# 42//2011
Golfe entre amigos Os bastidores do Field Day 2010
Direto da agenda
Endereços imperdíveis para compra de itens de equitação
Cercas vivas Um recurso charmoso e versátil em paisagismo
No fim do mundo
Diário de viagem pelo sul da América do Sul
Rua Luiz Scavone, 711. Fones: 11 4524 5575 / 4538 5455. Itatiba.
Olhar \\ 7
Fotos: Cristiano Mascaro
naBaroneza #42
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não, do tamanho da minha altura...
8 // Olhar
naBaroneza #42
...Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. Fernando Pessoa (Alberto Caeiro), em “O Guardador de Rebanhos”
Conselho Editorial: Eurico Villela, José Julio Aguiar de Cunto, Renata Alves Lima, Ricardo
Campos Caiuby Ariani e Sérgio Lulia Jacob Superintendência: Sociedade Residencial Quinta da Baroneza - Eduardo Eichenberger Produção e publicação: Fontpress Comunicação
Av. Pavão, 955, cj. 85, Moema – São Paulo, SP – CEP 04516-012 • Tel.: (11) 5044-2557 • E-mail: nabaroneza@fontpress.com.br • Jornalista responsável: Márcio Padula (MTB 30.164) • Editora-chefe: Luana Garcia (MTB
43.879) • Colaboradores: André Soares e Welton Rodrigo Alves • Reportagem: Paula Ignácio e Ricardo Coquet • Fotografia: Cristiano Mascaro, Jamile Torso, Luciano Trevisan/Fotomídia, Márcia Almeida, Sérgio Shibuya e Tatyana Andrade • Direção de arte e editoração eletrônica: Wagner Ferreira • Diretora comercial: Angela Castilho • Executivos de negócios: Larissa Salgado, Leandro Lima e Paulo Zuppa • Impressão: Para anunciar:
Tels.: (11) 5044-2557 e 5041-4715 • E-mail: nabaronezapubli@fontpress.com.br Navegue pelas versões on-line da naBaroneza: www.quintadabaroneza.com.br Publicação bimestral, custeada integralmente por anunciantes. É proibida sua reprodução total ou parcial, sem autorização por escrito da editora. A Fontpress Comunicação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias, bem como dos artigos assinados inclusos nesta edição.
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Viajar é preciso, regressar é necessário
CARTA DO EDITOR \\ 11 naBaroneza #42
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Detalhe de cerca viva
Foto: ©iStockphoto.com / intst
iver e trabalhar em São Paulo quase sempre é uma experiência intensa e extenuante. Quem tem a oportunidade de deixar para trás o trânsito e partir para a Quinta da Baroneza nos finais de semana e feriados sabe o quanto vale essa “escapada”. Pensando na necessidade de equilibrar trabalho e lazer, a revista naBaroneza traz neste número (seção Mundo) uma sugestão de viagem pelos mares e campos gelados do sul da América do Sul; um roteiro fascinante pelo Chile, Argentina e fim do mundo. Seguindo para bem longe, a seção Clube Hípico fala de lojas de acessórios e serviços especializados em equitação, em cidades como Nova Iorque, Paris e Londres. Um guia para os admiradores da prática. Sem desarrumar as malas, na seção Gourmet o destino é mais curioso. Descubra o universo dos chás gelados que vêm de países como China, Japão, Índia e Sri Lanka. Aproveite para anotar uma receita simples de Infusão Vermelho Intenso, para refrescar este verão à beira da piscina. E como viajar é o tema, confira a matéria sobre o Museu TAM e os ícones do céu, expostos neste espetacular espaço de reverência aos aviões e aviadores. Viajar é preciso, porém, voltar para casa e desfrutar das delícias do lar é mais do que necessário. Por isso, a seção Bem Viver mostra como é simples reservar alguns metros quadrados de sua residência para o relaxamento. Finalizando nosso tour, que tal aprender sobre as cercas vivas e toda a sua funcionalidade, desde atenuar altas temperaturas e diminuir ruídos externos até contribuir para reduzir a poluição? É isso, caro leitor! Mais uma edição da naBaroneza feita para você. Um grande abraço, Equipe naBaroneza
ÍNDICE
36 12 // Golfe clube
48 // Vitrine
22 // Clube Hípico
54 // Acontece
26 // MEIO AMBIENTE 32 // infraestrutura 36 // mundo 44 // gourmet
Clube Hípico
66 // bem viver 72// Cidadania 74// Última Página
12 // golfe clube Field Day naBaroneza #42
Field Day
2010
Fotos: Tatyana Andrade
S
eja pela disputa diferenciada, em shot gun, pelas brincadeiras, distribuição de prêmios, ou pelo almoço de confraternização que reúne sócios, familiares, colaboradores e parceiros em clima de alegria e
descontração, o Field Day segue cumprindo com louvor a tradição de evento mais importante do ano no calendário do Quinta da Baroneza Golfe Clube. “É, sem dúvida, um grande dia, o mais marcante para todos os
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frequentadores e colaboradores do clube. Além da entrega dos troféus correspondentes aos torneios realizados no ano, sempre programamos atrações e prêmios diferenciados para celebrar a data”, afirma o presidente do QBGC, Eurico Villela. Realizado em 9 de dezembro, o Field Day é também a ocasião propícia para se fazer um balanço das realizações e
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BeST Ball - STroKe-plaY - 4 de dezembro de 2010 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º
duplas
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Pedro Cyrillo - roberto rosa Laercio Ferreira - samir Hakin Colin scott - Eugenio staub Carlos E. Villela - Eurico Villela Luiz r. rocha - Paulo dos santos Marcelo semeoni - Marcus Fabius Marcelo G. Monteiro - roberto Lara Caio Cardoso - renato Cardoso Luiz G .Frisoni - renato opice armando de toledo - armando de toledo Evandro da Cunha - Luiz Porto Elias Gedeon - olavo Panico Geraldo Haenel - nicolau Lunardelli ana Carolina Gomes - João Monteiro Daniel De Goeye - Enrique De Goeye Manuel Gama - rosa Fernandes Frederico Benite - roberto de Pietr Marcelo reis - Walter Ferreira renato Caruso - rogerio Maziero arnaldo La salvia - Clovis r. Junqu anna Maria Junqueira - Zilda kury Eduardo kury - satoshi yokota Mario Lacourt - Vera Quaresma rafael C. Porto - sergio M. Dória Beatriz do Valle - numa do Valle albert Lati - Guilherme Biscaia Cristiano Garcia - Eduardo de toledo0
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18 // golfe clube Field Day naBaroneza #42
dificuldades vencidas no ano. “2010 foi um período ótimo, bastante equilibrado. Todos os meses temos ao menos uma disputa grande no clube, além dos torneios patrocinados por sócios – alguns deles já se tornaram tradição no QBGC, inclusive. A areia das todas as bancas foi substituída e o campo, que já era bom, ficou ainda melhor. Tivemos alguns problemas por conta das chuvas, mas todos eles foram prontamente solucionados pela equipe do Golfe Clube”, diz Eurico Villela. “Estendo
20 // golfe clube Field Day naBaroneza #42
meus mais sinceros agradecimentos à todas as equipes, bem como aos sócios, parceiros e colaboradores.” Para o primeiro semestre de 2011, o destaque fica por conta da posse da nova diretoria (biênio 2011/2013). “Acredito que ela trará um fôlego novo ao clube, com novas ideias e projetos. Estou seguro que o QBGC será muito bem conduzido, com o empenho absoluto da nova diretoria”, finaliza Villela.
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para rechear a mala
Paris, Londres, Miami e Manhattan... quatro cidades com endereços imperdíveis para compra de produtos de equitação
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esmo com a prática se difundindo a passos largos no Brasil, os adeptos da equitação ainda carecem de mais endereços com acessórios de qualidade e serviços especializados. Por aqui, a busca por marcas reconhecidas no meio consiste em um verdadeiro “trabalho de formiguinha” – e ainda a um custo alto, pois a maior parte dos produtos é importada. “sempre que viajamos para fora do país tenho por hábito pesquisar lojas do ramo. assim acabo encontrando produtos de qualidade
ímpar, a preços excelentes”, conta Bettina Quinteiro, proprietária que compartilha da paixão por cavalos com o marido, Fernando Quinteiro. Bettina tomou contato com o hipismo há cerca de seis anos, quando adquiriu um terreno na Quinta da Baroneza. “Meu marido já montava. Foi quando comecei a ter aulas na Vila Hípica e me encantei pela prática”, diz. nesse período, a empresária acumulou uma lista de endereços preciosos no exterior, lojas que costuma recomendar a familiares e amigos. “são lugares
clube híPicO \\ 23 naBaroneza #42
DeSTino: manhaTTan
DeSTino: miami
Manhattan Saddlery Porque é bacana: “tem de tudo relacionado à equitação – tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro.”
Cowboy Center Porque é bacana: “É um pouco demorado de se chegar na loja, o caminho é longo... mas você encontra de tudo para equitação lá. É uma loja bem ampla, e com preços excelentes.”
aChados: - Pikeur: “marca muito famosa, que fabrica os melhores culotes. São itens mais caros, mas de altíssima qualidade. Compensam o investimento.” - Tipperary: “fabrica capacetes mais leves, feitos de fibra, que são ótimos de se usar. É muito difícil encontrá-los.” - Roeckl: “na minha opinião, as melhores luvas do mercado para quem pratica equitação.” - Joules: “ótimas camisetas e coletes para o inverno.”
aChados: - Capacetes GPA - Roupas típicas de cowboy, como cintos, perneiras e botas estilizados
DeSTino: pariS Equistable Porque é bacana: “outro endereço obrigatório no que diz respeito à equitação. Itens para cavalo e cavaleiro.”
aChados: - Aigle: “as famosas botas francesas para chuva são fantásticas, e também super difíceis de se achar no Brasil.”
DeSTino: lonDreS Harrods Porque é bacana: “a capital inglesa tem diversas lojas de acessórios para equitação, principalmente na região dos estábulos da rainha. Mas todas são muito caras, ou difíceis de se encontrar. Por isso indico a Harrods, que tem ótimas opções em vestuário e botas.”
aChados: 5
- “Roupas mais formais, tais como casacas e camisas, próprias para os participantes de competições em hipismo.”
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que comercializam marcas muito difíceis de serem encontradas no Brasil”, afirma. a convite da naBaroneza,
seu par perfeito. “Em nenhum lugar do mundo encontrei um trabalho tão bom como o do Diva (da Diva Botas, em Campinas – sP).
Bettina compartilha, na sequência, suas lojas preferidas na Europa, Estados Unidos e reino Unido, e aponta itens imperdíveis em cada uma. Mas ela avisa: no que diz respeito às botas de montaria, não é preciso ir muito longe para achar
a bota tem de ‘vestir’ o cavaleiro como uma luva. Deve ser feita individualmente, de acordo com as suas medidas. E o Diva oferece um serviço perfeito de fabricação e reforma, que faço questão de recomendar.”
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Guia De viaGem manhattan saddlery 117 East 24th Street Nova Iorque, NY 10010, Estados Unidos https://manhattansaddlery.com
equistabler 177 Boulevard Haussmann Paris, França Tel.: +33 (0) 145610257
harrods 87–135 Brompton Road Knightsbridge Londres, Reino Unido www.harrods.com
CoWboy Center 3221 NW 79th St Miami, Flórida http://cowboycenter.com
diva botas Fotos: 1 – © istoCkPHoto.CoM / MMEJan; 2 – Foto: © istoCkPHoto.CoM / GEt WirED; 3 – Foto: © istoCkPHoto.CoM / EL VaLDEZ; 4 – Foto: © istoCkPHoto.CoM / Mint o; 5 – Foto: © istoCkPHoto.CoM / HEartBar; 6 – Foto: © istoCkPHoto.CoM / FLaiVoLoka; E 7 – sÉrGio sHiBUya
Rua Alfredo Nunes, 130, Parque da Figueira II Campinas, SP Tel.: (19) 3238.6069
Bonitas e eficientes Muito usadas para separar áreas, as cercas vivas ajudam a reduzir partículas de poluição, atenuar altas temperaturas e até a conter ventos fortes e diminuir ruídos Por Paula Ignácio
Meio Ambiente \\ 27 naBaroneza #42
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uando o assunto é a separação de áreas em residências, logo vêm à cabeça os tradicionais muros, cercas e paredes. Mas as chamadas “cercas vivas” também cumprem com louvor essa função e, dependendo de sua forma e posicionamento, são tão seguras quanto os muros, mas com a vantagem de serem mais bonitas e até mesmo perfumadas. Normalmente são utilizados nas cercas vivas os arbustos e plantas lenhosas ou semi-lenhosas – que não produzem troncos –, uma vez que estes crescem verticalmente, na forma de galhos. Além dos arbustos, podem ser utilizadas determinadas espécies de árvores e trepadeiras. “Tudo depende do projeto da casa, das necessidades e do gosto pessoal dos proprietários”, destaca Leo Laniado, paisagista com projetos em residências da Quinta da Baroneza. As espécies arbustivas são consideradas ideais pelos especialistas, pois não passam de três metros de altura. Seus galhos entrelaçados ajudam a formar uma barreira visual que garante privacidade aos proprietários. Mas poucos se dão conta de que, além da funcionalidade, as cercas vivas são “amigas” do meio ambiente, uma vez que
Nesta pág., em projeto de Leo Laniado, as plantas dividem jardim interno de residência; à esq., cerca viva elaborada por Gilberto Elkis
colaboram para a diminuição de ruídos e redução das partículas de poluição, mesmo em áreas mais afastadas das grandes cidades. É importante que o profissional responsável opte pela espécie mais adequada ao perfil da residência – e de seus moradores. Algumas plantas crescem mais rapidamente e demandam maior manutenção, enquanto que outras exigem apenas duas podas ao ano. As cercas vivas que crescem mais rápido são as que se regeneram mais rapidamente também. A melhor escolha para os arbustos depende da fi-
nalidade e dos locais que se quer separar. “Para áreas de dimensões superiores, em uma residência convencional, podemos conceber uma cerca viva que tenha segurança e custo benefício, como por exemplo a Sansão do Campo (Mimosa caesalpineafolia), e alguns tipos de Pinheiros (Taxodium distichum, entre outros). Já para cercas cuja função é somente separar, podemos fazer uso de arbustos como Tumbérgia Arbustiva (Tumbérgia Erecta), Murta-de-cheiro (Murraya paniculata), Caliandra (Calliandra tweedii) e Viburno (Viburnum tinus). Existe ainda a possibilidade de
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demarcar áreas sem a obstrução da visão, e para isso podemos escolher arbustos dos tipos Buxinho (Buxus sempervirens), Azaléia (Rhododendron simsii) e Eugênia (Syzygium), que ficam ainda mais bonitos quando podados para permanecerem em tamanhos médios”, diz Leo Laniado. O Ficus (Ficus benjamina), espécie muito utilizada em cercas vivas, é um tipo de arbusto muito bonito e um dos mais baratos existentes no mercado. Sua manutenção é fácil: ele só precisa de duas podas ao ano – uma antes e outra depois do período das chuvas. O Ficus também se mantém bem verdinho no inverno, o que é excelente. No entanto, para que isso aconteça, suas raízes crescem muito rapidamente à procura de água, e podem se emaranhar nas raízes de outras plantas. Por isso não é recomendável plantá-lo muito próximo de outras plantas no jardim. Outro arbusto comumente adotado pelos paisagistas é o Buxinho (Buxus sempervirens), originário
“Algumas árvores ou arbustos altos podem formar cercas vivas quando plantadas próximas umas das outras, como o Pinheiro-de-buda (Podocarpus macrophyllus), o Ficus (Ficus benjamina), ou ainda a Murta (Murraya paniculata) e a Espirradeira (Nerium oleander). Os arbustos mais rasteiros formam maciços com altura suficiente para impedir a passagem, e as trepadeiras, quando aliadas a alambrados, cercas, gradil ou treliças, crescem formando uma eficiente barreira física e visual.”
Cercas vivas embelezam os jardins do Clube Hípico Quinta da Baroneza; à dir., mais um projeto assinado por Gilberto Elkis
Gilberto Elkis, paisagista
do Mediterrâneo. Este apresenta folhas menores em tons de verde-claro e aceita melhor a modelagem por podas. Para incrementar a eficiência da cerca viva, é necessário que se verifique as características de cada espécie, bem como a distância ideal para o plantio das mudas. Os paisagistas recomendam que esta última seja de, no máximo, 40 centímetros, de forma que a cerca viva fique bem fechada, formando uma espécie de muro natural. Para quem tem crianças e animais em casa, é preferível optar por espécies que não são tóxicas. “A toxicidade pode ser do tipo venenosa (que, no caso de ingestão, pode causar vômitos, tonturas e náuseas), ou do tipo irritante (a seiva da planta é tóxica e o contato com a pele pode causar vermelhidão e irritação). A maior preocupação com crianças e animais deve ser com as espécies venenosas, que podem ser ingeridas acidentalmente. No caso das irritantes, indicamos o
Sem espinhos, por favor! Resistente, robusto e de crescimento rápido, o Sansão do Campo é bastante utilizado em cercas vivas. Mais recentemente, algumas residências da Quinta da Baroneza vêm utilizando o arbusto para dividir áreas, o que causa preocupação. Isso porque os galhos do Sansão do Campo são repletos de espinhos, comprometendo a segurança de crianças e animais. Para evitar acidentes, a administração recomenda que os proprietários optem por cercas vivas com espécies não-espinhosas. Os vizinhos agradecem!
30 // meio ambiente naBaroneza #42
uso de luvas adequadas para a manutenção e poda”, observa o paisagista Gilberto Elkis, que também assina projetos na Quinta da Baroneza.
Para o efeito de cerca viva, Gilberto Elkis recomenda a utilização das treliças como apoio
Trepadeiras As chamadas trepadeiras também podem ser utilizadas como cercas vivas quando conduzidas ao crescimento junto a algum tipo de apoio. Caramanchões, pergolados, cercas, colunas e árvores são alguns recursos que conferem esse suporte. No entanto, para o efeito de cerca viva, é ideal a utilização de treliças como apoio. “Uma dica é a adoção de materiais como madeira e bambu. Quando pintadas, as treliças ficam muito bonitas e sugerem uma espécie de ‘caramanchão vertical’”, afirma Gilberto Elkis. Uma vez escolhidas as treliças que servirão de suporte, as espécies de trepadeiras mais indicadas para serem plantadas
SERVIÇO Gilberto Elkis Paisagismo Tel.: (11) 3815-9537
Leo Laniado Terracor Projetos Tel.: (11) 3814-2300
junto à elas são a Tumbérgia Azul (Thunbergia grandiflora) e o Maracujá (Passiflora). A Primavera (Bouganvillea glabra) também cresce muito bem e, com os cuidados corretos, pode florescer o ano todo. As trepadeiras, em geral, demoram mais para crescer e se desenvolver, o que demanda um pouco mais de paciência, além de cuidados redobrados com as plantas antes de se conseguir a privacidade pretendida. Mas seu efeito é realmente muito bonito, e todo o esforço acaba valendo a pena.
Cuidar da saúde das plantas pode ser muito fácil. Em praticamente todas as espécies de arbustos, as podas devem ser feitas mensalmente, com uma tesoura especial, retirando-se os galhos secos, ervas daninhas e folhas amareladas. Após o plantio, é importante que se regue bem a planta nos dez primeiros dias, até que ela se adapte ao novo ambiente. É bom molhar o jardim apenas no final da tarde, ou até mesmo à noite, uma vez que, nesses períodos, a evaporação da água acontece de forma mais lenta. Fotos: Divulgação
A grama do golfe é um teclado Por Ricardo Coquet // Fotos: Luciano Trevisan (fotomídia)
A
qualidade do gramado de um campo de golfe é visível a olho nu. O green (área em volta do buraco) tem que ser impecável, com grama de poucos milímetros. Dá trabalho. No green, o projeto começa com a criação de um
sistema hidropônico para fazer a grama crescer. Ao construir o campo, uma escavadeira cria um buraco profundo de 30 a 40 centímetros. Nos sistemas mais avançados, esse buraco é completamente revestido com plástico e, em seguida, recebe cascalho, canos de drenagem e
areia. A grama do green cresce em um meio de areia estéril com drenagem avançada. A superfície é construída de acordo com o relevo, para permitir o escoamento e não acontecer da água empoçar. O local em que o green é localizado também é importan-
infraestrutura \\ 33 naBaroneza #42
Nos detalhes, os cuidados com a grama no Quinta da Baroneza Golfe Clube
te. Ele precisa de bastante luz solar e de um bom fluxo de ar. Em seguida, a grama deve ser escolhida. Um meio de areia estéril e uma boa localização controlam um grande número de variáveis, mas a grama é totalmente dependente de
34 // infraestrutura
Foto: Sergio Shibuya
naBaroneza #42
cuidados para continuar viva. Precisa de uma dieta constante de água e de nutrientes. Assim que a grama é colocada, a manutenção deve ser iniciada. Inclui cortar diariamente com um cortador de precisão, irrigar, fertilizar, aplicar produtos químicos e ventilar. Como se vê, não é fácil. Segundo a administração do Quinta da Baroneza Golfe Clube (QBGC), a grama ali é impecável. A bermuda Tifway 419 é híbrida e apresenta resistência ao pisoteio, além de rápida recuperação após ocorrência de dano. As folhas são de uma textura fina. Essa grama tem um crescimento vertical médio e lateral intenso, formando um gramado denso. A Tifway 419 tem sido a mais popular grama esportiva dos últi-
mos 40 anos nos Estados Unidos e em várias partes do mundo. É a grama de clima quente que melhor se adapta a partir da Latitude 45 até a Latitude 0. Um gramado saudável como o do QBGC suporta facilmente temperaturas de até 40°C. Para se ter um gramado bonito é preciso ficar atento. Sem um belo gramado, não há golfe. No QBGC as condições são ideais para a prática do esporte. A manutenção é regra de ouro. Os greens são cortados diariamente a 3 milímetros de altura. Os fairways, cortados três a quatro vezes por semana, a 12 milímetros de altura. Os roughs, duas vezes por semana, a 34 milímetros de altura. Tees, três vezes por semana, a 10 milímetros de altura.
A s aparas de grama devolvem fertilidade ao solo, mas o excesso delas prejudica. Quando a parte removida não for superior a 1 centímetro, não há necessidade de remover a palha. O corte da grama não deve ultrapassar um terço de sua altura. Esta é a regra mais importante recomendada pela maioria dos especialistas. A grama assim é sempre verde, nunca amarelada ou queimada. A lâmina da máquina de corte deve ser sempre afiada. A aparência do gramado é resultado do corte perfeito. O corte é a operação que mais tempo toma na manutenção de um gramado. O corte é trabalho de pianista em seu teclado. No Quinta da Baroneza Golfe Clube é assim.
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1 – A exuberante natureza do Parque Nacional Torres Del Paine 1
Ao Sul da América do Sul: Diário de viagem Por Márcio Padula
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sta viagem começa na mais europeia das cidades da América do Sul, Buenos Aires (Argentina), em grande estilo, hospedando-se no pequeno e luxuoso CasaSur. Conhecido pelo atendimento impecável e inigualável, o hotel boutique tem mimos como jornais dos países dos hóspedes, quando estes acordam; e morangos com chocolate, quando vão dormir. O hotel fica na Recoleta, bairro nobre de Buenos Aires, que guarda, na arquitetura de seus prédios em estilo clássico, o melhor de uma época. A Recoleta é também onde está localizado o cemitério que abriga os restos mortais da maior heroína argentina, Evita Perón – a eterna primeira-dama portenha. O Cemitério Recoleta fica à apenas três quadras do CasaSur. Fechando as malas, a próxima parada será, literalmente, no fim do mundo, em Ushuaia, a cidade mais astral do planeta. De lá embarca-se para um cruzeiro fantástico até o “aterrador” Cabo Horn, último pedaço de terra antes do continente de gelo, a Antártida. Na sequência, o navio segue para o Estreito de Magalhães, na Patagônia Chilena.
No fim do mundo A cidade de Ushuaia na província da Terra do Fogo, extremo sul da América do Sul, na Argentina, é uma grande surpresa. Seu clima, abaixo de zero, contrasta com a simpatia e alegria da população, sempre solícita e pronta para ajudar. Ushuaia fica defronte ao Canal de Beagle, palco de muitas batalhas, e ro-
Buenos Aires Onde ficar CasaSur Art Hotel Recoleta Tel.: + 54 (11) 4515.0085 www.casasurhotel.com 2
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deada pelos Montes Martial e Olivia, que devem ser contemplados todas as horas do dia. Conforme a posição do sol (ou sua ausência), é possível ver que a neve branca pode ser também azul, bege... uma ilusão de ótica de encher os olhos. Se a estadia na cidade for de um ou dois dias, escolha visitar o antigo Presídio de Ushuaia, construído em 1902 e hoje transformado em Museu Marítimo. Lá o visitante pode, além de conhecer como era a vida dos prisioneiros ali encarcerados, se aprofundar na história das navegações que passaram pelo Cabo Horn, Estreito de Magalhães, Canal de Beagle, Estreito de Drake, ou seja, um prato cheio para os aventureiros e historiadores. Para comer e beber, o pub Bar Ideal, inaugurado em 1951, que fica bem no centro de Ushuaia, é perfeito. Um lugar agradável e com uma culinária que realça os sabores regionais da Terra do Fogo, como caranguejos, mariscos e merluza negra, além é claro, de uma boa carne e excelentes cervejas. De Ushuaia parte o cruzeiro até o Cabo Horn e Patagônia. A navegação pelos mares gelados dura três dias até Punta Arenas, no Chile.
Pelos mares do sul
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A aventura no navio Mare Australis, por ser uma embarcação relativamente pequena (acomoda no máximo
2 – Preparando o bote para desembarcar no Cabo Horn (ao fundo); 3 – Navegando por um fiorde; 4 – Final de tarde em Ushuaia, na Argentina; 5 – Em primeiro plano, Baía Wulaia e pôr-do-sol nas Cordilheiras; e 6 – A caminho dos glaciares
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Ushuaia Onde ficar
Los Acebos Ushuaia Hotel E-mail: reservas@losacebos.com.ar www.losacebos.com
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Onde comer
Bar Ideal Rua San Martin, 393 www.elbarideal.com
Navio Cruzeiros Australis www.australis.com
Torres Del Paine Onde ficar
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Patagonia Camp Tel.: + 56 (2) 334.9255 www.patagoniacamp.com
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Onde ficar
Explora Patagônia Tel.: + 56 (2) 395.2800 www.explora.com
Parque Nacional Torres Del Paine E-mail: ptpaine@conaf.cl
7 – Costão rochoso ao lado dos glaciares Piloto e Nena; 8 – O Glaciar Piloto (azul), ainda em plena atividade; e o Glaciar Nena (branco), sem movimentação; 9 – Ilha Magdalena com seus incríveis pinguins de Magalhães; 10 – O “famoso” yurt; e 11 – A exuberante natureza do Parque Nacional Torres Del Paine
130 passageiros em suas 61 cabines), faz o passeio ser agradabilíssimo, sem a irritante sensação daqueles aglomerados de gente dos grandes transatlânticos. Mas isto é um detalhe. O charme do navio, a cordialidade e experiência da tripulação, a alta gastronomia, deixam o turista extasiado desde início. As boas vindas têm coquetel, dança de tango e palestra sobre o Cabo Horn — primeira parada, na manhã seguinte. Jantar sublime com delícias
patagônicas, fim de noite com uma boa música... é o cartão de visitas para o esperado desembarque no mítico Cabo Horn, onde os ventos podem atingir 200 km/h. O nosso desembarque no Cabo Horn, o derradeiro pedaço de terra antes da Antártida, na latitude sul 55º, é indescritível e surpreendentemente tranquilo. A experiência única e inigualável traz emoção e perplexidade em todos que ali estão. É realmente um local especial, a última ilha do mundo. 10
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No mesmo dia, no final de tarde, a parada é na Baía Wulaia, na Ilha Navarino (de volta à Terra do Fogo), rica em história e lendas, onde o capitão inglês Fitz Roy e o naturalista Charles Darwin tiveram contato com os aborígenes Yamanás, no século XIX. Um lugar maravilhoso, brindado com um pôr-do-sol deslumbrante. No final da caminhada, a tripulação, ainda em terra firme, aguarda o grupo para servir chocolate quente e uísque. O segundo dia guardou o lugar mais fantástico e admirável de toda a expedição. Navegando pelos canais da costa ocidental da Terra do Fogo, chega-se ao Fiorde Alacalufe. Em botes Zodiac, adentramos no fiorde que, sem dúvida, transforma a visão das belezas naturais que um ser humano conhece. O deslumbramento é imediato: a coloração azulada do Glaciar Piloto em plena atividade contrasta com o Glaciar Nena, já sem movimentação, que parece mais uma pista de esqui, com o branco natural da neve. Esta experiência, com certeza, permite que o exuberante espetáculo da natureza nunca seja esquecido. No último dia da expedição, pelo Estreito de Magalhães, o desembarque acontece na Ilha Magdalena, onde mais de 70 mil pinguins de Magalhães fazem a alegria de crianças e adultos. Além dos pinguins, a ilha é rica em fauna,
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como os pássaros cormorões, gaivota dominicana e pombos antárticos, que constituem parte das aves do lugar. O desembarque final é na simpática e histórica cidade de Punta Arenas, no Chile. Os interessados podem fazer o caminho inverso e em quatro dias retornar à Ushuaia, visitando outras maravilhas do extremo sul da América. Mas nossa jornada continua, agora até as surpreendentes Torres Del Paine, a 400 quilômetros de Punta Arenas, pela Rota 9 Sul, ainda na região Patagônica.
As torres De onde estiver, nos 180 mil hectares do Parque Nacional Torres Del Paine, é quase
sempre possível enxergar as incríveis torres que dão nome ao parque (Paine) ou ainda os Cuernos Del Paine, montanhas símbolos do local. A paisagem desta bela e preservada reserva natural tem, além da neve, glaciares, lagos e animais como pumas, guanacos, raposas, condores e muitas espécies de aves. É certo, saíram de cena os pinguins e cormorões. Os lagos têm tons azulados, e se misturam com árvores contorcidas pelos ventos e às grandes geleiras como as do Lago Grey, espetáculos da natureza, que são contemplados com caminhadas acompanhadas com guias e toda estrutura de refeição e traslados até pontos específicos do parque. Para completar a experi-
12 – A bela paisagem do entorno do Patagonia Camp 12
ência, a hospedagem em Torres Del Paine é em um acampamento de luxo, o Patagonia Camp. Hotel que tem como filosofia causar o mínimo impacto ambiental e proporcionar uma estadia ao mesmo tempo simples e sofisticada – e por mais antagônico que seja, é possível. Do lado de fora a exuberância da natureza toma conta do hotel, as 18 ‘cabanas’, ou Yurts como são chamadas, podem parecer ao olhar desatento somente um acampamento, mas ao entrar o hóspede se surpreende com a beleza, o conforto e o luxo do piso de madeira, da cama king size, dos lençóis especiais, dos detalhes da decoração e da linha completa de produtos de banho. Nas noites frias, aguardar o jantar tomando um copo de vinho ou um pisco Sour e apreciando pequenas guloseimas preparadas pelo staff do hotel é só pretexto para enganar a mente e o corpo para as experiências gastronômicas que o chef Francisco Vegas prepara. Não volte para casa sem antes se deliciar com o ceviche de merluza austral, o “cordeiro magallánico” ou ainda as massas recheadas com centolla (o famoso caranguejo gigante de águas frias). E, para finalizar, as incríveis e imperdíveis sobremesas, apaixonantes de se ver e comer. Fotos: Divulgação
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Uma vis達o
Foto: © istockphoto.com / Kasiam
diferente dos chás
D
epois de muito viajar por diversos países, Monica Rennó, proprietária da Talchá, desvendou o mundo dos chás e descobriu que o Brasil ainda tinha muito o que aprender e explorar sobre a segunda bebida mais consumida no mundo. Ela resolveu então abrir a Talchá, mas o fez de um modo diferente. Em um ambiente descontraído e colorido, sem a atmosfera de austeridade que envolve a bebida. “As pessoas acham que os chás são para senhores e senhoras, que entendem muito. Pelo contrário, trata-se de uma bebida simples de fazer e gostosa de saborear”, explica Edson Pivoto, gerente da Talchá.
Adentrar a loja da Talchá é uma experiência completa de sentidos. Cores chamativas ilustram cada família de chá – os verdes, brancos, pretos, entre tantos outros. Cada embalagem levada para casa é totalmente explicativa, e inclui detalhes sobre como deixar a água na temperatura ideal, a forma certa de se apreciar, etc.. Os principais chás e infusões comercializados na loja vêm da Alemanha, Estados Unidos, África do Sul e, principalmente, da China, Japão, Índia e Sri Lanka. Para matar a sede no calor, Pivoto nos passou a receita de uma infusão gelada, perfeita para o nosso “verão 40 graus”.
Entenda a diferença entre chá e infusão Chá — é tudo que provém da folha da Camellia Sinensis, e que resulta nos chás verdes, brancos, pretos, entre outros. Infusão — palavra usada para designar a bebida feita a partir da imersão de ervas, flores e frutas, ou de uma combinação delas em água quente. Por exemplo: o chá de hortelã natural que fazemos em casa é considerado uma infusão.
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infuSão vermelho inTenSo Descrição: para os amantes das infusões de frutas vermelhas. O blend encanta por sua beleza, aroma e sabor. origem: Alemanha
inGredientes: — Botões de hibisco — Pedaços de maçã, cassis, morango e framboesa desidratados — Aromas naturais
como faZer Uma colher de chá da infusão pronta por xícara; Temperatura da água: 98°C. Após ebulição, deixar esfriar por dois minutos; Tempo: 4-5 minutos de infusão.
ServiÇo talChá Shopping Pátio Higienópolis Av. Higienópolis, 618, Piso Pacaembu São Paulo (SP) www.talcha.com.br
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Foto: HttP//sPEEDBirDs.FrEE.Fr
Ícones do Céu
Por riCarDo CoQUEt // Fotos: MárCio JUMPEi
N
ada existe sem o sonho. Ele é o estofo que torna tudo grandioso e digno de memória. são Carlos, 13 de junho de 2010. Desde esse dia, está reaberto ao público o Museu taM. objetivo: preservar para a atual e futuras gerações a história da aviação, seus criadores, heróis, construtores, pilotos, mecânicos e toda a estirpe voadora da terra. ali o público pode ver de perto um acervo de 72 aeronaves, todas com sua história resgatada e em condições de voo. Para o público alado – dizem que no mapa astral dessas pessoas são muitos os planetas em signos de ar - “prato cheio” seria uma
expressão modesta. ali estão todos os ícones do céu. E tem um detalhe: dá para ir de avião. o Museu taM é a realização do sonho dos irmãos rolim e João Francisco amaro. “Queríamos criar um lugar que inspirasse o público, um lugar de descobertas, de encantamento, de reflexão, de conhecimento e de experiência. apaixonados por aviação, desejávamos compartilhar esse sentimento com outras pessoas”, explica o comandante João amaro, que hoje preside o Museu taM. Para ampliar e modernizar sua área útil, o museu foi fechado para o público em junho de 2008. na reabertura, a área útil passou
de 9,5 mil m² para mais de 22 mil m². o projeto teve como principal objetivo tornar o museu interativo, com diferentes formas de conteúdo para todas as idades. a concepção das instalações originais, que pertenciam a uma antiga fábrica de tratores, foi preservada, mas o Museu taM ganhou novos espaços, como auditório para palestras e eventos, área de acolhimento, lanchonete, área de turbinas (onde se explica o funcionamento dos equipamentos que impulsionam os grandes jatos), espaço moda (que mostra a evolução dos uniformes de companhias aéreas do mundo) e o espaço rolim (que conta a história e a trajetória da companhia e de
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seu fundador). os ambientes de exposição foram o objetivo maior da reforma. os mais atuais recursos tecnológicos são empregados para tornar a viagem pelo universo da aviação mais informativa e interativa. Audioguides em quatro línguas (português, francês, inglês e espanhol) e videoguides para deficientes auditivos estão disponíveis. algumas das peças são exibidas em cenografias que retratam o ambiente em que operavam, inserindo o visitante no contexto histórico de cada uma delas. os visitantes podem experimentar também dois simuladores de voo F-18. Do alto de uma esplanada, é possível ver as 72 aeronaves expostas de um total de 100 mantidas pela instituição. Enumerar todas as raras e lendárias aeronaves fica
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difícil em um conjunto desse porte. a coleção começou com duas aeronaves, o Cessna 140 e o Cessna 195. a estrela maior do acervo, o savoia-Marchetti sM-55 Jahú, é um hidroavião monoplano da década de 1920, que atravessou o atlântico sul em viagem que começou em 28 de abril de 1927. o Jahú está tombado como Patrimônio Histórico de são Paulo. o Lockheed L-049 Constellation tem as cores e o logo da Panair. Foi abandonado por 34 anos no Paraguai. Chegou a operar como restaurante. Foi doado à taM pelo governo paraguaio em 2000. o Cessna 140 pousou em 1960 na Floresta amazônica boliviana, com o piloto Milton terra Verdi e seu cunhado, antonio augusto Gonçalves. o socorro chegou muito tarde, apenas quatro meses
depois. Verdi sobreviveu 70 dias e nesse período escreveu um diário que acabou virando o livro “Diário da Morte – a tragédia do Cessna 140”. o republic P-47D thunderbolt é um modelo de caça criado para combater os aviões alemães na reta final da Segunda Guerra Mundial. Ficou conhecido pela sua grande resistência. o modelo exposto serviu à FaB (Força aérea Brasileira) e, originalmente, operou na campanha brasileira na itália, de onde foi trazido depois da guerra. o Vought F4U-1 Corsair é um caça naval das forças aliadas. Foi projetado para enfrentar os caças japoneses Zero na segunda Guerra Mundial. Ele é considerado o melhor de todos os caças a pistão já fabricados. o modelo do acervo foi produzido em 1943 e chegou ao Brasil em
aSaS Do DeSeJo
1 – Vought F4U-1 Corsair 2 – Savoia-Marchetti SM-55 Jahú 3 – Messerschmitt BF 109 G-4 Trop
Na Quinta da Baroneza, também há quem deseje as asas dos pássaros e quem concorde com a paixão dos idealizadores do Museu TAM. “Nasci com enorme paixão por tudo que voa: o ar, os elementos naturais e meteorológicos e pelos mistérios do voo.” Essas palavras voadoras são de Mike Alexander, condômino do empreendimento. Que diz ainda, “diria que o homem nasceu para voar, procura imitar os pássaros, e por mais que tente, não consegue superar a graça e a perfeição de seus voos!” Para Alexander, o voo como negócio é elemento para satisfazer a paixão dos que nele militam e dele participam como pilotos e aviadores. É uma realidade inexorável, e seria difícil entender o mundo sem o transporte aéreo. “Costumamos dizer que existe uma distinção
entre pilotos e aviadores. Pilotos são os que operam aeronaves com elevada eficiência técnica operacional e segurança, mas sem muita paixão. Aviadores fazem tudo isso de forma bem melhor, porque trabalham com amor pela causa, sentem enorme prazer em conduzir seus voos da forma mais perfeita possível, curtem ensinar seus pupilos, que chamamos de manicacas, e se realizam quando eles se tornam respeitáveis comandantes de belas e sofisticadas aeronaves”, exalta. Alexander começou a voar aos 16 anos e jamais parou. O Museu TAM é para ele programa que pode contribuir para que se aprenda muito sobre a aviação brasileira. “Lá, podemos curtir aviões de esporte, instrução, relíquias militares da Segunda Guerra e alguns aviões comerciais, todos muito bem preservados, com esmero e a preocupação de mantê-los idênticos a como eram quando saíram de suas fábricas”, finaliza.
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1999, vindo da Nova Zelândia. É o mais antigo Corsair ainda em condições de vôo no mundo. O Supermarine Spitfire Mk.IX foi o mais popular de todos os caças da Segunda Guerra Mundial. Projetado em 1935, foi peça fundamental para evitar a invasão da Inglaterra pela Alemanha e a única máquina capaz de fazer frente aos poderosos caças da Luftwaffe (Força Aérea Alemã). O modelo em exposição chegou voando ao Museu TAM. O Messerschmitt BF 109 G-4 Trop, caça projetado na Alemanha em 1934, entrou em operação em 1936. Era o avião principal da Luftwaffe. Voou no Esquadrão JG 27 no norte da África, o mesmo no qual combateu o virtuose Hans Joachim Marseille.
Os dioramas são atrações especiais do Museu. Neles, as aeronaves históricas estão expostas em cenários que remetem às situações reais em que operavam. Concebidos para atrair e entreter os visitantes, cinco dioramas estão entre as principais atrações da exposi-
ção. Vegetação, solo e objetos ajudam a compor a atmosfera lúdica. Com esses dioramas, montados em “ilhas” e espalhados pela área de exposição, o museu coloca os visitantes no contexto da história de cada uma das lendárias aeronaves de seu acervo.
SERVIÇO O Museu TAM está localizado em São Carlos, à 250 km de São Paulo. Fica no Distrito de Água Vermelha, no km 249,5 da rodovia SP-318, que liga São Carlos a Ribeirão Preto. Tel.: (16) 3306.2020 Site: www.museutam.com.br Horário de funcionamento: quarta-feira a domingo, das 10h às 16h (entrada autorizada até as 15h) Coordenadas: Latitude 21º 52’ 35’ ‘ S e Longitude 047º 54’ 12’ ‘ W
Lockheed L-049 Constellation
Festa atĂŠ o sol nascer Fotos: MĂĄrcia Almeida
Clube Hípico acontece naBaroneza #42
A
evento de celebração da virada do ano no Clube Hípico vem crescendo em participantes e estrutura, em sintonia com a expansão da Quinta da Baroneza como um todo. Apesar da limitação do número de convites, medida imposta de forma a garantir o conforto e ex-
celência no atendimento de todos os presentes, 750 pessoas deram as boas-vindas a 2011 na sede do Clube – número cerca de 20% superior ao ano passado. O comparecimento em peso dos proprietários e seus convidados garantiu o sucesso absoluto da festa, organizada pela diretora
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Clube HĂpico acontece naBaroneza #42
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58 // acontece Clube HĂpico naBaroneza #42
social do Hípico, Eliane Consentino. A decoração, conforme antecipou Eliane à naBaroneza, foi estruturada em tons quentes como o laranja, abóbora e o ocre. Além do buffet irrepreensível, novamente a cargo de Paula Mesquita, as flores foram outro aspecto que encantou os convidados. O grande lustre da entrada do Clube Hípico foi todo enfeitado por orquídeas “chuva-de-ouro” amarelas. Elas também foram estrategicamente distribuídas pelo teto do salão de jantar – um toque requintado e aconchegante. À meia-noite, todos se reuniram na área da piscina para o tradicional show pirotécnico. A festa seguiu animada até as 5h30, embalada pelo som do DJ. 2011 está só começando!
60 // acontece Clube Hípico naBaroneza #42
Habemus grama! A disputa do ranking interno do Clube Hípico Quinta da Baroneza teve início no dia 15 de fevereiro. A ocasião foi marcada pela abertura da pista com grama e do picadeiro coberto do Clube Hípico
Fotos: Jamile Torso
62 // acontece Clube Hípico naBaroneza #42
Fãs do tênis Para incrementar o finalzinho das férias de verão, o Clube Hípico Quinta da Baroneza promoveu mais um sábado de clínicas e torneios de tênis. Com atividades para várias faixas etárias e distribuição de troféus, os eventos foram concorridíssimos Fotos: Jamile Torso
64 // acOntece Clube HĂpico naBaroneza #42
A melhor vista será sempre a sua: de dentro da sua casa.
Imagem meramente ilustrativa.
Casa de praia, campo ou cidade, não importa qual é a sua, a Ivete Naccache sabe como deixá-la ainda mais bonita. Na Ivete Naccache você encontra tudo para cama, mesa e banho com muito bom gosto e qualidade. Venha conhecer.
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues • 272 • Vila Olímpia • São Paulo • SP • T.: 3846-6317 • Estacionamento no local. www.ivetenaccache.com.br
bem Viver \\ 67
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Um tempo só seu
É
sonho de muitos ter um local em casa próprio para o relaxamento do corpo e do espírito. Um projeto, no geral,
fácil de se realizar, segundo os especialistas ouvidos pela naBaroneza, mesmo em se tratando de residências com proporções
totalmente distintas. Pode começar com um espaço simples, cercado por plantas e reservado à prática do ioga por
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exemplo. E crescer para uma área nobre da residência, que pode receber saunas, academia, macas para massagem, sempre em comunicação com as piscinas. “Costumo dizer que as pessoas cada vez mais têm se permitido destinar alguns metros quadrados de suas residências para locais de relaxamento e cuidados com o corpo. Acho que isso tem a ver
Nesta página, SPA’s em residências projetados por Camila Corradi, um deles com vista privilegiada para o campo de golfe da Quinta da Baroneza; à dir., área de lazer e relaxamento assinada por Leonardo Junqueira
com a vida estressada à qual estamos submetidos hoje em dia”, afirma Leonardo Junqueira, arquiteto com diversos trabalhos na Quinta da Baroneza. Trata-se, portanto, de um pedido constante, sobretudo por parte de proprietários de casas de veraneio de alto padrão. Mas um detalhe curioso: quem manifesta esse desejo é quase sempre a mulher. “Ela é quem
pede, mas o marido também desfruta desses espaços”, ressalta Junqueira. Os projetos atuais possuem detalhes capazes de conquistar todos os membros da família, independentemente de gênero e idade. Hidromassagem, ofurô, saunas secas e úmidas, diferentes tipos e tamanhos de ducha – algumas com aplicação de cromoterapia
ou com termostato, que deixa a água na temperatura ideal – são itens bastante solicitados. Tudo isso envolvido por grandes janelas, que facilitam a entrada de luz natural e valorizam o verde do entorno. “Um proprietário pediu que eu projetasse uma área de descanso com ducha ao ar livre, para que pudesse relaxar em contato com a natureza”, conta a arquiteta Camila Corradi,
que também assina projetos na Baroneza. Leonardo Junqueira, por sua vez, destaca o banheiro que projetou para um apartamento de proporções generosas em São Paulo, capital: “desenvolvi um espaço próprio para o relaxamento dos proprietários, com uma banheira solta no centro – esta com hidromassagem –, TV de frente para ela, ducha de teto,
70 // bem viver
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canto para maquiagem, entre outros itens especiais.”
Atentos aos detalhes O cuidado no design de interiores é outro aspecto valorizado pelos arquitetos. “No que diz respeito aos tecidos, costumo optar por materiais leves, como o linho, e os resistentes à água (Aquablock). Também estão em alta o vidro, as pedras naturais e o mármore”, afirma Camila Corradi. Quando as crianças são uma constante no convívio dos proprietários, é preciso envolvê-las no projeto. “Penso, por exemplo, em uma área exclusiva para elas, com piscina própria, resguardando a privacidade e o conforto dos adultos. As travas de segurança – para as portas das saunas, por exemplo – são outro recurso primordial”, completa a arquiteta.
Cliques do “banheiro dos sonhos” de Leonardo Junqueira
Fotos: Divulgação
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72 // cidadania
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um por todos
E
m fevereiro a Comissão de Cidadania retomou suas atividades e uma das primeiras providências foi avaliar as ocorrências internas mais recentes. Felizmente, o saldo das férias de verão foi muito positivo: convivência harmônica, respeito e segurança. Como o número de residências no condomínio não para de crescer, com muitas novas famílias chegando, achamos que agora, no começo do ano, é um bom momento para relembrar as regras de entrada e saída de funcionários. Esse é um tema delicado, que gera algumas controvérsias, mas basta refletir um pouco para perceber que o objetivo é promover o bem estar de toda a comunidade. os funcionários devem entrar e sair pela portaria 2. a equipe de segurança está treinada e instruída para solicitar a inspeção de veículos, randomicamente. Muitos fun-
cionários reclamam e veem nisso uma ofensa pessoal. infelizmente, vivemos numa época em que a preocupação com segurança exige medidas incômodas. o próprio conceito de condomínio vem da busca de um ambiente com mais proteção. Quando pensamos nas medidas de segurança nos aeroportos, nas revistas na entrada e saída de museus, parques, eventos e, pior ainda, na rotina muito mais difícil de quem vive em regiões de conflito… então aí fica mais fácil entender e acatar as regras
da nossa comunidade. são pequenas exigências individuais, em nome de uma grande tranquilidade para todos. Pedimos aos srs. proprietários que abordem esse tema com seus funcionários, incentivando-os a colaborar. Com compreensão e ajuda teremos sempre um ambiente organizado e o mais seguro possível. Em breve divulgaremos a agenda de treinamentos e palestras de 2011. o primeiro curso será de Culinária natural, aguardem!
Comissão de Cidadania comissaodecidadania@quintadabaroneza.com.br
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Detalhe da nova pista de grama do Clube Hípico Quinta da Baroneza
Início dos trabalhos
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omeçamos bem o ano. As férias de verão foram bastante aproveitadas no condomínio, muito sol, famílias se divertindo com tranquilidade e segurança. Em relação ao ano passado, a chuva fez menos estragos. Cidades bem próximas como Atibaia, Itatiba e Louveira sofreram prejuízos bem maiores. Ainda assim, precisamos estar sempre atentos, e medidas como drenagem de água nos jardins, impermeabilizações, manutenção geral de telhados e calhas e outras tecnologias “antialagamentos” tornam-se prioridade. Para o lago das Palmeiras, foram concedidas as licenças ambientais e a obra de desassoreamento começará em breve. Já no Clube Hípico, o picadeiro coberto foi inaugurado, aliviando cavaleiros e amazonas não só da chuva, mas principalmente do sol. No começo de fevereiro inauguramos também a pista de grama, com a realização da prova do Ranking Interno. Na sede principal, a ampliação do fitness está quase pronta.
Dando continuidade ao tema citado na edição passada - a nova rede de telecomunicações -, prevemos o início dessa operação ainda no primeiro semestre. Por tratar-se de solução corporativa, o valor fixo mensal (menor que o atual) será rateado entre todos na taxa condominial, restando a cobrança individual pelo uso particular com as chamadas telefônicas. Entre outros benefícios teremos: serviço de interfonia entre portarias, residências e clubes, maior velocidade na rede de internet, melhor qualidade do sinal de telefonia, suporte técnico in company, garantia contratual de 99,5% na disponibilidade dos serviços e menor valor de minutagem nas ligações. Sem dúvida um grande avanço. Até mais, Conselho Deliberativo
Membros do Conselho Deliberativo da Sociedade Residencial Quinta da Baroneza e Clube Hípico Quinta da Baroneza: Ricardo Campos Caiuby Ariani (Presidente); José Julio Aguiar de Cunto (Vice-Presidente); Alberto Jacobsberg; Almir José Meireles; Carlos Mario Siffert de Paula e Silva; José Roberto D’Affonseca Gusmão; Michael Jorge Alexander; Rafael Marques Canto Porto; Ricardo Uchoa Alves de Lima e Roberto Prado Kujawski