Revista Marambaia - Edição 40

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Ed.

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/ Jul-AGO

2012

CHILE O charme e a exuberância de um hotel-vinícola localizado na região de Valparaíso

GASTRONOMIA Cazuela: a simplicidade e o sabor de um prato muito apreciado pelos chilenos

CARROS ANTIGOS Conheça e apaixone-se por uma coleção de máquinas invejáveis

ILUSTRAR É UMA ARTE Murilo Martins, um artista entre os Marambaenses




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Quadragésima edição

com cara de debutante o desafio de reformular a Revista Marambaia, dando à publicação uma cara nova, mais arejada e com um equilíbrio entre os assuntos do condomínio (com suas demandas específicas), além de pautas mais abrangentes, como viagem e gastronomia, foi o que nos guiou. é como dizem: apontamos para o norte e seguimos com determinação e muito trabalho. em resumo, a revista passa por diversas etapas até ‘sair do forno’ prontinha. Para começar, são definidas as editorias ou seções; depois, há muita conversa e ideias para que o diretor de arte dê uma ‘cara’ nova à revista; na sequência, estruturamos a pauta e começamos as entrevistas, fotos, apuração de informações, etc.; tudo isto posto, é hora de escrever, diagramar e enviar para a gráfica. agora, com a esperada edição 40 entregue, embora com um pouco de atraso, chegou o momento de ouvir você, caro leitor. Mande seus comentários, sejam críticas, propostas ou elogios. sua participação é fundamental para nós. nosso e-mail é o: administracao@ condominiomarambaia.com.br. nesta edição, que retrata a força do Marambaense, contamos com a colaboração de muitos moradores, tais como Thoshio Katsurayama, armando Borges, nilson Carratú, Murilo Martins e e. C. vasco. nas próximas edições, queremos prestigiar outras figuras ilustres do Marambaia, por isso contamos com as suas sugestões; também apelamos para que as mulheres do empreendimento nos procurem, de forma que possamos ter um toque feminino na revista. é isto caro leitor. esperamos que leiam e, sobretudo, apreciem a nova Revista Marambaia! um grande abraço, Equipe Revista Marambaia

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EditOriAl


Conselho Editorial Condomínio Marambaia david deBes neto e irMa Cristina siMaroLi

HistóriAs dAqui

MAdE in MArAMBAiA

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rEGiãO

MãOs à OBrA

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BicO dE PEnA

BicO dE PEnA

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HistóriAs dE lÁ

PauLo ZuPPa

GAstrOnOMiA

EstilO

EstilO

Executivos de negócios

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cAiXA dE cOrrEiO

últiMA PÁGinA

MEiO AMBiEntE

Diretoria Luana GarCia e MárCio PaduLa CariLe

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Produção e publicação FontPress CoMuniCação

av. Pavão, 955, cj. 85, Moema são Paulo, sP – CeP 04516-012 (11) 5044-2557 e 5041-4715 fontpress@fontpress.com.br Jornalista responsável

MárCio PaduLa CariLe (MtB 30.164)

Editora-chefe

Luana GarCia (MtB 43.879)

MurAl dE rEcAdOs

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Reportagem áurea Fortes, Luana GarCia e MárCio PaduLa CariLe

Fotografia CheMa LLanos

Colaboração andré soares

Direção de arte WaGner Ferreira

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Secretária de redação MiCheLe rodriGues

Diretora executiva anGeLa CastiLho

Diretor comercial

aLyne CaLado e renato CariLe

Impressão Para anunciar (11) 5044-2557 e 5041-4715 fontpress@fontpress.com.br

Publicação bimestral, custeada integralmente por anunciantes. é proibida sua reprodução total ou parcial, sem autorização por escrito da editora. a Fontpress Comunicação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias, bem como dos artigos assinados inclusos nesta edição.

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74 EXPEdiEntE/ÍndicE

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Reflorestamento ecológico às margens de córrego

Gabião ecológico implementado, de forma pioneira, no Marambaia tem custo reduzido e resultado eficaz 10

MEiO AMBiEntE


Por Áurea Fortes

É

pleno o comprometimento da administração do Marambaia com o meio ambiente. seja nos cuidados tomados pela equipe de manutenção, ou nos procedimentos adotados junto aos condôminos e órgãos competentes no que diz respeito à supressão de árvores no residencial, a responsabilidade para com a preservação do verde no condomínio é latente. o Marambaia conta com 56 áreas verdes, que formam diversos corredores ecológicos entre as vias de circulação e as residências. esses caminhos

constituídos por árvores, plantas, córregos e lagos totalizam, aproximadamente, 420 mil metros quadrados, o que corresponde a 16% da área total do residencial. além disso, por se tratar de um condomínio com mais de 35 anos, os 43 quilômetros de ruas são ladeados por calçadas arborizadas por espécies adultas, e a maioria das 1.300 residências têm seus jardins com forte apelo paisagístico. em suma, o verde prevalece no residencial. há, no departamento de engenharia do Condomínio, um setor exclusivo de Meio ambiente – ou uma subdivisão do departamento –, coordenado por


trechos de erosão de margens de um dos córregos do residencial. as principais vantagens desta alternativa são, além do apelo ambiental, o custo final e o tempo de execução da obra. a canalização a partir do gabião ecológico, que é preenchido com solo e sementes de vegetação rasteira, em especial a braquiária, surgiu, por sua vez, de uma proposta da própria Maccaferri em criar um trecho experimental durante o processo de desenvolvimento do produto pela empresa. em outras palavras: o Marambaia cedeu o

Lia Ponzoni, que se responsabiliza pela manutenção do paisagismo dos parques, preservação das áreas verdes e pela emissão de autorizações de retirada de árvores, juntamente com o departamento de Meio ambiente da Prefeitura Municipal de vinhedo. Com tanta atenção à natureza, há alguns anos, quando surgiu um problema de inundação no Marambaia, veio a ideia de recorrer à canalização com o chamado gabião no seu modelo tradicional, apresentado pela empresa Maccaferri América Latina. a solução foi então implementada em

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engenheiro alexandre Marcos teixeira, gerente de operações da Maccaferri América Latina, o MacSoil®, nome dado ao gabião implementado no Marambaia, tem um caráter ainda mais ecológico porque permite utilizar o solo local como enchimento no lugar das pedras – consideradas insumos não renováveis –, além de permitir a rápida recuperação da vegetação local.

córrego e, a Maccaferri, o material e a mão-de-obra. Com isso, o condomínio ganhou um trecho a mais de contenção, e a empresa, um local para testar seu novo produto em condições reais. “Por se tratar de um elemento que utiliza materiais naturais para enchimento – pedra ou terra –, seguramente o impacto ambiental é bem menor do que em outros tipos convencionais de estruturas. o resultado aparece no aspecto visual e na recuperação do meio circundante”, destaca Michele Carraro, responsável pelo departamento de engenharia do Marambaia.

o MacSoil® também difere do gabião convencional pelo formato trapezoidal – o tradicional possui forma de cubo. no novo modelo, a face inclinada permite o melhor desenvolvimento da vegetação e contém mantas que confinam o solo, evitando a fuga e protegendo as sementes ou mudas em fase de germinação. segundo o engenheiro alexandre teixeira, a ideia surgiu justamente ao se observar que, nos locais de obras, é mais fácil encontrar solo do que pedras. isso sem contar a forte tendência na engenharia pela busca por soluções ambientalmente mais adequadas. “o objetivo é proporcionar mais uma solução Maccaferri ao mercado, por meio da variação dos gabiões já existentes, mantendo a versatilidade construtiva e eficiência de técnicas de engenharia já consolidadas no mundo”, afirma teixeira.

GABiãO EcOlóGicO em sua forma original, o gabião já é considerado ecológico devido ao seu baixo impacto ambiental, já que não gera uma barreira intransponível entre o terreno natural e o curso d’água. de acordo com o

trata-se da primeira obra executada em caráter privado. outras já estão em andamento no campo experimental da Maccaferri no Peru e na argentina, com o objetivo de avaliar o comportamento em diferentes climas e solos.

“Por se tratar de um elemento que utiliza materiais naturais para enchimento – pedra ou terra –, seguramente o impacto ambiental é bem menor do que em outros tipos convencionais de estruturas”, destaca Michele Carraro 14

MEiO AMBiEntE



Por Luana Garcia

Paixão antiga

Com uma coleção invejável de carros antigos, o condômino Nilson Carratú preserva a história com muito estilo

e

ntrar na garagem do condômino nilson Carratú, 61 anos, faz a imaginação da gente voar. de cara, chamam a atenção o Impala SS, imponente e espaçoso, com estofados de couro vermelho sangue, e o Chevrolet 17, impecavelmente conservado, que remete a filmes antigos, de épocas em que os automóveis ainda disputavam espaço com cavalos e bondes. este último entrou na vida

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HistóriAs dAqui

do sr. nilson ainda criança, quando ele tinha apenas nove anos. um presente do pai, que transmitiu ao filho a paixão por carros antigos. “eu praticamente nasci em meio aos automóveis antigos. Mas, como colecionador, comecei por volta de 1968”, recorda. nilson diz, aos risos, que não se considera um “colecionador” de carros, e sim um “viciado” neles. no anos 90, quando se mudou com a família para



o Marambaia – “gosto de tudo aqui no condomínio, sobretudo do verde abundante e da tranquilidade” – precisou abrir mão de um jardim na frente de sua residência para construir a espaçosa garagem. Mas não considere isso uma troca injusta, ao contrário. o local abriga hoje mais de dez preciosidades, entre eles dois Austin Princess – um preto e um branco –, um Dodge com ar condicionado, um Packard 1938 e uma Jardineira de 1926. sem contar o Rolls Royce preto, raríssimo e em pleno funcionamento, que carrega no currículo serviços prestados à Presidência da república, mais precisamente a Getúlio vargas. “é um dos automóveis

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HistóriAs dAqui


“Eu praticamente nasci em meio aos automĂłveis antigos. Mas, como colecionador, comecei por volta de 1968â€?, recorda Nilson


mais históricos do Brasil. saindo da Presidência, ele pertenceu ao assis Chateaubriand (famoso jornalista e empresário das Comunicações), mas foi retido pela Justiça para pagamento de dívidas trabalhistas quando suas empresas faliram. namorei esse carro por muito tempo, mas só conseguí comprá-lo quando foi a leilão, em 1994”, conta.

O Rolls Royce preto que transportou Getúlio Vargas; acima, sua certidão de posse

sob os cuidados zelosos do sr. nilson, o Rolls Royce manteve sua nobre vocação. hoje ele é um dos veículos mais requisitados para levar noivas à porta do altar. é que, para manter a sua paixão e os gastos altíssimos com o restauro e manutenção dos automóveis, nilson fundou, há alguns anos, a Nil’s Car, empresa de aluguel de carros para casamentos e outros eventos especiais, tais como bodas e aniversários de 15 anos. “sou colecionador porque gosto, e não porque tenho muito dinheiro. Felizmente, com a empresa conseguí unir o útil ao agradável.”

“Sou colecionador porque gosto, e não porque tenho muito dinheiro. Felizmente, com a empresa conseguí unir o útil ao agradável.” 20

HistóriAs dAqui


Mesmo desfrutando há anos da companhia de seus automóveis, nilson mantém a rotina diária de trabalho em cada um deles, e não perde a chance de exibi-los semanalmente pela vizinhança. “À noite sempre ‘me interno’ por algumas horas na garagem para trabalhar. e passeio com eles praticamente todos os finais de semana.” a esposa, edenise, por sua vez, sempre deu todo o apoio e incentivo ao hobby do marido. “Com o passar dos anos, acabei passando essa paixão para ela.


edenise até fundou e mantém um clube próprio, a Sociedade Feminina de Automobilismo, que hoje conta com 150 sócias, todas esposas de apreciadores de carros”, diz. Mas na garagem do sr. nilson também há espaço para outras relíquias. há uma estante repleta de pequenos objetos – um verdadeiro museu pessoal. são peças aleatórias, como placas, jogos e canetas, de diferentes épocas. “o Brasil, infelizmente, não dá muito valor à sua história. Mas aqui, eu considero que estou fazendo a minha parte para preservá-la”, garante. deixamos sua garagem certos de que ele tem razão.

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HistóriAs dAqui

BOX Nil’s Car rua Bebedouro, 480, Condomínio Marambaia vinhedo – sP tels.: (19) 3876.2957 / (19) 7807.2055 id 89*26895 e-mail: emcarratu@uol.com.br www.nilscar.com.br



Dos pincĂŠis ao computador


O ilustrador Murilo Martins começou a trabalhar em agências quando ainda era muito jovem, aos 16 anos. Hoje, cria e se renova em casa, no Marambaia

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ida de artista tem muitos desafios. o primeiro deles é sobreviver ao perfeccionismo, tão peculiar quanto fundamental. depois vem a necessidade de escutar o silêncio e viver a calmaria. essas são algumas das regras para o ilustrador Murilo Martins atuar criteriosamente, dando muito de si em obras publicadas em revistas, capas de livros, de Cd’s, quadros e tudo o mais em que ele já deixou seu traço. Começou a carreira aos 16 anos, como ilustrador, e viveu fases de mudanças profundas na arte. no Clube dos Ilustradores do Brasil, como vice-presidente, esteve em exposições nos anos 80 e 90 no Mis (Museu da imagem e do som de são Paulo), e no MasP (Museu de arte de são Paulo). Já se aventurou a fazer jogos eletrônicos, ilustrações para a área médica, de aves e animais. seu traço já percorreu o mundo. atuou em produtoras, estúdios, editoras, institutos governamentais e até indústrias. Com o passar dos anos uniu duas paixões, a gravura e os aviões.

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versátil, sempre que pode dedica seu tempo para pesquisar assuntos relacionados a um novo livro de sua autoria, e a curtir a natureza do Condomínio Marambaia, onde preserva bons amigos e refugia-se para criar e viver em família. cOnfirA A EntrEvistA: Revista Marambaia: Como você ingressou na carreira? Murilo Martins: Comecei a trabalhar aos 16 anos em agência de publicidade e fui até os 25 anos. trabalhei em várias e em diferentes funções, dentre elas norton Publicidade, Pontual, rené ribeiro, house e a extinta Christian Gray. Conheci muita gente lá dentro e tive a chance de trabalhar com desenvolvimento de embalagem, layout, arte final e produção fotográfica. Com 25 anos, saí para fazer o estúdio, que começou a dar mais lucro, e tive de optar. Revista Marambaia: Como você encontrou suas diferentes áreas de atuação? Murilo Martins: eu queria ser piloto, então fui estudar para ser piloto. Queria fazer publicidade, mas gostava muito da parte individual e fechada da arte, e optei por ela. a aviação demorou um pouco mais de tempo para se juntar ao desenho. eu trabalhava com arte e gostava de avião. Revista Marambaia: Por que demorou um pouco mais? Murilo Martins: Comecei a pintar a aviação, fiz alguns quadros, mas desisti logo porque não tinha aonde pôr. não tinha veículo. não tinha porque, não tinha razão, não me dava dinheiro e eu não conseguia trabalhar com aquilo. Quando surgiu a Revista Aero Magazine, o hamilton Marcos Fernandes e o roberto Pereira de andrade me chamaram para fazer as ilustrações, e comecei a juntar os dois interesses – isto foi nos anos 80.

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Revista Marambaia: Nessa época você conseguia viver das suas pinturas? Murilo Martins: trabalhava com publicidade e ela sempre foi muito forte. Revista Marambaia: Na arte a referência de inspiração muda? Murilo Martins: antigamente existia o desafio, quando começamos a trabalhar com aerografia e tintas acrílicas, era um fascínio. nós nos dedicávamos demais. havia um envolvimento, nós tínhamos pouco tempo para realizar as coisas. trabalhávamos aos finais de semana, a madrugada inteira para fazer o lançamento de produto de uma série de empresas. Fazer capa de revistas era uma


cOntAtO Murilo Martins tel.: (19) 3876.5375 imestudio@sider.net

coisa alucinante porque tinha dois ou três dias para resolver, e fazendo arte de alta qualidade. Produzir bastante e com qualidade era desafiante. Cheguei a pintar quadros e retratos de pessoas. tem um quadro de dois metros de altura por 2,20m. Cheguei a pintar o alexandre Quintas, que era um cavaleiro aqui da região, montando e saltando do Michelângelo, o cavalo dele, em um quadro de 2,50m de altura. Fiz uma série de fotos em provas hípicas, acompanhei. até montava e competia também na época, e quis fazer o retrato dele e de outras pessoas. Revista Marambaia: O que mudou na sua vida com a arte digital? Murilo Martins: Com o advento da arte digital a coisa ficou muito fechada, e eu comecei a trabalhar cada vez mais com avião e me afastei dos retratos e pintura. Minhas tintas até acabaram estragando. Revista Marambaia: Nas horas vagas você busca outros assuntos que fujam da aviação? Murilo Martins: ao contrário, eu mergulhei cada vez mais nesse mundo. Meu trabalho é especificamente ligado com ração animal porque trabalho com aviários, toda a linha de produtos deles e com a aviação. também escrevo. Já lancei o primeiro e estou fazendo o segundo livro sobre


“Hunt to PQ-17 Convoi”, por Murilo Martins. Leutnant Konrad Hennemann, of 17KG26, July 1942. Seconds before reaching the water and explode, Hennemann launched two torpedoes sinking the Cargo Navarino. ASAS ART

avião. o primeiro, “Intrusos”, é sobre caça noturna de longo alcance alemã, no período de 1940 a 1945. o segundo livro é sobre um conflito ocorrido na Mongólia, entre russos e japoneses, em 1939. o período é bastante crítico e desconhecido. esse livro novo já tem 15 anos de pesquisa, estou concluindo. a internet também facilitou muito na pesquisa. acabo me correspondendo com alguns estudiosos pelo mundo. Revista Marambaia: Você usa a tecnologia em sua vida. Foi muito difícil a transição para a arte digital? Murilo Martins: no começo a gente não acreditava na capacidade do computador. antes era tudo feito

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na mão. houve um período de transição. o pessoal da Aero Magazine incentivou. eu tinha muito receio no começo. a minha transição foi feita lentamente. Primeiro eu desenhava, colocava todo o traço, digitalizava a imagem, passava para o Photoshop e começava a trabalhar. Com o tempo fui vendo que aquilo era loucura, que não precisava e que muita gente ainda faz. alguns amigos trabalhavam com mesa digitalizadora, mas como o meu trabalho é muito técnico, eu não sentia necessidade da mesa e comecei a me adaptar ao próprio mouse – que os meus amigos falam que é como desenhar com uma sandália havaiana na mão. Passei do cheiro das tintas e da textura, com o envolvimento emocional, para o computador, técnico e frio.


“Eyes of Vastness”, por Murilo Martins. A Lockheed B-34 (PV-1) Ventura of 1o GBM (1o Grupo de Bombardeio Médico), Recife 1945. Returns from anti-submarine patrol over the Atlantic Ocean. ASAS ART

Revista Marambaia: Você dedica um intervalo de tempo para pintar ou desenhar? Murilo Martins: antigamente, era mais fácil, eu tinha mais tempo. antes das meninas nascerem, minhas duas filhas, hoje com 13 e 18 anos, eu me dedicava integralmente, e a inez Martins, minha esposa, estava comigo no estúdio. ela é uma artista, uma corelista de mão cheia. nós nos conhecemos dentro do clube de ilustradores. eu era vicepresidente do Clube dos Ilustradores, hoje extinto, e ela ficou um tempo lá. acabamos nos conhecendo e nos casamos em 1986. Revista Marambaia: A genética manda na sua família? Suas filhas gostam de pintar?

Murilo Martins: temos uma filha de 18 anos e outra de 13 anos. a Paula, a mais nova, tem o dom, mas eu tiro da cabeça dela. digo para não mexer com arte que vai se complicar. Minha filha mais velha, isabela, tem paralisia cerebral e a avó ajuda a cuidar dela. demanda mais cuidado e tenho de ficar atento a ela. Revista Marambaia: Quando você se mudou para o Marambaia? Murilo Martins: nasci no interior de são Paulo e me mudei para a capital quando era pequeno. Minha esposa é de são Paulo, nos casamos e mudamos para valinhos em uma chácara. Foi uma experiência inédita. éramos só nós dois e cachorros,


“Necessito de silêncio para pensar e completar meus pensamentos. Em outros locais não seria possível. Gosto de trabalhar em silêncio, de me concentrar.” 1998. Meu pai nunca morou aqui. depois de alguns anos com a casa dele fechada, vendemos a nossa e compramos a dele. Revista Marambaia: O condomínio mudou? Murilo Martins: o condomínio cresceu demais. tem muita gente e boa parte dela trabalha fora. Fico muito em casa. a inez trabalha no tribunal de Campinas. as filhas moram conosco, mas uma delas estuda e fica o dia todo fora. sem nada, até 1994, quando a primeira filha nasceu. era muito complicado, mas era só pintar. a casa era um estúdio. a chácara era grande, tínhamos três cavaletes gigantes pela casa, dezenas de telas, tinta a óleo para tudo quanto era lado, duas pranchetas e a vida era arte. a inspiração vinha, os clientes apareciam e passavam os trabalhos para a gente. em 1998 mudamos para o Marambaia. Revista Marambaia: Você já tinha se imaginado morando no Marambaia? Murilo Martins: Meu pai comprou um terreno aqui no lançamento, eu era adolescente. nunca imaginei que iria morar aqui. Compramos o segundo terreno. em 1994 meu pai resolveu construir a casa. Meu sogro, que já é falecido, era arquiteto e fez o projeto. Para ficar perto dele nós viemos para o Marambaia. Compramos um terreno na rua ourinhos, construímos a casa e nos mudamos para cá em

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Revista Marambaia: Morar no Marambaia ajuda no seu trabalho? Murilo Martins: necessito de silêncio para pensar e completar meus pensamentos. em outros locais não seria possível. Gosto de trabalhar em silêncio, de me concentrar. atualmente é meio complicado. Com a inez fora eu encabeço muitas tarefas e corro bastante para atender. Revista Marambaia: O que você mais gosta no Marambaia? Murilo Martins: ele é todo muito precioso. a vegetação, o meio ambiente, a possibilidade de caminhar e arejar. ajuda na resolução de problemas. Revista Marambaia: O livro é seu grande projeto em curto prazo? Murilo Martins: existem outros livros já projetados.



Comecei a trabalhar em três livros ao mesmo tempo, mas desisti dessa ideia porque você começa a ter muito elemento. então, dilui e perde energia. estou mais centrado e focado. trabalho como ilustrador e conselheiro editorial da Revista Asas, publicada pela C&r editorial. isso toma bastante tempo. a arte demora a ser feita. Para o avião exige-se um padrão de cor, o trabalho é insano. se trocar a cor ou uma insígnia de um avião a pessoa escreve para a revista e detalha. somos obrigados a trabalhar com padrões oficiais. dentro do computador digitalizo esses padrões e tenho de saber as cores, incluindo os detalhes dos óculos, do capacete. nesse padrão é inviável trabalhar sem a internet. nós nos tornamos praticamente escravos dela. Revista Marambaia: Como é o exercício do olhar? Murilo Martins: uma vez, em um concurso, foram feitos dois julgamentos. em um deles meus trabalhos ficaram em primeiro e segundo lugares, e no outro nem sei em qual posição. Mas isso é bastante significativo. Meu trabalho atual é voltado para editora. é feito para olhar na página da revista. não é para parede ou quadro, não é esse tipo de linguagem. você tem de enfiar o nariz nele. no primeiro julgamento, todos que estavam na mesa eram ligados de certa forma ao meio editorial e os trabalhos estavam impressos. então, existe uma vantagem porque foi feito especificamente para aquela área. no momento em que foram emoldurados e passados para a parede, eles não tinham mais relação. estavam competindo de certa forma com quadros a óleo, acrílico, guache, feitos especificamente para serem mostrados nesta

posição, vistos na parede e emoldurados. existe essa diferença e isso precisa ser compreendido. um trabalho tem um foco. assim é o exercício do olhar, sujeito a reflexos e brilhos. Revista Marambaia: No trabalho, gosta de ouvir opiniões? Murilo Martins: sem dúvida. Revista Marambaia: Você é muito detalhista? Murilo Martins: eu sou um chato. Às vezes volto para uma ilustração quando ela não me completa. acabo retornando e mexendo, mesmo quando ela já foi entregue.

“No começo a gente não acreditava na capacidade do computador. Houve um período de transição.” 32

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Dia Mundial do Meio Ambiente no Marambaia

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MurAl dE rEcAdOs


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or conta do feriado de Corpus Christi, o dia Mundial do Meio ambiente foi comemorado no Marambaia um pouco antes da data oficial – 5 de junho, - no primeiro final de semana do mês.

na sexta feira, dia 1°, o Clubinho eco-viva Construindo o Futuro, realizou uma atividade voltada para as crianças: uma oficina com orientações para o plantio de condimentos e hortaliças, com decoração de plaquinha de identificação da muda escolhida.

Já no sábado, 2 de junho, houve um encontro, na área verde da rua serra negra, foram adotadas cinco árvores – três resedás, um oiti e uma magnólia. as hortas suspensas, os bonecos e os comedouros para atrair pássaros – todos confeccionados com garrafas pet pelas integrantes do grupo de atividades artesanais – foram ofertados aos participantes. as atividades foram coordenadas em conjunto pelo Clubinho e pelo Grupo de artesanato, com a colaboração do departamento de Meio ambiente e da administração do Condomínio. veja alguns cliques! Fotos: Administração Marambaia


Marambaia, um aliado do crescimento de Vinhedo Desenvolvimento do comércio e demanda de moradores modificam a rotina e levam melhorias à cidade de Vinhedo

o Condomínio Marambaia abriga seis mil dos 64.869 moradores de vinhedo. os dados do iBGe de 2011 confirmam as dimensões da cidade administrada

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rEGiãO

pelo prefeito Milton serafim (PtB), e o maior investimento da cidade, localizado logo na entrada do município, o Marambaia. o administrador, que


é projetista e está em seu terceiro mandato, iniciou sua vida política em 1982, quando foi eleito o vereador mais votado. Profundo conhecedor do município, Milton reconhece a relevância do Marambaia e dos investimentos necessários para atender seus moradores. cOnfirA A EntrEvistA: Revista Marambaia: Qual a importância do Condomínio Marambaia para a cidade de Vinhedo? Prefeito Milton Serafim: é o maior condomínio da nossa cidade e, também, se localiza num ponto estratégico, na entrada de vinhedo. reconhecemos mais do que simplesmente a importância do condomínio, mas, principalmente os vinhedenses que nele residem, que são responsáveis, também, pelo desenvolvimento da nossa cidade. o Marambaia é um dos que se enquadram como modelo de gestão, até


“O povo de Vinhedo, de fato, é feliz. Porque reconhece na cidade um dos melhores lugares no Brasil para se viver, morar e conviver em família e com os amigos.”

por conta do número de condôminos, assim, a consequente complexidade em atender a demanda interna. a parceria com a prefeitura é essencial. Podemos destacar, inclusive, o reservatório de um milhão de litros de água que construímos para atender, essencialmente, os moradores que residem no condomínio e região, bem como o processo de implantação da rede interna de esgoto que está sendo interligada à nossa rede, que proporciona ao Marambaia integrar a importante marca conquistada em vinhedo, de 100% do esgoto coletado e tratado.

Revista Marambaia: Podemos afirmar que a cidade cresce em tamanho e importância proporcionalmente ao condomínio? Prefeito: eu diria que a cidade de vinhedo é privilegiada não só pela localização, clima e população. Mas também porque temos condições de estabelecer diretrizes que projetam o crescimento ordenado e planejado, sem trazer prejuízos para a nossa população, como vemos que ocorre infelizmente em algumas cidades que crescem de maneira desordenada e, assim, traz graves problemas sociais.

Revista Marambaia: Na opinião do senhor a presença do Marambaia na cidade exerce uma influência positiva sobre os moradores e o comércio locais? Prefeito: sem dúvida. Como dissemos, é o maior condomínio da nossa cidade e, consequentemente, representa muito para a cidade e o comércio. revela-se um público consumidor que atende ao perfil do comércio local e, portanto, contribui para a economia da nossa cidade. aproveito para parabenizar o Marambaia pela nova fase da revista. um canal de comunicação como esse é importante para divulgação e, ainda, integrar os condôminos sobre fatos e acontecimentos que envolvem a comunidade.

Revista Marambaia: Vinhedo é conhecida por possuir uma das populações com maior grau de felicidade do País – felicidade esta compartilhada pelos condôminos do Marambaia. A que se deve isso, em linhas gerais? Prefeito: o povo de vinhedo, de fato, é feliz. Porque reconhece na cidade um dos melhores lugares no Brasil para se viver, morar e conviver em família e com os amigos. sabemos que, como gestores públicos, temos uma grande responsabilidade em trabalhar, incessantemente, para que estas conquistas sejam renovadas e ampliadas, com novos projetos, novas ações que tenham sempre como foco manter a qualidade de vida que conseguimos recuperar, que tanto caracteriza a nossa vinhedo.

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rEGiãO



APOsEntE As sAcOlAs PlÁsticAs Em meio à polêmica da distribuição de sacolinhas plásticas nos supermercados, o grupo o Marambaia que Queremos propõe uma alternativa simples de artesanato que substitui o uso das mesmas em lixeiras. Acompanhe o passo a passo.

liXEirA dE JOrnAl Material - de uma a três folhas grandes de jornal. Como fazer 1. Forme um quadrado: faça uma dobra na vertical, marcando a metade da página da direita.

2. Leve a ponta de baixo, da direita, até a ponta esquerda de cima, formando um triângulo.

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MãOs à OBrA


3. dobre a ponta de baixo, à direita, até a lateral esquerda.

4. vire a dobradura para o outro lado, escondendo a aba que você acabou de dobrar. Leve a nova ponta da direita até a lateral esquerda outra vez.

5. Para formar a “boca”, enfie uma das pontas de cima do jornal na aba dobrada por último.

6. vire a dobradura e repita a sequência 5 com a outra ponta. abra a “boca” e coloque na lixeira.

sErviÇO o grupo O Marambaia que Queremos promove aulas gratuitas de artesanato todas as terças-feiras, na administração do condomínio. Participe! Fonte: Folhinha – jornal Folha de S.Paulo


O Marambaia e a Abadia de Scourmont

s

impáticas e atuais as palavras do sr. debes, nosso síndico, em seu primeiro editorial, de que a “administração é uma empresa que tem como cliente o condômino, e por ele deve trabalhar”. Concordo plenamente e, como sonhar e ousar não custa nada, cá estou a imaginar a forma de diversificar e otimizar os objetivos de nossa empresa.

empresa moderna tem de ter preocupações sociais, ecológicas, e de meio ambiente, então poderíamos ter creches para cuidar de nossas crianças, incluídas as de nossos funcionários, e um departamento encarregado das plantas, meio ambiente e animais domésticos. além de bons serviços de administração, segurança estaríamos levando aos “clientes”, bem como outros produtos e serviços.

a nossa empresa Marambaia é legalizada, registrada nos órgãos oficiais, tem colaboradores, receitas, diretoria, áreas comuns ociosas, água para irrigação e, também, clientes exigentes. temos muitas árvores e frutas nutritivas, tais como bananas, limões, laranjas, uvaias, amoras, mangas, jaboticabas, cajámangas, goiabas, pitangas, cerejas e várias outras. e ali, na rua ilha Bela, um abacateiro que ostenta belos frutos, no ponto de colher, contudo sem condições devido à altura da árvore.

Para aqueles que pensam que, com isso, a administração estaria se desviando de seus fins, lembro da lição de sam Walton que, em 1962, fundou o Walmart, hoje o terceiro maior empregador mundial, com mais de um milhão de colaboradores que, todas as manhãs, se reúnem para lembrar a razão de viver da empresa: o cliente.

Que tal se tivéssemos uma Quitanda Marambaia ou simplesmente um departamento de guloseimas, com doces em compotas caseiras e geleias de laranja, figo, goiaba...? ah, as bananas, cuja produção é grande, poderiam ser desidratadas, sendo que as verduras, legumes, feijões e, enfim, todos os produtos colhidos aqui seriam destinados à nossa cozinha, que os prepararia juntamente com as refeições para seus colaboradores, como benefícios diretos e fidelização. os moradores poderiam também almoçar lá, com custo subsidiado. Como sabemos, uma

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Para outros que pensam que essa seria uma finalidade inusitada da administração, lembro de outra história, a da abadia de scourmont, na Bélgica – fundada nos idos de 1449, em terras doadas por um abnegado príncipe com o objetivo de se dedicar à busca de deus por meio do silencio, estudos e oração. apesar dessa vontade do príncipe, os monges adoravam beber – com moderação –, saborear uma cervejinha, um vinho, acompanhados de um bom queijo, o que não é pecado. além disso, na época, os monges tinham uma alimentação fraca e muito serviço, daí ter surgido a ideia de fabricarem cervejas e queijos.


Armando Borges é condômino do Marambaia.

os produtos eram de ótima qualidade, muito saborosos, e logo atraíram o interesse dos habitantes das redondezas. a atividade então deixou de ser artesanal para transformar-se em comercial, sem contudo perder a identidade e o foco religioso. hoje eles fabricam cinco tipos de queijos de vários tipos e tamanhos e três tipos de cervejas, todas encorpadas e com sabor levemente amargo – produtos estes

famosos mundialmente. também possuem no local um hotel e um restaurante, onde promovem eventos periódicos. sonhos existem para serem sonhados e... se bons, realizados. resta-nos ter a iniciativa empreendedora e, sem muita pressa, dar o primeiro passo.


Marambaia: um sonho, uma aventura

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om três filhos menores e um orçamento mensal apertado, eu procurava um lugar aprazível e barato para os fins-de-semana. Quando conhecemos a Subsede Campestre de Vinhedo, vimos que ele era a solução de nossos problemas. sempre que vínhamos para cá ficávamos embevecidos com a beleza do Clube e com a vida simples, pacata e acolhedora dessa pequena cidade. tal passeio era um programa que agradava a todos. enquanto jogávamos tênis, as crianças nadavam na piscina. depois do almoço, elas brincavam no parquinho e nós cochilávamos nos confortáveis sofás da sede. ar puro, sol e liberdade para a criançada. na Cidade ademar, onde morávamos, o pessoal ficava trancafiado em casa e a diversão era limitada aos monótonos programas de tv. assim, quando era a hora de voltarmos, a ladainha se repetia. - Pai, não dá pra morar aqui? - não, não dá! o pai trabalha, a mãe também e vocês têm a escola, certo? - ah, mas que sa..! Por que, hein? - olha essa boca suja. Bote as coisas no carro e vamos depressa que está escurecendo.

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Motivado por essa “pressão”, logo que conseguimos fazer uma poupança, tratamos de comprar um lote no condomínio. não tínhamos nem ideia de como iríamos construir a casa aqui. depois de alguns anos, acabei comprando mais dois terrenos. dessa feita, na rua itupeva, pagando pelo primeiro lote a bagatela de us$ 1,500.00, em dezembro de 1984, e pelo segundo – que era contíguo ao primeiro – u$ 3,000.00, em outubro de 1985. Queria dois lotes porque o meu sonho era construir uma quadra de tênis, e nela me esbaldar de tanto jogar. o tempo passou e acabei vendendo o primeiro lote, seduzido pelas oportunidades do mercado de ações. até hoje não sei aonde foi parar o meu rico dinheirinho, pois de crise em crise, mais a inflação galopante, ele foi transformado em algo parecido com um monte de nada! se ao menos eu tivesse tido juízo de aplicar em Petrobrás ou Vale do Rio Doce, vá lá... mas acabei – induzido por um corretor amigo – optando por ações da Fertiplan, e o meu dinheiro deve ter virado adubo ou coisa parecida. Meus filhos, durante muito tempo, perguntaram para mim: “Pai, por que o senhor vendeu esse terreno?” e eu, sem graça, e sob o olhar vigilante de minha amada esposa, limitava-me a responder: “Porque sou burro! não ouvi os conselhos de sua mãe. não é, benzinho?” e ouvia como resposta algo parecido com um suspiro de desalento.


Thoshio Katsurayama é condômino do Marambaia.

deve ser por isso que minha esposa – temerosa que eu fizesse qualquer outra besteira do gênero – ficou entusiasmada e feliz quando contei o que tinha acontecido no Curso de Administração de Tempo para Executivos que tinha acabado de frequentar em águas de são Pedro. ao final deste curso, fomos compelidos pela palestrante a fazer um planejamento de nossa vida pelos próximos dez anos. Como participante ativo, listei três metas

pessoais: 1) Ler toda a Bíblia, pelo menos uma vez; 2) aprender uma língua estrangeira (inglês de preferência); e, finalmente: 3) Construir uma casa nos terrenos do Marambaia. ela deixou as duas primeiras metas para mim, e focou inteiramente na terceira. Como era muito prática e tinha uma energia inesgotável, saiu imediatamente a campo. além das aulas de desenho que ela ministrava


em duas escolas, tratou de incrementar as vendas de bijuterias, roupas e outros badulaques.

e acompanhamento semanal, ficaram patentes os erros de previsão e os desperdícios de material.

sacoleira? Muito mais que isso. a professora dona Coca montou, em pouco tempo, uma rede de vendedoras e passou a administrá-la com extrema eficiência. encarregou-se das compras e da distribuição às vendedoras, tudo à base de cheques pré-datados. era uma trabalheira danada, que ela enfrentava com galhardia, todos os dias, até altas horas na noite.

a parte de acabamento levou outros tantos meses. a piscina foi construída com uma gratificação semestral. a inflação acabou nos ajudando. o Plano Collor também, pois tínhamos dívidas que pudemos abater do confisco do Plano Brasil Novo. Começamos a obra numa moeda corrente e terminamos duas moedas diferentes depois. Por fim, acrescentamos a churrasqueira e a quadra de tênis.

- Benzinho, quer uma ajuda?

Meus filhos e eu carregamos centenas de viagens de carriola de mão, cheias de entulho e terra acumulada da terraplenagem e da obra. Plantamos árvores frutíferas – muitas delas que nem existem mais no quintal –, e minha esposa começou uma horta sortida. Muito adubo e esterco foi despejado nos canteiros. dedicação e amor às plantas fizeram florescer coisas especiais nesse quintal pedregoso: figueira mágica, tomatinhos e morangos, buchas naturais e uma dezena de legumes.

- tome conta das lições da criançada e vai ter que comer sobra do almoço. tudo bem? Para falar a verdade, não estava tudo bem não, mas o que fazer? vendo-a trabalhar feito maluca, etiquetando as coisas, separando as mercadorias e controlando os cheques pré-datados, ficava imaginando aonde iríamos parar em seis meses. resumindo a história: juntando as economias, as parcas gratificações e o dinheiro ganho pela patroa, em 1988, já tínhamos o suficiente para iniciar as obras no Marambaia. Contratamos uma empresa para começar as fundações, levantar as paredes e cobrir a casa. nada mais, pois o dinheiro era escasso e contado. o projeto da casa foi elaborado pela própria dona Coca, já que um arquiteto amigo tinha feito uma anteprojeto que não agradara. solicitei aos empreiteiros uma estimativa detalhada dos materiais (ferro, cimento, madeira, tijolos, telhas, cal e outros itens) e fui à Mabavi, onde fechei a compra, mediante pagamento mensal e entrega parcelada. a obra bruta foi entregue no prazo, sem contar as diversas discussões com os empreiteiros – acostumados com clientes ricos e neófitos, mas não com a dona Coca! Com o controle aguçado

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hoje, passados quase trinta anos, vejo a quadra de tênis vazia, a piscina sem uso, a churrasqueira sem fogo e penso se valeu à pena tanto sacrifício. relembrando os bons momentos vividos a dois, as festas com a família, as visitas dos amigos, as incontáveis partidas de tênis, os inesquecíveis churrascos nos fins-de-semana, concluo que sim. valeu sim! o sonho literalmente virou realidade. Foi uma aventura e tanto construir esse ninho neste paraíso chamado Condomínio Marambaia. o destino cruel me pregou uma peça e levou a musa dos meus sonhos para outro paraíso. os passeios de mãos dadas que esperávamos fazer quando ficássemos mais velhos virou promessa não cumprida. restou uma casa vazia, sem calor e sem vida. uma pena!




O charme de um hotel dentro de uma vinícola Encante-se com uma região de natureza exuberante em um hotel-vinícola, em que amantes e curiosos do vinho se deliciam com degustações da bebida

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e hospedar em uma casa estilo colonial que fica dentro de um vinhedo chileno? está é a proposta encantadora do requintado hotel La Casona, localizado à apenas 100 quilômetros de santiago, capital do Chile; e 40 de valparaíso e Viña Del Mar, famosos balneários chilenos. o hotel reserva, para amantes e curiosos do vinho, um local com belas paisagens e ótima culinária, além, evidentemente, dos respeitados vinhos da vinícola orgânica Matetic.

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sErviÇO Site: www.mateticvineyards.com E-mail: info@mateticvineyards.com

o La Casona tem sete apartamentos em forma de u, que garantem um clima intimista. Com mais de 100 anos de história, a construção é de estilo colonial e traz muito bom gosto na decoração. suas peças de madeira e o ótimo atendimento dão um ar quente e acolhedor ao ambiente. um tour leva os hóspedes a conhecer todas as etapas de produção dos vinhos, desde o engarrafamento até a conservação, e ainda participar de sessões de degustação. o hotel ainda oferece caminhadas por trilhas, passeios de bicicleta, cavalgadas e visita à isla negra, onde o poeta Pablo neruda viveu. ao amanhecer ou no fim de tarde, não deixe de andar de bicicleta (disponíveis aos hóspedes), pedalando pelo entorno das plantações de uva ou pela mata ao redor. um passeio indescritível!

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Nestas påginas, a vinícola orgânica Matetic vista de fora e de dentro


AliMEntAndO O cOrPO E A AlMA depois de um dia de atividades, os hóspedes podem curtir a alta gastronomia do restaurante Equilibrio, que combina deliciosas receitas internacionais e chilenas, criadas pelo chef Matías Bustos com os impecáveis vinhos Matetic. Bustos sabe como ninguém conciliar tradição e inovação, adaptando seus pratos locais à culinária internacional. o restaurante fica ao lado do hotel, a poucos metros de distância da casa sede. Para chegar, atravessa-se um lago por uma charmosa ponte de madeira. impossível não se transpor para um quadro de Monet, em seus jardins em Giverny (Paris). o restaurante fica à beira do lago e, por ser todo envidraçado, deixa a natureza belíssima do lugar ser parte integrante das refeições.

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Ao lado, jardins com o restaurante ao fundo; acima, detalhes da sala de estar e do quarto; abaixo, a exuberante piscina


A vinÍcOlA a vinícola Matetic foi pensada e construída para estar em harmonia com o local em que está instalada. harmoniza a agricultura orgânica praticada no vinhedo com a paisagem natural da região. os vinhos da Matetic se destacam entre os amantes do vinho. um deles já foi selecionado entre os 100 melhores do mundo pela respeitada revista Wine Spector. são duas linhas: EQ e Corralillo. a EQ recebeu essa nomenclatura como forma de representar o equilíbrio perfeito entre o clima, o solo e a videira. Já Corralillo provém de uma antiga adega da época das missões cristãs na região. os visitantes podem desfrutar de um tour que os leva a conhecer todas as etapas de produção dos vinhos

e, no final, participar da tradicional degustação dos mesmos. são três opções de tours: básico, amador e avançado, todos com uma hora de duração, sempre acompanhados de sommeliers, e não por guias convencionais, como acontece em outras vinícolas.

Ao lado, os jardins internos do hotel; acima, o restaurante equilibrio 54

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Cazuela chilena à mesa Marinar o frango de terreiro faz a diferença ao paladar de quem saboreia o prato. Ají traz a peculiaridade picante comum no Chile

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izer que o milho e a batata formam a base da culinária chilena é pouco. a comida é picante, as carnes são muito apreciadas, tenras ou marinadas, os legumes e as folhas acompanham muitos pratos e os frutos do mar reinam especiais ou misturados às demais carnes. o chef Washington Luiz, do Restaurante A/Z, em itatiba (sP), conhece muito do Chile e preparou a cazuela, uma receita simples, mas muito apreciada nas terras dos andes. segundo ele, a maior parte da gastronomia do país é mesmo baseada na espanhola. a cazuela leva arroz e pode ser feita com carne vermelha, suína, de aves ou frutos do mar. e o vinho tinto é o mais recomendado para completar o paladar.

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GAstrOnOMiA

Por conta do tempo de ação dos temperos, o prato não está disponível no cardápio básico do A/Z. Para apreciar a especialidade, o cliente deve ligar com duas horas de antecedência. o chef pede essa gentileza para poder preparar os ingredientes e servir o prato da forma apropriada. Mineiro, Washington Luiz já atuou em muitos estabelecimentos de renome. teve passagens pelo restaurante rubaiyat, Quinta da Baroneza, antiquarius, Clube a, dentre outros. atualmente, é membro da aBaGa (associação Brasileira da alta Gastronomia). Com tanta prática, vale a pena conferir o saber da cazuela do chef.


A rEcEitA cAZuElA Ingredientes 1 frango de terreiro (no Brasil, frango caipira) 1 cebola cortada em cubos 6 batatas descascadas 6 pedaços de abóbora - 220 gramas 3 espigas de milho 100 gramas de ervilha fresca 150 gramas de arroz parboilizado 1 dente de alho pimenta a gosto manjericão, coentro e ervas aromáticas 1 litro de caldo de legumes frescos ou de frango 300 ml de vinho branco rende de 4 a 6 porções Modo de fazer deixar o frango marinando nos temperos e no vinho por 24 horas. refogar a carne em fogo brando, com todas as ervas na panela. depois de preparar a

ave, é preciso retirá-la da panela e deixar apenas os legumes no cozimento. se deixar a carne branca o tempo todo sobre o fogo, ela pode desmanchar.


HistóriA uM PAÍs, MuitOs sABOrEs a mistura de temperos e sabores na gastronomia do Chile pode ter várias explicações. a geografia com deserto, geleiras, praias, ilhas e uma bela metrópole, a capital santiago, traz peculiaridades em pratos com carnes, frutos do mar, batatas, milho e muita pimenta.

ultrapassando as características geográficas, outra possibilidade para essa mistura e combinação de temperos na culinária deve-se à população descendente de espanhóis e também de alemães, franceses e italianos. de cada nacionalidade aprendeu-se um pouco.

o país tem ao norte o deserto do atacama, o mais árido do mundo, as paisagens mediterrâneas da capital e os vales vinícolas que rendem um belo roteiro para viagens. os centros de esqui, a ilha de Páscoa, a Patagônia e a Cordilheira dos andes também são atrativos turísticos. além de suas belezas naturais, o Chile tem entre seus destaques internacionais os escritores Pablo neruda e isabel allende.

se a culinária tem por base os frutos do mar, essa inspiração é totalmente espanhola. no Chile o desjejum começa com torradas e manteiga ou marmelada, acompanhadas de chá. os pratos principais mais recomendados nas refeições são os peixes e mariscos frescos e abundantes devido à extensa costa do país.

diciOnÁriO dE PAlAdArEs ají – qualidade de pimenta choclo – milho tenro cazuela - caçarola

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GAstrOnOMiA


EXPEriMEntE nO cHilE Pastel de choclo – pastel de milho empanada Chilena – famosa no mundo, pode ser frita ou assada, recheada com carne e cebola ou com queijo e mariscos Cazuelas - carne vermelha e branca com legumes, preparadas em caçarolas assado chileno à la parrilla – churrasco dos chilenos ajiaco – cozido de mix de carne vermelha e frango com cebola, pimenta, batata, pão e suco de limão e laranja Chupe de mariscos - cozido em um buraco na terra, sobre pedras quentes com follhas de nalca. nelas são depositados os mariscos, as carnes de aves e porco, cebolas, ají e outras espécies. serve-se acompanhado de batatas e com chapaleles. sopa de peixe ou de marisco – caldo gordo ou magro com peixes ou mariscos Chapalele - massa feita de farinha de milho que acompanha alguns pratos. é praticamente uma omelete na brasa albacora ou Corvina a la mantequilla – peixes na manteiga Congrio Frito – variedade de peixe Mariscales – prato à base de frutos do mar Cordeiro e ostiones – carne vermelha e molusco. são os preferidos na Patagônia Ceviche – peixe cru marinado em suco de limão. Mais comum no norte do país

Papas a la huancaina – prato peruano que leva batatas, molho de queijo, ovo e outros ingredientes Pulmay – cozido semelhante ao chupe de mariscos. só difere porque é feito na panela Cazuela chilote - carne de cordeiro e gordura de porco com legumes Carbonada – carne cozida e frita com variedade de verduras Charquicán – prato autenticamente chileno, de origem mapuche, preparada com carne ou charque e mix de verduras mais cebolas em escabeche

sErviÇO Restaurante A/Z Itatiba Itatiba Mall avenida Professor José Maurício de Camargo, 380 Jardim nossa senhora das Graças, itatiba (sP) telefone (11) 4894-8004 www.azrestaurante.com.br


Paixão pelas fibras naturais Italianos montaram a armando Cerello há 110 anos. No início, os berços de vime eram usados para acondicionar vinhos importados

Sofá Bali com estrado em madeira de demolição garapeira e encosto com estrutura em metal tramado em fibra sintética

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o final do século XiX, os irmãos Cerello embarcaram num navio com o sonho de construir suas vidas no Brasil. aportaram em santos e foram para o interior de são Paulo trabalhar nos campos de café. até este momento, a história parecia a mesma de muitos imigrantes. Mas o espírito empreendedor dos irmãos fez a diferença. na capital, eles fundaram a empresa destinada à fabricação de escovas e vassouras para cafeicultores, e dedicaram-se à importação de vinhos da itália, que eram engarrafados e acondicionados em berços de vime. nasceu então o contato da família com as fibras naturais.


Foto de detalhe de mesa e cadeira


Equipe da Armando Cerello trabalha no restauro de móveis

assim, a história da Armando Cerello começou em 1898, no auge do ciclo do café, quando o imigrante italiano Marco antonio Cerello e seus irmãos foram trabalhar em uma fazenda cafeeira do interior paulista. hoje, com 110 anos, é considerada uma das principais referências no mercado brasileiro da decoração, em especial em móveis de fibras naturais, sintéticas para exteriores, madeira de demolição, alumínio, ferro, estofados e dentro da linha completa para decorar toda a casa. heloisa Cerello, diretora de Marketing da empresa, defende com propriedade os principais diferenciais. “Priorizamos o elevado padrão de qualidade

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Material promocional dos 100 anos da Armando Cerello

dos produtos da marca, o design elegante, a possibilidade de personalização das peças sem majoração de valores e a oferta do serviço de restauração”, argumenta. essa possibilidade de restauração de móveis da própria fabricação e de outros fabricantes pode ser vista como um trabalho artístico e de valorização dos materiais. “o trabalho é todo executado por artesãos experientes, que devolvem as peças como se fossem novas. também é comum reformarmos móveis de mais de 50 anos de uso, fabricados por nossos antepassados”, conta heloisa.

Poltrona Viena: estrutura em material fibra natural; tramado em junco natural

núMErOs 150 funcionários diretos e indiretos 2 lojas próprias 7 representações trAdiÇãO a empresa é profissionalizada com um colegiado de herdeiros da quarta geração no conselho AtuAliZAÇãO

Poltrona Venice estrutura em material fibra natural tramado em junco natural

a cada ano são lançadas duas novas coleções de móveis. o design está em constante transformação na Armando Cerello


Linha de móveis antiga da Cerello

na área de decoração é importante que se tenha tradição, mas há a necessidade de oferecer novas tendências. a Armando Cerello lança duas coleções ao ano, contudo existem modelos fabricados nas décadas de 50, 60 e 70 que até hoje estão em linha, por serem atemporais. atualmente, está sendo lançada a linha New Age, com design contemporâneo. os negócios se expandem e um departamento da rede cuida apenas de clientes corporativos. são atendidos bares, hotéis, restaurantes e hospitais.

os móveis são adaptados a cada projeto de acordo com a necessidade de uso, respeitando sempre as especificações dos arquitetos e decoradores. a diretora de Marketing revela que a empresa preza pela qualidade dos seus produtos e atendimento personalizado. “essas são as apostas certas para continuar mantendo-se líder na personalização de móveis em geral. o foco também é, cada vez mais, atender decoradores e arquitetos com a excelência e exclusividade que merecem”, diz heloisa.

sErviÇO Armando Cerello end.: alameda Gabriel Monteiro da silva, 1.264, Jardim Paulistano, são Paulo (sP) Funcionamento: de segunda à sexta-feira, das 9 às 19 horas, e aos sábados, das 10 às 15 horas. www.armandocerello.com.br 64

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Jovens em casa, com conforto e liberdade

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om mais de trinta anos de experiência nacional e internacional, a arquiteta selma tammaro assina o “Loft no Campo” da Casa Cor São Paulo 2012, espaço idealizado para a chamada geração “canguru” – jovens que buscam sua independência, mas não abrem mão do conforto e segurança da casa dos pais. o que ilustra a faceta versátil desta profissional, famosa por planejar e construir verdadeiros refúgios à beira-mar. em entrevista à Revista Marambaia, selma dá detalhes desta sua segunda participação no tradicional evento de arquitetura paulistano. Revista Marambaia: Quantas partici-pações você já teve na Casa Cor São Paulo? Selma Tammaro: Foram duas partici-pações em Casa Cor, 2011 e 2012, e uma em Casa Trio, em 2010. Revista Marambaia: Como é para você fazer parte deste evento? Selma Tammaro: sempre é trabalhoso, mas é um evento importante e também um grande desafio – acho que essa é a melhor parte.

sErviÇO Tammaro Arquitetura www.tammaroarquitetura.com.br tel.: (12) 3884.2004

Casa Cor São Paulo 2012 www.casacor.com.br/saopaulo/

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Selma Tammaro assina o “Loft no Campo” , espaço idealizado para jovens que buscam sua independência, mas não abrem mão do conforto e segurança da casa dos pais Revista Marambaia: Fale um pouco sobre a escolha do seu tema para a Casa Cor 2012 – “Loft no Campo”. Foi uma opção sua ou uma sugestão dos organizadores da mostra? Selma Tammaro: uma opção minha, embora meu espaço estivesse dentro do conjunto “Casa de Campo”. Revista Marambaia: Em que você se inspirou para a criação deste espaço? Selma Tammaro: a inspiração veio de uma necessidade de abrigar individualmente a geração denominada “canguru”, sem que os jovens precisassem desalojar os pais da residência principal, e nem que os pais precisassem interferir no mundo deles. a todo instante imaginei que, dessa forma, a família continuaria mantendo seus vínculos, seus

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amigos e, ao mesmo tempo, compartilharia espaços com as mesmas bases de formação, porém com diferentes formas de viver. Revista Marambaia: Quais as principais características e diferenciais do projeto? Selma Tammaro: este é um projeto onde a integração de todos os ambientes está clara, eles estão sutilmente divididos. há apenas um lugar privativo com porta, o banheiro. Revista Marambaia: Que detalhes pode destacar como sendo “os seus preferidos”? Aqueles que seriam uma espécie de “marca registrada” sua? Selma Tammaro: acredito que este projeto é virgem, ele ainda não recebeu um “carimbo”, ou uma marca registrada minha. Gosto muito do piso de madeira


de demolição, da mesa de jantar em laca branca, dos sofás em linho branco, da bicicleta – que dá um toque sofisticado ao ambiente –, além do teto com as tesouras aparentes. Revista Marambaia: Fale um pouco sobre a sua preparação para o evento. O projeto demora quanto tempo para ficar pronto – entre concepção e montagem? Como são os dias que antecedem a abertura da Casa Cor São Paulo? Selma Tammaro: a Casa Cor, embora seja o evento mais importante da américa Latina, não tira totalmente o foco da nossa principal função, que são as obras e os clientes. existe, porém, todo um ritual que temos de seguir diante dessa preparação toda. Passamos pela produção de diversas fotos e entrevistas, já que a “menina dos olhos” é o espaço que a gente cria para a mostra. o tempo de montagem é o de menos, mas ele gira em torno de, aproximadamente, 55 dias. é a “toque de caixa”, dependendo da metragem e da complexidade do projeto.

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cAiXA dE cOrrEiO



Prezado Condômino, você está recebendo a edição de número 40 da Revista Marambaia, totalmente remodelada, com um conteúdo mais jornalístico e atraente. trabalhamos nessa nova roupagem para que a nossa publicação transmita o que é o Marambaia e o que queremos dele. os avisos e informações da administração continuarão a sair nos boletins semanais (eletrônico) e no resumo mensal (impresso), além de estarem no nosso novo “site” (www.condominiomarambaia.com.br), que já está disponível na web e que em breve permitirá ao condomínio efetuar seu cadastro e criar um login e senha para ter acesso a uma área restrita, onde poderá encontrar avisos, atas das aGos, verificar débitos, gerar boletos para pagamento, dentre outras facilidades. estamos inaugurando uma nova fase em nosso condomínio, com o objetivo de socializar os moradores por meio de eventos, reuniões e festas no espaço do novo Esporte Clube Banespa Marambaia. Queremos resgatar o orgulho ser MaraMBaense, orgulho este que, lamentavelmente, está desgastado, mas mantido, ainda, pela seriedade e pró-atividade das últimas três gestões, das quais tive a honra de participar. Mais uma vez obrigado a todos e boa leitura. David Debes Neto Síndico do Condomínio Marambaia

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últiMA PÁGinA



W W W. O R N A R E . C O M . B R


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