de venda farmacêutico.
reFerênciAs BiBLiogrÁFicAs ANGELO, Cláudio Felisoni de. Marketing de Relacionamento no Varejo. São Paulo: Saint Paul, 2004 BLESSA. Regina. Merchandising no Ponto de Venda. São Paulo: Atlas, 2001 BORGES, C. O varejo e o comportamento do consumidor. UFRJ 2001 www.ufrj.br COSTA & CRESCITELLI. Marketing Promocional para mercados competitivos. São Paulo: Atlas, 2003 CHIESA. Giorgio A. Enrico. Aspectos de Marketing in PDV 10 – Programa de Desenvolvimento do Varejo, Bayer HealthCare. São Paulo: Sincamesp, 2008 KEYERS. R.A.; CUSCHMAN, R.A . Essentials of Retail. New York. Fairchild. 1977 KOTLER. Philip. Administração de Marketing. 10 a. ed. Prentice Hall, 2000 LAS CASAS. Administração de Vendas. São Paulo: Atlas, 2004 LAZONICK, Willian. Business organization and the muth of the market economy. NY: Cambridge/USA, 1993 LEVY, Michel & WEITZ, Barton. Administração de Varejo. São Paulo: Atlas, 2000 LUPETTI, M. Planejamento de Comunicação. São Paulo: Futura, 2000 McGOLDRICK. P. L. Retail Marketing. Londres: McGraw Hill, 2002 PETERSON, Robert. The future of US Retailing. IC Institute: NY, 1992 ZENONE & BUAIRIDE. Marketing da Promoção e Merchandising. São Paulo: Ed. Thomson, 2005
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atEnção ao paciEntE Por Jean Leandro dos Santos
Atenção Farmacêutica: perspectivas de ação A Atenção FArmAcêuticA (AF) surgiu como uma necessidade por parte dos profissionais farmacêuticos visionados de uma prática mais humanizada e efetiva, tendo o paciente como alvo central de ação, pautados em uma utilização mais racional da farmacoterapia. o tema nos remete ao início da prática farmacêutica pelos boticários, profissionais que preparavam o medicamento, de maneira artesanal e com o pouco recurso terapêutico de que dispunham, de acordo com as necessidades do paciente. com a revolução industrial e as grandes guerras mundiais, a necessidade de produção em larga escala dos medicamentos passou a ser uma urgência. assim, o acesso aos mesmos se ampliou, e o surgimento de novas classes terapêuticas melhorou a qualidade e aumentou a expectativa de vida da população. entretanto, uma desvantagem dessa situação é que os pacientes deixaram de ser considerados, em sua totalidade, como foco de atuação do profissional. As doses dos medicamentos passaram a ser comercializadas de acordo com a conveniência da indústria, sem que se levassem em conta as necessidades específicas do paciente.
esta é uma condição muito séria, uma vez que quem define a dose para o tratamento de uma doença é o paciente, e não o medicamento. explico: quem caracteriza que, para mim, a dose antiinflamatória do ácido acetilsalicílico é 400 mg, e não os 500 mg convencionalmente comercializados? Pode ser, por exemplo, que, na dose de 500 mg, o mesmo fármaco seja capaz de me causar desconforto gastrintestinal intenso, expondo meu organismo a um efeito adverso. além desta situação, os farmacêuticos começaram a perceber que sofrem uma limitação em suas ações, pois estavam condicionados ao mero processo de dispensação, sem qualquer preocupação com o usuário do medicamento. com a inquietação dos farmacêuticos em relação à limitação de suas ações, surge uma discussão que coloca novamente em evidência a necessidade de se focar em ações voltadas ao paciente. surge daí a Farmácia clínica, que posteriormente derivatiza naquilo que hoje conhecemos como atenção Farmacêutica. segundo a organização mundial da saúde (oms), a atenção Farmacêutica pode ser definida como: “um conceito de prática profissional, na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farma-
O farmacêutico é responsável, junto com o paciente, pela farmacoterapia proposta pelo prescritor
cêutico. A AF é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e
Prof. Dr. Jean Leandro dos Santos é farmacêutico e professor das disciplinas de Atenção Farmacêutica na graduação e pós-graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas – UNESP Araraquara 30
A ePharma é a líder no mercado brasileiro de gerenciamento de benefícios de medicamentos e a maior concentradora de farmácias credenciadas ao Programa Farmácia Popular. Com seu sistema autorizador, adequado aos modelos do sistema da Farmácia Popular, a ePharma tornou-se a primeira empresa capacitada como concentradora das conexões das farmácias privadas ao Datasus. Além da conectividade como concentradora, a ePharma oferece o ePharma Gere (Gerenciamento Eletrônico de Receituário) – uma ferramenta integrada ao sistema autorizador que, com o suporte de um equipamento multifuncional ou scanner, gera uma cópia digital, permitindo que cada receita médica possa ser armazenada e consultada a qualquer momento em um ambiente web. Para contar com os serviços da ePharma, basta acessar a área de credenciamento e preencher o cadastro em nossa página www.epharma.com.br/farmaciapopular.
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atEnção ao paciEntE É reconfortante sentir que alguém se preocupa com minha condição de saúde. Certamente, a farmácia que executar a Atenção Farmacêutica terá um diferencial em relação àquela que não apresenta na qualidade de vida do paciente” [1] . É, enfim, uma nova prática profissional, que não está relacionada às atividades até então prestadas pelos farmacêuticos. curiosamente, artigos mostram que alguns farmacêuticos, quando questionados se praticam ou não a aF, dizem prestar esse serviço, crendo que este se limita a orientações no momento da dispensação. Nesta nova prática profissional, as ações ultrapassam esta atividade, sendo o farmacêutico responsável, junto com o paciente, pela farmacoterapia proposta pelo prescritor. nesse sentido, uma ferramenta indispensável é o segmento/acompanhamento farmacoterapêutico que, segundo o consenso Brasileiro de atenção Farmacêutica, pode ser definido como: “um componente da Atenção Farmacêutica e configura um processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por meio da detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática, contínua e documentada, com o objetivo de alcançar resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de vida do usuário” [1]. Quando detectados problemas com a farmacoterapia, o farmacêutico deve trabalhar em cooperação com o prescritor na busca da melhor solução. neste processo, o farmacêutico passa a ser mais ativo, tendo como ferramenta o medicamento e, como foco, o pacien-
te. um fato curioso é que, nesses mesmos estudos sobre a prática de AF, muitos profissionais que não a realizavam diziam se sentir incapazes e inseguros com as “novas” atividades. essa é uma situação interessante, que nos faz pensar sobre o modelo de atividade farmacêutica que temos atualmente. Afinal, nenhuma dessas atividades deveriam ser novas, e tampouco o profissional deveria sentir-se intimidado em praticá-las. a intimidação me parece um reflexo da atual formação dos profissionais nas universidades, com poucas disciplinas voltadas à formação humanística, ao uso adequado da farmacoterapia e aos conhecimentos clínicos para orientação dos usuários de medicamentos. atualmente, a rDc 44, de 17 de agosto de 2009, que dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas em farmácias e drogarias, regulamenta a atenção Farmacêutica. Vivemos, então, um momento em que as discussões sobre este serviço já deviam estar consolidadas e sendo praticadas nas farmácias e drogarias do país. entretanto, a situação real não é bem assim. Particularmente, tive há pouco tempo, no município em que vivo, uma experiência negativa. o estresse do dia-a-dia me tirava o sono, por isso fui buscar em uma drogaria o auxílio do farmacêutico. já havia tentando medidas de modificação da higiene do sono, porém nada havia funcionado. Fui até uma farmácia para que um profissional me aconselhasse
sobre a uma possível automedicação responsável. Perguntei ao farmacêutico: “o que você tem para diminuir meu nervoso e melhorar meu sono?”. O farmacêutico pegou um medicamento fitoterápico de venda livre, me entregou e disse: “O caixa é logo ali”. Fiquei indignado com a situação. ele sequer me perguntou o que eu tinha, exatamente! como ele sabia que aquele medicamento era o melhor para minha condição? Pior me senti quando soube que o tal medicamento era bonificado. Daí entendi que a real preocupação dele era somente com a venda, e não comigo. seguramente, esta é uma farmácia que não retorno! e creio que é nesse aspecto que os profissionais de pequenas farmácias e drogarias devem se atentar. Atenção ao paciente significa fidelização ao estabelecimento. Afinal, é reconfortante sentir que alguém se preocupa com a minha condição de saúde. certamente, a farmácia que executar este serviço terá um diferencial em relação àquela que não apresenta. atualmente, percebo que o controle da produção de medicamentos é bem regulado, entretanto, os serviços de atendimento ainda deixam a desejar. Quando encararmos a atenção ao paciente como uma prática rotineira, certamente teremos supridas nossas necessidades de valorização profissional e autodesenvolvimento, e seremos capazes de contribuir para melhorias efetivas no sistema de saúde de nosso país.
*[1] Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica - Proposta (PDF). Organização Panamericana da Saúde e parceiros. Brasília: OPAS, 2002. 32
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