# 39//2010
NO QUINTAL DE CASA
Toda a riqueza das reservas florestais da Quinta da Baroneza
ATACAMA
Paisagens de tirar o fôlego, no deserto mais seco do mundo
ARQUITETURA Como dar vida a uma casa dos sonhos no campo
SUPER MÁQUINAS Automóveis exclusivos, proprietários com personalidade
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FOTOS: SERGIO SHIBUYA
naBaroneza #39
Quatro paredes caiadas, um cheirinho á alecrim, um cacho de uvas doiradas, duas rosas num jardim, São José de azulejo mais um sol de primavera... uma promessa de beijos... dois braços à minha espera... É uma casa portuguesa, com certeza. É, com certeza, uma casa portuguesa. Uma casa portuguesa Amália Rodrigues
Conselho Editorial: Eurico Villela, José Julio Aguiar de Cunto, Renata Alves Lima, Ricardo
Campos Caiuby Ariani e Sérgio Lulia Jacob Superintendência: Sociedade Residencial Quinta da Baroneza - Eduardo Eichenberger Produção e publicação: Fontpress Comunicação
Av. Pavão, 955, cj. 85, Moema – São Paulo, SP – CEP 04516-012 • Tel.: (11) 5044-2557 • E-mail: nabaroneza@fontpress.com.br • Jornalista responsável: Márcio Padula (MTB 30.164) • Editora-chefe: Luana Garcia (MTB 43.879) • Colaboradores: André Soares, Jeiel Delgado, Marco Ruberti e Welton Rodrigo
Alves • Reportagem: Alessandro Gonçalves, Marco Frenette, Paula Ignácio e Ricardo Coquet• Fotografia: Cristiano Mascaro, Jamile Torso, Mariana L. Gatti, Sergio Shibuya e Vera Veiga • Direção de arte e editoração eletrônica: Wagner Ferreira • Foto de capa: Sergio Shibuya • Diretora comercial: Angela Castilho • Executivos de negócios: Daniela Carile e Larissa Salgado • Impressão: Para anunciar:
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Transformações permanentes
CARTA DO EDITOR \\ 9 naBaroneza #39
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Clique de pássaro em trilha da Baroneza
FOTO: SERGIO SHIBUYA
eixar para trás conceitos pré-concebidos, transcender, superar modelos consagrados e trilhar um caminho de mudanças são, sem dúvida, as marcas registradas da revista naBaroneza. Seguindo essa linha, este espaço, reservado nas últimas edições para o Conselho Deliberativo, volta a ser ocupado pela Carta do Editor. Aqui, abordaremos os assuntos de peso da edição. Já o Conselho passa a assinar a Última Página, que pode, em edições esporádicas, abordar outros assuntos de interesse da Quinta da Baroneza ou, até mesmo, servir de espaço para mensagens dos condôminos. Este número também inaugura a seção Mundo, fora do Brasil, em um lugar paradisíaco, peculiar e maravilhoso: o deserto do Atacama, no Chile. Na seção Gourmet, uma receita de cordeiro com ratatouille – iguaria tradicional dos países andinos. Outra matéria que merece destaque trata do golfe cheio de graça, estética e sutil das mulheres; com especial nota para a Taça Escudo, em que as “meninas” da Baroneza se mantém firmes nos primeiros lugares da competição. Para finalizar, recomendamos um passeio aprofundado pela seção Meio Ambiente, sobre as florestas da Quinta da Baroneza, com suas aves e mamíferos silvestres (alguns deles ameaçados de extinção). Mata nativa preservada em uma área de mais de 2,4 milhões de metros quadrados. É isso, caro leitor! Desfrute. Um grande abraço, Equipe naBaroneza
ÍNDICE
48 74
10 // GOLFE CLUBE
44 // GOURMET
18 // MEIO AMBIENTE
48 // GALERIA
26 // CIDADANIA
56 // VITRINE
28 // CLUBE HÍPICO
64 // ACONTECE
34 // INFRAESTRUTURA 36 // MUNDO
Clube Hípico
74 // BEM VIVER 82// ÚLTIMA PÁGINA
GOLFE CLUBE \\ 11 naBaroneza #39
RAZÃO E SENSIBILIDADE Enquanto o golfe masculino é regido pelo signo da força, o jogo entre as mulheres distingue-se por uma mistura de sensibilidade, estratégia e graça
POR MARCO FRENETTE // ILUSTRAÇÕES: WAGNER FERREIRA // FOTOS: SERGIO SHIBUYA
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esde uma simples comparação em torneios mistos até a consulta de especialistas, a conclusão é a mesma: as mulheres têm uma aptidão natural para jogar um golfe mais estético e sutil. “Mulheres em campo demonstram, a todo momento, que é possível utilizar a delicadeza e a elegância para praticar um esporte que, por si
só, já tende para esses aspectos”, disse certa vez o consagrado romancista John Updike. Já Babe Zaharias, ganhadora de três U.S. Opens e a maior multiatleta da história dos esportes, colocava as coisas em termos simples: “Esse jogo é essencialmente coordenação, ritmo e graça, e todas nós temos essas coisas de sobra”. Não que o golfe feminino
despreze a potência muscular. Afinal, a jovem profissional havaiana Michelle Wie bate regularmente drives de 280 jardas, igualando-se à maioria dos homens do PGA Tour. E todas as profissionais buscam a mesma explosão em suas tacadas, entregando-se a uma rotina de treinos e condicionamento físico onde vigora a equação de aumento de massa
12 // GOLFE CLUBE naBaroneza #39
muscular versus elasticidade. No entanto, mesmo com essas características inerentes ao universo competitivo, as bases físicas e biológicas da mulher continuam impondo o diferencial. “Por mais que ela busque fortalecer-se e jogar agressivamente como os homens, sua natureza imporá movimentos e atitudes que tenderão para a elegância”, explica Roger Vaughan, autor de “Woman´s Game”, um magnífico livro sobre a história das mulheres no golfe. Vaughan acredita que há raízes históricas e antropológicas para essa maior sutileza e beleza do jogo feminino: “O golfe nasceu da natural tendência dos homens de usar pedaços de pau para bater nas coisas. Isso tinha a ver com caçadas e a luta pela sobrevivência e, portanto, envolvia uma boa dose de agressividade e violência. As mulheres não participavam desse mundo. E, no fim, o golfe tornou-se muito mais um teste de concentração e finesse do que um exercício de força e uma valorização dos instintos predadores, embora muitos homens ainda joguem com a mentalidade primitiva dos homens da caverna”. Além dos movimentos marcadamente graciosos, o gosto pela estratégia é outro aspecto central do golfe feminino, o qual tende para a
estrada da sensatez em vez das escarpas do heroísmo. “Sempre busquei as jogadas mais simples e eficientes em vez das mais espetaculares e arriscadas. Nunca fui ousada desnecessariamente”, conta a instrutora Cindy Reid, autora do livro “Ultimate Guide to Golf for Woman”. O exemplo preferido de Cindy é o do flop shot, aquela tacada curta e espetacular em que a bola descreve uma curva bem acentuada no ar e cai quase a noventa graus no green. “Essa jogada só deve ser tentada como último recurso. Na maioria das situações, é melhor fazer a bola pingar e rolar rumo à bandeira com tiros mais baixos, que têm maior probabilidade de acerto.” Annika Sorenstam, uma das maiores jogadoras de todos os tempos e autora do excelente guia de instrução “Golf Annika´s Way”, dá conselhos semelhantes: “Use do bom senso em campo, e tudo ficará mais fácil. Se você está a 200 jardas do green, e não chegará em uma tacada, por que tentar uma jogada de alto risco com a madeira 3? Divida a distância, e bata duas tacadas fáceis e seguras, digamos, com um ferro 7 e depois um pitch”. Todas essas características não levam apenas a um jogo menos sofrido, elas também
14 // GOLFE CLUBE naBaroneza #39
têm a ver com eficiência. Foi a opção pela reflexão em vez da impulsividade que possibilitou a Christina Ricci um feito raro: ela chegou a um sólido handicap 5 em apenas cinco anos de golfe. “Apliquei um método constante e não me desviei dele. Aprendi as técnicas e procurei saber
guia “A Girl´s On-Course Survival Guide”. Do ponto de vista puramente instrucional, as técnicas e objetivos do jogo são os mesmos para ambos os sexos. Há apenas poucos detalhes diferenciais, a exemplo da necessidade das jogadoras ajustarem
dureza que permeia o universo masculino. Todas as autoras falam agradavelmente sobre técnicas aliadas à elegância e ao espírito esportivo, incentivando a privilegiar o prazer do jogo em vez do sofrimento competitivo. “Golfe tem a ver com diversão, amizade, torneios, comunidade;
exatamente o que queria com cada tacada e, sobretudo, não tentei em campo jogadas que não havia treinado o suficiente no range. Quanto menos coisas você deixar ao acaso e ao instinto, melhor você jogará, e com menos esforço e em menos tempo”, resume Ricci, que divide sua experiência golfística no
um pouco a posição dos braços para não incomodar os seios durante o swing. Portanto, o que faz os livros de instrução acima citados serem especificamente para mulheres é, basicamente, o fato de terem sido escritos por mulheres. São guias que trazem uma linguagem mais suave e desenvolta, livres de uma certa
e também tem a ver com ficar horas ao ar livre, tomando sol e apreciando a natureza. Não devemos encarar uma partida como se fosse uma cruzada. Afinal, é apenas golfe”, finaliza Cindy Reid, absolutamente convencida de que o espírito do golfe é feminino.
BARONEZA BRILHA NA TAÇA ESCUDO Composta por Mariangela Melcher, Vera Quaresma, Raquel Corradi e Zilda Kury, a equipe do Quinta da Baroneza Golfe Clube assumiu o segundo lugar na classificação geral da Taça Escudo ao conquistar a vitória na segunda e penúltima etapa do torneio – realizada em junho, no São Paulo Golf Club. A competição, exclusiva para mulheres, tem sua final programada para o dia 14 de setembro, no Clube de Campo de São Paulo. Até o fechamento desta edição, a classificação acumulada apontava o Arujá em 1º lugar, com 455 tacadas, seguido pelo Quinta da Baroneza, com 461, e pelo Clube de Campo, com 463. O site da Federação Paulista de Golfe traz mais notícias sobre o torneio: www.fpgolfe.com.br. (Fonte: Federação Paulista de Golfe)
16 // GOLFE CLUBE naBaroneza #39
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BURAC POR MARCO RUBERTI* // FOTOS: SERGIO SHIBUYA
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uraco muito bonito e também difícil. Em dog leg (curva) para a direita, apresenta limites de fora de campo em toda a sua extensão, tanto à esquerda (“na rua”) quanto à direita (Buraco 9). No drive – tacada inicial –, há três cross bunkers (bancas de areia): um à esquerda e dois
à direita. Por serem em curva para a direita, os cross bunkers da direita “entram” muito em jogo, e dificultam a sequência. Mais próxima do green, outra banca à direita, muito grande, dificulta quem se arrisca a chegar por cima. Todo o lado esquerdo “defende” muito mais, porém, como no golfe nem sempre se
alcança todos os objetivos, algumas surpresas podem ocorrer nesse buraco. O green, por sua vez, é ligeiramente em subida, e entra para a direita do meio para o fundo. Caso necessitem de aulas, estas podem agendadas na Pro Shop, com seu professor de preferência. Tenham um bom jogo e divirtam-se!
FICHA TÉCNICA Par 4 498 471 445 398
jardas jardas jardas jardas
de distância do tee dourado do tee azul do tee branco do tee vermelho
Handicap Stroke HS (grau de dificuldade) HS masculino: 9 HS feminino: 7
* Jogador e treinador profissional, filiado à ABPG (Associação Brasileira dos Profissionais de Golfe) e registrado no CREF-SP (Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo) e head pro do Quinta da Baroneza Golfe Clube
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PARAÍSO SUSTENTÁVEL
NO QUINTAL DE CASA
Com mais de 2,4 milhões de metros quadrados de mata atlântica nativa preservada, a Quinta da Baroneza oferece contato direto e seguro com a natureza POR ALESSANDRO GONÇALVES
20 // MEIO AMBIENTE naBaroneza #39
A
Quinta da Baroneza tem duas extensas reservas ecológicas, onde vive considerável população de fauna e avifauna. A lista de mamíferos silvestres inclui mais de 20 espécies (como gambá-de-orelha-preta, bugio, tatu-galinha, furão, esquilo e preá), e a de aves, cerca de 25 (como biguá, garça-vaqueira,
jaçanã e quero-quero). Nas matas do empreendimento, há até animais em extinção. É o caso do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), da ave jacupixuna (Penelope obscura bronzina) e do gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus). Com o intuito de preservar essa riqueza, um plano
de manejo foi feito em 2000. Ele é composto por programas ambientais que contemplam atividades básicas de gestão, medidas de manutenção e vigilância e programas de pesquisa e educação. O projeto recomenda práticas construtivas, como planos de combate a incêndio e perturbação da fauna e visitação controlada.
Todas as trilhas encontram-se mapeadas e têm pontos de referência sinalizados
Caminho seguro e agradável Observando as regras de conservação, é possível fazer passeios pelas reservas. Elas dis-
põem de trilhas sinalizadas para facilitar a circulação e aumentar a segurança (acompanhe box na página 25). A equipe de monitores do Clube Hípico planeja caminhadas e oferece mapas
22 // MEIO AMBIENTE naBaroneza #39
que sempre devem ser levados para auxiliar no reconhecimento dos trajetos. Além de engrandecerem o empreendimento, as reservas têm relevância para a região. Formam, afinal, uma das maiores “manchas” florestais dos arredores e estão na Área de Proteção Ambiental (APA) do Sistema Cantareira. O Estado de São Paulo tem, aliás, 49 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Apenas três são maiores que as da Quinta da Baroneza. Com esse diferencial pra-
ticamente no quintal de casa, é possível ter contato direto e intenso com a natureza. Graças à política ambiental da Quinta da Baroneza, todos os benefícios proporcionados por esses recursos podem ser usufruídos de forma planejada e sustentável.
Mais detalhes O Residencial Quinta da Baroneza possui as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) Parque dos Pássaros e Parque das Nascentes. A primeira tem área de 174,9
Segurança e preservação Siga a trilha predeterminada; não crie ou use atalho para encurtar caminhos, evitando erosões e danos à flora; Não faça fogueiras nem acenda cigarros; Jogue o lixo somente nos coletores instalados na entrada e saída de cada trilha; É recomendável levar apito e telefone celular. Em caso de necessidade, peça auxílio pelos números (11) 4892-2761 e (11) 9620-1528; As trilhas só podem ser percorridas do nascer do sol até as 17 horas; Não é permitido entrar com veículos motorizados; Não cace, não retire mudas, nem alimente os animais; mantenha distância deles; Nunca ingresse sozinho nas trilhas; prefira grupos de, pelo menos, três pessoas; Mapas dos diferentes caminhos pelas reservas da Quinta da Baroneza estão à disposição dos condôminos na sede do Clube Hípico e na Sociedade.
Caminhos proporcionam integração com a natureza
24 // MEIO AMBIENTE naBaroneza #39
hectares; a segunda, de 77,7. Elas estão predominantemente cobertas por vegetação de mata atlântica em estágio médio e avançado de regeneração. No interior de ambas, ficam as nascentes que abastecem o lago das Palmeiras, do qual se capta a água que posteriormente é tratada, reservada e distribuída
para as residências do loteamento, cumprindo o papel de proteger os mananciais da Área de Proteção Ambiental (APA) do Sistema da Cantareira. Alguns lotes do empreendimento possuem, inclusive, uma Área de Preservação Permanente (APP). Definidas com base no Código Florestal (Lei
4.771/65), as APPs se caracterizam, principalmente, em matas ciliares de proteção a córregos, rios e nascentes, de maneira a evitar o assoreamento. É proibida qualquer intervenção nessas faixas sem que o condômino aprove previamente o projeto junto aos órgãos de proteção ambiental.
POR DENTRO DAS TRILHAS A Quinta da Baroneza possui três trilhas principais: a das borboletas, com 1.815 metros de extensão; a das orquídeas, com 4.375 metros; e a dos bugios, com 8.165 metros. Há outros caminhos que servem de comunicação entre as diferentes fases do empreendimento. Novas trilhas foram, inclusive, abertas na fase cinco. Pelos trajetos, estão espalhados animais (como sagui-da-serra-escuro, pica-pau-do-campo e cachorro-do-mato) e espécies vegetais (cedro-rosa, jerivá, jacarandá-branco e embaúba, entre outras). Liberadas para os associados, todas as trilhas estão mapeadas e têm pontos de referência sinalizados (confira o mapa ao lado). Para aventurar-se pelos percursos, é preciso obedecer a algumas normas, listadas no quadro da página 22. FOTOS: 1. CRISTIANO MASCARO; DEMAIS: SERGIO SHIBUYA
© ISTOCKPHOTO.COM / VETTA COLLECTION
26 // CIDADANIA naBaroneza #39
DELÍCIAS DA BARONEZA Concurso de culinária e a oportunidade de refletir sobre a educação dos filhos. Acompanhe a agenda da Comissão de Cidadania
O
segundo semestre de 2010 trouxe novidades na rotina de eventos da Comissão de Cidadania. No dia 10 de agosto inauguramos o ciclo de palestras que, daqui para frente, será intercalado com o programa já existente de cursos e treinamentos. Convidamos o psicólogo, psicanalista e professor do Instituto Sedes Sapientiae, Dr. Iso Ghertman, para falar sobre “Educação dos Filhos e o Relacionamento Familiar”. Como a maioria das famílias residentes na Baroneza tem crianças em idade escolar, o tema foi bastante adequado e mobilizador. As principais questões foram como participar da vida dos filhos e como conciliar afeto e limites na vida em família. Além disso, os participantes se manifestaram a respeito de relacionamento entre os pais e a escola, como lidar com crianças em diferentes idades e regras de melhor convivência. Oitenta e nove por cento dos funcionários presentes classificaram o evento como “ótimo”, sugerindo, em palestras futuras, o aprofundamento de temas como: prevenção do uso de drogas; orientações sobre adolescência; dicas de adaptação no condomínio; tratamentos de obesidade; educação financeira básica; entre outros temas. Em breve divulgaremos a data do próximo encontro. Quem assistiu à palestra, participou também do lançamento do concurso “Delicias da Baroneza”, um projeto voltado para os funcionários residentes,
que irá premiar as melhores receitas em quatro categorias: • Prato salgado • Prato doce • Cardápio completo (entrada, prato principal e sobremesa) • Aperitivo No final do ano publicaremos um livro com todas as receitas enviadas. Cada participante receberá o seu exemplar e o livro estará disponível também para compra. Os recursos obtidos serão revertidos para as ações da Comissão. Para conhecer o regulamento completo, é só passar na administração do condomínio. E atenção: a inscrição custa R$ 5,00 e o prazo é até 25 de setembro. Boa sorte! Enquanto isso, aproveitamos para agradecer aos proprietários que incentivam o comparecimento de seus funcionários na agenda de atividades da Comissão de Cidadania.
Comissão de Cidadania comissaodecidadania@quintadabaroneza.com.br
28 // CLUBE HÍPICO naBaroneza #39
CUIDADOS COM OS CAVALOS
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Equinos se adaptam muito bem ao clima tropical brasileiro
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O Cavalo, como qualquer outro animal, precisa de cuidados especiais o ano todo e principalmente no inverno. No Brasil, especificamente, este assunto é bem interessante, devido às nossas dimensões continentais e temperaturas variadas nas diversas regiões do país POR MÁRCIO PADULA CARILE
A
cima do Paraná, temos um clima bastante ameno, que raramente cai abaixo dos 10°C, já na região Sul, nos deparamos com invernos mais rigorosos. Por isso, dependendo de onde está o animal, os cuidados são completamente distintos. O cavalo é um animal de clima temperado, sofrendo muito mais com as altas do que com as baixas temperaturas. Portanto, excetuando-se o Sul do Brasil, os equinos não têm qualquer problema com as atmosferas invernais locais, sendo inclusive essa a tem-
peratura a que melhor o animal se adapta - entre 12 e 20°C. Na Europa, de onde todos os cavalos presentes nas Américas foram trazidos (o cavalo não é espécie nativa das Américas), eles são recolhidos apenas quando começa a nevar. “Aqui no Brasil, raramente chegamos a temperaturas críticas, que possam trazer qualquer problema aos cavalos. A única raça mais sensível ao frio é o Árabe, que por ter sido criado e selecionado para sobrevivência em clima muito quente e árido, tem mais dificuldade em se adaptar a termômetros
baixos e áreas muito úmidas”, fala Adriana Busato, médica-veterinária e professora adjunta de Equídeocultura na PUC-PR. Outra dependência dos cuidados refere-se ao tipo de regime em que o animal está sendo mantido. Em animais com Estabulagem Intensiva (estabulados em baias, só saindo para trabalhar - clubes e hípicas), os cuidados são completamente diferentes de animais que ficam em Regime Extensivo (soltos no pasto 24 horas por dia). Cavalos de raças mais apuradas e pele fina, como o Puro San-
4
CLUBE HÍPICO \\ 31 naBaroneza #39
gue Inglês, o Árabe, e os ibéricos, como o Lusitano, tendem a ter pelagem mais fina e dificuldade em desenvolver uma pelagem de inverno que efetivamente os proteja. Enquanto que cavalos mais rústicos, como o Crioulo, o Mangalarga, o Campolina e raças esportivas importadas de países europeus, que formam o Brasileiro de Hipismo, poucos problemas apresentam quando os termômetros caem aqui no Brasil. No caso dos cavalos estabulados, para que a manutenção do pelo e a secagem do suor sejam eficientes, eles são completamente tosados. Isto, por sua vez, acaba mantendo o animal muito tempo úmido após o trabalho e a ducha, levando ao aparecimento de lesões por fungos, especialmente nas patas. “Estes animais estabulados e tosados obviamente têm sua defesa às baixas temperaturas retirada pelo homem. Então, nós devemos tratar de protegê-los artificialmente, com o uso de capas durante a noite. E em locais mais frios é de praxe o uso de capas protetoras de rim e garupa durante o aquecimento do animal, e sua retirada deve ser feita só depois que o animal já estiver com a musculatura aquecida”, detalha Adriana. As capas também devem ser usadas após as duchas, para manter o torso do cavalo quente, enquanto o mesmo seca amarrado fora da baia. As duchas só devem chegar até a altura dos joelhos e jarretes. Lavar o cavalo ou molhar seu ventre deve ocorrer só se o animal se sujar demais com lama. Caso contrário, a sujeira deve ser retirada com
escova. “Jamais se deve colocar o cavalo molhado ou úmido dentro da baia, sob pena de futuros problemas com fungos e do trato respiratório”, explica Adriana. Já no caso dos cavalos que ficam soltos ao tempo, o pelo grosso e alto é sua única proteção contra a queda de temperatura e não deve ser tosado. Se o animal tiver controle diário, mesmo solto pode ser escovado para retirada de placas de lama, e suas patas observadas para prevenção e tratamento de frieiras.
Prevenção de doenças Basicamente, os maiores problemas nas áreas chuvosas são os fungos que atingem as patas e os pelos das costas nos animais soltos; e nas regiões onde efetivamente faz frio, os problemas respiratórios são uma característica da estação. “Geralmente, no inverno ocorrem surtos de herpesvírus, gripe equina e garrotilho; doenças do trato respiratório que podem ser facilmente prevenidas com um correto esquema de vacinação”, indica Adriana. Quanto aos fungos, é importante checar os animais pelo menos uma vez por semana – no caso dos soltos – para avaliar se não há nenhuma lesão mais importante que necessita de tratamento. “A gripe e o herpesvírus são geralmente doenças que aparecem nos clubes e hípicas, pelo fato de existir grande aglomeração de animais e transporte constante por vários lugares que trazem as cepas para o convívio do grupo. São caracterizadas por tosse, febre e corrimento nasal claro.
32 // CLUBE HÍPICO naBaroneza #39
Detalhe da troca de pelagem; abaixo, cavalo com capa protetora
Já o garrotilho é característica de potros jovens em haras e fazendas de criação, que têm queda de resistência ao serem desmamados e pela baixa qualidade nutricional da pastagem, por conta da seca. Geralmente quem os contamina são os cavalos mais velhos da própria
fazenda, que já têm resistência contra o problema e albergam o agente etiológico que causa a doença, mas não apresentam sintomatologia. O garrotilho se caracteriza por corrimento nasal purulento, febre e por vezes os linfonódos da área da garganta incham muito e podem supurar”, completa Adriana.
Cuidados com as baias
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6 FOTOS: 1. CRISTIANO MASCARO; DEMAIS: SERGIO SHIBUYA
Os cuidados sanitários com as baias devem ser observados durante todo o ano. “A quantidade suficiente de cama, limpeza e a retirada da cama úmida de urina deve ser diária, para evitar que o animal deite e fique úmido ou molhe a capa”, esclarece Adriana. No caso de locais de muito frio ou com vento encanado, as portas de cima devem ser fechadas à noite para evitar correntes muito fortes de ar gelado na madrugada. “Animais que apresentam problemas respiratórios, tosse e conseguem expelir catarro contaminante a distâncias de até 10 metros devem ser separados dos outros em baias que fiquem pelo menos 10 metros de distância dos animais em bom estado sanitário. “Este cuidado já evita a disseminação dos agentes causadores do problema”, finaliza Adriana.
34 // INFRAESTRUTURA naBaroneza #39
EXPANSÃO DO CLUBE A última fase de comercialização de terrenos da Quinta da Baroneza, localizados em um dos pontos mais altos do empreendimento, terá também as edificações da expansão do Clube, ampliando as opções de esporte e lazer para todos. Com previsão de entrega para dezembro de 2012, este novo espaço de lazer, com 22.000 m 2, permitirá que toda a família tenha uma gama ainda maior de entretenimento e diversão. Vizinho à mata nativa, preservada pela Quinta da Baroneza, o clube terá: uma nova sede social e uma sede para jovens com bar, lanchonete, vestiários,
sauna, barbearia, duas quadras de squash e boliche; uma piscina semiolímpica aquecida e coberta; academia moderníssima, com 300m²; sala de massagem; duas
HÍPICA EM CONSTANTE REFORMULAÇÃO
quadras de tênis; quadra de bowls; área gramada para a prática de futebol; espaço para crianças com piscina e playground; além de amplo estacionamento.
A Vila Hípica, do Clube Hípico Quinta da Baroneza, continua com suas obras de expansão que visam proporcionar mais conforto e estrutura para a acomodação dos cavalos. Depois de finalizadas as obras das novas baias, são mais 20, perfazendo um total de 80 baias – um aumento considerável de 30% –, contemplando um pedido dos sócios, chegou a vez do picadeiro. Um novo picadeiro coberto está em fase final de obras, com previsão de entrega para meados de outubro. As medidas são 25x70m², em área coberta e piso de areia, completando uma fase de investimentos na Vila, que já havia recebido uma pintura nova em janeiro.
Conforto nunca saiu de moda, principalmente quando ele acompanha as últimas tendências.
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36 // MUNDO
naBaroneza #39
DESERTO P
eça a alguém para descrever um deser to. O lugar será narrado, provavelmente, como um lugar muito seco, inóspito, com paisagens monocromáticas. Mas o que dizer de um deserto localizado acima das nuvens, com picos que chegam a 1
mais de seis mil metros e fronteiras para o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes? No Atacama, ao norte do Chile, a força da natureza se traduz na composição de paisagens das mais distintas, todas elas de tirar o fôlego. A beleza exótica do lugar ora oscila por lugares
ermos, cercados por montanhas e vulcões ativos e sem qualquer sinal de vida vegetal ou animal, ora deságua em lagoas azuis habitadas por flamingos. O clima desértico é apresentado ao viajante já no translado entre o aeroporto de Calama e
ENCANTADO San Pedro de Atacama, acolhedor vilarejo com cerca de 2 mil habitantes, localizado a cerca de 1700 quilômetros de Santiago. Por todo o percurso, as altas temperaturas e paisagens áridas se contrapõem às montanhas nevadas avistadas no horizonte. A altitude bloqueia a
passagem das correntes marítimas vindas do Pacífico. Como resultado, chove pouquíssimo na região, o que faz do Deserto do Atacama o mais árido do mundo. Só pra se ter uma idéia, há regiões em que nem sequer há registros de chuvas. Há milênios, o Atacama
era tomado pelas águas do mar. O terreno acidentado que hoje existe ali é fruto de sucessivos acidentes geológicos, que resultaram em uma área de cerca de 200 quilômetros de extensão tomada por vulcões, salinas e cânions profundos. As águas límpidas que descem das
38 // MUNDO
naBaroneza #39
montanhas formam grandes espelhos, refletindo a paisagem ao redor. É possível até mesmo banhar-se em alguns deles. A aproximadamente 3500 metros de altitude, aflora o Rio Puritama – palavra que, em Kunza, língua tradicional atacamenha, significa “água quente”. Nas piscinas naturais das chamadas “Termas de Puritama”, de cor azul-turquesa,
a temperatura varia entre 28ºC e 32ºC. O contato com essas águas é uma experiência revitalizante, tanto para o corpo quanto para o espírito.
deiro oásis em meio ao deserto. Ali, funcionam hotéis de padrão internacional, tais como o Hotel de Larache (explora Atacama) e o Tierra Atacama Hotel & Spa. Verdadeiros pousos de luxo em
Porta de entrada
um dos pontos mais isolados do planeta. Nesses locais, tudo é pensado de forma a garantir o conforto dos viajantes após um dia inteiro de expedições pelo
Ponto de encontro para turistas do mundo todo, San Pedro de Atacama é um verda-
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Em sentido horário: profusão de cores em margens de lago; lagoas azuis habitadas por flamingos; tomada aérea do Vale da Lua; cavalgada de exploração pelo Atacama
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naBaroneza #39
Roteiros incluem visitas a aldeias atacamenhas 7
COMO CHEGAR O vôo de conexão entre o aeroporto de Santiago do Chile e a cidade de Calama dura, aproximadamente, duas horas. O translado até San Pedro de Atacama, mais uma hora.
CLIMA San Pedro de Atacama oferece céu límpido e sol radiante durante 90% dos dias do ano. As temperaturas oscilam muito no decorrer do dia – podem variar de 40ºC a abaixo de zero durante a madrugada.
deserto. O Tierra Atacama, por exemplo, tem como diferencial o conceito de “hotel boutique”, que une modernidade e qualidade nas instalações e serviços à variada lista de atividades. Os programas temáticos são os mais diversos e permitem que se conheça a fundo a cultura ancestral do Atacama e sua particular vida silvestre. Caminhando, de bicicleta ou a cavalo, os hóspedes são convidados a participar de escaladas a montanhas e vulcões, explorar trilhas que levam a sítios arqueológicos e lagoas altiplânicas, passear por entre gêiseres no Salar Atacama, entre outras descobertas inesquecíveis. No retorno aos hotéis, a aventura continua. No Tierra Atacama, as noites são preen-
chidas com conversas à beira das terrazas sobre cultura e histórias do deserto. A chef belga Ruth Van Waerebeeck, ex-instrutora da escola de culinária Peter Kump, em Nova York, e consultora de culinária da vinícola Concha y Toro, conduz aulas práticas de culinária, harmonização de vinhos e pratos. Durante o dia, são promovidas visitas a pequenos produtores locais e almoços rústicos, nos quais são conhecidos os ingredientes locais e receitas tradicionais. Para quem quer degustar e aprender tudo sobre os famosos vinhos chilenos, o Tierra Atacama também oferece o comando de um sommelier/produtor de vinhos. Neste programa, os processos de fabricação de vinhos brancos e
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tintos das principais uvas pode ser acompanhado, dando cor e sabor a esta aventura que contempla todos os sentidos. Tanto no Tierra quanto no explora Atacama é possível, durante a noite, desvendar o fabuloso céu noturno atacamenho – considerado o melhor do Hemisfério Sul para a prática astronômica. Através de potentes telescópios, todos são convidados a explorar o universo, com visões fascinantes de galáxias, estrelas e planetas. A observação astronômica permite que os hóspedes aprendam sobre espaço, tempo e os valores atribuídos aos céus por diferentes culturas, como a grega, a européia e a local. Ver os anéis de Saturno, Júpiter e suas luas, a superfície da Lua, e nebulosas e galáxias distantes é uma experiência pra lá de transformadora.
Explorações 9
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A cavalo, o explora Atacama propõe um passeio de cerca de duas horas pela Fortaleza Pukara de Quitor, que data do ano 1000. Do local, que teria sido palco de grandes batalhas entre os atacamenhos e os colonizadores espanhóis, avista-se o vulcão de Licancabur, de 5900 metros de altitude. Em região próxima à Cordilheira dos Andes, é possível desvendar um pouco da região que, em passado remoto, foi coberta pela água do mar. É o caso do Salar Atacama, cujas paisagens, absolutamente inesquecíveis, ocupam uma área de mais de 80 quilômetros. Outra rota que conquista os turistas são os gêiseres de El Tatio. Ali, a água é aquecida por magmas vulcânicos a mais de 80ºC e forma extensas
ONDE FICAR Tierra Atacama Hotel & Spa
explora Atacama – Hotel de Larache
Tel.: +56 (2) 263.0606 – www.tierraatacama.com
Tel.: (11) 37551216 – www.explora.com
MUNDO \\ 43
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Azul turquesa de lago, em contraste com montanhas nevadas colunas de fumaça em meio a aberturas no altiplano. Todos os dias, por volta das cinco da manhã, o local recebe vários visitantes que se aglomeram nas encostas do vulcão para admirar o espetáculo. A região é fria e, para se aquecer, alguns arriscam um banho nas piscinas de águas termais. O Vale da Lua é outro ponto alto das explorações no Deserto do Atacama. Ali, montanhas de areia e sal branco criam uma visão semelhante à da superfície lunar. Mais um passeio imperdível.
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FOTOS: 4, 5, 6 E 9 EXPLORA ATACAMA.DIVULGAÇÃO; 1, 2, 3, 8, 10 E 11.TIERRA ATACAMA.DIVULGAÇÃO
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Deserto do Atacama – uma inesquecível experiência de viagem Conheça, em poucos dias, os principais atrativos do “Deserto do Atacama”, um dos destinos mais procurados do mundo. Uma viagem rápida – 3 noites e 4 dias – com experiências únicas!
de 4 dias, com passagem aérea de ida e volta até Calama (conexão em Santiago), hospedagem simples com café da manhã ou em hotéis boutiques, traslado de chegada e saída e passeios inclusos: a partir de US$ 1.614.
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GOURMET \\ 45
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SABORES DO
ATACAMA D
ebruçado no Oceano Pacífico, entrecortado pelos Andes e abrigo do deserto mais árido do mundo. Além de paisagens deslumbrantes, o Chile reserva agradáveis surpresas também na gastronomia. O chef francês Laurent Pasqualetto, que assina a área gastronômica da rede hoteleira explora na América do Sul, é um dos que se encantaram pela riqueza da culinária local. Em 1998, na época em viagem de férias pelo país, foi convidado a atuar na inauguração do Hotel de Larache, em Atacama. Na ocasião, acabou “esticando” a estada no país, por assim dizer. Hoje, passados mais de dez anos, o chef executivo lidera uma equipe composta por mais de 40 pessoas em três hotéis do explora, entre cozinheiros e pasteleiros. A criação de menus exclusivos, incorporando produtos e traços clássicos da gastronomia local, é uma marca do estilo de Laurent. No Hotel de Larache, por exemplo, atacamenhos inte-
O chef Laurent Pasqualetto, à esq.: menus exclusivos com produtos típicos atacamenhos gram a equipe o que, além de fomentar a cultura local, confere ainda mais riqueza e tradição às receitas. O chef trabalha de maneira muito próxima à comunidade, “garimpando” conhecimentos ancestrais a respeito dos alimentos típicos e de diferentes técnicas de preparo. É o caso do chañar, árvore tradicional do
Atacama, que enfeita os pátios do Hotel de Larache. A partir do seu fruto, prepara-se um mel denso e muito doce, que serve de base para uma sobremesa inesquecível: o turrón de chañar. Na composição dos diferentes menus, Pasqualetto prioriza ingredientes frescos e de procedência local, tais como
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a quinoa, cultivada na região desde os tempos mais remotos. O cereal, que cresce a mais de 3.500 metros de altitude, é rico em proteína e é utilizado na composição de saladas, risotos e taboullet. As combinações saudáveis e equilibradas do chef francês vão de encontro à proposta de turismo de exploração do explora Atacama, e são excelentes para os praticantes de caminhadas, cavalgadas ou outras atividades. Laurent, pessoalmente, é um amante da natureza – pratica mergulho e trekking de montanha. Para excursões pelo Salar Atacama, por exemplo, propõe almoços em grandes mesas, onde é possível degustar champignons, frutas da estação e outros produtos típicos do Atacama, além de sanduíches e tapas diferenciadas. Uma experiência única, a quatro mil metros de altura. A convite da revista naBaroneza, Laurent Pasqualetto detalha o preparo de costeletas de cordeiro – iguaria tradicional dos países andinos –, acompanhadas de ratatouille. Não dispense um bom vinho tinto chileno como acompanhamento desta receita exclusiva.
FOTOS: EXPLORA ATACAMA.DIVULGAÇÃO
COSTELETAS DE CORDEIRO COM RATATOUILLE POR CHEF LAURENT PASQUALETTO Serve cinco pessoas
Ingredientes – 1 quilo e meio de costeletas de cordeiro – 250 gramas de abobrinha italiana – 250 gramas de berinjela – 150 gramas de pimentões vermelhos – 50 gramas de cebola – 100 gramas de molho de tomate – 10 dentes de alho (inteiros e sem casca) – 5 gramas de alecrim – 5 gramas de tomilho – 1 bouquet garni (ervas aromáticas) – 15 batatas – Azeite de oliva – Sal grosso
COMO FAZER Ratatouille: descasque os pimentões e as beringelas. Pique as abobrinhas, beringelas e pimentões em tiras médias (de, aproximadamente, 2 cm X 5 cm). Salteie os vegetais em azeite de oliva e deixe escorrer. Doure a cebola em brunoise no azeite, acrescente o molho de tomate, os legumes previamente refogados, o alho e o bouquet garni. Tampe e leve ao forno por uma hora, a uma temperatura de 170oC. Reserve. Batatas: lave bem as batatas e cozinhe-as em água com sal, tomilho, alecrim e azeite de oliva. Deixe-as esfriando nesse caldo. Corte as batatas ao meio e refogue-as no azeite. Costeletas: sele a peça inteira de costela e asse-a no centro do forno, em temperatura variando entre 50oC e 70oC. Cada porção recebe três costeletas – cada uma delas cortada a cada dois ossos. Antes de servir, doure as costeletas em um grill. Montagem do prato: coloque uma porção de ratatouille no centro do prato. Ao redor, distribua as costeletas e as batatas douradas. Finalize com uma pitada de ervas e sal grosso (a gosto).
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osGêmeos: Acrílica e Spray sobre tela. Exposição Transfer; principais expoentes do street art, dentro e fora do Brasil
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Street Art
- das r uas par a as galerias POR PAULA IGNÁCIO
Como trabalhos de artistas antes marginalizados pela crítica tiveram as portas abertas em museus e galerias, ajudando a compreender melhor a cultura urbana e novas possibilidades no campo das artes
O
sGêmeos, Speto, Zezão, Titi Freak, Alex Hornest. Estes são alguns novos nomes que dominam os espaços das grandes galerias após divulgarem seus trabalhos pelas ruas de
todo o Brasil. Eles sempre trabalharam em locais públicos, e têm conquistado maior notoriedade, abrindo oportunidades para o diálogo entre as manifestações artísticas de rua, antes marginalizadas, e as
galerias de arte de todo o mundo. Suas técnicas são variadas e incluem desenhos, pinturas, grafitti, serigrafias, stickers, stêncil, dentre outras, que acabaram gerando diferentes olhares e mudando a
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maneira como percebemos as ruas nas grandes cidades. Street Art é uma expressão utilizada para designar as manifestações artísticas que acontecem nas ruas e influenciam outros campos da arte, principalmente no tocante às artes visuais. O graffiti foi a primeira técnica a sobressair-se dentre as demais, uma vez que consiste em desenhos e pinturas feitos em grandes muros, normalmente exaltando problemáticas sociais locais. Assim como outras manifestações artísticas, o street art influencia e reflete comportamentos sociais e a cultura dos grandes centros urbanos. É possível identificar mudanças de maneira direta na moda, na música, o surgimento de galerias
alternativas, e até mesmo novas modalidades de esportes que têm como base a arquitetura das grandes cidades – como o Le Parkour. O skate e a bicicleta também têm suas modalidades street, e são praticados nas ruas, avenidas, prédios e corrimãos de escadas.
Como surgiu No Brasil e no mundo, o street art – conhecido, pejorativamente, como “pichação” – surgiu como forma de transgredir a censura imposta, principalmente, pelas ditaduras. Inicialmente, consistia em frases de efeito escritas com tinta spray, sem muita preocupação com a beleza das formas. No início dos anos 80, essas frases
deram lugar a assinaturas de pessoas comuns, que viviam nas periferias e não tinham como expressar seus sentimentos em relação a muitos problemas políticos e sociais. As letras das “pichações” foram então alteradas, sob grande influência do movimento Punk - “Faça você mesmo” e de capas de discos de rock que, na época, traziam tipografias pontiagudas. Sempre houve e ainda há uma grande discussão a respeito do street art, uma vez que ele é feito sem conformidade legal. Algumas pessoas acreditam que essas expressões sejam uma boa maneira de manifestação popular, no entanto, não deixam de resultar em marcas nas ruas, o que ocasiona a impressão de sujeira e poluição visual. 2
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2 – O artista Zezão, pintando uma galeria subterrânea 3 – Bruno 9Li – acrílica sobre tela; em exibição até setembro, na Galeria Thomas Cohn
SERVIÇO Exposição: Transfer – Arte Urbana e Contemporânea/ Transferências e Transformações Onde: Pavilhão das Culturas Brasileiras – Parque do Ibirapuera Quando: Até 12/09 – De terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada até 17h Tel.: (11) 5083.0199
Exposição: Primeira Bienal Internacional Graffiti Fine Art Onde: MUBE - Museu Brasileiro de Esculturas – Av. Europa, 218, Jd. Europa Quando: De 03/09 a 03/10 – De terça a domingo, das 10h às 19h. Tel.: (11) 2594-2601
Exposição: Keith Haring – Selected Works Onde: Caixa Cultural Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2086, Cerqueira César Quando: Até 5/09 - De terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 21h. Tel.: (11) 3107.0498
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Na cidade de Nova Iorque, no início dos anos 80, antigos moradores de rua começaram a se manifestar por meio do graffiti, pintando muros e portas de lojas. Eles foram bem recebidos por alguns críticos de arte e se transformaram em tendência mundial. Nomes como o de Basquiat e Keith Haring são citados até hoje como referências desse movimento de arte de rua, e criticavam em seus trabalhos a tendência ao consumismo norte-americano. Hoje os pichadores são incentivados a estudar desenho e muitos se descobriram artistas por intermédio do graffiti. Em seus trabalhos, eles permanecem dialogando com a temática social, mas de maneira mais estilizada, agradando aos olhos de quem passa. Galerias como a Choque Cultural e Matilha Cultural são lugares alternativos para quem aprecia a cultura de rua paulista. Ambos abriram espaço para os artistas se manifestarem com
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variadas técnicas, não somente a pintura que nos lembra o graffiti. A serigrafia e o stêncil também são muito fortes, e os espaços fechados possibilitam a utilização de meios multimídia – como mostra o trabalho do artista Bruno Novelli, que assina como Bruno 9Li –, onde há
pinturas e dois vídeos que complementam sua instalação na mostra “Transfer - Arte Urbana e Contemporânea/ Transferências e Transformações”. A exibição conta com mais de 500 obras de diversos artistas, e inclui trabalhos dos brasileiros citados e de estrangeiros como Thomas
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4 – Keith Haring: Statue of Liberty, 1986; 5 – Banksy: artista inglês que sempre utiliza a técnica de stêncil; ele não mostra o rosto e é muito bem aceito, mas procurado por autoridades londrinas por trabalhar nas ruas sem autorização; 6 e 7 – Titi Freak: imagens da exposição SEMPRE, na Galeria Choque Cultural Campbell. Ela apresenta-se dividida em quatro diferentes eixos: Autoindicados, Beautiful Losers, Intervencionistas e Mauditos. Assim como Bruno, os artistas brasileiros Titi Freak, osGêmeos e Alex Hornest também tiveram a oportunidade de expor individualmente em
CONHEÇA MAIS Street SP: www.streetsp.com Wooster Collective: www.woostercollective.com Galeria Choque Cultural: www.choquecultural.com.br
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museus e galerias. No ano passado houve uma grande mostra no Museu da FAAP intitulada “Vertigem”, que trazia obras dos irmãos Gustavo e Otavio Pandolfo, conhecidos como OsGêmeos. Titi Freak, por sua vez, têm obras expostas na Galeria Choque Cultural, e Alex Hornest participou de uma mostra individual na Galeria Thomas Cohn, em 2009, que este ano conta com a individual de Bruno Novelli, em exibição até setembro. Além das galerias brasileiras, muitos desses artistas viajam pelo mundo e seguem divulgando seus trabalhos nas ruas e galerias estrangeiras. Há novos nomes brasileiros, como o de Gabriel Silva, conhecido como “ArteBiel”, que hoje vive em Madrid e expôs seus trabalhos individualmente na
Expo Basura, em Londres. Seus trabalhos consistem em desenhos e pinturas sobre madeira e papelão recolhidos nas ruas, além do trabalho gráfico em pôsteres. Há também o trabalho do artista “Zezão”, que começou grafitando os bueiros da cidade de São Paulo e este ano participou da exibição “De Dentro para Fora, De Fora para Dentro”, no MASP, além de ter coordenado exibição solo na Galeria Choque Cultural. A mistura de técnicas e materiais, as mensagens implícitas e o fácil acesso do grande público a essas diferentes intervenções fazem da arte de rua algo muito significativo e que deve ser pensado no campo das artes plásticas. Existe um diálogo claro entre o indivíduo e o meio urbano, e vice-versa.
“Seja na rua ou na galeria, vou sempre trabalhar com elementos que me são familiares ou assuntos em que tenho conhecimento. Quando coloco um de meus símbolos nas ruas, faço questão de que ele dialogue com o entorno e que não seja apenas mais uma poluição visual no meio urbano”, diz Alex Hornest, mais conhecido como Onesto. Há ainda, em São Paulo, a possibilidade de aproveitar a exposição do artista norte-americano “Keith Haring – Selected Works”, em exibição na Caixa Cultural do Conjunto Nacional, e também a primeira Bienal Internacional Graffiti Fine Art, que inaugura dia 3 de setembro e permanece em cartaz até dia 3 de outubro, no Museu Brasileiro de Esculturas. Alex Hornest: Grafitti 7
“Em outros países sou um pintor e escultor como muitos outros artistas. Lá eles sabem que apenas utilizo técnicas de graffiti em meu trabalho. Se for surpreendido pintando nas ruas sem autorização, imediatamente serei preso.”
Alex Hornest, para revista naBaroneza
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UM CARRO PARA POUCOS
Você é sofisticado, sensível, objetivo e gosta de voar? Dirija um Bentley POR RICARDO COQUET
É
como um grande vinho. Precisa de complexidade e de um conjunto de fatores que vão desde o terroir até a harmonização final com a gastronomia ou com o tipo de taça. São 51 opções de tons para o exterior, sete opções de madeira, mais de 12 tipos de roda e 18 cores internas. É fabricado artesanalmente e, para tanto, exige 150 horas até ficar pronto. Pode custar mais de R$ 1 milhão. Estamos falando das super máquinas da montadora inglesa Bentley, um dos maiores objetos de desejo internacional sobre quatro rodas e que alguns poucos podem comprar no showroom nos Jardins e sair rodando. Alguns poucos? Para um carro com esse perfil, nem tanto: foram comercializadas 11 unidades este ano, apenas alguns meses da inauguração da loja. Como as vendas estão superando as expectativas da marca, a previsão de mais oito
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unidades pode ser superada até o final do ano. Quem dirige esse carro tão especial também tem um perfil especial. Não se trata apenas do tamanho da conta bancária. Toninho Abdalla, um dos responsáveis pela presença da empresa no Brasil, acredita que é um cliente em
busca de exclusividade e que aprecia performance sem abrir mão do conforto de um automóvel super-luxuoso. Não compra por impulso, compra com o raciocínio e a sensibilidade. Se é possível dizer assim, gosta de voar. Um modelo Bentley pode atingir 329 km por hora. Seu
design é único, talhado para cortar os ventos. Mas também enfrenta estradas difíceis sem perder o conforto. Tem a força e o silêncio do condor. Ainda assim, qualquer modelo pode ser “individualizado”. A Bentley pretende expandir seus negócios no Brasil para acompanhar o potencial
do mercado. A empresa acaba de lançar o Continental Supersports, seu carro mais potente e rápido, com 621 cv. Essa potência leva o modelo da imobilidade até 100 km por hora em apenas 3,9 segundos. Para a montadora, o mercado brasileiro é fundamental porque o consumidor brasileiro classe A também sabe o que deseja. Subsidiária da Volkswagen, é uma das marcas mundiais que mais agregam prestígio e
glamour aos modelos. A loja da rua Colômbia número 784, no Jardim América, cidade de São Paulo, é a primeira no Brasil. Não será a única. Mas a Bentley não pensa apenas no sucesso da operação. A tecnologia verde é igualmente importante. Para o futuro, a estratégia é que todos os modelos utilizem o combustível E85 (mistura de 85% etanol com 15% de gasolina). “Esse é o verdadeiro caminho do sucesso”, garante Toninho Abdalla.
Acima, Continental GT; motor 6.0 L W12 bi-turbo, com 552cv de potência. Ao lado, Continental Supersports, com motor 6.0 L W12 bi-turbo, 621 cv de potência; detalhe do interior do Continental GTC; motor 6.0 L W12 bi-turbo, com 552cv de potência.
FOTOS: BENTLEY MOTORS.DIVULGAÇÃO
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VOAR SEM ASAS Velocidade, design, conforto, status. Como explicar a paixão do homem pelos carros? Simbologia da passagem veloz para um futuro de perfeição tecnológica. Talvez? Descubra algumas dessas máquinas de sonhos e escolha a sua. POR MARCIO PADULA CARILE // FOTOS: DIVULGAÇÃO
Mercedes-Benz SLS AMG (asa-de-gaivota) Motor V8 de 6,3 litros e 571 cv (preparado pela AMG, divisão de alta performance da Mercedes). Chassi leve, todo feito de alumínio. De 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos. Atinge 317 km/h. Preço: US$ 200 mil
Lamborghini Gallardo LP 550-2 Valentino Balboni Um superesportivo de luxo com produção limitada em apenas 250 unidades. Motor de 5,2 litros e 10 cilindros, que garante ótima performance. O LP 550-2 atinge de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos e velocidade máxima de 320 km/h. Preço: R$ 1,450 milhão
Maserati GranCabrio O conversível GranCabrio é uma Maserati que segue os mais puros conceitos da marca. Motor V8, de 4.7 litros e potência de 440 cv. Velocidade máxima de 283 km/h, com a capota fechada, e aceleração de 0 a 100 Km/h em 5,4 segundos. Preço: R$ 880 mil
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Ferrari 458 Italia Aston Martin V8 Vantage Sport Exemplo supremo de modernidade e design em um conversível V8 com potência de 420 cv, que atinge uma velocidade máxima de 290 km/h. Preço: a partir de R$ 610 mil
Uma autêntica V8 coupê. Motor de 4499 cilindradas, que desenvolve 570 cavalos a 9000 rpm. O torque máximo é de 540 Nm, a 6000 rpm. A aceleração vai de 0 a 100 km/h em impressionantes 3,4 segundos, com uma velocidade máxima acima de 325 km/h. Chassi em alumínio, com incorporação de vários tipos de ligas melhoradas junto aos derivados da indústria aeroespacial. Preço: R$ 1,6 milhão
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ARRAIAL DA BARONEZA Vale caprichar no figurino para curtir a festa promovida pelo Clube Hípico em julho FOTOS: VERA VEIGA
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SHOW DE SALTOS Em 15 de agosto, o Clube Hípico promoveu a terceira etapa de seu ranking interno. Veja alguns cliques FOTOS: JAMILE TORSO
68 // ACONTECE Clube Hípico naBaroneza #39
DIA DOS PAIS Crianças e jovens colocaram a “mão na massa” na montagem de porta-retratos exclusivos para presentear os papais; no campo, pais e filhos se divertiram com futebol FOTOS: MARIANA L. GATTI
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CLÍNICA E TORNEIO DE TÊNIS O sucesso das edições anteriores motivou mais um dia inteirinho de atividades dedicadas aos amantes do esporte na Quinta da Baroneza FOTOS: VERA VEIGA
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74 // BEM VIVER
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LAZER INTEGRADO
Um lugar pensado para se desfrutar do convívio com a família e amigos, em total integração com a natureza. Arquitetos explicam como dar vida a esse sonho
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ma casa no campo remete à realização de um sonho. Um lugar pessoal e único, de integração com a natureza e permeado por uma tranquilidade e despojamento muitas vezes distantes do cotidiano nas grandes cidades. Cabe aos arquitetos e decoradores a tarefa sensível de colocar as aspirações e diferentes personalidades dos proprietários no papel. “O cliente quer uma casa no campo para resgatar algo que não tem na cidade. Quer construir um refúgio”, afirma a arquiteta Deborah Roig, que assina o living de campo da “Casa Cor” 2009. Mas esse cantinho especial nada tem a ver com isolamento, muito pelo contrário. As casas de campo modernas são pensadas para promover a integração da família e dos amigos. Cozinha gourmet aberta ao living e sala de jantar, salão de jogos unido à sala de TV, com abertura para deck e piscinas. Também os quartos
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Acima, perspectiva artística assinada por Deborah Roig. À dir., ambiente com harmonia entre cores e tecidos
podem se conectar, por exemplo, com um grande terraço em que haja lareira externa e um SPA. As soluções, enfim, são as mais diversas, e visam propiciar dias agradáveis, com riqueza de atividades para os proprietários e seus convidados. “Tudo é pensado de forma a destacar o
valor do convívio social. Mesmo ambientes essencialmente diferentes, como salas de leitura e de jogos, podem funcionar muito bem juntos. A pessoa joga snooker enquanto conversa com outra que está no computador, por exemplo”, explica Deborah. Outra tendência impor-
tante, segundo a arquiteta, é a integração das áreas de gourmet e lazer com o ambiente interno da casa. A perspectiva artística que ilustra esta reportagem – assinada por Deborah Roig – vai de encontro a esse conceito. “Nesta casa, fizemos um lounge no meio da piscina – uma área
de convívio e relaxamento para quem está curtindo aquele ambiente. Isso sem falar na própria piscina, que faz às vezes de espelho d’água e funciona como elemento decorativo fantástico.” Conhecidas, afetuosamente, como o “coração da casa”, as cozinhas gourmet
são muito valorizadas pelos proprietários de casas de campo e, também por isso, merecem atenção à parte. Pelo prazer de lidar com a terra e os alimentos, muitos reservam um espaço para horta em suas residências. “Tenho clientes que passaram a se interessar por culinária
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depois de possuírem uma casa no campo e passarem a ter um contato mais próximo com a natureza”, diz Deborah Roig. A cozinha gourmet, integrada a outros ambientes da casa, passa a ser então mais um lugar para relaxar, curtir o novo hobby, por assim dizer e, sobretudo, partilhar desses alegres momentos com pessoas queridas. “É um espaço bem especial para os proprietários. Sendo assim, procuramos projetá-lo de forma a aguçar os cinco sentidos, trabalhando o uso de diferentes texturas, cheiros e cores”, completa Deborah.
Pé direito alto Especificamente nos projetos arquitetônicos de residências da Quinta da Baroneza, o pé direito alto é outro elemento importantíssimo. “Ele proporciona bem-estar na residência, garantindo conforto térmico”, afirma Deborah Roig. A arquiteta Mariana Cecchini, sócia-diretora da Mariana Cecchini Arquitetura e Gerenciamento, é da mesma opinião. E vai além: “Os pés direitos podem ser altos – de cinco a sete metros – até mesmo nos quartos. NesTecidos artesanais, como o da poltrona Egg da Breton Actual, estão em alta; ao lado, detalhe da iluminação
ses ambientes, podemos fazer até mezaninos, onde amigos dos filhos podem instalar-se ou brincar”, conta. Outro recurso também bastante adotado nesse perfil de residência é a automação. “Quando está desfrutando de sua casa de campo, o morador quer ter o maior tempo de descanso possível. Ele também estará, por diversas vezes, ocupado, recebendo familiares e amigos. Portanto, ter à mão um sistema de automação que integre segurança, acionamento remoto de iluminação, aquecimento de água, calefação, som, TV, cortinas, irrigação de jardins e limpeza é imprescindível. Proporciona conforto e auxilia na manutenção de grandes ambientes”, explica Mariana Cecchini. No entanto, pelo menos no que diz respeito à decoração, a rusticidade é ponto forte no campo, dizem os arquitetos. Os sofás, por exemplo, são sempre de grandes dimensões e forrados de materiais resistentes – como a lona, em áreas externas –, para que as pessoas possam “se esparramar” e ficar horas. Peças de aço cromado vêm sendo substituídas por aço
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Mesa de bambu da Breton Actual e lavabo com revestimento em madeira: tendências no campo
corten ou bronze. Materiais com apelo ecológico também estão em alta, tais como a madeira de demolição – cujo aspecto rústico faz muito sucesso –; peças revestidas de materiais alternativos, como o bambu (confira imagem nesta matéria); lareiras a gás, que aquecem bem e evitam a derrubada de árvores; tecidos provenientes de garrafas PET, entre outros. Vale destacar que, pela proposta de integração e respeito à natureza, as casas de campo representam, por si só, uma ótima oportunidade de se abraçar as chamadas “tecnologias verdes”. “Já que essas residências podem ter, facilmente, áreas construídas de 500 a mil metros quadrados, compensam rapidamente investimentos para reuso de água, energia solar, revestimentos certificados, técnicas que visam trazer ventilação natural e umidificação dos ambientes sem o uso excessivo de ar condicionado, entre outras soluções”, afirma a arquiteta Mariana Cecchini.
Toque pessoal A definição da palheta de cores a serem adotadas na pintura e na escolha de acessórios permite um certo toque de ousadia. “As cores
estão sendo mais permitidas hoje em dia, principalmente na decoração de interiores. Elas são adotadas como forma de refletir a personalidade de quem mora naquela residência”, afirma Deborah Roig. A dica é criar uma base neutra e optar, então, por tonalidades mais terrosas – ou quentes –, que remetem à cor do fogo e dão um ar de conforto aos ambientes. Ainda na decoração, as tendências apontam para o uso do artesanato em produtos clássicos, como no caso da poltrona Egg, da Breton Actual, revestida de Suzani (veja foto nesta reportagem) – tapeçaria diferenciada, feita à mão. “O artesanato em produtos clássicos tem por objetivo personalizar os móveis e torná-los únicos. Já o uso das cores nessas peças fortalece a idéia da exclusividade e da personalização da decoração com o gosto do cliente, com as suas características”, explica Deborah. A arquiteta Mariana Cecchini conclui: “As cores e texturas devem estar sempre acompanhadas de um bom projeto luminotécnico (lightdesign), uma vez que, sem iluminação adequada, podem perder a verdadeira tonalidade, sem ressaltar as texturas e os detalhes da construção.”
82 // ÚLTIMA PÁGINA naBaroneza #39
MAIS CASAS, MAIS VERDE
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esta edição inauguramos a nova paginação do texto assinado pelo Conselho Deliberativo. Um espaço exclusivo, com maior visibilidade, perfeito para compartilhar boas notícias. A Quinta da Baroneza acaba de ultrapassar o marco de 80 obras simultâneas. Somadas às 150 que já estão prontas e outras 30 prestes a serem iniciadas, teremos em breve 260 residências em funcionamento. Sucesso inquestionável e uma recompensa merecida pelos 10 anos de dedicação dos empreendedores, administradores e proprietários, sempre em busca do melhor, do maior cuidado, do mais verde. E na esteira do crescimento vem a valorização: dez vezes em dez anos. Não é pouca coisa. E por falar em verde e valorização, queremos reiterar a questão das APPs – Áreas de Proteção Permanente. Muitos terrenos incluem pequenos bosques nativos e/ou são adjacentes a eles. Esses bosques, assim como as matas que delimitam o empreendimento e também as áreas ao redor dos lagos, rios e nascentes precisam ser 100% preservados. Não é permitido arrancar nenhuma espécie de vegetação e, antes
de qualquer plantio, os proprietários devem buscar orientação na administração. Outro tema importante: em setembro, concluímos a cobrança da chamada extra para custeio dos reparos aos danos causados pelas chuvas do último verão. Postes e árvores foram repostos; alambrados reerguidos; barragens, prainha e margens dos lagos foram recuperados; ajustes na Estação de Tratamento de Água estão sendo promovidos; a recomposição asfáltica já foi executada; assim como a substituição dos equipamentos elétricos e eletrônicos que foram queimados. Muito, portanto, já foi feito. Resta, entretanto, o desassoreamento do Lago das Palmeiras, entre outras obras dependentes de licenças ambientais requeridas e ainda não concedidas pelos órgãos competentes. Com paciência chegaremos lá. Para encerrar, um lembrete: vem aí o Reveillon 2010/2011, no Clube Hípico Quinta da Baroneza. Reserve já seus convites! Esse ano os lugares serão limitados e a festa promete “bombar” até o amanhecer.
Conselho Deliberativo
Membros do Conselho Deliberativo da Sociedade Residencial Quinta da Baroneza e Clube Hípico Quinta da Baroneza: Ricardo Campos Caiuby Ariani (Presidente); José Julio Aguiar de Cunto (Vice-Presidente); Alberto Jacobsberg; Almir José Meireles; Carlos Mario Siffert de Paula e Silva; José Roberto D’Affonseca Gusmão; Michael Jorge Alexander; Rafael Marques Canto Porto; Ricardo Uchoa Alves de Lima e Roberto Prado Kujawski