Revista Farmácia Magistral - Edição 6

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Publicação da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. ANO 1 Nº 06 - MAIO/JUNHO 2010

COM A PALAVRA, OS ESPECIALISTAS: ENCONTRO INTERNACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS ACONTECERÁ EM SÃO PAULO EM JULHO

ESTRATÉGIAS DE MARKETING PARA FIDELIZAR CLIENTES A PARTICIPAÇÃO DA ANFARMAG NO XX CONGRESSO PAN-AMERICANO, EM PORTO ALEGRE


ANO 1 Nº 06 - mAIO/JUNHO 2010 – revIstA dA fArmácIA mAgIstrAl

Farmácia Magistral_ED06 - Capa Especial Frente.indd 1

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ANO 1 Nº 06 - mAIO/JUNHO 2010 – revIstA dA fArmácIA mAgIstrAl

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Presidente da Anfarmag

CARTAS ENDEREÇOS

SINAMM Monitoramento 2010 começa a implantar suas novidades TV Farma é elogiada por seus assinantes Porto Alegre sediará Congresso Pan-americano de Farmácia Homeopatia: um tratamento seguro e eficaz Anfarmag lança o edital para o TEMMA 2010

Estratégia: a atenção que vende O novo programa de auditoria do SINAMM O associativismo como elemento-chave da estratégia empresarial

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CULTURA FARMACÊUTICA A mulher que virou símbolo da luta contra a violência Casos & Causos

MUNDO ANFARMAG

RELAÇÃO DE ANUNCIANTES

Encontro Internacional acontece em São Paulo em julho

ECONOMIA E NEGÓCIOS 40 38 32

Maria do Carmo Garcez

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POLÍTICA FARMACÊUTICA

Para isso, todas as regionais e sucursais, assim como a Anfarmag Nacional, estão empenhadas em discutir a situação com os Conselhos de Medicina e Farmácia. E o SINAMM Monitoramento 2010 tem um programa para capacitar as farmácias a realizarem uma visitação médica capaz de levar mais valor e conhecimento sobre a farmácia e o medicamento magistral. Onde houver uma farmácia magistral, esse profissional terá uma certeza: ele não está sozinho. Muito obrigada.

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lação de confiança com os profissionais médicos. Nos últimos 30 anos, o setor de farmácia magistral se desenvolveu em nosso país porque uma boa parte das farmácias exclusivamente dedicadas à manipulação criou sistemas próprios de visitação médica. Trabalharam com afinco, de sol a sol, para mostrar aos médicos como sua ciência pode contribuir de modo significativo em muitos tratamentos. E fizeram isso enfrentando um lobby intenso, que paulatinamente retirou das faculdades de medicina uma compreensão do que é e para que serve a farmácia que faz medicamentos. Sem esse pé na estrada, o segmento não teria a importância que tem hoje. Se há uma parcela que desvirtua este trabalho, precisamos ter coragem para discutir por que e como se implantou essa postura, e as formas para que todos atuem cada vez mais unidos em prol do medicamento magistral junto aos médicos.

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SUMÁRIO

Quando já cuidávamos do fechamento desta edição da Revista da Farmácia Magistral, a Anfarmag precisou lidar com a reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que apurou a existência de propostas de farmácias para pagamento de comissões a médicos que se disponham a encaminhar a elas pacientes com suas prescrições. Perplexidade e indignação foram dois dos adjetivos mais usados nos dias que se seguiram à exposição vexatória de profissionais farmacêuticos. Seja pelo que disseram, pela forma como o fizeram ou, pior, por irem além ao mostrarem caminhos para ludibriar sistemas de controle sanitário e de regulamentações profissionais. Doeu – e muito – assistir àquilo. Ver meia dúzia de representantes de farmácias terem posturas que ofendem a tantos que trabalham para desenvolver a instituição farmácia magistral, a profissão farmacêutica e, acima de tudo, uma re-

EDITORIAL

CONFIANÇA MÉDICA

02 – Consulfarma 07 – Elyplast 09 – Capsugel 11 – Capsutec 19 – LED 23 – Millipore 29 – Chemyunion 33 – BSTec 35 – Pharmaceutical 39 – Labsynth 41 – All Chemistry 47 – Quibasa 51 – Feevale 57 – Senac 59 – Alternate 60 - LED


Foto: Divulgação

POLÍTICA FARMACÊUTICA

Encontro Internacional acontece em São Paulo em julho

Esta é a grande novidade para os associados Anfarmag: o Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais, a ser realizado paralelamente à 20ª Expo Farmácia, com entrada gratuita para suas mesas-redondas, palestras e painéis. Uma oportunidade única porque permitirá conciliar sua participação com a visitação a uma das mais tradicionais feiras do setor. E, ao mesmo tempo, possibilitará a aquisição de novos conhecimentos sobre assuntos técnicos, científicos e tributários ligados ao setor farmacêutico

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erá realizado em São Paulo, de 1º a 3 de julho, no Expo Center Norte – um dos espaços mais modernos para realização de feiras e congressos da América Latina – o Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais, promovido pela Anfarmag. O evento reunirá renomados palestrantes e autoridades nacionais e internacionais para debater o processo magistral, a prestação de serviços farmacêuticos, as últimas tendências e novidades em formulações e ativos, como também sistemas de garantia da qualidade e os marcos regulatórios. A Anfarmag costumava realizar um encontro de farmacêuticos bienalmen-

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Farmácia Magistral

te, o Farmag. Embora bastante sólido do ponto de vista técnico, esse encontro acabava coincidindo com outros eventos do setor. “Além disso, estávamos tendo certa dificuldade de patrocínio para viabilizálo financeiramente”, conta a presidente da associação, Maria do Carmo Garcez. “Tivemos convites para realizar o nosso encontro em parceria com eventos já existentes e optamos pela Expo Farmácia, feira tradicional realizada pela Racine, onde já estávamos sempre presentes. Assim, conseguiremos facilitar bastante a vida dos nossos associados, que certamente já viriam a São Paulo em julho para a feira, e poderão otimizar a sua viagem. Essa é a maior razão para termos criado o

Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais neste novo formato”. O evento vai promover o encontro e a troca de ideias dos farmacêuticos magistrais em âmbito nacional e, desta vez, também internacional. Serão três dias inteiros de cursos, palestras e mesasredondas debatendo temas de absoluto interesse do setor magistral. Ele será realizado de maneira independente dentro da 20ª Expo Farmácia, que também congrega uma série de outros eventos paralelos: 20ª Semana Racine de Atualização em Farmácia, o 7º Encontro Racine de Professores Universitários, a Farmácia Integrada, o Farma Meeting Expo 2010, a Arena de Idéias, o Cosmetic Show – 3º


O Expo Center Norte, em São Paulo, é um dos espaços mais modernos para a realização de feiras e congressos

Fórum Internacional de Farmácia Estética e o Espaço Showcase. Segundo o diretor executivo da Anfarmag, Marco Fiaschetti, a realização do Encontro permitirá aos participantes ficarem por dentro de assuntos de interesse do segmento, trocar experiências e ter contato com os dirigentes da entidade, enfim, fazer networking. Fiaschetti frisa ainda que “ao contrário do Farmag, este é um Encontro gratuito para os associados, que poderão participar de todos os debates, palestras e mesas-redondas. Somente os cursos terão uma pequena taxa de inscrição, a qual deverá ser antecipada pelo site especialmente criado para o evento”, contempla. Outra vantagem é que, por conta de realizar um congresso exclusivo para farmacêuticos magistrais sem a preocupação com toda a estrutura e montagem de uma feira de negócios, a Anfarmag poderá focar esforços nos assuntos prioritários dos associados e nos frequentes e necessários encontros com as diversas entidades, instituições e órgãos de saúde. E foi também possível programar e preparar melhor as atividades do Encon-

tro Internacional, como seus três cursos: Hormônios Bioidênticos, pelo farmacêutico americano Kerry Earlywine e pela farmacêutica brasileira Reginalda Russo; Comunicação com Prescritores: Entendendo Estratégias Corretas, ministrado pelo consultor de marketing e relacionamento médico José Almeida; e Gestão Estratégica com Ênfase em Planejamento Tributário, a ser ministrado pelo Sebrae. “Do ponto de vista técnico, esses três temas foram selecionados entre dezenas pela sua importância e relevância no momento, além de terem sido os mais solicitados à comissão do Encontro. São assuntos absolutamente top, debatidos por palestrantes do mais alto nível, e que poderão trazer resultados práticos e objetivos para os associados e todo o segmento”, pontua Vagner Miguel, responsável pela área técnica da Anfarmag Ainda segundo Miguel, o primeiro curso dará ao farmacêutico a capacidade e segurança de manipulação de produtos eficazes e de qualidade que atendem às necessidades de pacientes e prescritores. No segundo, a atenção estará centrada na questão do imprescindível relaciona-

mento técnico e ético entre farmacêuticos magistrais e os médicos, com foco no bem estar e saúde dos usuários e diferenciação da farmácia frente aos profissionais de saúde. E o terceiro curso estará atento ao movimento do mercado na questão tributária, ou seja, às estratégias de condução estratégica dos negócios levando-se em consideração a tributação da atividade. “Ultimamente está havendo mudanças na área tributária que podem afetar profundamente a gestão financeira da farmácia”, avalia Vagner. Para o tesoureiro da Anfarmag, Antônio Geraldo Ribeiro Júnior, que faz parte da comissão organizadora do evento, a grande preocupação é elevar o nível da farmácia. Para ele, as discussões devem ser feitas em um fórum amplo como este, e não em pequenos cursos. O auditório, com capacidade para 180 pessoas, deverá receber farmacêuticos de todo país e também os colegas da Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Estados Unidos, Espanha, Portugal e Itália que estão sendo convidados. “Os hormônios bioidênticos, por exemplo, representam um assunto polêmico, pois há correntes

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Foto: Divulgação

POLÍTICA FARMACÊUTICA Encontro Internacional acontece em São Paulo em julho

Um dos auditórios do Expo Center Norte como este ficará exclusivamente destinado ao Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais

de ginecologistas e endocrinologistas que acreditam que eles não fazem diferença alguma. Nós achamos importante aprofundar esse debate”, afirma Antonio Geraldo. Ele acrescenta que também será discutida a dispensação ativa, a RDC 44 e outros assuntos técnicos, científicos e políticos ligados ao setor magistral. ENCONTRO DISCUTE HORMÔNIOS BIOIDÊNTICOS Segundo Ivan Teixeira, secretário geral e diretor técnico da Anfarmag, o tema hormônios bioidênticos foi escolhido para um curso porque só a farmácia magistral consegue fazer esse produto da forma adequada. “É uma prática terapêutica realmente muito individualizada e que requer a composição magistral, e é por isso que esse assunto está provocando uma demanda tão grande. Muitos farmacêuticos magistrais querem aprender sobre esses hormônios e temos certeza

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Farmácia Magistral

que os associados que se inscreverem vão gostar muito. E é curioso que o Brasil ainda não trabalhe muito com os bioidênticos, pois a farmácia magistral americana faz bastante essas formulações. Então era preciso que a Anfarmag trouxesse esse tema, dado por especialistas no assunto, pois precisamos abrir um novo horizonte para todos os nossos associados”, pontua Teixeira. O curso Hormônios Bioidênticos será ministrado no primeiro dia do Encontro Internacional pelo americano Kerry Earlywine. Farmacêutico, é graduado pelo College of Pharmacy da New Southeastern University, na Florida (Estados Unidos), onde também foi residente em psicofarmacologia e fez o seu doutorado. Atuou como professor na mesma universidade, e também como farmacêutico comunitário, farmacêutico magistral e gerente de farmácias. Atualmente é consultor para assuntos magistrais da Empresa Medisca Network. Também é autor de

vários artigos sobre terapia de reposição hormonal e farmacotécnica magistral nos Estados Unidos, Canadá e México. O curso será dado também por Reginalda Russo, integrante da diretoria técnica da Anfarmag. Farmacêutica graduada pela Faculdade Oswaldo Cruz, ela é especialista em manipulação alopática e possui 20 anos de experiência no segmento magistral. É ministrante de aulas em cursos livres de especialização e de pós-graduação nas áreas médica, farmacêutica e nutrição, e palestrante em congressos das áreas médica e farmacêutica. Tem vários artigos publicados em revistas especializadas nas áreas de modulação hormonal, tratamento de dor e cosmiatria. É autora do livro Terapia de Modulação Hormonal Bioidêntica (lançado em 2009). A atividade abordará, entre outros tópicos, a função adrenal, hormônios reprodutivos, tiróide, suplementação nutricional x reposição hormonal,


CHEGOU A LINHA DE FRASCOS QUE IRÁ REVOLUCIONAR O MERCADO DE EMBALAGENS.

FRASCO PET TAJ MAHAL


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POLÍTICA FARMACÊUTICA Encontro Internacional acontece em São Paulo em julho

farmacocinética dos hormônios, benefícios do tratamento, monitoramento e avaliação do paciente, estudos de casos clínicos aplicados à prática magistral e ferramentas para colocar em prática a terapia de reposição hormonal. Logo após o curso haverá uma mesaredonda sobre o tema de forma aberta para todos os associados, com moderação de Ivan Teixeira e a presença de Paulo de Tarso Lima, da Associação Internacional de Rejuvenescimento, além da presença de Earlywine e Reginalda como debatedores. Nesse dia também haverá a apresentação Nutracêuticos: correção de sabor, suplementos nutricionais e avaliação de fornecedores, além de convenções do SINAMM e da Infar. CURSO SOBRE COMUNICAÇÃO COM PRESCRITORES A programação do segundo dia prevê o curso Comunicação com prescritores: entendendo estratégias corretas, ministrado pelo médico e especialista em marketing José Almeida, consultor da Focal Point Consultoria e Treinamento, em São Paulo. Com mais de 20 anos atuando na área de comunicação e treinamento para o mercado farmacêutico, Almeida acredita que a farmácia magistral tem um grande potencial e capacidade de participar muito mais desse mercado. Seu curso abordará as mais diversas estratégias para desenvolver e melhorar o relacionamento das farmácias magistrais com os prescritores. Na oportunidade, Almeida também terá a oportunidade de divulgar e debater os achados da inédita pesquisa realizada pela Anfarmag junto a médicos e demais profissionais prescritores acerca de suas opiniões e atitudes frente ao medicamento magistral e à farmácia de manipulação. Haverá nesse dia também, e igualmente de forma gratuita aos associados,

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Farmácia Magistral

A farmacêutica Reginalda Russo dará curso sobre hormônios bioidênticos

uma apresentação sobre Farmacotécnica: estabilidade de soluções orais, formulação de cápsulas abaixo de 10mg e avaliação de prescrição, dada pela farmacêutica Patrícia Malafati, diretora técnica do Laboratório Proquimo. E uma mesa– redonda sobre comunicação com prescritores, com a moderação de Maria do Carmo Garcez, presidente da Anfarmag, e a participação de José Almeida e Hugo Guedes, vice-presidente da associação, como debatedores. GESTÃO E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA PAUTA A programação do terceiro dia prevê o curso Gestão Estratégica com Ênfase em Planejamento Tributário, a ser ministrado por um especialista do Sebrae. Haverá em seguida uma mesa-redonda aberta sobre tributação da atividade magistral, com mediação de Ademir Valério da Silva, vice-presidente da Anfarmag, e o advogado Umberto Saiani, além do representante do Sebrae, como debatedores. Maurício Szacher, gerente de projetos da WW Consultoria, vai versar nesse dia sobre Autoinspeção: planejamento, execução e ações. Schazer é engenheiro químico, bacharel em matemática com licenciatura em Física e Estatística, es-

pecialista em qualidade pelo Juran Institute - USA. Pós-graduado em marketing industrial e administração de empresas, ele ministra cursos, palestras e seminários sobre qualidade e produtividade. Também é professor de cursos especiais do FDTE, na Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Viçosa e dos cursos de pós-graduação das Faculdades Osvaldo Cruz. Membro de Comitês e Examinador do PNQ da Fundação Prêmio Nacional da Qualidade, é diretor do ILAQ - Instituto Latino Americano de Desenvolvimento da Qualidade e diretor e consultor de empresas para as áreas de Gestão Organizacional, Sistemas de Gestão Integrada e produtividade da World Wide Consultoria. COMO VOCÊ PODE SE INSCREVER As inscrições para o Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais se darão exclusivamente através do site www.eifm.com.br até o dia 25 de junho de 2010, de acordo com as categorias Estudantes, Associado Anfarmag ou Não Associado Anfarmag. Após esta data, somente pelo telefone (11) 2199-3499 (opção 5), ou no local do evento. Portanto, para evitar filas ou contratempos é recomendável inscrever-se o mais depressa possível. O evento é totalmente



POLÍTICA FARMACÊUTICA Encontro Internacional acontece em São Paulo em julho

gratuito para os associados da Anfarmag, com exceção dos cursos. Ao se inscrever, o participante terá acesso à programação completa dos cursos. A categoria Estudantes é exclusiva aos alunos de graduação em farmácia. Será obrigatória a apresentação dos devidos comprovantes de matrícula ou de mensalidades referentes ao ano de 2010 quando da entrada no auditório. A validação das inscrições para a categoria Associado Anfarmag (pessoa jurídica ou física) se dará de acordo com os dados cadastrais existentes junto à Anfarmag e

situação financeira da contribuição associativa. Inscrições efetuadas como pessoas jurídicas deverão vir necessariamente com indicação dos dados cadastrais do profissional para o respectivo curso. O pagamento se dará exclusivamente via boleto bancário, não sendo possível o pagamento mediante cartão de crédito ou depósito em conta corrente. Os boletos serão enviados pela Anfarmag. Atente, portanto, para as datas de vencimento, pois não será possível a prorrogação das mesmas. A efetuação do pagamento de inscrições em nome de pessoa jurídica

é de responsabilidade desta, independentemente de quaisquer outros. Inscrições antecipadas contarão com descontos promocionais, respeitando-se as datas limites. Também serão oferecidos descontos adicionais para inscrições em mais de um curso. A Flytour Eventos é a agência oficial de turismo especialmente credenciada para o Encontro. Maiores informações podem ser obtidas pelo tel. (11) 3318-8616 ou pelo e-mail: eventos.pm@flytour.com.br ou ainda no site www.flytour.com

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO ENCONTRO INTERNACIONAL 1º DE JULHO Curso 1 - Hormônios Bioidênticos 09h às 12h30 Ministrantes: e Dr. Kerry Earlywine 14h às 16h e Dra. Reginalda Russo

13h às 14h

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3 DE JULHO

Curso 02 - Comunicação com Prescritores: Entendendo Estratégias Corretas

Curso 03 - Gestão Estratégica com Ênfase em Planejamento Tributário

Ministrante: Dr. José de Almeida

Ministrante: SEBRAE

Como eu Faço: “Nutracêuticos: Correção de sabor, Suplementos nutricionais e Avaliação de fornecedores”

Como eu Faço: “Farmacotécnica: Como eu Faço: “Autoinspeção: Estabilidade de Sol. Orais, planejamento, execução e ações” Formulação de cápsulas abaixo de Palestrante: 10mg e Avaliação de Prescrição” Maurício Szacher (WWConsultoria) Palestrante: Patricia Malafati (Laboratório PROQUIMO)

Mesa Redonda 01: Hormônios Bioidênticos

Mesa Redonda 02: Comunicação com Prescritores

Mesa Redonda 03: Tributação em Farmácias

Moderador: Ivan da Gama Teixeira

Moderador: Dra. Maria do Carmo Garcez

Moderador: Dr. Ademir Valério Silva

Debatedores: Dr. José de Almeida Dr. Hugo Guedes de Souza

Debatedores: Dr. Humberto Saiani - Moreau SEBRAE

Debatedores: Dr. Kerry Earlyvine 16h30 às 18h (Farmacêutico Americano) Dra. Reginalda Russo (Dir. Técnica Anfarmag) Dr. Paulo de Tarso Lima (Associação Internacional de Rejuvenescimento)

18h às 20h

2 DE JULHO

Eventos conjuntos: Convenção SINAMM Convenção INFAR

Farmácia Magistral

Reunião de Diretoria com Associados Anfarmag



POLÍTICA FARMACÊUTICA

SINAMM Monitoramento 2010 começa a implantar suas novidades

Foto: Ana Meinhardt

O 2º Ciclo cumpriu seu papel e deu suas lições. A edição 2010 vai inovar no controle de qualidade, nas auditorias e no programa de comunicação e marketing – inclusive com os prescritores, entre outros

Méri Martins, diretora técnica da Medicatus, recebe seu certificado do SINAMM 2009 das mãos de Eduardo Aranovich de Abreu, coordenador do SINAMM no Rio Grande do Sul

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Farmácia Magistral

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odo ciclo da natureza traz renovação, saúde, beleza, novas cores – é praticamente uma nova vida. Não é diferente com o SINAMM, o Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral da Anfarmag, que encerrou seu 2º Ciclo em 2009 e iniciou nova etapa em 2010, com antigos e novos objetivos, diferentes estratégias, e a expectativa de ainda melhores resultados. Foi o que transpareceu na apresentação de fechamento do SINAMM 2009 e apresentação do SINAMM 2010, realizada pela diretoria da Anfarmag em reunião na sede da entidade dia 12 de março, com todos os presidentes das Regionais e diretores das Sucursais. A presidente da associação, Maria do Carmo Garcez, acredita que todos têm muito a comemorar no ciclo 2010 que se inicia: “Tomamos decisões ousadas e às vezes até polêmicas, mas foi uma vitória imensa – vitória que se traduz na redução dos valores pagos pelas farmácias para o cumprimento das exigências sanitárias, com criteriosas e pré-definidas especificações, tanto para nossos associados


quanto para o mercado como um todo”. Hugo Guedes de Souza, vice-presidente da Anfarmag, corroborou seu entusiasmo e referiu-se ao inovador sistema adotado para o credenciamento do prestador de serviço como um balizador dos preços no mercado. E deu um exemplo: cada análise de uniformidade de conteúdo, em 2009, custou R$ 660; em 2010, caiu para R$ 338. Como são seis análises anuais, isso leva a uma economia de R$ 1.800 para cada farmácia. “Se arredondarmos esse número para um universo de seis mil farmácias, teríamos uma economia de mais de R$ 10 milhões!”. Guedes ainda completa que “nossa entidade também deve atuar para a sustentabilidade dos negócios no setor, e esta iniciativa é um exemplo de como a união das farmácias, coordenadas pela associação, podem beneficiar todo um segmento”. Segundo Alba Andrade, diretora do Comitê Nacional do SINAMM, o sistema já é destacado pela vigilância sanitária como uma espécie de divisor de águas, e as farmácias participantes são vistas como referência nas inspeções em algumas regiões. “A vigilância detecta menos problemas e menos não-conformidades, e o conceito de qualidade está mais esclarecido nas farmácias participantes do SINAMM”, afirma. OS RESULTADOS DE 2009 O número total de farmácias inscritas no 2º Ciclo foi de 920, com algumas poucas desistências durante o processo. Das farmácias que o concluíram, 75% já receberam o certificado de conclusão. A expectativa é que as restantes completem suas pendências até final de maio como, por exemplo, a falta do preenchimento de todas as avaliações dos treinamentos transmitidos pela TV Farma ou a publicação dos relatórios de auditorias realizadas – problemas pequenos que certamente devem estar sendo resolvidos. Os módulos do 2° Ciclo foram Educa-

ção Continuada, Controle de Qualidade, Desenvolvimento de Autoinspeção (Auditoria) e Monitoramento dos programas via webdesk Anfarmag. O Programa de Educação Continuada pela TV Farma teve um índice de aprovação de 94,93% pelos farmacêuticos e de 93,54% pelos colaboradores – números bastante altos, que indicam que o programa está no caminho certo. Foram 14 treinamentos aplicados em um total de 4.200 horas de transmissão (excluídas 20 horas de aulas de homeopatia). Outro número significativo foi o encontrado pelas auditorias: 99,3% das farmácias participantes do Sinamm 2009 atendem total ou parcialmente as boas práticas farmacêuticas. No Programa de Controle de Qualidade, alguns destaques, como as metodologias analíticas exclusivamente farmacopeicas e as auditorias nos laboratórios homologados baseadas na ISO/IEC 17025. Das análises de insumos armazenados houve 98,29% de aprovação, e nas análises de bases galênicas, 97,49% de aprovação. Já nas análises de produtos acabados houve uma redução de mais de 50% das não-conformidades em comparação com o 1º Ciclo SINAMM, justamente pela utilização de metodologias farmacopeicas e/ou validadas. “Na época, houve enormes pressões dos laboratórios pelo fato de termos passado a especificar as metodologias das análises, mas os resultados mostram que estávamos no caminho certo. Tanto que conseguimos uma grande evolução no 2º Ciclo em relação ao 1º”, diz a diretora do SINAMM, Alba Andrade. Hugo Guedes de Souza apoia o otimismo de Alba. “Houve redução em cerca de 50% das não-conformidades em relação às observadas durante o 1º Ciclo, uma melhoria sem igual”, afirma o vice-presidente. A presidente da Anfarmag, Maria do Carmo Garcez, também apresentou os resultados do 2º Ciclo do SINAMM no “II Fórum Magistral de Debates – Boas Práticas em Farmácia: RDC 44/2009 – aspec-

tos legais e práticos”, realizado em Porto Alegre (RS) no dia 9 de abril. Quanto à edição 2010 do programa, Garcez afirma que “a dispensação ativa prevista no SINAMM 2010 representa a adequação aos requisitos da RDC44/2009 e demonstra a atenção e iniciativa que a Anfarmag também vem tendo em relação ao desenvolvimento das atividades da farmácia como estabelecimento de saúde”. Em abril e durante todo o mês de maio as regionais e sucursais da Anfarmag mobilizam-se para a entrega dos certificados às farmácias concluintes do SINAMM 2009, inclusive em cerimônias oficiais preparadas especialmente para isso. SINAMM MONITORAMENTO 2010 Com a experiência adquirida em dois ciclos, a Anfarmag constatou a necessidade de aperfeiçoamentos para 2010. O novo programa vai aprofundar o sistema de qualificação e autorregulação já desenvolvidos, e incluiu as áreas de dispensa ativa, marketing magistral e homeopatia. Hugo Guedes de Souza destaca a dispensa ativa e o projeto de comunicação e relacionamento com os profissionais prescritores como os grandes diferenciais. “A nossa expectativa é a que as farmácias sejam fortalecidas. Muitas vezes os médicos não prescrevem produtos manipulados apenas porque não foram preparados para isso, ou não têm dados para prescrever com segurança”, diz a presidente da associação, Maria do Carmo Garcez. Uma das grandes novidades é que as farmácias participantes da nova etapa do SINAMM (cerca de 950 estabelecimentos) receberão chancelas na forma de adesivos. Colados em portas ou áreas de atendimento, indicarão que estão sendo monitoradas pela entidade, como forma de possibilitar ainda maior confiança na atividade por parte dos prescritores e da população. E o programa de dispensa ativa vai oferecer educação continuada

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Foto: Ana Meinhardt

POLÍTICA FARMACÊUTICA SINAMM Monitoramento 2010 começa a implantar suas novidades

Da esq. para dir.: Maria do Carmo Garcez, Ademir Valério da Silva, Anaí Belleza, Neila Rosa, Evelise Reche e Eliane Aranovich confraternizam em coquetel oferecido após a entrega dos certificados SINAMM 2009 em Porto Alegre

para farmacêuticos e também para atendentes. Até porque aproximadamente 10% dos erros de medicação se originam na dispensação e cerca de 50% deles provêm de erros de prescrição, exigindo, assim, uma atuação acurada do farmacêutico para cada paciente/usuário, personalizada. “A dispensa ativa ocorre em conversas com clientes, quando há solicitação de medicação por prescrição ou mesmo na automedicação, quando os farmacêuticos, de modo quase informal, mas de maneira sistematizada, obtêm as informações necessárias para tomar a decisão cabível a cada paciente”, diz Ivan da Gama Teixeira, da diretoria técnica da Anfarmag. APOIO TAMBÉM PARA A HOMEOPATIA Outra novidade no SINAMM 2010, o programa de homeopatia permitirá aos participantes usufruir de apoio especializado. “A farmácia homeopática no Brasil é bastante forte e se destaca mundialmente pelo nível de padronização alcançado”, diz Maria Cristina Ferreira, que integra a diretora da Anfarmag e é especialista em homeopatia. Formulado para ampliar o conhecimento filosófico e técnico, levantar dados sobre a qualidade

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Farmácia Magistral

dos medicamentos e oferecer subsídios ao monitoramento e desenvolvimento da manipulação homeopática, o novo módulo visa preencher algumas lacunas. Seu conteúdo abrange auditorias, monitoramento da qualidade dos insumos ativos homeopáticos (matrizes e tinturas-mãe) e também cursos de farmacotécnica homeopática. O programa de treinamento na TV Farma terá 20 horas/aula. Como já foi informado na edição anterior, o SINAMM Monitoramento 2010 revolucionou o controle de qualidade ao credenciar um único laboratório de controle de qualidade para a prestação desse serviço, o Laboratório Proquimo, homologado através de Leilão Reverso e Auditoria. Foram efetuadas duas auditorias baseadas na ISO/IEC 17025, nas quais todo o sistema analítico do laboratório foi avaliado, incluindo seus recursos humanos, sistema de garantia da qualidade, capacidade total, tecnologias e sistema de atendimento ao cliente. O Proquimo trabalhará com métodos exclusivamente farmacopeicos e/ou validados. O mesmo modelo também foi adotado para a escolha da empresa de serviços de auditoria. Uma única empresa, a World Wide Consultoria, também homologada através de leilão reverso e avaliação de capacidade, foi credenciada para auditar todas as far-

mácias participantes. Os destaques da educação continuada, por sua vez, serão: treinamentos através da TV Farma incluindo, gestão de relacionamento e comunicação com prescritores, dispensa ativa, boas práticas de atendimento e vendas, bem como homeopatia. A carga horária dos treinamentos será variável, conforme o tema. De forma inédita, o módulo de marketing para as farmácias divulgarem sua participação no SINAMM Monitoramento 2010 aos clientes contempla: cartazete impresso para o PDV, folder impresso para distribuição, porta folders, vídeo para exibição na área de recepção, banners, sacolas em papel, e artes para anúncios e outdoor. A motivação dos colaboradores das empresas também é contemplada pelo SINAMM Monitoramento 2010 em seu módulo de endomarketing. Trata-se da disponibilização de recursos para os gestores das farmácias trabalharem o comportamental de suas equipes, tais como: concursos culturais, programas na TV Farma, jogos ou materiais lúdicos, e um jornal periódico com fatos e dados da grande “família” formada pelos participantes do SINAMM Monitoramento 2010. Os primeiros resultados de todo esse esforço já surgiram. O mercado passou a estabelecer preços concorrenciais em controle de qualidade como nunca se viu antes; os treinamentos já iniciados através da TV Farma contemplam temas evidenciados pelos participantes do 2º Ciclo; e as auditorias demonstram a melhoria da performance das farmácias incluídas no SINAMM. Certamente o SINAMM Monitoramento 2010 trará um nível de desenvolvimento sem precedentes para o segmento, e contribuirá decisivamente, e mais uma vez, para destacar a farmácia de manipulação brasileira perante os clientes, prescritores e autoridades sanitárias, bem como projetá-las ainda mais no cenário internacional.



Foto: © iStockphoto.com / Michelmik

POLÍTICA FARMACÊUTICA

TV Farma é elogiada por seus assinantes

Farmacêuticos e gestores de farmácias fazem um panorama geral sobre o canal corporativo, destacando seu eficiente conteúdo e sugerindo algumas implementações na sua programação

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á pouco mais de um ano no ar, a TV Farma segue conquistando os telespectadores que buscam atualização e treinamentos específicos na área farmacêutica: atualmente, mais de 800 farmárcias participam desse projeto, que transmite conhecimentos e informações destinados a toda a equipe farmacêutica, gestores e colaboradores. Com produção realizada nos estúdios da ENAD Plataforma Educacional, em Alphaville (SP), e transmitida via satélite, a programação da TV Farma é conduzida por renomados profissionais contemplando cursos, treinamentos, entrevistas, curiosidades, notícias, lançamentos dos principais fornecedores do segmento, entre outros tópicos. Como forma de implementar melhorias contínuas, a equipe Anfarmag responsável pelo canal corporativo está sempre atenta às sugestões de seus assinantes. É por isso que, no melhor estilo “a TV Farma por quem a vê”, a Revista da Farmácia Magistral ouviu vários profis-

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sionais que acompanham assiduamente sua programação, para saber o que está tendo bons resultados e o que ainda pode ser melhorado ou implementado. Neste segundo ano, a TV passou a também contemplar cursos na área de marketing e atendimento. Em fevereiro e março foi ao ar o curso Boas Práticas em Atendimento em Farmácia, (que está sendo reapresentado), ministrado por Marco Fiaschetti, consultor e docente especializado na área. O curso abordou os processos de comunicação envolvidos no atendimento realizado nas farmácias, as falhas que podem levar a um atendimento deficiente e a necessidade de sempre superar as expectativas do cliente. “A questão não é apenas a de se prestar um bom atendimento: é necessário abordar o cliente de uma forma positiva, fazendo coisas que ele nem espera”, diz Fiaschetti, que ensinou inclusive técnicas para lidar com reclamações de clientes zangados. O farmacêtico Sergio Vieira, de Igarapava (SP), que havia pedido um curso nesses moldes no ínicio do ano, aprovou total-

mente o conteúdo. “Numa cidade de 30 mil habitantes e distante das capitais, os resultados desse curso me mostraram que minha pequena farmácia pode ser equiparada às das grandes cidades”, afirma Vieira. É PRECISO ORGANIZAÇÃO PARA ASSISTIR Em relação a conteúdo e palestrantes, Ana Bernadete Amorim Martins de Morais, farmacêutica e proprietária da Farmacenter, em Apiaí (na divisa de São Paulo e Paraná), é só elogios – fazendo coro com os outros profissionais entrevistados. E dá uma dica importante para um melhor aproveitamento das aulas. “Dentro das farmácias, é preciso haver um gestor que conheça a grade de programação do canal, organize os grupos de funcionários por interesse de tema e estimule os colaboradores a assistir”, ensina ela, que desempenha esse papel dentro de sua farmácia. Entre os pontos que merecem aten-



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macêutica Emylene Boness de Araújo, da Aqua Fontis, em Porto Alegre: “Os horários dos treinamentos que nos interessam são ou muito cedo ou muito tarde”, diz “Poderia haver algo mais intermediário”. APLICAÇÃO NO DIA A DIA Farmacêutica há 40 anos, Judith Barbagli, proprietária do estabelecimento Farmacopéia na capital paulistana, concorda com os benefícios da TV Farma. “Os treinamentos beneficiam a farmácia como um todo. Os funcionários passam a ver o cliente de uma forma diferente, de acordo com a necessidade dele. Em contrapartida, os clientes retornam outras vezes justamente por causa do bom atendimento, e não passam por várias farmácias antes de chegar a nós”, ressalta Judith, que organiza as turmas em turnos em uma das salas da farmácia, durante o expediente. “Para o funcionário, é uma bagagem que vai carregar para o resto da vida. Além disso, ele não precisa fazer cursos no final de semana e ficar longe da família.” Segundo a farmacêutica Flavia Andrade, da Nossa Fórmula Farmácia de Manipulação em Suzano (SP), os treinamentos disponibilizados pela TV Farma são totalmente aplicáveis no dia a dia do trabalho. “Percebemos a mudança na rotina em ações como uma sugestão de funcionário, a revisão ou mesmo um novo procedimento”, explica. Na opinião dela, a grade do canal pode ser acompanhada por toda a equipe. “Nos primeiros ciclos do SINAMM, seus cursos eram voltados para os funcionários e farmacêuticos. Agora, neste ciclo 2010, também estão direcionados para farmacêuticos, proprietários, equipes de marketing e de atendimento, o que é ótimo.”

Assinante desde janeiro de 2009, Sergio Vieira, proprietário da farmácia Pharmacopeia na cidade de Igarapava (SP), garante que os programas com foco em farmacotécnica e garantia da qualidade, aos quais ele assiste sempre, melhoraram – e muito – as operações diárias e a postura de todos, inclusive a dele. Ele tem um monitor de TV na área de atendimento aos clientes e percebe que, apesar do caráter técnico destes programas, os clentes acabam olhando. E lança uma sugestão para os programadores da TV Farma: criar conteúdo direcionado aos clientes, como programas educativos em saúde, formas de uso de medicamentos, propaganda de produtos, entre outros temas. “Outra sugestão seria um curso sobre ações sociais, que pode gerar grandes resultados”, aposta ele. Os responsáveis pela programação da TV Farma agradecem todas as sugestões apontadas, avaliando a possibilidade de implementá-las como forma de tornar a TV Farma, de fato, o canal de televisão do farmacêutico brasileiro.

Foto: © iStockphoto.com / Loungefrog

POLÍTICA FARMACÊUTICA TV Farma é elogiada por seus assinantes

ção, Ana Bernadete destaca o programa “momento Quiz”, jogo de perguntas e respostas com informações sobre diversos fundamentos das práticas magistrais. “Caso soubéssemos com antecedência o conteúdo que será abordado nos momentos Quiz, teríamos melhores condições de planejar quais profissionais devem assisti-lo”, sugere a farmacêutica. E elogia: “A qualidade da programação é maravilhosa, todos nós estamos muito motivados. Antes, eu tinha de pagar motorista para nos levar até Curitiba para fazer algum curso, o que era cansativo e implicava gastos. Agora, não. As aulas são acompanhadas dentro de uma sala na própria farmácia.” Uma das proprietárias da Alquimia Manipulação Farmacêutica, em Bragança Paulista (SP), Silmara Serinoli Rodrigues também enfatiza o aspecto custo-benefício do canal. “Para nós é uma opção válida, pois não precisamos nos deslocar para fazer os cursos em outro lugar”, afirma. Ela faz, ainda, uma sugestão: “Mesmo com a ferramenta eletrônica disponível para o encaminhamento de dúvidas relativas aos cursos e a postagem das respostas pelos próprios ministrantes, poderia haver uma seleção de algumas das perguntas consideradas mais importantes, para serem respondidas no ar.” Para a farmacêutica, essa implementação só reforçaria o já eficaz conteúdo do canal. “Percebemos um reflexo na nossa rotina de trabalho, com mudanças de comportamento, novas idéias e sugestões. Para o funcionário que está começando, ou mesmo migrando para uma nova área na farmácia, os cursos são ótimos”, avalia. Silmara também faz uma sugestão acerca dos horários dos programas. “Eles poderiam ser ainda mais flexíveis. As reprises, geralmente, acontecem depois das 18 horas, o que para nós fica bastante complicado.” Essa é também a sugestão da far-



POLÍTICA FARMACÊUTICA

Porto Alegre sediará Congresso Pan-americano de Farmácia

Foto: Divulgação CFR-RS

São esperadas mais de duas mil pessoas para o evento em Porto Alegre, em maio – que pela primeira vez é realizado no Brasil e reunirá cientistas, pesquisadores, profissionais de saúde, agências reguladoras e estudantes

Juliano da Rocha, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS) é um dos anfitriões do Congresso

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lguns dos principais profissionais da área farmacêutica e da saúde vão estar em Porto Alegre de 26 a 29 de maio, para o XX Congresso Pan-Americano de Farmácia (Fepafar), realizado em conjunto com o XIV Congresso da Federação Farmacêutica Sul-Americana (Fefas). O evento acontecerá pela primeira vez no país, elevando-o à posição de destaque no calendário mundial da profissão. São esperadas duas mil pessoas de mais de 50 países, como Venezuela, Colômbia, Argentina, Paraguai, Uruguai, Portugal e Espanha. “O Brasil foi escolhido por sua importância tanto em número de profissionais quanto na qualidade deles. O evento é fundamental para reforçarmos o nosso valor”, diz Juliano da Rocha, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS). A escolha pelo Brasil se deu há dois anos, durante as Assembléias Gerais da Fefas e da Fepafar em Montevidéu, no Uruguai. A cidade de Porto Alegre concorria com Caracas, na Venezuela, e a opção pela capital gaúcha acabou sendo

unânime. Este é um dos eventos mais importantes da categoria. Eduardo Sávio, presidente da Fefas, destaca o mérito da cidade brasileira: “O Conselho Regional de Farmácia - RS mostrou muita qualidade na apresentação da candidatura. Não tenho dúvidas em relação ao êxito deste encontro”. O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e secretário-geral da Fefas, Jaldo de Souza Santos, compartilha a opinião de que a realização do congresso será fundamental para firmar a posição da categoria. “As maiores autoridades em termos de farmácia estarão aqui. É uma oportunidade incomparável para a troca de experiências sobre políticas farmacêuticas”, diz. Cientistas, pesquisadores, profissionais de saúde, agências reguladoras e estudantes vão poder discutir como melhorar a qualidade e a tecnologia a ser empregada nos serviços. Hoje, no Brasil, o farmacêutico tem uma presença ativa no Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós fazemos parte da reestruturação da assistência farmacêutica pública, gerenciando 80% das unidades


Foto: Divulgação CRF-RS

O XX Congresso Panamericano, que acontece pela primeira vez no Brasil, será realizado no Centro de Eventos da PUC-RS, em Porto Alegre, e a expectativa de comparecimento é de mais de duas mil pessoas

de dispensação de medicamentos e desenvolvendo a atenção farmacêutica. Além disso, promovemos o uso racional de medicamentos nas unidades públicas e privadas”, salienta Jaldo de Souza Santos, do CFF. O congresso terá a participação da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmarg). A presidente da entidade, Maria do Carmo Garcez, foi convidada a compor a Comissão Científica do congresso na área temática “Farmácias Comunitária”, responsável pela escolha dos palestrantes e dos temas. “Vamos discutir como está o desenvolvimento da farmácia pelo mundo e quais os rumos que devemos seguir”, explica ela. MAGISTRAIS EM DESTAQUE Segundo Maria do Carmo Garcez, a farmácia magistral brasileira é uma das mais desenvolvidas em termos práticos, assim como na regulamentação em virtude das exigências e da quantidade. “Mas carecemos de apoio do governo e de suporte acadêmico. Em outros países,

há uma ligação estreita com as universidades”, diz. Ela acrescenta que é importante contextualizar conceitos, como, por exemplo, a diferença entre farmácia e drogaria. “Por lei, a drogaria só poderia vender medicamentos na embalagem original. A rigor, não deveria nem fracionar. Já na farmácia podem se encontrar aqueles medicamentos na embalagem original e também os magistrais”, explica. “Um dos problemas é que, na junta comercial, a drogaria pode se nomear como farmácia.” A participação da Anfarmag é ressaltada pelos organizadores do Congresso. “A Anfarmag tem uma função técnica-política importantíssima, e a Farmácia Magistral, por ela representada, é fundamental para o desenvolvimento da profissão no país. É um modelo para quem deseja conhecer o que fazemos no país”, diz o presidente do CRF-RS, Juliano da Rocha. Para o secretário geral e diretor técnico da Anfarmag, Ivan Teixeira, o evento pode dar novos rumos a questões importantes para a categoria. “Além de farmacêuticos, estarão presentes representantes de

agências reguladoras e do Ministério da Saúde, que vão participar das discussões da farmácia como um todo. Não espero mudanças de 180 graus, mas, com certeza, um novo panorama vai surgir”, prevê. Paralelo ao Congresso será realizada a Feira de Negócios, reunindo empresas do segmento farmacêutico, laboratórios mundiais, redes de farmácias e de cosméticos. O objetivo é possibilitar o fechamento de bons negócios e, por ser uma grande vitrine para fornecedores do setor, os organizadores estão otimistas; esperam receber cerca de quatro mil empresários visitantes ligados à área de saúde. “A feira está voltada para o mercado interno e o externo, principalmente para as Américas. É uma oportunidade realmente única”, considera o presidente do CRF-RS, Juliano da Rocha. O tema deste congresso será A segurança do Paciente, como uma forma de trazer à tona a importância da atividade farmacêutica na preservação da saúde de todos. Afinal, é o farmacêutico quem dá segurança à população, na medida em que pode evitar o uso inadequado

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POLÍTICA FARMACÊUTICA

SEGURANÇA PARA O PACIENTE Para o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza Santos, a qualidade da formação do farmacêutico sempre foi uma das preocupações do órgão. “Capacitar é a ordem. O mercado exige profissionais que tenham uma formação completa. Ele precisa ter a capacidade para atuar na saúde pública em todos os níveis de atenção e, ainda, que esteja preparado para o exercício das atividades referentes a fármacos e me-

Foto: Divulgação

Porto Alegre sediará Congresso Pan-americano de Farmácia

dos medicamentos. “A pessoa quer estar segura em relação ao seu tratamento e, com certeza, no nosso país, um dos profissionais mais atentos a isso é o farmacêutico. Nós ainda vemos a saúde pública de forma harmônica, e não comercial. Por isso fazemos a diferença”, acredita Juliano da Rocha.

Ivan Teixeira, da Anfarmag, participará de uma mesa-redonda que discutirá o processo da farmácia magistral e o seu monitoramento

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Farmácia Magistral

dicamentos, análises clínicas e toxicológicas e no controle, produção e análises de alimentos”, diz Jaldo de Souza que, no entanto, se mostra preocupado com a abertura indiscriminada de cursos de Farmácia. Atualmente, são 324 no país. Apesar dos avanços, a categoria ainda enfrenta problemas antigos. Nos últimos anos, alguns estabelecimentos foram transformados em um misto de mercearia. A Lei Federal nº 5.991/73 delimitou a atividade comercial, ressaltando que os estabelecimentos detêm a exclusividade na comercialização de drogas e medicamentos, mas não podem comercializar produtos de outra natureza. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também editou a resolução RDC 44/09 , que reforça as regras para o comércio de medicamentos e a prestação de serviços nos estabelecimentos farmacêuticos, desvirtuadas por interpretações de comerciantes e amparadas por leis municipais e estaduais. Isso coloca um fim na venda de sorvetes e até de produtos de limpeza nesses locais. “Ainda não achamos a melhor solução, mas, sem dúvida, a Resolução já é um grande avanço”, diz Juliano da Rocha. A venda de produtos de conveniência em farmácias, além de ser contra as leis e normas sanitárias, desvirtua a imagem da categoria perante a população. “O brasileiro ainda tem uma visão dissociada da farmácia como uma unidade de saúde”, explica o secretário geral da Anfarmag, Ivan Teixeira. Para ele, é fundamental que, cada vez mais, o farmacêutico seja visto como um profissional que não está ali apenas para vender um produto que foi prescrito por um médico. “Existe todo um processo no momento de dispensar um medicamento. Algo que implica em interações e ciência. Só assim o paciente vai entender a função daquilo que ele está levando”, ressalta. O Congresso terá 120 palestrantes

das áreas Magistral, Hospitalar, Farmácia Comunitária e Indústrial. Entre os convidados estão farmacêuticos de renome, como a venezuelana Ariana Cirrottola, graduada pela Faculdade de farmácia da Universidad Central de Venezuela (UCV), especialista em farmácia comunitária, professora de Farmacocinética e Biofarmácia da Facultad de Farmácia – UCV e investigadora da área Tecnológica/Biofarmacéutica; o português Carlos Maurício Barbosa, licenciado em Ciências Farmacêuticas e doutor em Farmácia (especialidade de Tecnologia Farmacêutica) pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (Portugal), investigador do Centro de Química Medicinal da Universidade do Porto (CEQUIMED-UP), no qual coordena a Unidade de Nanotecnologia; Daisson José Trevisol, farmacêutico bioquímico, especialista em farmácia clínica e farmacoterapia e também em gestão universitária, mestre em saúde coletiva e doutorado em ciências da saúde – Cardiologia e ciências cardiovasculares (defesa em fevereiro de 2010); trabalha atualmente na Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul – como coordenador da Unidade Hospitalar de ensino e vice-coordenador do curso de medicina, professor titular de bioquímica. PALESTRANTRES RENOMADOS Outro destaque é o arquiteto e urbanista brasileiro Vital de Oliveira Ribeiro Filho, mestre em Administração de Empresas, com foco em gestão ambiental. Ele é administrador Hospitalar e de Sistemas de Saúde pela EAESP-FGV, tem dois livros sobre gestão de resíduos de serviços de saúde e foi consultor de órgãos como Anvisa, Unesco, Ministério da Saúde e Fundação Getúlio Vargas. Irá versar sobre: Farmácia Comunitária, Resíduos de Medicamentos. “É um problema que desafia diversos órgãos ambientais e de


Foto: Divulgação CFF

Jaldo de Souza Santos, presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que copatrocina o evento, acredita que ele será fundamental para firmar a posição da categoria

terapia individualizada adequada, através de produtos qualitativa e quantitativamente destinados a curar as doenças de um paciente em particular. De acordo com o Serviço de Desenvolvimento e Formulações Magistrais Dr. Scovino Ramon Vargas, da faculdade onde trabalho, os medicamentos magistrais são mais usados no desenvolvimento de produtos dermatológicos, que representam mais de 80% das prescrições. É evidente que a experiência clínica do médico é complementada pela especialização tecnológica do farmacêutico. Isso envolve a responsabilidade dos farmacêuticos de reforçar ou clarificar instruções do médico incluídas na prescrição, bem como educar sobre o uso adequado, preservação do produto e possíveis reações tóxicas ou riscos que possam ocorrer durante o uso”, ressalta Arianna. Em meio às palestras, serão realizadas mesas-redondas. Ivan Teixeira, da Anfarmag, participará de uma delas, que vai discutir o processo da farmácia magistral e o seu monitoramento. O assunto é de extrema importância, pois, segundo ele, grande parte dos reguladores não conhece os detalhes que envolvem as diferenças entre os medicamentos industriais e os magistrais. “Para fiscalizar é preciso conhecer a fundo, caso contrário, os parâmetros utilizados serão os mesmos para ambos, o que não pode acontecer”, garante. Ele acredita que essa discussão no congresso pode provocar uma mudança no panorama, dando um rumo mais adequado à avaliação. “Nunca fomos contra a regulamentação, desde que siga um critério específico para cada processo de obtenção do medicamento”, conta, explicando que o desconhecimento está centrado principalmente em questões como saber a diferença entre trabalhar com toneladas – caso das indústrias – e com alguns gramas – caso das magistrais. C

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vigilância sanitária em todos os países, especialmente na América Latina, onde a carência de políticas públicas adequadas às nossas diversas realidades culturais e econômicas é um grave problema”, assinala. Na palestra, ele abordará a questão de substâncias perigosas utilizadas na assistência à saúde – muitas, inclusive, sob responsabilidade dos profissionais farmacêuticos. A principal delas é o mercúrio, presente nos termômetros clínicos e em dispositivos médico-hospitalares. Também é bastante esperada a palestra da professora venezuelana Arianna Cirrottola. Ela diz que a Venezuela vive uma realidade distinta e que lá não existe legislação específica para a preparação de medicamentos magistrais. “A industrialização progressiva resultou em uma diminuição da procura pelos magistrais. Mas a demanda sempre vai existir, se levarmos em conta fatores importantes como a possibilidade de implementar a

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POLÍTICA FARMACÊUTICA

POR MARIVALDO DE CARVALHO

Homeopatia: um tratamento seguro e eficaz

Foto: © iStockphoto.com / Tin Palace

As farmácias homeopáticas trabalham com 1.200 a 1.500 substâncias diferentes para preparar mais de 1.500 medicamentos de diversas variações. No entanto, o Parlamento britânico comparou o medicamento homeopático a um simples placebo. Procuramos especialistas do setor e também pacientes para fazer uma defesa da homeopatia

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m fevereiro deste ano, o Parlamento britânico divulgou o resultado da análise de eficácia de remédios homeopáticos e criou uma polêmica. Um relatório da comissão de ciência e tecnologia do Parlamento sustentava que os remédios homeopáticos são tão eficazes quanto os placebos – substâncias sem qualquer ação, receitadas por alguns médicos apenas para criar um efeito psicológico nos pacientes. A comissão concluiu que as explicações científicas para a homeopatia não eram convincentes e recomendou que o governo parasse de fornecer esse tipo de medicamento no serviço público de saúde. A homeopatia custa aos cofres públicos da Grã-Bretanha o equivalente a R$ 500

mil por ano. Essa quantia pode ser considerada irrisória dentro de um orçamento de R$ 300 bilhões destinados à área da saúde, mas os parlamentares afirmam que não é o dinheiro que está em jogo: o que eles querem é evitar que os doentes busquem a cura em medicamentos sem eficácia comprovada. Para o secretário geral da Anfarmag e diretor da Botica Belluz em São José dos Campos (SP), Ivan da Gama Teixeira, o Parlamento britânico tem o direito de pensar em suspender o fornecimento de medicamentos homeopáticos para a população daquele país, pois a liberdade de pensamento é uma conquista inalienável do ser humano. Porém, contesta a autoridade do Parlamento britânico para dizer que os medicamentos homeopáticos não

passam de placebos. “Primeiro porque, apesar de respeitar aquela instituição, não é o Parlamento de qualquer país o âmbito certo para esta discussão; segundo, porque não tiveram a curiosidade de ler os relatórios das audiências sobre homeopatia, onde poderiam notar a baixa profundidade das discussões. Lembrou-me mais os velhos filmes em branco e preto sobre os inquéritos ocorridos no Congresso Americano durante os anos do Macarthismo”, afirma Teixeira. PÍLULAS DE AÇÚCAR? O deputado Phil Willis, presidente da comissão de ciência e tecnologia da Grã Bretanha, afirmou ao Jornal Nacional da

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POLÍTICA FARMACÊUTICA Homeopatia: um tratamento seguro e eficaz

Rede Globo de televisão, em fevereiro passado, que nenhum estudo comprovou que as pílulas homeopáticas têm poder medicinal. Segundo ele, a homeopatia nem deve mais ser licenciada pelo departamento do governo que regula a fabricação de medicamentos. O deputado afirmou que os produtos homeopáticos não passam de pílulas de açúcar. Sobre essa crítica, Ivan Teixeira diz que a homeopatia é uma terapêutica que vem obtendo sucesso junto à população há mais de 200 anos, e que realmente o seu mecanismo de ação ainda não foi elucidado. Isso não é novidade no segmento homeopático e muito menos na área da saúde. “A elucidação do mecanismo de ação da homeopatia virá em algum momento no futuro. Até lá, o que espero é o respeito dos céticos”, afirma Teixeira. O secretário da Anfarmag lembra que só quem vive o dia a dia da farmácia ou da clínica homeopática sabe a força desta terapêutica que, a baixo custo, sem efeitos colaterais, alivia o sofrimento humano. “Tive a felicidade de participar da I Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica, em setembro de 2003, em Brasília (DF), quando presenciei uma das mais comoventes defesas da homeopatia, feita não por um médico catedrático ou um grande farmacêutico homeopático, mas por uma senhora vinda do interior de Santa Catarina. Muito humilde, aos prantos ela relatava a melhora da filha e solicitava a inclusão da homeopatia no Sistema Único de Saúde”, afirma. POUCAS CONSULTAS NO SUS Segundo dados da Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde, o número de consultas em homeopatia no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2009 foi de apenas 326.379 no país inteiro. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, havia 642 médicos homeopatas no SUS em 2009. Para Márcia Gutierrez,

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presidente da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, não existe uma política pública para implantação da homeopatia: o que existe é uma recomendação por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do SUS. “Faltam instrumentos, não se diz como vai se fazer a implantação, quantas consultas serão feitas por este profissional, qual será sua remuneração, como vai ser o acesso a este medicamento, quem vai fornecer o medicamento homeopático”, afirma. “E é bem difícil encontrar um posto de saúde do SUS que tenha médico homeopata.” De acordo com o Ministério da Saúde, por meio de uma normativa em 2009, seis estados – Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Bahia e Rio de Janeiro – pactuaram com a PNPIC e tiveram interesse em adotar as diretrizes do plano e da política da área. Segundo a assessoria, isso não quer dizer que os estados já adotaram o programa e que já receberam os recursos, mas que podem dar encaminhamento para virem a ser parte integrante do programa, já que, segundo o pacto federativo, União, estados e municípios possuem suas atribuições e autonomias em determinados assuntos. “São pequenos avanços, mas relevantes”, afirma Carmen Simoni, coordenadora da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. O fato é que a homeopatia funciona e poderia estar mais bem implantada pelo SUS. “Estou neste ramo há 24 anos, e o que vi ao longo desses anos só pode ser verda-

MARIVALDO DEno CARVALHO de. AsPOR mudanças que notei estado de saúde dos pacientes comprovam que é um medicamento eficaz”, afirma Márcia Gutierrez, que também é diretora técnica e administrativa da Farmácia Sensitiva, em São Paulo. MEDICINA INDIVIDUALIZADA Desenvolvida pelo médico alemão Samuel Hahnemann no final do século 18, a homeopatia se baseia no tratamento de pacientes com o uso de substâncias altamente diluídas. É uma medicina baseada em evidências e não em experimentações científicas, com uma terapêutica que precisa do envolvimento do paciente para que se tenha um processo de cura. Ou seja: a individualização é o ponto chave na recuperação. Em vez de receitar um medicamento específico para determinada doença, a homeopatia analisa o paciente como um todo, e acaba sendo por conta da individualização que o tratamento homeopático se torna seguro e eficaz. O medicamento homeopático é um coadjuvante no tratamento, um fa-


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POLÍTICA FARMACÊUTICA Homeopatia: um tratamento seguro e eficaz

cilitador – mas é preciso que o paciente esteja em sintonia com o tratamento, numa intensa auto-observação, para que consiga mudar seu estado de saúde. Márcia Gutierrez reforça que na homeopatia o paciente precisa estar completamente envolvido. “Tive um paciente de 30 anos que tinha rinite fazia 20. Se ele passou todo esse tempo evoluindo num processo de doença, ele tem de fazer parte do processo de cura também. E o que a gente vê, depois, é um estado de saúde bem mais duradouro nesses pacientes.” A farmacêutica reforça que o tratamento é demorado e não se pode prever a cura em uma semana ou dois meses. “O processo de cura pode ser mais longo ou mais curto. Vai depender do substrato de cada individuo, do quanto ele está adoecido, do que provocou a doença, do que vem de fora e do que vem de dentro, dos aspectos emocionais e psíquicos, de suscetibilidades climáticas, sono, hábitos alimentares, tudo isso é essencial. Saber quem é o individuo é o mais importante para que o tratamento seja eficaz”, diz. FAMÍLIA “HOMEOPÁTICA” Em 1992, aos 24 anos, a artesã paulistana Vanda Lúcia Miranda da Silva estava com dois miomas no útero e poderia sofrer um processo cirúrgico. Ao comentar com uma amiga, esta indicou um médico homeopata. “Ele chegou a dizer que, se não melhorasse com a medicação, eu teria mesmo de fazer a cirurgia. Mas não tenho mais nada no útero”, comemora. Dois anos depois, ela passou por um quadro de sinusite e o homeopata pediu para ela tomar a medicação e ficar uma semana em casa. Vanda tirou uma licença, melhorou e nunca mais teve sinusite. Seu filho mais velho curou-se de uma bronquite crônica, uma filha curou-se de uma infecção na bexiga, a outra começou na homeopatia cedo e é super-saudável. O filho caçula de Vanda nasceu com uma

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má formação congênita e os médicos alopatas disseram que ele seria um vegetal. “Tratei-o com homeopatia e hoje é uma criança que entende bem as coisas, a gente percebe que ele está compreendendo apesar de não falar nem andar. Os tratamentos podem ser mais morosos, mas funcionam”, afirma. O paciente que procura um tratamento homeopático precisa essencialmente de informação, e o homeopata sempre deixa bem claro que ele, paciente, é o responsável nesse processo de cura. Se o paciente se compromete no processo e faz alterações em sua alimentação e em sua vida, o medicamento vai ter um terreno favorável para atuar. É o caso da promotora de vendas paulistana Sandra de Abreu, que faz tratamento homeopático há 25 anos. “Tratei absolutamente todas as doenças

que apareceram nesse tempo só com homeopatia, e sarei de tudo. Atualmente, com mais de 50 anos, estou fazendo homeopatia para curar a hipertensão. É um tratamento em que me sinto ótima, e me sinto super-segura e saudável por conta disso”, diz. Ela também tem dois filhos que tratam-se com homeopatia desde crianças. O universitário Danilo Ribeiro, também de São Paulo, curou cinco anos atrás uma gripe crônica que tinha há vários anos. Ele vivia com dor de cabeça, resfriado, com febre e dor de garganta. Usou todos os medicamentos conhecidos, até que resolveu ir atrás de um tratamento que tivesse o mínimo de química possível. E experimentou a homeopatia. “Foi muito tranquilo, era só tomar um determinado número de bolinhas antes de dormir. Foram dois meses tomando todos os dias, e



Homeopatia: um tratamento seguro e eficaz

POLÍTICA FARMACÊUTICA

no terceiro mês passei a tomar três vezes por semana. Não tenho mais problemas em relação a isso. É um tratamento eficaz para doenças que possam ser tratadas em longo prazo”, afirma. O médico homeopata do Hospital das Clínicas de São Paulo Marcus Zulian Teixeira, além de atender em seu consultório, em fevereiro do ano passado defendeu sua tese de doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo justamente mostrando a eficácia do tratamento homeopático. Durante três anos, ele acompanhou e fez o tratamento com um grupo de 40 pacientes com rinite alérgica. Nesse período, cada paciente recebeu um medicamento distinto do outro, apesar de terem a mesma doença, por conta de toda a base da racionalidade científica da homeopatia – porque além dos sintomas comuns de rinite, Zulian precisou conhecer de cada paciente os aspectos emocionais e psíquicos, de suscetibilidades climáticas, alimentares, sono, entre outros. “A maioria dos pacientes teve uma melhora de 80%, e muitos deles de 100%. Não se tem ainda uma resposta eficaz para o sucesso da homeopatia, ou pelo menos é o que os estudos mostram. Mas na minha tese ficou bem claro que se o medicamento não for individualizado, não há resultado positivo. Essa é a limitação da homeopatia”, informa o médico. Zulian acha que a visão da psicossomática é mais ou menos o que a homeopatia trabalha há 200 anos: que o ser adoece por um conjunto de características dos aspectos emocionais e psíquicos – e a imunologia mostra como esses aspectos emocionais e psíquicos deprimem o sistema imunológico e predispõem ao aparecimento de uma gripe ou outra doença infecciosa qualquer. “Essa é a dificuldade de se fazer pesquisa e até o próprio tratamento, pois ou o médico individualiza mesmo o remédio para cada paciente, ou aí sim vai acabar trabalhando com um efeito placebo”, afirma Zulian.

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POLÍTICA FARMACÊUTICA

Anfarmag lança o edital para o TEMMA 2010

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A 6ª edição do concurso traz novidades para os associados e representa mais um avanço. Confira aqui os principais pontos do edital

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Anfarmag lançou este mês o edital do 6º Concurso ao Título de Especialista em Manipulação Magistral Alopática, o TEMMA 2010. Os interessados em participar do concurso podem efetuar a inscrição entre os dias 15 de abril a 15 de setembro. Segundo Maria Cristina Ferreira Silva, membro do Conselho Fiscal da Anfarmag e coordenadora da Comissão do TEMMA, o título é um referencial tanto para proprietários de farmácias magistrais e farmacêuticos quanto para prescritores e clientes. “O título foi criado em 2000 e cumpre uma das principais missões da Anfarmag, que é representar e autorregularizar o segmento magistral, além de manter o compromisso que a associação tem com a sociedade brasileira de oferecer serviços de excelência e profissionais qualificados”, disse a coordenadora . Para se inscrever, o participante deverá preencher a ficha de inscrição através da webdesk da Anfarmag e pagar uma taxa no valor de 500 reais, com boleto emitido pela associação. A inscrição poderá ser paga à vista ou parcelada em até quatro vezes, sendo que todos os valores devem ser quitados até 30 de setembro. Para as inscrições efetuadas até 15 de maio, com vencimento no dia 31 do mesmo mês, haverá desconto de 10% sobre o valor total. Realizado a cada dois anos, o concurso, que é reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia, já concedeu o título a 925 farmacêuticos. A previsão é que nesta edição tenha um aumento no número de inscritos e de aprovados. Outra novidade é quanto


à validade do título: a partir deste ano o título deverá ser renovado a cada seis anos, através de uma nova prova ou de reciclagem profissional comprovada, como participações em cursos, congressos e simpósios. “Para quem já possui o título, a renovação é opcional, mas aconselhamos àqueles que o obtiveram há mais de cinco anos que o renovem, pois o mercado magistral busca, cada vez mais, o profissional que se mantém em constante atualização”, enfatiza Maria Cristina. Quanto aos requisitos, é necessário que o farmacêutico seja associado à Anfarmag há pelo menos seis meses antes da data da prova, marcada para 6 de novembro, em local a ser definido pela comissão – ou seja, quem não é associado tem até o dia 06 de maio para filiar-se e poder participar do concurso. “Quem se associar, além da possibilidade da obtenção de um título com referência comprovada, também poderá usufruir os inúmeros serviços prestados hoje pela Anfarmag”, ressalta Maria Cristina. Para participar do concurso, é necessário que o candidato tenha tido, nos dois anos anteriores à prova, uma experiência mínima de 12 meses em farmácias magistrais alopáticas. Outra possibilidade é que tenha exercido docência em um período de no mínimo um ano antes do concurso. Ou, ainda, o candidato também poderá comprovar sua atuação no segmento magistral através de comprovantes de doutorado, mestrado ou especialização na área Farmacêutica Magistral Alopática. Os documentos que atestam as exigências devem ser entregues, via correio e até dia 15 de setembro, à Secretaria da Anfarmag aos cuidados da Comissão TEMMA, junto com o comprovante de pagamento da taxa anual do CRF de 2010, currículo profissional, cópia da ficha de inscrição e uma foto 3x4 recente. O candidato receberá a confirmação da inscrição 30 dias após a Anfarmag receber a documentação.

Elaborada pela Comissão de Título de Especialista e com conteúdo programático a ser divulgado em até 180 dias antes do concurso, a prova escrita será composta por cinco questões objetivas, com temas relacionados à farmácia com manipulação magistral alopática, e 30 questões de múltipla escolha. Também haverá análise curricular, levando-se em consideração títulos conquistados, publicações na área, participação em cursos e eventos, de acordo com a documentação enviada à Anfarmag. A média aritmética da prova escrita e da análise curricular não poderá ser inferior a seis. “Alguns meses antes da prova, vale a pena fazer uma leitura atenta do conteúdo programático para dirimir quaisquer dúvidas que apareçam. Deve-se pensar que as questões que ali estão são os nossos desafios do dia a dia e que devemos encará-los com responsabilidade, ética, comprometimento e embasamento técnico e científico. É isso que se espera de um verdadeiro profissional”, aconselha a coordenadora. A prova terá duração de quatro horas e o candidato deverá estar munido com seu documento de identidade original. Será liberada a utilização de calculadoras simples, mas o uso de aparelhos eletrônicos, como celulares e pagers, é vetado. Os resultados serão divulgados até 60 dias após a realização das provas, com a lista dos aprovados publicada no portal da Anfarmag e na Revista da Farmácia Magistral. O Conselho Federal de Farmácia e os Conselhos Regionais de Farmácia serão informados do resultado através de correspondência. O associado aprovado receberá o titulo de especialista 15 dias após a divulgação dos aprovados. As dúvidas referentes ao concurso podem ser atendidas através do telefone (11) 2199-3409 ou pelo e-mail temma@ anfarmag.org.br. O edital completo pode ser acessado através do portal da Anfarmag, www.anfarmag.org.br, no link TEMMA 2010.


Estratégia: a atenção que vende Cativar clientes apenas pelo preço não é efetivo, visto que outras ações se mostram mais eficientes na fidelização às farmácias magistrais Foto: Divulgação

ECONOMIA E NEGÓCIOS

POR CARLA ARAÚJO

Masahiro Hara, consultor de estratégias em gestão e finanças

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Farmácia Magistral

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ão há dúvida de que, quando o assunto é dinheiro, todos querem gastar menos. No entanto, muitos clientes já perceberam que pode haver outros bons motivos além do desembolso financeiro para determinar a escolha de sua farmácia magistral. Por isso, o planejamento de vendas torna-se cada vez mais vital para o sucesso do negócio. Segundo a consultora em Inteligência de Mercado na Pró-Marketing e professora no MBA da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) em Planejamento Estratégico e Inteligência de Mercado, Edith Wagner, o marketing das farmácias magistrais deve levar em consideração não apenas os aspectos técnicos da manipulação de um produto magistral, mas também a prestação de serviços. “Este é o principal diferencial entre uma farmácia de manipulação e outra”, explica. A consultora lembra que o empresário precisa entender que a farmácia, como negócio, combina produtos físicos e prestação de serviços. “Quando se fala em qualidade de serviços, estamos ‘vendendo’ essencialmente a qualidade das pessoas que prestam o serviço”, alerta. Dentro desse conceito, o primeiro passo do empresário deve ser uma rigorosa seleção dos funcionários do estabelecimento, que necessitam ser muito bem treinados e sintonizados com a postura e personalidade dos donos da farmácia. “A principal mídia de sua farmácia são as pessoas que nela trabalham e atendem”, acredita Edith.

Algumas premissas são básicas para o sucesso do negócio. Das farmácias que Edith acompanhou e que tiveram êxito, a maioria possui características em comum – e a principal delas é que os proprietários são convictos e interessados no negócio, e adoram o que fazem. “Todas aquelas bem sucedidas conseguiram criar uma imagem de muita simpatia, paciência e interesse pelo cliente”, explica. É PRECISO INVESTIR NA FIDELIZAÇÃO Para o conselheiro de presidentes de empresas e consultor de estratégias em gestão e finanças, Masahiro Hara, a farmácia magistral deve ser vista com profissionalismo. E, para conduzir de forma eficiente o negócio, é preciso investir em um longo trabalho de fidelização. “É algo como o médico da família em que você acredita”, afirma. Hara explica que cada cliente possui uma característica especial, e para que o empresário conquiste a confiança absoluta do cliente, ele deve investir na competência do profissional farmacêutico e na competência técnica do laboratório. “Sem deixar de lado, obviamente, a competência no atendimento”, afirma. Para Hara, a farmácia magistral deve optar por contratar recepcionistas e não vendedores. “Não se deve pensar que é venda de balcão, e nem pensar em volume de vendas. Acho que atender ao cliente sentado, por exemplo, além de mais confortável, pode ser um diferencial”, opina.


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ECONOMIA E NEGÓCIOS

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Estratégia: a atenção que vende

Há mais de 18 anos atuando como consultor de marketing farmacêutico e sócio diretor do IDVF (Instituto de Desenvolvimento do Varejo Farmacêutico), Marco Fiaschetti endossa a opinião dos especialistas em gestão e também acredita que não é de hoje que a competição não se dá apenas pelo preço e qualidade, e sim pelos diferenciais no atendimento. “É preciso agregar valor e entender o consumidor. Não basta ter um produto conforme a preços reduzidos, até porque a guerra de preços acaba levando muitas empresas a se descapitalizarem”, alerta. E conhecer bem o consumidor é o primeiro passo para determinar quais ações podem ser mais eficientes conforme o perfil do público. Por exemplo, farmácias em bairros com grande densidade habitacional, trânsito intenso e dificuldade de estacionar, devem oferecer, além de um espaço para vagas, um serviço de manobrista. Na opinião de Fiaschetti, hoje também diretor executivo da Anfarmag, isso pode ser um diferencial que ajude o cliente na escolha da farmácia. Já em regiões onde não há uma oferta

Edith Wagner, professora no MBA da Faculdade Getúlio Vargas (FGV)

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Farmácia Magistral

muito grande de serviços, como em periferias, onde os moradores locais costumam sair cedo para o trabalho e retornar em horários considerados tardios, aquele estabelecimento da região deve pensar em estender ou mesmo alterar seu horário de atendimento, para assim poder suprir as necessidades dos moradores locais, que na maioria das vezes fica impossibilitado de adquirir produtos no horário comercial convencional. Outra estratégia que pode ser pensada por empresários conforme o perfil dos clientes é a forma de pagamento oferecida. Em regiões mais nobres, na maioria das vezes o pagamento é feito através de cartões de crédito. Porém, em locais com população de menor poder aquisitivo, nem sempre essa é a opção preferida. “Nesses casos, oferecer boletos e parcelamento pode ser mais atrativo”, acredita Fiaschetti. O USO MELHOR DA INTERNET Edith Wagner dá uma dica importante em relação à localização escolhida para os estabelecimentos. Para a consultora, estar próximo a consultórios, clínicas e hospitais aumenta a chance de atrair clientes. Eventualmente, as lojas poderão encontrar-se em locais distantes e menos nobres, considerando-se que cada vez mais poderá ser utilizada a internet e serviços de delivery como formas alternativas de atendimento. “Atualmente, já há tecnologia disponível para os entregadores de produtos solicitados por telefone ou internet levarem as maquininhas que permitem o pagamento em débito direto ou a crédito, via cartão”, explica Edith. A internet é, sem dúvida, uma ferramenta importante de serviço agregado, mas deve ser vista como complemento ao atendimento pessoal. Até porque, conforme alerta Fiaschetti, a venda de medicamentos pela rede é regulamentada e com restrições. Para o consultor e di-

Farmácia Violeta: aposta na beleza da loja como atrativo

retor executivo da Anfarmag, o empresário pode também agregar valor ao serviço de vendas pela internet se, por exemplo, oferecer dicas de saúde em suas páginas virtuais ou postagens no Twitter de informações que contribuam para ampliar o conhecimento dos consumidores. “A internet é uma alternativa a mais, é uma forma da farmácia transmitir seus valores aos clientes”, diz. Na visão de Edith, o atendimento via internet e telefone é excelente para manter clientes. Porém, para conquistar novos consumidores, nada é mais eficaz do que a recomendação ou o testemunhal dos próprios clientes e colaboradores. “É



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ECONOMIA E NEGÓCIOS Estratégia: a atenção que vende

Farmácia Via Saúde: mix de sucesso que envolve preço justo, postura da empresa, credibilidade, inovação em serviços e bom atendimento

preciso ter organização e disciplina nesses atendimentos que não são presenciais”, avisa. PEQUENAS AÇÕES QUE “RENDEM” Aliás, além do objetivo de trazer o cliente até o estabelecimento, as farmácias podem conseguir preferência e simpatia com ações que extrapolam o serviço de vender medicamento. Para a consultora, um bom empresário deve investir na promoção de pequenos eventos, como palestras ou exibição de filmes, tanto técnicos quanto de interesse geral. “Locais que prestam serviços para a comunidade próxima, como informar, por exemplo, quando será a próxima vacinação de cães e gatos, ou os cuidados na prevenção da dengue, ou ainda informação sobre vacinação de gripes (apesar de não aplicarem vacinas ou nem mesmo venderem produtos relacionados), tendem a cativar e fidelizar o público”, acredita Edith. E se com pequenas ações – sejam elas relacionadas direta ou indiretamente com o negócio – é possível ganhar novos clientes, não há dúvida de que também é possível superar a barreira de vender apenas pelo preço. “Isto se

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Farmácia Magistral

chama tecnicamente reconhecimento de valor, e não apenas de preço. Valor significa que o cliente identificou, sentiu e percebeu atributos qualitativos tanto de produto quanto de prestação de serviços pelos quais está disposto a pagar mais, ou a nem mesmo discutir o preço”, ensina Edith. Para a professora, mesmo com o produto sendo praticamente igual, a “valoração” – atribuição de valor – é diferente de preço, pois a qualidade que neste caso será avaliada é um serviço. Segundo Fiaschetti, caso um estabelecimento perca clientes para o concorrente por causa de poucos reais de diferença, é preciso acender um sinal de alerta, pois este empresário está esquecendo-se de vender um ‘pacote de valor agregado’. “O preço é sempre importante, mas não é o único fator de decisão de compra. Atendimento e qualidade dos serviços são fatores importantíssimos”, diz. Importante: segundo o consultor Masahiro Hara, o preço deve ser justo e não pode ser definido apenas a partir das necessidades de uma empresa cobrir seus gastos. “Ela pode cobrar quando agrega valor aos produtos, mas me questiono quando empresários optam

por aplicar uma margem maior sobre o custo da embalagem, por exemplo. Será que ele pode ter lucro em cima de algo ao qual não aplicou nenhum esforço ou conhecimento?”, diz. Na verdade, é opinião unânime entre especialistas e empresários que não existe uma receita de certo e errado. “Entender de pessoas, ter calma, educação, ser organizado, fazer pós-vendas sempre gera credibilidade e simpatia”, ensina a consultora Edith. Já Hara salienta que o farmacêutico precisa ter a noção correta dos seus resultados financeiros. Para o consultor, que já foi professor em importantes universidades, como FGV e ESPM, o modelo do negócio deve passar por um teste de avaliação financeira, com simulações de viabilidade econômica. “O farmacêutico precisa ter uma noção correta dos resultados financeiros. Afinal, é isto que ele procura”, diz. DOIS BONS EXEMPLOS E se na teoria tudo parece funcionar bem, há casos em que a prática é a melhor testemunha de como é possível cativar clientes com diferenciais que vão além dos preços. A proprietária da farmácia Via Saúde, que fica em São Caetano do Sul (SP), Denise Marçon Denini, diz que não utiliza o preço como principal atrativo. “Sabemos que alguns clientes, principalmente os novos, tendem em uma primeira instância a verificar esse critério. Contudo, nossa principal intenção é levar a esses clientes a informação de que o preço que praticamos é um preço justo, que viabiliza os custos de todo o nosso processo de manipulação e de sua garantia de qualidade. Conhecendo e comprovando a nossa política de qualidade, o cliente fica satisfeito e acaba até nos ajudando a atrair novos clientes”, diz. A Farmácia Via Saúde funciona há 18 anos e investe de forma continuada em atendimento e apresentação para man-


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ter a satisfação dos clientes. “Investimos constantemente em treinamentos para o bom atendimento de nossa equipe. Participamos do Projeto SINAMM e contamos com consultoria especializada para o setor. Essa é uma arma poderosa, que promove a satisfação e o retorno do cliente”, afirma Denise, que é farmacêutica formada pela Faculdade Oswaldo Cruz e possui especialização em homeopatia pela Universidade São Paulo (USP). Para ela, o SINAMM (Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral) tem sido fundamental para aperfeiçoar e melhorar os serviços e a qualidade dos produtos. “Antes de tudo, o ramo farmacêutico, especificamente o da farmácia magistral, envolve grande responsabilidade social. É preciso ser dedicado, buscar capacitação, estar atento às mudanças e ter muito prazer no que faz”, avalia Denise. Ao longo dos anos, a Via Saúde conquistou a fidelização de seus clientes. Para Denise, vários fatores contribuíram para essa satisfação: preço justo, postura da empresa, credibilidade, inovação em serviços e principalmente o bom atendimento. “É imprescindível que todos os nossos clientes sejam tratados com atenção, boa comunicação e com muito carinho, pois muitos deles viram a farmácia nascer. O maior resultado dessa confiança é que muitos clientes encaminham o receituário sem nem perguntar o preço”, conta. Sucesso e fidelização de clientes também fazem parte da história da Farmácia Violeta, localizada em Guarulhos (SP). A proprietária Márcia Feroldi Baakilini, farmacêutica pela UNESP de Araraquara e especialista em homeopatia pelo IHFL de Ribeirão Preto, conta que tem clientes fiéis há pelo menos 15 anos. “Tenho farmácia há 21 anos, quando adquiri a minha primeira farmácia em Jaboticabal, interior de SP. Após seis anos, vim para Guarulhos e, nesses quinze

anos, tenho clientes que estão comigo desde o começo”, diz. Márcia acredita que para fidelizar clientes é preciso um conjunto de ações. A primeira ação, na opinião da farmacêutica, passa pelos cuidados diários para o bom funcionamento principalmente dos setores de atendimento na farmácia, tanto no balcão, quanto telefônico. “Isso exige dedicação, treinamento, monitoramentos constantes”, diz. Além disso, Márcia ressalta que investe na realização de ações sociais gratuitas, visando um estreitamento no relacionamento com os clientes, através do envio de informações via e-mail. Sua farmácia envia cartões de datas comemorativas, como aniversários. “Distribuímos até periódicos, como nosso Boletim Informativo periódico”, afirma. E mesmo possuindo uma política de descontos e de oferecimento de brindes em datas especiais, Márcia não acredita que o preço seja o principal diferencial para atrair clientes. “Em primeiro lugar, considero a aparência como o principal atrativo, ou atrativo inicial. Essa aparência abrange beleza do ambiente da loja e da fachada, e apresentação ou aparência dos atendentes”, explica. Depois de chamar atenção com a beleza do ambiente, a proprietária da farmácia Violeta considera que a atenção e a qualidade do atendimento são armas fundamentais para a fidelização. “Só depois disso é que vem o preço. Sei que há estabelecimentos que tem como prioridade o preço. Eu não julgo ninguém, e não quero dizer que está errado; simplesmente tenho outra estratégia”. Para ela, a farmácia magistral tem uma enorme responsabilidade em promover saúde em vários aspectos, como a manipulação magistral do medicamento e informações corretas sobre o consumo racional destes produtos. “Fica difícil fazer isso de forma barata”, diz Márcia, que comemora anos de bons resultados e parece estar no caminho certo.

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A Anfarmag centraliza o processo, em 2010, contratando a World Wide Consultoria – o que resultará em padronização dos procedimentos e diminuição dos custos para os associados

A

s farmácias associadas ao Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral, o SINAMM, já podem se preparar para o novo processo de auditoria estabelecido pela Anfarmag. Assim como fez com o Programa de Controle de Qualidade, a associação organizou um leilão reverso, vencido pela World Wide Consultoria, a fim de centralizar o Programa de Auditorias em Farmácias do SINAMM Monitoramento 2010 em uma única empresa – consequentemente, re-

Foto: Divulgação

ECONOMIA E NEGÓCIOS

O novo programa de auditoria do SINAMM

Alguns dos integrantes da equipe de auditores da World Wide Consultoria, nova contratada da Anfarmag - o diretor, Maurício Szacher, é o terceiro da esquerda para a direita

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duzindo os custos dos associados. Ao fazer o leilão, a diretoria da Anfarmag sabia que estava tomando uma decisão polêmica, mas que traria economia. “Além disso, no ciclo anterior, algumas vezes tivemos divergências de metodologias por conta de haver várias empresas auditoras envolvidas no processo”, explica a coordenadora do SINAMM, Lucia Helena Pinto. “As diretrizes eram iguais, mas os procedimentos eram um pouco divergentes – daí a resolução de padronizar, concentrando o trabalho em uma só empresa em busca de resultados mais consistentes, obtidos através da utilização de parâmetros mais uniformes. A auditoria será baseada na verificação do atendimento dos itens imprescindíveis conforme roteiro de inspeção constante da RDC 67/2007 (Anexo VII), complementado pelas atualizações através das RDC Nº 87/2008 e RDC Nº 21/2009”. Com 22 anos de experiência no mercado, a empresa vencedora do leilão presta serviços de consultoria, auditoria e de treinamento organizacional para áreas como educação, transporte, indústria eletrônica, administração pública, construção. Atua no setor das farmácias magistrais desde 1998. Para atender os mais de 900 estabelecimentos associados ao SINAMM, deu início a uma série de treinamentos para os auditores. “Um primeiro grupo já foi treinado. Mas a grande mudança será o aumento do nosso quadro de funcionários que se dedicará exclusivamente ao programa. Teremos profissionais espalhados por todo o Brasil, o que reduzirá os custos das farmácias com


as despesas de hospedagens e passagens para os auditores,” afirma o diretor da World Wide, Maurício Szacher. A colaboração entre a empresa e a Anfarmag não é inédita, pois a World Wide presta serviços de auditoria para o SINAMM desde 2006 – mas só agora terá a exclusividade no trabalho. “Nossa intenção é dar continuidade nas auditorias dos anos seguintes, e para isso vamos trabalhar com responsabilidade e comprometimento, sempre seguindo a legislação. Não nos limitamos em dar uma validação à farmácia, oferecemos ao cliente um suporte para que ele promova melhorias”, enfatiza o diretor. AUDITORIA DE CARÁTER ORIENTADOR O processo técnico, que já teve início nos estados de São Paulo e Goiás, seguirá da seguinte forma: cada farmácia fará uma auditoria com carga de oito horas, quando o auditor verificará o cumprimento das legislações da Anvisa. Cumpridas todas as exigências, a farmácia receberá a aprovação da empresa auditora e o direito de uso do adesivo com a chancela “Farmácia com Qualidade Monitorada SINAMM 2010”, uma forma de atestar que aquele estabelecimento é monitorado pela Anfarmag, atende à legislação da Anvisa e, consequentemente, tem na manipulação de produtos um sistema de qualidade consistente, com maior segurança para seus clientes. Caso não seja constatado o cumprimento das normas estabelecidas, a empresa fará uma segunda auditoria com carga de quatro horas, o chamado follow-up. Nessa segunda etapa, os auditores darão as orientações necessárias para a regulamentação dos itens pendentes e a farmácia terá 90 dias para se adequar às normas;

após esse prazo, se não cumpridas as regras, a empresa recomendará à Anfarmag um novo processo de auditoria no estabelecimento. “Nossos auditores possuem, em média, 15 anos de experiência no setor e darão o ‘caminho das pedras’ para as farmácias que apresentarem incorreções se adequarem à legislação. As orientações serão realizadas no próprio local e de forma individualizada, pois além de cada farmácia apresentar casos específicos, deve-se respeitar a confidencialidade dos resultados da auditoria”, ressalta Szacher. “Percebemos que a cada auditoria as farmácias apresentam melhoras nos processos, principalmente no relacionamento com o cliente. Seguir as normas da legislação é uma obrigação, mas o auditor não é um fiscal que julga; ele vai à farmácia para ajudar na gestão e no desenvolvimento do estabelecimento”, explica ele. Com a colaboração da Anfarmag, a empresa estabeleceu uma programação de logística para efetuar as auditorias. As farmácias serão contatadas para agendarem a visita do auditor com, no mínimo, 30 dias de antecedência, mas também há a opção do próprio estabelecimento agendar a data. A empresa tem como meta completar a primeira etapa das auditorias até o final de julho e os relatórios com os resultados serão disponibilizados em até 15 dias úteis, a partir da data da auditoria, no webdesk da Anfarmag. As farmácias devem cumprir o processo de validação até janeiro de 2011. Para atender às dúvidas dos associados, a World Wide disponibiliza um serviço de atendimento ao cliente através do telefone (11) 5549-8143 ou pelo email worldwide@wwconsultoria.com. br. Os clientes também podem acompanhar as informações do processo de auditoria através da TV Farma.


O associativismo como elemento-chave da estratégia empresarial Foto: Divulgação

ECONOMIA E NEGÓCIOS

POR EDGARD J. C. MENEZES

Edgar J. C. Menezes, engenheiro eletricista e administrador de empresas com mestrado e doutorado, tem três livros publicados e é professor assistente na Universidade Mackenzie e professor nos MBA da FIA-USP

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m administração geral, um dos indicadores mais importantes sobre a saúde da empresa é o que apresenta o nível de preparo da empresa para crescer. O conhecimento dos fatores que influem na expansão de uma firma – atuar em mercado atraente, ter perfil competitivo favorável, e adotar estratégias adequadas – é procurado no mundo empresarial. Diversas são as estratégias que possibilitam esse crescimento. Pode-se crescer vendendo mais para o mesmo mercado através de investimentos em marketing – como ações promocionais ou reforço na equipe de vendedores, que é a mais frequente estratégia. Outras alternativas são expandir para novos segmentos de mercado, lançar novos produtos ou até mesmo diversificar os negócios. Todavia, em todos esses casos de estratégias, o que tem gerado resultados é que todas elas exigem uma ação complementar, que está em ampliar o grau de associativismo existente, baseado na premissa que “uma andorinha sozinha não faz verão”. Essa demanda, nas últimas décadas, gerou várias modalidades de associativismo. - Centrais de compras: reúne empresas similares para diminuir os custos com as compras através do aumento do poder de barganha com os fornecedores. - Pesquisa e Desenvolvimento: diante da radical exigência de inovação por parte de um mercado globalizado e com ampla base tecnológica, os concorrentes de uma determinada região unem-se para dividir os investimentos em desenvolvimento ou aquisição de tecnologia. - Propaganda: procura-se divulgar um setor através da união dos seus integrantes, que dividem os custos para divulgar as vantagens e benefícios

dos consumidores adotarem um novo padrão de consumo; ou ainda para promoverem uma feira de negócios. - Formação de Mão-de-Obra: os investimentos com a formação de mãode-obra tornam-se a cada dia mais necessários como mola propulsora dos negócios; áreas como atendimento e operações apresentam significativa rotatividade, precisando de um processo de renovação e realocação da força humana. O principal objetivo do associativismo é impulsionar o desenvolvimento das empresas associadas. A união faz a força realmente. Assim como é cada dia mais difícil uma pessoa sozinha se destacar, o mesmo acontece com as empresas. Outra espécie de associativismo são as parcerias ou alianças estratégicas. Embora envolva a integração vertical dentro de um canal produtivo, ou seja, reúna fornecedores com os seus clientes, não deixa de ser uma espécie de associativismo. Os diferentes elos dessa cadeia atualmente consideram na sua formulação estratégica as alternativas do estabelecimento de alianças para frente e para trás, como se denomina as parcerias com os clientes ou os fornecedores, respectivamente. São inúmeros os benefícios decorrentes da sua realização, mas o maior deles está no conhecimento que se adquire da cadeia produtiva. As alianças abrem a sua caixa-preta com as respostas das perguntas sobre as áreas de marketing, operações, finanças ou recursos humanos. Como são muitas e complexas as áreas, é comum a utilização de consultores, com o propósito de conhecer as reais possibilidades de ganhos a todos os envolvidos. É a tentativa de obter um ganha-ganhaganha. Outra modalidade de associativismo que vem crescendo a taxas impressio-

nantes no Brasil está no regime de franquias. Nesse caso há um franqueador que oferece tecnologia aos franqueados. Se formos imaginar o seu funcionamento, veremos que há muita semelhança, por exemplo, com as centrais de compras. O associativismo permite aos adotantes dessa estratégia compensar suas fraquezas, uma vez que todos têm problemas: localização inadequada, desequilíbrio na distribuição de funções, centralização de decisões, sistema de controle ineficaz, falta de pesquisa de mercado, propaganda inadequada, falta de capital de giro, baixa margem de lucro, atraso no recebimento, política salarial, falta de treinamento, absenteísmo, ou dificuldade de comunicação. A atuação conjunta permite que as organizações participantes tornem-se competentes em todas as expertises da administração. Como exemplo na área de recursos humanos pode-se perguntar como estão os critérios de seleção, descrição de cargos, de integração, de avaliação de desempenho dos empregados, a adequação dos níveis de remuneração e benefícios, o treinamento, entre outros. Na área de marketing, o nível de satisfação e preferências dos clientes, a facilidade de acesso existente dos clientes aos produtos, ou o nível de treinamento e preparo da força de vendas. E atuar em conjunto para otimizar cada uma dessas áreas. Concluindo, é importante destacar que mesmo as empresas que estão com bom desempenho devem fazer avaliações periódicas para conhecer a fórmula do associativismo e os ingredientes do seu bom desempenho, evitando dificuldades na localização do fio da meada quando houver turbulências (cada vez mais comuns e inesperadas), ou na execução – em tempo hábil – das mudanças necessárias para enfrentá-las.

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CULTURA FARMACÊUTICA

A mulher que virou símbolo da luta contra a violência A farmacêutica cearense Maria da Penha superou os traumas pessoais para salvar outras vidas, e criou recentemente um instituto para que um dia não existam mais mulheres vítimas da violência doméstica no Brasil

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a década de 1970, um grupo de feministas saiu às ruas da capital mineira, Belo Horizonte, com faixas e cartazes

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Farmácia Magistral

escritos: ‘Quem ama, não mata’. O slogan trazia à tona uma das piores realidades vividas pelas brasileiras: a violência doméstica, uma agressão invisível e silenciosa. Os agressores, na maioria das vezes, eram os próprios maridos ou companheiros. Envergonhadas e com medo, as vítimas se calavam, dando origem a outro lema: ‘o silêncio é cúmplice da violência’. Era claro que, sem denunciar, os crimes passionais ficariam impunes. E, pior, continuariam acontecendo, fortalecidos pela sensação real de impunidade. Foi assim por muito tempo com a farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes. Aos 38 anos e mãe de três filhas, ela vivia um casamento tumultuado e violento com o professor universitário colombiano Marco Antônio Heredia Viveros. Os dois se conheceram quando faziam mestrado na Universidade de São Paulo (USP). Marco estudava economia, e ela, ciências farmacêuticas. Na época, tinha se separado do primeiro marido e se mudara para São Paulo. De início, Marco parecia calmo, educado e cortês, e a relação parecia tranquila. E Maria da Penha vivia uma fase feliz: estudava o que mais gostava, e depois de formada fora trabalhar em um

laboratório. “Eu me sentia realizada. Ser farmacêutica era um sonho. Acho uma profissão linda”, disse em entrevista por telefone Maria da Penha, que hoje mora em Fortaleza. Mas o que parecia um conto de fadas logo se revelou um pesadelo. Dois anos depois do casamento, ao conseguir a naturalização, o colombiano mostrou sua verdadeira face: um homem agressivo e violento. Ele passou a agredi-la psicologicamente, e às filhas também. Eram ofensas e assédio moral constantes. Profissional capacitada, com mestrado em ciências farmacêuticas e independência financeira, ela pediu a separação amigável, mas o marido recusou. Na verdade, ele planejava um outro fim para a relação. Em uma noite de 1983, enquanto ela dormia de bruços, ele atirou à queima-roupa em suas costas. Ela não viu de onde partiu o tiro e nem quem tinha disparado a arma. Não teve a menor chance de defesa. Alertados pelo estampido, os vizinhos partiram em auxílio e encontraram Marco Antônio na cozinha, com o pijama rasgado e uma corda no pescoço. Demonstrando muito nervosismo, ele disse que tinham sido vítimas de um assalto. Só mais tarde, por meio de


investigações e diante das próprias contradições dele, a polícia descobriu que tudo não passara de uma farsa. Não havia assaltante algum. Ele queria matar a mulher e simulara tudo para encobrir o crime. Mas Maria da Penha sobreviveu... MAIS UMA TENTATIVA Por causa do tiro, Maria da Penha ficou quatro meses internada em um hospital. A lesão foi séria. Foram muitas cirurgias e sessões de fisioterapia, mas nada fez com que recuperasse os movimentos das pernas. A bala tinha atravessado a espinha e ela ficou paraplégica de forma irreversível. Ela teve que parar de trabalhar e se aposentou. O que já parecia ruim tomou uma forma ainda mais dramática. Duas semanas depois de voltar para casa, presa a uma cadeira de rodas, ela ficou sob o jugo do marido. Marco a manteve em cárcere privado, sem contato com ninguém, até concretizar uma nova tentativa de matá-la: desta vez, tentando eletrocutá-la embaixo do chuveiro. Ela resistiu. Mas tantas agressões fizeram com que, finalmente, Maria da Penha conseguisse pedir socorro à família. Se não fosse por isso, o destino dela poderia ter sido ainda mais trágico. A família, felizmente, conseguiu a autorização judicial para que ela deixasse a residência do casal junto com as três filhas (pois ela tinha medo de perder sua guarda). Longe de seu algoz, ela começou a lembrar de pequenos detalhes que haviam acontecido dias antes das tentativas de assassinato e concluiu que elas tinham sido premeditadas. Ela lembrou que, semanas antes das primeiras agressões físicas, ele tentara convencê-la a fazer um seguro de vida em que ele seria o único beneficiado. Na mesma semana, obrigou-a a assinar o documento de venda do carro sem que constasse o nome do comprador. Como se não bastasse tanta decepção, Maria da

Penha também descobriu que Marco era bígamo e tinha outra família na Colômbia, seu país de origem. Determinada a fazer justiça, a farmacêutica iniciou uma verdadeira batalha no tribunal. Levado a júri popular, ele caiu em contradição sobre seu primeiro depoimento a respeito do suposto assalto e foi sentenciado a 15 anos de prisão. Só que um apelo da defesa anulou a decisão, de forma inacreditável. Apesar da revolta e da indignação, ela não desistiu. Insistiu em novas provas e conseguiu que fosse marcado um novo julgamento para 1996 – incríveis 13 anos após a tentativa de assassinato que a deixou na cadeira de rodas. Mais uma vez, ele foi condenado: por seis votos a um, desta vez ele deveria cumprir 10 anos de cadeia. O caso ganhou o apoio de várias mulheres. Porém, mais uma vez a Justiça se mostrou ineficaz: mesmo condenado pela segunda vez, Marco saiu do Fórum em liberdade por conta de recursos da defesa. A HISTÓRIA VIRA LIVRO Aquele foi um golpe e tanto até mesmo para uma mulher acostumada à luta como Maria da Penha. Cansada de tanta impunidade, ela decidiu dar uma parada na busca por justiça para escrever sua autobiografia. Relatou todo o seu sofrimento, as humilhações, as agressões e a luta sem sucesso para colocá-lo na prisão. O livro Sobrevivi, posso contar foi publicado em 1994, com o apoio do Conselho Cearense dos Direitos da Mulher (CCDM) e da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. Sua luta serviu de inspiração para outras pessoas contarem o drama de sua vida. Maria da Penha: violência contra a mulher no Brasil, escrito por Kátia Soares, Elise Nascimento e Débora Diniz, logo foi lançado pela Editora Letras Livres e UnB. Começava a surgir a imagem da mulher símbolo da luta e da resistência contra a violência doméstica imposta às mulheres.

A edição de 1994 teve apenas mil exemplares e esgotou em pouco tempo (o livro deve ser relançado no segundo semestre deste ano). Mas apesar de terem sido lançados tão poucos exemplares, um deles milagrosamente foi parar no Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (Cejil), com sede em Washington e vários escritórios espalhados por países latinoamericanos. A instituição decidiu levar o caso para a Organização dos Estados Americanos (OEA), juntamente com o Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem). Foi então que começou a reviravolta do caso: uma petição redigida pelas organizações alegava que o Estado brasileiro havia sido tolerante em relação à violência cometida por Marco Antônio Heredia Viveros. Assim, 15 anos após a tentativa de homicídio, em 1998, a Comissão de Direitos Humanos da OEA iniciou uma série de investigações sobre o andamento do caso e também sobre o atendimento de modo geral às vítimas da violência doméstica no Brasil. O MUNDO VOLTA OS OLHOS PARA CÁ Ao final, a investigação chegou a uma descoberta estarrecedora: apenas 0,2% dos brasileiros agressores eram punidos. Por causa disso, em 2001 a Comissão Interamericana de Direitos Humanos responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação a esse tipo de violência. Entre outras medidas, a Comissão Interamericana determinava a finalização do processo penal do responsável pela agressão à Maria da Penha; uma investigação para verificar as responsabilidades pelas irregularidades e atrasos injustificados no processo, bem como as medidas administrativas, legislativas e judiciárias correspondentes; que fosse instaurado contra o responsável civil da agressão reparações simbólica e material pelas violações sofridas por ela

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peticionárias perante a Comissão, sobre o cumprimento da decisão pelo Estado brasileiro, foram decisivos para que o processo fosse concluído. Mais do que isso, mostrou-se fundamental para a prisão do agressor em outubro de 2002, quase vinte anos após o crime – e, felizmente, a poucos meses de a pena prescrever. Mas, ainda não era o bastante. Era necessário modificar a maneira como a legislação via os crimes domésticos cometidos contra as mulheres. Assim, apoiada pelo Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e pelo Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), Maria da Penha formalizou uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação de acordos internacionais. Após reformulação efetuada por meio de um grupo de trabalho interministerial, coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, uma proposta de mudança na legislação foi encaminhada para o Congresso Nacional.

NASCE A LEI COM SEU NOME Foram feitas inúmeras audiências públicas até ela virar projeto de lei, em 2005. Com o número 11.340, a lei foi sancionada um ano depois pelo Presidente da República: 7 de agosto de 2006. Batizada instantaneamente como ‘Lei Maria da Penha’ numa homenagem à mulher que mais lutou contra a falta de punição, a lei representava uma vitória das milhares de mulheres vitimizadas em todo o Brasil. Finalmente, elas teriam uma arma para recorrer no caso de violência familiar. A Lei dava um novo rumo aos crimes contra as mulheres: a violência doméstica deixava de ser considerada um crime de menor poder ofensivo, julgado nos juizados especiais criminais da mesma forma que causas como briga de vizinho e acidente de trânsito, para ganhar os juizados especiais de violência doméstica e família. As competências, a partir dali, seriam cível e criminal. Era o fim também daquelas penas em que o réu era condenado a pagar multa ou a doar cestas básicas. A pena passava a ser mais severa e

E A LUTA CONTINUA

Foto: Divulgação

A mulher que virou símbolo da luta contra a violência

CULTURA FARMACÊUTICA

da parte do Estado brasileiro ao falhar em oferecer um recurso rápido e efetivo; e, por fim, a adoção de políticas públicas voltadas à prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher. “Minha autobiografia foi uma espécie de carta de alforria. O livro chegou à Organização dos Estados Americanos (OEA) e eu consegui denunciar o Brasil por negligência no tratamento da violência contra a mulher. Quatro anos depois, o governo brasileiro foi condenado internacionalmente por punir apenas 0,2% desses agressores. Considerei-me vitoriosa”, contou ela na época, durante uma entrevista. O fato serviu de alerta para o mundo sobre o que acontecia em muitos lares brasileiros: agressões sem punição, como no caso dela, tinham se tornado sistemáticas no país, principalmente por causa da omissão e negligência por parte das autoridades. A mulher sequer podia pedir socorro porque não havia a quem recorrer e nem aonde. A utilização deste instrumento internacional de proteção aos direitos humanos e o seguimento das

Mesmo com a lei, Maria da Penha percebeu que há muito que fazer. A violência contra a mulher continua e muitas ainda ficam em silêncio, mantendo os agressores impunes. Os motivos são os mais variados: vão do medo à falta de um lugar seguro para ficar. A criação do INSTITUTO MARIA DA PENHA, oficializado no ano passado, veio para preencher essa lacuna e oferecer apoio a essas pessoas. A proposta envolve ainda a discussão e implantação de projetos de proteção social, através de três perspectivas: educação, com ações nas áreas de formação educacional; formação em assuntos referentes à cidadania, direitos,

Farmácia Magistral

saúde; trabalho e geração de renda e desenvolvimento sustentável. “A questão da violência representa uma das piores máculas sociais que um país pode ter, principalmente quando o ato violento não é reconhecido como tal. Isso fragiliza as pessoas agredidas, impedindo-as de buscar ajuda para romper o ciclo de violência. Eu vivi isso e percebi o descaso do poder público em punir meu agressor. Assim, decidi dar um novo rumo à minha vida, buscando meus direitos. Fiz isso por mim, pelas minhas filhas e por milhares de mulheres que estavam, e ainda estão, sob o estigma do silêncio, do medo, do constrangimento e


da impunidade”, diz Maria da Penha. Ao fundar o Instituto, pensou em ajudar mulheres que passaram o mesmo que ela e, desta forma, identificar ainda as demandas, contribuir e efetivar ações estratégicas para a consolidação da lei 11.340/06 – a Lei Maria da Penha. Segundo ela, é fundamental estabelecer critérios que reforcem a proposta de inibir, punir e erradicar toda e qualquer violência praticada contra a mulher, garantindo o respeito, a dignidade, o direito e a justiça à mulher e à família. “Nossa missão é promover e apoiar a sustentabilidade de ações sociais que elevem o nível de qualidade da vida física, emocional, intelectual e cidadã

punidade, onde quer que aconteça. “Desde a minha decisão, recebi inúmeros apoios. Alguns vieram de entidades nacionais, mas foram definitivamente as agências internacionais que efetivaram e fizeram eco ao meu grito por justiça. De lá para cá muitas trilhas tenho percorrido, travado muitos diálogos e realizado muitas ações. Nesse propósito, pude perceber o valor da ajuda das empresas privadas. De forma séria e eficiente, elas têm assumido a questão do combate à violência contra a mulher como uma questão de responsabilidade social,” diz Maria da Penha. A REALIDADE CONTINUA DURA Mesmo depois de tanta luta e da promulgação da lei, a realidade das brasileiras ainda está longe de ser a ideal. Os casos de agressões, violência e morte persistem. Mas sua ampla divulgação fez com que aumentasse o número de mulheres com coragem de denunciar seus agressores. De acordo com um balanço do serviço 180, a Central de Atendimento

das mulheres, contribuindo para a diminuição dos pontos que constituem as ações de indiferença, banalização e omissão nas questões de gênero”. Para isso, será formada também uma Rede Integrada de Ações Articuladas de Apoio à Mulher e às Vítimas de Violência Doméstica, que irá atuar de forma estratégica para unir as competências dos diversos setores do Poder Público. O Instituto oferece ainda cursos de capacitação e elaboração de projetos em diversas áreas. Para maiores informações, entre em contato com o Instituto através dos e-mails: comunicacao@ institutomariadapenha.org.br / institutomariadapenha@gmail.com.

Foto: Divulgação CRF-SP

o agressor podia ser preso em flagrante, ou a ter prisão preventiva decretada se houvesse riscos à integridade da mulher. Além disso, garantia uma série de medidas para auxiliar a vítima a retomar as rédeas de sua vida em um momento tão difícil: para onde ir ao sair de casa, como proteger os filhos e o direito de reaver os bens que ficaram na antiga residência. Dois anos depois da mudança na legislação, Maria da Penha conseguia ainda outra vitória: o governo do Ceará, estado onde ela ainda mora, foi obrigado a indenizá-la em 60 mil reais, seguindo uma determinação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, como parte da punição pela negligência e falha em oferecer um recurso rápido e efetivo para o caso dela. A quantia, com certeza, é simbólica diante de tudo que ela sofreu e passou – e ainda passa. Afinal, só de tratamentos médicos para garantir sua qualidade de vida como cadeirante, Maria da Penha gastou uma fortuna. Mas, mais do que a indenização, o pagamento sinalizava uma preocupação internacional contra a im-

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CULTURA FARMACÊUTICA A mulher que virou símbolo da luta contra a violência

à Mulher, criado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, dos 40.857 relatos de violência, a maioria dos agressores são os próprios companheiros. Do total desses relatos, 22.001 foram de violência física; 13.547 de psicológica; 3.595 de violência moral; 817 de patrimonial; 576 de ordem sexual; 120 de cárcere privado; 34 de tráfico de mulheres; 8 de negligência e 154 outros. Em 70% das denúncias/relatos de violência registrados, as mulheres declararam sofrer agressões diariamente. Mas este número poderia ser ainda maior. O grande problema é que muitos dos casos nem chegam a virar denúncia, pois a vítima não formaliza a queixa ou desiste do processo no meio do caminho. Outras simplesmente se calam. É como dizia Martin Luther King em uma frase que Maria da Penha gosta de usar como emblema de sua luta: “O que me preocupa não é o grito dos violentos, mas o silêncio dos bons”. Outro grave problema enfrentado no cumprimento da lei é a falta de condições para atender a todos os dispositivos. De acordo com as disposições finais, no artigo 35 da Lei, ‘a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências: I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes em situação de violência doméstica e familiar; II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e familiar; III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal especializados no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar; IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar; V - centros de educação e de reabilitação para os agressores’. E diz o artigo 36 que ‘a União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-

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Farmácia Magistral

cípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei’. “Mas isso só acontece nos grandes centros”, diz Maria da Penha. Por isso, a vida dela tem sido

percorrer o Brasil para dar palestras em cidades menores, como uma forma de chamar a atenção dos órgãos públicos para que a Lei Maria da Penha seja, de fato, cumprida em todo o país.

DEZ MITOS SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: 1. “A violência doméstica só ocorre esporadicamente”. A cada 15 segundos, uma mulher é agredida no país. 2. “Roupa suja se lava em casa”. Enquanto o problema não for encarado como de saúde pública, os cofres governamentais continuarão a ser onerados com delinqüência juvenil, os indicies de repetência escolar continuarão altos e as mulheres continuarão a ser mortas. 3. “A violência doméstica só acontece em famílias de baixa renda.” A violência é o fenômeno mais democrático que existe, não fazendo distinções de classe econômica, raça ou cultura. 4. “As mulheres apanham porque gostam, ou porque provocam.” Quem vive violência gasta a maior parte do seu tempo tentando evitá-la, protegendo-se e a seus filhos. As mulheres ficam ao lado dos agressores para preservar a relação, e não a violência. 5. “A violência só acontece nas famílias problemáticas.” As famílias afetadas pela violência aparentam ser “funcionais.” Não há pesquisas comprovando que elas difiram de outros tipos de famílias. 6. “Os agressores não sabem controlar suas emoções.” Ora, se assim fosse, os agressores agrediriam também chefes, colegas de trabalho e outros familiares, e não apenas a esposa ou os filhos. 7. “Se a situação fosse tão grave as vítimas abandonariam logo os agressores.” Grande parte dos assassinatos de mulheres ocorre na fase em que elas estão tentando se separar dos agressores. Algumas também desenvolvem a síndrome do estresse pós-traumático, que as torna incapazes de reagir e escapar. 8. “É fácil identificar o tipo de mulher que apanha.” Como já dito, a violência é um fenômeno democrático. Qualquer mulher pode se encontrar, em algum período de sua vida, vítima deste tipo de violência. 9. “A violência doméstica vem de problemas com o álcool, drogas ou doenças mentais.” Muitos homens agridem suas mulheres sem que apresentem qualquer um destes fatores. 10. “Para acabar com a violência basta proteger as vítimas e punir os agressores.” É necessário um processo educativo voltado à infância, para que as relações entre homens e mulheres sejam construídas, desde muito cedo, sem componentes de agressão para obtenção e manutenção do poder. É necessário também proteger as mulheres vitimizadas, e promover, aos agressores, uma oportunidade de reflexão e mudança. Fonte: Fórum Nacional de Educação em Direitos Humanos, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres Protegendo as Mulheres da Violência Doméstica – 2006


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Casos & Causos Voltamos nesta edição a reproduzir, com a devida autorização, alguns textos postados no site do farmacêutico Robson Moraes Almeida – um colecionador de piadas, informações e curiosidades sobre os farmacêuticos

A RECEITA FICTÍCIA E SEU ESTRAGO: GARRANCHOS “VIRAM” NOME DE REMÉDIOS É certo que toda regra tem sua exceção, mas a verdade é que a maioria dos médicos possui uma caligrafia bastante difícil de ser compreendida. Teoricamente, quem consegue “decifrar” o que está escrito nas receitas médicas são os farmacêuticos (ou os balconistas). Mesmo sendo a parte mais interessada no assunto (pois é a sua saúde que está em risco), o paciente quase sempre depende da boa vontade desses profissionais de farmácia, que, mais do que qualquer outro, precisam conhecer muito bem o que vendem. Além disso, essa é uma relação de consumo em que a confiança do paciente – no médico, no farmacêutico ou no balconista – e a responsabilidade desses profissionais são fundamentais. Para provar que letras escritas de forma não clara nas prescrições e a não checagem das mesmas pelo farmacêutico podem criar uma combinação explosiva, o professor Tarcísio Palhano realizou, em outubro de 1985, uma pesquisa com os seus alunos de Deontologia e Legislação Farmacêutica do primeiro ano do curso de Farmácia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Para tanto, simularam uma receita completamente absurda. O professor pediu aos alunos

que escrevessem em meia folha de papel tamanho ofício e sem timbre algum, como se prescrevessem, três nomes de medicamentos inexistentes, inventados na hora. E, para ser bem incisivo, pediu que os estudantes usassem garranchos totalmente incompreensíveis. A receita simulada levava a assinatura incompreensível de um médico também inexistente, cujo CRM tinha o número 81686. À época, a cidade de Natal tinha cerca de 3 mil médicos. Os estudantes foram a 40 estabelecimentos diferentes, entre farmácias e drogarias, e apresentaram a receita. Pasmem, leitores: foram vendidas a eles 47 unidades de 17 diferentes medicamentos, entre vitamina E e antibióticos, além de outros com as mais variadas indicações terapêuticas. E mais: nenhum estabelecimento rejeitou a falsa receita. “A intenção da pesquisa foi checar os estabelecimentos farmacêuticos”, argumentou Tarcísio Palhano. Em tempo: antes de aplicar a pesquisa, o farmacêutico foi aos Conselhos Regionais de Farmácia e de Medicina do Rio Grande do Norte, aos quais falou abertamente da pesquisa e apresentou a receita simulada. Perguntou aos órgãos se haveria algum impedimento ético em sua realização, e re-

cebeu destes a autorização para tal. “Os farmacêuticos das farmácias e drogarias pesquisadas erraram, ou porque não estavam presentes nos estabelecimentos, ou porque não checaram a receita (simulada), deixando passar uma estapafúrdia daquela”, denunciou o Dr. Tarcísio Palhano Numa outra ocasião, Palhano levou algumas receitas que chegaram à farmácia do Hospital Universitário para que os próprios médicos e professores de Medicina as decifrassem, durante uma das aulas que ministrava sobre erros. Ninguém conseguiu! Os erros não ficaram resumidos às letras ininteligíveis: outros erros tiveram origens diferentes, envolvendo a dispensação e a administração. Houve erros, ainda, quanto à escolha equivocada da dose e do próprio medicamento prescrito, relacionados a interações e incompatibilidades de importância clínica. “É preciso investir na formação dos alunos de Medicina, Farmácia e Enfermagem com conteúdos relativos ao medicamento, através de disciplinas como Farmacologia e Terapêutica”, apelou o professor Palhano. Lá se vão 25 anos – mas ainda existem médicos que receitam com “garranchos”. É sempre preciso muito cuidado e atenção ao decifrá-los.

Fonte Revista Farmácia Brasileira nº 49, 2005

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PÓS-GRADUAÇÃO 2010 Lato Sensu Especialização em

FRASES ENCONTRADAS SOBRE A PROFISSÃO 1 – “Em cada medicamento que alivia as dores da humanidade está a ciência do farmacêutico.” 2 – “O Farmacêutico faz misturas agradáveis, compõe ungüentos úteis à saúde e seu trabalho não terminará.” 3 – “Farmacêutico é um profissional com curso universitário, capacitado para ajudar você quanto ao uso correto dos medicamentos. Confie nele você vai sair ganhando”! 4 – “Farmacêutico: sem ele, não há remédio”!

5 – “Farmacêutico, produtor de bem estar, manipulador da cura, administrador da vida”. 6 – “Manipulo a razão e a emoção e alcanço a cura”! 7 – “Nada é veneno e tudo é veneno, só depende da dose”. 8 – Substâncias nas mãos dos farmacêuticos transformam-se em medicamentos, em cura, em saúde, assim como a pedra nas mãos do ourives se transforma em jóia, em brilho e em luz.”

GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E COSMÉTICOS

OBJETIVO Proporcionar base técnica e prática consistente sobre a garantia e o controle de qualidade de medicamentos e cosméticos, propiciando conhecimento necessário para implantação e execução das atividades inerentes a essas áreas de atuação profissional.

A MALDIÇÃO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA Conta a lenda que quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre medicina e medicamentos, determinou que aquela sabedoria ficaria restrito a um grupo muito pequeno e selecionado. Entretanto, nesse grupo, onde todos se consideravam “semi-deuses”, já havia aquele que trairia as determinações divinas. Foi aí que o pior aconteceu. Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos: 1º Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental. 2º Não verás teu filho crescer. 3º Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga. 4º Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais, terás úlcera. 5º A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches e as pizzas. 6º Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo – isso se te sobrarem cabelos. 7º Tua sanidade mental será posta em

cheque antes que completes 5 anos de trabalho. 8º Dormir será considerado período de folga: logo, não dormirás. 9º Trabalho será o teu assunto preferido, talvez o único. 10º As pessoas serão divididas em dois tipos: as que entendem de remédio e as que não entendem. E verás graça nisso. 11º A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te farás mais efeito. 12º Happy hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas tão loucas quanto você. 13º Terás sonhos com remédios e, não raro, resolverás problemas de trabalho neste período de sono. 14º Exibirás olheiras como troféu de guerra. 15º E, o pior... Inexplicavelmente gostarás de tudo isso!!!

PÚBLICO-ALVO Farmacêuticos, Químicos e Engenheiros Químicos com interesse na área de garantia e controle de qualidade de medicamentos cosméticos em nível magistral ou industrial.

Carga horária: 360h Duração: 24 meses Início das aulas: 18 de junho

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RDC 44/09 da Anvisa, que reforça as regras para o comércio de medicamentos, a prestação de serviços nos estabelecimentos farmacêuticos e, consequentemente, seus impactos nas rotinas das farmácias magistrais, esteve em discussão no II Fórum Magistral de Debates, realizado no dia 9 de abril no Anfiteatro Alfredo Leal da Faculdade de Farmácia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre. O evento, promovido pela Regional RS, reuniu mais de 70 participantes entre associados, professores, acadêmicos e representantes de entidades e órgãos afins ao setor. Tendo como mediador o 2º vice-presidente da Anfarmag, Ademir Valério da Silva, fizeram parte da mesa o diretor da Faculdade de Farmácia da UFGRS, Paulo Mayorga, a especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa, Cristina Marinho Ribeiro, o presidente do Conselho Regional

de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRFRS), Juliano Sofia da Rocha, a presidente da Federação Nacional de Farmacêuticos (Fenafar), Célia Chaves, a responsável pelo setor de medicamentos da Divisão da Vigilância Sanitária do Estado do Rio Grande do Sul (CEVS), Maria de Lourdes Quevedo Gonçalves, e a presidente da Anfarmag, Maria do Carmo Garcez. Ao destacar o esforço da equipe de fiscalização do CRF-RS, o presidente do Conselho Gaúcho afirmou que o objetivo é garantir o cumprimento às regras da Anvisa. “Tem ocorrido um trabalho de conscientização junto aos farmacêuticos e proprietários de farmácias e drogarias. Mas, infelizmente, ainda são flagrados crimes como os de captação e intermediação de medicamentos”. Além disso, Juliano da Rocha ressaltou que, por meio das fiscalizações, tem observado que as farmácias magistrais no Rio Grande do Sul ainda não implementaram alguns serviços farmacêuticos (como a aferição de Fotos: Ana Meinhardt

MUNDO ANFARMAG

RDC 44/09 reúne autoridades do setor para debate em Porto Alegre

O Fórum atraiu uma platéia bastante numerosa e atenta

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pressão arterial), como também não têm incluído os produtos alimentícios já regulamentados pelas portarias 9 e 10. “As farmácias magistrais não devem se furtar de oferecer esses serviços e produtos, já que é uma nova oportunidade para ser revista no seu mix”, salientou Rocha. Ainda que a criação de normas não possa ser restrita nem só ao idealismo e nem só à realidade, para a especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa, Cristina Marinho Ribeiro, a RDC 44/09 promove o que ela chamou de “novo olhar” sobre o controle do consumo de medicamentos. “Pensamos na resolução como algo que possa proporcionar benefícios para vocês, colegas farmacêuticos, e para a população”. De acordo com Cristina, a ênfase na assistência farmacêutica aumentou o grau de confiança entre o profissional farmacêutico e o consumidor, a fim de combater a prática da automedicação. Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas indicaram 34.068 casos de intoxicação medicamentosa em 2007. “Nossa intenção foi tornar a norma educativa, de modo que, para quem leia, seja um passo a passo adequável à realidade de cada farmácia. Queremos que fiquem no mercado aquelas farmácias que desejam se qualificar e quebrem o paradigma do simples comércio”, afirmou. Responsável pelo setor de medicamentos da Divisão da Vigilância Sanitária do Estado do Rio Grande do Sul (CEVS), Maria de Lourdes Quevedo Gonçalves iniciou sua fala informando que o RS é o Estado com maior adesão ao SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Ela também lembrou que, embora a normativa proíba a


venda de medicamentos nas prateleiras de autosserviço e a comercialização de não medicamentos, como bebidas e doces, como já citado pelo presidente do CRF–RS, as farmácias estão autorizadas a comercializar determinados tipos de produtos alimentícios e, para isso, devem buscar informações junto à Anvisa, Visas locais e ao CEVS. “Lutamos para que a farmácia seja reconhecida como um estabelecimento de saúde, e não um estabelecimento comercial”, afirmou a presidente da Fenafar, Célia Chaves. Segunda ela, após tanta rigidez da legislação, as farmácias enfim poderão usufruir de um mercado mais qualificado. “No Brasil, sempre desejamos prestar serviços farmacêuticos e agora a legislação está possibilitando que façamos isso, desde que se tenha qualificação. E, para tanto, o papel das entidades, como a Anfarmag, é muito importante”. Para Célia, a farmácia magistral colabora para que a população seja menos ansiosa em relação ao acesso ao medicamento. “O produto só é elaborado mediante a apresentação de uma receita médica. Assim, o consumidor já chega com uma visão diferente de atendimento em saúde”. Crítico com relação à abrangência da nova RDC, o diretor da Faculdade de Farmácia da UFRGS, Paulo Mayorga, chamou a atenção para o estímulo à educação em saúde, o fortalecimento da relação entre farmacêuticos e prescritores e a importância de se contemplar o papel do auxiliar técnico em farmácia. De acordo com Mayorga, a normativa ainda não resolve o que ele chamou de falso dilema: a dicotomia entre empresa ou estabelecimento de saúde. Para ele, o verdadeiro dilema é viabilizar economicamente a promoção de saúde num estabelecimento farmacêutico, partindo, naturalmente, de um pressuposto ético, mas sob uma ótica empresarial. Os debates encerraram-se com a palestra da presidente da Anfarmag, Maria

Os participantes da mesa (da esq. para a dir.): Célia Chaves (Fenafar), Maria deLourdes Quevedo Gonçalves (CEVS), Ademir Valério da Silva (Anfarmag), Paulo Mayorga (UFRGS), Juliano da Rocha (CRF–RS) e Cristina Marinho Ribeiro (Anvisa)

Encerrado o Fórum, houve a entrega dos certificados aos concluintes do SINAMM 2009 e todos os participantes foram brindados por um coquetel

do Carmo Garcez, que salientou a necessidade da difusão das regras farmacêutico-sanitárias como forma de garantir o bom exercício das práticas magistrais. “Do ponto de vista da qualidade, instalações e estrutura, não tenho dúvidas de que o Brasil está muito à frente de outros países como Estados Unidos, França, Turquia, Áustria ou Espanha. Nos Estados Unidos não existe uma regulamentação igual a do Brasil, mas lá o mercado das farmácias magistrais cresceu junto às universidades. No nosso país crescemos com a prática, lá eles cresceram com a educação e com a legislação”, afirmou. Ao final do Fórum, a Anfarmag RS rea-

lizou a entrega dos certificados aos representantes das 48 farmácias concluintes do SINAMM 2º Ciclo. “O encontro de hoje foi surpreendente. Acompanho a Anfarmag desde a sua criação e houve uma evolução muito grande. Percebo, cada vez mais, uma união de todos os profissionais dos vários setores do âmbito farmacêutico. Tanto é que conseguimos reunir representantes da Faculdade de Farmácia, da Fenafar, da Anvisa, da CEVS e do CRF–RS. Isso mostra a união voltada ao mercado farmacêutico. E é justamente dessa forma que perpetuaremos a nossa profissão”, afirmou a presidente da Anfarmag Regional RS, Eliane Aranovich.

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Foto: Divulgação

MUNDO ANFARMAG

ENCONTRO E CURSO EM SANTA CATARINA Aconteceu nos dias 13 e 14 de março, promovido pela Anfarmag Regional santa Catarina, o 64° Encontro de Farmacêuticos Magistrais de Santa Catarina, nas dependências do Hotel Baia Norte, em Florianópolis. No dia 13 foram retomados alguns trabalhos técnicos iniciados anteriormente, e entregue os diplomas do SINAMM 2° ciclo às farmácias que dele participaram. Também houve uma apresentação do produto Auditoria de Risco, pela auditora Erotildes Machado, e a palestra Bases Inovadoras, Filtros Solares, Dicas de Incorporação de Ativos, ministrada pelo químico José Paulo da Jovi Cosmecêutica. No dia 14, com 87 inscritos, foi ministrado um curso de Nutrição Esportiva pela professora Karina Ruiz, graduada em Ciências Farmacêuticas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, para quem a Nutrição

Karina Ruiz deu um curso de Nutrição Esportiva aos farmacêuticos catarinenses

Esportiva é um novo nicho de mercado para as farmácias magistrais. Entre muitos outros tópicos, a aula abordou ações da cafeína na redução da dor muscular; suplementos para reduzir a fadiga, redutores do estresse oxidativo, aumentadores de força muscular e da resistência (endurance); suplementação de creatina e seus benefícios na prática do esporte; suplementação de antioxidantes com redução da dor

A UNIÃO SEMPRE FAVORECE OS BONS NEGÓCIOS A Infar (Integração em Negócios Farmacêuticos) vem firmando novas parcerias que já estão favorecendo a todos os seus associados. Uma das novas parceiras é a Apacê, empresa especializada na distribuição de embalagens (frascos, potes e bombonas em vidro e plástico, bisnagas em alumínio e plástico, tampas em alumínio, madeira e plástico, válvulas pump, lacres invioláveis, dosadores e equipamentos para envase e recravação). Outra nova parceira é a empresa GPZ, grande distribuidora de uma vasta gama de produtos. A GPZ poderá diversificar os produtos comercializados, reduzindo inclusive os custos com materiais descartáveis – por exemplo, gorros, aventais, propés e luvas. E um acordo foi firmado também com a empresa Dermavita Indústria Cosmética, presente em todos os estados brasileiros. A Dermavita oferece aos associados à central de negócios toda a sua linha de bases dermatológicas e de cosméticos. Os preços dos produtos dessas empresas estão disponíveis no site da Infar (www. infar.com.br). São resultados que a Infar comemora com entusiasmo. Dê uma olhada no site e veja como vale a pena associar-se também.

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muscular, apresentando antioxidantes e anti-inflamatórios inovadores como White e Red Tea, Pomegranate, Garcinia mangostana e Rhodiola rósea; suplementação de proteínas da soja, que inibem o aumento da atividade da creatina cinase e dos peróxidos lipídicos e aumentam o status antioxidante em mulheres jovens sob exercícios de resistência. O curso foi muito bem avaliado pelos participantes.

ASSOCIADA É CONSAGRADA EM PREMIAÇÃO NACIONAL A farmácia magistral Simpharma, de Pernambuco, associada à Anfarmag, foi contemplada na grande final do MPE Brasil, no 7° Reconhecimento e Premiação Nacional às Micro e Pequenas Empresas. A Simpharma foi a vencedora na categoria serviços de saúde, e recebeu seu prêmio no dia 23 de março em Brasília (DF). O ciclo de 2009 bateu recorde de inscrições: 57 mil empresas de todo o país. No total, nove micro e pequenas empresas foram consagradas pela iniciativa do Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com o Sebrae (nacional), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). A meta para o ciclo de 2010 do MPE Brasil é alcançar 75 mil inscrições. Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site www.premiompe.sebrae.com.br ou nos pontos de atendimento do Sebrae. Os candidatos são avaliados pela qualidade da gestão e a capacidade empreendedora dos empresários, a partir de questionários de autoavaliação, utilizando critérios internacionalmente reconhecidos.


UM INCENTIVO DA ANFARMAG AO TRABALHO PELO FORTALECIMENTO DO SINAMM 2010 Na reunião de regionais e sucursais realizada na sede nacional nos dias 12 e 13 de março, a Anfarmag premiou com um troféu e uma medalha cinco sucursais e regionais que não só cumpriram como superaram sua meta de trazer mais farmácias magistrais para associarem-se ao SINAMM Monitoramento 2010. Foram a Regional de Mato Grosso e as Sucursais de Alagoas, Araraquara, Marília/Presidente Prudente e Vale do Paraíba. O incentivo pegou a todos de surpresa, pois

a Anfarmag nacional, que computou os números, não avisou a nenhuma delas sobre a superação de suas metas. E todos os dirigentes premiados foram unânimes em creditar o suporte da Anfarmag nacional e o esforço de toda a sua equipe para a conquista desse resultado. Não foi fácil, todos concordaram. Ivete Souza Peaguda, presidente da Regional MT, chamou sua campanha de um verdadeiro corpo a corpo, como fazem os políticos. “Eu conferia na webdesk quais as-

A Anfarmag ofereceu um troféu aos dirigentes de regionais e sucursais que superaram as metas. Acima (à esquerda), a nova diretora da Sucursal Marília/ Presidente Prudente, Nádia Alvim, e Ivete Souza, da Regional MT

sociados da Anfarmag ainda não tinham aderido e telefonava, mandava e-mails, explicava exaustivamente a enorme redução dos custos proporcionada pelo leilão. Com muita delicadeza, falava das novidades da visitação médica, da fidelização de cliente, da dispensação ativa, da preocupação que o projeto teve com a redução de custos em geral. A simulação de valores colocada na webdesk colaborou bastante para o convencimento: eu ficava ao telefone e ao computador ao mesmo tempo e ia orientando o farmacêutico a perceber os resultados. Esse trabalho durou três meses, mas compensou: no 2° ciclo tivemos 31 farmácias participantes, e agora em 2010 temos 37”, contou Ivete. A diretora da Sucursal Marília/Presidente Prudente, Nádia Alvim, conquistou a adesão de 21 farmácias em sua região (a meta era 13). “Nós mandamos muitos e-mails, e eu, que estava em licença médica, telefonei pessoalmente para todos os farmacêuticos me apresentando como a nova diretora da sucursal. Toda a equipe de Presidente Prudente telefonou muito, e o pessoal de Marília fez o mesmo trabalho de formiguinha. Eu trabalho na Botica Magistral, de propriedade de José Aparecido Novaes Filho, ex-diretor da Anfarmag, e como ele acredita muito no trabalho, me dá bastante liberdade, pois também trabalho pelo CRF. Mas não foi só telefonando e enviando e-mails que superamos nossa meta, foi usando bastante o Twitter, o MSN e o Orkut. Usando bem as redes sociais a gente consegue fazer divulgações mais amplas e contatar muito mais gente – e sem gastar nada (além de tempo, claro). Percebi a força das redes sociais quando fiz uma reunião para discutir a RDC 44 e, poucos dias antes, só havia 24 farmacêuticos inscritos. Apelei para o Orkut, os amigos também promoveram e, no final, apareceram 108 pessoas”, contou Nádia com entusiasmo.

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Rua Vergueiro, 1855 - 12o Andar - São Paulo - SP CEP 04101-000 - anfarmag@anfarmag.org.br Tel.: (11) 2199.3499 - Fax: (11) 5572.0132 Revista da Farmácia Magistral - Órgão Oficial da Anfarmag Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais DIRETOR EXECUTIVO Marco Fiaschetti - executivo@anfarmag.org.br COORDENADOR ÁREA TÉCNICA Vagner Miguel - vmiguel@anfarmag.org.br EQUIPE FARMACÊUTICA DA ÁREA TÉCNICA Claudia Caresatto, Hélio Martins Lopes Júnior, Lúcia Helena S. G. Pinto e Maria Aparecida Ferreira Soares COORDENAÇÃO EDITORIAL Cleinaldo Simões simoes@cleinaldosimoes.com.br

CONTEÚDO EDITORIAL Cleinaldo Simões Assessoria de Comunicação (11) 5585-3363/5585-2273 simões@cleinaldosimoes.com.br Edição: Alice Sampaio (11)3284-4921 alisampa@yahoo.com.br Reportagem: Adriana Del Ré, Alice Sampaio, Carla Araújo, Claudia Ramos, Marivaldo de Carvalho e Tamara Gaspar

CARTA DO LEITOR

A felicidade de receber um prêmio Li na edição nº 5 que duas farmácias mineiras (a Saint Charbel, de Viçosa, e a Néctar, de Três Corações) ficaram em primeiro lugar na categoria comércio do Prêmio MPE Brasil, na etapa estadual. Gostaria de contar que o meu estabelecimento, Pharmácia da Terra, na cidade de São Lourenço (MG), também foi finalista estadual. Vencemos na categoria ‘boas práticas em responsabilidade social’, empatados com a Néctar. Essa vitória foi uma surpresa até para mim, pois foi a primeira vez que participei desse prêmio. Entrei nele até meio sem saber o que era! Recebi uma correspondência deles e confesso que nunca tinha ouvido falar do MPE Brasil. Entrei no site, respondi o questionário e mandei. Já tinha até esquecido do assunto quando vieram avaliar a minha farmácia, quatro meses depois. A avaliação deles foi rigorosissima e recebi algumas sugestões de melhoras. Qual não foi minha surpresa ao saber que me tornei finalista estadual e acabei vencendo. Tenho certeza de que devo essa vitória não só a todo esforço da minha equipe, mas também a todas as orientações que venho recebendo da Anfarmag. Este prêmio é destinado a todo tipo de micro e pequena empresa e vale a pena participar: entre os 22 finalistas, havia três farmácias magistrais. Ganhei experiência, me senti recompensada e fui para Belo Horizonte fazer um curso de dois dias dado pelo Sebrae.

ARTE E DIAGRAMAÇÃO SPU1 Art Design Gladstone Barreto

Adelina Junqueira, por e-mail

IMAGEM DA CAPA © iStockphoto.com / Cimmerian COMERCIAL Mobyle Promocional (11) 3942.6122 mobyle@anfarmag.org.br IMPRESSÃO Copypress www.copypress.com.br Coordenação Geral

Revista destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parlamentares e autoridades da área de saúde dos governos federal, estadual e municipal. Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DOS TEXTOS DA REVISTA DO FARMACÊUTICO MAGISTRAL Periocidade: Bimestral Circulação: Nacional Tiragem: 6.000 exemplares Distribuição dirigida

CARO LEITOR, A Revista da Farmácia Magistral é dedicada a todos aqueles que participam do setor magistral, e está aberta à sua colaboração. Faça uso deste canal, enviando sugestões, comentários e críticas à nossa equipe. Sua opinião é de extrema importância para nós! NOSSOS ENDEREÇOS (REDAÇÃO): Por e-mail: simoes@cleinaldosimoes.com.br Via correio: Rua Antônio Gebara, 511, Planalto Paulista, São Paulo (SP), CEP 04071-020 Também não hesite em nos procurar, caso tenha sugestões de artigos e demais colaborações para a Revista. Aguardamos o seu contato!



REGIONAIS REGIONAL BA/SE Presidente: Tatiana M. Freitas Galvão Endereço: Av. Paulo VI, 1816 – Pituba – Salvador/BA - CEP: 41810-001 Telefone: (71) 3358-9334 – FAX (71) 3358-4094 E-mail: regional.base@anfarmag.org.br

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REGIONAL DF Presidente: Carlos Alberto P. Oliveira Endereço: SIG - Quadra 04 - Lote 25 - Sala 09 Empresarial Barão de Mauá – Brasília/DF CEP: 70.610-440 Telefone/Fax: (61) 3344-4152 E-mail: regional.df@anfarmag.org.br REGIONAL ES Presidente: Denise de Almeida M. Oliveira Endereço: - Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - sala 608 - Torre BT - Edifício Corporate Center - Santa Lúcia – Vitória/ES - CEP: 29056-245 Telefone: (27) 3235-7401 E-mail: regional.es@anfarmag.org.br REGIONAL GO/TO Presidente: Gilmar Silva Dias Endereço: Rua 7-A, Nº 189, Edifício Marilena Sala 201, Setor Aeroporto, Goiânia/GO CEP.: 74075-230. Telefone: (62) 3225-5582/FAX (62) 3224-2114 E-mail: regional.goto@anfarmag.org.br REGIONAL MG Presidente: Soraia Moura T. de Almeida Endereço: Avenida do Contorno, 2646 - sala 1102 e 1104 - Floresta - Belo Horizonte/MG CEP: 30.110-080 Telefone: (31) 2555-6875 e (31) 2555-2955 E-mail: regional.mg@anfarmag.org.br REGIONAL MS Presidente: Ana Paula Busato Zandavalli Endereço: Av. Rodolfo José Pinho Nº 66 Jardim São Bento – Campo Grande/MS CEP: 79004-690 Telefone: (67) 3026-4655 E-mail: regional.ms@anfarmag.org.br REGIONAL MT Presidente: Ivete Souza Peaguda Endereço: Rua Brigadeiro Eduardo Gomes nº 37 Bairro: Goiabeiras – Cuiabá/MT CEP: 78045-350 Telefone: (65) 3027-6321 E-mail: regional.mt@anfarmag.org.br REGIONAL PR Presidente: Marina Sayuri M. Hashimoto Endereço: Rua Silveira Peixoto n° 1040, 9° andar, sala 901 –Curitiba/PR - CEP: 80240-120 Telefone: (41) 3343-0893 - Fax: (41) 3343-7659 E-mail: regional.pr@anfarmag.org.pr REGIONAL RJ Presidente: Luciana Ferreira M. Colli Endereço: Rua Conde de Bonfim, 255 sala 912 – Tijuca – Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.520-051 Telefone: (021) 2569-3897 E-mail: regional.rj@anfarmag.org.br REGIONAL PB/RN Presidente: Célia Buzzo Endereço: Av. Camilo de Holanda, 500 - Centro - João Pessoa/PB - CEP: 58013.360 Telefone: (83) 3218-2600 - Fax: (83) 3222-4634 E-mail: regional.rnpb@anfarmag.org.br REGIONAL RS Presidente: Eliane Aranovich Endereço: Av. Mauá, 2011 - Sala 607 - Porto Alegre/ RS - CEP: 90030-080 Telefone: (51) – 3225-9709 E-mail: regional.rs@anfarmag.org.br

REGIONAL SC Presidente: Ana Claudia Scherer Monteiro Endereço: .Rua Ledio Joao Martins, 435 Kobrasol – - São José/SC - CEP: 88102-000 Telefone : (48) 3247-3631 E-mail: regional.sc@anfarmag.org.br

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(11) 2152.8100. www.alternate.com.br



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