Revista Técnica do Farmacêutico - Edição 10

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ISSN 2178-8405

Publicação da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. ANO 2 – Nº 10 – JANEIRO/FEVEREIRO 2011

Atenção fArmAcêuticA o fArmAcêutico e A práticA dA Atenção fArmAcêuticA

fArmAcotécnicA estudos preliminAres pArA AvAliAr A estAbilidAde fÍsicA e fÍsico-QuÍmicA de duAs prepArAções de sAbonete lÍQuido nAs formAs trAnspArente e perolAdo

notA técnicA AlternAtivA pArA QuAlificAção do etAnol como insumo inerte pArA homeopAtiA



Modelo de Qualidade

RDC 44/2010 Quero aproveitar este espaço para reforçar a todos vocês as conversas com a ANVISA sobre as medidas de controle dos antibióticos. Os responsáveis pela agência reguladora têm plena consciência de que as farmácias magistrais já cumprem com as medidas exigidas. E que vamos sofrer alguns efeitos colaterais por conta do aumento dos controles. Pessoalmente, manifestei meu apoio à intenção da medida. Mas enfatizei a discordância do segmento com nova medida que deixa de informar claramente

os nossos diferenciais na dispensação de medicamentos. Que o ano de 2011 seja pródigo em alegria para todos. Conto com vocês. Maria do Carmo Garcez Presidente da Anfarmag Nacional

04 | Atenção farmacêutica

32 | endereços

O farmacêutico e a prática da atenção farmacêutica

34 | Índice remissivo

12 | Farmacotécnica Estudos preliminares para avaliar a estabilidade física e físico-química de duas preparações de sabonete líquido nas formas transparente e perolado

20 | nota técnica Alternativa para qualificação do etanol como insumo inerte para homeopatia

24 | legal Orientações para que a farmácia tenha um site de acordo com as normas da anvisa

28 | Leitura farmacêutica 30 | Normas Submissão de artigo para publicação

Revista Técnica do Farmacêutico - 2010

relação de anunciantes

sumário

A implantação do SINAMM como modelo de qualidade da farmácia magistral brasileira terá continuidade em 2011. Uma série de novidades e aprimoramentos começará em breve a ser apresentada em detalhes para vocês que têm se dedicado em concretizar um projeto que vai além de cada estabelecimento. Este é um projeto que contribui de forma decisiva para a melhoria da reputação de todo o segmento. O apoio que temos recebido de diversos integrantes da vigilância sanitária, especialmente de estados e municípios, comprovam que estamos no caminho certo. Para eles, torna-se cada vez mais evidente quais são as farmácias que adotaram o SINAMM como programa de qualidade, de educação continuada e, agora, de relacionamento com o público consumidor.

Estamos com expectativas muito positivas diante dos primeiros resultados da comunicação com os prescritores. A quebra de paradigma para aqueles colegas que não adotavam uma estratégia de aproximação com os prescritores torna auspicioso o futuro.

editorial

Meus colegas de trabalho

02 - consulfarma 05 - Quallitá 07 - Elyplast 09 - BSTEc 13 - AllChemistry 15 - CAPSUTEC 17 - Racine 19 - Intecq 22 - Quibasa 23 - Vyvedas 25 - LED 27 - Ortofarma 29 - pharmaceutical 31 - Labsynth 35 - Alternate 36 - Senac


Atenção fArmAcêuticA

o farmacêutico e a prática da atenção farmacêutica T�e ��armacist and t�e ��armaceutical care �ractice

R

esumo: O artigo aborda a importância do profissional farmacêutico na prática da Atenção Farmacêutica considerando que este profissional agrega os aspectos de relevância para esta prática extremamente complexa decorrente da interação dos aspectos técnico-científicos e humanísticos. A interação do profissional farmacêutico acontece em dois diferentes níveis de conhecimento; o humanístico que requer conhecimento no levantamento das informações relevantes que o paciente apresenta quanto aos sintomas apresentados além de outros aspectos envolvidos e, o técnico-científico, que exige conhecimento e experiência para a promoção de acompanhamento farmacoterapêutico adequado ao usuário do medicamento. palavras-chave: Atenção Farmacêutica; Acompanhamento Farmacoterapêutico; Dispensação de Medicamentos

abstract: This paper focus on the pharmaceutical care provided by a pharmacist, taking into account the relevance the role this professional plays when dealing with complex technical practices combined with humanistic interaction aspects. Currently the interaction professional-patient happens at two different levels of expertise; at the humanistic level, by requiring expertise in interview techniques (among others) in order to extract the relevant information from the patient about symptoms and any other influential aspects and at the technical level, by requiring knowledge and experience in order to provide an adequate and effective pharmacotherapeutical support to the patient. KeyWOrds: Pharmaceutical Care; Pharmacotherapeutical Support; Medicine Dispensation

maria aparecida nicOletti 1 farmácia universitária do departamento de farmácia da faculdade de ciências farmacêuticas da universidade de são paulo – usp/sp / curso de farmácia e bioquímica da universidade guarulhos – ung/sp 1

farmácia universitária – departamento de farmácia da faculdade de ciências farmacêuticas da universidade de são paulo avenida professor lineu prestes, 580 cep: 05508-900 são paulo – capital e-mail: nicoletti@usp.br ou maria-nicoletti@uol.com.br farmacêutica-bioquímica graduada pela faculdade de ciências farmacêuticas da universidade estadual paulista Júlio de mesquita filho (unesp – campus araraquara). mestrado e doutorado realizados na universidade de são paulo – faculdade de ciências farmacêuticas – campus são paulo. 1

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Foto: ©iStochphoto.com / Diego Cervo

Evolução histórica do profissional farmacêutico Historicamente, desde os tempos mais remotos, há registros da participação de indivíduos que assumiam a incumbência da elaboração de “preparações para o restabelecimento da saúde”, atualmente denominadas de medicamentos. Por muito tempo as preparações medicamentosas estiveram ligadas aos rituais religiosos e, por esta razão, o efeito farmacológico obtido a partir da administração de determinadas drogas era atribuído à ação das divindades cultuadas pelas diferentes civilizações. O conceito atual e legal de medicamento estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é “produto tecnicamente obtido ou elaborado com finalidades paliativa, curativa, preventiva ou para fins de diagnóstico” (lei 5991) 6,9,12, ou seja, verifica-se que sua função não está ligada somente ao processo de restabelecimento da saúde, como anteriormente era estabelecido. As exigências legais do segmento relacionado à elaboração de medicamentos são continuamente avaliadas e inovadas além de que, nesta fase de globalização, em todos os níveis, tornou-se necessário o acompanhamento das diretrizes mundiais a respeito do que é esperado do medicamento, ou seja, que sejam eficazes, seguros e com qualidade 14. A “arte” na elaboração de medicamentos, antigamente assim denominada, tem sido aprimorada através dos tempos em favorecimento, ou não, do “paciente”, isto porque, a própria origem do termo “fármaco” (do grego pharmakon, que é o componente responsável pela atividade farmacológica), tem diferentes significados como droga, medicamento, remédio e filtro má-

gico; o que vai delinear a opção por um ou outro significado é a quantidade em que é utilizado podendo levar, assim, ao processo de cura ou ao óbito 1. O que hoje se assume como necessidade de utilização dos conhecimentos científicos e tecnológicos na elaboração de medicamentos, antigamente, era considerado “arte”, daí a expressão em latim que, até os dias de hoje, acompanha as preparações magistrais “Fiat Secundum Art” (F.S.A.), ou seja, “faça segundo a arte”. Os registros históricos estabelecem vários momentos importantes para a prática farmacêutica, entretanto, alguns deles merecem destaque especial em função do impacto e importância na alteração de condutas estabelecidas desde então. Não há como deixar de mencionar a contribuição do legado de Claudius Galenus, médico de formação, que nasceu no século II depois de Cristo e cuja importância de sua atuação está no fato em que perpetuou as derivações de seu sobrenome “galênico(a)” como adjetivo de qualidade na prática de atos farmacêuticos, principalmente, na manipulação de medicamentos. Claudius Galenus se preocupou com a organização do arsenal terapêutico da época entendendo que a elaboração de medicamentos deveria ser fundamentada em conhecimentos técnico-científicos e não no empirismo, como era estabelecido até então 1. Outro momento histórico de importância ocorreu em 1240, com a separação oficial das atividades inerentes à farmácia, das de medicina, através de decreto do Imperador Frederico II, onde ao “farmacêutico” de então, cabia a preparação dos medicamentos mediante juramento, de acordo com o formulário da Escola de Salerno, o denominado “Regimen Sanitatis”, editado em 1066, regulamentando assim a “profis-


Atenção fArmAcêuticA o fArmAcêutico e A práticA dA Atenção fArmAcêuticA

são farmacêutica” 22. Aos poucos, a profissão farmacêutica foi sendo delineada na prática do atendimento ao “doente” contribuindo de inúmeras maneiras na identificação e conhecimento das necessidades da população além da preocupação com o restabelecimento da saúde e a integralização com as outras áreas da saúde. No Brasil, foi através dos jesuítas que começaram a surgir pequenas “boticas” e a partir de 1640 passaram a ser licenciadas pelo Senado da Câmara, entretanto, não existia a figura do “farmacêutico” e, sim, a do “boticário” que se manteve até a criação, em 1808, das Escolas de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro, quando então se implantou a disciplina de Farmácia no Curso Médico. Posteriormente, em 1832, por decreto da Regência Trina, foi criado o Curso de Farmácia na reforma das Escolas de Medicina do Império 24,28. A primeira escola autônoma de Farmácia no Brasil foi criada em 1839, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Em São Paulo, este fato ocorreu já no Brasil República, em 1898, com a criação da Escola de Pharmácia de São Paulo, anteriormente à regulamentação do exercício da profissão farmacêutica que aconteceu em 1931, através do decreto n° 19.606. Em 1934, a Escola de Pharmácia foi incorporada à Universidade de São Paulo sendo denominada Faculdade de Farmácia e Odontologia, quando em 1969, passa a denominar-se Faculdade de Ciências Farmacêuticas 28. A partir do momento em que havia a formação do profissional farmacêutico com a criação dos Cursos de Farmácia, a figura do “boticário” foi sendo subtraída pela atuação dos profissionais habilitados por força de lei. Desde então, os profissionais começaram a se organizar e, em decorrência disto, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, estabelecendo áreas de atuação e o consequente reconhecimento da profissão de farmacêutico 4,5,8. Durante o processo do estabelecimento da profissão farmacêutica, alguns percalços contribuíram sobremaneira para a depreciação das conquistas obtidas através dos tempos, como a publicação da Lei 5991, de 17 de dezembro de 1973 9, atualmente ainda em vigor, que possibilita a outros que não farmacêuticos, a propriedade do estabelecimento da dispensação de medicamentos não sendo, assim, exclusiva do

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farmacêutico, embora, delegue a responsabilidade técnica do estabelecimento ao farmacêutico. Neste momento, o medicamento começa a ser tratado como bem de consumo e não como “bem social” o que efetivamente é. Esta situação trouxe uma fase de depreciação do profissional farmacêutico vivida até o final do século passado quando, então, começa a aflorar a participação efetiva do profissional farmacêutico como peça vital no uso racional de medicamentos.

cOnteXtualiZaçãO da atividade dO prOfissiOnal farmacêuticO na área de saÚde pÚblica O Código de Ética da profissão farmacêutica (Resolução nº. 417, de 27 de setembro de 2004) 17 traz como preâmbulo “O farmacêutico é um profissional da saúde, cumprindo-lhe executar todas as atividades inerentes ao âmbito profissional farmacêutico, de modo a contribuir para a salvaguarda da saúde pública e, ainda, todas as ações de educação dirigidas à comunidade na promoção da saúde” e, no capítulo V Dos Direitos... “interagir com o profissional prescritor, quando necessário, para garantir a segurança e a eficácia terapêutica farmacológica, com fundamento no uso racional de medicamentos”, o que pelo estabelecido no Código de Ética, norteia a busca da saúde em seu sentido mais amplo. O Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela Constituição Federal de 19883, é um direito de todos e se constitui através da universalidade, da integralidade e da equidade e tem como princípios organizacionais, a descentralização, a regionalização e a hierarquização. Neste sentido as ações de Assistência Farmacêutica devem ir além da garantia de acesso aos medicamentos, com ações que garantam, também, sua qualidade, seu uso racional e contribuam para a efetividade das ações de saúde 11,38. O Sistema Único de Saúde cobre todos os residentes no país (cerca de 180 milhões), embora a estimativa do sistema privado de saúde englobe cerca de 35 milhões de pessoas 30. Os recursos destinados à saúde não são suficientes para que haja desempenho satisfatório do SUS no atendimento à população que dispõe deste sistema como única opção de atendimento médico; segundo os indicadores socioeconômicos referentes ao ano de 2007, 32,24% da população são

considerados pobres e 9,99 % da população de 15 ou mais anos não foram alfabetizadas 25,26 . Não há como desconsiderar que uma imensa massa populacional utiliza o SUS, entretanto, não há sensibilização suficiente do poder público quanto às políticas relacionadas à qualidade básica de vida da população, de maneira geral, como a estrutura deficiente de políticas relacionadas à implantação de saneamento básico (muito embora haja legislação pertinente considerando o estabelecimento das diretrizes nacionais para o saneamento básico através da Lei nº. 11.445, de 05 de janeiro de 2007)7, os programas de prevenção de doenças, o acesso a medicamentos, a relação insuficiente de número de médicos para a população necessitada em muitas regiões do país, entre outras 34. Entendendo a Assistência Farmacêutica como parte importante de um Sistema de Saúde e componente fundamental para a efetiva implementação das ações de promoção e melhoria das condições da assistência à saúde da população, o Ministério da Saúde – MS, após ampla discussão, aprovou, em outubro de 1998, a Política Nacional de Medicamentos (Portaria GM n° 3.916/98) 14, instrumento que passou a orientar todas as ações no campo da política de medicamentos do país. A Política Nacional de Medicamentos tem como propósito precípuo garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais. Portanto, a disponibilização e o acesso a medicamentos pela população estão inseridos no conceito da Assistência Farmacêutica que, segundo a ANVISA, é um grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos 2,16 . A Organização Mundial de Saúde (OMS),



Atenção farmacêutica O farmacêutico e a prática da atenção farmacêutica

em sua segunda reunião “El papel del farmacêutico en el Sistema de Atención de Salud”, que ocorreu em Washington, D.C., em 1993, gerou o conceito sobre a atenção farmacêutica, já entendendo, na época, a importância desse profissional no processo de recuperação da saúde a partir de sua interação direta com o usuário do medicamento. Fica estabelecido, então, o entendimento pela OMS de que “A atenção farmacêutica é um conceito de prática profissional, na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A Atenção Farmacêutica é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente” 35. HEPLER & STRAND, 1999 23 apresentam um conceito amplo integrando a relação do profissional farmacêutico e paciente. Segundo os autores, “Atenção Farmacêutica é a provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de alcançar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente. Estes resultados são: 1- cura de uma enfermidade, 2- eliminação ou redução de sintomas do paciente, 3- interrupção ou retardamento do processo patológico, ou prevenção de uma enfermidade ou de um sintoma. A Atenção Farmacêutica implica no processo através do qual o farmacêutico coopera com o paciente e outros profissionais mediante o delineamento, a execução e a monitorização de um planto terapêutico que produzirá resultados terapêuticos específicos para o paciente. Isto, por sua vez, pressupõe três funções primordiais: 1- identificação de PRM (Problemas Relacionados com Medicamentos) potenciais e reais; 2- resolução de PRM reais e 3- prevenção de PRM potenciais. A Atenção Farmacêutica é um elemento necessário da assistência à saúde e deve estar integrada aos outros elementos. No entanto, a atenção farmacêutica é proporcionada para o benefício do paciente, e o farmacêutico é responsável direto perante o paciente e a qualidade desta assistência. A relação fundamental da Atenção Farmacêutica é um intercâmbio com benefício mútuo, no qual o paciente outorga autoridade ao provedor

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e o provedor proporciona competência e compromisso (aceita responsabilidade) ao paciente. Os objetivos fundamentais, processos e relações da Atenção Farmacêutica existem independentemente do lugar em que seja praticada. A Atenção Farmacêutica deve, portanto, estar integrada à Assistência Farmacêutica. No entanto, tem sido introduzida no Brasil com diferentes vertentes e compreensões, muitas vezes sem diretrizes técnicas sistematizadas e sem levar em conta as características do país e do sistema público de saúde. Esta nova prática vem assumindo crescente importância nas discussões dos rumos e perspectivas da profissão e na consolidação do processo de integração do farmacêutico na equipe multiprofissional de saúde. Em vários pontos do país, têm sido formados grupos de estudo e pesquisa em Atenção Farmacêutica, bem como sendo desenvolvidas diversas experiências práticas 18,33. O amplo consumo de medicamentos sem orientação médica, em nosso país, tornou-se importante problema de saúde pública, por constituir um dos fatores condicionantes de inibição de condutas preventivas 27. O uso inadequado de medicamentos não é somente observado em nosso país, mas sim, um problema de Saúde Pública, provavelmente, em todo o mundo, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 50% de todos os medicamentos prescritos são dispensados ou usados inadequadamente. Este fato traz conseqüências das mais variadas ordens ao usuário, além do comprometimento de orçamento dos serviços públicos de saúde (15 a 20%) com os gastos financeiros gerados no atendimento hospitalar decorrente desta situação 10,20,27. No Brasil, segundo informações do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX/CICT/FIOCRUZ/ MS), os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em seres humanos (28% dos casos registrados anualmente) e o segundo lugar nos registros de mortes, por intoxicação 21,27 . Muito tem sido discutido e estudado em relação à Atenção Farmacêutica no que tange às doenças crônicas, mas pouco tem sido feito em relação ao uso indiscriminado de

medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs), cujo mercado teve um aumento ao redor de 6% no ano de 2006, segundo dados obtidos do Anuário Farmacêutico de indústrias e distribuidoras – 2007 29. Um dos focos principais da prática da Atenção Farmacêutica é a participação do farmacêutico no acompanhamento da farmacoterapia do paciente que deverá resultar em qualidade dos resultados obtidos objetivando o uso racional e a detecção de manifestações indesejáveis. O paciente é “cuidado” e a aderência ao tratamento envolve a confiabilidade no profissional executor, bem como, a conscientização da responsabilidade e envolvimento do paciente na recuperação da saúde. O seguimento farmacoterapêutico de pacientes envolve principalmente as seguintes fases: anamnese farmacêutica, interpretação de dados e processo de orientação, ou seja, a partir dos dados obtidos da anamnese e após a respectiva avaliação quanto à significância do quadro apresentado é estabelecido o processo de orientação mais adequado ao paciente envolvendo para tanto, um conhecimento científico bastante abrangente do profissional farmacêutico; esta prática envolve inúmeros outros componentes determinantes de cada grupo populacional específico: daí a complexidade de informações e a necessidade de educação continuada. Atualmente, muitos farmacêuticos de diversos países têm empregado o Método Dáder, para o acompanhamento farmacoterapêutico, que foi desenvolvido, em 1999, pelo Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica, da Universidade de Granada. Este método se baseia na obtenção da história farmacoterapêutica do paciente, isto é, os problemas de saúde em uma data determinada a fim de identificar os possíveis Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRMs) apresentados pelo paciente como possíveis causas de resultados negativos associados a medicamentos (RNMs) como elemento de processo de uso de medicamentos e o estabelecimento das intervenções farmacêuticas necessárias para a resolução dos resultados negativos associados a medicamentos (RNMs) ou mesmo prevenir a sua manifestação. 31 Inúmeros fatores são delineados como interferentes no desenvolvimento de ações na área de atenção à saúde, na prática far-


macêutica, segundo a Organização Mundial de Saúde (Quadro 1), entretanto o conceito da Atenção Farmacêutica é aplicável em todos os países. A ANVISA criou, em parceria com o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo e o Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, um projeto inovador que teve seu início como projeto piloto (Projeto Farmácias Notificadoras), em 2005 13, para notificação de eventos adversos e desvio de qualidade de medicamentos, entendendo

a importância do profissional farmacêutico na relação direta com o usuário de medicamento e, a partir desta relação, ser o elemento fundamental para a captação de informações relativas aos possíveis eventos adversos apresentados pelos usuários de medicamentos. Pelos resultados obtidos e a aderência dos profissionais farmacêuticos no entendimento da necessidade das ações de saúde junto à população, o projeto de capacitação foi estendido a todo o Brasil. O acompanhamento farmacoterapêuti-

segurança

Soluções em Bios

• Populações idosas • Populações pediátricas vulneráveis • Aumentos da população • Mudanças nas características epidemiológicas • Distribuição geográfica das populações • Aumento dos custos da assistência sanitária • Economia nacional e mundial • Desigualdade crescente entre ricos e pobres

Fatores Sociológicos

• Expectativas e participação dos consumidores • Abuso e uso incorreto de medicamentos • Utilização da medicina tradicional

Fatores Políticos

• Prioridades no emprego dos recursos nacionais (consignação para a saúde) • Mudanças na política econômica • Critério das instâncias normativas na área da farmácia • Regulamentação farmacêutica • Políticas farmacêuticas nacionais; listas de medicamentos essenciais

Fatores Profissionais

• Desenvolvimento de novos medicamentos • Técnicas novas de difusão da informação e novos dados sobre os medicamentos existentes • Medicamentos mais potentes e de mecanismos de ação mais complexos • Biotecnologia

• Variações no ensino e na formação oferecidas aos farmacûeticos • Distribuição do pessoal de farmácia • Critérios diferentes em relação à atenção ao paciente dispensada na farmácia • Remuneração dos farmacêuticos

Fatores de Prestação de Assistência Sanitária

Fatores Fatores Fatores Tecnológicos Econômicos Demográficos

QUADRO 1: Fatores que influenciam na prestação de assistência sanitária, no uso racional dos medicamentos e no desenvolvimento da atenção farmacêutica.

• Acesso à assistência sanitária • Aumento do tratamento das enfermidades graves fora dos hospitais

Fonte: ORGANIZATIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. La declaración de Tokio, 1993 35

Nossos projeto s t e cno l ógic o s tem o ap o io financei r o de :


Atenção farmacêutica O farmacêutico e a prática da atenção farmacêutica

co contribui sobremaneira com a Farmacovigilância, ou seja, a verificação do aparecimento de reações adversas a medicamentos que, segundo a Organização Mundial de Saúde, são acontecimentos nocivos e não intencionais que aparecem após a administração de um medicamento nas doses recomendadas normalmente para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade 19. Considerando que o Sistema de Farmacovigilância retro-alimenta a Atenção Farmacêutica, por meio de alertas e informes técnicos sobre medicamentos além do intercâmbio de informações para potencializar as ações clínicas individuais (acompanhamento/seguimento, dispensação, educação...) outras atividades de Atenção e Assistência Farmacêutica, como o processo de seleção de medicamentos integrada às ações interdisciplinares e multiprofissionais poderá levar, desta forma, à eficácia da avaliação da relação custo/benefício, a melhoria da qualidade de vida do usuário do medicamento e a adequação do arsenal terapêutico às necessidades dos diferentes grupos populacionais 18. É de extrema complexidade o conhecimento das conseqüências da administração de medicamentos considerando a enormidade de fatores que influenciam o efeito terapêutico desejado e as características populacionais distintas. Entretanto, em face de imensurável possibilidade de acontecimentos, a presença do profissional farmacêutico é, certamente, um norteador de ações que visa à utilização racional de medicamentos delineando as ações que assegurem a eficácia e a segurança na sua utilização. As principais ações do farmacêutico junto ao usuário de medicamento, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde 39, podem ser estruturadas em: • Informação aos doentes sobre a utilização correta de produtos farmacêuticos e contribuição para o seu uso racional; • Acompanhamento e avaliação segundo protocolos terapêuticos para os doentes (perfil farmacoterapêutico); • Aconselhamento aos doentes sobre o uso de produtos farmacêuticos não prescritos (autotratamento farmacológico) e de produtos médico-farmacêuticos; • Participação em programas de educação para a saúde e, • Colaboração com outros membros da

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equipe de atenção da saúde

REFERÊNCIAS bibliográficas

Conclusão

1. ALLEN Jr. L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. Porto Alegre: Artmed; 2007. 776p. 2. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, Brasília, D.F., 20 de maio de 2004. Seção 1. 3. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. 4. BRASIL. Decreto nº. 20.377, de 8 de setembro de 1931. Aprova a regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil. 5. BRASIL. Decreto nº. 20.931, de 11 de janeiro de 1932. Regula e fiscaliza o exercício da medicina, da odontologia, da medicina veterinária e das profissões de farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e estabelece penas. 6. BRASIL. Decreto nº. 74.170, de 10 de junho de 1974. Regulamenta a Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispões sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 11 jun. 1974. 7. BRASIL. Lei nº. 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nº.s 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº. 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Imprensa Nacional, Seção 1, Edição nº. 5 de 08 de janeiro de 2007. 8. BRASIL. Lei nº. 3.820, de 11 de novembro de 1960. Cria o Conselho Federal de Farmácia e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 21 de novembro de 1960. 9. BRASIL. Lei nº. 5991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 dez, 1973. Brasil. Lei 5991, de 17 de dezembro de 1973. 10. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Informes técnicos institucionais:

O uso racional de medicamentos pode ser definido como o processo que compreende a prescrição apropriada, a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis, a dispensação em condições adequadas, bem como o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade. Tal definição denota que a promoção do uso racional de medicamentos depende de medidas educativas que envolvem os profissionais que atuam na área da saúde, particularmente os prescritores e os dispensadores, bem como os usuários de medicamentos 37. Portanto, é um esforço conjunto no panorama social brasileiro considerando todas as dificuldades presentes no Sistema Único de Saúde além dos obstáculos que, em muitas situações, é colocado ao profissional farmacêutico como a rejeição do programa por gerentes e proprietários das farmácias, além da elevada carga labutária normalmente estabelecida, com o comprometimento do tempo necessário ao atendimento 32, além de que, em algumas situações, a formação deficiente decorrente da realização de curso de graduação insatisfatório, talvez, seja o maior obstáculo na realização do ato farmacêutico 36 (ato privativo do farmacêutico por seus conhecimentos adquiridos durante sua formação acadêmica, como perito do medicamento) 12. O profissional farmacêutico se constitui em pólo de conexão com todos os outros segmentos que estão relacionados ao uso correto de medicamentos colaborando, de maneira imensurável, na divulgação de conhecimento que irá melhorar o nível de informação à população e a conscientização do uso racional de medicamentos, em seu sentido amplo; deve fazer parte da “integralidade” da atenção à saúde como princípio constitucional 15. Entretanto, é necessária uma formação acadêmica consistente e abrangente constituindo-se, assim, em uma estrutura que confira a esse profissional, um embasamento sólido para a busca e atualização contínua para a prática da Atenção Farmacêutica, considerando a complexidade de conhecimentos necessários para identificação do binômio PRM e RNM.


parcerias para diminuir o mau uso de medicamentos. Rev. Saúde Pública, v.40, n.1, p.191-4, 2006. 11. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei nº. 8080, de 19 de setembro de 1990 (Versão Consolidada pela Procuradoria da ANVISA). Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 20 de setembro de 1990. 12. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medicamentos - Glossário de definições legais. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/ glossario_a.htm. Acesso em: 18 abr. 2008. 13. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacoviligância. Informes em Farmacovigilância. Informe SNVS/ANVISA/ UFARM nº. 7, 17 de outubro de 2005. Disponível em: http://www.anvisa.gov. br. Acesso em: 29 abr. 2008. 14. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM n° 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, n.215-E, p.18, 10 nov., 1998. 15. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção À Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação de Gestão da Atenção Básica. Integralidade da Atenção à Saúde [texto adaptado por KELL, M.C.G.]. Disponível em: http:// www.opas.org.br/observatorio/Arquivos/Destaque69.doc. Acesso em: 18 abr. 2008. 16. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde/Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência farmacêutica na atenção básica. Instruções técnicas para sua organização. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2001. 17. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº. 417, de 29 de setembro de 2004. Aprova o Código de Ética da Profissão Farmacêutica. Diário Oficial da União, 17 de novembro de 2004, Seção 1. 18. CONSENSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA. Proposta. IVAMA, A.M. et al. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24p.

19. DIAS, M.F. Introdução à farmacovigilância. In: STORPIRTIS, S.; MORI, A.L.P.M.; YOCHIY, A.; RIBEIRO, E.; PORTA, V. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p.46-63. 20. EDITORIAL. Automedicação. Rev. Assoc. Méd. Bras. [on line], v.47, n.4, oct.-dec. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br . Acesso em: 23 jun. 2006. 21. FIOCRUZ. Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Informação Científica e Tecnológica - Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. Medicamentos. Disponível em: http://www. fiocruz.br/sinitox/medicamentos.htm. Acesso em: 09 out. 2006. 22. HELOU, J.H. Literatura farmacotécnica: livros e publicações periódicas. In: HELOU, J.H.; CIMINO, J.S.; DAFFRE, C. Farmacotécnica. São Paulo: Artpress, 1975. p.23-31. 23. HEPLER, C.D.; STRAND, L.M. Oportunidades y responsabilidades en la Atención Farmacéutica. Pharm. Care Esp., v.1., p.35-47, 1999. [título original: Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. Am. J. Hosp. Pharm., v. 47, p. 533-43, 1990]. 24. História da Farmácia. Disponível em: http://www.cienciafarmaceutica.com. br. Acesso em: 10 abr. 2008. 25. IDB 2008 BRASIL. Rede Interagencial de Informações para a Saúde. Indicadores socioeconômicos. B.5 Proporção de pobres. Disponível em: http:// tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. exe?idb2008/b05.def. Acesso em: 10 nov. 2009. 26. IDB 2008 BRASIL. Rede Interagencial de Informações para a Saúde. Indicadores socioeconômicos. B.1 Taxa de analfabetismo. Disponível em: http:// tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. exe?idb2008/b01.de . Acesso em: 10 nov. 2009. 27. LEFÉVRE, F. O medicamento como mercadoria simbólica. São Paulo: Cortez; 1991. 160p. 28. LIBERALLI, C.H. Evolução histórica da farmacotécnica. In: HELOU, J.H.; CIMINO, J.S.S.; DAFFRE, C. Farmacotécnica. São Paulo: Artpress, 1975. p.7-21. 29. MACHADO, G. Isentos de prescrição têm aumento no faturamento em torno de 6%. In: INFORPRINT PRICE EDITORA. Anuário farmacêutico de indústrias e distribuidoras. São Paulo: Editora Price, 2007. 82p. 30. MACHLINE, C. A assistência à saúde

no Brasil. In: STORPIRTIS, S.; MORI, A.L.P.M.; YOCHY, A.; RIBEIRO, E.; PORTA, V. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p.03-14. 31. MACHUCA, M.; HERNANDÉZ, D.S.; SILVA-CASTRO, M.M.; DÁDER, M.J.F. Método Dáder. Manual de acompanhamento farmacoterapêutico. 3ª. ed. Granada: GIAF-UGR (CTS-131)Universidade Granada, 2007. 127p. 32. OLIVEIRA, A.B.; OYAKAWA, C.N.; MIGUEL, M.D.; ZANIN, S.M.W.; MONTRUCCHIO, D.P. Obstáculos da atenção farmacêutica no Brasil. Rev. Bras. Ciênc. Farmac., v. 41, n. 4, p.409-13, 2005. 33. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Termo de referência para a Oficina de Trabalho Atenção Farmacêutica no Brasil: “Trilhando Caminhos”. Fortaleza 2001. 13p. 34. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Uso racional de meMarco dicamentos. referencial. Disponível em: http://www.opas. org.br/medicamentos/temas. cfm?id=46&CodBarra=5&pag_ atual=2&direcao=posterior. Acesso em: 11 abr. 2008. 35. ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. La declaración de Tokio: el papel del farmacéutico en el sistema de atención de salud. 1993. http://www. opas.org.br/medicamentos/site/UploadArq/ops-hss-hse-95-01.pdf. Acesso em: 15 abr. 2008. 36. SILVA, L.R. da; VIEIRA, E.M. Conhecimento dos farmacêuticos sobre legislação sanitária e regulamentação da profissão. Rev. Saúde Pública, v.38, n.3, p.429-37, 2004. 37. STORPIRTIS, S.; BUENO, M.M.A. Vigilância Sanitária e a Política Nacional de Medicamentos no Brasil: medicamentos genéricos, similares e novos. In: STORPIRTIS, S.; MORI, A.L.P.M.; YOCHY, A.; RIBEIRO, E.; PORTA, V. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p. 25-36. 38. SUS. Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://nev.incubadora.fapesp. br/portal/saude/sus. Acesso em: 17 abr. 2008. 39. ZUBIOLI, A. Ética farmacêutica. São Paulo: Sobravime, 2004. 396p.


fArmAcotécnicA

estudos preliminares para avaliar a estabilidade física e físico-química de duas preparações de sabonete líquido nas formas transparente e perolado brandão, andré luiz alves; cavalcante nanci; ferreira JÚnior ricardo miguel; reis, ludmila cortez; ribeiro neto, l. m.; rodriGues, evelise; Centro Universitário São Camilo – CUSC, São Paulo/SP, Brasil.

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intrOduçãO

12| revista técnica dO farmacêuticO

O uso de sabonetes líquidos tem se tornado bastante popular nos últimos anos, em virtude dos mesmos serem considerados produtos muito eficientes para a higienização das mãos e rosto. Com este aumento de demanda e exigência do consumidor, pesquisas em formulações, especialmente com a adição de substâncias que conferem a função de proteção e hidratação da pele, além de outros benefícios, tais como a facilidade e praticidade de uso, tem sido apropriadas. Além disso, os sabonetes líquidos têm a facilidade de, no momento da produção, permitir a adição de compostos hidro e lipossolúveis, mudança e adaptação da composição e adequação ao pH fisiológico da pele (BARATA, 1995; ZANIN et all, 2001). Atualmente, as opções de sabonetes disponíveis no mercado são muito diversificadas, sendo que os fabricantes buscam desenvolver produtos cada vez mais sofisticados, que atendam às expectati-

vas do consumidor final. Apesar dos sabonetes em barra serem mais utilizados do que os sabonetes líquidos, pesquisas recentes demonstraram uma tendência de mercado crescente para as formas líquidas para higienização das mãos e face dado a sua praticidade e comodidade de uso pelo consumidor. Esta necessidade de novas formulações eficientes e atrativas para atender consumidores cada vez mais exigentes é de suma importância para que o formulador proceda à avaliação de parâmetros físicos e físico-químicos dos produtos desenvolvidos como: características organolépticas, pH, viscosidade, densidade e ainda teste de centrífuga (GUIA DE CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS COSMÉTICOS, 2000; ZANIN et all, 2001; ISAAC et all, 2008). Estes ensaios são finalizados com o ciclo de stress (teste preliminar de estabilidade) que submetem as amostras a condições diferentes de temperatura. Conhecer as características do produto quando submetidos a condições es-


tressantes de temperatura nos permite conhecer melhor o comportamento de estabilidade do produto desenvolvido (ZANIN et all, 2001; ISAAC et all, 2008). A estabilidade do produto desenvolvido está inserida no Controle e Garantia da Qualidade dos produtos de higiene na Indústria Cosmética, a qual desenvolve atividades altamente especializadas que requerem conhecimento prévio técnico e legal além de altos investimentos para um pessoal bem treinado e infra-estrutura física, em um contexto de Qualidade Total. A Gestão da Qualidade visa evitar a ocorrência de não conformidades durante e após o processo produtivo e a melhoria contínua, focando a liderança de mercado e a fidelização por parte do cliente (GIL, 2007). Neste trabalho estudou-se duas formulações de sabonete líquido - transparente e perolado, submetendo-os a teste preliminar de estabilidade (ciclo de

stress) para obter dados de características físicas e físico-químicas e avaliar as formulações desenvolvidas, se possuem condições adequadas para iniciá-las em estudo de estabilidade acelerado e prolongado sem a necessidade de reformulação (GARCIA et all, 2008). Materiais e método Foram formulados dois sabonetes líquidos de composição transparente (tabela 1) e perolada (tabela 2) e submetidos aos ensaios organolépticos, pH, densidade, viscosidade e centrífuga logo após o preparo e após o ciclo de stress. Para realização destes ensaios as amostras devem estar em condições de temperatura ambiente (ANSEL e POPOVICH, 2000; ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE DOSSIÊ DE PRODUTO COSMÉTICO: Gerência Geral de Cosméticos, 2008; GARCIA et all, 2008).

Tabela 1. Sabonete líquido transparente Componentes da formulação Concentração de uso (% p/v) Lauril Éter Sulfato de Sódio 27,0 Dietanolamida de Acido Graxo de Coco 1,0 Cocoamidopropilbetaína 4,0 Mistura de Parabenos e Fenoxietanol 0,5 Extrato glicólico de camomila 2,5 Extrato seco de Aloe vera 0,1 EDTA Dissódico 0,1 Fragrância de camomila 0,5 Solução de Ácido Cítrico a 20% q.s. pH 5,5 – 7,0 NaCl 1,0 Água Destilada q.s.p. 2000 mL

Tabela 2. Sabonete líquido perolado Componentes da formulação Concentração de uso (% p/v) Lauril Éter Sulfato de Sódio 27,0 Dietanolamida de Ácido Graxo de Coco 1,0 Cocoamidopropilbetaína 4,0 Mistura de Parabenos e Fenoxietanol 0,5 Extrato Seco de Aloe Vera 0,1 EDTA Dissódico 0,1 Fragrância tipo Dovene® 0,5 Solução de Ácido Cítrico a 20% q.s. pH 5,5 – 7,0 NaCl 0,75 Genapol EGL® 4,0 Água Destilada q.s.p. 2000 mL


farmacotécnica Estudos preliminares para avaliar a estabilidade física e físico-química de duas preparações de sabonete líquido nas formas transparente e perolado.

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Técnica de Preparo

14| Revista Técnica do Farmacêutico

Para preparo do sabonete líquido transparente foi adicionado em um cálice de vidro de 2000 mL o EDTA dissódico e solubilizado com 200 mL de água recém destilada. Acrescentou-se a esta mistura anterior a dietanolamida de ácido graxo de coco, sendo homogeneizada por 5 minutos. Adicionou-se solução de ácido cítrico 20,0% para ajustar o pH em 5,5 (aparecimento de coloração branco-leitosa). Na sequência foi adicionada a mistura de parabenos e fenoxietanol e homogeneizada por 5 minutos. Em um béquer, separadamente, foi adicionada a fragrância de camomila à cocoamidopropilbetaína, homogeneizada e, então, foi misturada na solução anterior. Homogeneizou-se por 5 minutos. Na sequência foi adicionado vagarosamente pela parede do cálice o lauril éter sulfato de sódio, homogeneizando por 5 minutos. Em sequência foi adicionado extrato de Aloe Vera, e, logo após, o extrato glicólico de camomila, e homogeneizado até a mistura adquirir uma coloração levemente amarelada. Foi acrescida água recém destilada até completar 1800 mL. Avaliou-se o pH, que se encontrava na faixa aceitável e adicionado o cloreto de sódio para ajustar a viscosidade. Finalizando, completou-se com a água destilada para o volume final de 2000 mL. Para o preparo do sabonete líquido perolado foi adicionado em um cálice de vidro de 2000 mL o EDTA dissódico e solubilizado com 200 mL de água recém destilada. Acrescentou-se a esta mistura anterior a dietanolamida de ácido graxo de coco e homogeneizado por 5 minutos. Adicionou-se solução de ácido cítrico 20,0% para ajustar o pH em 5,5 (aparecimento de coloração branco-leitosa). Na sequência foi adicionada a mistura de parabenos e fenoxietanol e homogeneizado por 5 minutos. Em um béquer, separadamente, foi adicionada a fragrância Dovene® à cocoamidopropilbetaína, homogeneizada e, então, foi misturada na solução anterior. Homogeneizou-se por 5 minutos. Em um bé-

quer de vidro foi misturado o Genapol EGL e o lauril éter sulfato de sódio. Na sequência, esta mistura de Genapol EGL e o lauril éter sulfato de sódio foi vagarosamente adicionada pela parede do cálice. Foi homogeneizado por 5 minutos, sendo que nesta fase a mistura se apresentou mais viscosa e com um brilho pérola. Em sequência foi adicionado extrato de Aloe Vera, e, logo após, o extrato glicólico de camomila, e homogeneizado até a mistura adquirir uma coloração levemente amarelada. Foi acrescida água recém destilada até completar 1800 mL. Avaliou-se o pH, que se encontrava na faixa aceitável e adicionado o cloreto de sódio para ajustar a viscosidade. Finalizando, completou-se com a água destilada para o volume final de 2000 mL. Amostragem e condições de amostragem Foram amostradas alíquotas de 1000 mL de sabonete líquido transparente e 1000 mL de sabonete líquido perolado respectivamente em béqueres de vidro de 1000 mL imediatamente após o preparo, em condições de temperatura ambiente. Amostras em triplicata inicial de 250 mL do sabonete líquido transparente e do sabonete líquido perolado foram submetidas aos testes logo após o preparo, e outros 250 mL de amostras também em triplicata do sabonete líquido transparente e sabonete líquido perolado foram submetidas ao ciclo de stress (GIL, 2007; ISAAC et all, 2008). Análises organolépticas Foram analisados a cor e odor imediatamente após o preparo das formulações e após o ciclo de stress nas condições de temperatura ambiente (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988; GIL, 2007). Teste de pH Foi analisado o pH imediatamente após o preparo das formulações e após o ciclo de stress nas condições de



farmacotécnica Estudos preliminares para avaliar a estabilidade física e físico-química de duas preparações de sabonete líquido nas formas transparente e perolado.

temperatura ambiente. Para análise do teste de pH foram amostradas alíquotas em triplicata de 20 mL do sabonete líquido transparente e sabonete líquido perolado e medido o pH logo após o preparo das formulações e após o ciclo de stress nas condições de temperatura ambiente. Para execução do teste de pH, o elétrodo foi imerso nas respectivas amostras e após estabilização foram realizadas as leituras do pH. Utilizou-se o pHmetro marca Quimis Modelo Q 400 AS, previamente calibrado com os valores referenciados em cada solução de calibração (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988; GIL, 2007).

cém preparada no copo do viscosímetro até exceder o volume do copo. Após a estabilização da espuma presente, foi eliminado o excesso de sabonete com o auxílio da placa de vidro que acompanha o viscosímetro. Colocou-se a placa de vidro sobre o copo do viscosímetro e retirou-se o dedo indicador. Para iniciar o teste, retirou-se a placa de vidro que iniciou a vazão do sabonete pelo orifício. Neste momento foi acionado o cronômetro, tendo sido foi travado na primeira quebra de fluxo. Registrou-se o tempo para os devidos cálculos. O procedimento foi realizado em triplicata para cada sabonete líquido preparado (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988; GIL, 2007).

Teste de densidade Teste de centrifugação Foram realizados os ensaios de densidade das amostras de sabonete líquido transparente e sabonete líquido perolado com o uso do picnômetro calibrado. Foi realizada a assepsia do picnômetro com acetona PA. Pesou-se o picnometro vazio, à temperatura de 25ºC e sua massa registrada. Em seguida, completou-se o volume do picnômetro com água destilada à temperatura de 25ºC, pesou-se o mesmo e sua massa foi registrada. Por fim, completou-se o volume do picnômetro com as respectivas amostras, à temperatura de 25ºC, e estas massas foram novamente registradas. O procedimento foi realizado em triplicata para cada amostra logo após o preparo das formulações e após o ciclo de stress nas condições de temperatura ambiente (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988; GIL, 2007). Teste de viscosidade Com o viscosímetro da marca Universal, modelo 280.4 (Copo Ford n°4), foi realizado o teste de viscosidade. Posicionou-se um béquer de vidro abaixo do orifício do viscosímetro e tapou-se o orifício do equipamento com o dedo indicador. Despejou-se a amostra re-

16| Revista Técnica do Farmacêutico

Foram centrifugadas em 4 tubos de 5 mL as amostras em triplicata de sabonete líquido transparente e igualmente de sabonete líquido perolado em centrífuga da marca Fanem, modelo 205N após o preparo das formulações e após o ciclo de stress nas condições de temperatura ambiente. Estas amostras foram submetidas à centrifugação durante 20 minutos a 6000 RPM, em temperatura de 25ºC +/- 2ºC (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988; GIL, 2007). Ciclo de stress (Teste de estabilidade preliminar) Foram separadas alíquotas em triplicata de 250 mL de cada amostra, acondicionadas em béqueres de vidro de 500 mL. As amostras foram submetidas a um ciclo de stress (aquecimento, resfriamento e temperatura ambiente). Inicialmente, as amostras foram colocadas em estufa da Fanem, modelo retilínea, à temperatura de 50ºC +/- 2ºC e deixadas por 24 horas. Após este período, as mesmas amostras foram colocadas em geladeira da marca Eletrolux, modelo DC 47 Frost Free, à temperatura de 5ºC +/2ºC e deixadas por 24 horas. Encerrando

o ciclo de stress, as amostras foram deixadas em repouso por 24 horas à temperatura 25ºC +/- 2Cº (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988; GIL, 2007). Resultados e Discussão Das observações dos resultados descritos na tabelas 3 e 4 podemos constatar que nas formulações de sabonete líquido transparente e sabonete líquido perolado houveram discretas variações do pH, porém, permanecendo ambas dentro da normalidade sem comprometer a formulação. É sabido que variações bruscas de pH são indicativos da ocorrência de reações físico-químicas, geradas estas pelos produtos de degradação que podem acidificar ou alcalinizar o meio. A variação de pH pode ser também indicativo de contaminação microbiológica pois os metabólitos dos microorganismos acidificam o pH do meio (GARCIA et all, 2008). Com relação aos ensaios organolépticos de odor descritos na tabelas 3 e 4 não houve nenhuma alteração, evidenciando que a concentração inicial de fragrância testada é suficiente para mascarar o odor característico das matérias-primas e manter odor agradável para o consumidor. Quanto aos ensaios organolépticos de cor descritos na tabelas 3 e 4 não houve nenhuma alteração que indicasse algum tipo de reação físico-química ou microbiológica, pois os metabólitos podem modificar a cor inicial do produto em função da sua solubilidade versus o pH, ou pela reação dos produtos de degradação produzindo cores específicas (ZANIN et all, 2001; ISAAC et all, 2008, GARCIA et all, 2008). Para os testes de densidade descritos na tabelas 3 e 4 não houveram alterações indicando que a velocidade de agitação foi adequada e, portanto, não influenciando na técnica de preparo. Velocidade alta de agitação pode alterar a densidade pela incorporação de ar (ZANIN et all, 2001; ISASC et all, 2008, GAR-


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farmacotécnica Estudos preliminares para avaliar a estabilidade física e físico-química de duas preparações de sabonete líquido nas formas transparente e perolado.

CIA et all, 2008). Para os testes de viscosidade descritos na tabelas 3 e 4 não foram apresentadas alterações significativas de acordo com as especificações padronizadas. Para padronizar a faixa de especificação da viscosidade para estas formulações foi considerado qual o tipo de embalagem dispenser do sabonete empregou-se na universidade. A não ocorrência de

alterações de viscosidade reforça que a concentração utilizada de cloreto de sódio versus a quantidade de tensoativo lauril éter sulfato de sódio foi suficiente (COUTO et all, 2007) e adequada ao tipo de embalagem utilizada para envase. Também não se evidenciou nenhuma alteração de solubilidade de algum componente da formulação, a qual poderia comprometer a viscosidade por provo-

car algum tipo de precipitação. Quanto aos testes de centrifuga descritos na tabelas 3 e 4 não houveram alterações, sendo que a não ocorrência de separação de fases não assegura sua estabilidade, mas somente indica que o produto pode ser submetido aos testes de estabilidade sem a necessidade de reformulação (ZANIN et all, 2001; ISASC et all, 2008, GARCIA et all, 2008).

Tabela 3: Ensaio físico e físico-químico do sabonete líquido transparente Ensaios Especificação Após o preparo Ciclo de stress da formulação T 50ºC(+/- 2ºC) T 25º C(+/- 2ºC) 24 horas (*) Cor Amarelo ouro Amarelo ouro Amarelo ouro Odor Camomila Camomila Camomila pH 5,0 – 7,0 6,37 6,24 Densidade 1,00 – 1,10 1,03 1,03 Viscosidade 1000 a 3000 cP 2700 2690 Centrifuga Não haver Não houve Não houve separação de fases separação de fases separação de fases (*) Em estufa à 50ºC por 24 horas, em geladeira à 4ºC por 24 horas, em temperatura ambiente (25ºC) por 24 horas.

Tabela 4: Ensaio físico e físico-químico do sabonete líquido perolado Ensaios Especificação Após o preparo Ciclo de stress da formulação T 50ºC(+/- 2ºC) T 25º C(+/- 2ºC) 24 horas (*) Cor Branco perolado Branco perolado Branco perolado Odor Dovene® Dovene® Dovene® pH 5,0 – 7,0 5,94 5,91 Densidade 1,00 – 1,10 1,02 1,02 Viscosidade 1000 – 3000 cP 2900 2890 Centrifuga Não haver separação Não houve separação Não houve de fases de fases separação de fases (*) Em estufa à 50ºC por 24 horas, em geladeira à 4ºC por 24 horas, em temperatura ambiente (25ºC) por 24 horas.

O ciclo de stress (teste preliminar de estabilidade), realizado em um curto intervalo de tempo, é considerado um teste orientativo no desenvolvimento de produtos cosméticos e consiste em submeter as formulações a condições extremas de temperatura (aquecimento, resfriação e ambiente) em ciclos de 24 horas. Tem por objetivo acelerar processos

18| Revista Técnica do Farmacêutico

de instabilidade para auxiliar na seleção das formulações a serem submetidas aos estudos de estabilidade acelerada e prolongada. O ciclo de stress não estima o prazo de validade dos produtos, sendo necessária a realização do estudo de estabilidade acelerado e prolongado de acordo com as normas vigentes (GARCIA et all, 2008).

Considerações Finais O conjunto destes ensaios preliminares indica forte indício e probabilidade que as formulações desenvolvidas podem ser submetidas aos estudos de estabilidade acelerada e prolongada sem a necessidade de reformulação.


Referências Bibliográficas 1. BARATA, Eduardo A. F. A Cosmetologia: Princípios Básicos. 1.ed. São Paulo: Tecnopress, 1995 2. FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4ºed. São Paulo: Atheneu; 1988, pt. 1 e 2. 3. GIL, Eric de S. Controle Físico-Químico de Qualidade de Medicamentos. 2.ed. São Paulo: Pharmabooks, 2007 4. GUIA DE CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS COSMÉTICOS. 2º Ed. Brasília; ANVISA, 2000. 5. ISAAC, V.L.B.*; CEFALI, L.C.; CHIARI, B.G.; OLIVEIRA, C.C.L.G.; SALGADO H.R.N.; CORREA, M.A. Estabilidade físico-química de fitocosméticos: Protocolo para ensaios físico-químicos de estabilidade de fitocosméticos. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v. 29, n.1, p. 81-96, 2008 6. MOORE, Walter J. Fisico-Quimica, 2. 1.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2000; 6. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE DOSSIÊ DE PRODUTO COSMÉTICO: Gerência Geral de Cosméticos. Brasília; ANVISA, 2008.

7. ZANIN, Sandra Maria W., MIGUEL, Marilis Dallarmi; CHIMELLI Márcio; DALMAZ, Ana Cláudia. Parâmetros físicos no estudo da estabilidade de emulsões. Revista Acadêmica, Curitiba, v.2,n.2,p.47-58,jul-dez/2001. 8. COUTO, Wagner de Faria; GRAMIGNA, Luísa Leite; FERREIRA, Maria José; SANTOS, Orlando David Henrique dos. Avaliação de parâmetros físico-químicos em formulações de sabonetes líquidos com diferentes concentrações salinas. Anais Eletrônicos da XV Semana Científica Farmacêutica, Goiânia: UFG, 2007, suplemento Vol. IV (2),144-147, 2007 9. ANSEL, H.C. & POPOVICH, N.G. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier 2000. 10. GARCIA, Carla Cristina; GERMANAO, Camila; OSTI, Neusa Maria; CHORILLI, Marlus. Desenvolvimento e avaliação da estabilidade fisico-química de formulações de sabonete líquido íntimo acrescidas de óleo de melaleuca. Rio de Janeiro: Rev. Bras. Farm., 90(3): 236-240, 2009.


nota técnica

Alternativa para qualificação do etanol como insumo inerte para homeopatia

Márcia Aparecida GUTIERREZ 1

Resumo O controle de qualidade realizado pela farmácia é indicado por norma e a mesma faculta a farmácia a terceirizá-lo. É primordial que as farmácias estabeleçam rotinas para realização de análises físico-químicas que façam parte do arsenal utilizado na garantia de qualidade das preparações. Na homeopatia, o etanol e a água purificada são insumos importantes, pois não só atuam como veículo, mas também fazem parte do processo de transformação das baixas potências em potências maiores ou mesmo nas atividades extrativas para vegetais e animais. A RDC-67/2007 indica que insumos adquiridos de fornecedores ainda não qualificados pela farmácia devem sofrer análise completa conforme especificação interna da farmácia e tendo compêndios oficiais como referência. Pela importância do etanol como insumo na farmácia e pela dificuldade na qualificação de destilarias de álcool, principais fornecedores da farmácia homeopática, este trabalho sugere uma alternativa que permite a qualificação do insumo pela farmácia. Introdução O etanol e a água purificada são importantes insumos utilizados em homeopatia. Sua participação na técnica ho1

meopática vai além da atividade como veículo e conservante, já que a mistura hidroalcoólica tem um papel importante no processo de extração para vegetais e animais, e na transformação de potências menores em potências maiores, através da dinamização. O controle de qualidade destes insumos é primordial para a qualidade final de toda preparação homeopática e tem sido alvo de cuidados especiais desde 1991 por ocasião da elaboração da 1ª edição do Manual de Normas Técnicas da ABFH, que apresentou já uma marcha analítica para sua qualificação. O consumo de etanol e de água purificada pelas farmácias homeopáticas é alto, já que a base das preparações homeopáticas derivadas e de dispensação líquida é a solução hidroalcoólica. Para o etanol, as farmácias direcionam, muitas vezes, a aquisição diretamente de destilarias ou seus distribuidores. A qualificação de fornecedores de insumos para farmácia é indicado pela RDC67/2007. Para a utilização de insumos adquiridos de fabricantes ou distribuidores não qualificados se faz necessária a análise completa do mesmo, a partir de uma especificação interna da farmácia, tendo os compêndios oficiais como referência. A qualificação de uma destilaria é dificultada pela falta de um roteiro de inspeção ou norma que a qualifique como fornecedor para indústria ou farmácia.

As destilarias atendem às especificações e metodologias farmacopeicas e sim as NBRs indicadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Ainda que exista um interesse por parte de destilarias e seus distribuidores na qualificação para atendimento do setor farmacêutico, imagina-se que este seja um processo a ser concluído de médio em longo prazo. Como este insumo já está presente nas farmácias homeopáticas, e estas precisam seguir a legislação vigente e garantir a qualidade final de suas preparações, este trabalho insere a possibilidade da análise físico-química do etanol no laboratório de controle de qualidade da própria farmácia. Objetivo Definir uma marcha analítica para análise físico-química de etanol, utilizando a descrição feita em compêndios oficiais e utilizando reagentes químicos farmacopeicos. Permitir que a farmácia qualifique o etanol como insumo, independentemente da qualificação prévia do fornecedor. Metodologia A qualificação do etanol implica na verificação do grau alcoólico e na análise físico-química do insumo. Foram utiliza-

Farmacêutica, especialista em homeopatia pela ABFH, presidente da ABFH e diretora técnica da Farmácia Sensitiva - SP. Rua Joaquim Távora, 1524 Vila Mariana São Paulo SP CEP 04015-014. marcia@sensitiva.vom.br

20| Revista Técnica do Farmacêutico


das as metodologias descritas no Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira e no Manual de Normas Técnicas 4ª edição para a determinação do grau alcoólico do etanol, e as descritas na Farmacopeia Brasileira 4ª edição e na Farmacopeia Homeopática Brasileira, 2ª edição para a análise físico-química.

Tábua da força real dos líquidos espirituosos A força real de um álcool é o grau indicado pelo alcoômetro centesimal à temperatura de 15 oC. A força é dita aparente, quando a temperatura é diferente de 15oC, seja acima ou abaixo. Para transformar a força aparente em força

Desenvolvimento

Tabela 1: Procedimento Especificação: No mínimo 95,1% (V/V) e no máximo 96,9% (V/V) de Etanol (FHB II). Entre 92,3% e 93,8% (p/V) ou entre 94,9% e 96,0% (V/V) a 150 C. (FB IV) Determinação do grau alcoólico 1. Colocar 1000 mL do etanol a ser analisado em uma proveta de mesma capacidade. 2. Deixar o álcool em repouso por alguns minutos, para que haja acomodação das moléculas e ausência de bolhas. 3. Colocar a ponta inferior do termômetro dentro do líquido. 4. Aguardar 3 minutos e registrar a temperatura. 5. Mergulhar no líquido, o alcoômetro previamente molhado no álcool em ensaio e enxugado cuidadosamente. Imprimir uma rotação de 360°, sentido anti-horário no alcoômetro que deverá flutuar livremente na proveta, sem aderir às paredes (foto 1). 6. Quando o alcoômetro deixar de oscilar, fixar o olhar abaixo do plano da superfície do líquido. Elevar o olhar até que o raio visual fique no mesmo plano da superfície do líquido. Ler o n° da graduação (aparente) correspondente ao afloramento (foto 2). 7. Registrar o valor lido a partir do alcoômetro (grau alcoólico aparente). 8. Consultar a Tábua da Força Real dos Líquidos Espirituosos (Tabela 1). Cruzar a indicação do alcoômetro (por exemplo, 99% V/V ou 0Gay Lussac) com a temperatura aparente (por exemplo, 23°C) para encontrar a graduação real do álcool em °GL (no exemplo, 97,5°GL). Anotar. 9. Encontrada a graduação real, comparar na Tabela de Alcoometria, qual o título ponderal corresponde a esta graduação (no exemplo, 97,5°GL = 96% p/p). 10. Registrar no Certificado de análise do Etanol  Temperatura  Teor aparente  Teor volumétrico real  Titulo ponderal real

Determinação do grau alcoólico De acordo com a Farmacopéia Homeopática Brasileira 2ª edição, as diluições alcoólicas serão obtidas a partir de álcool puro, que deve conter no mínimo 95,1% (v/v) e no máximo 96,9% (v/v) de etanol (C2H5OH). A Farmacopéia Brasileira 2ª edição referencia que o álcool deve conter no mínimo 94,7% em volume, ou 92% em peso, a 15ºC. Alcoômetro centesimal O alcoômetro centesimal destina-se à determinação do grau alcoólico ou da força real das misturas de água e álcool, indicando o volume de álcool etílico contido em 100 volumes de uma mistura feita exclusivamente de álcool etílico e água. Assim, o alcoômetro não deve ser utilizado para medida de teor alcoólico, por exemplo, em extratos alcoólicos vegetais. Medida de 0GAY LUSSAC (grau GL = % Volume) É a unidade que determina a quantidade de álcool etílico, em mililitros, contida em 100 mL de uma mistura hidroalcoólica, ou seja, a porcentagem em volume. Sua notação é feita em graus Gay Lussac (oGL). Medida INPM (% P = porcentagem de álcool em peso ou grau alcoólico INPM) Quantidade em gramas de álcool etílico contida em 100 g de uma mistura hidroalcoólica, ou seja, a porcentagem em peso. Sua notação é feita em graus INPM.

real, utiliza-se a Tábua da Força Real dos líquidos Espirituosos (Tabela 1). Tabela de alcoometria Tabela indicativa da relação entre o grau do alcoômetro centesimal, a densidade da mistura alcoólica e o título ponderal (Tabela 2).

tabela 2: Análise físico-química (continua na próxima página) Caracteres físicos Especificação: Líquido límpido, incolor, transparente, volátil, inflamável, de odor característico e sabor ardente Densidade Especificação: De 0,812 a 0,816 g/ml a 15 ºC

Medir com auxílio de densímetro.

Ponto de ebulição Aquecer a amostra em um Erlenmeyer em manta aquecedora. Observar o ponto de ebulição. Especificação: Entre 78°C e 79°C Medir esta temperatura com auxílio de termômetro. Solubilidade Especificação: Miscível com água, acetona, benzeno, clorofórmio, éter etílico e glicerol.


Nota Técnica Alternativa para qualificação do etanol como insumo inerte para homeopatia

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Reação de identificação Especificação: A presença de etanol A 5 ml de solução aquosa é confirmada pelo desprendimento a 10% (V/V) adicionar 1 ml de hidróxido de odor de iodofórmio e a formação de sódio M. Acrescentar, lentamente, de precipitado amarelo dentro de 30 2 ml de iodo SR. minutos. Impurezas orgânicas A 5 ml de etanol, adicionar, aos poucos, Especificação: A mistura não deve pelas paredes do frasco, até 50 ml de turvar, mesmo que passageiramente. água purificada. Acidez Adicionar a 50 ml da amostra 50 ml de água recentemente fervida e algumas gotas de fenolftaleína SR. Titular com hidróxido de sódio 0,02 M SV, até a coloração rosa persistir durante 30 segundos. Alcalinidade A 2 ml de etanol, adicionar 2 gotas de Especificação: Não deve desenvolver solução de fenolftaleína SI a 2% (p/V). coloração vermelho-ametista. Observar a coloração. Acidez ácido acético

Especificação: No máximo, 0,9 mL do hidróxido de sódio 0,02M é necessário para a coloração róseo persistir durante 30 segundos.

Misturar 10 ml de etanol com 5 gotas de solução etanólica de fenolftaleína SI a 2% (p/V). Em seguida, Especificação: A solução desenvolve adicionar 0,1 ml de solução de coloração vermelho-ametista. hidróxido de sódio 0,1 M. Observar a coloração da solução. Álcool amílico Evaporar 25 ml da amostra à temperatura ambiente, em cápsula de porcelana, protegendo contra a poeira, até que a superfície da cápsula permaneça úmida. Adicionar algumas gotas de ácido sulfúrico. Aldeídos e outras substâncias estranhas Utilizar proveta com tampa previamente lavada com ácido clorídrico, enxaguada com água e, finalmente, com a amostra. Colocar 20 ml da amostra na proveta e resfriar a Especificação: A coloração rosa aproximadamente 15 ºC. Adicionar 0,1 formada não deve desaparecer ml de permanganato de potássio 0,02 completamente. M, anotando exatamente o momento da adição. Misturar imediatamente, invertendo a proveta e deixar em repouso a 15ºC por 5 minutos. Furfural A 10 ml de etanol, adicionar 1 ml de Especificação: Não deve haver ácido acético concentrado, mais 0,5 ml aparecimento de cor vermelha, em até de anilina, pura, incolor. 5 minutos. Especificação: Imediatamente após a adição do ácido sulfúrico, não deve ser produzida coloração vermelha nem marrom.


Óleo fúsel Diluir 5 ml de etanol com 5 ml de água purificada. A essa solução, adicionar 30 gotas de solução alcoólica de ácido salicílico a 1% (p/V). Pelas paredes Especificação: Após o resfriamento do frasco e sob banho de água fria, total, não deve ser observado o adicionar, cuidadosamente, 2 ml de aparecimento de cor vermelha. ácido sulfúrico concentrado. Após o resfriamento total, não deve ser observado o aparecimento de cor vermelha. Taninos Especificação: Não deve haver qualquer A 5 ml de etanol, adicionar 5 gotas de alteração na solução (turvação, hidróxido de amônio concentrado. precipitação ou desenvolvimento de Observar o aspecto da solução. cor). Discussão e conclusão A realização de análises de controle de qualidade mais complexas pela farmácia pode estar limitada pela aquisição de equipamentos e reagentes pouco acessíveis e treinamento específico de funcionários que se qualificam nessa função. As reações descritas neste trabalho restringem-se a reações de precipitação, titulação, colorimetria e oxirredução, além da alcoometria. Tais conhecimentos são próprios da formação do farmacêutico e não necessitam, para sua realização, de equipamentos, técnicas ou reagentes de alta complexidade. Pode-se supor que a inserção de mais uma atividade na farmácia diante de tantas demandas a atender, possa ser uma justificativa contrária a sua realização. Contudo, considerando a demanda da farmácia por este insumo e sua relevância no preparo de insumos ativos homeopáticos e formas farmacêuticas de dispensação, deve o farmacêutico analisar também os ganhos em qualidade e segurança ao aprovar ou reprovar o etanol que pleiteia ser usado nas rotinas da farmácia. Referências 1. BRASIL, Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução RDC nº 222, de 29 de julho de 2005. 1ª edição do Formulário Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de Agosto de 2005. 2. BRASIL, Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007. Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de outubro de 2007. 3. FARMACOPEIA Brasileira, 4ª. ed. 6º fascículo. Monografia Álcool Etílico. São Paulo: Atheneu Editora, São Paulo Ltda., 2005. 4. FARMACOPEIA dos Estados Unidos do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Indústria Gráfica Siqueira, 1959. II vol. p.1190-95. 5. FARMACOPEIA dos Estados Unidos do Brasil. 4ª ed. Parte 1. São Paulo: Atheneu Editora, 1988. v.3.4.8.-3, v.3.4.8.-4.

6. FARMACOPEIA Homeopática Brasileira, parte 2 /Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira. 2ª. ed. Monografia Etanol. São Paulo: Atheneu Editora, São Paulo, 2003. 7. FARMACOPEIA Homeopática Brasileira. 2ª ed. Parte 1, métodos Gerais, São Paulo: Atheneu Editora, 1997. 8. http://www.bioclin.com.br/Homeopatia_files/IU/IU%20Etanol%20Lote%20 008.pdf 9. LUZ, M.M.S. Controle de qualidade para farmácias de manipulação. Curitiba, LCQPq, 2000. 10. MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS. Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas (ABFH), 4ª edição – São Paulo, 2007 11. TORRES, K.R; TORRES, L.G.; LUZ, M.M.S. Alcoometria passo a passo. V Congresso Brasileiro de Farmácia Homeopática, Belo Horizonte, 2005.


legal

Orientações para que a farmácia tenha um site de acordo com as normas da anvisa

O que um site de farmácia magistral deve conter

Prezado associado, A Anfarmag no sentido de promover a devida orientação às farmácias associadas, elenca a seguir uma série de observações que devem ser seguidas para o bom atendimento da legislação vigente. O site da farmácia deve utilizar apenas o domínio “.com.br”. Também deve ser registrado o cadastramento da empresa no site da ANVISA. Ainda, de acordo com a Resolução RDC nº 44/2009 as farmácias e drogarias que realizarem a dispensação de medicamentos solicitados por meio da internet devem informar o endereço do seu sítio eletrônico na Autorização de Funcionamento (AFE) expedida pela ANVISA. Nesse sentido, como sugestão o site poderá conter, principalmente, as informações obrigatórias contidas na HOME PAGE, conforme determina o art. 53, da Resolução RDC nº 44, de 2009: 1. Valores, Missão, Política de Qualidade; 2. História da Farmácia. 3. Dados de localização da farmácia que poderá estar no rodapé ou em área específica, incluindo mapa de localização. 4. Razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria responsável pela dispensação, CNPJ, endereço geográfico completo, horário de funcionamento e telefone;

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5. Nome e número de inscrição no Conselho do Farmacêutico Responsável Técnico; 6. Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; 7. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; 8. Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; e 9. Link direto para informações sobre: a. Nome e número de inscrição do Farmacêutico no respectivo Conselho Regional de Farmácia; b. Mensagens de alerta e recomendações sanitárias determinadas pela Anvisa; c. Condição de que os medicamentos sob prescrição só serão dispensados mediante a apresentação da receita e o meio pelo qual deve ser apresentada ao estabelecimento (fac-símile; e-mail ou outros). - Equipe Técnica da Farmácia – descrever as atividades inerentes ao farmacêutico e mostrar sua equipe técnica com fotos ou descrição sumarizada da visão do trabalho; - Área Interna da Farmácia – mostrar através de imagem ou vídeo as áreas dos Laboratórios importantes, apresentar aos

usuários de maneira que os possibilitem conhecer as instalações físicas e estruturais da farmácia. Deve-se, no entanto, certificar-se que todos os laboratórios atendem a Boas Práticas de Manipulação, antes do site estar no ar. - Contato ou Fale Conosco – pode conter as informações sobre os telefones disponíveis, SAC ou ter 0800 para que o cliente faça o contato de forma gratuita e e-mail para o contato. Deve deixar bem claro sobre o que será recebido pelo e-mail: reclamação, dúvidas, sugestões ou mesmo solicitação de orçamento para uma preparação. Neste caso seria importante ter um espaço para o envio das receitas digitalizadas de forma legível. Deve esclarecer o tamanho do arquivo e que tipo de gravação (extensão em pdf ou outro). Deixar claro que para as fórmulas contendo insumos controlados e medicamentos que as contenham não será dado o início do processo de manipulação sem a presença da receita ou Notificação de Receita. Poderá informar se a farmácia procede a retirada no domicilio do paciente ou somente quando o paciente trouxer até a farmácia. - Produtos – Para proceder a venda on line deverá esclarecer todo o processo de aquisição e forma de pagamento, além da maneira como o produto será entregue. Observar que determinados medicamentos não podem ser encaminhados pelo correio.


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legal Orientações para que a farmácia tenha um site de acordo com as normas da anvisa

A) Produtos industrializados – A farmácia poderá inserir a imagem dos produtos industrializados comercializados na área de dispensação, porém, todos os produtos demonstrados devem estar registrados no órgão competente do Ministério da Saúde (ANVISA) ou ter a informação na rotulagem a “Isenção de Registro – Resolução nº ..../(ano). A composição do registro é precedida da sigla MS e uma numeração contendo 13 dígitos. É aconselhável, no caso destes medicamentos, que seja dada a oportunidade do acesso à bula como consulta ou o farmacêutico estabelecer dados da bula como informações importantes para os pacientes. Os importados também necessitam estar registrados junto à ANVISA. B) Produtos manipulados – Poderá inserir Informativos sobre a importância dos produtos e medicamentos manipulados e o uso racional de preparações magistrais e oficinais. Poderá inserir informações de fórmulas oficinais ou magistrais, mas deverão indicar as fontes, ou seja, literaturas reconhecidas pela ANVISA. Deve ter a cautela de informar que

o atendimento será efetuado mediante “receitas médicas”. Nota importante: Quando se tratar de preparações com substâncias sujeitas ao controle especial não deve haver divulgação pelo site e em hipótese alguma aceitar o envio da receita ou notificação pelo site, para ser manipulado sem a presença das mesmas. Também deve-se deixar claro que para as fórmulas contendo insumos controlados e medicamentos que as contenham não será dado o início do processo de manipulação sem a apresentação na farmácia da via original da receita ou Notificação de Receita. Poderá informar se a farmácia procede a retirada no domicilio do paciente ou somente quando o paciente trouxer até a farmácia. Observação: Informar que as receitas não poderão conter siglas, símbolos e ou códigos que possam contrariar as normas vigentes e, se as contiverem, não serão aceitas no estabelecimento. - Orientações – Poderá oferecer orientações ou apresentar alguns trabalhos científicos e literaturas de forma a esclarecer sobre o uso das preparações e me-

dicamentos, bem como sobre diferentes patologias e cuidados com a saúde e bem estar. - Área Exclusiva ao Prescritor – Deverá esclarecer a que se destina. - Área para o cliente – Servirá para o cliente utilizar para envio de e-mail. Neste caso poderá inserir o arquivo da receita para efeito de orçamento. Deverá ter a informação sobre a entrega dos medicamentos e das preparações e que, para os produtos controlados ou outros como antibióticos, somente com a apresentação do original da receita ou Notificação de Receita se iniciará a manipulação, bem como será a entrega dos mesmos. Observar que não se pode dispensar os produtos controlados pelo correio. - SAC – poderá ter informação do atendimento direto aos clientes. Por fim, para maiores informações, acessem diretamente pelo link: (a RDC nº 44, de 2009) a fim de que seja consultado o capítulo que trata da solicitação remota para dispensação de medicamentos.

Sanitária. Resolução RDC Nº 44 , de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, de 18 de agosto de 2009, Seção 1, p.78 a 81. • BRASIL. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. • BRASIL. Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções

respectivas, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, de 24 de agosto de 1977. • BRASIL. Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977. Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Que submete a sistema de vigilância os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. • BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 23, de 15 de março de 2000. Dispõe sobre O Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos – Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, de 16 de março de 2000. ANFARMAG

Referências: • BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 67 , de 08 de outubro de 2007(*). Aprova o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para uso humano em Farmácias e seus Anexos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, de 09 de outubro de 2007, Seção 1, p. 29 a 58. • BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 96 , de 17 de dezembro de 2008. Dispõe sobre a propaganda, informação e outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de medicamentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, de 18 de dezembro de 2008, Seção 1, p.102 a 105. • BRASIL. Agência Nacional de Vigilância

26| Revista Técnica do Farmacêutico



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Revista Técnica do Farmacêutico - Órgão Oficial da Anfarmag Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais diretOr eXecutivO Marco Fiaschetti – executivo@anfarmag.org.br cOOrdenadOr área técnica Vagner Miguel – vmiguel@anfarmag.org.br cOOrdenadOra técnica e saa Carolina Leiva Fiore – carolina@anfarmag.org.br equipe farmacêutica da área técnica Felipe Augusto Sbruzzi. Hélio Martins Lopes Júnior, Lúcia Helena S. G. Pinto e Maria Aparecida Ferreira dos Soares relaciOnamentO & marKeting Simone Tavares - relacionamento@anfarmag.org.br cOOrdenaçãO editOrial Cleinaldo Simões simoes@cleinaldosimoes.com.br cOnteÚdO editOrial Área Técnica Anfarmag ediçãO Cleinaldo Simões arte e diagramaçãO

SPU1 Art & Design Gladstone Barreto e Wagner Ferreira e-mail: contato@spu1.com.br / site www.spu1.com.br imagem da capa http://ebo.workopolis.com/careers/CANADA-SAFEWAYPHARMACY cOmercial mobyle promocional (11) 3942.6122 mobyle@anfarmag.org.br impressão copypress www.copypress.com.br coordenação Geral

Revista destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parlamentares e autoridades da área de saúde dos governos federal, estadual e municipal. Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DOS TEXTOS DA REVISTA TÉCNICA DO FARMACÊUTICO periocidade: Bimestral circulação: Nacional tiragem: 5.000 exemplares 28| revista técnica dO farmacêuticO distribuição dirigida

a farmacOlOgia dO suplementO: desvendandO a prescriçãO de suplementOs e fitOterápicOs na prática da nutriçãO autor: Maira Jardim Bernardino editora: Pharmabooks telefone: (11)3257-6200 site: www.pharmabooks.com.br Apresentando uma linguagem técnica, mas ao mesmo tempo objetiva, este livro reúne conceitos e novos suplementos disponíveis para a área magistral, compondo um manual básico de consulta para todos os profissionais da saúde. Através de uma avaliação criteriosa e segura de critérios técnicos, as informações fornecidas proporcionam a escolha adequada das substâncias apresentadas, que levarão a um tratamento eficaz e seguro. Vários conceitos multidisciplinares são abordados, onde foca-se fisiologia e características farmacológicas de cada princípio ativo.


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NORMAS

Submissão de artigo para publicação Escopo e Política A Revista Técnica do Farmacêutico é uma publicação bimestral da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais que objetiva a comunicação e ensino de farmacêuticos e outros profissionais da cadeia da saúde em assuntos/temas relevantes, atuais e de grande interesse para suas práticas profissionais. Tal objetivo atende à ordem estatutária da entidade em apoio ao segmento, como mais uma de suas ferramentas de apoio à contínua qualificação e melhoria da qualidade da saúde no país. Possui circulação em todo o território nacional e no exterior e seu público alvo envolve farmácias magistrais, universidades, instituições regulatórias/sanitárias, entidades, empresas da cadeia farmacêutica e profissionais. Dentro desta política, tem por premissa publicar artigos de revisão, artigos técnicos e notas técnicas redigidos em português, que podem ser elaborados por quaisquer profissionais com o escopo voltado para a área magistral. A Revista Técnica do Farmacêutico possui corpo editorial próprio, formado por acadêmicos de universidades que também participam de câmaras temáticas da ANFARMAG, bem como profissionais farmacêuticos convidados, com relevantes conhecimentos e serviços prestados à causa magistral. Toda esta estrutura permite o fortalecimento de ações e a veiculação de saberes técnico-científicos na área da saúde através deste periódico, prestando importantes serviços ao segmento. Preparação dos Artigos Apresentação: Os manuscritos devem ser apresentados em arquivo eletrônico, em formato Word e encaminhados exclusivamente para o e-mail: revista@anfarmag. org.br. Os textos deverão ser apresentados em lauda padrão A4, espaço de 1,5 entre linhas e parágrafos, com margem superior e esquerda de 3 cm e inferior e direita de

30| Revista Técnica do Farmacêutico

2 cm, parágrafo justificado e não hifenizado, digitados em fonte Times New Roman – tamanho 12. Os artigos de revisão devem ter entre 9 e 15 páginas, os artigos técnicos entre 4 e 8 páginas e as notas técnicas no máximo 3 páginas. Estrutura Cabeçalho: constituído por: Título do trabalho, que deve ser breve e indicativo da exata finalidade do trabalho; Autor(es) por extenso e apenas o sobrenome em letra maiúscula, indicando a(s) instituição(ões) a(s) qual(is) pertence(m) mediante números. O autor responsável pela publicação deve ser expressamente indicado entre os colaboradores. O autor para correspondência deve ser identificado com asterisco, fornecendo o endereço completo, incluindo o eletrônico. Resumo (em português): deve apresentar a condensação do conteúdo, expondo objetivos, metodologia, resultados e conclusões, não excedendo 250 palavras. Deve vir acompanhado do Abstract e Keywords. Unitermos: devem representar o conteúdo do artigo, evitando-se os de natureza genérica. Observar o limite máximo de 6 (seis) unitermos. Introdução: deve estabelecer com clareza o objetivo do trabalho e sua relação com outros trabalhos no mesmo campo. Extensas revisões de literatura devem ser substituídas por referências aos trabalhos bibliográficos mais recentes, nos quais tais revisões tenham sido apresentadas. Materiais e Métodos: a descrição dos materiais e métodos usados deve ser breve, porém suficientemente clara para possibilitar a perfeita compreensão e repetição do trabalho. Processos e Técnicas já publicados, a menos que tenham sido extensamente modificados, devem ser apenas referidos por citação. Estudos em humanos e em animais devem fazer referência à aprovação do Comitê de Ética correspondente. Resultados e Discussão: devem ser apresentados de forma concisa e em ordem lógica. Tabelas ou figuras, quando possível, devem substituir o texto, na apresentação

dos dados. Sempre que pertinente, fornecer as faixas, desvios padrão e indique as significâncias das diferenças entre os valores numéricos obtidos. A discussão deve se restringir ao significado dos dados obtidos e resultados alcançados, procurando, sempre que possível, relacionar sua significância com trabalhos anteriores da área. Especulações que não encontram justificativa para os dados obtidos devem ser evitadas. É facultativa a apresentação desses itens em separado. Conclusões: quando pertinentes, devem ser fundamentadas no texto. Agradecimentos: devem constar de parágrafo à parte, antecedendo as referências bibliográficas, e ser compatíveis com as exigências de cortesia e divulgação. Se houve suporte financeiro, deve ser incluído nesse item. Referências bibliográficas: devem ser citadas apenas as essenciais ao conteúdo do artigo e organizadas em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro autor, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR-6023. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade dos autores. À seguir, são transcritos alguns exemplos: 1. Livros Com até 3 autores: ADES, L.; KERBAUY, R. R. Obesidade: realidade e indignações. Psicologia USP, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 197-216, 2002. Com mais de 3 autores: Na citação referenciar como et al. e nas referências colocar todos os nomes. Autores Corporativos: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº. 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 de agosto de 2009, Seção 1, páginas 78 a 81. Disponível em:


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<http://e-legis.bvs.br/leisref/public/show Act.php?id=16614>. Acesso em: 11 nov. 2007. 2. Capítulo de livros FIESE, E.F.; HAGEN, T.A. Pre‑formulacao. In: LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H.A.; KANIG, J.K. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001. p.295340. 3. Teses e Dissertações 3.1 Trabalho de Conclusão de Curso BARREIRO, Antônio Carlos Sotto; CARESATTO, Claudia Tereza; PEREIRA, Selma Gomes. As Representações Sociais de usuários sobre o atendimento em um Serviço de acompanhamento farmacoterapêutico estruturado em universidade da Baixada Santista [monografia]. São Paulo: Curso de Pós-graduação em Atenção Farmacêutica, Instituto Racine, 2010. 3.2 Dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado CLAUMAN, R. C. N. O farmacêutico e a atenção farmacêutica no novo contexto de saúde. 2003. 98 p. Dissertação (Mestrado) – Curso de Pós-graduação em Engenharia da Produção como requisito parcial para a obtenção do Título de Mestre em Engenharia da Produção-Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, Florianópolis, 2003. BRAGA, G. K. Identificação dos riscos sanitários na manipulação de medicamentos alopáticos não estéreis em farmácia comunitária e o papel das boas práticas de manipulação no controle desses riscos. 2009. 126f. Tese (Doutorado em Medicamentos e Cosméticos) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. 4. Artigos de periódicos STORPIRTIS, S. Biofarmácia e farmacocinética: ensino e pesquisa. Infarma, Brasília, v. 2, n. 4, p. 19-20, 1993. 5. Eventos Científicos CONGRESSO BRASILEIRO DE MANIPULAÇÕES FARMACÊUTICAS, 2., 1998, Goiânia. Manual do participante e resumo dos trabalhos. Goiânia: Conselho Federal de Farmácia, 1998. 54 p.

6. Normas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9000: normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade: diretrizes para seleção e uso. Rio de Janeiro, 1990. Citação bibliográfica: As citações bibliográficas devem ser apresentadas no texto pelo(s) sobrenome(s) do(s) autor(es), em letras maiúsculas, seguidas do ano de publicação. No caso de haver mais de três autores, citar o primeiro e acrescentar a expressão et al., todavia nas referências deverão ser incluídos todos os autores. Abreviaturas e Siglas: podem ser utilizadas, desde que descritas integralmente na primeira vez em que aparecem no texto. Por exemplo: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Ilustrações: as ilustrações (gráficos, tabelas, estruturas químicas, equações, mapas, figuras, fotografias, dentre outros) devem ser apresentadas em preto e branco, indicando o local de inserção no texto. Mapas e fotografias devem ser digitalizados em extensão jpg. As tabelas devem ser numeradas consecutivamente em algarismos romanos e as figuras em algarismos arábicos, seguidos do título. As palavras TABELA e FIGURA devem aparecer em maiúsculas apenas no título ou na legenda, respectivamente. Legendas e títulos devem acompanhá-las nos arquivos separados, assim como no texto. Nomenclatura: pesos, medidas, nomes de plantas, animais e substâncias químicas devem estar de acordo com as regras internacionais de nomenclatura. A grafia dos nomes de fármacos deve seguir as Denominações Comuns Brasileiras (DCB) em vigor, podendo ser mencionados uma vez (entre parênteses, com inicial maiúscula) os registrados. Nova Ortografia: Apesar de a nova regra ortográfica estar em vigor desde janeiro de 2009, as duas normas anterior e atual, poderão vigorar até dezembro de 2012.

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Publicação A publicação de artigos na Revista Técnica do Farmacêutico está condicionada à aprovação do Conselho Editorial. Para o recebimento da edição da revista em que constar a publicação do artigo, os autores responsáveis deverão fornecer seus endereços.

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Diretoria Nacional Gestão 2009-2011

Presidente Maria do Carmo Garcez - RS

1° Vice-Presidente Hugo Guedes de Souza - ES

2° Vice-Presidente Ademir Valério da Silva - SP

3° Vice-Presidente Marcos Antonio Costa de Oliveira - MG

Secretário Geral Ivan da Gama Teixeira - SP

2° Secretária Rejane Alves Gue Hoffmann - PR

Tesoureiro Antônio Geraldo Ribeiro dos Santos Jr. - SP

2° Tesoureiro Adolfo Cabral Filho - SC

Conselho Fiscal Maria Cristina Ferreira Silva - RJ Juracy Regina Sonagli - SC José Tadeu de Souza Barbosa - AL

32| Revista Técnica do Farmacêutico

REGIONAL BA/SE Presidente: Tatiana M. Freitas Galvão Endereço: Av. Paulo VI, 1816 – Pituba Salvador – BA – CEP: 41810-001 Telefone: (71) 3358-9334 – FAX (71) 3358-4094 E-mail: regional.base@anfarmag.org.br REGIONAL DF Presidente: Carlos Alberto P. Oliveira Endereço: SIG - Quadra 04 - Lote 25 - Sala 09 Empresarial Barão de Mauá – Brasília – DF CEP: 70.610-440 Telefone/Fax: (61) 3344-4152 E-mail: regional.df@anfarmag.org.br REGIONAL ES Presidente: Denise de Almeida M. Oliveira Endereço: - Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 sala 608 - Torre BT - Edifício Corporate Center - Santa Lúcia – Vitória - ES – CEP: 29056-245 Telefone: (27) 3235-7401 E-mail: regional.es@anfarmag.org.br REGIONAL GO/TO Presidente: Gilmar Silva Dias Endereço: Rua 7-A, Nº 189, Edifício Marilena Sala 201, Setor Aeroporto, Goiânia – GO CEP.: 74075-230. Telefone: (62) 3225-5582/ FAX (62) 3224-2114 E-mail: regional.goto@anfarmag.org.br REGIONAL MG Presidente: Soraia Moura T. de Almeida Endereço: Avenida do Contorno, 2646 - sala 1102 e 1104 - Floresta - Belo Horizonte – MG CEP: 30.110-080 Telefone: (31) 2555-6875 e (31) 2555-2955 E-mail: regional.mg@anfarmag.org.br REGIONAL MS Presidente: Ana Paula Busato Zandavalli Endereço: Av. Rodolfo José Pinho Nº 66 - Jardim São Bento – Campo Grande – MS CEP: 79004-690 Telefone: (67) 3026-4655 E-mail: regional.ms@anfarmag.org.br REGIONAL MT Presidente: Ivete Souza Peaguda Endereço: Rua Brigadeiro Eduardo Gomes nº 37 Bairro: Goiabeiras – Cuiabá – MT CEP: 78045-350 Telefone: (65) 3027-6321 E-mail: regional.mt@anfarmag.org.br REGIONAL PR Presidente: Marina Sayuri M. Hashimoto Endereço: Rua Silveira Peixoto n° 1040, 9° andar, sala 901 –Curitiba – PR – CEP: 80240-120 Telefone: (41) 3343-0893 - Fax: (41) 3343-7659 E-mail: regional.pr@anfarmag.org.pr REGIONAL RJ Presidente: Luciana Ferreira M. Colli Endereço: Rua Conde de Bonfim, 255 sala 912 Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20.520-051 Telefone: (021) 2569-3897 E-mail: regional.rj@anfarmag.org.br REGIONAL PB/RN Presidente: Célia Buzzo Endereço: Av. Camilo de Holanda, 500 – Centro João Pessoa – PB – CEP: 58013.360 Telefone: (83) 3218-2600 - Fax: (83) 3222-4634 E-mail: regional.rnpb@anfarmag.org.br REGIONAL RS Presidente: Eliane Aranovich Endereço: Av. Mauá, 2011 - Sala 607 Porto Alegre – RS – CEP: 90030-080 Telefone: (51) – 3225-9709 E-mail: regional.rs@anfarmag.org.br

REGIONAL SC Presidente: Ana Claudia Scherer Monteiro Endereço: .Rua Ledio Joao Martins, 435 Kobrasol – São José – SC – CEP: 88102-000 Telefone : (48) 3247-3631 E-mail: regional.sc@anfarmag.org.br

Sucursais SUCURSAL GRANDE SÃO PAULO Diretora: Ana Lúcia Mendes Telefone: (11) 4488-2068 E-mail: sucursal.sp@anfarmag.org.br SUCURSAL BAIXADA SANTISTA Diretora: Aparecida Akemi Akimoto Telefone: (13) 4009-5883 E-mail: sucursal.bs@anfarmag.org.br SUCURSAL RIBEIRÃO PRETO Diretora: Alice Carneiro Soares Telefone: (16) 2101- 5497 E-mail: sucursal.rp@anfarmag.org.br SUCURSAL VALE DO PARAÍBA Diretora: Ana Helena Cunha Telefone: (12) 3942-9736 E-mail: sucursal.vp@anfarmag.org.br SUCURSAL RIO PRETO Diretora: Creusa Manzalli de Toledo Telefone: (17) 3216-9500 E-mail: sucursal.riop@anfarmag.org.br SUCURSAL MARÍLIA/PRESIDENTE PRUDENTE Diretora: Nádia Alvim Telefone: (18) 9129-1848 E-mail: sucursal.mrpp@anfarmag.org.br SUCURSAL MACEIÓ Diretora: Tânia Bernadete P. Gomes Telefone: (82) 3035-2806 E-mail: sucursal.al@anfarmag.org.br SUCURSAL FORTALEZA Diretor: Francisco Carlos L.Andrade Telefone: (85) 9981- 3789 E-mail: sucursal.ce@anfarmag.org.br SUCURSAL AC/RO Diretora: Êrika Fernandes Rosas C. da Silva Telefone: (68) 3901- 6314 E-mail: sucursal.acro@anfarmag.org.br SUCURSAL BELÉM Diretor: Marcelo Brasil do Couto Telefone: (91) 3244-2625 E-mail: sucursal.pa@anfarmag.org.br Sucursal Juiz de Fora Diretor: Rômulo Augusto Modesto email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955 Sucursal Uberlândia Diretor: Hélio Batista Júnior email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955 Sucursal Governador Valadares Diretor: Moacir de Oliveira Lima email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955 Sucursal Varginha Diretor: Leonardo José da Silva email: regional.mg@anfarmag.org.br Telefone: (31)2555-6875 e (31)2555-2955


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Índice remissivo

revistA técnicA do fArmAcêutico - 2010

farmacOtécnica - manipulação em pediatria - ano i nº 4 – Janeiro/ fevereiro 2010 - página 06

qualidade - análise do controle de qualidade microbiológico e físico- químico da furosemida de farmácias de manipulação do centro da cidade de divinópolis/ mG - ano i nº 4 – Janeiro/ fevereiro 2010 – página 16 - avaliação microbiológica e cuidados na utilização de matérias primas vegetais na farmácia magistral - ano i nº 5 – março/ abril 2010 – página 04 - controle de qualidade de embalagens na farmácia magistral - ano i nº 5 – março/ abril 2010 – página 16 - avaliação da estabilidade físico – química da solução de hipoclorito de sódio a 0,5% utilizada pela farmausc e de sua eficácia bactericida sobre Staphylococcus aureus e Escherichia coli- ano i nº 6 – maio/ Junho 2010 – página 16 - avaliação do grau de homogeneidade de misturas em formulações contendo fármaco de baixa dosagem – página 16 -ano i nº 7 – Julho/ agosto 2010 - avaliação da contaminação cruzada na manipulação de cápsulas de sulfassalazina em áreas adjacentes e em processo subsequente - ano i nº 7 – Julho/ agosto 2010 – página 22 - auditorias do sistema de gestão da qualidade (sGq) e reclamações na farmácia magistral: responsabilidades e atribuições – ano i nº 8 – setembro / outubro 2010 - página 04 legal - anfarmag orienta os associados com relação às normas recém publicadas – ano i nº 4 – Janeiro/ fevereiro 2010 - página26

34| revista técnica dO farmacêuticO

- entenda as novas regras para obter a autorização de funcionamento (afe) on line - ano i nº 5 – março/ abril 2010 – página 22

- atualidades legais - ano i nº 6 – maio/ Junho 2010 – página 26 - atualidades legais - ano i nº 7 – Julho/ agosto 2010 - página 28 - orientação para o recebimento de autoridades sanitárias, civis e policiais no estabelecimento farmacêutico – ano i nº 8 – setembro / outubro 2010 - página 22 - aspectos legais da gestão de instrumentos de medição – qual a diferença entre aferição, calibração ou ajuste de balança? – ano i nº 9 – novembro/ dezembro 2010 - página 24 farmacOterapia - modulação hormonal com hormônios bioidênticos - ano i nº 6 – maio/ Junho 2010 – página 15 - aspectos clínicos de la terapia de reemplazo hormonal - ano i nº 7 – Julho/ agosto 2010 – página 04 - avaliação da qualidade de cápsulas de isoflavonas por meio da quantificação de genisteína, daidzeína e gliciteína ano i nº 9 – setembro / outubro 2010 – página 04 - terapêutica na obesidade: ênfase no tratamento farmacológico – ano i nº 9 – setembro / outubro 2010 - página 10 cOsmecêutica - fatores de crescimento e seus peptídeos – ano i nº 8 – setembro / outubro 2010 – página 10 nOta técnica - escopos da calibração e verificação de instrumentos de medição - ano i nº 9 – setembro / outubro 2010 – página 22


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