Revista Farmácia Magistral - edição 10

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ISSN 2178-8413

Publicação da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. ANO 2 Nº 10 - JANEIRO/FEVEREIRO 2011

A ESSÊNCIA DO FARMACÊUTICO SINAMM É APRIMORADO PARA 2011

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM FARMÁCIAS

DISPENSAÇÃO ATIVA FIDELIZA CLIENTES



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ECONOMIA E NEGÓCIOS Anfarmag aprimora SINAMM para 2011 Anfarmag comemora balanço positivo do “SINAMM 2010” Dispensação ativa pode fidelizar clientes Planejamento tributário

Cidade e Farmácia Quintessência cria fórmula de salvar o planeta e tratar as pessoas

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Atividade magistral em tempos de farmacogenômica

Maria do Carmo Garcez Presidente da Anfarmag Nacional

Trabalho de atenção farmacêutica ao diabético

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Saúde & Medicamento

Conto com vocês.

O manipulador de palavras

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A essência do farmacêutico Trajetória da primeira Faculdade de Farmácia do país O ensino farmacêutico no país CTA permite discussão técnicocientífica para consolidação de conceitos magistrais

na condição de farmacêutico, mas poucas com a sutileza da matéria publicada.

Anvisa ressalta diálogo com setor magistral

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especial

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sumário

O ano de 2011 começa com um importante eixo de desafios a serem vencidos. São eles: o fortalecimento da Anfarmag como via de consolidação do segmento no mercado farmacêutico, a retomada do crescimento de cada estabelecimento com um programa de visita farmácia a farmácia para adesão ao padrão de alta qualidade, com dispensação ativa e comunicação ética com os prescritores preconizado pela entidade. O sonho de ter uma entidade para todos está se realizando. Para construí-lo, temos enfrentado adversários, desconfianças e instâncias de regulação sanitária e do poder legislativo federal. Até o momento temos administrado muito bem esta situação.

As tentativas de asfixiamento nos tornam mais fortes. Estamos cada vez mais aptos para movimentos que demonstrarão a capacidade de articulação com uma agenda de trabalho pautada pela intenção de beneficiar a todos. E uma necessidade face ao que nos reserva o futuro do mercado de tratamentos de saúde no país. Dado este recado, quero enaltecer a edição especial da nossa revista. Um conjunto de matérias apresenta situações vividas hoje pela farmácia magistral, discute o futuro diante da farmacogenômica, rende homenagem a quem tem trabalhado para a valorização da farmácia brasileira. Para não perdermos a capacidade de sonhar, chamo atenção para reportagem sobre Drummond, várias vezes abordado

carta do leitor / erramos

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Meus caros colegas farmacêuticos

editorial

Desafios

ENDEREÇOS

CULTURA FARMACÊUTICA MUNDO ANFARMAG

relação de anunciantes 02 – Consulfarma 09 – Elyplast 11 – Capsutec 13 – BSTec 15 – All Chemistry 17 – LED 21 – Ortofarma

27 – Intecq 31 – Quibasa 33 – Qualitá 37 – Pharmaceutical 39 – Labsynth 49 – Senac 51 – Anfarmag

53 – Tecnopress 55 – Racine 57 – Vyvedas 59 – Alternate 60 – Anfarmag


Especial

A essência do farmacêutico

O

Paraná, todas com população inferior a 50 mil habitantes. Santana do Ipanema, no sertão de Alagoas com aproximadamente 40 mil habitantes a quase 200 quilômetros da capital Maceió tem uma única farmácia magistral, a Formulart. Especialista em manipulação magistral, a farmacêutica Suzana Ribeiro conquistou o sonho de ter a própria farmácia

há três anos e o principal objetivo é prestar atenção farmacêutica a uma população desprovida de informação. Ela conta que no início foi difícil, pois a comunidade não sabia o que era medicamento magistral. Era necessário conquistar a confiança dos pacientes a esse tipo de medicamento basicamente novo na cidade. Como ela mesma diz fez um trabalho de “formiga”. Realizou visitação médica

Fotos: Divulgação

trabalho das farmácias magistrais nas pequenas cidades reforça cada vez mais o papel do farmacêutico como agente de saúde, dispensador de medicamentos e orientador em tratamentos médicos. Através de depoimentos de profissionais que atuam nas cidades Santana de Ipanema, Alagoas, Mirante da Serra, Rondônia e Ivaiporã no

Por Ana Carolina D’Angelis

Equipe da farmácia Onnix, em Ivaiporã, Paraná.

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Farmácia Magistral


quatro anos antes da abertura da farmácia e hoje conta com o apoio deles. Mas o problema principal é o atendimento público. Suzana diz que tenta suprir o problema com uma forte assistência farmacêutica, pois a equipe médica básica é composta por clínicos gerais, pediatra e ginecologista. E comenta que um médico tem 12 horas para atender 300 pacientes e a explicação sobre o receituário não é suficiente. “O hospital não tem UTI, nem especialistas. Se precisar de um pediatra pneumologista tem que ir a outras cidades”. O norte do país é a segunda região que mais sofre com problemas de saúde, perdendo apenas para o Nordeste. Em Mirante da Serra, cidade localizada a 388 quilômetros de Porto Velho, capital do estado de Rondônia ainda não há farmácia magistral. A primeira será inaugurada em julho de 2011 por Simone Cristina Guedes, farmacêutica e proprietária de um laboratório de análises clínicas onde atua com o marido também farmacêutico. Com uma população em torno de 12 mil habitantes, a cidade tem cinco drogarias. Mirante da Serra assim como vários pequenos municípios do Brasil tem as dificuldades inerentes ao setor público, onde, no entanto tem procurado melhorar. A cidade conta com três postos de atendimento e uma Unidade Mista de Saúde. Assim como em Santana do Ipanema o atendimento basicamente é feito por clínicos gerais e pediatras. Caso precise de algum especialista precisa ir à cidade vizinha. Simone que é natural de São Luis do Maranhão mora na cidade há 12 anos. Se formou em João Pessoa e retornou à cidade da família, Jaru, vizinha de Mirante da Serra. Atualmente faz uma reciclagem ao auxiliar uma amiga em uma farmácia magistral localizada em um município próximo. Como acompanha os pacientes do laboratório, principalmente hipertensos e

Fachada da farmácia Formulart, localizada a mais de 300 quilômetros de Maceió, Alagoas.

diabéticos, observa que grande parte deles está satisfeita ao utilizar medicamentos magistrais e desejam ter esse serviço na própria cidade, pois a farmácia magistral mais próxima está a 65 quilômetros da cidade. “A dificuldade de deslocamento é grande, alguns possuem moto para ir da zona rural até o centro da cidade, mas outros dependem do transporte público”, relata. Os pacientes do município quando recebem as prescrições médicas seja em

Mirante da Serra, seja em localidades próximas são obrigados a procurar as localidades vizinhas para comprarem seus medicamentos. Segundo Simone, a assistência farmacêutica em cidades pequenas é diferenciada das assistências prestadas nos grandes centros, pois o farmacêutico fica mais íntimo do paciente. Geralmente a relação, além de profissional também é amigável. Você conhece a pessoa, sabe a história dela, acompanha o tratamento.

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Especial A essência do farmacêutico Ilustração: Wagner Ferreira

Mesmo após a inauguração da farmácia, o laboratório continuará em atividades administradas pelo marido de Simone. Roberta Biasim atua como responsável técnica da Farmácia Onnix, em Ivaiporã, cidade na região central do Paraná. A farmácia foi a primeira magistral da cidade fundada há 18 anos. Hoje, o município conta com 15 drogarias e mais duas farmácias magistrais.

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Assim como na cidade de Alagoas, no início das atividades também foi preciso criar uma confiança e credibilidade nos medicamentos magistrais que eram desconhecidos pela população. É um tipo de medicamento que não era prescrito com frequência pelos médicos da cidade. Foi preciso fazer um trabalho de visitação médica para agregar valor e reconhecimento do medicamento magistral.

Profissional da Formulat manipula medicamentos na farmácia que é a única magistral na cidade de Santana de Ipanema.

Farmácia Magistral

Roberta explica que foi preciso deixar claro para a comunidade a diferença entre os medicamentos magistrais e industrializados, trabalho realizado na assistência farmacêutica que acontece até hoje, principalmente com pacientes idosos ou aqueles que estão consumindo esse tipo de medicamento pela primeira vez. Na cidade não há problemas no atendimento clínico e é possível realizar consultas com neurologistas, pediatras e outras especialidades. Mas o principal problema de saúde na cidade é o atendimento de emergência. Para Roberta, o farmacêutico na cidade é uma fonte de informação, esclarecimentos e prestação de serviço à comunidade. Muitas pessoas procuram o profissional farmacêutico para uma simples orientação, uma aferição de pressão ou até mesmo para dúvidas sobre o que fazer em algumas situações em que falta atendimento imediato e qual profissional habilitado deve-se procurar. “Por exemplo, quando uma criança cai, qual o melhor medicamento para passar no machucado, ou orientação para gripes ou resfriados, nada além disso. Sempre orientamos, nunca diagnosticamos”, explica. Nas três cidades as necessidades dos pacientes são basicamente as mesmas. No contexto da cidade pequena em especial no estado de Rondônia, o profissional é muito procurado pela população em busca de orientação, esclarecimento de dúvidas relacionadas a medicamentos, exames e assuntos de saúde em geral devido a acessibilidade e confiança depositados nos anos de trabalho que Simone exerce no laboratório. “Nessas situações orientamos, conforme a circunstância, o paciente da melhor maneira para que ele possa procurar a unidade de saúde, o médico, psicólogo,


enfermeiro outros profissionais, enfim, o que torna gratificante o nosso trabalho, pois podemos trabalhar em equipe com esses profissionais, com o objetivo de melhorias e humanização no atendimento à nossa comunidade. Essa é a minha realidade”, conclui. Em Ivaiporã, os principais questionamentos são as formas de consumo e se a eficácia é a mesma dos industrializados. Roberta Biasim diz que esclarece todas as perguntas a fim do paciente sair da farmácia com uma visão positiva da farmácia magistral. “O nosso papel também é evitar a automedicação, muitas pessoas aparecem na farmácia querendo determinado medicamento que o vizinho, a mãe ou marido tomou e melhorou e que também deseja fazer uso, mas explicamos que a venda é feita somente com apresentação da prescrição médica e ressaltamos os riscos de se tomar um medicamento receitado para outra pessoa”, comenta a farmacêutica do Paraná. É preciso respeitar particularidades e que isso pode variar, desde o tratamento até as reações, dependendo de cada paciente e do tratamento indicado. E ressalta que são nesses casos que o papel ético é necessário ao orientar sobre o uso correto de medicamentos e que qualquer tratamento só deve ser feito com acompanhamento médico, assim conquistando a confiança e respeito dos pacientes e dos outros profissionais da saúde. O farmacêutico da Formulart de Alagoas fica disponível para qualquer eventualidade. Um dos focos da farmácia também é evitar a automedicação. As dúvidas mais apresentadas são a forma de ingerir e como respeitar a dose, para que serve, cuidados após a refeição, consumo com suco ou água. Os pacientes precisam ter uma se-

Marlene Carvalho, proprietária da Farmácia Onnix com Roberta Biasim, responsável técnica.

gurança na hora de consumir os medicamentos. “Eu trabalho só no balcão, atendendo aos pacientes. Eles se sentem inseguros porque as consultas não são tão bem executadas por serem rápidas. Existem poucos farmacêuticos na cidade e o nosso papel é mais atuante nesse sentido. Tentamos fazer um atendimento farmacêutico diferenciado, de forma esclarecedora, correta e sem atrasos”, explica Suzana.

E conclui que se considera uma guerreira, pois em uma cidade onde nem os médicos conheciam bem o que é medicamento manipulado, ela acreditou e confiou na farmácia magistral. “Estamos cada dia que passa conquistando a confiança dos médicos, mais clientes, mais pacientes, enfim, estamos crescendo, sobrevivendo, e tenho certeza de uma coisa: iremos vencer com credibilidade”, completa.

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especial

por laÍs caVassana

Trajetória da primeira Faculdade de Farmácia do país

A Faculdade de Farmácia da Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tem mais de 175 anos de existência e foi a primeira instituição no país a formar profissionais habilitados pela Coroa

E

m 2007 completou 60 anos de autonomia administrativa e publicou o livro “Seis décadas de trajetória da Faculdade de Farmácia”. Nele estão

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Farmácia Magistral

descritas, por meio de relatos e documentos, as contribuições da UFRJ para a evolução do ensino de farmácia no Brasil O marco histórico para implanta-



Especial Trajetória da primeira Faculdade de Farmácia do país

ção definitiva do ofício de farmacêutico e a base embrionária da hoje conhecida Faculdade de Farmácia da UFRJ aconteceu em 3 de outubro de 1832. Quando a Regência instituiu o curso de Farmácia. Embora funcionasse juntamente com o de medicina, pela reforma ficou estabelecido que ninguém poderia “curar, ter botica ou partejar” sem o título conferido ou aprovado pela Faculdade do Rio de Janeiro ou da Bahia. Desde a sua criação o curso de farmácia sofreu várias alterações, chegando até ser reduzido a dois anos de duração e quatro disciplinas: Química Médica; História Natural Médica; Matéria Médica e Farmacologia. Inclusive, no governo de Artur Bernardes, em 1925, o reitor da Universidade do Rio de Janeiro (hoje UFRJ) elaborou a reforma que determinava que o curso de Farmácia fosse lecionado em quatro anos e que fosse criada a cadeira de Química Biológica. Independência acadêmica Em 3 de dezembro de 1945 entrou em vigor o Decreto 8.272 que deu início ao processo de autonomia didática e administrativa. No entanto ele não se traduziu em reformas imediatas. O artigo 6º do decreto estabelecia que “Enquanto funcionar a Faculdade Nacional de Farmácia no edifício da Faculdade Nacional de Medicina, exercerá o diretor desta, cumulativamente, a Direção da nova Faculdade”.

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Farmácia Magistral

Somente no ano seguinte, em cumprimento da determinação legal, é que se reuniu pela primeira vez a Congregação da Faculdade de Farmácia. E foi durante essa reunião que representantes da Faculdade de Farmácia reivindicaram junto ao Conselho Universitário a criação do cargo de vice-diretor. A proposta provocou grande discussão e resistência, mas em 1947 foi nomeado o primeiro diretor da Faculdade de Farmácia. E em 73 é determinada a transferência das instalações da Praia Vermelha para a Ilha do Fundão. Livre para tomar suas próprias decisões no que se referia a didática do curso, a Faculdade de Farmácia da UFRJ criou vários projetos que desde então fazem parte da grade curricular. A Farmácia Universitária, fundada em 1986, é um exemplo. Criada por causa da baixa qualidade dos estágios oferecidos pelos meios produtivos da época ensina aos alunos assistência farmacêutica, famacovigilância e formulações de medicamentos. Hoje é classificada pela Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ como um programa de extensão. Outra atividade que se tornou um projeto de extensão universitária é o Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia (LACFAR). Ali os alunos atendem a comunidade e têm a oportunidade de realizar exames laboratoriais, tanto de rotinas como especializados. Há também o LabFarma, uma das unidades analíticas do Programa de Biofarmácia e Farmacometria (PBF). Em 2003, o PBF foi credenciado pela

ANVISA como Centro de Bioequivalência e se tornou um dos centros universitários para análise de medicamentos genéricos em matrizes biológicas. Outro aspecto importante refere-se ao curso de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. O único do Estado do Rio de Janeiro. Na opinião de Levy Gomes Ferreira ex-diretor da Faculdade de Farmácia e criador da Farmácia Universitária foram “todas essas contribuições que serviram para ampliar os horizontes da Farmácia e ajudar na formação de um farmacêutico mais completo. Hoje, o farmacêutico pode atuar na área de cosmético, análises clínicas, alimentos, acupuntura e desenvolver a assistência farmacêutica. O dever da Faculdade é incorporar as novas tecnologias com o objetivo de sempre formar profissionais mais preparados”, finaliza. E foi por iniciativa do diretor da Faculdade de Farmácia que no início de 2002 foi realizada uma reunião aberta à comunidade acadêmica com o objetivo de discutir propostas para a elaboração do projeto pedagógico e a reformulação curricular do curso de Farmácia. Em 2004 a Congregação da Faculdade de Farmácia aprovou o novo projeto pedagógico que entre outras mudanças aumentou a carga horária total para 5285 horas, criou disciplinas optativas de escolha condicionada e de livre escolha e carga horária destinada aos estágios curriculares de 1100 horas, ou seja, 20% da nova carga horária total do curso Farmacêutico.



O ensino farmacêutico no país

especial

por ana carolina d’ anGelis

O Brasil � o país �ue mais tem cursos de farmácia no mundo. Hoje existem em torno de 360, segundo a AbenfarBio, Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico e Bio�uímico, em contraposição aos Estados Unidos com 80, Alemanha, 25, e a China com dois centros de ensino �ue ministram o curso de farmácia

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Farmácia Magistral

O

ensino de farmácia é relevante devido ao papel fundamental do farmacêutico como agente de saúde e pesquisador. O nível da qualidade do ensino das escolas nos últimos anos é medido pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação que realiza processos avaliativos e verifica o resultado das mudanças promovidas na grade curricular dos cursos. Além da verificação do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), aplicado a partir de 2004 aos alunos, avalia conhecimentos proferidos no conteúdo programático das aulas. A cada ano cursos diferentes são avaliados, em 2010

na área da saúde, os alunos do 1º e último anos do curso de farmácia realizaram a prova. Até o fechamento da matéria os resultados não tinham sido divulgados. Atualmente, a carga horária do curso é realizada de acordo com a resolução nº4 de 6/04/2009 e do parecer CNE/CES nº 213 datado do ano de 2008 que determina que 4.000 horas devem ser cursadas em 10 semestres e as atividades complementares e estágios não podem exceder 20% do total de horas da grade curricular. Para Carlos Cecy, presidente da AbenfarBio e membro da Comissão de Ensino do CFF, o ensino de graduação em farmácia caminha bem. As instituições estão se adequando às exigências do MEC e estão adotando metodologias ativas de ensino pelas quais os alunos tornam-se os verda-


deiros agentes da aprendizagem, e os professores, facilitadores do processo. As universidades são consideradas um dos principais pontos de pesquisa do país. Segundo a Professora Doutora Ana Maria Bergold da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, membro da Câmara Técnica da Anfarmag, a iniciação científica é bastante incentivada e promovida nas universidades públicas, e órgãos de fomento como as fundações estaduais e o CNPq tem instituído premiações para o “Jovem Cientista” ou “Jovem Pesquisador” as quais tem contemplado exatamente as pesquisas realizadas pelos estudantes, além de algumas instituições privadas. O ensino superior no país sofre constantes mudanças e o curso de farmácia não fica de fora. A mudança do currículo, explica Dra. Ana Maria Bergold, foi necessária em função da alteração de lei de diretrizes e bases de educação (LDB) e para adequação da formação dos profissionais de saúde para o Sistema Único de Saúde, o SUS. A Resolução CNE/ CES 2/2002 do Conselho Nacional de Educação define os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de Farmacêuticos no país que é considerada um marco histórico para a contribuição do desenvolvimento da saúde no país. Como a nova matriz curricular leva a formação generalista, é necessário que o estudante vá aprofundando seu conhecimento na área em que irá atuar, através de estágios, de cursos de extensão, da participação em eventos, etc. “O currículo generalista é um avanço, porém requer a participação ativa do estudante, pois é ele o responsável pelo processo da boa formação e encaminhamento futuro”, complementa Cecy. Sobre a forma de preparação dos alunos em relação ao papel de atenção farmacêutica, um dos principais potenciais dos farmacêuticos magistrais, o curso de farmácia deve estar preparado para atender as mudanças que estão ocorrendo. Um exemplo é o curso de farmácia da UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O curso oferece disciplinas específicas sobre a atenção farmacêutica como Saúde Coletiva e Biótica, Atenção Farmacêutica, Prática Farmacêutica e Assistência Farmacêutica como disciplinas complementares. Carlos Cecy, explica que a lei educacional dá liberdade às instituições de montarem suas matrizes curriculares. Portanto, cada instituição deverá analisar as demandas sociais no local onde se insere e montar uma matriz capaz de atendê-las. “Esse viés geo-referencial, não descaracteriza o conceito da formação generalista, pois todas as demais áreas, embora com menor ênfase, deverão estar contempladas. Resumindo, a meu ver não há necessidade de mudança na Diretriz Curricular. Basta que as instituições apliquem corretamente a legislação e que os estudantes compreendam seu momento histórico e o assumam”. Mas mesmo com a extensão de horas da graduação, há muito tempo tem sido preconizado que haja continuidade do estudo em níveis de pós-graduação, seja uma especialização como o caso das residências, seja o stricto sensu que engloba o mestrado e doutorado que são obrigatórios num mercado competitivo como o nosso. Dra Ana comenta que é recomendável e necessária a educação permanente que deverá ocorrer ao longo de toda a vida profissional.

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*Colaboração de Ana Maria Bergold, Célia Chaves, Helder Teixeira professores da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Francie Bueno, professora da ULBRA.


Especial

Da Redação

CTA permite discussão técnicocientífica para consolidação de conceitos magistrais

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Farmácia Magistral


A

inclusão dos conceitos da atividade magistral na consulta pública 25 (referente ao capítulo de generalidades da Farmacopeia Brasileira), da Anvisa, é um dos resultados do trabalho desenvolvido pela Câmara Técnica da Anfarmag (CTA). A câmara fornece, desde 2006, embasamento científico às demandas, não apenas aquelas junto ao setor regulador, mas também as decorrentes da necessidade de tomada de decisões em busca de melhorias para o segmento magistral. “A câmara técnica tem sido uma das frentes mais importantes para a credibilidade da entidade. A participação de professores de diferentes universidades e de farmacêuticos com larga experiência que atuam na área magistral tem permitido a discussão técnico-científica com a imparcialidade necessária para a consolidação de conceitos na atividade magistral”, destaca Maria do Carmo Garcez, presidente nacional da Anfarmag. Atualmente, a professora Zaida Maria Faria de Freitas preside a câmara. Na farmácia universitária da faculdade de farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ela atua como professora e pesquisadora na área de desenvolvimento galênico. “Temos uma farmácia escola há 22 anos. O trabalho desenvolvido lá durante esse período nos dá embasamento para contribuir com a Anfarmag”, diz Zaida. Ana Maria Bergold (professora de química farmacêutica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Magali Benjamin de Araujo (coordenadora do centro de equivalência farmacêutica do Núcleo de Controle de Qualidade da Universidade Federal de Alfenas), Celeyda Barbosa (docente na área de tecnologia farmacêutica e de cosméti-

cos na Universidade Federal de Minas Gerais) e Vanessa Pinheiro (professora de farmacotécnica e tecnologia farmacêutica da faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, MG). Os farmacêuticos Ivan da Gama Teixeira e Lenir Yago, ambos da diretoria técnica da Anfarmag (DTA), integram a câmara, além da presidente em exercício da entidade e do fundador da associação, Paulo Queiroz Marques. “Na Câmara, professores e colegas farmacêuticos se dispõem a dar horas de trabalho em prol do fortalecimento da farmácia magistral, atuando em vários aspectos da sua qualificação. A realização das reuniões não é fácil, inclusive porque eles vêm de várias partes do país e têm muitas atividades nas universidades em que trabalham”, complementa Maria do Carmo. A CTA se reúne trimestralmente. Diretor da área técnica da associação, Vagner Miguel ressalta que cabe à CTA analisar as demandas geradas pela diretoria técnica da Anfarmag, fomentar o desenvolvimento de estudos em ambiente universitário e outros de interesse da entidade e propor normas e padrões para o setor magistral, além de, se necessário, facilitar a integração entre os setores regulador e regulado. A DTA avalia as sugestões da câmara e as envia à diretoria nacional para a defesa dos interesses dos associados. A câmara técnica foi instituída pela diretoria nacional da Anfarmag em janeiro de 2006 com os objetivos de orientar a definição de métodos e procedimentos, fomentar e acompanhar estudos e pesquisas e emitir recomendações, subsidiando o setor magistral. Dos temas já discutidos pela CTA, desde a criação da comissão, destacam-se, devido ao grau de importância, propostas apresentadas à consulta


Especial CTA permite discussão técnico-científica para consolidação de conceitos magistrais

pública 31/ 2005 (regulamento técnico sobre boas práticas de manipulação de medicamentos para uso humano em farmácias), elaboração e aprovação de fichas de referências, liberação dos procedimentos operacionais padrão, peso médio, polimorfismo e contaminação cruzada. Zaida de Freitas lembra que a CTA fez contribuições significativas à consulta pública da RDC 67/ 2007 (boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácias). “Participamos de reuniões com farmacêuticos da Anvisa, consolidamos algumas propostas e, à época, tivemos sucesso nos nossos pleitos”. “Atualmente, as atividades coordenadas pela CTA surgiram da demanda gerada pela DTA, as quais se basearam na necessidade de definições detectada na rotina do setor magistral. Sem sombra de dúvida, o comprometimento, o respeito, a responsabilidade dos membros e, acima de tudo, a disponibilidade (dos integrantes) enobrecem qualquer atitude tomada”, diz Carolina Leiva Fiore, coordenadora técnica da Anfarmag. Recentemente, a câmara passou a integrar o corpo editorial da “Revista Técnica do Farmacêutico”. Assim, assumiu a responsabilidade de analisar os trabalhos científicos enviados. Para isso, a CTA elaborou e aprovou normas técnicas a serem seguidas pelos autores dos artigos. As normas vão ser lis-

tadas em todas as próximas edições da revista. A CTA também está elaborando um projeto de estudo piloto para avaliação da competência do processo magistral. A ideia é avaliar o processo magistral a partir da manipulação e verificar então a qualidade dos produtos manipulados. “O projeto vai oferecer informações a longo prazo, mais definitivas sobre avaliações de metodologias do processo magistral”, observa Carolina. A comissão participa das principais decisões técnicas tomadas pela Anfarmag, as quais geram informes técnicos direcionados aos associados. A CTA atua em parceria com as instituições de ensino. Os membros discutem sobre monografias e levam trabalho para os laboratórios das faculdades. Os resultados são publicados na “Revista Técnica do Farmacêutico”, editada pela entidade. Integrante da câmara desde 2006, Ana Maria Bergold, da UFRGS, cita que alguns projetos da Anfarmag estão incluídos dentro do programa de pós-graduação da universidade. Ela ressalta ainda a “versatilidade” da câmara, que tem professoras ligadas à tecnologia e ao controle de qualidade. Mudanças

decidiu incluir novas áreas em seu quadro. Até o final deste ano ou início de 2011, a câmara passará a contar com professores universitários das áreas de fitoterapia/ homeopatia e atenção farmacêutica. No total, oito membros titulares (em vez de sete) e três “ad hoc” (dois professores universitários e um profissional do setor magistral) farão parte da câmara. Quando convocados, esses três membros participarão das reuniões na condição de suplentes, com direito a voz e voto. A proposta de alteração no regimento vai ser submetida à última apreciação em reunião marcada para 25 de novembro, após análise da assessoria jurídica da Anfarmag. A substituição de membros pode ocorrer em três situações: 1) após finalização do prazo de mandato e recondução; 2) desligamento espontâneo; e 3) a cada três anos, há renovação de 50% dos membros (sendo dois professores e um profissional do segmento magistral). A indicação dos novos integrantes deve ser aprovada pela diretoria nacional da associação. “A nossa expectativa é que a câmara continue contribuindo e trabalhando em prol do setor magistral, por meio do intenso conhecimento, competência e experiência de cada membro da CTA”, conclui Carolina Fiore.

A partir de uma revisão do próprio regulamento interno, a câmara técnica

Homenagem A Anfarmag prestou homenagem, em maio deste ano, aos membros da gestão anterior da câmara técnica em agradecimento pelas contribuições ao setor magistral. Gerson Antônio Pianetti (ex-presidente da CTA e atual dirigente da farmacopeia), Vladi Olga Consiglieri, Zaida Maria Faria de Freitas, Ana Maria Bergold, Paula Renata Carazzatto, Lenir Ribeiro Yago Gomes e Vanessa Pinheiro foram homenageados.

16| Revista da

Farmácia Magistral


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saúde & MedicaMenTo

da redaÇão

Atividade magistral em tempos de farmacogenômica

O

aprimoramento tecnológico que permitiu o estudo do genoma em larga escala resultou no desenvolvimento mais recente (últimos dez anos) da farmacogenômica, que estuda a influência de fatores genéticos sobre a resposta aos medicamentos. A farmacogenômica pode implicar em uma mudança de tratamentos, pois incorpora o conceito da terapia individualizada (ou personalizada), preconizando assim a escolha “do medicamento certo, para a pessoa certa, na dose e hora certas”. Conforme a professora de farmacologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer, Rosane Vianna Jorge, trata-se da adaptação de tratamentos já existentes, visando a maximização de resultados e diminuição do risco de complicações, como ineficácia clínica ou a ocorrência de reações adversas. “O uso da farmacogenômica pode servir, por exemplo, para identificar se um paciente possui um polimorfismo genético que o torne incapaz de metabolizar um determinado fármaco. Essa seria uma situação extrema, na qual o

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Farmácia Magistral

paciente não deveria receber tal fármaco, sob risco de apresentar níveis plasmáticos altos e graves efeitos adversos. Em outros casos, o polimorfismo pode levar a um perfil de redução da atividade metabólica. Nesse caso, o paciente poderia receber o fármaco, mas com uma redução de dose. Há também a situação inversa, isto é, de um metabolismo mais rápido do que o da maioria da população. Esse paciente precisaria então de doses maiores ou poderia apresentar falha terapêutica. O uso da farmacogenômica pode então orientar a decisão médica de prescrever ou não um determinado medicamento e também a faixa de dose a ser usada”, diz Rosane. Rosane afirma que se trata apenas de escolha terapêutica e da

dose, sendo uma decisão médica. “As farmácias magistrais poderiam, de fato, contribuir para a individualização da terapia, por produzirem medicamentos com doses individualizadas. Para que isso venha a ser uma realidade, a farmacogenômica precisará ser capaz de estimar,


com precisão, a dose individual ideal. Esse cálculo requer a análise conjunta de variáveis genéticas e não genéticas. Em alguns casos, como no uso do anticoagulante oral warfarina, já existem algoritmos desenvolvidos para tal cálculo, mas ainda há poucos estudos de aplicação desses algoritmos num cenário clínico real. Nessa etapa de validação dos algoritmos, as farmácias magistrais e as farmácias hospitalares, ligadas a grupos de pesquisa, poderiam contribuir de forma importante, produzindo os medicamentos nas doses estimadas individualmente”, diz. Na avaliação da pesquisadora, o papel das farmácias magistrais em relação à farmacogenômica não é diferente do já desempenhado. “Uma vez que a farmacogenômica seja capaz de orientar o médico para a escolha do

melhor medicamento e da dose ideal com base no perfil genético do paciente, ele poderá fazer uma prescrição individualizada a ser produzida pela farmácia magistral. Não me parece que a farmacogenômica mudará a forma de atuação ou as perspectivas da farmácia magistral”, complementa. Professor do departamento de análises clínicas e toxicológicas da faculdade de ciências farmacêuticas da Universidade de São Paulo e membro da rede brasileira de farmacogenômica, Mario Hiroyuki Hirata afirma que todos os farmacêuticos, responsáveis pelo aviamento de prescrições, deverão ter boa formação em genética médica e farmacogenômica. “Todos os farmacêuticos terão papel importantíssimo na orientação da terapia com aplicação da farmacogenômica, que vai ser brevemente rotina na terapia individualizada ou genomicamente correta”, diz Hirata. aplicaÇão A farmacogenômica já vem sendo aplicada, segundo os especialistas. A população em geral e até profissionais que usam a farmacogenômica desconhecem o termo. Um exemplo é o uso dos antirretrovirais, conforme Hirata. “Os medicamentos são aplicados segundo a genômica do vírus HIV que está infectando o paciente. O mesmo é válido para o vírus da hepatite C. Resumindo: ‘genotipa-se’ o vírus para o efetivo tratamento e também para se dar o prognóstico”. A pesquisadora do Inca cita o tratamento do câncer, que já se baseia na caracterização de perfis genéticos -- da

doença ou do paciente. “Por exemplo, a terapia hormonal contra o câncer de mama só é instituída se o tumor apresentar marcação positiva para os receptores hormonais. Da mesma forma, o uso de anticorpos monoclonais direcionados para receptores de membrana só é feito se houver expressão de tais receptores. Esse tipo de conduta, que já é o dia-a-dia do tratamento de câncer, pode ser considerado como aplicação da farmacogenômica, pois já envolve a decisão de uso ou não de um fármaco com base no perfil individual de expressão dos alvos de ação farmacológica. Entretanto, nesses exemplos, a decisão é baseada no perfil fenotípico, ou seja, na expressão ou não dos alvos farmacológicos no tecido tumoral e não na análise do perfil genotípico do paciente para os genes desses alvos. Para que seja possível basear a conduta no perfil genotípico, é preciso haver uma clara correlação entre o perfil genotípico e o fenotípico”, explica Rosane. A farmacogenômica tem sido apoiada pelas agências brasileiras de fomento à pesquisa, segundo Rosane. Em relação à prática clínica, as aplicações no tratamento do câncer já acontecem em diversos hospitais, incluindo os públicos. “A dificuldade maior reside nos custos dos medicamentos, especialmente os anticorpos monoclonais. As técnicas de genotipagem não são caras e nem de difícil realização técnica, podendo ser desenvolvidas em laboratórios hospitalares ou oferecidas por particulares. Ainda não há legislação quanto à cobertura dessas análises pelos seguros de saúde, mas acredito que essa seja uma tendência nos casos em que a terapia envolve muitos riscos de toxicidade ou de falha terapêutica”. Hirata avalia que o Brasil “caminha

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saúde & MedicaMenTo Atividade magistral em tempos de farmacogenômica

lentamente” no que tange à utilização da farmacogenômica para as doenças metabólicas por desconhecimento dos órgãos reguladores, que não permitem a realização de estudos como em outros países. “Acredito que estamos evoluindo de forma satisfatória, mas devemos nos preocupar com melhor formação dos profissionais da área médica para acelerar o processo e não ficarmos muito aquém das necessidades básicas”. A farmacogenômica é necessária em casos em que a variabilidade da resposta farmacológica depende de variáveis genéticas e é de difícil resolução com base apenas em informações não genéticas. Para o membro da rede nacional de farmacogenômica, todas as doenças envolvem as características genômicas de cada indivíduo. Assim, todas as áreas do conhecimento médico e farmacêutico, além da odontologia e de outros ramos profissionais afins, devem conhecer a predisposição genética das doenças. No Brasil, a oncologia é a área mais avançada em relação à farmacogenômica. As expectativas em relação à aplicação da farmacogenômica são tentadoras, pontua Iscia Lopes Cendes, professora do departamento de genética médica da faculdade de ciências médicas da Universidade Estadual de Campinas. No entanto, ela observa que há preocupações. “Qual o custo que isso tudo gerará? Quem vai pagar por testes? Quem vai pagar pelo desenvolvimento das novas drogas? Esses testes e drogas estarão disponíveis para todos ou só para quem pode pagar? No Brasil, teremos esses testes disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS)? São questões muito importantes que ainda não têm resposta”. A Anfarmag ressalta a importância da discussão sobre o tema, já que a apresentação de oportunidades e de-

20| Revista da

Farmácia Magistral

safios faz parte da missão da entidade. “Trata-se de uma responsabilidade da associação. A farmacogenômica é uma atividade para a qual as farmácias magistrais precisam se preparar e cabe à

Anfarmag lançar luz sobre a questão, propiciando reflexão e apontando caminhos aos associados à entidade”, declara Maria do Carmo Garcez, presidente nacional da Anfarmag.



Economia e negócios

Anfarmag aprimora SINAMM para 2011

DA REDAÇÃO

Visando a sustentabilidade, rentabilidade e a excelência das farmácias magistrais, a Anfarmag está preparando a edição do Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral (SINAMM) a ser executado em 2011, cujo início está previsto para abril

O

organograma prevê quatro Programas: 1) controle de qualidade (de matérias-primas e de produtos acabados e semi-acabados), 2) educação continuada (treinamentos para farmacêuticos, gestores e colaboradores das áreas técnica e comercial), 3) auditorias e 4) dispensação ativa (treinamentos para farmacêuticos e colaboradores, além de materiais de orientação). A ideia continua sendo subsidiar a geração de resultados em médio e longo prazo nos negócios e fortalecer a reputação das farmácias, dos farmacêuticos e dos medicamentos magistrais, aumentando o número de prescrições de formulações magistrais e oficinais. As farmácias participantes do “SINAMM 2011” poderão divulgar o monitoramento utilizando programas de comunicação com prescritores e marketing magistral como estratégia. Todos os programas oferecem atividades para farmácias alopáticas e/ ou homeopáticas. O sistema é desenvolvido pela entidade desde 2006. Os módulos de educação continuada e controle de qualidade estão sendo reformulados para atender, de maneira mais satisfatória, as necessidades dos farmacêuticos e colaboradores. A

22| Revista da

Farmácia Magistral

ideia é oferecer um conteúdo ainda mais abrangente e aprofundado. Uma das novidades no novo ciclo vai ser a divisão dos treinamentos em educação continuada -- haverá itens específicos para colaboradores e farmacêuticos. “Entre os treinamentos para colaboradores, nós pretendemos dividir 50% para a área de laboratório e 50% para a de atendimento. Em 2010, os treinamentos focaram mais as áreas de propaganda médica e atendimento; em 2009, focamos completamente a área técnica”, diz Alba Andrade Pereira, diretora do SINAMM. No programa de educação continuada, haverá produção de até 60 horas de novos treinamentos, os quais terão formatos mais flexíveis. Os participantes também poderão ter acesso a treinamentos apresentados em outros ciclos. Haverá um sistema de pontuação para farmácias e farmacêuticos, além de dois treinamentos presenciais obrigatórios (um por semestre). Já o programa de controle de qualidade continuará sendo executado de acordo com metodologias que garantam confiabilidade e segurança dos resultados, isto é, validadas e/ ou farmacopeicas, padrão de referência e utilização de marcadores para monitoramento

do processo magistral. “No terceiro ciclo, houve uma evolução em relação ao maior rigor do controle de qualidade”, observa Alba. Laboratórios de todo o país, atualmente em processo de seleção e homologação, poderão participar do processo seletivo iniciado no final do ano passado. E, diferentemente do último ciclo, mais de uma empresa poderá prestar os serviços. O processo de seleção inclui análise documental de acordo com o respectivo edital e auditorias nas instalações das empresas. Os laboratórios deverão oferecer, por exemplo, os seguintes itens: 1) capacidade de análise (considerando cadastro, análise e publicação de resultados das análises); 2) serviço de atendimento aos consumidores; 3) certificação de qualidade e 4) qualificação de pessoal. Esses itens vão ser utilizados pelos auditores para a homologação dos laboratórios. As empresas candidatas poderão terceirizar apenas análises microbiológicas, sendo obrigatória, porém, estrutura própria para as físico-químicas. Também terão de se tornar sócias-colaboradoras da Anfarmag. Para garantir o menor custo possível às farmácias participantes do SINAMM 2011, a Anfarmag estipulou um valor má-


ximo para os preços das análises. Segundo Alba, “o nosso compromisso é garantir confiabilidade dos métodos analíticos e o baixo custo; afinal, as farmácias magistrais já possuem custos elevados de operação e o dever da entidade é lutar pela sustentabilidade dos negócios”. Selecionados os laboratórios, as farmácias deverão optar por um (entre os qualificados e homologados pela Anfarmag) e agilizar o quanto antes a contratação. Auditorias -- O programa de auditorias do “SINAMM 2011” vai considerar a avaliação de outros itens que impactam no risco sanitário e no sistema de qualidade das farmácias participantes, além dos itens imprescindíveis previstos em resoluções sobre boas práticas de manipulação (RDCs 67/ 2007, 87/ 2008 e 21/ 2009, da Anvisa) além de novos itens que serão definidos pela Anfarmag. Nos ciclos anteriores, as farmácias precisavam atender somente aos itens imprescindíveis. “A mudança para o ano que vem significa melhoria das farmácias, pois, além da avaliação desses itens, orientações precisas são transmitidas pelos auditores do SINAMM às farmácias”, diz Vagner Miguel, coordenador da área técnica da Anfarmag. A carga horária mínima de auditoria para unidades principais vai ser de oito horas; para não principais, quatro horas. “Nós pretendemos avançar um pouco mais no que tange à legislação sanitária. O cumprimento da legislação significa menos problemas detectados pelas vigilâncias sanitárias. Por isso, as auditorias serão realizadas com maior rigor”, pontua Alba. As auditorias continuarão sendo um dos principais quesitos para concessão da chancela “Farmácia com qualidade monitorada – SINAMM 2011” pela Anfarmag às farmácias participantes do SINAMM que atendem a uma série de critérios.

A chancela é uma maneira de valorizar empresas que buscam o monitoramento e aperfeiçoamento de seus processos e produtos, demonstrando empenho na autorregulamentação do setor magistral. Um adesivo exposto ao público nos estabelecimentos evidencia a conquista da chancela. A entidade também manterá o programa de dispensação ativa neste ano. Trata-se de proposta pioneira e lançada pela Anfarmag visando a capacitação dos farmacêuticos magistrais no âmbito da assistência farmacêutica. Por meio desse programa, a associação pretende formar um banco de dados que contribua para elaboração de projetos e para elaboração de políticas e diretrizes voltadas à defesa de interesses do segmento magistral. Em 2011, o programa de comunicação com prescritores vai ser aprimorado. Sinopses de treinamentos apresentados no ano passado serão disponibilizadas para que farmácias que entrarem no SINAMM neste ano possam acompanhar normalmente as atividades previstas para este

ano. O programa buscará maior aproximação com associações médicas e com formadores de opinião em instituições acadêmicas. “O SINAMM é um projeto grandioso e ainda em construção. As farmácias que participam do SINAMM desde o primeiro ciclo percebem que a qualidade é algo imprescindível. Então a continuação no ciclo em 2011 é fundamental para a manutenção dessa qualidade. Mas é importante que aquelas farmácias que não participaram do SINAMM em nenhum ciclo entrem no sistema neste ano. Não há dois níveis diferentes (para os participantes antigos e novos). Todos têm direito aos mesmos programas, independentemente da participação em outros ciclos. Por isso, a participação contínua é importante para sempre estar em evolução, visando atender a população com a qualidade esperada e de acordo com legislação”, conclui Alba. Inscrições abertas a partir de fevereiro. Mais informações: (11) 21993499 ou sinamm@anfarmag.org.br.

Farmácias dizem por que participam do SINAMM Uma das primeiras farmácias chanceladas pela Anfarmag, a Manipule, instalada no ABC paulista, deverá continuar no SINAMM em 2011, segundo o responsável pela empresa, Eder Prato. “Já está mais do que provado que o SINAMM faz diferença. O SINAMM existe há quatro anos, tempo suficiente para que prescritores percebam cuidados existentes em relação aos processos e produtos”, diz Prato. A farmacêutica Daniela Venturini, -- da farmácia Artemisa, que fica em São Paulo (SP) e já foi chancelada --, também ressalta a importância do SINAMM. “Como farmacêuticos, temos pouco tempo para cuidar de auditorias e treinamentos. O SINAMM fornece tudo”. A farmacêutica Patrícia Loureiro Lopes, -- da Alonatu, de Maceió (AL), também chancelada --, afirmou que o SINAMM tem ajudado a farmácia a se desenvolver mais e melhor. “A cada ciclo conseguimos obter mais qualificação e uniformidade”, diz.

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econoMia e neGÓcios

da redaÇão

Anfarmag comemora balanço positivo do “SINAMM 2010” Talvez a principal diferença entre o SINAMM executado em 2010 e o previsto para 2011 esteja na homologação de mais de um laborat�rio de controle de �ualidade

24| Revista da

Farmácia Magistral

D

iferentemente do ano passado, quando apenas um laboratório se responsabilizou pelas análises de amostras enviadas pelas farmácias participantes do sistema, a expectativa é que neste ano laboratórios sejam qualificados e homologados para atender a todas as regiões do Brasil.


Naquela época, a escolha de apenas um laboratório levou à redução de preços, balizando o mercado em geral. “O trabalho com um único laboratório foi uma grande experiência que enriqueceu todo o processo e forneceu informações a serem agregadas nas próximas edições do SINAMM. Em 2010, o intuito da proposta apresentada era reduzir preços das análises, o que realmente aconteceu e serviu para balizar os preços no mercado. Por isso, agora há abertura para outros laboratórios”, explica Hugo Guedes Souza, vice-presidente da Anfarmag e integrante da comissão responsável pelo SINAMM. Diretora do SINAMM, Alba Andrade Pereira afirma que apenas um laboratório propiciou monitoramento mais apurado por parte da entidade. O nível de não-conformidades ficou abaixo do detectado em 2009. Em relação ao programa de educação continuada, houve avanços, com a apresentação de novos treinamentos. Desde o primeiro ciclo, os treinamentos do SINAMM somam mais de 150 horas gravadas. Alba destaca os cursos dos programas de dispensação ativa e de marketing magistral como inéditos em 2010. Os treinamentos na área de dispensação propiciaram aos participantes a oportunidade de aprimoramento na assistência farmacêutica aos usuários de medicamentos manipulados. Já os de marketing magistral foram estruturados para que as farmácias começassem a atrair mais receitas através de um trabalho mais profissional e ético de propaganda e relacionamento médico. “A área técnica já estava embasada”, pontua Alba. Um dos pontos mais fortes do SINAMM, o programa de auditorias foi concretizado em 2010 por um grupo de auditores de uma mesma empresa, o que permitiu comunicação mais direta, simples e rápida, facilitando assim

eventuais correções e treinamentos para resolução de problemas, segundo Souza. A World Wide Consultoria, -- que presta serviços às farmácias por meio da Anfarmag desde o primeiro SINAMM --, apontou melhora expressiva das empresas auditadas. Isto é, grande parte das farmácias conseguiu cumprir os itens imprescindíveis previstos em resoluções da Anvisa – cerca de 1.700 auditorias já foram realizadas em 5.900 horas. Também no “SINAMM 2010”, o programa de comunicação com prescritores foi um dos principais destaques. Pesquisas realizadas pela Anfarmag junto aos participantes do sistema indicaram que o programa alcançou os objetivos básicos a partir de treinamentos voltados para gestores, proprietários e propagandistas dos estabelecimentos. “O programa forneceu técnicas de montagem de visitação para aplicação interna (nas próprias farmácias) e externa (no contato com prescritores). Muitas farmácias melhoraram o desempenho a partir da aplicação das técnicas”, observa Souza. A Anfarmag também foi a primeira entidade a levar aos associados técnicas relacionadas à dispensação ativa. “A qualidade dos medicamentos também está na dispensação, por isso, o SINAMM passou a oferecer essa ferramenta em 2010”, diz Souza. O vice-presidente da Anfarmag avalia que “o SINAMM tem melhorado a cada ano, a partir de modificações geradas entre um ciclo e outro”. Ele destaca o programa de comunicação com prescritores – novidade em 2010. “Esse programa veio para ajudar o desempenho econômico das farmácias, por meio da melhoria da performance da propaganda médica”. “As farmácias não tinham informações técnicas sobre como realizar abordagem junto aos prescritores”, complementa Alba.

Chancela Farmácias que participam do SINAMM desde o início do sistema sugeriram que a Anfarmag criasse um diferencial para distingui-las no mercado. Assim, a entidade lançou a possibilidade de concessão de chancela como outra novidade em 2010. Mais de 300 farmácias já cumpriram totalmente os requisitos necessários para recebimento da chancela (“Farmácia com qualidade monitorada -- SINAMM 2010”). Custos A Anfarmag vem buscando manter o SINAMM acessível a todas as farmácias, segundo Hugo Guedes Souza. “Abrindo o módulo de controle de qualidade para mais de um laboratório, esperamos reduzir ainda mais os preços. Também estamos negociando a renovação da mídia para transmissão da educação continuada”. Performance Por orientação da câmara técnica da Anfarmag, a entidade vai criar neste ano um “programa de ensaios interlaboratoriais” para verificar a performance dos laboratórios responsáveis pela análise de amostras das farmácias participantes do “SINAMM 2011” e a utilização de metodologias por cada um. Reconhecimento Indicadores da entidade apontam que as farmácias participantes do SINAMM,– já reconhecido nacional e internacionalmente por sua abrangência e resultados --, cumprem as exigências da legislação sanitária com menos dificuldades, desenvolvem um sistema de garantia de qualidade confiável e economizam nos gastos com análises.

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Economia e negócios

DA REDAÇÃO

Dispensação ativa pode fidelizar clientes

Trabalho contribui para reduzir uso indevido de medicamentos

E

Foto: waratah-homeopathy.com

ditada pela Anvisa em 2009, a RDC 44 prevê que os estabelecimentos farmacêuticos assegurem o direito à informação e orientação aos usuários de medicamentos. Cabe aos farmacêuticos enfatizarem a necessidade do cumprimento da posologia, a influência dos alimentos, a integração com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos. Assim, a prática da dispensação ativa gera uma série de impactos e estabelece uma relação diferenciada entre pacientes, farmacêuticos e farmácias, segundo José Almeida, consultor da Anfarmag. Almeida ressalta que a dispensação ativa aumenta a confiança dos pacientes e a chance de sucesso terapêutico e reduz a morbidade, a mortalidade e as taxas de internação por uso inadequado de medicamentos. Também por meio da dispensação, segundo ele, é possível identificar e corrigir e/ ou encaminhar para um profissional qualificado eventuais dúvidas (antes da dispensação). O consultor afirma ainda que a dispensação também pode evitar a sub ou sobredose terapêutica, ajudar os prescri-

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Farmácia Magistral


tores na orientação dos pacientes e contribuir de forma efetiva com o resultado terapêutico esperado, além de estabelecer uma “relação de valor” entre pacientes e farmacêuticos e, consequentemente, com os estabelecimentos. “Pessoas mais velhas, por exemplo, tomam produtos crônicos que têm efeitos esperados, mas querem algo mais além dos medicamentos em cima do balcão. Esse ‘algo mais’ garante fidelidade e certeza de cura”, diz Almeida. Ele pondera que a implementação da dispensação ativa não é “fácil” e “requer tempo”. Além da fidelização de clientes, os prescritores, por conta da dispensação ativa, podem passar a valorizar ainda mais o trabalho realizado pelos farmacêuticos, ficando mais tranquilos no mo-

mento da prescrição de medicamentos. O Brasil registra percentual elevado de casos de intoxicação por medicamentos, o que Almeida atribui à falta de informações das vítimas. Eventualmente receitas médicas apresentam pontos duvidosos acerca de medicamentos potencialmente perigosos. “Quando os pacientes não são orientados, não há somente aumento do risco de mortalidade, mas redução do índice de cura. Quando os farmacêuticos fazem dispensação ativa, eles acompanham se a orientação dos prescritores está sendo realizada”, complementa. Problemas relacionados a medicamentos (PRMs) podem ter causas relacionadas aos próprios produtos, aos pacientes, aos prescritores, aos farmacêuticos ou ao sistema de saúde. Já os resultados nega-

tivos dos medicamentos (RNMs) estão relacionados à falha na farmacoterapia, ao nível de necessidade dos pacientes e à efetividade e segurança dos fármacos. “Fazer processos que diminuam PRMs e RNMs é trabalho dos farmacêuticos. O papel da dispensação ativa é evitar o problema; esse é o primeiro passo”. Resultados negativos dos medicamentos geram consequências na saúde pública em geral, doenças mal controladas e efeitos não desejados. “Tentar entender os motivos e situações que levaram a uma determinada prescrição não é interferir no papel dos prescritores, mas prevenir eventuais problemas. A dispensação ativa farmacêutica exerce papel fundamental complementando a função do médico”, observa Almeida.


econoMia e neGÓcios

Planejamento tributário

A

s Farmácias Magistrais, tradicionalmente, estiveram sujeitas a tributação pelo ICMS, e, em sua maioria, acabam optando pela tributação através do Simples, contudo, as Farmácias Magistrais que possuem faturamento superior ao teto do Simples, acabam por optar, a maior parte, pelo lucro presumido. Dentre esse último grupo, algumas buscaram a tributação pelo ISS, enquadrando-se como prestadores de serviços, tendo obtido alguns êxitos em seus intentos. Diante desse quadro, algumas prefeituras estão exigindo o ISS das Farmácias Magistrais, argumentando que suas operações são serviços e não circulação de mercadorias, não estando sujeitas ao ICMS e sim ao ISS. Este artigo não discute os aspectos

José carlos sancHes caMpoi

Qual a melhor forma de tributação para farmácias magistrais: sujeição ao ICMS ou ao ISS?

legais quanto a defesa jurídica pela incidência de um ou outro tributo, mas levanta discussão sobre qual incidência se mostra mais vantajosa para as farmácias Magistrais: A tributação pelo ICMS ou pelo ISS? O Trabalho foi delineado tomando inicialmente 3 níveis de faturamento mensais : R$50.000,00, R$ 100.000,00 e R$ 200.000,00. Foram ainda traçados os seguintes dados adicionais: • Mix de Faturamento: 60% Manipulados e 40% Industrializados; • Compras de Matérias Primas: 70% dentro do estado e 30% fora, sendo 20% à alíquota de 12% e 10% à alíquota de 7%; • Compras de mercadorias: Idem às Matérias Primas; • Custo da Mercadoria Vendida: 62,5% da Receita;

Mestre em Contabilidade e Finanças pela PuC/SP Consultor em Gestão Tributária, Financeira, Custos e Preços Professor em cursos de Pós-Graduação Sócio Gerente da Roca-Assessoria, Gestão, Planejamento Fiscal e tributário Ltda.

28| Revista da

Farmácia Magistral

por José caMpoi

• Custo da Matéria Prima: 33,34% da Receita; • Alíquotas dos tributos nas vendas: 20% das vendas – 25% e 80% das Vendas – 18%; A partir desses cenários básicos, foram efetuados os seguintes cenários adicionais: • Variando o mix de faturamento Manipulados/industrializados • Variando o % de compras de Matérias Primas Dentro e Fora do estado; • Variando o % de compras de Mercadorias Dentro e Fora do Estado; • Variando o % de Custo de Matéria Prima; • Variando o % de Custo da Mercadoria; • Variando o % de ICMS nas Vendas. Desta forma se formaram 3 cenários de faturamento em 7 variações, que


perfazem 21 variações possíveis. Foi delineado também trabalho suportando 3 outros níveis de faturamento, que são: R$ 200.000,00, R$ 250.000,00 e R$ 300.000,00, para se verificar as possibilidades quanto à modificação dos limites do simples até R$ 3.600.000,00 de faturamento anual. Foram efetuados

os cálculos para esses cenários no lucro presumido e no simples. Resultados Os resultados apontam, tomando a variação I, o cenário original, que o recolhimento em B, tributação pelo ISS, se

Os resultados, tomando o Simples Nacional, se apresentaram da seguinte forma:

ANFARMAG ESTUDO ICMS/ISS - SIMPLES FEDERAL CENÁRIOS DE FATURAMENTOA VARIAÇÕES A

Ia Ib IIa IIb IIIa IIIb IVa IVb Va Vb VIa VIb VIIa VIIb

b/a

B

b/a C

4.752 1,20 11.174 1,22 25.668 5.722 13.618 31.552 4.673 1,28 13.425 1,21 25.827 5.966 16.276 30.730 5.222 1,10 11.570 1,18 25.332 5.722 13.618 31.552 5.235 1,19 11.669 1,21 25.248 6.205 14.113 31.132 4.847 1,20 11.038 1,22 25.723 5.817 13.482 31.606 4.752 1,20 11.364 1,20 26.538 5.722 13.618 31.552 4.705 1,21 11.363 1,21 26.519 5.696 13.723 32.025 a= os faturamentos mensais são: A = $ 50.000,00, B = $ 100.000,00 e C = $ 200.000,00

b/a 1,23 1,19 1,25 1,23 1,23 1,19 1,21

Tomando-se o Estudo com base no Lucro Presumido, temos os seguintes resultados:

ANFARMAG ESTUDO ICMS/ISS - LUCRO PRESUMIDO CENÁRIOS DE FATURAMENTOB VARIAÇÕES A

Ia Ib IIa IIb IIIa IIIb IVa IVb Va Vb VIa VIb VIIa VIIb

b/a

B

b/a C

9.132 1,30 18.264 1,13 36.529 7.051 16.101 34.202 9.590 1,29 21.826 1,11 35.613 7.408 19.650 33.488 9.532 1,35 18.604 1,16 36.249 7.051 16.101 34.202 9.545 1,44 18.689 1,22 36.179 6.641 15.351 32.912 8.583 1,32 19.049 1,13 36.215 6.501 16.886 33.888 9.132 1,30 17.166 1,07 31.506 7.051 16.101 34.202 8.782 1,27 19.664 1,18 42.829 6.911 16.661 36.722 a= os faturamentos mensais são: A = $ 50.000,00, B = $ 100.000,00 e C = $ 200.000,00

b/a 1,07 1,06 1,06 1,10 1,07 0,92 1,17

As variações nos cenários A, se referem ao estudo nos diversos faturamentos, relativo ao ICMS e nos de B, se referem ao estudo do ISS.

mostra mais oneroso que em A, tributação pelo ICMS, sendo 20% maior, ou seja, no ambiente do cenário I, a tributação pelo ICMS se mostra mais vantajosa nos três níveis de faturamento (A,B,C), ficando 22% e 23% superior, respectivamente. O mesmo comportamento, se manifestam em todas as variações, sendo a tributação pelo ISS superior, por volta de 20%, em relação ao ICMS, demonstrando que pelo Simples Nacional, o ICMS se apresenta como a alternativa menos onerosa tributariamente. Percebe-se que, pelo lucro presumido, a situação se inverte, pois a tributação pelo ISS (itens B), se mostra mais favorável que pelo ICMS (itens A), todavia, se tornando o ISS menos vantajoso à medida que o faturamento aumenta, sendo que no cenário VI, na faixa de faturamento de $ 200.000,00, o ICMS se apresenta como mais vantajoso, pois os percentuais de participação da matéria prima estão elevados à taxa de 60% em relação ao faturamento, que representa apenas um item fora do quadro geral. Nos cenários com os faturamentos de $ 200.000,00, $ 250.000,00 e $ 300.000,00 mensais, os resultados continuaram apontando o ICMS como melhor alternativa na tributação do Simples e o ISS na tributação do presumido , no entanto, não mais nas mesmas proporções apresentadas anteriormente, estando até mesmo próximos do equilíbrio com o ICMS para o presumido. Conclusão Os resultados do trabalho nos levam a concluir que, para as Farmácias Magistrais que optam pelo Simples Nacional, o melhor é a tributação pelo ICMS, enquanto que para as optantes pelo Lucro Presumido, o melhor é pelo ISS, sendo que para estas últimas, a medida que o faturamento vai aumentando, essa vantagem diminui, podendo mesmo chegar ao equilíbrio entre as duas alternativas.

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por ana carolina d’anGelis

cidade & FarMácia

Quintessência cria fórmula de salvar o planeta e tratar as pessoas

V

Quando o assunto � responsabilidade social a farmácia Quintessência do Rio de Janeiro � desta�ue

encedora estadual do Prêmio MPE 2009, nesta categoria, a farmácia de manipulação optou por quatro projetos para além de reduzir o impacto de poluentes no meio ambiente, ajudar as pessoas ca-

rentes com doação de alimentos e medicamentos e atendimentos farmacêuticos. Desde a fundação em 1986, houve a preocupação com a necessidade de preservação do meio ambiente. A Quintessência também produz medicamentos

Foto: Divulgação

“Profissional da Quintessência confere material plástico”

30| Revista da

Farmácia Magistral

homeopáticos dispensados em vidros na cor âmbar em grande quantidade que pode ser descartada após o uso como material reciclado. Nos contatos pós venda, alguns clientes perguntavam se poderiam devolver os vidros dos medicamentos. Como não é possível o reuso do material, a solução foi buscar alternativas e uma delas foi o projeto “Estou vidrado nessa ideia”, idealizado em 2004. Desde então, os clientes das cinco unidades da farmácia enviam voluntariamente os frascos de medicamentos vazios (embalagens inteiras, usadas e quebradas) que somados a quantidade gerada nos serviços internos da farmácia são encaminhados toda semana à Vila Olímpica da Mangueira, idealizadora do projeto “Vidro é Comida, Saúde e Educação” que promove a cidadania através da coleta seletiva de vidro para conscientizar o valor que esse tipo de material tem e oferece cestas básicas em troca. Em parceira com a O-I e a ABIVIDRO (Associação de Fabricantes de Vidro), a


GRESEP de Mangueira, distribui mensalmente 1.500 cestas básicas beneficiando mais de 7.500 pessoas ao arrecadar 150 toneladas de vidro. As cestas trocadas pela Quintessência são encaminhadas a diferentes entidades como: a enfermaria infantil do Hospital Gafreé Guinle, a instituição ConVidAtiva que desenvolve ações visando a promoção da Cidadania das Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, localizada na Taquara – Jacarepaguá, Abrigo de Crianças Tereza de Jesus, Casa dos Artistas entre outras. Todo mês, as instituições que recebem as doações são divulgadas nas lojas e site. “Como geramos em média seis a sete cestas básicas/mês, o que significam mais de 800 kg de vidros para reciclagem, podemos afirmar que já foram distribuídas mais de 500 cestas básicas a diferentes instituições no decorrer destes anos do programa”, comenta Fortune Homsani, farmacêutica e gerente de marketing. Mas o vidro não é o único material a ser reciclado pela farmácia. A partir de 1997, a Quintessência segue no segmento do mercado farmacêutico e de acordo com a orientação da BPM (Boas Práticas de Manipulação) utiliza potes plásticos na estocagem e dispensação de produtos alopáticos. Maria Cristina Ferreira, farmacêutica e proprietária da Quintessência explica que a reutilização tem alto custo, e sentiu-se no compromisso de buscar uma alternativa e desde 2009 as embalagens

são encaminhadas à reciclagem com a finalidade de serem transformadas em novos produtos. “Vale dizer que além das embalagens plásticas também são encaminhados para a reciclagem os copos de água e chás utilizados por clientes em todas as unidades Quintessência”. Outra medida adotada foi o uso de saquinhos e sacolas oxibiodegradáveis que são resistentes para o transporte de medicamentos e produzidos com um catalizador que acelera a oxidação do polímero e faz com que o processo natural de degradação aconteça após 18 meses de uso. As sacolas plásticas normais demoram de 200 a 400 anos para sofrer o mesmo processo. No atendimento a saúde e benefício a qualidade de vida da população carioca, a Quintessência fornece gratuitamente medicamentos para tratamentos de crianças atendidas na ONG “Ação Pelo Semelhante” no Morro dos Cabritos, em Copacabana. O serviço de assistência trata crianças e adolescentes carentes exclusivamente com homeopatia a menores socialmente excluidos, através de apadrinhamento social por um periodo mínimo de cinco anos. Além de apoiar a ONG “Médicos Solidários”, uma vertente da “Médicos Sem Fronteiras”, formada por uma equipe multidisciplinar que atende a pessoas de diferentes comunidades carentes, vinculadas a uma instituição. Para 2011, há projetos para implantação da reciclagem de papel.

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Cidade & Farmácia

Por Ana Carolina D’Angelis

Trabalho de atenção farmacêutica ao diabético

A

dificuldade para aquisição de produtos para diabéticos fez Rita Cristina Martins se especializar no assunto. Na farmácia Biofarm de propriedade da farmacêutica em Vila Velha, no Espírito Santo é possível encontrar não só produtos, alimentos dietéticos, insulina, aparelhos de medição

Participantes do Simpósio realizado dia 9 de outubro na Faculdade Emescam, em Vitória, Espírito Santo.

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Farmácia Magistral


Fotos: Luiz Goulart/Digital Service

Dra. Rita Cristina Martins, proprietária da Biofarm no Simpósio Estadual para Diabéticos realizado em 2010.

de glicose, calçados especiais, mas também serviços voltados ao público diabético. “Ampliamos a gama de produtos para diabéticos e intensificamos a assistência farmacêutica voltada para esse público e assim, fomos criando um atendimento especializado pioneiro no Estado”, explica Rita. O serviço de atenção farmacêutica ao diabético, que começou há oito anos não acontece apenas na farmácia. Atendimento domiciliar e hospitalar também são feitos. O aperfeiçoamento da assistência passou a ser feito com grupos de estudos com os pacientes, nos quais são abordados temas diversificados. Através dessas reuniões, foi elaborado o Simpósio Estadual para Diabéticos, que acontece desde 2004 e reúne profissionais de várias especialidades como farmacêuticos, médicos, nutricionistas, dentistas, psicólogos para orientar os participantes que passam de cem.

Rita complementa: “E esse evento é muito produtivo, pois o que nós vemos são muitos encontros voltados para os profissionais e quase nunca para os pacientes. Essa é uma oportunidade única para eles sanarem as dúvidas e interagirem com pessoas que têm as mesmas dificuldades”. Em 2010, o Simpósio foi realizado dia 9 de outubro, das 7 da manhã até 18h20 com workshops sobre infecções, gorduras visceral, alimentação, complicação nos pés e cuidados com olhos e rins. O Simpósio de Diabetes Infantil foi realizado no mesmo dia com atividades paralelas com orientações aos pais sobre o controle da doença, a importância da atividade física, um teatro cujo tema foi insulina e o cotidiano de crianças diabéticas. Participaram aproximadamente 500 pessoas. O serviço exclusivo trouxe a Biofarm clientes fiéis, pois atende as necessidades individuais e exclusivas dos pacientes.


cUlTUra FarMacÊUTica

por ana carolina d’anGelis

O manipulador de palavras Quem aprecia as poesias de temas cotidianos de Carlos Drummond de Andrade, não imagina a preocupação �ue um dos principais poetas brasileiros tinha com a sa�de da população

F

ormado em farmácia na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, em 1925, Drummond não seguiu a profissão, mesmo assim nunca deixou de admirá-la. Reconheceu que não tinha aptidão para o ramo farmacêutico, mas exaltava aos amigos formados, a importância desse profissional para a população. Mas sentia-se recompensado, pois dizia que sua poesia era um alívio para a dor dos leitores.

Nota de 50 cruzados novos impressa pela Casa da Moeda em 1989

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Farmácia Magistral

Conta a história que certa vez Aluísio Pimenta, farmacêutico, escritor e Ministro da Cultura do Governo Sarney, perguntou ao seu amigo, também farmacêutico, Carlos Drummond de Andrade, porque ele se formara em Farmácia. Então respondeu: “Porque eu gosto das pessoas”. Escritor compulsivo de cartas, trocou muitas delas durante 50 anos com Antônio Martins Amorim, colega de turma, da cidade mineira de Cláudio, nas quais parabenizava o amigo por ter seguido a carreira. Inclusive cita Amorim no poema “Final de História”, publicado no livro Boitempo de 1968, no qual comenta a formatura e elogia a profissão que tanto zela pela saúde. Drummond nasceu em 1902 na cidade de Itabira, Minas Gerais. No mesmo ano de formatura em farmácia, fundou “A Revista” para divulgar o modernismo no Brasil, escola literária a qual era adepto. Escrevia textos com liberdade nas palavras demonstradas em versos livres, diferentes dos moldes dos sonetos divididos em quatro estrofes, as duas primeiras com quatro versos e as últimas com três


Foto: Alberto Henschel

versos cada uma. O primeiro poema em prosa publicado pelo próprio irmão Altivo foi Onda no jornal local Maio, quando tinha apenas 16 anos. O início da carreira jornalística de Drummond foi em 1921 no jornal “O Diário de Minas”, mas o famoso poema “No meio do caminho”, um dos maiores escândalos literários da época é publicado em 1928 na Revista Antropofagia de São Paulo. O estilo de escrita adotado, o Modernismo, aproximava mais o leitor das poesias pela forma simples e com mais compreensão das ideias e sentimentos transcritos o que fez mais pessoas apreciadoras da literatura brasileira. Antes mesmo da graduação em farmácia, conheceu nomes ilustres da arte e literatura brasileiras como Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade que trocavam poesias e conversas sobre o futuro cultural do Brasil. Seu primeiro livro publicado foi Alguma Poesia em 1930, que reconhecido é considerado um marco do modernismo no Brasil devido ao uso da linguagem coloquial. Nas poesias de conteúdo político como A Rosa do Povo, lançada em 1945, usou ironia e leveza para retratar aos leitores com humor suas convicções sobre o governo da época que junto com Sentimento do Mundo (1940) e José (1942), são as três obras mais importantes. Amor, família, existência, terra natal, política e amigos eram alguns dos temas de expressão preferidos do autor, que além de poesia também escrevia contos e histórias infantis. Em 1934, muda-se para o Rio de Janeiro para ser Chefe de gabinete do Ministro da Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema, ex-governador de Minas Gerais, no primeiro governo de Getúlio Vargas por onze anos. Capanema e Drummond

Estátua em Copacabana, Rio de Janeiro, desde a inauguração em 2002 teve o óculos roubado por sete vezes

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cUlTUra FarMacÊUTica O manipulador de palavras

eram amigos antigos de confiança e mesmo no funcionalismo público nunca deixou de trabalhar nas redações de jornais. Contribuiu por 64 anos como jornalista para veículos renomados como Jornal do Brasil e Correio da Manhã. Teve poemas editados e traduzidos em Cuba, Argentina, Paris, Inglaterra, México, Itália, Suécia, Espanha, Tchecolosváquia. E além de escrever, traduziu obras de autores renomados como Balzac, Marcel Proust e Molière. Também foi membro honorário da American Association of teacher’s Spanish and Portuguese, dos Estados Unidos, mas negou-se a ser imortal da Academia Brasileira de Letras. Foi homenageado pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira em 1987 com o samba enredo “O reino das palavras” que trouxe o campeonato a escola carioca, no mesmo ano de morte do autor, que faleceu por problemas cardíacos em 17 de Agosto, doze dias após a filha que foi vítima de câncer. Maria Julieta era sua fonte de inspiração nos poemas de amor. Considerava-a sua melhor amiga e confidente. Drummond empresta seu nome para instituições de ensino. Diversas cidades do país têm escolas que o homenageiam, uma inclusive na área da saúde. A Farmácia Escola Carlos Drummond de Andrade conhecida como FECDA foi inaugurada em 1999 como estabelecimento de saúde dentro da Universidade Federal de Pernambuco e presta serviços a população carente. Em vida e após a morte, foi reconhecido inúmeras vezes com premiações e homenagens importantes como o prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários (1974), Estácio de Sá (1980). Em 1989, dois anos após o falecimento, a Casa da Moeda imprime a nota de 50 cruzados novos com o semblante do autor.

36| Revista da

Farmácia Magistral

Final de HisTÓria Carlos Drummond de An

drade

O quadro de formatur a foi pintado por Borsetti . Borsetti falsário exímio, condenado por malfeito s, aceita e avia encomend as de todos os diplomando s de academias mineira s. Pintadas por trás de gra des, alegorias libertam-se, vai Têmis e vai Hipócrat es, vão Mercúrio e saduceu e vão sentenças latina s cantando por toda parte arte e engenho refinado s de montanhesa sapiên cia. Meu Deus, formei-me deveras? Sou eu, de beca alugada , uma beca só de frente , para uso fotográfico, sou eu, ao lado de me stres Ladeira, Laje, Roberto, E do ínclito diretor doutor Washington Pir es? Eu e meus nove colegas mais essas três coleguin has, é tudo verdade? Vou manipular as poções PO EM A PU BL ICA DO

que cortam a dor do pró ximo e salvam os brasileiros do canguari e do gálico ? Não posso crer. Interrog o o medalhão do Amorim: Companheiro, tu me sal vas do embrulho em que me meti? Dou-te plenários pode res: em tuas farmácias Luz ou Santa Cecília ou Clá udia, faze tudo que eu devia fazer e que não farei por sabida incompetên cia: purgas, cápsulas, xarop es, linimentos e pomadas, aplica meu caro, aplica trezentas mil injeções, atende, ajuda, consola sê enfermeiro, sê médic o sê padre na hora trevo sa da morte do pobre (a roça exige bem de ti bem ma is que o nosso curso te en sina). Vai, Amorim, sê por mi m O que jurei e não cump ro. Fica apenas na moldura do quadro de formatur a.

EM 1968 NO PR IM EIR

O LIV RO DA CO LEÇÃO BO ITE MP O – ES QU EC ER PA RA LE MB RA R

Em 2002, além de publicação de selo postal em comemoração aos 100 anos de nascimento, duas estátuas foram inauguradas em Itabira uma está nos jardins da Fundação Cultural Carlos Drummond de

Andrade e outra no Memorial que também leva o nome do poeta. Mas a mais famosa está no calçadão da praia de Copacabana no Rio de Janeiro onde ficava ao entardecer olhando para o mar.


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mundo anfarmag

Anvisa ressalta diálogo com setor magistral

E

série (de homenagens), não querendo desmerecer nenhuma, pois veio agora, quando estou terminando o mandato”, disse Mello. O evento – um jantar de encerramento das atividades da entidade neste ano -- aconteceu em 25 de novembro, em São Paulo (SP). Em discurso, Mello afirmou ter contribuído para o êxito da atividade magistral desenvolvida no Brasil, agora reconhecida Fotos: Studio Rebizzi

m solenidade realizada para apresentar o modelo de monitoramento da farmácia brasileira para autoridades sanitárias de todo o país, a Anfarmag homenageou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, primeiro farmacêutico a ocupar o posto na autarquia. “Essa homenagem significa muito mais para mim do que uma

38| Revista da

Farmácia Magistral

DA REDAÇÃO

internacionalmente. “Em 2005, quando eu estava indo para a diretoria, o setor magistral ganhou uma série de exigências, as mais duras que existiam no planeta, mas também ganhou a melhor regulamentação. Esse processo demonstrou que não existem mudanças e transformações sem confrontação. Refiro-me ao confronto de ideias e de propostas. E também aprendi a buscar, no âmbito do confronto, o que nos une. Se a gente começa a pontuar tudo o que nos separa, não dá pra sentar e conversar”, disse Mello. Presidente nacional da Anfarmag, Maria do Carmo Garcez ressaltou que Dirceu Raposo de Mello desempenha papel relevante na construção da nova farmácia brasileira. “Não podemos discordar da relevância e necessidade das medidas adotadas por Dirceu no comando da Anvisa e da transparência e objetividade dos seus propósitos. Durante todos os períodos em que pudemos dialogar com toda a sua equipe, constatamos sua especial qualidade: a vontade incessante de inovar e transformar a maneira como a saúde e medicamentos são tratados neste país. Instrumentos e mecanismos de regulação idealizados pelo diretor-presidente da Anvisa ajudaram a esclarecer e for-


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Synth.com talecer a farmácia brasileira. O trabalho incessante da Anfarmag e o novo sistema de autorregulamentação do setor foram plenamente compreendidos e apoiados pela Anvisa”. O vice-presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Silva Jorge, ressaltou as conquistas alcançadas em todas as áreas da farmácia ao longo dos 50 anos de existência do órgão. “A área magistral não fica fora disso. É impressionante como essa área conseguiu se organizar de forma brilhante em todo o país. Houve sim um resgate da profissão farmacêutica através da organização do segmento magistral”, disse Jorge, citando que o Brasil conta com sete mil estabelecimentos com manipulação, sendo que mais de 70% pertencem a farmacêuticos. Segundo ele, sete mil estabelecimentos representam quase 10% do total de drogarias existentes em todo o país. “E isso é significativo. É um crescimento inimaginável. O setor magistral deverá crescer ainda mais. Enfrentou a edição de tantas e tantas normas e resoluções, mas soube ter postura, atendendo a todas as exigências sanitárias e sobrevivendo apesar das dificuldades. Não deve ter sido fácil atender a todas as normas. O CFF se comportou como um verdadeiro parceiro, como é até hoje, fortalecendo e emprestando seu prestígio e apoio ao segmento magistral”, concluiu Jorge. A presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, Raquel Rizzi, afirmou que os farmacêuticos magistrais atualmente representam a aproximação com a população. “A Anfarmag, que é uma referência para nós no país, resgata as necessidades dos usuários dos serviços magistrais. E isso é muito importante. Há um resgate da parceria com os usuários (de

medicamentos), das necessidades técnicas dos profissionais e da comunidade prescritora”, disse Raquel. A dirigente citou a parceria com a Anfarmag no programa de dispensação ativa, do SINAMM. “Brigamos muito para incluir algumas drogarias no processo de dispensação ativa porque queremos transformar as farmácias em estabelecimentos de saúde. E quem sabe fazer isso é o setor magistral, que vem transformando não apenas o atendimento e a proximidade com os usuários, mas também a qualidade de atendimento aos usuários, a comunidade científica e a que necessita dos serviços. A questão de âmbito profissional está sendo resgatada por meio do SINAMM”. Raquel Rizzi concluiu dizendo que a Anfarmag tornou os profissionais mais qualificados e, com certeza, mais respeitados na sociedade. “Antes era uma honra para o CRF-SP colaborar com algumas ações isoladas, tendo a Anfarmag como parceira. Atualmente é um orgulho compartilhar de alguns projetos desenvolvidos pela Anfarmag. A gente se coloca como partícipe da questão do processo magistral”. Modelo A diretora do SINAMM, Alba Andrade Pereira, apresentou o modelo brasileiro de monitoramento magistral. Falou sobre o SINAMM, que se tornou referência mundial, e especialmente sobre os três programas que são os pilares do sistema (controle de qualidade, auditorias e educação continuada). “Os dois primeiros ciclos serviram basicamente para embasamento técnico. Em 2010, nós introduzimos outros tipos de programas como homeopatia, gestão e visitação médica”, disse Alba.

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Anvisa ressalta diálogo com setor magistral

MUndo anFarMaG

dirceu raposo de Mello, diretor presidente da anVisa, Maria do carmo Garcez, presidente nacional da Anfarmag e Walter João, vice-presidente do CFF.

Rejane hoffmann, 2ª secretária da anfarmag nacional, Francisco carlos andrade, diretor da sucursal ceará e Marina Hashimoto, presidente da regional paraná

Ernestina Rocha, presidente crF/Go, Gilmar dias, presidente regional Goiás/Tocantins e ângela Maria de Miranda cardoso da Vigilância sanitária da Goiás.

40| Revista da

Farmácia Magistral


Magali Benjamin de araújo, membro da câmara Técnica da anfarmag, cTa, zaida Maria Faria de Freitas, presidente da cTa, ana Maria Bergold, também membro da cTa e Maria do Carmo Garcez.

Eliane Aranovich, presidente anfarmag rio Grande do sul e Célia Chaves, presidente da FenaFar

Januária Vargas , tesoureira da regional espírito Santo, hugo Guedes, vice presidente da anfarmag, Maria do Carmo Garcez e Denise Oliveira, presidente da Regional Espírito Santo.

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Anvisa ressalta diálogo com setor magistral

MUndo anFarMaG

Marcelo Brasil, diretor da Sucursal Pará, Dr. Walter João, vice presidente CFF e Ademir Valério, 2º vice presidente da Anfarmag.

andréia Vilela santos, tesoureira da regional Minas Gerais, soraia Moura, presidente da regional Minas, Maria Alicia Ferrero, vice presidente da regional MG, Maria José raimundo drummond, agente da Vigilância sanitária de Minas e Junia célia de Medeiros, diretora e tesoureira do CRF/MG.

daniela Gordin, primeira secretária anfarmag regional santa catarina, Hortência Tierling, presidente do crF/sc, dirceu raposo de Mello, diretor presidente da anVisa e ana claudia scherer, presidente da Regional Santa Catarina.

42| Revista da

Farmácia Magistral


Hugo Guedes, deputado Ivan Valente PSOL/SP e Maria do Carmo Garcez

Lenir Yago, membro da DTA e coordenação SINAMM, Rejane hoffmann, Dirceu Raposo de Mello, ana Helena cunha, diretora da sucursal do Vale do paraíba, são paulo e priscilla dejuste, representante da Nature’S Bounty.

Ademir Nunes Júnior, titulado pelo TEMMA 2010, recebe certificado simbólico de Vagner Miguel, coordenador da área Técnica da anfarmag e membro da comissão do TEMMA.

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MUndo anFarMaG Anvisa ressalta diĂĄlogo com setor magistral

dirceu raposo Mello recebe homenagem da Anfarmag por Maria do Carmo Garcez.

Raquel Rizzi, presidente do crF/sp

alba pereira, coordenadora do sinaMM apresenta dados do sistema de 2006 a 2010.

MarĂ­lia Fossa Santos foi aprovada pelo TEMMA 2010 e participa do evento ao lado de Vagner Miguel.

44| Revista da

FarmĂĄcia Magistral


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A Vigilância Sanitária do Acre passou a conhecer com mais detalhes os trabalhos executados pela Anfarmag através da Sucursal Acre/Rondônia na reunião que aconteceu em 10 de novembro. O principal assunto abordado foi o SINAMM, além do histórico do trabalho da Sucursal e da entrega de produtos como o Guia de Autoinspeção, o Manual de Equivalência, o Guia de Prescrição, entre outros. Segundo Êrika Rosas, diretora da sucursal, a divulgação de informações é sempre muito importante no sentido de aperfeiçoar o trabalho de todos, pois o estreitamento das relações nos faz rumar juntos para um objetivo comum de beneficiar a saúde do paciente. O nive-

Foto: Divulgação

mundo anfarmag

Sucursal AC/RO participa de reunião com VISA local para divulgar trabalhos da entidade

Êrika Rosas, diretora da Sucursal AC/RO, Albertina Costa, coordenadora da Visa Estadual e Juscelino Alves, Chefe do Setor de Produtos.

lamento da compreensão das normas e o compromisso com a saúde pública são os maiores objetivos alcançados

para todos os envolvidos: setor regulado (farmácias) e setor regulador (autoridade sanitária).

TEMMA 2010 supera expectativas com resultados positivos Os resultados do concurso do TEMMA 2010, Título de Especialista em Manipulação Magistral Alopática pela Anfarmag, alcançou dados positivos nesta 6ª edição. No total, 77% dos candidatos inscritos de diferentes regiões do país foram aprovados. Com o resultado de 2010, 941 farmacêuticos de todo o país tem o diferencial de especialização da Anfarmag reconhecido pelo CFF. A expectativa da comissão do TEMMA era que houvesse um percentual satisfatório de aprovação já que as questões procuram refletir a real necessidade de um farmacêutico magistral. “E a expectativa dos candida-

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Farmácia Magistral

tos era também muito positiva, pois a maioria deles já teve contato com as provas do TEMMA nas versões anteriores e estava muito otimista. Também estavam bastante empenhados em obter este Título”, comenta Maria Cristina Ferreira, coordenadora da Comissão do TEMMA. A prova foi realizada na sede nacional da entidade em São Paulo, dia 6 de novembro e os nomes dos candidatos aprovados foram divulgados dia 8 do mesmo mês. O conteúdo da prova e o gabarito estão disponíveis no portal da Anfarmag na internet para consulta. Os titulados pelo TEMMA 2010 são: Ademir Nunes Junior – São Paulo/SP, Alessandra Mara de Silveira Cappelaro

– Cotia/SP, Giseli Maria Barbosa Pezzo Beraldo – Novo Horizonte/SP, Juliana Nascente Guedes Marinho – Gurupi/ TO, Laura Cristina Caldeira Morzelle – Barra dos Garças/MT, Layelli Abou Chahine – Boa Vista/RR, Leandro Mendes de Freitas – Itumbiara/GO, Marcelo Pereira da Silva – São Paulo/SP, Mariana Piunti Teles – Tatuí/SP, Marilia Fossa Santos – Sumaré/SP, Milena Zaghen – Gouveia/MG, Patricia Madureira Carvalho – Macapá – AP, Polyana Ehlke Wiedmer Yamamoto – Curitiba/PR, Raquel Aparecida Paulon – São Paulo/SP, Susana Matos Almeida – Curitiba/PR e Talita Barbosa Gomes – São Pedro da Aldeia – RJ.


Anfarmag apoia e participa do Farmapolis e cursos. O evento recebeu em média 1.500 participantes. Na solenidade de abertura do Farmapolis, a Anfarmag foi representada por Maria do Carmo Garcez, presidente nacional da entidade. Maria do Carmo também participou do painel sobre regulação do âmbito profissional farmacêutico e a regulação sanitária. E com Ana Claudia Scherer, presidente da Regional Santa Catarina

compartilhou informações no “Encontro com a saúde e a educação na farmácia magistral” (bases para a formação técnico-profissional e qualidade dos produtos, da gestão e dos serviços), no dia 13. Integrante da Diretoria Técnica da Anfarmag, Reginalda Russo também participou do evento ao ministrar curso sobre Monitoramento do Processo na Farmácia Magistral, no primeiro dia do Farmapolis.

Foto Congresso

A 15ª edição do Farmapolis aconteceu entre 12 e 14 de novembro em Florianópolis, Santa Catarina. Cursos e painéis, entre outras atividades, fizeram parte da programação que reúne profissionais da saúde todos os anos. Além de apoiar a realização do evento, organizado pelo Sindicato dos Farmacêuticos e Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina, a Anfarmag participou das atividades nos paineis

Maria do Carmo Garcez, Gerson Appel, Ana Claudia Scherer e Fabiana Vieira Lima no “Encontro com a saúde e a educação na farmácia magistral”.

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mundo anfarmag

Manipulação de Cápsulas foi tema de curso em Mato Grosso do Sul A Anfarmag em Mato Grosso do Sul realizou curso sobre cápsulas, destinado a técnicos e farmacêuticos, no dia 16 de outubro, em Campo Grande (MS).

O objetivo do evento foi esclarecer as principais dúvidas acerca da manipulação de cápsulas. O professor Luís Antonio Paludetti, que desenvolve estudos sobre o tema há alguns anos,

apresentou um entendimento considerado novo e esclarecedor, inclusive sobre o uso da classificação biofarmacêutica. Ao todo 53 farmacêuticos e colaboradores participaram.

Associados da Sucursal AC/RO participam de curso sobre visitação médica aconteceu na Faculdade FIRB/FAAO foi fundamental para a mudança de perfil da visitação local, com foco nos resultados de aumento de fórmulas nas empresas. O resultado foi exce-

lente, segundo Êrika Rosas, diretora da sucursal, pois todos participantes ficaram satisfeitos e acreditam que o conteúdo do curso pode modificar a realidade das empresas. Foto: Divulgação

No dia 5 de outubro, os associados da Sucursal Acre/Rondônia participaram do curso sobre visitação médica ministrado por José Almeida, consultor da Anfarmag. O evento que

Na foto, Andréia Rocha, farmacêutica da Rosasfarma, Janes Araujo, propagandista da Rosasfarma, José de Almeida, consultor da Anfarmag e ministrante do curso, Leandro Moura, farmacêutico da Rosasfarma, Êrika Rosas, farmacêutica da Rosasfarma e diretora da Sucursal AC/RO, Allan Carlos, proprietário da Rosasfarma, Jussara Gaona, gerente da Rosasfarma, Taynara Freitas, secretária da Rosasfarma, Rosangela Sales, também gerente da Rosasfarma e Gelze de Prado, proprietária da Vitoria Régia com Marcela Farias, farmacêutica da mesma farmácia.

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Farmácia Magistral



mundo anfarmag

Workshop sobre vendas da Regional ES aborda normativas da AnvisA Com o tema “Saiba como você pode aumentar suas vendas”, a Anfarmag Regional Espírito Santo”, proporcionou conhecimentos sobre as normativas da ANVISA (RDC 67/07, RDC 87/08, RDC 44/09 e Instruções Normativas) e Resoluções do CFF (467, 477, 499 e alterações) aos farmacêuticos do estado.

O workshop ministrado por Luis Fernando Brum, coach da empresa Brum Consulting aconteceu dia 30 de outubro no Edifício Corporate Center na capital do estado, Vitória. Denise Martins, presidente da Regional, comentou que todos os participantes gostaram bastante, pois o enfo-

que dado foi a análise das legislações subordinadas ao setor, mas com um olhar sobre as possibilidades positivas que elas trazem para o farmacêutico e para a farmácia. E esses diferenciais implementados poderá fidelizar os clientes e ampliar um resultado positivo satisfatório.

Diretora da Anfarmag-MG participa de plenária pública do CRF-MG em evento público, para que as entidades, associações e profissionais pudessem participar e debater temas importantes no auditório do Conselho. Presidiu a mesa o conselheiro preFoto: Divulgação

Mantendo a conduta de dar transparência aos seus atos e de ouvir a opinião da categoria, numa iniciativa inédita a diretoria do CRF-MG transformou dia 5 de novembro, a 3ª Plenária Extraordinária

Na fileira da frente, Maria Alicia Ferrero, Danilo Caser, presidente da Feifar e Benício Machado, presidente do CRF/MG. Na fileira de trás, Rosane B. Xavier Conselheira do CRF/MG e Junia Célia de Medeiros, tesoureira do CRF/MG.

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Farmácia Magistral

sidente Benício Machado, que abriu e conduziu os trabalhos juntamente com o vice-presidente Luciano Rena, a secretária-geral Rigléia Maria Moreira Lucena e a tesoureira Júnia Célia de Medeiros. Durante o evento, houve palestras e debates. Os principais assuntos citados foram Sistema de Monitoramento de Serviços Farmacêuticos (SMSF), projeto do CFF e Prescrição Farmacêutica. Todas as sugestões dos participantes foram discutidas, devidamente anotadas e nortearão a proposta final que o CRF-MG encaminhará ao Conselho Federal, conforme afirmou o presidente Benício Machado. Diversas entidades do segmento participaram, como Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag-MG), Associação Mineira de Farmacêuticos (AMF), Conselho de Ética Pública do Barreiro, Associação Mineira de Farmacêuticos Homeopatas (AMFH), Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sinfarmig) e Universidade Federal de Juiz de Fora. Maria Alicia Ferrero, diretora da Anfarmag Regional MG e integrante da Comissão Assessora de Manipulação do CRF-MG, representou a instituição no evento.



Foto: Divulgação

MUndo anFarMaG

odete andrade, proprietária da Farmácia Erva Doce de Presidente Venceslau, interior de são paulo e o prefeito da cidade, ernane Herbella, que aplicou o adesivo de chancela da anfarmag “Farmácia com Qualidade Monitorada 2010”. A Farmácia Erva Doce completa o time de 220 farmácias chanceladas no Brasil pela anfarmag que atestam qualidade em seus medicamentos e produtos.

Goianos receBeM TreinaMenTo para propaGandisTas Mercado e quais as classes terapêuticas mais prescritas nos próximos 10 anos e Apresentação dos 5 passos da Propaganda Médica. José Almeida ministrou o curso para gestores, Coordenadores de Propaganda aos Prescritores, representantes e propagandistas. Os participantes ao final da explicação, responderam uma avaliação sobre

Foto: Divulgação

O curso prático de formação de profissionais focados em visitação à prescritores baseado nas competências necessárias e específicas do mercado magistral no Brasil foi realizado dia 5 de novembro pela Regional Goiás/Tocantins. Dentro do Conteúdo Programático estavam: A importância da Propaganda Médica na geração Rx - Visão Geral do

ANFARMAG-DF REALIzA cUrso soBre aTiVos eM derMocosMéTica

Mara Rúbia Ferreira de Freitas - 2ª Tesoureiro da Regional GO/TO, José Almeida, ministrante do curso e Gilmar Dias, presidente da Regional Goiás/Tocantins.

52| Revista da

o conteúdo programático exposto. Os resultados foram satisfatórios, pois itens como Organização do Curso, Didática e Domínio do Assunto pelo Palestrante e Material Didático receberam notas acima de 9. E para as 23 pessoas presentes, a abordagem do tema serviu para novos conhecimentos e oito responderam que se atualizaram sobre o assunto.

Farmácia Magistral

A Anfarmag no Distrito Federal realizou curso sobre cosmetologia e novas tendências no dia 19 de novembro com carga horária de 3 horas e meia, em Brasília (DF). O professor Maurício Pupo da Consulfarma falou sobre ativos existentes atualmente na área de dermocosmética. O evento aconteceu no hotel Metropolitan Flat (SHN, quadra 02, bloco H). Os 55 participantes contribuíram com um quilo de alimento não perecível doados a entidades carentes.


Portal dirigido ao segmento industrial de HPPC, com informações necessárias e de grande importância para profissionais e empreendedores • Atualizações diárias: • Notas sobre economia, mercado e comportamento • Lançamentos de novos produtos • Inovações em tecnologia e ingredientes • Colunas exclusivas assinadas por experts • Calendário de eventos • Resenhas da: • Cosmetics & Toiletries (Brasil) • Edição Temática • Loja virtual: • Assinatura de revistas • Consulta e aquisição de artigos publicados • Links para sites de entidades do setor e dos principais fornecedores de insumos • Atendimento on-line

Você também pode consultar o perfil empresarial de fornecedores, obter sugestões de formulação, acessar literatura técnica e tirar dúvidas on-line... E não para por aí.

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A Regional Minas Gerais promoveu, no dia 6 de novembro, o curso sobre hormônios bioidênticos ministrado por Juliana Rezende Cançado, farmacêutica bioquímica e especialista em Manipulação Magistral Alopática. Segundo a diretora da Regional Minas, Maria Alicia Ferrero a iniciativa da

Anfarmag em promover cursos de aperfeiçoamento é importante porque promove o conhecimento e acima de tudo valoriza o segmento como um todo. “Um dos objetivos principais da Anfarmag é que as farmácias magistrais sejam vistas como estabelecimentos de saúde preparados para receber qualquer tipo

de formulação que a população necessite, prestando um serviço de qualidade e sendo reconhecido como tal”, diz. Na programação assuntos como Conceitos e fontes: Hormônios sintéticos, naturais e bioidênticos; Fisiologia e farmacologia dos hormônios esteroidais, entre outros foram abordados. Foto: Divulgação

mundo anfarmag

Anfarmag-MG realiza curso de hormônios bioidênticos

Os 51 farmacêuticos e colaboradores atentos a explicação de Juliana Rezende Cançado.

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Farmácia Magistral



Matéria de Capa

carTa do leiTor

No especial fornecedores “Visibilidade para a cadeia magistral” publicamos foto errada representativa da empresa DEG. Abaixo segue a foto correta que ilustra o trabalho da empresa que é sócio colaboradora da Anfarmag. Foto: Divulgação

erraMos

deG

Sobre a matéria de capa da edição passada “Mídias Sociais nas Farmácias”, faltaram páginas na diagramação que não foram inseridas no texto? Fizeram uma ilustração gigantesca na capa para escrever uma folha de texto? Gostaria de sugerir maior cuidado na elaboração de conteúdo ou da seleção para o mesmo na categoria “Capa”. Marlon Barg, Farmacêutico – Diretor da Pharmaceutical Resposta do Editor: Prezado Marlon, o senhor está correto. Por motivo de espaço a segunda matéria que completa a publicada na capa não foi impressa. Muito obrigada pela crítica.

Atualização da campanha

área de Fracionamento com cabines dedicadas

FoTo da receiTa cerTa Na edição nº 09 da Revista da Farmácia Magistral, foi publicada na matéria Anfarmag inicia chancela Monitoramento da Qualidade no SINAMM, legenda da foto sobre a Farmácia Receita Correta de Novo Hamburgo, RS, nome incorreto da farmácia. O nome correto da farmácia é RECEITA CERTA.

eleiÇÕes Adelmir Santana (DEM/DF) não foi reeleito como anuncia a matéria “Políticos que apoiam setor farmacêutico conquistam mandato”.

Gostaria de parabenizar a Revista da Farmácia Magistral e agradecer pela excelente matéria veiculada na Revista da Anfarmag. São iniciativas como esta, que ao divulgar ações como, por exemplo, a Eco Phloraceae favorecem o surgimento de uma cultura de consumo sustentável. Torço para que outras farmácias de manipulação disponibilizem coletores nas suas cidades. Pela regulamentação sanitária já temos obrigação de dar um fim adequado aos resíduos sólidos, então estender esse serviço a comunidade não é tão difícil assim! E aproveito para compartilhar nossos dados estatísticos relacionados aos descartes de medicamentos vencidos. Os números do mês de outubro/10 cresceram enormemente: 7.730 itens, um aumento de 720% em comparação ao balanço de setembro/10. Do inicio da campanha (18/08/10) a 31/10/10 foram totalizados 9.650 itens que provavelmente iriam parar nos aterros sanitários, pias e vasos sanitários. Atenciosamente, Marcelo Belinetti Magalhães, Phloraceae Farmacia de Manipulação (Londrina, Paraná)

Descarte Consciente

Li a matéria da revista e vi a campanha de descarte consciente da Farmácia Phloraceae. Parabéns Fábio de Matos, via twitter Anfarmag Nacional. Gostaria de agradecer em nome de todos os nossos colaboradores e diretores, pela reportagem citando nossa empresa. Todos ficaram muito lisonjeados e felizes pelo reconhecimento de tanto empenho e dedicação para estarmos participando de um importante Programa de Qualificação do nosso setor. Um abraço. Jaqueline Saraiva, Farmácia A Fórmula, Tramandaí, RS.

caro leiTor,

FoTos Trocadas No especial Encontro Internacional de Farmacêuticos Magistrais, transcrição do programa Palavra da Presidente, da edição nº08 as fotos de Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa, e Laís Dantas, assessora de Maria Cicília, estão trocadas.

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Farmácia Magistral

A Revista da Farmácia Magistral é dedicada a todos aqueles que participam do setor magistral, e está aberta à sua colaboração. Faça uso deste canal, enviando sugestões, comentários e críticas à nossa equipe. Sua opinião é de extrema importância para nós!

NOSSOS ENDEREÇOS (REDAÇãO): por e-mail: simoes@cleinaldosimoes.com.br Via correio: Rua Antônio Gebara, 511, Planalto Paulista, São Paulo (SP), CEP 04071-020 Também não hesite em nos procurar, caso tenha sugestões de artigos e demais colaborações para a Revista. Aguardamos o seu contato!


Rua Vergueiro, 1855 - 12o Andar - São Paulo - SP CEP 04101-000 - anfarmag@anfarmag.org.br Tel.: (11) 2199.3499 - Fax: (11) 5572.0132 Revista da Farmácia Magistral - Órgão Oficial da Anfarmag Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais direTor execUTiVo Marco Fiaschetti - executivo@anfarmag.org.br coordenador área Técnica Vagner Miguel - vmiguel@anfarmag.org.br eQUipe FarMacÊUTica da área Técnica Carolina Leiva Fiore, Hélio Martins Lopes Júnior, Lúcia Helena S. G. Pinto e Maria Aparecida Ferreira Soares RELACIONAMENTO & MARkETING Simone Tavares - relacionamento@anfarmag.org.br coordenaÇão ediTorial Cleinaldo Simões simoes@cleinaldosimoes.com.br conTeúdo ediTorial Cleinaldo Simões Assessoria de Comunicação (11) 5585-3363/5585-2273 simões@cleinaldosimoes.com.br Edição: Cleinaldo Simões reportagem: Ana Carolina D’Angelis, Catarine Piccioni e Lais Cavassana (revisão) arTe e diaGraMaÇão

spU1 art design Gladstone Barreto e Wagner Ferreira e-mail: contato@spu1.com.br / site www.spu1.com.br iMaGeM da capa © iStockphoto.com / Wagner Ferreira coMercial Mobyle promocional (11) 3942.6122 mobyle@anfarmag.org.br iMpressão copypress www.copypress.com.br Coordenação Geral

Revista destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parlamentares e autoridades da área de saúde dos governos federal, estadual e municipal. Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DOS TEXTOS DA REVISTA DO FARMACÊUTICO MAGISTRAL periocidade: Bimestral Circulação: Nacional Tiragem: 5.000 exemplares Distribuição dirigida


REGIONAIS

endereços

REGIONAL BA/SE Presidente: Tatiana M. Freitas Galvão Endereço: Av. Paulo VI, 1816 – Pituba Salvador – BA – CEP: 41810-001 Telefone: (71) 3358-9334 – FAX (71) 3358-4094 E-mail: regional.base@anfarmag.org.br

Rua Vergueiro, 1855 - 12° andar São Paulo - SP CEP: 04101-000 Tel.: (11) 2199-3499 Fax.: (11) 5572-0132 www.anfarmag.org.br anfarmag@anfarmag.org.br

Diretoria Nacional Gestão 2009-2011

Presidente Maria do Carmo Garcez - RS

1° Vice-Presidente Hugo Guedes de Souza - ES

2° Vice-Presidente Ademir Valério da Silva - SP

3° Vice-Presidente Marco Antonio Costa de Oliveira - MG

Secretário Geral Ivan da Gama Teixeira - SP

2° Secretária Rejane Alves Gue Hoffmann - PR

Tesoureiro Antônio Geraldo Ribeiro dos Santos Jr. - SP

2° Tesoureiro Adolfo Cabral Filho - SC

Conselho Fiscal Maria Cristina Ferreira Silva - RJ Juracy Regina Sonagli - SC José Tadeu de Souza Barbosa - AL

58| Revista da

Farmácia Magistral

REGIONAL DF Presidente: Carlos Alberto P. Oliveira Endereço: SIG - Quadra 04 - Lote 25 - Sala 09 Empresarial Barão de Mauá – Brasília – DF CEP: 70.610-440 Telefone/Fax: (61) 3344-4152 E-mail: regional.df@anfarmag.org.br REGIONAL ES Presidente: Denise de Almeida M. Oliveira Endereço: - Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 sala 608 - Torre BT - Edifício Corporate Center - Santa Lúcia – Vitória - ES – CEP: 29056-245 Telefone: (27) 3235-7401 E-mail: regional.es@anfarmag.org.br REGIONAL GO/TO Presidente: Gilmar Silva Dias Endereço: Rua 7-A, Nº 189, Edifício Marilena Sala 201, Setor Aeroporto, Goiânia – GO CEP.: 74075-230. Telefone: (62) 3225-5582/ FAX (62) 3224-2114 E-mail: regional.goto@anfarmag.org.br REGIONAL MG Presidente: Soraia Moura T. de Almeida Endereço: Avenida do Contorno, 2646 - sala 1102 e 1104 - Floresta - Belo Horizonte – MG CEP: 30.110-080 Telefone: (31) 2555-6875 e (31) 2555-2955 E-mail: regional.mg@anfarmag.org.br REGIONAL MS Presidente: Ana Paula Busato Zandavalli Endereço: Av. Rodolfo José Pinho Nº 66 - Jardim São Bento – Campo Grande – MS CEP: 79004-690 Telefone: (67) 3026-4655 E-mail: regional.ms@anfarmag.org.br REGIONAL MT Presidente: Ivete Souza Peaguda Endereço: Rua Brigadeiro Eduardo Gomes nº 37 Bairro: Goiabeiras – Cuiabá – MT CEP: 78045-350 Telefone: (65) 3027-6321 E-mail: regional.mt@anfarmag.org.br REGIONAL PR Presidente: Marina Sayuri M. Hashimoto Endereço: Rua Silveira Peixoto n° 1040, 9° andar, sala 901 –Curitiba – PR – CEP: 80240-120 Telefone: (41) 3343-0893 - Fax: (41) 3343-7659 E-mail: regional.pr@anfarmag.org.pr REGIONAL RJ Presidente: Luciana Ferreira M. Colli Endereço: Rua Conde de Bonfim, 255 sala 912 Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20.520-051 Telefone: (021) 2569-3897 E-mail: regional.rj@anfarmag.org.br REGIONAL PB/RN Presidente: Célia Buzzo Endereço: Av. Camilo de Holanda, 500 – Centro João Pessoa – PB – CEP: 58013.360 Telefone: (83) 3218-2600 - Fax: (83) 3222-4634 E-mail: regional.rnpb@anfarmag.org.br REGIONAL RS Presidente: Eliane Aranovich Endereço: Av. Mauá, 2011 - Sala 607 Porto Alegre – RS – CEP: 90030-080 Telefone: (51) – 3225-9709 E-mail: regional.rs@anfarmag.org.br

REGIONAL SC Presidente: Ana Claudia Scherer Monteiro Endereço: .Rua Ledio Joao Martins, 435 Kobrasol – São José – SC – CEP: 88102-000 Telefone : (48) 3247-3631 E-mail: regional.sc@anfarmag.org.br

Sucursais SUCURSAL GRANDE SÃO PAULO Diretora: Ana Lúcia Mendes Telefone: (11) 4488-2068 E-mail: sucursal.sp@anfarmag.org.br SUCURSAL BAIXADA SANTISTA Diretora: Aparecida Akemi Akimoto Telefone: (13) 4009-5883 E-mail: sucursal.bs@anfarmag.org.br SUCURSAL RIBEIRÃO PRETO Diretora: Alice Carneiro Soares Telefone: (16) 2101- 5497 E-mail: sucursal.rp@anfarmag.org.br SUCURSAL VALE DO PARAÍBA Diretora: Ana Helena Cunha Telefone: (12) 3942-9736 E-mail: sucursal.vp@anfarmag.org.br SUCURSAL RIO PRETO Diretora: Creusa Manzalli de Toledo Telefone: (17) 3216-9500 E-mail: sucursal.riop@anfarmag.org.br SUCURSAL MARÍLIA/PRESIDENTE PRUDENTE Diretora: Nádia Alvim Telefone: (18) 9129-1848 E-mail: sucursal.mrpp@anfarmag.org.br SUCURSAL MACEIÓ Diretora: Tânia Bernadete P. Gomes Telefone: (82) 3035-2806 E-mail: sucursal.al@anfarmag.org.br SUCURSAL FORTALEZA Diretor: Francisco Carlos L.Andrade Telefone: (85) 9981- 3789 E-mail: sucursal.ce@anfarmag.org.br SUCURSAL AC/RO Diretora: Êrika Fernandes Rosas C. da Silva Telefone: (68) 3901- 6314 E-mail: sucursal.acro@anfarmag.org.br SUCURSAL BELÉM Diretor: Marcelo Brasil do Couto Telefone: (91) 3244-2625 E-mail: sucursal.pa@anfarmag.org.br Sucursal Juiz de Fora Diretor: Rômulo Augusto Modesto email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955 Sucursal Uberlândia Diretor: Hélio Batista Júnior email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955 Sucursal Governador Valadares Diretor: Moacir de Oliveira Lima email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955 Sucursal Varginha Diretor: Leonardo José da Silva email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955


Os médicos vão adorar a novidade! Com O Formulista ficou muito mais fácil prescrever. Além disso, sua farmácia terá uma poderosa base de dados para consulta. O Formulista tem como objetivo estreitar o relacionamento médico-farmácia, proporcionando ao prescritor a versatilidade de uma ferramenta de busca moderna aliada a um conteúdo amplo de formulações compiladas distribuídas entre as várias especialidades*. Com navegação extremamente intuitiva, o prescritor poderá pesquisar por ativo, por indicação ou por fórmula e, uma vez definida a prescrição, imprimir a receita para o paciente de forma rápida e prática podendo, até mesmo, personalizar a fórmula escolhida. O software conta com formulações com embasamento técnico-científico e possui atualização on-line, sob supervisão da Ortofarma, oferecendo assim segurança e confiabilidade à farmácia e ao médico. Com O Formulista além de ressaltar ao prescritor as inúmeras possibilidades que só a manipulação pode oferecer, a farmácia também ganha uma poderosa base de dados para consulta, pesquisa e busca de soluções e sugestões terapêuticas para os mais diversos profissionais.

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