Publicação da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. ANO 1 Nº 08 - SETEMBRO/OUTUBRO 2010
AÇÕES NO CONGRESSO NACIONAL: CONHEÇA QUEM APOIA O SETOR E AS FRENTES ONDE ATUA A ANFARMAG
ENTREVISTAS ESPECIAIS MOSTRAM RUMOS DO SETOR NO PAÍS IMPACTOS DO MARKETING NAS FARMÁCIAS
Nos Estados Unidos não existe o controle de qualidade como no Brasil
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A Vigilância Sanitária cada vez mais dirige sua ação para o consumidor final Anfarmag é signatária de carta que propõe ações referentes às plantas medicinais e fitoterápicos
MUNDO ANFARMAG
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Maria do Carmo Garcez Presidente da Anfarmag Nacional
Marketing destaca farmácias Anfarmag oferece estratégias para valorização de farmácias participantes do SINAMM Motivação para o sucesso da farmácia
ESPECIAL 46 44 48 50
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Boa Leitura a todos.
CARTAS ENDEREÇOS
ECONOMIA E NEGÓCIOS
SAÚDE & MEDICAMENTO O principal desafio é qualificar a gestão da assistência farmacêutica no país A 5ª Farmacopéia Brasileira terá versão virtual, facilitando o acesso de todos Está pronto para sair em consulta pública o Formulário Nacional de Fitoterápicos
a rara oportunidade de termos a participação da Vigilancia Sanitária do Estado de S. Paulo, Dra. Isabel de Lellis.
SAA contabiliza dados dos primeiros meses deste ano SAAFE oferece conveniência e economia para as farmácias associadas à Anfarmag Um exemplo de compromisso com a excelência
CULTURA FARMACÊUTICA
Santa Gemma: A padroeira dos farmacêuticos
RELAÇÃO DE ANUNCIANTES
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FARMÁCIA INTERNACIONAL
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Deputados federais defendem farmácia magistral Farmácias magistrais representadas em frentes parlamentares Candidatos apresentam propostas para setor farmacêutico Ampliação do teto do Simples permitirá corrigir aumento de tributação indireto
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POLÍTICA FARMACÊUTICA
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SUMÁRIO
A discrição tem caracterizado as intensas e constantes ações de política institucionais desde 2005 da Anfarmag junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nos níveis federal e dos estados. Defender e promover um segmento de atividade tão importante como a farmácia magistral exige dos seus dirigentes principalmente foco no interesse do associado, respeito aos termos celebrados e desapego pela publicidade fácil em razão de vitórias preliminares. É com esta postura que publicamos nesta edição da Revista do Farmacêutico Magistral quatro matérias que tratam de temas chaves para o futuro do setor. Ne-
las apresentamos alguns dos congressistas que têm atuado em prol do setor e os pontos de vistas dos principais deputados que trabalham em frentes parlamentares que envolvem diretamente nossos interesses. O trabalho vai além. A partir de uma solicitação pública, aberta a todas as regionais e sucursais da Anfarmag e a todos os conselhos de farmácia do país, mostramos outros candidados do processo eleitoral vindouro. São aqueles que têm claramente em suas plataformas de trabalho pontos relevantes para a farmácia magistral brasileira. Nesta edição temos ainda quatro entrevistas especiais que mostram os rumos que a farmácia terá no país. Destaco
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Prezados associados
EDITORIAL
DISCRIÇÃO NA POLÍTICA
02 – Consulfarma 05 – Vyvedas 07 – Elyplast 09 – Ortofarma 11 – All Chemistry 15 – Senac 17 – Capsugel 19 – Pharmaceutical 25 – LED 29 – Chemyunion 35 – Labsynth 37 – Capsutec 39 – Quibasa 47 – Tricai 51 – BSTec 59 – Alternate 60 – Tecnopress
POLÍTICA FARMACÊUTICA
Deputados federais defendem farmácia magistral
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Circulação de Mercadorias e Serviços) para a atividade magistral e não do ISS (Imposto sobre Serviços). São eles: 580/ 2010 e 591/ 2010, ambos em tramitação no Congresso. Assinado pelo deputado federal Roberto Santiago (PV-SP), o primeiro projeto foi proposto pela frente parlamentar mista das micro e pequenas empresas (composta por deputados e senadores e apoiada pelo Sebrae em nível nacional), tramita desde o início de junho e está nas mãos do também deputado federal Luiz
Foto: Brizza Cavalcante
os últimos meses, uma das maiores preocupações do setor magistral diz respeito à tributação das farmácias, que já pagam um imposto estadual e estão sendo cobradas pelas prefeituras. O trabalho articulado pela Anfarmag no Congresso Nacional, – após diversos estudos, reuniões e a realização de um fórum específico para debater a questão –, resultou em dois projetos de lei complementar que propõem a ratificação do recolhimento de ICMS (Imposto sobre
Deputado federal Roberto Santiago (PV-SP)
4| Revista da
Farmácia Magistral
DA REDAÇÃO
Carlos Hauly (PSDB-PR), relator do projeto; o segundo foi apresentado pelo deputado Cláudio Vignatti (PT-SC). A expectativa é que os projetos sejam aprovados até o final deste ano. “Em minha alteração do projeto de lei, defini a garantia de se incluir no Simples Nacional as micro ou empresas de pequeno porte que se dediquem à comercialização de produtos originados de manipulação de fórmulas magistrais, químicas e bioquímicas com aplicação ao uso humano ou animal. Dessa maneira, além de respeitar as reivindicações das lideranças do setor, creio ter contribuído para ajudar a manter essa atividade econômica, que, além dos benefícios à saúde da população, gera empregos e renda para milhares de famílias brasileiras”, diz Roberto Santiago. Santiago afirma que “as expectativas são as melhores possíveis”. No entanto, ele pondera que as mudanças na lei geral das micro e pequenas empresas dependem da mobilização dos principais interessados, que são as lideranças do setor farmacêutico magistral. “Eles nos ajudarão, com certeza, a convencer os demais deputados e senadores da justeza das reivindicações e do apoio necessário a uma atividade que faz parte da nossa tradição”.
Foto: Luiz Xavier
Deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP)
O parlamentar ressalta que o setor magistral faz parte da cultura de prevenção e de cuidado das famílias brasileiras. “Por isso, trata-se de um segmento que tem de ser respeitado e protegido, principalmente, as pequenas farmácias, gerenciadas pelas famílias e que atendem os usuários de medicamentos como amigos e amigas”, complementa. Candidato a senador, Cláudio Vignatti critica a bitributação das farmácias magistrais. “A bitributação encarece o custo final dos medicamentos e de outros produtos de manipulação. Isso tem reduzido a competitividade do segmento, contendo as chances de expansão. Outro resultado negativo da bitributação é a geração de um passivo jurídico entre estados e municípios sobre a competência tributária. É preciso mudar isso”. Vignatti explica que no projeto de lei complementar, – protocolado em julho na Câmara dos Deputados visando mudanças na lei geral das micro e pequenas empresas –, consta um parágrafo que trata especificamente da área magistral. O parágrafo diz que “as atividades de
manipulação de fórmulas magistrais serão tributadas na forma do anexo 1 da lei complementar”. “Isto é, a alíquota vai variar de 4% a 11,61%; o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido vão de 0% a 0,54%; o Cofins, de 0% a 1,60%; o PIS/ Pasep, de 0% a 0,38%; enquanto a Contribuição Patronal Previdenciária vai de 2,75% a 4,60% e o ICMS, de 1,25% a 3,95%. Todos esses percentuais são aplicados a 20 diferentes faixas de receita bruta em 12 meses, começando com valores de até R$ 180 mil e chegando a R$ 3,6 milhões”, detalha. O parlamentar também avalia que a mobilização permanente do setor é fundamental para aprovação do projeto, que, se aprovado neste ano, passará a valer a partir de janeiro de 2011. “As empresas da área precisam ficar atentas e se manter em permanente mobilização. É mais um passo que daremos no sentido da justiça tributária”. Vignatti destaca que as farmácias magistrais geram elevado número de empregos, oferecem atendimento diferenciado aos cidadãos e não podem ser oneradas com mais impostos. Pelo contrário, diz Vignatti, devem receber incentivos, por exemplo, para a qualificação de recursos humanos e aquisição dos itens das fórmulas, alguns oriundos de outros países e caros. “MANICÔMIO TRIBUTÁRIO” Questionado sobre como pretende continuar auxiliando especificamente as farmácias magistrais no que tange à questão tributária, o deputado Luiz Carlos Hauly, candidato à reeleição, ressalta que a contribuição dele é “ajudar a pensar o setor dentro do contexto macroeconômico”. “Tenho interesses nacionais e um de-
Foto: Saulo Cruz
Deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS)
6| Revista da
Farmácia Magistral
Foto: Leonardo Prado
POLÍTICA FARMACÊUTICA Deputados federais defendem farmácia magistral
les é promover uma revolução tributária - no qual até os medicamentos estariam isentos de pagamento de impostos. Apesar de muitos colegas deputados considerarem minha proposta a melhor e ousada, não tenho chance de debatê-la verdadeiramente. Então vamos fazendo essa revolução aos poucos. Meu desejo é ver um Brasil moderno do ponto de vista tributário e com melhor distribuição de riqueza. E o setor magistral, por menor que pareça ser (comparado a outros setores empresariais), merece toda a nossa atenção e carinho”, diz Hauly. O deputado diz que o sistema brasileiro é confuso e cria situações esdrúxulas. Por isso, o chama de “manicômio tributário”. “Nossa expectativa é conseguir apoio para mudanças (na lei geral das micro e pequenas empresas) – negociando, calculando e mostrando a vantagem desse enquadramento – porque comprovadamente houve retorno de arrecada-
Deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR)
ção para os entes públicos. Então, unindo esforços e articulando informações, podemos aprovar o novo projeto. Tenho uma meta: possibilitar que mais de 500 mil empresas brasileiras possam aderir ao Simples em 2011, criando empregos e gerando distribuição de renda”. Na avaliação do parlamentar, o setor farmacêutico nacional é forte e dinâmico. “Nesse contexto, as farmácias magistrais têm ampla demanda por seus serviços e necessitam ser incrementadas com o devido apoio tributário e institucional. Proponho investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, reduzindo nossa dependência e baixa competitividade frente às transnacionais. Estima-se que 60 milhões de pessoas dependem da atuação das farmácias de manipulação, o que é enorme contingente de famílias que tem nas farmácias magistrais seu ponto de apoio”. Hauly afirma ainda ter projetos que incentivam o empreendedorismo e investimentos em modernização e desenvolvimento tecnológico, os quais contemplariam também o setor farmacêutico. “Meu compromisso imediato é promover a inserção do setor na lei geral das micro
e pequenas empresas. Posteriormente, defendo a promoção de uma reforma tributária ampla e radical que promova uma revolução tributária. E quero estar presente na solução das reivindicações pontuais ou gerais do setor. Sou um parceiro das farmácias magistrais no Congresso”, conclui. Candidato à reeleição, o deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) já se comprometeu a colaborar com o setor magistral, no que tange à tributação das farmácias. Ele observa que, “no Congresso Nacional, as coisas só funcionam com muito trabalho” e, por isso, o esforço dos articuladores do setor magistral resultará na definição do ICMS como tributo do setor. Além da mobilização dos interessados, a aprovação dos dois projetos que afetam as farmácias magistrais depende da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, presidida pelo deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS), candidato à reeleição. Em recente reunião com representantes da Anfarmag, o peemedebista entendeu o pleito da entidade e prometeu estudar uma forma para que os projetos sejam levados à votação.
Farmácias magistrais representadas em frentes parlamentares
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assegurar o exercício profissional dos farmacêuticos nas farmácias magistrais. Por isso, a entidade busca o apoio de parlamentares que se identificam com a causa farmacêutica.
Foto: Saulo Cruz
epresentante e porta-voz do setor magistral, a Anfarmag vem atuando na esfera política para defender os interesses do segmento e da saúde pública do Brasil e, consequentemente,
Deputado federal Cláudio Vignatti (PT-SC)
8| Revista da
Farmácia Magistral
Candidato a senador, o deputado federal Cláudio Vignatti (PT-SC), por exemplo, participa também da frente parlamentar em defesa da assistência farmacêutica, além de estar envolvido
Foto: Ivaldo Cavalcante
POLÍTICA FARMACÊUTICA
DA REDAÇÃO
Deputado federal Rafael Guerra (PSDB-MG)
Foto: Eber Faioli
POLÍTICA FARMACÊUTICA Farmácias magistrais representadas em frentes parlamentares
Foto: Janine Moraes/Agência Câmara
Deputado federal Saraiva Felipe (PMDB-MG)
Deputado Ivan Valente (PSOL-SP)
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Farmácia Magistral
com a questão tributária das farmácias magistrais. Ele afirma que seu compromisso para eventual próximo mandato está baseado na necessidade de reconhecimento do setor farmacêutico como fundamental para o domínio e incorporação de tecnologias vinculadas à produção de medicamentos. “O país precisa perceber como é valioso e importante ter mãos de brasileiros e brasileiras dominando essas técnicas, com acesso às formas de produção de medicamentos e a serviços qualificados”, diz. Outro parlamentar envolvido em discussões que afetam o setor farmacêutico é o deputado federal Saraiva Felipe (PMDB-MG), candidato a reeleição e ex-ministro da Saúde. Ele afirma que vem acompanhando projetos relacionados ao setor magistral, que o trabalho individualizado na saúde (personalização de medicamentos e tratamentos) é uma tendência mundial e que as farmácias magistrais geram postos de trabalho. “Há especialidades médicas que asseguram a existência das farmácias magistrais. É preciso reconhecer que as formulações magistrais são anteriores às industrializadas”. Também mineiro, o deputado federal Rafael Guerra (PSDB-MG) criou e presidiu a frente parlamentar da saúde até 2009. Entidade suprapartidária e sem fins lucrativos, a frente visa a melhoria do atendimento à saúde da população brasileira, defendendo que trata de um direito dos cidadãos e um dever do Estado. Conforme a assessoria do parlamentar, a frente assegurou a manutenção de recursos orçamentários que remuneram os serviços ofertados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). E conseguiu reverter desvios de recursos para programas que não atendem às determinações do SUS. Outro compromisso da frente é a aprovação de projetos como, por exemplo, o referente ao “ato médico”, que regulamenta as atribuições dos profissionais ligados à área da saúde. ANONIMATO Já a frente parlamentar em defesa da assistência farmacêutica é presidida pela deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), que é candidata à reeleição e farmacêutica. A parlamentar defende a inclusão na pauta de votações do substitutivo do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) ao projeto de lei 4.385/ 94, que trata as farmácias como estabelecimentos de saúde e tramita no Congresso há 16 anos. “Temos que tirar as farmácias brasileiras do anonimato. Esse substitutivo é muito importante porque ele muda a feição das farmácias, acaba com a atitude de alguns tribunais que equivocadamente as colocam como estabelecimentos comerciais que vendem tudo. Atualmente, para se abrir uma farmácia é preciso apenas a autorização das juntas comerciais. Queremos acabar com essa primazia e incluir nesse processo os órgãos de vigilância sanitária, porque a farmácia não é um estabelecimento comercial como outro qualquer”, diz. Alice acrescenta que as farmácias vão continuar sendo estabelecimentos privados, mas passarão a contar com uma regulamentação mais rígida, que evite o cenário de liberalidade atual e
Foto: Divulgação Foto: Gilberto Nascimento
Ex-prefeito de São Carlos e candidato à Câmara dos Deputados, Newton Lima Neto (PT-SP)
Deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA)
contribua para a adoção de medidas de contenção da automedicação. Segunda ela, o projeto, se aprovado, vai contribuir com outras políticas públicas e programas de saúde implantados pelo atual governo. “Vamos alavancar projetos como o do fracionamento e impulsionaremos a farmácia popular. E poderemos avançar para, no futuro, termos na farmácia um posto avançado de saúde, inclusive par-
ticipando de campanhas de vacinação”, diz. Ex-prefeito de São Carlos e candidato à Câmara dos Deputados, Newton Lima Neto (PT-SP) apresenta, em sua plataforma parlamentar, o fortalecimento do SUS e ampliação do acesso à saúde de qualidade (com a regulamentação da emenda 29, que prevê mais recursos para a saúde) como alguns dos compromissos.
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cialmente o magistral. A reportagem da “Revista da Farmácia Magistral” contatou candidatos apontados pelas regionais e sucursais da Anfarmag. Presidente do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, o farmacêutico Benício Machado de Faria (PT do B-MG) observa que a atuação de um
Foto: João Mançal
as eleições de outubro, a população elegerá deputados estaduais e federais, além de presidente, governadores e senadores. Portanto, trata-se de uma oportunidade para que os farmacêuticos identifiquem aqueles candidatos que, se eleitos, poderão colaborar com o setor farmacêutico, espe-
Deputado estadual João Pedro Figueira (DEM-RJ),
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Farmácia Magistral
parlamentar não se limita somente a uma área, já que há outras questões que afetam a população. No entanto, ele diz que a sua plataforma de campanha consiste em representar a área farmacêutica e os milhares de farmacêuticos e outros envolvidos na cadeia de medicamentos. Entre as propostas em defesa das diver-
Foto: Divulgação
POLÍTICA FARMACÊUTICA
Candidatos apresentam propostas para setor farmacêutico
DA REDAÇÃO
O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, Juliano da Rocha (PSB)
Foto: Jovander “Pito”/3D Studio.
se candidatar. Segundo ele, as principais propostas para um eventual mandato são voltadas basicamente para a área da saúde, com foco no segmento farmacêutico. Entre elas, a redução de imposto sobre medicamentos (manipulados ou industrializados) e sobre exames laboratoriais. Para isso, se necessário, ele diz que apresentará projeto de lei. Afirma ainda que pretende trabalhar pelo fortalecimento das farmácias magistrais, combatendo a bitributação. O deputado estadual Paulo Foletto (PSB-ES) afirma que sua principal bandeira vai ser, – caso seja eleito deputado federal –, a reforma tributária. “Enquanto não sai a tão sonhada reforma, vou trabalhar pela aprovação do projeto de lei complementar 580/2010, que propõe a ratificação do recolhimento do ICMS para a atividade magistral (caso o projeto ainda não esteja aprovado quando começar a nova legislatura). Também estarei à disposição para defender projetos que estimulem os meios educacionais, científicos e gerenciais para valorização dos medicamentos magistrais”, diz Foletto. Foletto pontua que a RDC 44/ 09, da Anvisa, representa um avanço para o setor e, além de defender a manutenção dessa norma legal, ele promete propor melhorias à legislação sempre que a categoria entender que sejam necessárias. “Vou trabalhar em sintonia com a categoria para, quando houver necessidade, adequar as legislações, visando apoiar as farmácias magistrais e garantir o seu pleno exercício no país. Vamos enfrentar os lobbies que contrariam o bom ambiente dos negócios e a livre concorrência ou que tentam diminuir a importância das farmácias magistrais no país”. Tendo a redução de impostos sobre medicamentos como uma das suas principais propostas, a farmacêutica Nara Luiza Oliveira (PP-GO), que é ex-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás e candidata à Assembléia Legisla-
Deputado estadual Paulo Foletto (PSB-ES) Foto: Divulgação
sas causas do setor farmacêutico, Faria, – que cita ser contra a cobrança de ISS sobre os medicamentos magistrais –, promete buscar formas de assegurar ICMS zero para medicamentos, aprovar lei que estipule prazo para que o estado analise pedidos de alvarás e licenciamentos, facilitar o acesso ao crédito e financiamentos no âmbito estadual, estimular a atividade farmacêutica (indústria de medicamentos, centros de pesquisa e plantas medicinais), qualificar as pequenas farmácias (por meio do Sebrae e CRF-MG, por exemplo) e garantir a consolidação e a ampliação do programa “Rede Farmácia de Minas”. Advogado, o deputado estadual João Pedro Figueira (DEM-RJ), que é candidato à reeleição, pontua que está em contato direto com farmacêuticos magistrais, o que lhe permite conhecer as necessidades do setor. O parlamentar cita o elevado gasto das farmácias gerado pela cobrança de impostos e a necessidade de evitar a bitributação. “É importante que o poder público entenda que a redução da carga tributária e da burocracia do sistema são pontos essenciais para o crescimento econômico, sobretudo, para a operação de micro e pequenas empresas”, diz. Na avaliação dele, a complexidade do sistema tributário estrangula iniciativas voltadas para a geração de empregos, renda e riquezas por parte das empresas de pequeno porte. Na tentativa de frear a bitributação, Figueira cita ter entrado com ação na Justiça cobrando um posicionamento do Judiciário em relação ao tema. “As farmácias magistrais exercem um papel de extrema importância nos cuidados com a saúde, tratando pacientes que necessitam de medicamentos individualizados. Trata-se de um segmento fundamental para a saúde das famílias”, diz Figueira. O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, Juliano da Rocha (PSB), também decidiu
Presidente do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, o farmacêutico Benício Machado de Faria (PT do B-MG)
Farmacêutica e professora universitária Priscila Vautier (PCdoB-SP)
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Farmácia Magistral
A farmacêutica Nara Luiza Oliveira (PPGO), que é ex-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás e candidata à Assembléia Legislativa Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
segmento magistral, a candidata cita a discussão sobre tributação. “É preciso garantir o direito da população à assistência farmacêutica e, por exemplo, promover as práticas integrativas em homeopatia e fitoterapia”, diz. Ex-presidente do Conselho Federal de Farmácia, do CRF-RS e da Federação Pan-Americana de Farmácia, Gustavo Éboli (PSB-RS), candidato a deputado federal, promete defender o direito de acesso a medicamentos. Ele pontua a necessidade de fornecimento gratuito de medicamentos em tratamentos prescritos pelo SUS e serviços públicos estaduais. Outro objetivo, de acordo com Éboli, é a redução ou extinção de impostos sobre medicamentos humanos. O candidato diz prestigiar a área magistral. “Estarei à disposição da Anfarmag (se eleito)”, conclui, citando que, – na gestão dele à frente do CFF, em 1994 –, foi realizado o “1º Congresso Brasileiro de Farmácia Magistral”, em Brasília (DF).
Janine Moraes/Agência Câmara
POLÍTICA FARMACÊUTICA Candidatos apresentam propostas para setor farmacêutico
tiva daquele estado, diz que essa meta pode ser cumprida seguindo os mesmos moldes utilizados pela bancada ruralista, que conseguiu reduzir o ICMS para zero no que tange aos medicamentos veterinários. Outras propostas da candidata são a criação de uma agência estadual de vigilância sanitária e de postos de coleta de resíduos químicos gerados em domicílio (medicamentos, por exemplo), além do aumento do número de vagas para profissionais de saúde em concursos públicos (no estado de Goiás). As propostas da farmacêutica e professora universitária Priscila Vautier (PCdoB-SP), – candidata a deputada estadual que atuou no setor magistral durante dez anos –, estão centralizadas nas áreas de saúde e educação. Ela diz que, se eleita, vai priorizar o fortalecimento das entidades, buscar a valorização dos farmacêuticos e defender o setor farmacêutico em relação a projetos que possam prejudicá-lo. No caso específico do
Ex-presidente do Conselho Federal de Farmácia, do CRF-RS e da Federação Pan-Americana de Farmácia, Gustavo Éboli (PSB-RS) é candidato a deputado federal
Ampliação do teto do Simples permitirá corrigir aumento de tributação indireto
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erente-adjunto da unidade de políticas públicas do Sebrae em nível nacional, André Spínola comentou, em entrevista à “Revista da Farmácia Magistral”, sobre as mudanças previstas na lei geral das micro e pequenas empresas e as chances e as dificuldades de o Congresso Nacional aprová-las ainda neste ano. Ele citou a importância da mobilização do setor magistral e o trabalho de articulação política para a elaboração do projeto de lei complementar 580/ 2010, que propõe a ratificação do recolhimento de ICMS para a atividade magistral.
Foto: Agência Sebrae de Notícias
POLÍTICA FARMACÊUTICA
DA REDAÇÃO
Revista da Farmácia Magistral: Como está o “projeto-mãe” que prevê as alterações na lei geral das micro e pequenas empresas? André Spínola: Protocolado sob o número 591/ 10, está em tramitação nas comissões técnicas da Câmara dos Deputados. Foi amplamente debatido e passou por audiência pública. RFM: Quais as principais mudanças previstas no projeto? Spínola: São muitas. As principais dizem
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POLÍTICA FARMACÊUTICA
de acompanhamento e avaliação dessa que é a grande base para políticas públicas de apoio aos pequenos negócios. O cuidado que se deve ter é com a pauta do Congresso e o timing nas alterações. Como é um projeto bastante amplo e de grande apelo, ele pode ensejar muitas discussões e perder o foco, fazendo com que sua tramitação demore. Como o tempo é exíguo, se essas discussões não forem bem coordenadas e não houver pragmatismo, isso pode demorar.
RFM: As alterações na lei geral das micro e pequenas empresas devem ser aprovadas ainda neste ano? Spínola: A previsão é que (o projeto) seja votado após as eleições para que sua vigência se inicie em 1º de janeiro de 2011.
RFM: Além da proposta apresentada pela própria Anfarmag (580/ 2010), quais outras alterações poderão afetar e influenciar o setor magistral? Por quê? Spínola: A principal delas é a ampliação do teto para opção pelo Simples para R$ 3,6 milhões, o que permitirá que mais farmácias optem e corrigirá o aumento de tributação indireto que acaba acontecendo quando um sistema como esse fica muito tempo sem correção.
RFM: Quais as chances de aprovar as alterações neste ano? Quais as principais dificuldades para aprová-las? Por quê? Spínola: As chances são grandes, pois é um projeto de grande valor para milhões de empreendimentos, que vem sendo amplamente debatido e conta com a força da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, que é bastante atuante. Vale lembrar que, desde 2006 (ano de aprovação da lei geral), uma vez por ano o Congresso aprova um conjunto de alterações que melhora a lei geral, fruto de um grande esforço
Fotos: © iStockphoto.com / DJ Shaw
Ampliação do teto do Simples permitirá corrigir aumento de tributação indireto
respeito à correção dos valores de enquadramento para R$ 3,6 milhões ao ano, inclusão de novas categorias de serviços no Simples Nacional e reforço nas disposições que desburocratizam a vida do empreendedor individual, inclusive com a possibilidade de fazer o fechamento desse empreendimento pela internet. Vale destacar também o conjunto de dispositivos que está sendo chamado de “Simples Rural”, que fomentará e simplificará bastante a atividade de pequeno porte no campo.
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Farmácia Magistral
RFM: A Anfarmag obteve êxito na elaboração do projeto de lei complementar 580/ 2010, que ratifica lei já existente (lei complementar 116/ 03 – originada pelo PL Complementar 161 de 1989 vetou a inclusão da atividade de manipulação de fórmulas magistrais no item 4.07 da lista anexa que prevê “serviços
farmacêuticos”). Como o senhor avalia essa questão específica? Spínola: Muitas vezes os fiscos não entram em acordo e quem acaba pagando o pato é o contribuinte, como foi o caso. No caso das farmácias magistrais, a mobilização do setor foi fundamental e o trabalho de articulação política muito bem feito, acompanhados de insumos técnicos consistentes. RFM: Em geral, qual a avaliação do Sebrae sobre a situação atual das micro e pequenas empresas? Spínola: O Brasil passa por uma excelente fase em termos de políticas públicas focadas nos pequenos negócios, principalmente por causa da lei geral da MPE e toda a mobilização para sua aprovação e, agora, para sua efetivação prática. Mais de 1.900 municípios regulamentaram total ou parcialmente a lei. Vários resultados muito interessantes vêm se materializando nos campos da desburocratização, do uso do poder de compra por parte do governo, na formalização de negócios e na tributação. Há um longo caminho a se percorrer para efetivar tudo o que a lei dispõe, mas estamos avançando mais nesses últimos cinco anos do que nos 50 anteriores. Vejo que as micro e pequenas empresas estão definitivamente nas agendas política, econômica e social do país.
FARMÁCIA INTERNACIONAL
TRANSCRIÇÃO DO PROGRAMA PALAVRA DA PRESIDENTE, COM TEXTO DA REDAÇÃO
Nos Estados Unidos não existe o controle de qualidade como no Brasil
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o Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais promovido pela Anfarmag em julho foi gravada uma série especial de entrevistas para o programa Palavra da Presidente, feitas por Maria do Carmo Garcez para a TV Farma. As íntegras editadas podem ser lidas nesta edição da Revista da Farmácia Magistral. A primeira delas você encontra neste texto. Trata-se de material do autor do artigo de capa da última edição da Revista Técnica do Farmacêutico, “Aspectos Clínicos de la Terapia de Reemplazo Hormonal”, Kerry Earlywine, e que realizou o principal curso e debate no encontro. Kerry Earlywine é Graduado em Farmácia pelo College of Pharmacy da Nova Southeastern University, Florida/USA. Doutor em farmácia. Foi residente em psicofarmacologia e atuou como professor adjunto na mesma universidade. Atuou como farmacêutico comunitário, farmacêutico magistral e gerente de farmácias, por vários anos. É autor de vários artigos sobre terapia de reposição hormonal e farmacotécnica magistral nos Estados Unidos, Canadá e México. Atualmente é consultor para assuntos magistrais da Empresa Medisca Network.
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Farmácia Magistral
Maria do Carmo Garcez – Colegas farmacêuticos estamos aqui no Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais e temos a oportunidade de trazer um colega farmacêutico que compõe a parte internacional desse encontro, o Dr. Kerry Earlywine. Bem vindo Kerry. Kerry Earlywine – Muito obrigado. Eu gostaria de agradecer essa oportunidade. Maria do Carmo Garcez – É um prazer e uma oportunidade para os nossos associados conhecerem um pouco mais o que foi trabalhado aqui. Eu gostaria que tu colocasses qual é a tua formação e como se desenvolveu o teu trabalho até chegar aos hormônios bioidênticos. Kerry Earlywine – Eu comecei com hormônio bioidênticos há sete, oito anos por necessidade pessoal. Por isso os hormônios bioidênticos não são um assunto só de falar, mas um assunto bastante pessoal, relacionado à pessoas que tiveram síndrome de ovário policístico. E assim comecei porque essa síndrome e os hormônios bioidênticos são uma coisa vívida para mim Maria do Carmo Garcez – Nós estivemos em contato há dois anos no con-
gresso da International Society Pharmaceutical Compounding em Tampa, nos Estados Unidos e naquela oportunidade chamou a tua atenção que na América do Norte os hormônios bioidênticos são muito trabalhados nas farmácias. No Brasil, o tema surgiu há algum tempo, mas tínhamos a impressão de que essa atividade não fosse tão sólida do ponto de vista da informação. Para esclarecer esta matéria escolhemos a drª Reginalda Russo e o teu trabalho para trazer a informação sobre a formulação, a oportunidade da farmácia magistral de trabalhar com hormônios bioidênticos. Kerry Earlywine – Os hormônios bioidênticos são substâncias extraídas normalmente de uma planta que passa por um procedimento sintético, mas o produto final desse procedimento é uma substância exatamente igual ao hormônio produzido pela glândula do ser humano. Maria do Carmo Garcez – A partir desse produto pode-se estabelecer terapias específicas para cada situação e necessidade. Kerry Earlywine – Essa é a vantagem de utilizar os hormônios bioidênticos. O far-
Maria do Carmo Garcez – O processo magistral de produção de medicamento depende da informação entre farmacêutico e prescritor para encontrar a melhor terapia para aquele usuário. Porque o medicamento será produzido na quantidade necessária e para a condição fisiológica daquela pessoa. Esse trabalho é exatamente a nossa função como farmacêutico magistral. Interagir com o médico e buscar com ele a melhor formulação para aquele indivíduo. Kerry Earlywine – Por isso minha atração por esse assunto. Porque envolve todo o aspecto da profissão de farmacêutico, a parte clínica, farmacêutica e a interação com os pacientes e médicos. Nos Estados Unidos a experiência com os hormônios bioidênticos envolve vários profissionais da saúde. E essa é uma coisa que eu não vi nas farmácias que visitei aqui no Brasil. Hoje, nos Estados Unidos, temos, por exemplo, nichos de trabalho para o tratamento da dor, de cuidados para com crianças autistas e que não existe ainda no Brasil. Agora eu moro na Colômbia e lá os nichos também são diferentes, numa mescla entre Brasil e Estados Unidos. Lá estamos trabalhando também com a parte veterinária, começando com os hormônios bioidênticos.
Kerry Earlywine – Sim, não existe uma diferença de requerimentos para a farmácia preparar formulações veterinárias. Pode-se mesclar os dois mundos debaixo do mesmo teto. Maria do Carmo Garcez – Isso é uma coisa que ainda estamos trabalhando na legislação brasileira. Nós entendemos que se dentro da farmácia podemos preparar o medicamento que é de uso comum que se possa trabalhar no mesmo ambiente. Aqueles medicamentos que são de uso exclusivo para animais e que possam gerar alguma contaminação, esses sim nós teríamos que fazer separados.Tu tiveste a oportunidade de conhecer algumas farmácias no Brasil. Qual a tua impressão sobre a farmácia brasileira, sobre a regulamentação que nós temos, que consideramos importante, mas muitas vezes excessiva? Kerry Earlywine – O interessante da pergunta é que da parte da prática da farmácia de manipulação, vocês aqui no Brasil, estão muito adiantados. Num outro século,
deixaram quase todos os países no século passado. Maria do Carmo Garcez – Eu tenho tido algumas oportunidades de visitar farmácias fora do Brasil e eu levava comigo essa certeza: de que nós resgatamos a atividade magistral. Estamos regulamentados e qualificados, principalmente aquelas farmácias que participam de programas de qualificação como o SINAMM. Recentemente tivemos a visita da drª. Judith Thompson no Congresso Pan Americano em Porto Alegre e ela se mostrou impressionada. E um pouco assustada com o grau talvez excessivo da regulação, por exemplo, ter cabines dedicadas para preparar substâncias em quantidades mínimas que não ofereceriam sequer riscos para quem trabalha. Kerry Earlywine – Isso foi a única coisa que chamou muito a atenção, quanto ao custo de negócio. Dever ser muito oneroso para a empresa. Em todo caso, nos Estados Unidos quase não existe o controle de qualidade que existe aqui. Foto: Divulgação
macêutico magistral tem a possibilidade de descobrir conjuntamente com o paciente e o médico a terapia adequada.
Maria do Carmo Garcez – Na parte de veterinária a gente sabe que nos Estados Unidos a manipulação é muito forte e nós temos aqui uma regulamentação extremamente exigente, mas também temos algumas dificuldades em relação a preparar produtos veterinários na farmácia. Isso não existe nos EUA, a farmácia tanto pode preparar medicamentos para humanos quanto para veterinários em um mesmo estabelecimento, num mesmo ambiente.
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TRANSCRIÇÃO DO PROGRAMA PALAVRA DA PRESIDENTE, COM TEXTO DA REDAÇÃO
Portugal, Venezuela, O principal desafio Brasil e as farmácias é qualificar a gestão magistrais da assistência farmacêutica no país
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ublicamos aqui mais uma entrevista que foi realizada durante o Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais, ocorrido em julho em São Paulo. Sua íntegra foi transmitida pela TV Farma, e aqui você encontra a edição desta conversa entre a presidente da Anfarmag Maria do Carmo Garcez e José Miguel do Nascimento Jr, diretor do departamento de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde. Maria do Carmo Garcez – Gostaria que tu contasses a tua formação, a tua trajetória. José Miguel – Eu me formei em farmácia pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1983, e imediatamente comecei a trabalhar na prefeitura de Florianópolis como farmacêutico nas unidades de saúde, na dispensação de medicamentos. São 26 anos de vínculo com o município de Florianópolis. Foi um percurso de trabalhar no SUS, trabalhar com a formação profissional na Universidade do Vale do Itajaí, um percurso de militância nas entidades profissionais em Santa Catarina, como presidente
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do Sindicato dos Farmacêuticos, presidente do Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina... Maria do Carmo Garcez – Sim, foste presidente do Conselho durante algum tempo. E como chegaste ao posto de diretor do departamento de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde? José Miguel – Fui ainda conselheiro do Conselho Federal de Farmácia, fui de 2003 a 2006 diretor de assistência farmacêutica no Estado de Santa Catarina, consultor do Ministério da Saúde na área de assistência farmacêutica. Em 2007 recebi o convite do Dirceu Barbano para fazer parte da sua equipe, e com a ida dele para a Anvisa, no final de 2008, tive a oportunidade de dirigir o departamento de assistência farmacêutica, e de conduzir a política de acesso ao medicamento no Brasil. Maria do Carmo Garcez – Uma vida profissional dedicada ao conhecimento do medicamento e ao acesso da população ao medicamento. José Miguel – E de conhecer a profissão,
como ela vem se comportando, e acompanhando também de perto, sempre que posso, a evolução do trabalho da Anfarmag e de outras associações de nível nacional já consolidadas aqui no nosso cenário. Maria do Carmo Garcez – Temos procurado trazer a importância do diálogo que nós temos tido a oportunidade de ter com os colegas farmacêuticos que estão em cargos de responsabilidade e que, conhecendo a profissão, conhecendo a atividade farmacêutica, contribuam para que juntos possamos fazer cada vez com que o medicamento seja respeitado como tem que ser, para que a farmácia seja realmente um estabelecimento de saúde e que nós tenhamos o reconhecimento de toda a sociedade de uma maneira geral. Eu gostaria também que tu contasse quais são as frentes de trabalho que estão, no momento e no futuro, nas atividades da tua diretoria em relação à assistência farmacêutica. José Miguel – Nossa missão principal é promover acesso a medicamento no Brasil, e o departamento tem áreas importantes
Maria do Carmo Garcez – Na relação com outros profissionais também, não? José Miguel – Com outras áreas do ministério, de vigilância e saúde, de atenção à saúde, de educação farmacêutica. Enfim, é um departamento que exige muito do dirigente, é uma rotina de 11 horas de trabalho por dia. Maria do Carmo Garcez – Eu acredito também que há muito trabalho em função de que até poucos anos atrás nós não tínhamos políticas claras em relação ao medicamento, políticas sociais, políticas públicas. José Miguel – Veja que somente em
Foto: Divulgação
e estratégicas. Temos um dia a dia muito intenso, pois são políticas públicas muito sensíveis para a população – e a ausência eventual de um medicamento é sempre um fator complicador. O nosso norte é fazer sempre a discussão no âmbito do Ministério da Saúde na luta por mais orçamento, fazer com que os recursos possam crescer cada vez mais em relação a outras áreas no Ministério. Hoje nós representamos 12,5% do gasto do Ministério da Saúde: são gastos com aquisição de medicamentos para todos os componentes disponibilizados para a sociedade, diretamente na forma de medicamento ou no financiamento para os municípios. No nosso departamento está a gestão do programa Farmácia Popular do Brasil, tanto da parte da rede própria quanto da parte conveniada, contratada da rede de farmácias e drogarias. Então é um departamento que tem uma necessidade de estar dialogando com as entidades estaduais e municipais, com os gestores, com o controle social, com o Conselho Nacional de Saúde. Um departamento que exige uma formação política importante do dirigente, além de uma formação técnica muito apurada. São muitos temas e a gente é sempre desafiado no dia a dia.
José Miguel Nascimento Júnior, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde é entrevistado pela Dra. Maria do Carmo.
2003 o Ministério da Saúde criou uma estrutura própria dentro do Ministério para cuidar da assistência farmacêutica. E é de 2003 para cá que a gente também fala de maneira mais organizada sobre assistência farmacêutica em relação a outras áreas do cuidado da saúde que já tem uma tradição e uma respeitabilidade muito grande. A assistência farmacêutica ainda se encontra em um patamar de se afirmar, de ser um trabalho qualificado, não podemos errar. Ela tem uma visibilidade muito grande e tem impacto na sociedade, mas ainda é um processo em construção internamente no Ministério da Saúde – porque o medicamento é um bem essencial, mas ainda há pouca percepção da importância das ações estruturantes que estão em volta desse medicamento mesmo no âmbito do próprio Ministério da Saúde. Então o departamento faz esse diálogo interno e externo,
e a gente tem observado o crescimento da respeitabilidade nas referências que a gente ouve, e nos convites que a gente recebe percebemos que isso já está bem capilarizado, interna e externamente. Maria do Carmo Garcez – E isso é muito importante porque acaba chegando lá na ponta, no varejo, na importância que a sociedade dá ao medicamento e ao papel do farmacêutico. José Miguel – São muitos os desafios, e eu acho que o principal deles é qualificar a gestão da assistência farmacêutica: é relação nacional de medicamento atualizada periodicamente, é o processo de dar ao gestor municipal e ao gestor estadual uma ferramenta informatizada para que ele possa gerar informação para ampliar o processo de observação sobre a gestão do sistema de saúde – e o medicamento precisa dessa
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SAÚDE & MEDICAMENTO O principal desafio é qualificar a gestão da assistência farmacêutica no país
ferramenta. Nós já estamos hoje com 800 municípios integrados ao Sistema Nacional de Gestão à Assistência farmacêutica, um sistema feito no nosso departamento que vai dar condições de, muito em breve, a gente poder dizer se o sistema de saúde brasileiro é efetivo ou não na missão de promover o acesso ao medicamento. Maria do Carmo Garcez – Eu acho que o caminho vem sendo feito, que em todas as áreas nós farmacêuticos temos tido um crescimento em termos de conquista, conhecimento, informação. Na atividade magistral, por exemplo, nós temos trabalhado muito por todos esses diálogos e para qualificar cada vez mais os nossos colegas, os nossos associados, as nossas farmácias. E eu gostaria de saber qual é a tua visão e a visão do Ministério da Saúde a respeito das farmácias magistrais, do processo de qualificação e do SINAMM, que tem sido uma coisa que tem nos mostrado um caminho seguro de qualificar e ajudar os colegas farmacêuticos a atender a legislação e a estar cada vez mais seguro do trabalho que está sendo feito. José Miguel – Eu confesso que tenho um carinho muito especial pela Anfarmag. Tenho muitos amigos que já foram diretores, que são diretores das seções estaduais e da Anfarmag nacional. Sempre que estou com vocês tenho a oportunidade de passar essa gratidão, porque também recebo de vocês uma referência muito especial. Eu acho que a Anfarmag tem um trabalho muito responsável das suas gestões em relação à sua missão de congregar as farmácias magistrais, e gostaria muito que todas as farmácias magistrais do país fossem associadas à Anfarmag. Isso dá pra nós, do Ministério da Saúde, e dá pra mim, que fui dirigente de conselho e de sindicato, uma garantia. Porque o debate que vocês fazem, o compromisso que vocês têm com a quali-
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ficação da farmácia e do farmacêutico, com o processo de produção daquele medicamento, é um processo muito ético, muito responsável – e vocês estão sempre criando instrumentos e ferramentas para dar a esse colega a melhor possibilidade do exercício profissional dele. Então as ferramentas de SINAMM, a TV Farma e outras, eu vejo isso como muito renovador. E a gente gostaria muito – eu particularmente – que outras entidades farmacêuticas, até com capacidade de financiamento de sobrevivência muito maiores que as nossas, pudessem usar os seus orçamentos e suas inteligências por um processo mais coletivo, como a Anfarmag usa. Então eu fico muito feliz de ver esse crescimento e de acompanhar um pouco. Estou um pouco afastado de Santa Catarina, são três anos no Ministério da Saúde; mas sempre que posso procuro olhar, e recebo o retorno das inovações e do compromisso de vocês. Maria do Carmo Garcez – A gente fica muito feliz de ter colegas como tu que acompanham o nosso trabalho, porque nós somos uma entidade não governamental, então somos todos voluntários, que deixamos as nossas farmácias para construir isso tudo. Acho que temos feito conquistas, mas precisamos liderar os nossos associados e precisamos realmente, como tu queres, atingir um número cada vez maior de farmácias, para que possamos levar esse processo de qualificação que nos assegura tranquilidade – no sentido de que estamos levando à população medicamento. Estamos em várias frentes, e nos propomos a trabalhar também junto à Farmacopéia Brasileira para definir melhor os conceitos que são realmente utilizados nas farmácias magistrais. José Miguel – Nesse percurso, eu entendo que a Anfarmag teve muita inteligência nas gestões em conduzir-se para ter credibilidade, porque ela não é uma fala
corporativa ou classista: é uma fala que tem uma necessidade de proteger o que é seu, mas uma fala ao mesmo tempo preocupada com o usuário de medicamento. E essa credibilidade deu a vocês legitimidade. A gente vê que é um segmento onde vocês têm uma legitimidade, tanto que as autoridades sanitárias não se movimentam mais na regulação magistral sem ouvir, sem pactuar, sem ter a opinião da Anfarmag muito bem ponderada. Então a legitimidade vem da justeza das causas, e isso vocês conseguiram trabalhar ao longo desses anos. Espero que mantenham sempre muito claros esses papéis. Maria do Carmo Garcez – Os desafios são muitos sobre a farmácia de uma maneira geral como estabelecimento, pois ela é um estabelecimento comercial, mas ao mesmo tempo tem que ser antes de tudo um estabelecimento de saúde. Nós temos, ao longo dos últimos anos, enfrentado muitos desafios não só nas questões sanitárias, mas também nas questões tributárias, e pretendemos estar juntos das autoridades sempre. Acho muito importante nós termos conseguido esse diálogo. É fundamental ter colegas que sejam capazes de sentar com a gente e ouvir o que a gente tem para dizer. A atividade magistral a gente sabe que vem crescendo no mundo inteiro, ela tem, digamos assim, um mercado limitado, uma atividade limitada. Porém, aquilo que a indústria não pode apreender deixa algumas lacunas em que o usuário do medicamento não tem acesso, e nós sabemos que podemos através disso fazer algo por esse usuário. Mas nós temos a segurança e a certeza de que não importa se o medicamento é manipulado, se ele é industrializado, se ele alopático, se ele é homeopático, ele tem que chegar ao usuário. José Miguel – E também se ele é genérico, se é similar ou de referência
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TRANSCRIÇÃO DO PROGRAMA PALAVRA DA PRESIDENTE, COM TEXTO DA REDAÇÃO
A 5ª Farmacopéia Brasileira terá versão virtual, facilitando o acesso de todos
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m julho, durante o Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais promovido pela Anfarmag, a presidente Maria do Carmo Garcez fez diversas entrevistas para o programa Palavra da Presidente, da TV Farma. Entre elas, a entrevista que publicamos aqui,
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editada, com a Dra. Maria Cecília Martins Brito, diretora da Anvisa. Maria do Carmo Garcez – Como foi a tua formação e como evoluiu a tua carreira como farmacêutica na Vigilância Sanitária?
Maria Cecília Brito – Eu sou do Estado de Goiás e ingressei no serviço público assim que me formei farmacêutica, trabalhando num laboratório de saúde pública que tratava de doenças sexualmente transmissíveis. Começou um movimento no Brasil de inspeção em indústria farmacêutica, eu participei bastante e me envolvi diretamente com a vigilância sanitária. A partir daí me apaixonei por essa área, em que nós protegemos as pessoas das doenças e isso acaba sendo mais importante ainda do que tratá-las. Fiquei totalmente envolvida e aos poucos fui tomando gosto pela gestão: chefiei uma divisão, depois acabei chefiando a Vigilância Sanitária do Estado de Goiás, e nesse período em que trabalhei diretamente com a produção farmacêutica na questão da inspeção nas indústrias farmacêuticas, fizemos um curso de extensão na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em que trabalhamos como monografia uma proposta de regulamentação para a farmácia de manipulação. Então, quando da construção da Resolução 33, nós participamos porque tínhamos pensado esse traba-
Maria do Carmo Garcez – A proteção realmente é o âmbito, a competência, a visão e a necessidade da Anvisa, que está completando 10 anos. Nesse período a gente já observou muito dos resultados desse trabalho para a população. Maria Cecília Brito – Exato. Então essa evolução da vigilância sanitária faz com que hoje nós tenhamos dentro da Anvisa uma diretoria que cuida exatamente da descentralização e do trabalho de capilaridade que nós temos dentro do Brasil inteiro. Maria do Carmo Garcez – É muito importante todo esse trabalho. Eu acho que se de um lado a regulamentação assusta, em um primeiro momento, na medida em que ela vai sendo implemen-
Foto: Divulgação
lho. Com o roteiro que identificamos e idealizamos naquele momento, aplicamos em seis farmácias em Goiânia e duas passaram. E isso me animou bastante, não só porque demonstrava que o nosso trabalho estava indo em uma linha correta, como também já existiam farmacêuticos que estavam plenamente preparados, atendendo em um sistema de qualidade novo. A partir daí comecei a trabalhar na questão da gestão já entendendo a vigilância sanitária como um todo, e percebendo que nós não temos dentro da vigilância sanitária áreas mais ou menos importantes. O que nós precisamos mesmo é ter a competência de impedir que as pessoas acarretem qualquer risco à saúde. Quando nós autuamos, apreendemos ou interditamos já falhamos na nossa principal função, que é prevenir. Acredito que foi por essa visão que meu nome foi indicado para a diretoria da Anvisa. O trabalho da descentralização, o entendimento de que qualquer atitude de vigilância sanitária tem um reflexo na sociedade, tem reflexo no poder econômico, tem reflexo nas questões de trabalho, enfim, entender que a nossa ação provoca modificações na epidemiologia.
Maria Cecília Martins Brito, diretora da Anvisa e Dra. Maria do Carmo Garcez em conversa sobre a Farmacopéia Brasileira.
tada acontecem muitos debates, muitos diálogos, para conseguir contemplar aquilo que realmente seja a especificidade de cada trabalho. A Anvisa trabalha com muitas frentes, não é só com uma área. Mas isso é muito importante para a população, nós precisamos ir evoluindo e crescendo, e acho que isso vem acontecendo. Tu foste reeleita para os próximos três anos. Quais são os pontos principais de trabalho que tu tem pra esse período? Maria Cecília Brito – Dentro da área de alimentos, que está sob a nossa supervisão, existem dois grandes desafios. Um deles é assumir a complexidade tecnológica que hoje existe na produção de alimentos. Mas existe também uma necessidade de se cuidar de feira, de cuidar de comida de rua, coisas ainda bem elementares. Então nós temos esse desafio de cuidar da tecnologia de ponta e, ao mesmo tempo, de lidar ainda com as peculiaridades e as tradições do povo brasileiro. Tudo está evoluindo muito rápido, como por exemplo esse desafio de preparar medicamentos segundo o DNA das pessoas! Na área de tecnologia da informação, sem sombra de dúvida precisamos construir um sistema de informação que seja suficiente para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e para todas as pessoas dos segmentos que se relacionam com ela. Nós tivemos que, num primeiro momento, abandonar tudo o que nós tí-
nhamos ainda temos alguns sistemas de informação que persistem, mas que serão em um determinado momento abandonados. E nós estamos nos preparando para um novo sistema, que pretende ser mais completo e pensado dentro da modalidade das boas práticas de tecnologia de informação. Nesse momento estamos finalizando dois módulos que nós entendemos que é muito importante, que é a questão do cadastro: todas as empresas do país terão um número único de cadastro e serão identificadas dentro desse sistema. Com certeza este é um assunto que iremos discutir com vocês em breve e esclarecer como serão as empresas que vão se cadastrar no sistema da Anvisa. Estamos finalizando, já, e colocaremos no ar provavelmente em agosto ou setembro, um sistema onde as empresas farão peticionamento de registro. Nós não teremos mais a via física, será tudo via eletrônica. Vai ser um grande progresso. Maria do Carmo Garcez – Há toda uma evolução da sociedade nesse sentido do uso da tecnologia que tem modificado as atividades e os benefícios. Acho muito importante que haja oportunidade de divulgar esse trabalho, porque assim como o SNGPC, que é uma forma de controle virtual dos medicamentos, ele precisa ser muito falado e muito entendido para que realmente atinja o seu objetivo.
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SAÚDE & MEDICAMENTO A 5ª Farmacopéia Brasileira terá versão virtual, facilitando o acesso de todos
Maria Cecília Brito – Temos também na área que nós chamamos de educação tecnológica, pesquisa e comunicação um grande desafio, e não paro de dizer para todas as pessoas que só o conhecimento pode mudar a realidade do nosso país e promover o progresso. Na área da educação, nós somos responsáveis pela capacitação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Isso significa que temos 27 Estados e 5.600 municípios para serem capacitados. E é claro que isso nós temos em diversas linhas, em diversos momentos – o orçamento é bem acentuado, a ANVISA é muito caprichosa nesse sentido. Então temos nesse momento diversas possibilidades de capacitação pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, que vão desde cursos de especialização, de mestrado e doutorado até mesmo à capacitação do agente técnico, porque em muitos municípios há uma grande quantidade ainda de pessoas com o nível técnico que prestam relevantes serviços a Vigilância Sanitária. A área de pesquisa é o nosso grande desafio, porque a vigilância sanitária baseia as suas decisões no conhecimento científico. Quando ela não tem o conhecimento científico, aí ela usa o poder de polícia, o princípio da precaução. Então quanto mais conhecimento nós tivermos, menos ações questionáveis nós teremos. E construir esse conhecimento é um grande desafio. Existem então dentro da Anvisa algumas indicações para encomendar uma pesquisa da qual necessitamos, existe também um edital que estamos preparando porque queremos fomentar a construção do conhecimento dentro da vigilância sanitária, dentro da academia. Na área do conhecimento, além da gente ter a nossa biblioteca virtual disponível, também temos diversas ferramentas de formação que ficam à disposição. É nossa vontade que todas as ferramentas disponíveis para a Anvisa fiquem disponíveis para os Estados e municípios também. E dentro dessa área do conhecimento temos ainda a coordenação da
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Farmacopéia Brasileira. Maria do Carmo Garcez – Esse é um assunto importante e que nos interessa muito. Como está essa questão do andamento da Farmacopéia? Maria Cecília Brito – Em 2007 nós assumimos a responsabilidade pela Farmacopéia Brasileira. Chegamos à conclusão que, tecnicamente, a Farmacopéia Brasileira teve uma qualidade relevante nas suas quatro edições, mas que precisávamos dar a ela um fôlego maior na questão da gestão. Então a Anvisa assumiu desde 2007 as questões políticas da construção da Farmacopéia Brasileira: cuidamos de recursos humanos, criamos uma área dentro do regimento interno da Anvisa, criamos um regimento para a própria Farmacopéia Brasileira, fizemos o financiamento e estamos construindo o financiamento de uma forma bem diferente. Neste momento, temos 15 universidades que trabalham de uma forma dedicada e com muita doação. A Anvisa paga por esse trabalho, mas nós sabemos que esse conhecimento científico está longe de valer o que se consegue pagar, pois ele tem um valor imensurável mesmo. Mas nós estamos conseguindo construir a 5ª edição da Farmacopéia Brasileira baseados em princípios que julgamos muito importantes. Principalmente a questão da gratuidade, pois daremos a disponibilidade do acesso gratuito no site da Anvisa. Maria do Carmo Garcez – Essa é uma informação muito relevante, porque nós temos a obrigatoriedade pela legislação de termos uma Farmacopéia, e esse é mais um custo para as farmácias. Eu queria ressaltar ainda que estamos ansiosos para que se desenvolva a nossa participação na comissão técnico-temática. Maria Cecília Brito – Nós criamos 17 comitês onde há a participação de várias pessoas que contribuem significativamente na construção da Farmacopéia Brasileira que nós queremos e podemos ter, uma Farma-
copéia realmente plena. Para construir esse caminho, temos uma vontade muito grande e a colaboração de todas as instituições, inclusive a Anfarmag. E agradecemos muito por isso. Maria do Carmo Garcez – Nós ficamos muito contentes principalmente por poder colocar a importância do processo magistral em relação ao processo industrial. Por muito tempo não tivemos nenhum conceito específico, muita legislação foi feita em cima do processo industrial – que se diferencia nas quantidades, no risco sanitário, numa série de coisas. Maria Cecília Brito – Nós entendemos que um dos grandes valores da Farmacopéia Brasileira hoje é a questão relacionada ao conhecimento científico alcançado. A Anvisa tenta se abster o tempo inteiro das definições técnicas e das definições conceituadas entre os participantes da comissão da Farmacopéia. A comissão é composta de 11 doutores, 11 pessoas que vêm da universidade, e representantes de várias instituições, totalizando 17 pessoas. Essa definição técnica-científica nós queremos resguardar a todo custo, por entendermos que só ciência pura pode trazer o melhor conhecimento, o conhecimento necessário para podermos ter uma grande Farmacopéia. Nesse momento temos um acordo bilateral com a Farmacopéia Argentina, então nós reconhecemos a Farmacopéia Argentina na ausência da brasileira, e a Argentina reconhece a nossa Farmacopéia. Nós estamos trocando padrões de substâncias de referência. Esse foi um acordo assinado pelos presidentes dos dois países, e nós já temos a determinação no Mercosul de que teremos uma Farmacopéia Mercosul. E, é preciso dizer, principalmente uma Farmacopéia construída de modo virtual, a que todas as pessoas terão acesso. É uma forma de democratizar esse conhecimento, que muitas vezes é muito pouco palpável mesmo para quem lida com medicamentos.
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TRANSCRIÇÃO DO PROGRAMA PALAVRA DA PRESIDENTE, COM TEXTO DA REDAÇÃO
Está pronto para sair em consulta pública o Formulário Nacional de Fitoterápicos
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ando sequência à publicação das entrevistas gravadas em julho no Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais, apresentamos aqui a conversa entre a presidente da Anfarmag, Maria do Carmo Garcez, e a Dra. Laís Dantas, assessora da diretoria da Anvisa. Maria do Carmo Garcez – Nesse momento tão importante de movimentação no setor farmacêutico, vamos conversar com Laís Santana Dantas. Gostaríamos que tu contasses um pouco do teu trabalho como farmacêutica e na Anvisa. Laís Dantas – Sou formada pela UFRN, e assim que me formei fiz o concurso da Secretaria de Saúde do Estado de Rio Grande do Norte. Trabalho na vigilância sanitária desde 1988. Então já fiz apuração na área de farmácia, na área de indústria, na área de comércio. Maria do Carmo Garcez – E como foi para a Anvisa? Laís Dantas – Fiz concurso e vim para a Anvisa em 2005. Estou há cinco anos em Brasília. E enquanto trabalhei na vigilância sanitária estadual, eu participava dos movimentos de indústria farmacêutica da antiga SVS, Secretaria de Vigilância Sanitária, antes de existir a ANVISA. Então já tinha
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um envolvimento com a indústria farmacêutica no programa nacional de inspeção de indústria farmacêutica, que começou em 1993. No Rio Grande do Norte a gente chegou a fazer eventos com a Anfarmag, inclusive na época de discutir a portaria 33. Maria do Carmo Garcez – E isso é uma coisa que nós procuramos, o diálogo constante com a Anvisa, para que se construam cada vez mais normas adequadas. Laís Dantas – Ir para a Anvisa foi muito interessante, porque agora estou trabalhando em nível federal na regulação. Logo no início fizemos um grupo – e havia a participação da Anfarmag – para as boas práticas de fracionamento de insumos farmacêuticos. É muito bom trabalhar com todos os interessados, é um exercício imprescindível pra gente construir. Maria do Carmo Garcez – E para gerar conhecimento e balizar normas que realmente sejam efetivas e passíveis de aplicação no dia a dia, certo? Laís Dantas – Exatamente. Quando a Dra. Maria Cecília assumiu, me convidou para trabalhar com ela para transferir a gestão da Farmacopéia para a Anvisa. Maria do Carmo Garcez – Desde 2007
que a Farmacopéia Brasileira está a cargo da Anvisa? Laís Dantas – Não. A lei de criação da Anvisa é de 1999 e diz que é responsabilidade e competência da Anvisa a atualização da Farmacopéia. Mas até 2007 esse processo de atualização era descentralizado, e aí nós começamos a trabalhar no nível de trazer para nós a gestão da Farmacopéia. O trabalho científico da universidade é perfeito, claro, mas a gente começou a trabalhar os comitês, fazer uma comissão em que ela tivesse uma composição predominantemente acadêmica. Maria do Carmo Garcez – Trazendo mais conhecimento científico. Laís Dantas – E a representação da indústria farmacêutica, do segmento magistral e da própria Anvisa, que hoje tem um assento na comissão da Farmacopéia Brasileira. Ou seja, a coordenação da Farmacopéia Brasileira está hoje na estrutura formal da Anvisa. Maria do Carmo Garcez – E essa coordenação está a cargo de quem? Laís Dantas – Hoje o coordenador da Farmacopéia é o dr. Antonio Carlos Bezerra, que é um membro da Anvisa na comissão da Farmacopéia – que conta com 18 comitês técnico-temáticos, dentre eles o comitê
Maria do Carmo Garcez – E toda a sociedade poderá avaliar e contribuir? Laís Dantas – E criticar! É importante a gente avançar e chegar a um resultado efetivo na farmácia de manipulação. Tem todo um trabalho do Ministério da Saúde no apoio às ervas medicinais. E outro comitê que está num trabalho árduo e importante é o comitê magistral. Novas formulações estão sendo aprovadas para o formulário nacional, e ele está sendo totalmente revisado, atualizado e modernizado com um grupo de oito profissionais, com representação da Anfarmag, das universidades e da Anvisa. Maria do Carmo Garcez – É esse diálogo que nós falamos sempre aos colegas, da importância de que ele tenha sido construído e que hoje a gente tenha representantes do segmento magistral, da academia e da Anfarmag contribuindo com a Anvisa. Esse conhecimento vai voltar para nós utilizarmos no dia a dia das nossas farmácias. Laís Dantas – A consulta pública é um instrumento democrático e transparente do qual todos podem e devem participar. E a Farmacopéia não é estanque, mesmo que seja publicada a quinta edição, mesmo que o formulário seja editado, ela tem um link. Maria do Carmo Garcez – Ela está permanentemente em aberta renovação. Laís Dantas – A revisão e a atualização permanente são fundamentais para a Farmacopéia chegar a um nível que atenda a toda a sociedade. Porque hoje, conforme análises fiscais oficiais de Ministério Público, de monitoramento, elas vão sempre se-
Foto: Divulgação
de magistrais, o comitê de fitoterápicos, o comitê de marcadores. A Farmacopéia tem a intenção de produzir substâncias químicas de referência, marcadores de fitoterápicos. E o comitê de política de plantas já entregou à comissão da Farmacopéia o formulário de fitoterápicos, que não existia e é um grande avanço. Está em vias de publicação em consulta pública.
Dra. Maria do Carmo Garcez, presidente da Anfarmag Nacional, entrevista Laís Dantas, assessora de Maria Cecília Martins Brito na Anvisa.
guir a Farmacopéia Brasileira. Maria do Carmo Garcez – Acho ótimas todas essas notícias que nós estamos tendo, que nós temos uma revisão da nossa Farmacopéia bem encaminhada, a revisão do formulário nacional – e também a criação do inédito formulário de fitoterápicos. Você tem ideia de quando isso vai acontecer? Laís Dantas – A quinta edição provavelmente será publicada este ano, a gente está trabalhando com a editora Fiocruz. Mas ela logo estará disponível na internet – hoje todas as edições da Farmacopéia e dos formulários estão na internet. O Formulário de Fitoterápicos sairá em consulta pública primeiro que o formulário nacional. Ele já está fechado, provavelmente será publicado no mês que vem em consulta pública. E o formulário nacional em seguida. As consultas públicas serão todas este ano. Maria do Carmo Garcez – E nós estamos nesse trabalho da revisão da Farmacopéia, e estamos muito contentes com isso, pois na parte dos métodos gerais está contemplado tudo aquilo que nós buscávamos há muito tempo: conceitos da atividade magistral, conceitos de processo magistral que permitem que, a partir de constarem na Farmacopéia Brasileira, todas as legislações, todos os trabalhos que venham a ser feitos, se baseiem nesse conceito específico da área
magistral. Laís Dantas – Uma outra consulta pública que está em vigor é a Farmacopéia Homeopática, que também tem uma grande parte da manipulação de medicamentos. A Farmacopéia Homeopática vai ter uma terceira edição, também atualizada, com contribuições inclusive do professor Gilberto Luiz Posetti, que era o coordenador da subcomissão na época da Farmacopéia Homeopática, e está também trazendo atualização, modernizando a Farmacopéia Brasileira. Maria do Carmo Garcez – Isso é ótimo, e sem dúvida a atividade de homeopatia, de preparo de medicamento homeopáticos na farmácia, é uma atividade magistral digamos assim, uma atividade de preparo de medicamento. Qual é o papel do professor Gerson Pianeti na Farmacopéia Brasileira? Laís Dantas – O professor Pianeti é o presidente da comissão da Farmacopéia Brasileira. Em julho ele esteve em Strasburgo, na França, porque a Farmacopéia Brasileira é observadora da Farmacopéia Européia. A Farmacopéia Brasileira tem status, então nós participamos das três reuniões anuais da Farmacopéia Européia. Inclusive a Farmacopéia Européia já convidou o Brasil para participar de alguns estudos da Farmacopéia Européia, e alguns trabalhos com fitoterápicos também estão começando a ser articulados, vamos trabalhar em conjunto.
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SAÚDE & MEDICAMENTO
TRANSCRIÇÃO DO PROGRAMA PALAVRA DA PRESIDENTE, COM TEXTO DA REDAÇÃO
A Vigilância Sanitária cada vez mais dirige sua ação para o consumidor final
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ontinuamos aqui a publicação editada das entrevistas que foram gravadas pela presidente da Anfarmag, Maria do Carmo Garcez, para a TV Farma durante o Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais, realizado em São Paulo em julho. Nesta matéria apresentamos a conversa realizada com Izabel de Lellis Andrade de Morais, diretora técnica de produtos relacionados à saúde do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. Maria do Carmo Garcez – Muito obrigada por ter aceitado o nosso convite para conversar sobre a atividade do farmacêutico e a importância da sua atuação nos diferentes setores da saúde no Brasil. Como foi a sua formação, e como chegaste a essa atividade que tu desempenhas hoje? Izabel de Lellis – Eu sou formada pela faculdade de Ciências Farmacêuticas Oswaldo Cruz, em São Paulo, e atuei muito em área pública. Deixando a faculdade, optei pelo curso de especialização em farmácia hospitalar. Fiquei quase um ano no Hospital das Clínicas, tendo uma vivência com a área de dispensação e também com a de fabricação, então foi um período muito rico de aprendizado, uma base muito importante. Maria do Carmo Garcez – Foi um perí-
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Farmácia Magistral
odo de vivência prática do medicamento tanto do ponto de vista da dispensação quanto do ponto de vista do preparo? Izabel de Lellis – Sim, lá havia a área industrial e também a de manipulação, então foi possível vivenciar essas fases todas. Acabei prestando um concurso público para a área da vigilância sanitária, e deixei o Hospital das Clínicas com certa dor, porque já estava muito envolvida com a atenção ao paciente. Mas entrei na vigilância justamente no momento em que o Ministério da Saúde estava iniciando um trabalho com programa de inspeção em indústria farmacêutica – a Anvisa ainda não existia. Então tive a oportunidade de ser capacitada e de vivenciar o programa de inspeção em indústrias farmacêuticas conhecido como PNIF (Programa Nacional de Inspeção em Indústrias Farmacêuticas e Farmoquímicas), que eu acho que foi um marco na história do medicamento no Brasil, pois primou por qualidade. Acabei sendo convidada para trabalhar no Centro de Vigilância Sanitária em São Paulo, depois de quatro anos na regional de São José dos Campos. Assumi a direção do grupo técnico de cosméticos e de saneantes, e aí o meu olhar se voltou para outros produtos também relacionados à saúde. Atuei muito com a questão de controle de pragas urbanas, e fiz mestrado em saúde coletiva, trabalhando temas voltados para riscos ambientais e ocupacionais. Em 2006
recebi o convite da Dra Maria Cristina Megid, hoje diretora do Centro de Vigilância Sanitária, para assumir a diretoria de produtos – uma área da vigilância sanitária que envolve hoje os serviços de saúde, o meio ambiente e a saúde ocupacional, a saúde do trabalhador. Uma área bem ampla. Maria do Carmo Garcez – E a tua trajetória foi passando por muitas atividades, e isso eu acho que é muito importante para dar esse olhar mais amplo – porque eu acho que quando a pessoa tem uma atividade muito definida e exclusiva, às vezes perde a amplitude de poder ver as coisas por outro prisma, concordas? Izabel de Lellis – Plenamente. E produtos, no caso a divisão em São Paulo, envolve alimentos, medicamentos, os produtos cosméticos, de higiene, os produtos saneantes. Hoje a gente luta e trabalha muito por uma frente que seria pós comercialização, porque toda a vigilância sanitária clássica estava muito voltada à inspeção, análise, monitoramento do produto quanto aos seus parâmetros, às análises fiscais clássicas de vigilância sanitária. Hoje o esforço é atingir o usuário do produto (seja medicamento, seja cosmético), para saber como ele está recebendo isso, se o uso está sendo racional e seguro. Existem no Centro de Vigilância Sanitária hoje áreas novas, como o núcleo de Farmacovigilância, o
Maria do Carmo Garcez – Mas para que essa atividade seja desenvolvida, o farmacêutico precisa estar efetivamente dentro da farmácia. Não há mais dúvida entre nós, farmacêuticos, de que é preciso realmente um farmacêutico para simplesmente dispensar um medicamento. Hoje eu acho que, com todo o roteiro de inspeção da RDC 44, não dá para ter mais dúvidas, porque só para atender aquele roteiro o farmacêutico já tem que realmente praticar muita coisa. E eu acredito que isso vá trazer benefícios para toda a população, e vá não somente fortalecer a profissão no sentido do reconhecimento da sua importância, mas também desse papel do farmacêutico estando lá para identificar situações em que há necessidade de intervenção, atuar na farmacovigilância, levar os dados para o órgão que realmente irá avaliar a seriedade, a gravidade e a importância daquela informação. Izabel de Lellis – Isso mesmo! Nós atuamos junto aos CRFs no programa de farmácias notificadoras, onde se é feito esse esclarecimento ao profissional farmacêutico da importância de ele acolher e relatar essas queixas técnicas, esses eventos adversos. Essa proximidade com o setor tem
Foto: Divulgação
núcleo de Tecnovigilância, a vigilância do cosmético, a Cosmetovigilância, a vigilância dos produtos saneantes, pois se tenta hoje focar os dados, as informações dos próprios usuários, os eventos adversos, as queixas técnicas, enfim, identificar problemas de qualidade com os produtos. Então eu acho que essa é hoje uma meta dentro da divisão de produtos que é bem importante para o farmacêutico que está ali na farmácia. Porque ter essa sensibilidade no uso do medicamento, acompanhar aquele paciente que fez o uso do produto, se ele teve uma reação indesejada, algum evento adverso, distinguir se isso é uma queixa técnica, um problema da qualidade ou uma reação adversa ao fármaco, é muito importante, pois serve como um indicador para a melhoria da qualidade do produto.
Izabel de Lellis, diretora técnica de produtos relaciona¬dos à saúde do Centro de Vigilância Sa¬nitária do Estado de São Paulo, participou da Palavra da Presidente na TV com Dra. Maria do Carmo.
possibilitado uma troca. Acho que isso tudo é muito rico, e a gente enxerga mesmo nesse caminho um grande indicador. Um indicador de qualidade de produtos, que alimenta essa cadeia produtiva que muito tem ainda a crescer. Maria do Carmo Garcez – Como é que a tua diretoria, como é que o Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo vê o nosso setor, a nossa atividade de farmacêuticos, e principalmente o trabalho da Anfarmag em relação ao processo de qualificação do farmacêutico magistral? Izabel de Lellis – Dentro do papel do Centro de Vigilância Sanitária da promoção de prevenção a saúde, é fundamental essa participação, porque o olhar regulador, o olhar, no caso, do setor público, do Estado, ele consegue verificar, atestar que tem problemas, faz a inspeção. Mas nunca vai ter o papel de formar e de capacitar, porque não domina a arte de preparar o medicamento, não é o nosso papel. Maria do Carmo Garcez – Ainda que essas pessoas possam ser ativas no sentido de alertar – porque o que nós rogamos inclusive é que as inspeções sejam realmente uma rotina, que não seja um susto, uma exceção, que seja uma coisa que faz parte para que nós possamos mostrar o trabalho que está sendo feito, para que nós possamos verificar onde há
a necessidade de melhoria – esse é realmente um trabalho que nós podemos fazer, principalmente através do SINAMM. Izabel de Lellis – Ele é fundamental, porque agrega formação, preparo, capacitação, que é um papel que esse setor da vigilância sanitária não vai conseguir suprir. Então o Centro de Vigilância Sanitária, a própria área de produtos, enxerga com muito bons olhos esse trabalho, porque profissionaliza, oferece subsídios, dá informação técnica, orienta, organiza as questões, aproxima, a discussão fica catalizada. Maria do Carmo Garcez – Exato! Conseguimos trazer o anseio dos associados e levá-los até vocês num diálogo tranquilo e transparente. E o conhecimento farmacêutico que nós encontramos por parte de vocês também permite que a gente vá evoluindo, buscando olhar o processo magistral dentro da sua especificidade, na sua diferenciação em relação ao processo industrial. Izabel de Lellis – E ele traz mais desafios, porque exige mais detalhes, exige um controle mais rigoroso porque ele é específico, é próprio, ele é construído ali. Então eu entendo que a associação é muito importante porque tem esse papel de fortalecer, de formar, de capacitar, que não é o nosso papel. A gente foca o risco, lança o desafio, mas nem sempre a gente vai ter a resposta. E essa resposta vem do trabalho conjunto. A gente vê isso com muito bons olhos.
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SAÚDE & MEDICAMENTO
POR CATARINE PICCIONI
Anfarmag é signatária de carta que propõe ações referentes às plantas medicinais e fitoterápicos
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nteressada na discussão sobre plantas medicinais e fitoterápicos, a Anfarmag assinou a “Carta de Porto Alegre” durante o “XX Congresso Pan-Americano de Farmácia” e o “XIV Congresso da Federação Farmacêutica Sul-Americana”, realizados no final de maio na capital gaúcha. O documento, encaminhado à coordenação dos eventos, elenca uma série de considerações e recomendações. Os signatários, -- a maioria formada por acadêmicos --, solicitam a inclusão permanente de temas referentes a plantas medicinais e fitoterápicos nos congressos. Propõem a formação de um comitê à Federação Internacional de Farmacêuticos (FIP), Federação Farmacêutica Sul-americana (Fefas) e Federação Panamericana de Farmacêuticos (Fepafar). O comitê atuaria como assessor e corresponsável pela organização dos eventos temáticos dos congressos e seria integrado por ao menos quatro países envolvidos nas áreas de pesquisa e
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Farmácia Magistral
desenvolvimento (academia e indústria), regulação (agentes reguladores), comercialização e utilização (governos, indústria, farmácias e profissionais de saúde) de plantas medicinais. A carta sugere esforços para harmonização de conceitos e marcos regulatórios nos países latino-americanos, além de ações, projetos e encaminhamentos às instituições formadoras, de pesquisa, de fomento e reguladoras. O documento aponta ainda a necessidade de harmonização e unificação de monografias entre os países participantes e de estudos para consolidação daquelas já existentes visando o aperfeiçoamento de ações na área de plantas medicinais e de fitoterápicos no contexto farmacêutico. Outra ideia que consta da carta é a aproximação e aproveitamento do trabalho desenvolvido pela Iberofito (rede ibero-americana de fitomedicamentos), que pode servir como referência para a temática nas ações e nos congressos, evitando,
no entanto, a duplicação / replicação de atividades. Um documento solicitando a reativação do grupo de fitoterápicos no Pandrha / Opas (rede pan-americana de harmonização da regulamentação farmacêutica) deverá ser encaminhado à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) – o objetivo é que a rede regulamente a discussão em nível regional e facilite programas de apoio (inclusive fontes de financiamento e apoio institucional). “A carta representa um esforço dos signatários, – que foram palestrantes e participantes do seminário sobre plantas medicinais e fitoterápicos no congresso pan-americano –, para que o tema seja sempre constante em eventos internacionais farmacêuticos, diante da estratégia que representa a área para o fortalecimento do setor farmacêutico nos países da América Latina, considerando a grande biodiversidade vegetal existente, a sóciodiversidade e conhecimentos das nações indígenas das Américas”, diz
Foto: © iStockphoto.com / Cierpki
a conselheira do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, Silvia Czermainski, que é coordenadora da rede Fito Pampa (Fiocruz) e do núcleo de assistência farmacêutica da escola de saúde pública daquele estado. Em entrevista à “Revista da Farmácia Magistral”, Silvia destaca a importância da contribuição da Anfarmag. “Uma organização como a Anfarmag é fundamental, pois vive o dia a dia das demandas e necessidades do segmento em relação a esses produtos. A experiência e qualificação do segmento magistral brasileiro podem contribuir para o foco das ações conjuntas decorrentes desse grupo e das organizações representadas e para definições de estudos prioritários e necessários, colaborando para o planejamento das pesquisas e legislação, entre outras questões”, diz. Presidente nacional da Anfarmag, Maria do Carmo Garcez ressalta a importância das atividades do congresso que tra-
taram de fitoterápicos, mas avalia que a mesa redonda sobre políticas públicas se destacou pela iniciativa dos participantes em fazer algo mais do que havia sido proposto. “A ideia de sairmos do congresso com um documento que demonstrasse a forte intenção de assumirmos um papel ativo na condução das políticas que envolvem as plantas medicinais, sendo a América Latina uma grande representante da flora mundial, foi um ato político e histórico. A participação da Anfarmag neste momento e das atividades propostas é parte fundamental dos propósitos da entidade”, diz. De acordo com Maria do Carmo, uma comissão técnica de fitoterapia deverá ser formada pela entidade. A ideia, segundo ela, é contribuir técnica e politicamente para o desenvolvimento das ações propostas na área de fitoterapia no país. “A partir das demandas da área magistral em termos de necessidade de monografias fidedignas para definição
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SAÚDE & MEDICAMENTO Anfarmag é signatária de carta que propõe ações referentes às plantas medicinais e fitoterápicos
de aquisição, análises e procedimentos magistrais no uso de plantas medicinais, vamos propor e participar dos trabalhos na área”, diz. PRIORIDADES Na discussão do grupo no final de maio, demandas consideradas prioritárias foram elencadas. Um delas diz respeito à formação / educação farmacêutica e consequente proposição de ações para maior inserção da temática de plantas medicinais e fitoterápicos nos cursos de formação. Outras demandas citadas como prioritárias são a elaboração de uma lista de plantas medicinais a serem estudadas, considerando critérios definidos (por exemplo, enfermidades prevalentes nos países e plantas medicinais nativas mais usadas pelas populações locais e que apresentam maior número de publicações), e a criação e implementação de base de dados sobre plantas medicinais importantes para cada país baseado em alguns critérios (uso potencial em enfermidades prevalentes em cada país, mais usadas pela população e mais investigadas). Considerando as prioridades da FIP nessa área, -- as quais estão relacionadas especialmente a controle de qualidade, desenvolvimento de novas drogas vegetais e derivadas de produtos naturais
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e educação para farmacêuticos no que tange à segurança e eficácia --, o grupo entende haver necessidade de identificação de pelo menos cinco plantas medicinais comuns que poderiam ser potencialmente desenvolvidas como novos medicamentos com indicações específicas. A seleção, conforme a carta, deve ser baseada não apenas na necessidade de cada país, mas na global, posicionando a América Latina como fonte de novos recursos que beneficiam a diferentes populações. Outra necessidade detectada pelo grupo é a geração de dados de recursos humanos reconhecidos e envolvidos com pesquisa e desenvolvimento e regulação de fitoterápicos em cada país. De acordo com a proposta, as áreas de “expertise” seriam identificadas e apresentadas, listando “quem é quem” e as relações em cada país – expertise em conhecimento / identificação, manipulação / preparação, química analítica, farmacognosia e toxicologia de plantas medicinais e / ou ingredientes ativos derivados de plantas medicinais; em regulação; em qualificação e uso de materiais de referência; em educação e farmacovigilância; e na pesquisa pré-clínica e clínica. O grupo avalia que outra prioridade é a obtenção de uma lista de organizações que trabalham na área de plantas medicinais e fitoterápicos na América Latina, Es-
panha e Portugal, incluindo dados sobre seus representantes e gestores, membros e páginas na internet. Outra questão considerada prioritária é a identificação de fontes de financiamento internacionais para ações conjuntas em relação à pesquisa, desenvolvimento e educação para atuação nessa área. Ana Cecília Bezerra Carvalho (da Anvisa), Armando Cáceres (da faculdade de ciências químicas e farmácia da Universidade de San Carlos, Guatemala), Carmen Tamayo (FIP), Dâmaris Silveira (da Universidade de Brasília), Jorge Alonso (Sociedade Argentina de Fitomedicina), Maria Regina Soares Lopes (Universidade Católica de Pelotas), Mário Carhuapoma Yance (Universidade do Peru), Nilce Nazareno da Fonte (da Universidade Federal do Paraná), Renato Vianna (Universidade Católica de Pelotas) e Victoria Muñoz Ortiz (Ministério da Saúde, Bolívia), além de Silvia Czermainski e Maria do Carmo Garcez. “A ideia é compor uma rede de contatos, de debate e de ações, interagindo com outras redes e ampliando a cooperação. As organizações farmacêuticas internacionais (Fefas, FIP e Fepafar) também podem contribuir tecnicamente para decisões dos países e de outras organizações de saúde mundiais”, conclui Silvia.
Marketing destaca farmácias
ECONOMIA E NEGÓCIOS
POR CLEINALDO SIMÕES
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defesa de um setor contra ataques institucionais é facilmente percebido por seus integrantes. Diante de projetos de lei, consultas públicas ou matérias na imprensa que afetam a reputação ou vão prejudicar visivelmente o futuro dos negócios, um espírito mobilizador estimula
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a maioria dos profissionais a entender o trabalho de uma associação como a Anfarmag e se aliar à luta. Mas a implantação de ações institucionais promotoras da atividade farmacêutica magistral encontra um grau mais alto de dificuldade para ser assimilada e compreendida. A partir deste segundo semestre de
2010, de forma cada vez mais acentuada, todas as farmácias magistrais, especialmente as associadas, poderão ver de forma mais clara e na prática as ações do programa que a Anfarmag desenvolve para que o marketing destaque as farmácias perante seus clientes. O trabalho integra o SINAMM Monitoramento 2010,
programa a qual todos os associados tem direito e precisaram manifestar sua adesão ou não participação. Este trabalho começou a ser idealizado em 2006, na primeira gestão de Hugo Guedes de Souza na presidência da Anfarmag. A seu pedido, foi elaborado um estudo prévio para avaliar a preservação do medicamento manipulado e do negócio farmácia magistral no Brasil. O trabalho constatou que ao contrário do discurso vigente até pouco tempo, havia indícios claros de que o negócio farmácia magistral perdia valor e tinha menores volumes de negócios. A quantidade de médicos prescritores mantinha-se estável ou diminuia na maior parte das regiões. O valor médio de negócios gerados por prescritor decrescia. As margens entre menor e maior preço de medicamento magistral vinham aumentado dramaticamente Consciente deste problema, a Anfarmag decidiu atuar no sentido de implantar altos níveis de autorregulação, de forma a propiciar um padrão de excelência uniforme para toda a cadeia produtiva e um alinhamento concorrencial modelo. Entretanto, todo este esforço poderia ser em vão, caso o trabalho e a capacidade do medicamento magistral não fosse de modo amplo e adequado exposto para os públicos alvos do negócio e seus potenciais influenciadores, especialmente prescritores e usuários atuais e potenciais de medicamentos magistrais. Deste pioneiro trabalho nasceu o Programa de Relacionamento e Comunicação da Medicina Magistral, que alinhado hoje ao SINAMM – Sistema Nacional de Monitoramento e Aperfeiçoamento Magistral, tem buscado atender dois objetivos estatutários de forma clara e direta: Promover e defender o interesse mútuo dos associados; e engrandecer institucionalmente a manipulação magistral de medicamentos. A meta deste longo e duro trabalho
será a criação de bases para que as pessoas, na condição de cidadãos que necessitam de suporte aos seus tratamentos, passem a ter o farmacêutico magistral num grau equivalente ao do seu médico, clínica, plano de saúde. Para a direção da Anfarmag, somente desta forma poderemos concretizar o sonho de que, ao sair do médico, a assistência diferenciada de uma farmácia magistral seja levada em conta, independente do medicamento a ser procurado seja manipulado ou industrializado. E isto por conta da relação de confiança profissional e não por eventualmente ser alternativa mais em conta em relação a outros canais de venda de alopáticos. O que caracterizará o sucesso desta iniciativa será o estabelecimento com os públicos alvos de novos padrões de relacionamento. É neste contexto que se insere todo o trabalho de planejamento e implantação de medidas chamadas de Marketing SINAMM nas farmácias associadas O marketing do SINAMM Monitoramento 2010 é um conjunto de ações de apoio à farmácia para – no âmbito do público interno - conscientizar, informar e motivar os colaboradores com seu trabalho/empresa, tendo como base a participação no sistema. Com isso se pretende fortalecer a relação do funcionário com a empresa, seus produtos e serviços, como forma de obtenção de melhores resultados a partir de desempenhos superiores. Externamente, junto a consumidores e clientes, o trabalho visa informar sobre a participação da farmácia no SINAMM e sua política de qualidade. E assim propiciar que as farmácias participantes sejam valorizadas e diferenciadas em seus mercados locais. Os participantes desde o 1° ciclo, começam a receber materiais para divulgar que “desde 2006 a farmácia participa do programa de excelência SINAMM é monitorada pela Anfarmag” (Veja mais detalhes nas matérias seguintes).
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Anfarmag oferece estratégias para valorização de farmácias participantes do SINAMM
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pós dois ciclos cumprindo programas de educação continuada, controle de qualidade, monitoramento de fornecedores e desenvolvimento de autoinspeção (auditorias), farmácias magistrais participantes do “SINAMM Monitoramento 2010” iniciam neste ano um novo processo, passando a contar com estratégias e materiais de marketing que destacam as políticas de qualidade adotadas. A ideia, viabilizada pela Anfarmag, é dar visibilidade às farmácias, mostrando o monitoramento realizado pela entidade como um diferencial nos mercados locais e destacando a importância dos medicamentos magistrais para a sociedade em geral, inclusive consumidores e prescritores. É como se as farmácias participantes tivessem uma agência de publicidade própria para conceber e fornecer mate-
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Farmácia Magistral
riais promocionais para tal finalidade. O módulo de marketing magistral do “SINAMM 2010”, -- que é gratuito, conforme previsto em regulamento --, está dividido em três vertentes: endomarketing (voltado para colaboradores das farmácias), consumidores e prescritores. Por isso, a associação enviou na primeira quinzena de agosto os seguintes materiais promocionais às farmácias participantes do SINAMM: cartazetes impressos para divulgação da participação de cada estabelecimento no “SINAMM 2010” (os cartazetes foram idealizados para serem expostos nas recepções e áreas de vendas, preferencialmente emoldurados para maior valorização das peças); e folders impressos para distribuição aos usuários finais (cada farmácia pode apor seu carimbo ou selo para identificação, personalizando as peças). Para instrumentalizar os gestores na motivação e no
DA REDAÇÃO
estímulo do “orgulho” dos colaboradores que trabalham nas farmácias participantes do programa, também foram disponibilizados pôsteres com espaço para foto do “funcionário do mês” (o objetivo é a valorização dos melhores colaboradores, segundo critérios e política de cada farmácia); e residuais promocionais para todos os colaboradores (marcadores de livro para distribuição aos funcionários das farmácias). As próximas remessas estão previstas para outubro e dezembro Marketing para prescritores – O “SINAMM 2010” também prevê a disponibilização de materiais para a realização da visitação médica, com foco na divulgação e promoção das farmácias magistrais e dos seus produtos e serviços. “A nossa expectativa é ampliar a visão dos médicos e demais prescritores em relação às farmácias magistrais. A ideia é que eles passem a conhecer melhor os medica-
mentos magistrais e a valorizá-los a partir da profissionalização do marketing das farmácias. Pesquisas realizadas pela entidade apontam que os profissionais médicos desconhecem os benefícios dos serviços das farmácias de manipulação. Eles não têm certeza sobre a garantia da qualidade dos produtos magistrais, não conhecem as vantagens e também não sabem prescrevê-los”, diz Marco Fiaschetti, diretor-executivo da Anfarmag. Simone Tavares, da área de marketing e relacionamento da Anfarmag, aponta a maior proximidade com os prescritores e, consequentemente, maior número de receituários para as farmácias, como principal benefício a ser gerado pelo marketing médico do SINAMM. Ela cita ainda que as ações de marketing vão assegurar a perenidade do segmento magistral. “Mas, para obter os resultados desejados, os responsáveis pelas farmácias devem utilizar os materiais enviados de acordo com a orientação e treinamento oferecidos pela Anfarmag. Em relação aos primeiros materiais, esperamos que as farmácias já tenham começado a utilizá-los e a motivar seus colaboradores”, complementa. A TV Farma exibiu até setembro um programa sobre as instruções para uso dos materiais. Além dos já enviados e outros a serem enviados, o planejamento da Anfarmag prevê ainda, para outubro, materiais promocionais referentes à dispensação ativa (arte de banner e folders impressos para divulgação indicando que as farmácias prestam esse serviço farmacêutico). Até o final de 2010, as ações previstas incluem nova remessa de resíduos promocionais para colaboradores, de exemplares do jornal “SINAMM – fatos & dados” e de sacolinhas de papel com a logomarca do SINAMM, além de artes de cartões comemorativos disponibilizadas na webdesk da entidade. No total, 952 estabelecimentos recebem os materiais promocionais.
OUTRAS AÇÕES Após aprovadas em auditorias, as farmácias participantes do SINAMM podem ostentar adesivo em suas portas com os dizeres “Farmácia com qualidade monitorada - SINAMM 2010". Colaboradores de farmácias participantes do “SINAMM 2010” também podem participar de um concurso cultural realizado pela Anfarmag. Para isso, os interessados devem enviar uma frase sobre “Ser SINAMM é...” com até 150 caracteres para o e-mail sinamm@anfarmag.org.br até o dia 30 de setembro. Antes da seleção das melhores, as frases vão ser veiculadas nos intervalos da programação da TV Farma. A ideia da associação é que os colaboradores contem suas histórias sobre o cotidiano das farmácias. As três melhores frases vão ser escolhidas pelos próprios participantes do “SINAMM Monitoramento 2010” em até dez dias após o encerramento do prazo estipulado para participação. Cada um dos autores das três frases selecionadas como “melhores histórias dos temas” receberão um i-Pod. Os prêmios vão ser enviados para os endereços das farmácias em que os colaboradores trabalham no prazo de até 30 dias (a partir do contato com os ganhadores). Os nomes dos vencedores vão ser publicados no site da Anfarmag (www.anfarmag.org.br).
INSTRUMENTOS O diretor-executivo da Anfarmag, Marco Fiaschetti, ressalta que o SINAMM instrumentaliza as farmácias para o cumprimento das exigências sanitárias e do sistema de garantia de qualidade e agora oferece estratégias de comunicação para valorização das empresas e dos medicamentos magistrais junto aos prescritores e consumidores. “As farmácias que não participam do SINAMM deixam de desfrutar facilidades e praticidade e perdem em relação à economia, no que tange especialmente às análises de controle de qualidade. Às vezes, quem não está no SINAMM paga mais caro pelas análises e utiliza outros métodos que não são farmacopéicos e/ ou validados”, diz Fiaschetti. O diretor destaca que todas as farmácias e farmacêuticos são beneficiados pelo SINAMM, inclusive aqueles que não são participantes do SINAMM ou não são associados à Anfarmag, pois a entidade vem promovendo a geração de dados sobre o setor magistral e realizando leilões e cotações que influenciam preços praticados no mercado, além de ter comprovado a qualidade das matérias-primas utilizadas. “Os números sobre o segmento, por exemplo, subsidiam a Anfarmag em pleitos junto à Anvisa”.
• 1.000 cartazetes impressos para divulgação da participação de cada estabelecimento no
“SINAMM 2010”
• 500 mil folders impressos para distribuição entre usuários finais
• 1.000 pôsteres para o “funcionário do mês” • 24 mil residuais promocionais - marcadores de livro para os funcionários | 41
Motivação para o sucesso da farmácia
ECONOMIA E NEGÓCIOS
POR ANA CAROLINA D’ANGELIS
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tualmente para uma farmácia ser sinônimo de sucesso os empresários e empreendedores precisam estar sensíveis à importância do bom relacionamento e integração com colaboradores. Muitos deles se perguntam porquê algumas pessoas conseguem ter um resultado positivo nas ações profissionais e outros não. Um dos principais fatores do sucesso está na motivação que é a responsável pelas ações e movimentações do empresário. Segundo Paulo César F. Montenegro, consultor do SEBRAE, na palestra “Motivando sua empresa para o sucesso”, realizada no Encontro Internacional dos Farmacêuticos Magistrais em São Paulo, no mês de julho, quando uma pessoa age levada por um impulso interno, por uma necessidade interior ou vontade própria para alcançar tal objetivo, dizemos que esta pessoa está motivada para a realização. Diversos aspectos podem contribuir para a motivação como desenvolvimento pessoal, local de trabalho, integração social e lazer, segurança, saúde, locomoção, alimentação, remuneração e qualidade de vida. Muitas vezes pequenos detalhes podem ser imperceptíveis aos empresários, mas que modificados podem trazer
diversos benefícios nos resultados da produção. Uma empresa de sucesso tem planos estratégicos de trabalho com foco no mercado, favorece as oportunidades que surgem, tem a qualidade como item cotidiano, não só nos produtos e serviços, mas também no atendimento ao cliente e tem um ambiente motivador aos colaboradores como local adequado e confortável e valorização pessoal. O empresário motivado com visão de sucesso domina a lógica do mercado, acredita na viabilidade da empresa, aplica energia na empresa, associa riscos à recompensas, sabe trabalhar em equipe, compartilha a gestão da empresa, tem forte rede de contatos, seja com fornecedores seja com clientes e está sempre em constante atualização. Já o colaborador que está estimulado a contribuir com o sucesso da empresa, tem satisfação em estar junto e fazer parte, reconhece e valoriza suas condições de trabalho e percebe os valores éticos da empresa. Assim como o proprietário, os colaboradores também tem metas e objetivos a cumprir e para isso se transformar em um trabalho interessante e que os obrigue a utilizar bem as capacidades, deve oferecer oportunidades iguais de progresso,
DICAS MOTIVADORAS: • Ouça mais • Valorize os pontos fortes e ações positivas • Estabeleça atitudes mentais positivas e provocativas • Desenvolva interesse pela mudança • Faça as mesmas tarefas com ênfases diferentes • Busque agilidade e flexibilidade • Crie metas e objetivos desafiadores • Use da EMPATIA e CORDIALIDADE • Atenção aos detalhes, mas foco no todo
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Farmácia Magistral
crescimento e aprendizado, assumir responsabilidade no trabalho e um certo grau de liberdade de decisão, saber o que está acontecendo em toda empresa, receber uma remuneração justa e saber como o sistema de pagamento funciona e criar um ambiente propício ao relacionamento interpessoal, dentro e fora da empresa o que aumenta a satisfação pessoal dos colaboradores. É preciso buscar sempre a excelência dos produtos e ações que levam o nome da empresa e aproveitar as oportunidades, mesmo em momentos de crise. Alguns colaboradores tendem a se acomodar ou criam desânimo ao desenvolver as tarefas designadas. O estímulo a criatividade e um clima de otimismo podem evitar problemas. É preciso saber também delegar tarefas a um novo líder. “Um empresário que confia somente nele, nunca cresce. Um bom processo de seleção de colaboradores é importante”, explica. E por falar em líder, o perfil dele mudou. O líder eficaz não é aquele que sabe mais, mas tem maior poder de comunicação e ensinamento aos demais, principalmente ao colaborador novo na empresa ou que está iniciando uma nova função. Quando uma empresa detecta um problema, deve definir como prioridades: tentar reverter o quadro, analisar o problema, enxergar e entender a abrangência do problema, estudar a durabilidade do problema, por último, pensar na relação custo x benefício da punição. A relação entre empresário e colaborador deve ser de respeito e confiança. “Somente quem tenta é capaz de errar
pam do sucesso da operação oferecem alternativas contribuindo para o sucesso do cliente e para manter uma relação sólida atribuem transparência e responsabilidade às negociações além de zelarem pela manutenção da continuidade da parceria. Todo esse ciclo de motivação entre empresário, colaborador, fornecedor e parceiro resulta na satisfação do foco
principal: o cliente, pois este sente satisfeitas as necessidades e desejos, percebe que além de serviços, adquire benefícios e conveniências e o compromisso da empresa com a Qualidade Totalizada. Ele sim deve estar motivado a solicitar os produtos e serviços da empresa, além de poder recomendar a pessoas próximas e saber que poderá sempre contar com aquela empresa.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
e, muitas vezes, o superior pode acabar com a motivação de um funcionário por causa de um erro que poderia ser revertido ou até mesmo desconsiderado”, comenta Montenegro. Quando uma empresa é bem vista em determinada área de atuação, a motivação transparece não só as pessoas que estão dia a dia na produção. Os fornecedores e parceiros sabendo que partici-
EXEMPLO DE SUCESSO SIMPHARMA VENCE MPE BRASIL denador para estimular a capacidade de liderança de cada um e também registrar em ata os assuntos abordados”, explica o farmacêutico. Na parte de responsabilidade social, a Simpharma tem um programa de educação em saúde e faz campanhas nos bairros da periferia. São feitos testes como glicemia capilar, pressão arterial, IMC e circunferência abdominal e os resultados são catalogados. A partir desses dados um resumo foi apresentado a Secretaria Municipal de Saúde. O desafio agora, segundo Sérgio, é melhorar esses índices, pois a equipe da farmácia percebeu que
as pessoas adoecem por falta de informação. Diante disso, fornecem dicas importantes quanto aos cuidados com a saúde. “Não adianta o empresário ter uma boa visão de futuro se os seus colaboradores não estiverem comprometidos com esse sonho. Nossa missão é melhorar a saúde e qualidade de vida da nossa comunidade através da venda de produtos farmacêuticos e/ou prestação de serviços. Nossa visão de futuro é ser uma rede de farmácias de referência no estado de Pernambuco pelo bom atendimento e ética com os nossos clientes e profissionais prescritores até 2015”, enfatiza.
Foto: Arquivo pessoal
A farmácia Simpharma da cidade de Arcoverde, Pernambuco, está entre as nove vencedoras do MPE Brasil - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas 2009 na categoria Serviço de Saúde. No dia 21 de julho, Sérgio Franklin e Isnália Cordeiro, proprietários da Simpharma, foram recebidos pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília juntamente com as demais empresas vencedoras. Na ocasião, Lula mostrou-se interessado em ajudar as micros e pequenas empresas e sugeriu a criação de um ministério próprio para a demanda. Segundo Franklin, quatro pontos contribuíram para a conquista do prêmio: 1. Missão e visão de futuro bem definidas, 2. Planejamento estratégico, 3. Valorização dos colaboradores, 4. Responsabilidade social. Às terças-feiras há uma reunião na empresa entre gestores e colaboradores para um café da manhã no qual é possível conversar sobre as diretrizes da farmácia e a melhor forma de trabalhar no dia a dia, discutir assuntos da empresa e também realizar treinamentos. “Das 06:45 as 07:15 esse é um momento de descontração e os assuntos são livres é um momento de interação. Das 07:15 as 08:00 nós temos a reunião e as ideias são aproveitadas de alguma forma. Também temos nas reuniões um coordenador e um sub-coor-
Luiz Inácio Lula da Silva entre Sérgio Franklin e Isnália Cordeiro, proprietários da Simpharma
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SAA contabiliza dados dos primeiros meses deste ano
Foto: © iStockphoto.com / SXC e Strong Des
ESPECIAL
DA REDAÇÃO
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Farmácia Magistral
O
Serviço de Atendimento ao Associado (SAA) da Anfarmag contabilizou, entre janeiro e maio deste ano, 5.648 atendimentos aos associados à entidade (1.277 em janeiro, 817 em fevereiro, 1.433 em março, 1.248 em abril e 873 em maio). De maneira geral, o SAA prestou 1.640 (508 em janeiro, 263 fevereiro, 286 em março, 269 em abril e 314 em maio) atendimentos para esclarecimento de dúvidas sobre farmacotécnica, cálculos aplicados à manipulação, insumos, homeopatia, SINAMM, legislação, boas práticas de manipulação em farmácias, TEMMA, controle de qualidade e serviços terceirizados, entre outros. Em relação aos especializados, também no mesmo período, o SAA registrou 1.386 atendimentos prestados aos associados no que tange à legislação e 411 referentes ao Serviço Anfarmag Autorizações de Funcionamento e Especial (atendimentos / seguimentos e preenchimento de formulários). No total, 1.797 atendimentos sobre assuntos regulatórios (246 em janeiro, 300 em fevereiro, 482 em março, 517 em abril e 252 em maio). Também no mesmo período, 1.451 atendimentos prestados a associados, cem a auditores e 202 a regionais e sucursais sobre o SINAMM – no total, 1.753. Em relação à TV Farma, o SAA prestou 458 atendimentos a assinantes – 1.033 horas em treinamentos foram transmitidas. De acordo com o responsável pela área técnica da Anfarmag, Vagner Miguel, os dados demonstram o crescente número de dúvidas em relação às legislações pertinentes ao setor magistral. Segundo ele, esse crescimento decorre das
novas regulamentações ou das alterações nas vigentes, as quais são editadas por diversos órgãos, incluindo Anvisa e ministérios da Saúde e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de reguladores das áreas tributárias e outras. Os temas mais frequentes abordados pelo SAA são legislação, SINAMM, boas práticas de manipulação, farmacotécnica e controle de qualidade. Em geral, o SAA, que conta com dois atendentes (um farmacêutico e um estagiário), é utilizado por farmacêuticos. “As respostas (dadas pelo SAA) são objetivas e claras e esclarecem as dúvidas solicitadas. Existe um arquivo de perguntas e respostas para pesquisa. Quando há necessidade de pesquisa mais aprofundada, os farmacêuticos verificam nas bibliografias disponíveis e atendem os associados. Procuramos sempre atendê-los da melhor forma e no menor tempo possível. Pesquisamos em literatura que nos respalda cientificamente e, com isso, demonstramos segurança aos associados”, diz Vagner Miguel. “Acho o SAA um valioso auxílio às farmácias de manipulação. Ao enviarmos dúvidas técnicas, a palavra final é dada quando recebemos a resposta ao chamado. Destaco a segurança e capacitação dos profissionais do SAA”, diz Mariana Teixeira, da farmácia LCVM Teixeira, de João Pessoa (PB). Ela relata já ter recorrido ao setor jurídico da entidade e, mais frequentemente, vem recorrendo à assessoria técnica. “Meu último chamado foi uma urgência, às 17h30 do dia 30 de junho, quando a farmacêutica do SAA, extremamente paciente e capacitada, tirou dúvidas sobre uma formulação para um recém-
-nascido. Ela ficou além do horário (de expediente na sede da associação) para esclarecermos todas as dúvidas e enviarmos a formulação com segurança”, exemplifica Mariana. “O serviço de atendimento é de extrema importância, pois, por mais que tenhamos conhecimento técnico-científico, as atualizações ocorrem todos os dias e nem sempre temos acesso imediato a elas, o que faz crer que dúvidas sempre existem”, diz Claudete de Souza Gomes, gerente da qualidade da farmácia Aequilibrium, de Carangola (MG). Segundo ela, a farmácia recorre ao SAA ao menos cinco vezes por ano. Claudete destaca a presteza no atendimento do SAA. “Os atendentes são sempre gentis e atenciosos. Sugerimos maior agilidade, quando possível, nas respostas, que às vezes demoram alguns dias. Nem sempre é possível aguardá-las”, complementa. “A melhor forma de utilização do SAA é por meio do envio de dúvidas para o e-mail assessoriatecnica@anfarmag.org. br. Os associados devem enviar ao menos o CNPJ (pessoa jurídica) ou CPF (pessoa física). As dúvidas são cadastradas no histórico de cada associado e respondidas de acordo com a política interna respeitando os prazos nela estabelecidos. É fundamental que os associados também informem nos e-mails quais as fontes de literatura já pesquisadas por eles antes do envio das dúvidas, incluindo o ‘Manual de Equivalência’, ‘Guia de Autoinspeção’, revistas e outras literaturas técnicas publicadas pela própria Anfarmag”, comenta Carolina Leiva Fiore, coordenadora técnica e do SAA.
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ESPECIAL
DA REDAÇÃO
SAAFE oferece conveniência e economia para as farmácias associadas à Anfarmag
Foto: ©Flickr.com / nsub1
A Anfarmag disponibiliza desde o final do ano passado aos seus associados o SAAFE (Serviço Anfarmag de Autorizações de Funcionamento e Especial)
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Farmácia Magistral
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ara que estejam legalizadas junto à Anvisa, as farmácias devem ter autorização de funcionamento de empresa (AFE) e autorização especial (AE), ambas renovadas anualmente. A segunda permite a manipulação de fórmulas contendo substâncias controladas. A renovação precisa ser requerida dentro do período de 90 e 60 dias antes da data da AFE inicial (publicação da concessão no Diário Oficial da União). Desde o lançamento, o SAAFE vem facilitando a verificação e envio dos documentos em tempo hábil para as farmácias que aderiram à ferramenta. “Sem o serviço da Anfarmag, essas farmácias teriam de se manter atentas às datas de entrada de documentação legal e executar os devidos acompanhamentos junto à Anvisa. Considerando que tais atividades são complexas, o SAAFE favorece e assegura o perfeito acompanhamento dos processos”, diz Vagner Miguel, responsável pela área técnica da entidade.
De janeiro a junho deste ano, o SAAFE registrou 343 atendimentos. “Esse número demonstra que a Anfarmag tem agilidade e assertividade no atendimento prestado pelo serviço. Muitos associados à entidade, que já aderiram ao serviço, relatam que o nível e a agilidade das informações recebidas oferecem conforto e segurança para suas farmácias”, complementa Miguel. As farmácias que aderiram ou pretendem aderir ao Saafe podem contar com uma série de vantagens: 1) cópia do DOU (Diário Oficial da União) em que constam as AFE’s e AE’s de forma individualizada e personalizada; 2) preenchimento dos formulários (documentos com os dados da farmácia): cumprimento de exigência, entrega de documento faltoso, recurso ao indeferimento para dar entrada ao processo administrativo, quando ocorrer publicação no DOU de indeferimento das AFE e AE e petição da autorização especial. O SAAFE também 3) presta informa-
ções individualizadas (por meio do telefone, para que o RT consiga efetuar o peticionamento eletrônico, seguindo passo a passo por meio de computador, à distância e 4) faz o acompanhamento das datas para a renovação de AFE e AE, atendendo a prazos e não havendo pagamento de juros desnecessários em caso de perda dos prazos. Os associados também 5) recebem informes (sobre as concessões, renovações, cancelamento, indeferimento e retificações das AFE e AE). As farmácias participantes do SAAFE também têm acesso a uma carta com a edição do DOU em que saiu a publicação. Os documentos encaminhados pela Anfarmag, em arquivo anexado a e-mails, servem para as farmácias montarem os respectivos processos de concessão, renovação, alteração ou cancelamento das autorizações para o devido encaminhamento à Anvisa. A Anfarmag não encaminha os documentos à autarquia, pois as farmácias devem anexar aos processos outros documentos e assiná-los. Devem manter os dados cadastrais atualizados junto à entidade e à Anvisa. “O SAAFE é muito bom. Esse serviço me orienta em relação às autorizações, que são itens imprescindíveis para a farmácia estar regularizada. Também economizamos tempo, pois é informado detalhadamente o que e como devemos fazer os procedimentos requeridos pela Anvisa, além de não perdemos os prazos estabelecidos. Enfim, o serviço facilitou demais (o trabalho realizado pelos responsáveis pelo estabelecimento) e o atendimento (do SAAFE) é ágil”, diz a usuária do SAAFE, Maria Djacilina Pinheiro Leal, da farmácia “Formular”, de Sobral (CE). Maria relatou que chegou a enfrentar um problema antes do SAAFE. “Achei que a documentação da farmácia estava atualizada e passei um ano sem fazer o
peticionamento para renovação das autorizações (AFE e AE) devido ao período da publicação no DOU. No entanto, a data-base é aquela em que foi publicada a primeira autorização. Busquei o SAAFE e obtive prontamente tudo que precisava fazer, inclusive o formulário de petição já preenchido, necessitando apenas da minha assinatura e envio. Atualmente estou tranquila em relação às renovações de AE e AFE”. A farmácia e drogaria “A Terapêutica”, instalada em Mineiros (GO), aderiu ao SAAFE logo após o lançamento do serviço. “Por meio do SAAFE, soubemos que o estabelecimento tinha uma pendência de regularização junto à Anvisa e conseguimos então resolvê-la. O serviço prestado pela Anfarmag é muito bom, pois, no dia a dia, acabamos não prestando a devida atenção em muitos papéis, processos, prazos e taxas”, diz Alessandra Alice Silva Dias, responsável pelo estabelecimento. Diretor-executivo da Anfarmag, Marco Fiaschetti afirma que outro diferencial do SAAFE é o custo de apenas R$ 180, quantia dividida em até 12 parcelas mensais, de forma exclusiva para os associados à entidade. Trata-se de um valor muito abaixo dos preços praticados pelas empresas que prestam o mesmo tipo de serviço no mercado. Fiaschetti lembra que o SAAFE foi idealizado para oferecer conveniência e economia aos associados. “A Anfarmag vem implementando uma série de melhorias contínuas aos serviços prestados aos seus associados. O SAAFE demonstra isso. Com um custo considerado simbólico, os associados desfrutam de tranquilidade e profissionalismo para o processo de renovação de suas autorizações junto ao agente sanitário”, conclui. Para mais informações ou adesão ao SAAFE, envie e-mail para assessoriatecnica@anfarmag.org.br ou ligue para (11) 21993499.
ESPECIAL
Um exemplo de compromisso com a excelência
O
mundo magistral brasileiro perdeu recentemente uma de suas importantes referências. Vítima de uma doença fulminante, a farmacêutica gaúcha Erotildes Nogueira Machado faleceu no dia 7 de julho, aos 57 anos. Profissional reconhecida e respeitada por sua atuação como consultora e auditora, Erotildes graduou-se em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1976, com especialização na área de Análises Clínicas pela SBAC. Posteriormente, concluiu Pós-graduação em Docência para o Ensino Superior, em 2002, e em Consultoria, em 2003, pela Cesmac. Também foi professora durante cinco anos nos cursos de Farmácia e de Biomedicina da Cesmac. Coordenou o Curso Técnico de Laboratório Clínico Santa Bárbara, assim como estágios acadêmicos, além de ser orientadora de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Sócia fundadora e diretora da Nogueira Machado Assessoria Empresarial, que durante anos foi mais conhecida pelo nome Consenso, atuava como Auditora Líder no RABQSA – Registro de Auditores Certificados. Através de sua empresa, prestava assessoria para empresas que pretendiam se adequar às Normas de Sistemas de Gestão como ISO, OSHAS, ONA. Além disso, realizava
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Farmácia Magistral
auditorias internas e treinamentos in company para capacitação em ferramentas e técnicas como CEP, 5S, Balanced Scorecard (BSC), Melhoria de Processos e Gestão de Risco. Simone de Souza Aguiar, ex-presidente da Regional RS da Anfarmag, lembra do papel decisivo desempenhado por Erotildes quando da entrada em vigor, em 2004, da legislação mais rigorosa da Anvisa em relação às farmácias magistrais. Nesta época, a Regional RS iniciou um programa de qualificação que, entre outras atividades, oferecia aos estabelecimentos a possibilidade de passarem por uma vistoria, da qual resultava uma espécie de check-list de adequações ao roteiro da Anvisa, com caráter orientativo, e não fiscalizador. “A Erotildes, além de farmacêutica tinha experiência como auditora e consultora, e tinha um olhar mais técnico que foi muito útil naquele momento”, relembra Simone. Ela destaca que a iniciativa gaúcha seria o embrião da construção do módulo de auditoria do SINAMM (Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral), a partir de 2006, processo que também contaria com a importante contribuição de Erotildes, atuando em diversos estados brasileiros. Sônia Nehme, que sucedeu Simone na presidência da Anfarmag RS, não econo-
POR RICARDO BUENO
miza adjetivos para qualificar Erotildes, seja como pessoa, seja como profissional: ética, honesta, confiável, idônea, e com grande conhecimento técnico. “Ela nos ajudou a dar um outro perfil para as farmácias magistrais”, explica Sônia. Outra colega, a farmacêutica Beatriz Schenkel Porto, destaca o olhar que Erotildes conseguiu disseminar quanto à qualidade: “Ela nos fez ver que atender aos procedimentos é importante para assegurarmos a qualidade do nosso trabalho, e não apenas porque somos obrigadas a seguir determinados regulamentos”, explica Beatriz. A atual presidente da Anfarmag Nacional, Maria do Carmo Garcez, define Erotildes como “excelente auditora: suave, mas firme, perspicaz e, especialmente, uma pessoa generosa, pois sempre buscava oferecer alternativas. Tive o privilégio de conviver ela, que no aspecto pessoal era muito amiga”. Casada com Milton, seu sócio na empresa de consultoria, onde também trabalhava a filha, Márcia, Erotildes tinha mais dois filhos – Rodrigo, advogado, e Guilherme, recém formado em Medicina. Deixou um legado de compromisso ético e de valorização dos parâmetros da qualidade. Fará muita falta e servirá sempre de exemplo a ser seguido por todos os profissionais que trabalham com foco em uma atividade magistral de excelência.
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Santa Gemma: A padroeira dos farmacêuticos No Brasil, Santa Gemma é conhecida, sobretudo, como a padroeira dos farmacêuticos porque ela era filha de um honrado farmacêutico de Luca, Itália, e porque, ao ficar órfã aos 19 anos, foi acolhida como filha adotiva pelo Sr. Giannini, também farmacêutico
Foto: © iStockphoto.com / Shyiali
N
o dia 12 de abril de 1945, a União dos Farmacêuticos de São Paulo entronizou a imagem de Santa Gemma como padroeira da farmácia. Em 1951, a Associação Católica dos Farmacêuticos de São Paulo, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo e as Faculdades de Farmácia de São Paulo, promoveram a entronização em inúmeros estabelecimentos do ramo farmacêutico (farmácia, drogarias e laboratórios de análises clínicas) da imagem de Santa Gemma. Nasceu em Borgo Nuovo di Camigliano, perto de Toscana, Itália em 1878 e era um filha de um pobre farmacêutico. Sua mãe morreu quando tinha sete anos e desde então passoua ter muito trabalho doméstico e
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muitos problemas espirituais. Mas ela os suportou com paz e extraordinária paciência. Foi sujeita a fenômenos sobrenaturais como visões, êxtases, revelações, conhecimentossobrenaturais e estigmas periódicos . Ela veio a falecer no Sábado Santo de 1903, elogo depois o culto popular se desenvolveu. Sua popularidade aumentou em 1943 quando suas cartas para o seu diretor espiritual foram publicadas. Ela foi canonizada, apesar de muita oposição, visto que alguns fenômenos acontecidos com ela se baseavam, não em fenômenos naturais da sua experiência religiosa, mas sim na santidade de sua vida. Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1940. Sua festa é celebrada no dia 11 de abril.
Fonte: V Congresso Paulista de História da Medicina Farmácia Magistral
ORAÇÃO: Santa Gemma Galgani, querida amiga e irmã principalmente dos que amam a Jesus, dedico-te tua própria história, consagrando-me a teus cuidados e proteção. Alcançai-nos de Deus que meditemos freqüentemente com grande amor na Paixão e Morte de Jesus Cristo: que tenhamos enorme confiança na proteção de nossa Mãe Celestial e que ofereçamos todos nossos sofrimentos pela salvação das almas e conversão dos pecadores. Intercedei junto a Deus por mim e por todos os que me são caros, por aqueles que se encontram afastados da fé e por aqueles que tanto almejam a santidade. Ofereço em união aos teus sofrimentos os meus sofrimentos, para que perdoada (o) seja de minhas faltas e que no momento de minha morte encontre-me plenamente preparada (o) para viver a celestial vida que Deus me deseja por toda a eternidade. Louvo-O por tua vida santa, teus sofrimentos, tua beleza interior. Fazme bela (o) como tu, Gemma Galgani, diante dos olhos santos de Nosso Senhor. Amém. http://tinyurl.com/2gy8o6t
Foto: Divulgação
CULTURA FARMACÊUTICA
PESQUISA DR.PAULO QUEIROS. TEXTO DA REDAÇÃO
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MUNDO ANFARMAG
RESULTADO DE ESTUDO DE HOMEOPATIA ESTÁ PREVISTO PARA NOVEMBRO
ESTADO DE SÃO PAULO É O MAIOR EM FARMÁCIAS CERTIFICADAS
Anfarmag Regional Paraná realizou reunião técnica sobre Estudo de Estabilidade em Homeopatia da Dose Única em Água Purificada dia 19 de julho no auditório do Conselho Regional de Farmácia do Paraná. Ao todo representantes de 25 farmácias estiveram presentes neste que foi o terceiro encontro sobre o tema que entrará na fase de análises microbiológicas ministrado por Marisa Moura Luz, farmacêutica do LCQPq, Laboratório de Controle de Qualidade e Pesquisa.
A Anfarmag através das sucursais do estado de São Paulo certificou 164 farmácias da capital, região metropolitana e interior. Ao todo 67 cidades possuem ao menos uma farmácia com a qualidade 2º ciclo SINAMM associadas às sucursais de Campinas com 22 farmácias certificadas, Marília/Presidente Prudente com 21, Araraquara – 17, Baixada Santista – 3, Grande São Paulo – 13, São Paulo Capital – 42 farmácias, Ribeirão Preto – 12 farmácias, São José do Rio Preto – 20 farmácias, Sorocaba – 4 farmácias e Vale do Paraíba – 10 farmácias.
FARMÁCIAS DE RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO TÊM QUALIDADE SINAMM 2º CICLO integrado a mesa redonda sobre a RDC no Stream Palace Hotel, centro da cidade. As farmácias estão distribuídas nas
cidades de Cravinhos, Franca, Igarapava, Jardinópolis, Monte Alto, Orlândia e Ribeirão Preto. Foto: Divulgação
Mais 12 farmácias de Ribeirão Preto e região receberam a certificação do 2º Ciclo SINAMM. A cerimônia foi um evento
Na foto, em ordem Álvaro Favaro Júnior, vice-presidente da Infar, Alice Soares, diretora da sucursal, Rita Paula Ignácio, coordenadora SINAMM da sucursal, Antonio Geraldo R.S. Jr, tesoureiro geral da Anfarmag, Liane Souto, Glauce Penaroti Forti, Marlene Fernandes Colla, Arlete Faria de Freitas, Graziela Trito Ballan Fioravanti, Ana Carolina Alli da Silva Lima e Júlio César de Freitas.
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Farmácia Magistral
Foto: Divulgação
ANFARMAG SUCURSAL RIBEIRÃO PRETO DISCUTE RDC 67 Dia 26 de junho a Anfarmag Sucursal Ribeirão Preto organizou mesa redonda com o tema: “Principais não conformidades encontradas nas fiscalizações sanitárias em farmácias magistrais da região e dificuldades de implantação e aplicação prática da RDC 67. Uma visão realista”. Luci Rodrigues da Silva da Vigilância
Sanitária de Ribeirão Preto; Antonio Geraldo Ribeiro dos Santos Jr, representante da Anfarmag Nacional e Álvaro Favaro, representando do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo como mediador apresentaram soluções e medidas para cumprimento da RDC 67. No evento comparecem 57 pessoas.
DIRETORA DA ANFARMAG-MG AJUDA A CAPACITAR FARMACÊUTICOS COMUNITÁRIOS EM MINAS GERAIS Em busca de novos conhecimentos e capacitação, farmacêuticos associados a Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária- SBFC participaram do curso Planejamento Estratégico para abertura de farmácias e drogarias ministradas pela diretora da Anfarmag- Regional Minas, Maria Alicia Ferrero. Maria Alicia também especialista em manipulação alopática pela entidade
abordou o histórico, a metodologia e as etapas do planejamento estratégico para a abertura de farmácias e drogarias no último dia 16 de julho, na sede do Conselho Regional de Farmácia-CRF-MG, dentro da programação do I Simpósio de Gerenciamento e Abertura de Farmácias e Drogarias, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária (SBFC) com o apoio do CFF, FEIFAR e CRF-MG.
A Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária é uma associação sem fins econômicos lucrativos, de caráter profissional, humanitário, cultural e científico que tem como principal objetivo a qualificação do farmacêutico comunitário para a prestação da assistência e serviços farmacêuticos ao usuário e à comunidade que dele necessita.
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MUNDO ANFARMAG
CURSO “TUDO SOBRE CÁPSULAS” SUPEROU EXPECTATIVAS DA ANFARMAG REGIONAL GO/TO A Regional Goiás/Tocantins realizou dia 26/06, no Hotel Blue Tree Towers, em Goiânia, o curso “Tudo sobre cápsulas”. O evento foi mais uma iniciativa para promover a atualização de conhecimentos para os profissionais que atuam no segmento magistral. O curso foi ministrado por Luis Antonio Paludetti, farmacêutico formado pela USP-SP com mais de 20 anos de experiência no setor magistral e professor de farmacotécnica, legislação e cosmetologia da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e editor-chefe e proprietário da Rx Consultoria. Ao todo 42 profissionais participaram do curso representando 30 farmácias. Gilmar Silva Dias, presidente da Regional, fez a abertura dos trabalhos e citou o objetivo do curso o qual era apresentar os aspectos relevantes para a obtenção
de fórmulas em cápsulas manipuladas, visando assegurar ao paciente um produto com eficácia, estabilidade e segurança. O conteúdo também abordou técnicas que comprovadamente garantam o peso médio e teor de cápsulas manipuladas em farmácia. Ao fim do curso, foram distribuídos formulários de avaliação, na qual o item “Didática e domínio do assunto pelo palestrante” foi o de maior pontuação: 9,6. “Conteúdo Programático (9,5); “Conforto da sala e equipamentos utilizados” (9,2); “Organização do curso” (9,1) e “Material Didático” (8,9). Para 59,46% dos profissionais que responderam à avaliação (37 dos 42 participantes), o curso contribuiu com novos conhecimentos. A outra metade dos avaliados, 40,54% considerou que o curso proporcionou atualização no assunto tratado.
ANFARMAG REGIONAL PARANÁ CRIA COMISSÃO DE ESTUDO DE PREÇOS A comissão que nasceu da necessidade de orientar as farmácias na formulação de preços. Os consumidores insatisfeitos passaram a denunciar a prática de abuso do preço dos medicamentos e produtos. Participam da comissão cinco associados, além de um representante da diretoria da regional, que sempre está presente nas reuniões para estudarem ações a
serem tomadas. “Este problema não é de hoje, sabemos que não vamos solucionar, mas é uma maneira de esclarecer e nos ajudarmos”, explica Marina Hashimoto, presidente da regional. Dia 26 de julho uma palestra gratuita sobre formação foi promovida pelo consultor Roberto Muller para representantes de 30 farmácias.
PRÊMIO ALUÍSIO PIMENTA FOI UM DOS DESTAQUES DO SEMINÁRIO FARMÁCIA DE MINAS O evento, que é uma iniciativa do Conselho Regional de FarmáciaCRF-MG,foi realizado entre os dias 16 e 18 de junho no auditório Centenário do Ouro Minas Palace Hotel, na capital mineira, por meio de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) e o Conselho Regional de Farmácia (CRF-MG), o II Seminário Rede Farmácia de Minas. Participaram do Seminário 450 municípios. Na ocasião foi entregue o Prêmio de Assistência Farmacêutica do Estado de Minas Gerais-Prêmio Aluísio Pimenta. Emocionado, ele fez um relato da trajetória profissional, e lembrou que o avanço da ciência e tecnologia permitiram otimizar os poderes da natureza. O Prêmio tem como objetivo estimular as boas práticas em assistência farmacêutica e no atendimento aos pacientes, além da promoção do uso racional de medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) de Minas Gerais.
TV FARMA APRESENTOU O PRIMEIRO TREINAMENTO DE “DISPENSAÇÃO ATIVA” E REAPRESENTOU OS TREINAMENTOS ANTERIORES. A TV Farma exibiu entre 02 de agosto e 03 de setembro, o primeiro treinamento do Programa de Dispensa Ativa, a aula de “Dispensação Ativa” para farmacêuticos com carga horária de 4 horas, de segunda a quinta feira com Prof. Dr. Rinaldo Ferreira. Atendendo a inúmeros pedidos a TV Farma reapresentou os
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treinamentos para Gestor e Propagandista na área de Marketing Magistral ministrado pelo Dr. José Almeida. E atenção, todos os treinamentos do SINAMM Monitoramento 2010 serão transmitidos de segunda a sexta-feira e no último sábado do mês, inclusive em dias de feriado.
Foto: Divulgação
27 FARMÁCIAS DE MATO GROSSO SÃO CERTIFICADAS PELO SINAMM No auditório do Conselho Regional de Mato Grosso, 27 farmácias receberam o certificado de participação do 2º Ciclo SINAMM. Além de Cuiabá, farmácias de Araputanga, Barra das Garças e Barra dos Bugres, Cáceres, Campo Verde, Colider, Jaciara, Nova Mutum, Tangará da Serra, Várzea Grande, Primavera do Leste, Rondonópolis e Sorriso têm farmácias certificadas através de programas de educação continuada e da TV Farma. Na foto: Solange, Ivete Peaguda, Tiago, Débora Ferreira, Cybele Figueira, Cleula, diretores da Anfarmag Regional Mato Grosso, Hélio (Anfarmag Nacional), Divalmo Pereira Mendonça, Coordenador da Visa do Município de Cuiabá e Wagner Coelho,
Vice-Presidente do CRF/MT. Anfarmag-MG leva a Campanha Assistência Farmacêutica para o 3º Simpósio Nacional sobre o assunto A Campanha foi apresentada pela presidente da Regional Minas Gerais, Soraia Moura, na abertura do 3º Simpósio Nacional de Assistência Farmacêutica em Prol da Sua Saúde, lançada oficialmente em 28 de agosto, nas cidades de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia, Governador Valadares e Varginha e apresentada na abertura do 3º Simpósio Nacional de Assistência Farmacêutica, dia 6 de agosto, no Hotel Sol, na capital mineira. Promovido pela Escola Nacional dos Farmacêuticos com o apoio da Federação
Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais- SINFARMIG, o evento discutiu a atuação política e científica dos profissionais de saúde. A campanha, que tem o apoio do Conselho Regional de Farmácia-CRF-MG, foi apresentada pela presidente da Regional Minas, Soraia Moura para profissionais e estudantes da área de saúde. O 3º Simpósio Nacional de Assistência Farmacêutica faz parte do trabalho desenvolvido pela Escola Nacional dos Farmacêuticos para criar, junto aos profissionais farmacêuticos e de outras áreas da saúde, um canal contínuo de discussão política e científica.
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MUNDO ANFARMAG
CURSO PRÁTICO DE COMUNICAÇÃO COM PRESCRITORES INICIA EM ALAGOAS A cidade de Maceió, através da Regional da Anfarmag foi a primeira a receber o curso sobre visitação médica ministrado por José Almeida, consultor da Anfarmag com o objetivo de capacitar os coordenadores de visitação médica, propagandistas dos estabelecimentos e gestores e/ ou proprietários de farmácias magistrais participantes do SINAMM de forma prática a fim de realizar uma propaganda médica efetiva e com qualidade. O curso além de aplicar conceitos é 60% prático e os participantes recebem material promo-
cional, fichas de visita, relatórios de controle e certificado. As Regionais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal e Brasília já receberam o curso. Confira o cronograma e consulte sua regional/sucursal para mais informações: Regional Mato Grosso do Sul dia 25/09, Sucursal AC/RO dia 02/10, Sucursal São José dos Campos dia 23/10, Sucursal São José do Rio Preto dia 30/10, Regional RJ dias 15 e 16/11, Regional GO/TO dia 05/11 e Regional Rio Grande do Norte dias 12 e 13/11.
ANFARMAG SUCURSAL MARÍLIA/PRESIDENTE PRUDENTE REALIZA CERIMÔNIA DE ENTREGA DO CERTIFICADO SINAMM A região do interior de São Paulo tem mais 21 farmácias certificadas pelo SINAMM. Em 2009 as farmácias de Adamantina, Araçatuba, Assis, Junqueirópolis, Marília, Paraguaçu Paulista, Piraju, Presidente Prudente, Presidente Venceslau e Santa Cruz do Rio Pardo participaram do sistema de monitoramento e aperfeiçoamento da Anfarmag e atingiram pontuação com condições de adequação as Boas Práticas de Manipulação e melhoria na gestão de negócios.
CAPIXABAS CONTAM COM FARMÁCIAS CERTIFICADAS PELA QUALIDADE ANFARMAG Hugo Guedes, primeiro vice-presidente, participou do evento ao representar a Anfarmag Nacional. Cerca de 50 pessoas prestigiaram a cerimônia. Foto: Divulgação
A Anfarmag Regional Espírito Santo certificou 19 farmácias que concluíram etapas de qualificação no início do mês de junho, dia 9 no Edifício Corporate Center, na capital do estado. Dr.
Em meio a representantes das farmácias certificadas, Dr. Hugo Guedes, na fileira de cima, terceira posição da esquerda à direita e Dra. Denise de Almeida, presidente da Anfarmag Regional Espírito Santo, na fileira de baixo, primeira posição.
56| Revista da
Farmácia Magistral
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CARTA DO LEITOR
Revista da Farmácia Magistral - Órgão Oficial da Anfarmag Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais
Reposição Hormonal Li a matéria sobre hormônios bioidênticos publicada na edição passada da Revista da Farmácia Magistral e achei muito importante essa discussão, uma vez que o tema está sendo tão debatido. Obrigada, Marcela Cácia da Silva
Farmacoterapia Recebi a Revista Técnica do Farmacêutico, ano 1 nº07 – julho/agosto 2010 e achei muito interessante e de grande importância o artigo internacional “Farmacoterapia: Aspectos clínicos de La terapia de reemplazo hormonal”. Abraços, Joana Simões, Drogamestra, Marília
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