ISSN 2178-8405
Publicação da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. ANO 2 – Nº 09 – NOVEMBRO/DEZEMBRO 2010
farmacoterapia: avaliação Da qualiDaDe De cápsulas De isoflavonas por meio Da quantificação De genisteÍna, DaiDzeÍna e gliciteÍna terapêutica na obesiDaDe: ênfase no tratamento farmacológico
legal: aspectos legais Da gestão De instrumentos De meDição
Caros colegas
É com materiais deste nível que a revista atende seus objetivos editoriais. Boa leitura e Boas Festas! Maria do Carmo Garcez Presidente da Anfarmag Nacional
04 | farmacoterapia Avaliação da qualidade de cápsulas de isoflavonas por meio da quantificação de genisteína, daidzeína e gliciteína
10 | Farmacoterapia Terapêutica na obesidade: ênfase no tratamento farmacológico
22 | nota técnica Escopos da calibração e verificação de instrumentos de medição
24 | legal Aspectos legais da gestão de instrumentos de medição
30 | AGENDA TÉCNICO-CIENTÍFICA 32 | Normas Submissão de artigo para publicação
34 | endereços
relação de anunciantes
sumário
O essencial na farmácia magistral é a capacidade técnica no trato com as formulações prescritas. É disso que tratam os textos principais desta edição da sua Revista Técnica do Farmacêutico. Primeiro, você encontra o trabalho sobre a qualidade de cápsulas de isoflavonas avaliadas por meio da quantificação de genisteína, daidzeína e gliciteína, atentamente desenvolvido por Isabela da Costa César, Gerson Antônio Pianetti e Ligia Maria Moreira Campos, integrantes do Departamento de Produtos Farmacêuticos, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais. O resultado é uma contribuição fundamental para a utilização de isoflavonas de soja como uma alternativa à terapia de
reposição hormonal convencional. Depois, temos um tema pertinente para o momento: Terapêutica na Obesidade - Ênfase no Tratamento Farmacológico, elaborado por Karine Andrea Albiero, nutricionista especialista em Nutrição Funcional, em Farmacologia Básica e Clínica e em Fitoterapia Funcional. A autora propõe uma revisão sobre a farmacoterapia na obesidade, enfatizando os fármacos preconizados no tratamento desta patologia. Segundo Karine Albiero, observou-se que muitos fármacos apresentam contra indicações e efeitos pouco consistentes, e neste sentido, a análise aprofundada dos diversos mecanismos regulatórios do apetite, saciedade e da homeostase energética permitirá o desenvolvimento de drogas antiobesidade mais seguras e efetivas.
editorial
O essencial
02 - consulfarma 07 - Elyplast 09 - CAPSUTEC 11 - RSS Sistemas 13 - Anfarmag 15 - pharmaceutical 17 - Quibasa 19 - Quallitá 21 - Labsynth 24 - Vyvedas 25 - LED 26 - BSTEc 25 - Chemyunion 29 - Intecq 31 - Ortofarma 33 - AllChemistry 35 - Alternate 36 - Anfarmag
farmacoterapia
avaliação da qualidade de cápsulas de isoflavonas por meio da quantificação de genisteína, daidzeína e gliciteína isabela da costa cÉsAr*, gerson Antônio piAnetti, ligia maria moreira cAmpos Departamento de Produtos Farmacêuticos, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais. * Autora correspondente Av. Pres. Antônio Carlos, 6627, Campus Universitário, Belo Horizonte – MG isaccesar@bol.com.br
foto: ©istochphoto.com / dimshyk
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esumo: A utilização de isoflavonas de soja como uma alternativa à terapia de reposição hormonal convencional tem aumentado nos últimos anos. Extratos secos de soja padronizados para conter 40% de isoflavonas totais são utilizados como matéria-prima farmacêutica para produção de cápsulas. Entretanto, não há padronização em relação aos teores de isoflavonas individuais, apesar de diversos estudos demonstrarem diferenças significativas na atividade estrogênica entre as isoflavonas. Foi realizado um levantamento junto a farmácias magistrais de Minas Gerais para avaliar o processo de manipulação das cápsulas de isoflavonas. A qualidade de amostras de cápsulas de isoflavonas foi avaliada por meio de testes físico-químicos qualitativos e quantitativos. No doseamento das amostras de cápsulas por CLAE com detecção ultravioleta, foi observada grande variabilidade nos teores de isoflavonas individuais e totais. Considerando que as isoflavonas apresentam potências estrogênicas diferentes, essas variações podem, em tese, influenciar na eficácia terapêutica de medicamentos produzidos com extratos secos de soja. unitermos: Isoflavonas, extrato seco de soja, controle de qualidade, genisteína, daidzeína, gliciteína.
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AbstrAct: The use of soy isoflavones as an alternative to conventional hormone replacement therapy has increased in the last years. Soy dry extract standardized to contain 40% of total isoflavones are used as pharmaceutical raw material for manufacturing capsules. However, there is not standardization regarding the individual isoflavone contents, in spite of many studies have demonstrated significative differences in the estrogenic activity among the isoflavones. A research with the pharmacies of Minas Gerais was carried out aiming to evaluate the manufacturing process of the isoflavone capsules. The quality of samples of isoflavone capsules was evaluated by means of qualitative and quantitative physicochemical tests. In the assay of the capsule samples by HPLC with ultraviolet detection, a high variability in the contents of total and individual isoflavones was observed. Considering the different estrogenic potency among the isoflavones, these variations may, theoretically, influence the therapeutic efficacy of medicines produced with soy dry extracts. KeyWords: Isoflavones, soy dry extract, quality control, genistein, daidzein, glycitein.
INTRODUÇÃO Os fitoestrógenos são compostos de ocorrência natural em vegetais e, nos últimos anos, têm sido alvo de vários estudos, devido à sua possível atividade estrogênica, que promove redução da intensidade e freqüência dos sintomas associados à menopausa e efeito preventivo em relação a algumas doenças crônicas, como osteoporose, hipercolesterolemia e cânceres hormônio-dependentes (ANDERSON et al., 1999).
Os fitoestrógenos mais comuns são as isoflavonas, encontradas em abundância nos grãos de soja (Glycine max L.) e seus derivados. As isoflavonas presentes em maior proporção na soja são genisteína, daidzeína e, em menor extensão, gliciteína. Essas subs-
tâncias aparecem na soja ligadas a moléculas de açúcar, ou seja, na forma de glicosídeos, denominados genistina, daidzina e glicitina, além dos acetil glicosídeos e malonil glicosídeos, como representado na Figura 1 (DIXON et al., 2004).
Glicosídeos
AGLICONAS
Nome R1 R2 Daidzeína H H Genisteína OH H Gliciteína H OCH3
Há um crescente interesse científico no papel das isoflavonas em vários aspectos da saúde humana, com um foco particular nas doenças ocidentais e crônicas, como câncer de mama, câncer de próstata, outros tipos de câncer, doenças cardiovasculares e osteoporose, assim como no alívio dos sintomas da menopausa. Estudos relacionando isoflavonas com essas condições estão crescendo continuamente, com os objetivos comuns de determinar a eficácia, segurança e mecanismos envolvidos (DUNCAN et al., 2003). No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pela divisão de medicamentos fitoterápicos, aprovou o uso das isoflavonas apenas como auxiliar na redução dos níveis de colesterol e no alívio das ondas de calor associadas à menopausa. Tendo em vista a alta incidência dos sintomas indesejáveis associados à menopausa, os efeitos colaterais decorrentes da terapia de reposição hormonal e os numerosos efeitos benéficos das isoflavonas de soja, a manipulação de cápsulas contendo extratos de isoflavona e a comercialização de medicamentos e suplementos alimentares à base de soja tem aumentado vertiginosamente nos últimos anos.
Nome R1 R2 ‘R3 Daidzina H H H Genistina OH H H Glicitina H OCH3 H 6”-o-Acetildaidzina H H COCH3 6”-o-Acetilgenistina OH H COCH3 6”-o-Acetilglicitina H OCH3 COCH3 6”-o-Malonildaidzina H H COCH2COOH 6”-o-Malonilgenistina OH H COCH2COOH 6”-o-Maolnilglicitina H OCH3 COCH2COOH
FIGURA 1 - Estruturas das agliconas e glicosídeos de isoflavonas.
Atualmente, existem vários produtos registrados na ANVISA como medicamentos fitoterápicos contendo isoflavonas de soja como princípio ativo (BRASIL, 2010). A grande maioria das farmácias magistrais manipula cápsulas gelatinosas duras contendo extrato seco de soja. Muitos pacientes dão preferência aos produtos manipulados em relação aos industrializados, devido ao custo reduzido e doses e quantidades individualizadas. Para manipulação de cápsulas, são utilizados extratos secos de soja padronizados para conter 40% de isoflavonas totais. Porém, a natureza e o teor das isoflavonas individuais podem variar de forma significativa, em função da variedade da soja, condições ambientais e de cultivo e tipo de processamento da soja, entre outros fatores (LEE et al., 2003). Estudos in vitro (WOBER et al., 2002) e em modelos animais (BRAHNAM et al., 2002) demonstraram que a aglicona genisteína apresenta atividade estrogênica dez vezes superior a daidzeína. Dessa forma, as variações no conteúdo individual de isoflavonas podem ter implicações na atividade biológica e, conseqüentemente, influenciar diretamente
o efeito esperado após administração oral das formas farmacêuticas contendo extrato seco de soja. Com isso, há necessidade de avaliar-se a variabilidade nos teores de isoflavonas presentes nos medicamentos, visando à padronização do conteúdo individual e determinação da dose efetiva. Considerando que a utilização dessas substâncias ainda apresenta controvérsias, esses dados são relevantes para avaliação da eficácia dos produtos à base de isoflavonas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade de cápsulas de isoflavonas manipuladas e industrializadas presentes no mercado, por meio da quan -tificação dos teores individuais das agliconas genisteína, daidzeína e gliciteína. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Foram utilizadas substâncias químicas de referência de genisteína, daidzeína e gliciteína da marca ChromaDex (USA). Amostras de cápsulas contendo 60 mg de isoflavonas foram obtidas, sendo 15 manipuladas em farmácias magistrais de Minas
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farmacoterapia avaliação Da qualiDaDe De cápsulas De isoflavonas por meio Da quantificação De genisteÍna, DaiDzeÍna e gliciteÍna
Levantamento de dados nas farmácias magistrais Na etapa de levantamento de dados, elaborou-se um questionário que foi enviado a diversas farmácias magistrais do estado de Minas Gerais. O objetivo do questionário foi avaliar, dentro do setor magistral, o número de farmácias que manipulam cápsulas de isoflavonas, as concentrações manipuladas, a demanda mensal dessas cápsulas e quais excipientes utilizados, entre outros. Às farmácias que preencheram o questionário e interessadas em participar do estudo, foi solicitada a doação ou venda de cápsulas manipuladas que foram posteriormente analisadas. Controle de qualidade das cápsulas de isoflavonas As 18 amostras de cápsulas de isoflavonas (15 manipuladas e 3 industrializadas) foram submetidas a vários testes físico-químicos, com o objetivo de avaliar a qualidade das mesmas. Foram realizadas reações de identificação, teste de desintegração, determinação de peso e uniformidade de doses unitárias, conforme procedimentos preconizados pela Farmacopéia Brasileira 4ª edição (FARMACOPÉIA, 1988). Quantificação de genisteína, daidzeína e gliciteína nas cápsulas de isoflavonas A quantificação dos teores individuais das agliconas genisteína, daidzeína e gliciteína nas cápsulas de isoflavonas foi realizada empregando-se cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detecção na região do ultravioleta. Para as análises, foi utilizado o método analítico previamente descrito por CÉSAR e colaboradores (2006), no qual inicialmente é feita a conversão dos glicosídeos em agliconas por meio de hidrólise ácida e quantificação das três agliconas majoritárias na soja. Os teores de agliconas
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37 ± 1 °C, em tempo inferior a 45 minutos. Foram determinados os pesos médios das cápsulas de isoflavonas e os desvios porcentuais das unidades em relação ao peso médio foram calculados. Segundo a Farmacopéia Brasileira 4ª edição, os desvios individuais devem ser de, no máximo, ±10% para cápsulas com peso médio até 300 mg ou de ±7,5% para cápsulas acima de 300 mg. Apenas uma amostra de cápsula manipulada não cumpriu com os requisitos farmacopéicos, uma vez que apresentou desvios superiores aos limites estabelecidos. A uniformidade de doses unitárias das cápsulas foi avaliada pelo método de variação de peso, utilizando-se as 20 unidades testadas na determinação de peso. Todas as amostras de cápsulas cumpriram com os requisitos farmacopéicos e apresentaram valor de desvio padrão relativo inferior a 6,0%, indicando que houve uniformidade adequada de isoflavonas nas cápsulas analisadas.
individuais e totais foram determinados em cada amostra de cápsulas, pelas áreas dos picos obtidos nos cromatogramas. resultAdos e discussão Análises dos questionários recebidos das farmácias magistrais Foram coletados dados de 17 questionários respondidos por farmacêuticos de farmácias magistrais do estado de Minas Gerais, no período de outubro a dezembro de 2004. Todas as farmácias que participaram do estudo manipulavam cápsulas de isoflavonas, sendo que a quantidade de cápsulas manipuladas por mês variava de acordo com o porte da farmácia (400 a 7000 cáp/mês). As concentrações variaram de 15 a 180 mg de isoflavonas totais por cápsula, e o prazo de validade do produto é de 3 a 6 meses. Os excipientes mais utilizados na manipulação das cápsulas foram amido, lactose, celulose, estearato de magnésio, talco, laurilsulfato de sódio e aerosil. De acordo com os questionários respondidos, foram identificados seis fornecedores diferentes de matérias-primas de extratos secos de isoflavonas, sendo todas procedentes da China.
Quantificação de genisteína, daidzeína e gliciteína nas cápsulas de isoflavonas O doseamento das 18 amostras de cápsulas de isoflavonas 60 mg foi realizado utilizando CLAE com detecção ultravioleta. Os teores de isoflavonas totais e individuais nas cápsulas manipuladas (CAP01 a CAP15) e industrializadas (CAP16 a CAP18) estão representados na Figura 2. De acordo com os resultados obtidos, observa-se grande variabilidade nos teores de isoflavonas individuais e totais entre as amostras de cápsulas. Dentre as dezoito amostras, apenas oito apresentaram teor de isoflavonas totais dentro da faixa de 90,0%
Controle de qualidade das cápsulas de isoflavonas Todas as 18 amostras de cápsulas isoflavonas apresentaram teste positivo nas reações de identificação características de isoflavonas. No teste de desintegração, todas as amostras cumpriram com os requisitos da Farmacopéia Brasileira 4ª edição, se desintegrando completamente em água a 140% 120% 100% Teor (%)
Gerais (CAP01 a CAP15) e 3 industrializadas (CAP16 a CAP18), totalizando 18 amostras. Água purificada, solventes e reagentes grau analítico ou cromatográfico e vidrarias calibradas foram empregados para realização de todos os testes. As análises cromatográficas foram realizadas em cromatógrafo a líquido de alta eficiência Hewlett Packard 1100, com forno, injetor automático e detector de arranjo de diodos (DAD) ultravioleta-visível.
80% 60% 40% 20% 0% 1
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Amostras (CAP)
DA
GE
GL
FIGURA 2 – Teores médios, expressos em porcentagem da quantidade declarada, para daidzeína (azul), genisteína (rosa) e gliciteína (amarelo), em cápsulas de isoflavonas.
farmacoterapia Avaliação da qualidade de cápsulas de isoflavonas por meio da quantificação de genisteína, daidzeína e gliciteína
a 110,0% da quantidade declarada de 60 mg/cápsula. O teor obtido no doseamento de cinco amostras (CAP01, CAP06, CAP07, CAP11 E CAP14) foi superior a 110,0%. Conforme o questionário obtido destas farmácias, foi verificado que as mesmas utilizaram o valor de isoflavonas totais que consta no laudo do fornecedor para fazer a correção de pesagem do extrato seco. Entretanto, o teor de isoflavonas totais descrito nos laudos destes fornecedores era em torno de 40%, enquanto as análises realizadas no laboratório demonstraram um valor próximo a 50%. Dessa forma, o teor acima de 110,0% encontrado nessas amostras não ocorreu em decorrência de pesagem indevida pelas farmácias magistrais, mas sim pelo fato do teor de isoflavonas totais apresentado no laudo do fornecedor estar em desacordo com o valor real. Cinco amostras de cápsulas analisadas apresentaram teor de isoflavonas totais abaixo de 90,0% (CAP03, CAP04, CAP09, CAP16 e CAP18). Os teores de isoflavonas totais nas amostras CAP03 e CAP04 foram consideravelmente baixos, 43,1% e 43,3%, respectivamente. Na manipulação de cápsulas de isoflavonas, as farmácias magistrais empregam um fator de correção para a pesagem do extrato seco, dividindo 100 pelo teor de isoflavonas totais presente no laudo do fornecedor. O fator obtido é multiplicado pela concentração da cápsula que consta na receita aviada e, dessa forma, obtém-se a quantidade de extrato seco que deve ser pesada. Para manipulação das cápsulas de 60 mg de isoflavonas, foram pesados 60 mg do extrato seco, de
forma que o teor de isoflavonas totais obtido foi em torno de 40%, que representa a quantidade de isoflavonas presente no extrato. O fato de não utilizar o fator de correção para a pesagem do extrato seco leva a manipulação de cápsulas com teor significativamente abaixo do solicitado, podendo comprometer a eficácia do tratamento. Em relação às amostras de cápsulas CAP16 e CAP18, ambas industrializadas, apesar de apresentarem teor de isoflavonas totais abaixo de 90,0% em relação à quantidade declarada, foram as amostras mais ricas em genisteína, isoflavona de maior atividade estrogênica. Mesmo entre as cápsulas que apresentaram teor de isoflavonas totais entre 90,0% e 110,0% da quantidade declarada, ainda pode-se verificar variação considerável nos teores de isoflavonas individuais. Considerando que as isoflavonas apresentam potência estrogênica diferente, é imprescindível avaliar não apenas o teor de isoflavonas totais, mas também o perfil de isoflavonas individuais e, principalmente, o teor de genisteína nas amostras, uma vez que essa isoflavona é a principal responsável pela atividade farmacológica do extrato seco. Tendo em vista os resultados obtidos, pode-se pressupor que a atividade farmacológica e a eficácia terapêutica de um tratamento com cápsulas de isoflavonas 60 mg sejam suscetíveis a variações, dependendo da farmácia onde são manipuladas as cápsulas. Pacientes que fazem uso contínuo desse medicamento nem sempre compram as cápsulas na mesma farmácia
e, ao mudar o local de compra, o efeito terapêutico observado pelo paciente também pode sofrer alteração. Esse fato pode ocorrer mesmo dentro de uma mesma farmácia magistral, uma vez que podem ocorrer trocas de fornecedor de matéria-prima mediante variações de preços ou simplesmente para completar um pedido mínimo de determinado fornecedor. Torna-se clara a necessidade de padronização do teor de isoflavonas nas cápsulas manipuladas. Isso pode ser alcançado, inicialmente, pela padronização dos teores de isoflavonas individuais nos extratos secos utilizados como matéria-prima. É imprescindível, ainda, que os valores mencionados nos laudos dos fornecedores correspondam aos valores reais de isoflavonas presentes nos extratos. Os fornecedores, entretanto, não realizam o doseamento da matéria-prima, sendo os teores presentes nos laudos informados pelos fabricantes do extrato seco, todos originários da China. Além disso, as farmácias magistrais devem sempre utilizar o fator de correção para pesagem do extrato seco de soja, visando a garantir quantidade adequada de isoflavonas nas cápsulas manipuladas.
sulta_medicamento.asp. Acesso em: 20 ago. 2010. • CÉSAR, I. C.; BRAGA, F. C.; VIANNA-SOARES, C. D.; NUNAN, E. A.; PIANETTI, G. A.; CONDESSA, F. A.; BARBOSA, T. A. F.; MOREIRA-CAMPOS, L. M. Development and validation of a RP-HPLC method for quantification of isoflavone aglycones in hydrolyzed soy dry extracts. Journal of Chromatography B, Amsterdam, v. 836, n. 1, p. 74-78, 2006. • DIXON, R. A. Phytoestrogens. Annual Review of Plant Biology, Palo Alto, v. 55, p. 225-261, 2004. • DUNCAN, A. M.; PHIPPS, W. R.; KURZER, M. S. Phyto-oestrogens. Best practice & research clinical endocrinology and me-
tabolism, London, v. 17, n. 2, p. 253-271, 2003. • FARMACOPÉIA brasileira. 4. ed., São Paulo: Atheneu, 1988. pte. 1, 526 p. • LEE, S. J.; AHN, J. K.; KIM, S. H.; KIM, J. T.; HAN, S. J.; JUNG, M. Y.; CHUNG, I. M. Variation in isoflavone of soybean cultivars with location and storage duration. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Easton, v. 51, p. 3382-3389, 2003. • WOBER, J.; WEISSWANGE, I.; VOLLMER, G. Stimulation of alkaline phosphatase activity in Ishikawa cells induced by various phytoestrogens and synthetic estrogens. Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, Oxford, v. 83, n. 1-5, p. 227-233, 2002.
CONCLUSÃO A alta variabilidade nos teores de isoflavonas individuais e totais encontrada nas amostras analisadas indica a necessidade de padronização e controle dos teores de isoflavonas, particularmente genisteína, nos extratos secos de soja utilizados como matéria-prima farmacêutica.
REFERÊNCIAS • ANDERSON, J. J. B.; ANTHONY, M. S.; CLINE, J. M.; WASHBURN, S. A.; GARNER, S. C. Health potential of soy isoflavones for menopausal women. Public Health Nutrition, Oxfordshire, v. 2, n. 4, p. 489-504, 1999. • BRANHAM, W.S.; DIAL, S.L.; MOLAND, C.L.. Phytoestrogens and mycoestrogens bind to the rat uterine estrogen receptor. Journal of Nutrition, Philadelphia, v. 132, p. 658-664, 2002. • BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços – Consulta a Banco de Dados de Medicamentos e Hemoderivados. Disponível em: http://www7. anvisa. gov.br/datavisa/Consulta_Produto/con-
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farmacoterapia
terapêutica na obesidade: ênfase no tratamento farmacológico T������ �� �������: ����� �� ��������������� ���������
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esumo: Obesidade é um problema crescente que está alcançando proporções epidêmicas em todo o mundo, sendo associada ao aumento do risco de doenças crônicas. A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, como resultado da interação de genes, ambiente, estilo de vida e fatores emocionais. A terapêutica desta patologia compreende os não-medicamentosos, como por exemplo, mudança no estilo de vida, alterações no comportamento alimentar, prática de atividade física, procedimentos cirúrgicos e medicamentosos. Desta forma, o objetivo deste artigo é realizar uma revisão sobre a farmacoterapia na obesidade, enfatizando os fármacos preconizados no tratamento desta patologia. Observou-se que muitos fármacos apresentam contra indicações e efeitos pouco consistentes, e neste sentido, a pesquisa aprofundada dos diversos mecanismos regulatórios do apetite, saciedade e da homeostase energética permitirá o desenvolvimento de drogas anti-obesidade mais seguras e efetivas. pAlAvrAs-chAve: obesidade, farmacologia, tratamento farmacológico.
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AbstrAct: Obesity is a growing problem that is reaching epidemic proportions around the world and is associated with increased risk of chronic diseases. The etiology of obesity is complex and multifactorial, as a result of the interaction of genes, environment, lifestyle and emotional factors. The treatment of this condition composes the non-medicated, such as the change in lifestyle, changes in eating behavior, the practice of physical activity, the surgical procedure, and the treatment pharmacologicals. Thus, the aim of this paper is to review the pharmacotherapy of obesity, emphasizing the drugs recommended in the treatment of this pathology. It was noted that many drugs have contraindications and produce inconsistent effects, and in this sense, the search depth of the various regulatory mechanisms of appetite, satiety and energy homeostasis will allow the development of anti-obesity drugs more safer and effective. KeyWords: obesity, farmacology, pharmacological treatment.
Karine Andrea Albiero* *nutricionista especialista em nutrição funcional, especialista em farmacologia Básica e Clínica e especialista em Fitoterapia Funcional. correspondência: rua Afonso berwanger, 89. Apto 201, bairro marafon, videirasc. cep.: 89560-000, e-mail: karineandrea@yahoo.com.br
OBESIDADE: CONCEITO E EPIDEmiologiA A Obesidade é uma doença, catalogada na Classificação Internacional de Doenças – CID (WHO, 1993), sendo um problema de saúde pública que se relaciona com múltiplos fatores de risco, atingindo grandes proporções a nível mundial. É considerada como um importante fator de risco para as Doenças Crônicas não Transmissíveis, sendo que as Doenças Cardiovasculares e patologias correlacionadas são as principais causas de morte em adultos em todo o mundo. Alguns fatores podem influenciar no desenvolvimento da obesidade, como genética; mecanismos de controle do consumo alimentar e gasto energético; baixa freqüência alimentar (JEBB, 1997); fatores individuais na suscetibilidade à doença (BLUMENKRANTZ, 1997); sedentarismo (WHO, 1998); processo de envelhecimento (GRUNDY, 1998); desordens endócrinas e hipotalâmicas e transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade e estresse (BARON, 1995). No entanto, acredita-se que o processo de transição nutricional; que leva a modificações nas facetas do estado nutricional da população, tornando este padrão mais obeso; aparece como um dos principais fatores desencadeantes e concorrem com uma dieta rica em gorduras sintéticas e de origem animal, açúcares e alimentos refinados; e pobre em cereais integrais, frutas e verduras, fontes de micronutrientes, fitoquímicos e fibras, importantes como função de regulação metabólica. No mundo ocidental, a obesidade pode começar a despontar na infância, sugerindo que exista uma progressão direta para a vida adulta. A mesma tendência de aumento
de peso verificada em países desenvolvidos, também é encontrada no Brasil (BORGES-NONINO; BORGES; SANTOS; 2006), bem como em outros países subdesenvolvidos. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN) em 1989 (INAN/MS, 1991), por volta de 32% da população brasileira (27 milhões de indivíduos) apresentava algum grau de excesso de peso, e posteriormente, com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (IBGE - POF 2002-2003), observou-se que 40,6% (38,8 milhões de indivíduos) apresentavam excesso de peso e 11% (10,5 milhões de indivíduos) eram consideradas, efetivamente, obesas. Deste modo, observa-se de forma relevante o aumento da prevalência do sobrepeso e obesidade no Brasil, no decorrer dos anos, nas suas diferentes regiões e níveis socioeconômicos. trAtAmento dA obesidAde A ocorrência da obesidade tem aumentado nos últimos anos, assim como a busca por tratamentos para combatê-la. O emagrecimento em obesos é um processo árduo e as intervenções são, geralmente, ineficazes ou combatem somente as manifestações associadas à doença, sendo que a dificuldade consiste ainda, na manutenção do peso alcançado, após um período de tratamento. Contudo, mesmo pequenas reduções de peso corporal, como 5% a 10%, exemplificado por Wadden e Foster (2000), podem promover a melhora metabólica em pacientes obesos (GAVIN; GOLAY; RISSANEN, 1998), diminuindo a morbidade e a mortalidade. De acordo com o Consenso Latino Americano de Obesidade (CLAO, 1998), o manejo integral da obesidade em seus aspectos preventivos e
Melhor Custo x Beneficio da Categoria
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farmacoterapia Terapêutica na obesidade: ênfase no tratamento farmacológico
de tratamento é uma responsabilidade compartilhada por diferentes profissionais da saúde. De forma coordenada e
integrada, esses profissionais trabalham com distintas alternativas no tratamento, com as mudanças inerentes ao estilo e
ao comportamento de vida do indivíduo (Quadro 1).
Quadro 1: Características e risco da obesidade e manejo de tratamento. Risco IMC (Kg/m2) Peso saudável 18 - 24,99 Moderado 25 - 29,99 Alto 30 - 34,99 Muito alto 35 - 39,99 Extremo Acima de 40
Manejo Alimentação saudável, dieta controlada, atividade física regular. Alimentação saudável, dieta controlada, atividade física regular, farmacoterapia. Alimentação saudável, dieta controlada, atividade física regular, farmacoterapia e possibilidade cirúrgica. Alimentação saudável e dieta controlada, atividade física regular, farmacoterapia e possibilidade cirúrgica, cirurgia.
Ação Profissional Autoregulação e Educação em Saúde. Autoregulação e Educação em Saúde e Nutricional/Alimentar.
Autoregulação e Educação em Saúde e Nutricional /Alimentar, Cirurgia.
Fonte: Adaptado do Consenso Latino Americano de Obesidade (1998).
Diante do quadro de aumento exponencial da população obesa, principalmente mórbida (Obesidade de grau III – IMC > 40 Kg/m2) e das baixas taxas de sucesso no tratamento da obesidade por métodos convencionais (dieta e atividade física), a cirurgia da obesidade, bem como o uso da farmacoterapia, vem se popularizando como formas de tratamento dessa condição (CARVALHO et al., 2007). No que diz respeito ao processo cirúrgico, o Consenso Latino Americano de Obesidade (CLAO, 1998) enfatiza que a seleção de pacientes para sua realização requer um tempo mínimo de 5 anos de evolução da obesidade e história de fracasso do tratamento convencional realizado por profissionais qualificados. De acordo com a Resolução no. 1766/05, do Conselho Federal de Medicina, as indicações para o tratamento cirúrgico da obesidade são um IMC superior a 35 Kg/m2 ou 40 Kg/m2 e que reporte a doenças associadas, como diabetes, apnéia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia e doença coronariana, para maiores de 18 anos. Este tipo de tratamento apresenta como principais vantagens a acentuada perda de peso (40 a 50% do excesso), a manutenção desse quadro a médio e longo prazo e a taxa de resolução
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das comorbidades associadas (GELONEZE; PAREJA, 2006). Geloneze e Pareja (2006) acrescentam que, em conjunto com a indicação cirúrgica, deve haver o esclarecimento do paciente quanto à manutenção, em longo prazo, de terapias dietéticas e suplementação nutricional, além da realização do procedimento por um cirurgião habilitado, somente depois de realizadas prévias avaliações por uma equipe multidisciplinar. Além disso, ressalta-se que o tratamento convencional, como a alimentação saudável e equilibrada e a prática de atividade física, são realmente, os pontos primordiais na terapêutica da obesidade. FARMACOTERAPIA NA OBESIDADE A indicação do uso da farmacologia no tratamento da obesidade é contraditória. Por anos, a terapêutica farmacológica utilizada na obesidade foi vista como uma possibilidade controversa e censurada, decorrente do seu uso irracional, generalização na prescrição e desvalorização do tratamento clássico preventivo. Alguns autores, como Borges-Nonino; Borges; Santos (2006) partem da premissa que a terapia farmacológica pode auxiliar o processo de mudança do estilo de vida e facilitar a adaptação às mudanças
dietéticas, no entanto, não devendo ser utilizada como estrutura fundamental e base no tratamento. Observa-se que o uso de fármacos pode não curar a doença e quando, descontinua-se o tratamento, ocorre, provavelmente, reganho de peso. Assim sendo, deve ser utilizado sempre com acompanhamento médico contínuo e somente ser recomendado, quando considerado seguro e efetivo para o indivíduo em questão. Além disso, os agentes farmacológicos anti-obesidade não são recomendados para uso em crianças, já que até o momento não há dados suficientes sobre seus efeitos nessa faixa etária (MANCINI; HALPERN, 2006). O Consenso Latino Americano de Obesidade (CLAO, 1998) e a Organização Mundial da Saúde (WHO, 1998) são unânimes em recomendar o uso racional de fármacos, associado às mudanças no estilo de vida, nos hábitos alimentares e a inclusão da prática regular de atividade física (COUTINHO; CABRAL, 2000). Desta forma, a prescrição de medicamentos deve ser considerada em pacientes com: a) I.M.C. igual ou maior de 30 Kg/m2; b) I.M.C. igual maior de 25 Kg/m2, acompanhado de outros fatores de risco, como Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus tipo 2 e Hiperlipidemia; c) Quando o tratamento convencional (atividade física,
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mudança comportamental e dieta) não obtém o êxito esperado. CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS E RESPOSTA NA REDUÇÃO DE PESO A escolha do melhor agente farmacológico é decorrente da análise de alguns fatores, como: a eficácia da droga para a redução do peso corporal; a observação de sua segurança; a relação com efeitos colaterais; a não dependência; o conhecido mecanismo de ação e acessibilidade aos pacientes (GUY-GRAND, 1989). De acordo com a Food and Drug Administration (FDA, 1996), o tratamento farmacológico é considerado eficaz quando apresenta 5% de perda significativa de peso e de acordo com o Comitê da Agência Européia para a Avaliação dos Medicamentos (CPMP, 1997), perda superior a 10% em comparação com o placebo. No entanto, Rossner (1992) refere como uma ótima resposta, perdas além de 15% com normalização dos fatores de risco e redução do peso corporal abaixo de 25 Kg/m2. Deste modo, os medicamentos anti-obesidade classificam-se em três categorias de acordo com o Consenso Latino Americano de Obesidade (CLAO, 1998): atuantes sobre o Sistema Nervoso Central modificando o apetite, a saciedade e a conduta alimentar; atuantes incrementando a Termogênese; e atuantes sobre o Sistema Gastrintestinal inibindo a absorção de gorduras. No entanto, as únicas drogas até então, aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA, 1996) para o tratamento de longa duração da obesidade são a sibutramina e o orlistat (GREENWAY; SMITH, 2000). No entanto, a European Medicines Agency, em 2010, recomendou a suspensão da venda de sibutramina, devido ao aumento do risco de acidentes cardiovasculares e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através da Resolução RDC no. 13, de 26 de março do mesmo ano, mudou a classificação da sibutramina para a lista B2, na qual compõem-se de fármacos psicotrópicos anorexígenos, obrigando que o mesmo seja vendido sob receituário azul
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numerado e apresentando tarja preta (ANVISA, 2010; EMEA, 2010). O uso de dois ou mais fármacos no tratamento da obesidade é contra-indicado, bem como, o uso de hormônios da tireóide, diuréticos, laxantes, sedativos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e antagonistas do Sistema Canabinóide (WANNMACHER, 2004), por não apresentarem comprovação científica, bem como por seu uso não ser aprovado cientificamente. No entanto, observa-se que sua utilização é rotineiramente realizada na vivência clínica, prática e principalmente, no processo de automedicação. FÁRMACOS ATUANTES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Todos os medicamentos anorexígenos de ação central, com exceção do mazindol, são derivados de β-fenetilamina, que apresentam a estrutura dos neurotransmissores dopamina, noradrenalina e adrenalina. Essas monoaminas são sintetizadas nas terminações nervosas, armazenadas em grânulos e liberadas na fenda sináptica para agir sobre receptores pós-ganglionares e serem desativadas através da catecol-O-metiltransferase (COMT) ou ainda, serem recaptadas pela terminação nervosa (SAMANIN; GARATTINI, 1993). Esses fármacos influenciam a neurotransmissão adrenérgica e dopaminérgia, estimulando a liberação ou bloqueando a recaptação de adrenalina e dopamina. Neste sentido, quando usado, uma vez que a sua estrutura base é a mesma das monoaminas, é previsível o surgimento de efeitos cardiovasculares (TUCK et al., 1981). Contudo, equilibrando este efeito, observa-se que a perda de peso leva à redução da pressão arterial em um número considerável de pacientes (SHAPIRA et al., 1993) e significativas reduções podem ser obtidas mesmo com modesta perda de peso (média de 5% de redução) (STEVENS et al., 2001). Esses fármacos serotoninérgicos reduzem a ingestão de carboidratos (WURTMAN, 1990), embora se observa maior
repressão alimentar com o uso de dexfenfluramina, quando comparado com o uso de fenfluramina (GOODAL et al., 1992) e aquela também mostrou redução seletiva na ingestão de gordura (LAFRENIERE, 1993) e a peculiaridade de reduzir o tamanho da refeição e o hábito de beliscar (GOODALL et al., 1992). Andersen et al. (1993) mostraram que ambos têm ação hipoglicemiante e que o tratamento com dexfenfluramina tem sido associado com perda de gordura visceral e hepática, situação correlacionada com a melhora na resistência insulínica (SEAGLE; BESSESEN; HILL, 1998; MARKS et al., 1997). Entretanto, dexfenfluramina e fenfluramina foram retirados do mercado em setembro de 1997, após apresentar relatos de doença valvular cardíaca, publicados pela FDA (WHO, 1997; FRIEDMAN et al., 1999). A fenfluramina foi aprovada em 1993, no entanto sem uso com associação, nem em uso por período prolongado, e a dexfenfluramina para uso isolado por mais de um ano (FERREIRA et al., 2009) Contudo, os estudos mostraram que aproximadamente 30% dos pacientes que faziam uso da associação (fenfluramina + fertermina), modo em que o fármaco estava sendo administrado, tinham regurgitação da aorta e/ou da mitral onde somente 1% da população exibiu essa anormalidade (KHAN et al., 1998; JICK et al., 1998; DEVEREUX, 1998). Podem-se também enquadrar neste grupo, os antidepressivos, fármacos não aprovados pelo FDA para esta finalidade. No entanto, podem ser utilizados como uma alternativa no tratamento, pois são fármacos utilizados para tratamento de alterações de humor, colaborando assim, para a regulação do apetite, visto que o paciente obeso apresenta aspectos emocionais e psicológicos identificados como causadores ou retroalimentadores da sua condição de obeso (VASQUES; MARTINS; AZEVEDO, 2004). Dentre este grupo, destaca-se o uso dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) (fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram, fluvoxamina), Antidepressivos Tricíclicos (TCA) (amitriptilina, nortriptilina,
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clomipramina), Antidepressivos Atípicos (amineptina, fluvoxamina, mirtazapina, reboxetina, tianeptina, venlafaxina, trazodona, bupropiona) e Antidepressivos Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO) (iproniazida, fenelzina, clorgilina, moclobemida, toloxatona, befloxatona) (RANG et al., 2004). Os estudos mais comuns relacionados ao ganho ou à perda de peso são relativos aos antidepressivos TCA e aos ISRS (PEIXOTO et al., 2008), principalmente esta última classe farmacológica (LI et al, 2005). A maior dificuldade ainda existente é de se obter uma conclusão definitiva deste tipo de tratamento na prática clínica, pois as dosagens terapêuticas a serem utilizadas apresentam variadas indicações e divergências de indicação pelos autores, e este aspecto aponta para a multifatoriedade do efeito dos antidepressivos na mudança do peso corporal (ROSENZWEIG-LIPSON; BEYER; HUGHES, 2007). Os ISRS são agentes que exibem seletividade para a captação de 5-HT (5-hidroxitriptamina ou serotonina) em relação à captação da noradrenalina (RANG et al., 2004). Neste sentido, concentrações altas de serotonina nos núcleos hipotalâmicos levam à redução do apetite e à preferência por alimentos protéicos e baixos níveis dela, produzem aumento no apetite e preferência por carboidratos (MARQUES et al., 1996). Desta forma, a serotonina tem sido postulada como agente anorexígeno, embora seu efeito na perda de peso em longo prazo não tenha sido demonstrado (CAREK; DICKERSON, 1999). Deitos, Silva e Alves (1995) observaram em seu estudo em pacientes obesas com depressão, que a maioria das pacientes perderam 2 a 11 Kg de peso, em 56 dias de acompanhamento, com o uso de 20mg de Fluoxetina diariamente. Os efeitos colaterais em seu uso consistem em náuseas, anorexia, sudorese, amnésia, sede, insônia e perda da libido (RANG et al., 2004; WADDEN et al., 1995). A metanálise de Li et al. (2005) observou que as análises conduzidas com fluoxetina não foram conclusivas, devido à hetero-
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geneidade dos estudos com esta droga, e com relação a sertralina, observou-se que a perda de peso observado em longo prazo (54 semanas) não foi significativamente maior que o grupo placebo. Com relação aos Antidepressivos Atípicos, o estudo de Malhotra et al. (2002) destaca a eficácia da venlafaxina na redução dos episódios de compulsão alimentar em pacientes obesos portadores de Transtornos da Compulsão Alimentar Periódica. Como exemplo, pode-se citar a bupropiona (ou anfebutamona), que é um antidepressivo utilizado como terapia adjuvante para cessação do tabagismo (HALPERN; MANCINI, 2006). No estudo de Anderson et al. (2002), observou-se perda de 5% do peso corporal, em 48 semanas, porém não associado com redução na pressão arterial. O principal efeito dos TCA consiste em bloquear a captação de aminas pelas terminações nervosas através de sua competição pelo sítio de ligação da proteína transportadora. No entanto, com a descoberta dos ISRS, o uso de TCA e IMAOS tornou-se obsoleta, principalmente, pois apresentam baixa tolerabilidade e maior toxicidade e interação nutricional. Esses antidepressivos podem ser administrados com o consumo alimentar, visando diminuir o desconforto gastrointestinal, embora estas preparações, não devam conter álcool, cafeína e apresentar baixas concentrações de fibras alimentares. O uso destes fármacos podem levar a xerostomia; hiperglicemia; hipertrigliceridemia; alterações no paladar, nas gengivas e nos dentes; aumento ou diminuição de apetite; náuseas e vômitos; diarréia e constipação; flatulência; retenção urinária; hipertensão e hipotensão ortostática; cefaléia e fadiga; arritmia e edema (KEENE; GALASKO; LAND, 2003). Com relação aos aspectos nutricionais, o uso destes fármacos pode depletar a riboflavina e alterar função hepática e glicêmica. Além disso, os nitratos e nitritos usados como conservantes e estabilizadores de cor das carnes, podem potencializar os efeitos hipotensores dos TCA (REIS, 2004). Os IMAO aumentam os níveis de mo-
noaminas no Sistema Nervoso Central. Seu uso concomitante com anti-hipertensivos pode ocasionar potencialização do efeito hipotensor e com cafeína, carbamazepina, carbidopa e levodopa, ao contrário, pode gerar quadros de hipertensão, também observado com o consumo de feniletilaminas, como a tiramina, presente em alimentos como queijos, vinho, peixes, fígado e conservas. Além da hipertensão, os IMAO são hepatotóxicos e provocam diminuição da secreção de ácido clorídrico e da secreção biliar e pancreática, retardando o esvaziamento gástrico e a absorção de princípios nutritivos; aumento do peristaltismo propulsivo do intestino grosso e respectivo aumento do tônus esfíncter-anal, gerando a constipação atônica (REIS, 2004). Destaca-se ainda, que o ciclamato de sódio, presente em alimentos e bebidas adoçadas artificialmente, converte-se no intestino em cicloexilamina, uma amina que pode gerar uma reação adversa com esta classe de fármacos (REIS, 2004). FáRMACOS ATUANTES NA TERMOgênese A sibutramina tem a ação central, pois estimula a termogênese no tecido adiposo marrom em animais e bloqueia a noradrenalina e a serotonina (STOCK, 1997) e em menor grau, inibe a recaptação de dopamina, reduzindo a ingestão alimentar e aumentando a saciedade (BRAY; GREENWAY, 2007). Além de sua atividade simpática aumentada, observou-se que o tratamento com sibutramina pode manter ou aumentar o transporte de leptina cerebral, além de aumentar a atuação de potentes hormônios anorexígenos (LEVIN; DUNN-MEYNELL, 2000; BARANOWSKA et al., 2005). No uso de sibutramina observaram-se: ansiedade, insônia, irritabilidade, nervosismo, constipação, tontura, boca seca e cefaléia, relatados por 10-30% dos pacientes com doses diárias de 20mg (KLASCO, 2006). Com relação às alterações na pressão arterial, de acordo com Bray et al. (1999), observou-se um ligeiro
aumento na pressão arterial (3.5 mmHg na pressão arterial diastólica e 2.4 bpm para freqüência cardíaca). Todavia, numa revisão sistemática com metanálise, observou-se que o aumento da pressão arterial sistólica e diastólica, parece ser maior quando o peso corporal é maior que 92 Kg (JORDAN et al., 2005). Neste sentido, a sibutramina deve ser administrada com precaução em pacientes hipertensos controlados, realizando um acompanhamento regular da pressão arterial. Além disso, é contra-indicada em pacientes hipertensos não controlados, cardíacos e usuários de IMAO e ISRS (SHARMA et al., 2009). Valsamakis et al. (2004), observaram que a sibutramina reduziu a alta sensibilidade a proteína C-reativa (PCR), bem como essa relação, reduziu os níveis séricos de citocinas pró-inflamatórias, fator de necrose tumoral (TNFα) e Interleucina 6 (IL-6), e conseqüentemente, aumentou os níveis séricos de citocinas anti-inflamatórias. Estudos mostram que 66% daqueles que completam um ano de tratamento com sibutramina, perdem mais de 5% de seu peso comparado a apenas 29% do grupo controle, e ainda, 39% dos pacientes perderam mais que 10% do peso comparados com 6% do grupo controle (BRAY; GREENWAY, 1999). No entanto, no ensaio clínico de Wadden et al. (2005), observou-se que obesos, num período de 12 meses, com dieta hipocalórica e terapia combinada (uso da sibutramina e modificações no estilo de vida), apresentaram uma perda de 12.1 ± 9.8 Kg, enquanto que os grupos que receberam sibutramina e os que receberam modificação no estilo de vida, perderam 5 ± 7.4 Kg e 6.7 ± 7.9 Kg, respectivamente. Esse estudo reforça a importância da associação entre o tratamento farmacológico, juntamente com as mudanças inerentes ao estilo de vida, garantindo um resultado clínico mais pronunciado. Observou-se que ambas doses (10mg/dia e 15mg/ dia) foram mais eficazes que o placebo na redução de peso, no entanto, observa-se que a dose mais indicada é de 15mg/
dia (SMITH; GOULDER, 2001; KIM et al., 2003). Em uma recente metanálise de estudos randomizados e controlados com placebo de sibutramina, pelo menos com um ano de duração (10 estudos com 2.623 pacientes), a sibutramina gerou uma redução média de peso corporal de 4,2 Kg (entre 3,6 Kg a 4,7 Kg) mais do que placebo, mostrando, através da tomografia computadorizada, uma redução preferencial de gordura visceral (RUCKER et al., 2007). Relativo a efedrina, Rascovski et al., (2000) estudaram o uso em mulheres obesas, com 60mg de dose diária em 12 semanas, resultando em taxa metabólica aumentada. Com doses mais elevadas, 150mg diariamente por um período de 30 dias, observaram-se redução na perda de peso. Esse fármaco, associado com metilxantinas, como cafeína, aminofilina e teofilina, ou ainda, aspirina e noradrenalina permite um aumento na duração da sua atividade. A cafeína inibe a fosfodiesterase, enzima responsável pela metabolização do AMP cíclico, e assim, maximiza a noradrenalina (LIU et al., 1995; HALPERN; MANCINI, 2006), causando efeitos similares a sibutramina. FÁRMACOS ATUANTES NO SISTEMA GASTRINTESTINAL O orlistat é um potente inibidor, irreversível, de lipases gastrintestinais, enzimas hidrolíticas que catalisam a remoção de triglicerídeos, produzindo ácidos graxos livres e monoglicerídeos. É um análogo estável e parcialmente hidrolizado da lipstatina, composto produzido por um fungo (Streptomyces toxytrici) e assim, aproximadamente 1/3 da ingestão de triglicerídeos não sofre digestão, não sendo absorvida pelo intestino delgado, cruzando o trato gastrintestinal e sendo eliminado. Não apresenta efeito direto sobre a regulação do apetite, no entanto, reflete maior quantidade de gordura nas fezes, estimulando, em longo prazo, baixos teores de gordura na ingestão alimentar (ALTERBURN; NÖEL, 2001).
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Este fármaco também se mostrou associado com uma redução significativa da pressão arterial sistólica e diastólica, quando comparados ao placebo (ZHI et al., 1995). No estudo de Halpern et al. (2003), o uso de orlistat foi associado com maior perda de peso, melhora acentuada da glicemia pós-prandial, hemoglobina glicosilada (HbA1c), perfil lipídico e adiposidade abdominal. Contudo, apesar da não atuação à nível de sistema nervoso central, GOLAY et al. (2005) e Coutinho (2009) retratam que orlistat foi mais eficaz que o placebo no controle da compulsão alimentar. Van Gaal et al. (1998) estudaram o uso do orlistat, em tratamento de 6 meses de duração, com doses de 30, 60, 120 e 240mg, três vezes ao dia e observou que houve diferença significativa a partir do uso de 60mg (total 180mg), atingindo um platô na dose de 120mg (total 360mg). Os efeitos gastrintestinais, fezes oleosas, diarréia, flatulência e urgência fecal, com o uso do orlistat, em geral são de curta duração e ocorrem com maior freqüência nas primeiras semanas de tratamento (MANCINI; HALPERN, 2006). A combinação sibutramina, derivado da β-fenetilamina, e orlistat são utilizados na terapêutica, uma vez que apresentam mecanismos de ação distintos e segundo Drent et al. (1995), demonstraram boa tolerabilidade e eficácia, além de se mostrarem eficientes no tratamento de obesos diabéticos do tipo 2 (DANIELS, 2001). Nos estudos de ERONDU et al. (2007) e KIORTSIS et al. (2008), num período de 12 a 24 semanas, a sibutramina 10mg/dia) e o orlistat (360mg/dia), induziram similares reduções no peso corporal, Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência da cintura dos pacientes, bem como alterações no perfil lipídico (ERONDU et al., 2007; DEROSA et al., 2005). No entanto, houve uma melhora mais evidente da depressão em pacientes usuários de sibutramina (KIORTSIS et al., 2008). Para o tratamento de adolescentes obesos de 12 a 16 anos, o orlistat demonstrou ser mais eficaz, seguro e aprovado pela FDA no uso deste grupo populacional (CHA-
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NOINE et al., 2005). Outros estudos demonstraram avanços no perfil metabólico e endócrino nos pacientes usuários de orlistat, decorrente da perda de peso, da redução de citocinas pró-inflamatórias e aterogênicas, do aumento dos níveis de adiponectina, bem como, da melhoria do quadro de esteatose hepática (ZELBER-SAGI et al., 2006; HSIEH et al., 2005). Jacob et al. (2009) observara que, embora os pacientes diabéticos do tipo 2 perderam menos peso com o fármaco quando comparado com o grupo de não diabéticos, houve uma redução significativa e de grande impacto na glicemia de jejum e HbA1c destes pacientes. Os mecanismos pautados a esse efeito incluem o aumento da sensibilidade a insulina, digestão mais lenta e incompleta da dieta lipídica, diminuição do tecido adiposo visceral e estimulação da secreção do Peptídeo glucagon-like 1 (GLP1) no intestino delgado (JACOB et al., 2009; BALCI et al., 2004). considerAçÕes finAis O excesso de gordura corporal é variável entre os indivíduos e esse critério e sua individualidade bioquímica pode levar aos agravos patológicos associados. A etiologia da obesidade não é de fácil identificação, uma vez que é considerada uma doença de inúmeras procedências, resultado da interação entre fatores comportamentais e culturais; genéticos; endócrinos e metabólicos; dietéticos e psicológicos. Porém, acredita-se que o processo de transição nutricional seja altamente afetado pelo ambiente, decorrente de uma dieta rica em gorduras sintéticas e de origem animal, açúcares, alimentos refinados e pobre em cereais integrais, micronutrientes, fitoquímicos e fibras, aliado ainda, ao sedentarismo e ao estresse. Atualmente, grande parte da população utiliza cronicamente diversos fármacos eletivos, com ação sistêmica, muitas vezes sem prescrição médica, visando a perda de peso de forma rápida, eficiente, definitiva e sem sofrimentos. Neste senti-
do, destaca-se o esquecimento do tratamento clássico e a perda de credibilidade do tratamento farmacológico, decorrente da divulgação de terapias não eficazes para a obesidade e o uso de fármacos não aprovados e efetivos. Os profissionais da saúde se deparam com a falta de informações no âmbito da prática e da clínica, principalmente, referente aos usuários contínuos de fármacos, os portadores de doenças crônicas degenerativas, os idosos e os pacientes com estado nutricional comprometido. Entretanto, como os pacientes muitas vezes são polimedicados, é mais difícil identificar quais as reações adversas e interações presentes, tornando-se imprescindível a determinação de programas de monitorização que ajudariam a detectar e prevenir problemas potenciais na interação fármaco-nutriente. Como a dieta é essencial para ofertar micronutrientes necessários ao funcionamento e metabolismo corporal, e ainda para a recuperação orgânica, o processo de interação nutricional pode resultar em reações e conseqüências não esperadas dentro do processo de disponibilidade e aproveitamento nutricional. Além disso, os dados científicos encontrados não são suficientes para garantir a eficácia e segurança no uso de fármacos para o tratamento da obesidade. Além disso, este tipo de tratamento ainda não se mostra eficaz na produção sustentada, em longo prazo, para a perda de peso. Contudo, alguns destes apresentam atividades úteis para tratar as comorbidades relacionadas à obesidade, e assim, merecem estudos mais profundos e controlados, pois ainda são escassas as pesquisas. Apesar dos resultados satisfatórios com algumas drogas, é certo que a utilização da farmacoterapia isoladamente não é suficiente para deter os avanços da epidemia da obesidade. Assim, até obterem-se provas mais conclusivas sobre a eficácia e a segurança destes fármacos, alterações no estilo de vida, como alimentação e prática de atividade física, são os pilares do tratamento desta epidemia.
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APR
O D A OV
nota técnica
Escopos da calibração e verificação de instrumentos de medição
A
atividade metrológica tem evoluído nos últimos anos, devido a adaptações estruturais do sistema metrológico brasileiro a novas demandas e adesão ao sistema metrológico internacional. Em 2005, o Brasil adotou o VIML-Vocabulário Internacional de Metrologia Legal (Portaria INMETRO n° 163 de 06/09/2005) e em 2009 o VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia (Portaria INMETRO n° 319 de 23 /10/2009). Conceitos antigos foram revisados e novos conceitos foram incorporados. Isto tem acarretado equívocos na interpretação e aplicação dos termos metrológicos. Normas, orientações e documentos, especialmente os mais antigos, nem sempre estão alinhados ao VIM, que veio justamente para promover a harmonização global da terminologia utilizada em metrologia Dificuldades inerentes à interpretação e aplicação prática dos termos calibração e verificação de instrumentos de medição têm sido recorrentes à prática farmacêutica. O Serviço de Atendimento ao Associado (SAA) da ANFARMAG tem recebido e com crescente aumento, dúvidas relacionadas a este assunto, especialmente em relação ao controle metrológico das balanças, demonstrando a importância de elucidar estes conceitos. É também notório que a relação das farmácias magistrais com os órgãos de inspeção sanitária, no que concerne às exigências metrológicas legais, necessita estar firmemente embasada em padrão
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de entendimento único e claro. A Diretoria Técnica da ANFARMAG (DTA) recentemente buscou esclarecimentos junto à Diretoria de Metrologia Legal do Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) em relação aos escopos da calibração e da verificação de um instrumento de medição. Em primeiro lugar é necessário a atualização conceitual e o entendimento do que seja CALIBRAÇÃO (a ser executada por empresa terceirizada conforme o item 5.2.1. da RDC67/2007) e VERIFICAÇÃO METROLÓGICA (executada pelo INMETRO) e qual a finalidade de cada uma destas operações. Segundo definições oficiais que constam do Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM), e do Vocabulário Internacional de Termos de Metrologia Legal (VIML) - disponíveis no site do Inmetro: www.inmetro.gov.br; “Calibração: Operação que estabelece, numa primeira etapa e sob condições especificadas, uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação visando à obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação.” “Verificação de um instrumento de medição: Procedimento que compreende o exame, a marcação e/ou a emissão de um certificado de verificação e que constata e confirma que
o instrumento de medição satisfaz às exigências regulamentares”. O VIM também aboliu o termo “Aferição”, que foi substituído por calibração (que até 1995 era o ato de abrir e fazer a manutenção do equipamento e que passou a se chamar “Ajuste”). A VERIFICAÇÃO METROLÓGICA é uma atribuição do INMETRO, tem caráter compulsório e é aplicável para instrumentos regulados pelo INMETRO, como as balanças (Portaria INMETRO nº. 236/1994, atualizada pelas Portarias INMETRO nº. 166/2007 e 266/2009). Esclarecendo: O INMETRO não faz CALIBRAÇÃO e sim VERIFICAÇÃO METROLÓGICA. Quando o INMETRO (ou IPEM – Instituto de Pesos e Medidas) “VERIFICA” uma balança, emite um “Certificado de Verificação” ou aplica um “Selo de Verificação” que confirma que a mesma satisfaz as exigências regulamentares. Além de testar a confiabilidade da balança, faz parte da verificação metrológica observar as condições do equipamento em relação à integridade física bem como estarem dispostas em locais apropriados. Já a CALIBRAÇÃO deve ser realizada através dos laboratórios acreditados pela Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO, que compõem a Rede Brasileira de Calibração - RBC. É um procedimento que resulta num “Certificado de Calibração” onde constam os erros e incertezas declaradas (não apontados em um certificado de verificação metrológica) e permitem ao usuário decidir se o instru-
mento está apto para o uso. Ao calibrar um instrumento podemos, através de seu certificado de calibração, avaliar os valores dos resultados mensurados com a incerteza associada e determinar as correções necessárias. Portanto, a CALIBRAÇÃO a que se refere a RDC 67/2007 e a VERIFICAÇÃO METROLÓGICA executada pelo INMETRO são, do ponto de vista técnico/legal, operações distintas com finalidades diferentes. É importante ressaltar que a calibração não isenta o instrumento do controle metrológico (verificação) estabelecido na Regulamentação Metrológica. Por outro lado, com relação à calibração interna das balanças (executada pela própria farmácia), o INMETRO a admite desde que a farmácia possua pessoal treinado e padrões rastreáveis à RBC. Vale lembrar que o processo é minucioso envolve condições ambientais controladas e a determinação dos valores das incertezas das medições. Porém, a RDC 67/2007 impõe às farmácias, pelo menos anualmente, a obrigatoriedade da calibração por empresa externa, certificada pela rede RBC: RDC 67 – Anexo I – Boas Práticas
de Manipulação 5.2. Calibração e Verificação dos Equipamentos 5.2.1. As calibrações dos equipamentos e instrumentos de medição devem ser executadas por empresa certificada, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da freqüência de uso do equipamento. Deve ser mantido registro das calibrações realizadas dos equipamentos, instrumentos e padrões. 5.2.2. A verificação dos equipamentos deve ser feita por pessoal treinado do próprio estabelecimento, antes do início das atividades diárias, empregando procedimentos escritos e padrões de referência, com orientação específica, mantidos os registros. No dia a dia, conforme o item 5.2.2., deve ser feita a “VERIFICAÇÃO” das balanças. Não se deve confundir esta “verificação” mencionada na RDC 67/2007 com a “verificação metrológica, a qual já foi definida e exemplificada acima. Esta verificação diária é na verdade uma “calibração simplificada”. Com o peso pa-
drão devidamente calibrado a farmácia executa a verificação diária das balanças, registrando os valores encontrados e monitorando-os continuamente para certificar-se de que se encontram dentro de limites de erro toleráveis. A portaria 236 do INMETRO: Classificação de Balanças estabelece um valor de erro máximo aceitável (tolerância) para as balanças, em função da classe de exatidão do instrumento. Já a portaria 233 do mesmo órgão estabelece os erros máximos permitidos para massas de calibração ou de verificação das balanças. O objetivo desta operação é fornecer evidências sobre a manutenção ou não da conformidade do instrumento. Todavia, as verificações diárias não isentam a farmácia de executar a calibração. Algumas VISA’s aceitam o Certificado de Verificação Metrológica, não exigindo o Certificado de Calibração. Mas, conforme vimos, do ponto de vista técnico e legal ambos são necessários. Ainda que o impacto econômico das exigências metrológicas seja significativo, há que se reconhecer que metrologia e qualidade são dois conceitos fortemente interligados, e que, assim sendo, todas as garantias e precauções são bem vindas.
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Contribuiu para esta matéria a Dra. Rejane Heyse Ribas, graduada em Farmácia e Bioquímica e Farmácia Industrial pela Universidade Federal do Paraná, com especialização em Manipulação Alopática e pós-graduação em Atenção Farmacêutica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Possuir 23 anos de experiência no segmento magistral e atualmente é membro do Conselho Editorial da Revista InformAçao Magistral, da Diretoria Técnica da Anfarmag e proprietária e diretora técnica da Farmácia Artepharma Ltda.
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legal
Aspectos legais da gestão de instrumentos de medição
O
s estabelecimentos farmacêuticos magistrais, ao realizarem seus procedimentos de pesagem e/ou mensuração de volume de insumos para compor suas formulações, devem proceder aos registros, os quais deverão estar disponíveis às inspeções sanitárias de calibrações, verificações e manutenções periódicas. Segundo a Resolução RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007, ANEXO I, calibrações e verificações de instrumentos de medição são obrigatórios conforme segue: “5.2.1. As calibrações dos equipamentos e instrumentos de medição devem ser executadas por empresa certificada, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da freqüência de uso do equipamento. Deve ser mantido registro das calibrações realizadas dos equipamentos, instrumentos e padrões. 5.2.2. A verificação dos equipamentos deve ser feita por pessoal treinado do próprio estabelecimento, antes do início das atividades diárias, empregando procedimentos escritos e padrões de referência, com orientação específica, mantidos os registros.” As calibrações devem ser realizadas por empresas devidamente credenciadas para tal atividade junto ao Instituto de Pesos e Medidas - IPEM localizado em cada região.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE AFERIÇÃO, CALIBRAÇÃO OU AJUSTE DE BALANÇA? Em palavras simples, o termo aferição foi abolido, sendo substituída pela palavra calibração que significa colocar um peso conhecido sobre a balança ou instrumento de pesagem. Essa calibração deve ser efetuada registrando-se as pesagens indicadas com este mesmo peso no mínimo três vezes cada teste para se obter uma média das medições indicadas na balança ou instrumento de pesagem. Após registro dos valores das pesagens, procede-se ao estudo estatístico para se demonstrar o resultado de incerteza (procedimento denominado cálculo de incerteza). Este resultado proverá condições de avaliação da precisão da medição de cada instrumento de pesagem e, portanto, de tomada de decisão para continuidade do uso ou revisão do equipamento. QUAL É O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA FISCALIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO? Com o objetivo de assegurar ao cidadão a exatidão das medições nos campos onde a Metrologia Legal atua, o INMETRO se faz presente em todo o Brasil fiscalizando os instrumentos de medição e os produtos pré-medidos, por meio de seus órgãos delegados nos estados, os quais, em sua grande maioria, são conhecidos por IPEM.
Bases LED Protetor Solar FPS 50 Protetor Solar FPS 30 Testados “in vivo” em laboratório credenciado pela ANVISA.
A mais completa Linha de Bases. Economia, Praticidade, Segurança, Qualidade e Padronização para a farmácia de manipulação.
Base Anidra (Base Cremosa Dermatologicamente Testada) LANÇAMENTO Creme Hidratante Hipoalergênico (Dermatologicamente Testado) Creme Hidrossolúvel Aniônico NOVO Creme Siliconado (com Emulsão água em Silicone) NOVO Creme Hidratante Clean Creme Hidratante Hidrossolúvel Creme Hidratante Não Iônico com Óleo de Amêndoas e Óleo de Uva Creme Hidratante Cold Cream Creme Hidratante Não Iônico Loção Hidratante Hidrossolúvel Loção Hidratante Oil-Free Loção Hidratante Não Iônica com Óleo de Amêndoas e Óleo de Uva Condicionador Shampoo Base Perolado NOVO Shampoo para Cabelos Secos Shampoo para Cabelos Oleosos Shampoo para Cabelos Normais Sabonete Líquido Perolado Sabonete Cremoso Gel Hidratante com Carbomer Gel Hidratante com Hidroxietilcelulose Gel Creme Hidratante Gel Creme Hidratante Plus
Led – Laboratório de Evolução Dermatológica Ltda. Televendas: (19) 3227-1471 / Fax: (19) 3267-7555 www.ledlaboratorio.com.br e-mail: vendas@ledlaboratorio.com.br
legal Aspectos legais da gestão de instrumentos de medição
A Fiscalização da Qualidade é uma atividade que consiste no acompanhamento dos produtos certificados (compulsoriamente) e regulamentados (produtos têxteis e de baixa tensão) disponíveis no mercado de consumo. Esse acompanhamento objetiva verificar se esses produtos estão de acordo com as Normas e os Regulamentos Técnicos vigentes, pois a sua conformidade é a garantia da saúde e da segurança dos cidadãos que os consomem. O INMETRO define as regras em documentos específicos (o que e como avaliar cada produto), promove o desenvolvimento da infra-estrutura para avaliação (laboratórios de calibração e de ensaios, padrões metrológicos, organismos de certificação acreditados, normas técnicas, etc.), implementa a avaliação e dá assistência às partes interessadas, em especial às micro e pequenas empresas A certificação é feita por um organismo acreditado pelo INMETRO. A acreditação é palavra da língua portuguesa, de uso recente no Brasil. Ao acreditar o organismo, com base em critérios internacionalmente aceitos, o INMETRO o reconhece tecnicamente competente para efetuar a avaliação da conformidade de um determinado produto. As equipes metrológicas visitam periodicamente os estabelecimentos comerciais e industriais, verificando as balanças em uso e fiscalizando as medições dos produtos vendidos ao consumidor. O instrumento é submetido aos ensaios de determinação de erros de medição, utilizando-se para isso padrões rastreados ao INMETRO. As empresas de instalação, manutenção e conserto de instrumentos de medição, bem como o seu pessoal técnico, devem estar autorizados junto ao IPEM para poderem prestar serviços. O IPEM inspeciona regularmente essas empresas e fiscaliza o cumprimento da legislação específica a que estão sujeitas.
Para obter a certificação de produto, é necessário contatar um dos Organismos de Certificação de Produto credenciados pelo INMETRO. A lista dos organismos de certificação encontra-se disponível no endereço www.inmetro.gov.br/organismos/ index.asp
COMO DEVO PROCEDER PARA CERTIFICAR UM PRODUTO?
www.inmetro.gov.br www.ipem.sp.gov.br/ (para Estado de São Paulo)
A BALANÇA DEVE SER SUBMETIDA À VERIFICAÇÃO METROLÓGICA E À FISCALIZAÇÃO? Sim. A balança é submetida à verificação metrológica e à fiscalização pelo INMETRO, através de sua Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade e, no caso de atendimento a legislação metrológica, os instrumentos receberão a marca de verificação, indicando o seu prazo de validade. A utilização deste serviço de calibração e ajustes assegura que o seu processo produtivo não seja afetado por possíveis erros em sua balança. O Certificado de Calibração apresenta como principal diferencial a rastreabilidade da Rede Brasileira de Calibração - RBC, reconhecida nacionalmente. Este documento identifica acima de tudo o status de calibração e garante o atendimento a requisitos específicos de Normas como NBR/ISO 9001 e NBR/ISO 17025. Os pesos utilizados para a calibração devem ser padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração – RBC. No âmbito da Metrologia Legal, os instrumentos de medição sujeitos ao controle metrológico apresentam selos que impedem seu uso indevido e etiqueta identificando a validade da última verificação metrológica na forma “VERIFICADO”. Existem taxas para os serviços metrológicos, os quais estão em vigor desde 01 de abril de 2010, determinados pela Medida Provisória 472, de 16 de dezembro de 2009. LINKS DE INTERESSE:
EMPRESAS SÓCIO-COLABORADORAS
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Revista Técnica do Farmacêutico - Órgão Oficial da Anfarmag Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais diretor eXecutivo Marco Fiaschetti – executivo@anfarmag.org.br coordenAdor áreA tÉcnicA Vagner Miguel – vmiguel@anfarmag.org.br coordenAdorA tÉcnicA e sAA Carolina Leiva Fiore – carolina@anfarmag.org.br equipe fArmAcêuticA dA áreA tÉcnicA Felipe Augusto Sbruzzi. Hélio Martins Lopes Júnior, Lúcia Helena S. G. Pinto e Maria Aparecida Ferreira dos Soares relAcionAmento & mArKeting Simone Tavares - relacionamento@anfarmag.org.br
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1ª Jornada Paul ista de Farmácia com Manipulação data: 20 e 21 de novembro de 20 10 local: Associaçã o Paulista de Ho meopatia (APH) Rua Dr Diogo de Faria, 839 – Vila Clementino – Sã site: www.sinco o Paulo farma.org.br Apresentando o tema “Farmácia Homeopática e Al o futuro?”, este opática, qual evento, que será promovido pelo (Sindicato do Co SINCOFARMA mércio Varejista de Produtos Farm Estado de São Pa acêuticos do ulo), terá duraçã o de dois dias e abordará como a programação principais assunt os “Sistema de Ge Qualidade”, “Em stão da preendedorismo, fazendo a difere “Atualização da nça” e legislação, o que posso e não poss informações no o fazer.” Mais site ou pelos tele fones: (11) 3224 0800774-6006 in -0966 capital e terior
coordenAção editoriAl Cleinaldo Simões simoes@cleinaldosimoes.com.br conteÚdo editoriAl Área Técnica Anfarmag edição Cleinaldo Simões Arte e diAgrAmAção
SPU1 Art & Design Gladstone Barreto e Wagner Ferreira e-mail: contato@spu1.com.br / site www.spu1.com.br imAgem dA cApA www.sartorius.com/index.php comerciAl mobyle promocional (11) 3942.6122 mobyle@anfarmag.org.br impressão copypress www.copypress.com.br coordenação geral
Revista destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parlamentares e autoridades da área de saúde dos governos federal, estadual e municipal. Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DOS TEXTOS DA REVISTA TÉCNICA DO FARMACÊUTICO periocidade: Bimestral circulação: Nacional tiragem: 5.000 exemplares 30| revistA tÉcnicA do fArmAcêutico distribuição dirigida
XXX Congresso Brasileiro de Homeopatia data: 22 a 27 de novembro de 2010 local: Mar Hotel Recife - Pernambuco site: www.factos.com.br/cbh2010/ O evento será promovido e realizado pela Associação Médica Homeopática Brasileira e pela Associação Homeopática de Pernambuco. O tema discutido nos seis dias de palestras e apresentação de trabalhos será “Homeopatia: uma abordagem sistêmica do ser”. As inscrições podem ser feitas até o dia do evento e o envio de trabalhos científico vai até dia 30 de agosto. Mais informações pelo telefone: (81) 3463-0871 ou pelo e-mail: cbh2010@factos.com.br
Homeopatas cional de Farmacêuticos XVI ENFH - Encontro Na bro de 2010 data: 24 a 26 de novem tel Ho local: Mar Recife – Pernambuco /cbh2010/ site: www.factos.com.br
Congresso comitantemente com XXX Este evento ocorrerá con relacionados as Tem os ers a e contemplará div Brasileiro de Homeopati ticas, Gestão da de Preparações Homeopá a Pesquisa, Estabilidade . Para maiores Dispensação entre outros Qualidade, Prescrição e bfh.com.br) ou w.a no site da ABFH (ww informações acesso o link actos.com.br/ w.f (ww a ti opa iro de Home do XXX Congresso Brasile cbh2010/)
NORMAS
Submissão de artigo para publicação Escopo e Política A Revista Técnica do Farmacêutico é uma publicação bimestral da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais que objetiva a comunicação e ensino de farmacêuticos e outros profissionais da cadeia da saúde em assuntos/temas relevantes, atuais e de grande interesse para suas práticas profissionais. Tal objetivo atende à ordem estatutária da entidade em apoio ao segmento, como mais uma de suas ferramentas de apoio à contínua qualificação e melhoria da qualidade da saúde no país. Possui circulação em todo o território nacional e no exterior e seu público alvo envolve farmácias magistrais, universidades, instituições regulatórias/sanitárias, entidades, empresas da cadeia farmacêutica e profissionais. Dentro desta política, tem por premissa publicar artigos de revisão, artigos técnicos e notas técnicas redigidos em português, que podem ser elaborados por quaisquer profissionais com o escopo voltado para a área magistral. A Revista Técnica do Farmacêutico possui corpo editorial próprio, formado por acadêmicos de universidades que também participam de câmaras temáticas da ANFARMAG, bem como profissionais farmacêuticos convidados, com relevantes conhecimentos e serviços prestados à causa magistral. Toda esta estrutura permite o fortalecimento de ações e a veiculação de saberes técnico-científicos na área da saúde através deste periódico, prestando importantes serviços ao segmento. Preparação dos Artigos Apresentação: Os manuscritos devem ser apresentados em arquivo eletrônico, em formato Word e encaminhados exclusivamente para o e-mail: revista@anfarmag. org.br. Os textos deverão ser apresentados em lauda padrão A4, espaço de 1,5 entre linhas e parágrafos, com margem superior e esquerda de 3 cm e inferior e direita de
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2 cm, parágrafo justificado e não hifenizado, digitados em fonte Times New Roman – tamanho 12. Os artigos de revisão devem ter entre 9 e 15 páginas, os artigos técnicos entre 4 e 8 páginas e as notas técnicas no máximo 3 páginas. Estrutura Cabeçalho: constituído por: Título do trabalho, que deve ser breve e indicativo da exata finalidade do trabalho; Autor(es) por extenso e apenas o sobrenome em letra maiúscula, indicando a(s) instituição(ões) a(s) qual(is) pertence(m) mediante números. O autor responsável pela publicação deve ser expressamente indicado entre os colaboradores. O autor para correspondência deve ser identificado com asterisco, fornecendo o endereço completo, incluindo o eletrônico. Resumo (em português): deve apresentar a condensação do conteúdo, expondo objetivos, metodologia, resultados e conclusões, não excedendo 250 palavras. Deve vir acompanhado do Abstract e Keywords. Unitermos: devem representar o conteúdo do artigo, evitando-se os de natureza genérica. Observar o limite máximo de 6 (seis) unitermos. Introdução: deve estabelecer com clareza o objetivo do trabalho e sua relação com outros trabalhos no mesmo campo. Extensas revisões de literatura devem ser substituídas por referências aos trabalhos bibliográficos mais recentes, nos quais tais revisões tenham sido apresentadas. Materiais e Métodos: a descrição dos materiais e métodos usados deve ser breve, porém suficientemente clara para possibilitar a perfeita compreensão e repetição do trabalho. Processos e Técnicas já publicados, a menos que tenham sido extensamente modificados, devem ser apenas referidos por citação. Estudos em humanos e em animais devem fazer referência à aprovação do Comitê de Ética correspondente. Resultados e Discussão: devem ser apresentados de forma concisa e em ordem lógica. Tabelas ou figuras, quando possível, devem substituir o texto, na apresentação
dos dados. Sempre que pertinente, fornecer as faixas, desvios padrão e indique as significâncias das diferenças entre os valores numéricos obtidos. A discussão deve se restringir ao significado dos dados obtidos e resultados alcançados, procurando, sempre que possível, relacionar sua significância com trabalhos anteriores da área. Especulações que não encontram justificativa para os dados obtidos devem ser evitadas. É facultativa a apresentação desses itens em separado. Conclusões: quando pertinentes, devem ser fundamentadas no texto. Agradecimentos: devem constar de parágrafo à parte, antecedendo as referências bibliográficas, e ser compatíveis com as exigências de cortesia e divulgação. Se houve suporte financeiro, deve ser incluído nesse item. Referências bibliográficas: devem ser citadas apenas as essenciais ao conteúdo do artigo e organizadas em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro autor, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR-6023. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade dos autores. À seguir, são transcritos alguns exemplos: 1. Livros Com até 3 autores: ADES, L.; KERBAUY, R. R. Obesidade: realidade e indignações. Psicologia USP, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 197-216, 2002. Com mais de 3 autores: Na citação referenciar como et al. e nas referências colocar todos os nomes. Autores Corporativos: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº. 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 de agosto de 2009, Seção 1, páginas 78 a 81. Disponível em:
<http://e-legis.bvs.br/leisref/public/show Act.php?id=16614>. Acesso em: 11 nov. 2007. 2. cApítulo de livros FIESE, E.F.; HAGEN, T.A. Pre-formulacao. In: LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H.A.; KANIG, J.K. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001. p.295340. 3. teses e dissertAçÕes 3.1 trabalho de conclusão de curso BARREIRO, Antônio Carlos Sotto; CARESATTO, Claudia Tereza; PEREIRA, Selma Gomes. As Representações Sociais de usuários sobre o atendimento em um Serviço de acompanhamento farmacoterapêutico estruturado em universidade da Baixada Santista [monografia]. São Paulo: Curso de Pós-graduação em Atenção Farmacêutica, Instituto Racine, 2010. 3.2 dissertação de mestrado e tese de doutorado CLAUMAN, R. C. N. O farmacêutico e a atenção farmacêutica no novo contexto de saúde. 2003. 98 p. Dissertação (Mestrado) – Curso de Pós-graduação em Engenharia da Produção como requisito parcial para a obtenção do Título de Mestre em Engenharia da Produção-Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, Florianópolis, 2003. BRAGA, G. K. Identificação dos riscos sanitários na manipulação de medicamentos alopáticos não estéreis em farmácia comunitária e o papel das boas práticas de manipulação no controle desses riscos. 2009. 126f. Tese (Doutorado em Medicamentos e Cosméticos) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. 4. Artigos de periódicos STORPIRTIS, S. Biofarmácia e farmacocinética: ensino e pesquisa. infarma, Brasília, v. 2, n. 4, p. 19-20, 1993. 5. eventos científicos CONGRESSO BRASILEIRO DE MANIPULAÇÕES FARMACÊUTICAS, 2., 1998, Goiânia. Manual do participante e resumo dos trabalhos. Goiânia: Conselho Federal de Farmácia, 1998. 54 p.
6. normAs ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. nbr 9000: normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade: diretrizes para seleção e uso. Rio de Janeiro, 1990. Citação bibliográfica: As citações bibliográficas devem ser apresentadas no texto pelo(s) sobrenome(s) do(s) autor(es), em letras maiúsculas, seguidas do ano de publicação. No caso de haver mais de três autores, citar o primeiro e acrescentar a expressão et al., todavia nas referências deverão ser incluídos todos os autores. Abreviaturas e Siglas: podem ser utilizadas, desde que descritas integralmente na primeira vez em que aparecem no texto. Por exemplo: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). ilustrações: as ilustrações (gráficos, tabelas, estruturas químicas, equações, mapas, figuras, fotografias, dentre outros) devem ser apresentadas em preto e branco, indicando o local de inserção no texto. Mapas e fotografias devem ser digitalizados em extensão jpg. As tabelas devem ser numeradas consecutivamente em algarismos romanos e as figuras em algarismos arábicos, seguidos do título. As palavras TABELA e FIGURA devem aparecer em maiúsculas apenas no título ou na legenda, respectivamente. Legendas e títulos devem acompanhá-las nos arquivos separados, assim como no texto. nomenclatura: pesos, medidas, nomes de plantas, animais e substâncias químicas devem estar de acordo com as regras internacionais de nomenclatura. A grafia dos nomes de fármacos deve seguir as Denominações Comuns Brasileiras (DCB) em vigor, podendo ser mencionados uma vez (entre parênteses, com inicial maiúscula) os registrados. Nova Ortografia: Apesar de a nova regra ortográfica estar em vigor desde janeiro de 2009, as duas normas anterior e atual, poderão vigorar até dezembro de 2012. publicAção A publicação de artigos na Revista Técnica do Farmacêutico está condicionada à aprovação do Conselho Editorial. Para o recebimento da edição da revista em que constar a publicação do artigo, os autores responsáveis deverão fornecer seus endereços. Comissão de Publicações Técnicas Anfarmag.
REGIONAIS endereços
Rua Vergueiro, 1855 - 12° andar São Paulo - SP CEP: 04101-000 Tel.: (11) 2199-3499 Fax.: (11) 5572-0132 www.anfarmag.org.br anfarmag@anfarmag.org.br
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1° Vice-Presidente Hugo Guedes de Souza - ES
2° Vice-Presidente Ademir Valério da Silva - SP
3° Vice-Presidente Marcos Antonio Costa de Oliveira - MG
Secretário Geral Ivan da Gama Teixeira - SP
2° Secretária Rejane Alves Gue Hoffmann - PR
Tesoureiro Antônio Geraldo Ribeiro dos Santos Jr. - SP
2° Tesoureiro Adolfo Cabral Filho - SC
Conselho Fiscal Maria Cristina Ferreira Silva - RJ Juracy Regina Sonagli - SC José Tadeu de Souza Barbosa - AL
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REGIONAL BA/SE Presidente: Tatiana M. Freitas Galvão Endereço: Av. Paulo VI, 1816 – Pituba Salvador – BA – CEP: 41810-001 Telefone: (71) 3358-9334 – FAX (71) 3358-4094 E-mail: regional.base@anfarmag.org.br REGIONAL DF Presidente: Carlos Alberto P. Oliveira Endereço: SIG - Quadra 04 - Lote 25 - Sala 09 Empresarial Barão de Mauá – Brasília – DF CEP: 70.610-440 Telefone/Fax: (61) 3344-4152 E-mail: regional.df@anfarmag.org.br REGIONAL ES Presidente: Denise de Almeida M. Oliveira Endereço: - Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 sala 608 - Torre BT - Edifício Corporate Center - Santa Lúcia – Vitória - ES – CEP: 29056-245 Telefone: (27) 3235-7401 E-mail: regional.es@anfarmag.org.br REGIONAL GO/TO Presidente: Gilmar Silva Dias Endereço: Rua 7-A, Nº 189, Edifício Marilena Sala 201, Setor Aeroporto, Goiânia – GO CEP.: 74075-230. Telefone: (62) 3225-5582/ FAX (62) 3224-2114 E-mail: regional.goto@anfarmag.org.br REGIONAL MG Presidente: Soraia Moura T. de Almeida Endereço: Avenida do Contorno, 2646 - sala 1102 e 1104 - Floresta - Belo Horizonte – MG CEP: 30.110-080 Telefone: (31) 2555-6875 e (31) 2555-2955 E-mail: regional.mg@anfarmag.org.br REGIONAL MS Presidente: Ana Paula Busato Zandavalli Endereço: Av. Rodolfo José Pinho Nº 66 - Jardim São Bento – Campo Grande – MS CEP: 79004-690 Telefone: (67) 3026-4655 E-mail: regional.ms@anfarmag.org.br REGIONAL MT Presidente: Ivete Souza Peaguda Endereço: Rua Brigadeiro Eduardo Gomes nº 37 Bairro: Goiabeiras – Cuiabá – MT CEP: 78045-350 Telefone: (65) 3027-6321 E-mail: regional.mt@anfarmag.org.br REGIONAL PR Presidente: Marina Sayuri M. Hashimoto Endereço: Rua Silveira Peixoto n° 1040, 9° andar, sala 901 –Curitiba – PR – CEP: 80240-120 Telefone: (41) 3343-0893 - Fax: (41) 3343-7659 E-mail: regional.pr@anfarmag.org.pr REGIONAL RJ Presidente: Luciana Ferreira M. Colli Endereço: Rua Conde de Bonfim, 255 sala 912 Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20.520-051 Telefone: (021) 2569-3897 E-mail: regional.rj@anfarmag.org.br REGIONAL PB/RN Presidente: Célia Buzzo Endereço: Av. Camilo de Holanda, 500 – Centro João Pessoa – PB – CEP: 58013.360 Telefone: (83) 3218-2600 - Fax: (83) 3222-4634 E-mail: regional.rnpb@anfarmag.org.br REGIONAL RS Presidente: Eliane Aranovich Endereço: Av. Mauá, 2011 - Sala 607 Porto Alegre – RS – CEP: 90030-080 Telefone: (51) – 3225-9709 E-mail: regional.rs@anfarmag.org.br
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