Revista Técnica do Farmacêutico - Edição 15

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ISSN 2178-8405

Publicação da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. ANO 3 – Nº 15 – JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2012

cosmetologia Formulações aNtissépticas coNteNDo extrato De stryphNoDeNDroN aDstriNgeNs

coNtrole De QualiDaDe DoseameNto De cloriDrato De tizaNiDiNa por volumetria em meio Não-aQuoso

Nota técNica gestão De eQuipameNtos De meDição Na Farmácia magistral



Início de 2012. A transição de um ano

gestores das farmácias ao usufruírem da

para outro traz renovações e novas expec-

leitura sobre Gestão de Equipamentos

tativas sejam elas pessoais e/ou profissio-

de Medição na Farmácia Magistral irão

nais. A Revista Técnica do Farmacêutico

se informar sobre os corretos conceitos

traz conteúdos para auxiliar no aperfei-

de manutenção e utilização de equipa-

çoamento dos farmacêuticos que atuam

mentos e instrumentos de medição, bem

e estudantes que desejam atuar na área

como orientações sobre a elaboração do

magistral e pessoas interessadas pelo se-

programa de manutenção, tópicos im-

tor. Ao dividir as matérias com vocês, nós

prescindíveis para a dispensação de me-

da Anfarmag desejamos que a farmácia

dicamentos com qualidade.

magistral seja cada vez mais reconheci-

Outro assunto importante é o ca-

da e fortalecida como legítima agente de

dastro no NOTIVISA da ANVISA sobre a

saúde para a população brasileira.

Sibutramina. A Seção Legal traz informações importantes que orientam como

templada com uma importante matéria

se deve submeter a este procedimen-

sobre Certificados de qualidade para

to. A Carta ao Prescritor é uma suges-

matrizes homeopáticas, o que ressalta

tão de comunicação com o médico que

nossa atenção aos colegas que exercem

busca esclarecer as exigências da RDC

a homeopatia e dois estudos: Formula-

52/11 que devem ser cumpridas pelos

ções Antissépticas Contendo Extrato de

profissionais médico e farmacêutico,

Stryphnodendron

assim

além do próprio paciente. O Termo de

como o Doseamento de Cloridrato de

Responsabilidade, uma das exigências

Tizanidina por Volumetria em Meio Não-

desta resolução, também está publicado

-Aquoso também estão apresentados. Os

para conhecimento.

sumário

Esta edição, a primeira do ano, é con-

Adstringens,

eDitorial

Novo aNo, Novas expectativas

A partir destas indicações desejo aos nossos leitores uma boa leitura dos conteúdos acima citados e que os mesmos sejam usufruídos de forma prazerosa e conveniente com a necessidade real de cada farmacêutico. Um ótimo ano novo a todos! ivan da gama teixeira 2º vice presidente e diretor técnico da anfarmag

04 | cosmetologia

22 | Nota técNica

Formulações antissépticas contendo extrato de stryphnodendron adstringens

Gestão de equipamentos de medição na Farmácia magistral

14 | coNtrole De QualiDaDe

28 | legal

doseamento de cloridrato de tizanidina por volumetria em meio não-aquoso

sibutramina – notivisa/anvisa

20 | Nota técNica CertifiCados de qualidade para matrizes homeopáticas

32 | ÍNDice remissivo 34 | eNDereços

relação De aNuNciaNtes 05 - capsutec 07 - elyplast 11 - millipore 12 e 13 - l&l 15 - ortoFarma

17 - tecnopress 20 - quallitá 21 - labsynth 23 - bstec 25 - inteCq

27 - ctb 27 - mapric 29 - allchemistry 30 e 31 - attivos 33 - led

35 - alternate 36 - consulFarma


cosmetologia

Formulações antissépticas contendo extrato de stryphnodendron adstringens

tatiana m. souza-moreira1, vera l. b. isaaC1*, raquel r. d. moreira2, rosemeire C. l. r. pietro1

R

esumo: Neste trabalho, foram desenvolvidas preparações cosméticas antissépticas com extrato das cascas de S. adstringens e avaliados parâmetros de controle de qualidade e de estabilidade. O extrato das cascas foi preparado com etanol 50% e seco por liofilização. A concentração inibitória mínima (CIM) do extrato foi determinada pelo método de diluição em microplaca contra bactérias e leveduras do gênero Candida. Foram desenvolvidas as preparações de sabonete líquido e loção contendo o 0,25 e 0,50% do extrato, respectivamente, e foi avaliada a estabilidade preliminar por meio dos parâmetros físico químicos e organolépticos, tendo sido realizado o controle de qualidade microbiológico. A atividade antisséptica das formulações foi verificada pelo método pour plate. O extrato das cascas de S. adstringens apresentou CIM de 2,5 a 5 mg/ mL contra bactérias e de 156 a 625 µg/mL contra as leveduras. As preparações apresentaram-se dentro dos limites estabelecidos de contaminação microbiológica, com ausência de Salmonella, Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. As preparações permaneceram estáveis no período e condições de estresse analisados. O sabonete líquido contendo o extrato das cascas de S. adstringens demonstrou atividade antisséptica contra as bactérias e leveduras, sendo que estas foram mais sensíveis. A loção apresentou atividade contra as bactérias testadas. Os produtos desenvolvidos com o extrato das cascas de S. adstringens demonstraram ser estáveis e possuir propriedade antisséptica. São promissores produtos da flora brasileira para uso como antissépticos pela população. unitermos: Stryphnodendron adstringens, sabonete líquido antisséptico, loção antisséptica. 1

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abstract: In this work we developed cosmetic preparations with antiseptic extract from the bark of S. adstringens, quality control and stability parameters were evaluated. The extract from the bark was prepared with 50% ethanol and dried by lyophilization. The minimum inhibitory concentration (MIC) of the extract was determined by the microplate dilution method against bacteria and Candida. Preparations developed were liquid soap and lotion containing 0.25 and 0.50% of the extract, respectively. Stability was evaluated by preliminary physicochemical and organoleptic parameters and microbiology quality control was performed. The antiseptic activity of the formulations was tested by pour plate method. The extract from the bark of S. adstringens showed MIC of 2.5 to 5 mg/mL against bacteria and 156 to 625 µg/mL against yeasts. The preparations were in accordance with the limits of microbial contamination permitted by Brazilian guidelines related to Salmonella, Escherichia coli, Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa. The preparations remained stable during stress conditions analyzed. The liquid soap containing the extract from the bark of S. adstringens demonstrated antiseptic activity against bacteria and yeasts and Candida species were the most sensitive microorganisms. The lotion had activity against the bacteria tested. The pharmaceutical preparations developed with the extract from the bark of S. adstringens showed to be stable and had antiseptic property. It was found that such preparations are promising products in the Brazilian flora for use as antiseptics by the population. Keywords: Stryphnodendron adstringens, antiseptic liquid soap, antiseptic lotion.

faculdade de Ciências farmacêuticas, universidade estadual paulista “Júlio de mesquita filho” – unesp – rodovia araraquara Jau km 1 Cep 14801-902-araraquara –sp. *autor para correspondência: vera isaac: veraisaac@fcfar.unesp.br



cosmetologia Formulações aNtissépticas coNteNDo extrato De stryphNoDeNDroN aDstriNgeNs

introdução O uso de plantas pode representar uma alternativa de substituição aos antissépticos e desinfetantes sintéticos convencionais, visando evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana a estes compostos, uma vez que metabólitos vegetais atuam por mecanismos variados (BARBOUR et al., 2004; MONTHANA e LINDEQUIST, 2005). Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, Leguminosae-Mimosoidae, é uma árvore do cerrado brasileiro conhecida popularmente como “barbatimão”. Na medicina caseira, o decocto das cascas desta planta é amplamente empregado na maioria das regiões do Brasil no tratamento da leucorréia, hemorragias, diarréia, hemorróidas, para limpeza de ferimentos e na forma de gotas contra conjuntivite (NUNES et al., 2003; MACEDO e FERREIRA, 2004). Suas atividades são devidas aos taninos hidrolisáveis e condensados presentes na casca e que lhe atribuem propriedade adstringente (LORENZI, 2000; SANTOS et al., 2006). Toledo (2002) demonstrou a atividade antimicrobiana de extrato obtido das cascas com acetona:água (7:3, v/v) contra Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis. As atividades tripanocida (HERZOG-SOARES et al., 2002), anti-inflamatória (FALCÃO et al., 2005), analgésica e protetora da mucosa gástrica (LIMA et al., 1998; AUDI et al., 1999) também foram relatadas. Santos et al. (2009) descreveram atividade do extrato etanólico contra Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Actinobacillus actinomycetemcomitans e Candida albicans. Ishida et al. (2006) vêm estudando o mecanismo de ação do extrato, frações e compostos isolados das cascas de S. adstringens contra C. albicans. Apesar das atividades biológicas comprovadas, ainda não foram realizados estudos detalhados para o

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desenvolvimento de produtos e, na literatura científica, há apenas uma patente de pomada com as cascas da planta para tratamento de escaras (NEWS, 2011). O objetivo deste trabalho foi desenvolver sabonete líquido e loção contendo o extrato de S. adstringens que apresentem atividade antisséptica. material e métodos material vegetal As cascas secas e pulverizadas de S. adstringens foram obtidas da empresa Sítio da Mata, Cássia dos Coqueiros-SP no primeiro semestre de 2005. O extrato foi obtido por percolação das cascas usando etanol 50% como solvente. Em seguida, o extrato foi concentrado em evaporador rotatório sob pressão reduzida e, posteriormente, liofilizado, tendo sido obtido um extrato final seco com rendimento de 35%. micro-organismos Para os testes de atividade antimicrobiana do extrato e de atividade antisséptica das formulações foram utilizadas cepas obtidas do American Type Culture Collection (ATCC): Bacillus subtilis ATCC 9362, Staphylococcus aureus ATCC 25923, Staphylococcus epidermidis ATCC 12228, Escherichia coli ATCC 10536, Candida albicans ATCC 64548, Candida parapsilosis ATCC 22019, Candida tropicalis ATCC 750. determinação da atividade antimicrobiana A concentração inibitória mínima (CIM) do extrato frente às bactérias e leveduras foi determinada pelos métodos de microdiluição aprovados pela Norma M7-A6 (2003a) e M27-A2 (2002) do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), com modificações. O meio Brain-Heart Infusion (BHI) foi utilizado para o teste com bactérias e o meio RPMI-1640 suplementado com 2% de glicose e tamponado com

0,165 mol/L do ácido 3-[N-morfolino] propanossulfônico (MOPS), pH 7, para as leveduras. O extrato foi dissolvido em dimetilsulfóxido (DMSO) e diluído em meio de cultura com concentração final variando de 5 a 0,078 mg/mL (DMSO<1%). Os inóculos bacterianos foram ajustados para a concentração de 1,5 × 105 UFC/mL, adicionando às microplacas para incubação a 37º C por 24 h. As leveduras foram incubadas na concentração de 2,5 × 103 células/mL a 35º C por 48 h. Ampicilina foi utilizada como controle positivo contra bactérias (12,5 a 0,02 µg/mL) e anfotericina B como controle positivo contra as leveduras (16 a 0,03 µg/mL). O crescimento bacteriano foi indicado pela adição de resazurina a 0,01% e o crescimento das leveduras foi observado pela adição de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio a 2%. CIM (menor concentração de extrato que inibiu o crescimento microbiano), foi evidenciada pela cor azul ou amarela dos corantes usados (ELOFF, 1998; GABRIELSON et al., 2002). As concentrações bactericida mínima (CBM) e fungicida mínima (CFM) foram determinadas por subculturas de alíquotas retiradas das microplacas e inoculadas em meio Müeller-Hinton ágar (MHA) por 24 h a 37º C e Sabouraud dextrose ágar (SDA) por 48 h a 35º C para bactérias e leveduras, respectivamente. CBM e CFM corresponderam à menor concentração de extrato em que não houve crescimento visível de colônia. Os testes foram realizados em triplicata. preparações farmacêuticas As matérias primas utilizadas para o sabonete líquido foram: Sodium laureth sulphate (20%), Sodium Astrocaryum Murumuruate (0,2%), Cocamidopropylbetaine (4%), Laurylpolyglucose (2%), Decylpoluglucose (2%), Cocamide DEA (3%), Lanolin alcohol (1%), Methylparaben (0,2%), Disodium EDTA (0,05%), extrato das cascas de S. adstringens (0,25%) e aqua (q.s.p. 100%). O sabonete líquido foi mani-



cosmetologia Formulações aNtissépticas coNteNDo extrato De stryphNoDeNDroN aDstriNgeNs

pulado pela dispersão dos tensoativos, do conservante e água. O pH 6 foi ajustado com solução aquosa de citric acid, adicionado o extrato e sodium chloride em q.s. como viscosificante. Para a loção foram utilizados: Ceteareth-20 (1%), Cetyl alcohol (1,5%), Cetyl lactate (3%), Atrocaryum murumuru butter (3%), BHT (0,05%), Propylparaben (0,02%), Lanolin alcohol (1%), Methylparaben (0,18%), extrato das cascas de S. adstringens (0,5%) e aqua (q.s.p. 100%). O extrato foi incorporado à emulsão após resfriamento a 40º C e homogeneizado. Foram manipuladas preparações sem o extrato para controle da atividade antisséptica das matérias primas. avaliação da atividade antisséptica A atividade antisséptica das preparações cosméticas foi avaliada pelo método pour plate de difusão em ágar com orifícios de 6 mm de diâmetro. As suspensões bacterianas de S. aureus, S. epidermidis e E. coli foram inoculadas na concentração de 1 × 106 UFC/ mL em MHA (OCAÑA et al., 2006) e as suspensões de C. albicans, C. parapsilosis e C. tropicalis foram inoculadas a 1 × 105 células/mL em MHA acrescido de 2% de glicose e 0,5 μg/mL de azul de metileno (CLSI, 2003b). O conservante das preparações foi inativado

com 1% de polysorbate 80 para, então, serem aplicados 100 µL das amostras por poço, inclusive dos controles sem adição do extrato. As placas inoculadas com bactérias foram incubadas a 37º C por 24 h e as inoculadas com leveduras foram incubadas a 35º C por 48 h. A atividade antisséptica foi obtida pela medida do diâmetro do halo de inibição de crescimento das preparações frente aos micro-organismos. Os testes foram realizados em triplicata.

às condições de estresse de 5 ± 2º C e de 37 ± 2º C por 15 dias, com avaliação diária dos parâmetros organolépticos de aspecto, cor e odor. Foram analisados o pH da dispersão aquosa a 10% das amostras (DAVIS, 1977), densidade em picnômetro de 5 mL e viscosidade em viscosímetro Brookfield RVD-VIII a 20 rpm. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente.

Controle de qualidade microbiológico O número total de contaminantes e a presença dos patógenos Salmonella sp, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, nas preparações cosméticas, foram determinados pelos métodos recomendados pela Farmacopeia Brasileira (1988) e Pinto et al. (2003), em triplicata.

Preparações antissépticas utilizadas na rotina de higiene têm o intento de proteger os indivíduos contra leves infecções de pele causadas pela microbiota residente ou pela transiente, além de contribuir no controle para a prevenção de transmissão de infecções. A eficácia de preparações antissépticas também depende da natureza da formulação, como exemplo, sabonete em barra, emulsão ou sabonete líquido (WILKINSON e MOORE, 1982). Neste trabalho, a eficácia antisséptica das preparações estudadas foi constatada pelos testes de avaliação da atividade antisséptica contra os micro-organismos testados. O extrato obtido das cascas de S. adstringens (percolação em etanol 50%) apresentou valores de CIM, CBM e CFM como mostra a TABELA I.

testes de estabilidade das preparações Foram avaliados os parâmetros organolépticos e físico químicos do sabonete líquido e da loção com o extrato de S. adstringens de acordo com a metodologia de avaliação da estabilidade preliminar apresentada para fitocosméticos (ISAAC et al., 2008). As preparações foram centrifugadas por 30 min a 3000 rpm e, em seguida, submetidas

resultados e discussão

tabela i: Atividade antimicrobiana do extrato das cascas de S. adstringens e controles. micro-organismo B. subtilis S. aureus S. epidermidis E. coli C. albicans C. parapsilosis C. tropicalis

extrato Cim 2500 5000 2500 5000 312 156 625

Cbm 5000 5000 2500 5000 -

Cfm 10000 10000 5000

ampicilina Cim 1,56 3,12 1,56 1,56 -

Cbm 1,56 3,12 1,56 1,56 -

anfotericina b Cim 0,25 0,25 0,25

Cfm 0,25 0,25 0,25

Valores expressos em µg/mL pela moda de três observações.

Foi possível verificar que o extrato apresentou elevado valor de CIM e CBM e, portanto, baixa inibição do

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crescimento bacteriano comparado ao controle de ampicilina. Por outro lado, as leveduras foram mais sensíveis à

ação do extrato embora, para este estudo, o extrato não tenha apresentado efeito fungicida, em oposição ao con-


trole de anfotericina B, cujo valor de inibição é semelhante ao de morte. A partir da CIM obtida para o extrato, foi possível delimitar a porcentagem necessária para ter atividade para incorporação nas preparações. Foi observado que 0,25% e 0,50% de extrato na loção e no sabonete líquido, respectivamente, produziam a melhor inibição contra os micro-organismos testados. O sabonete líquido foi mais ativo contra os micro-organismos testados, sendo que as espécies de Candida foram mais susceptíveis ao sabonete do que as bactérias (TABELA II).

tabela ii: Valores dos halos de inibição de crescimento das preparações frente aos micro-organismos testados.

Embora o sabonete líquido controle tenha apresentado halo de inibição de crescimento contra as bactérias, o halo de inibição produzido pelo sabonete com o extrato de S. adstringens superou em 42% a atividade do controle. Contra as leveduras, o sabonete controle reduziu o crescimento microbiano, mas sem a formação de halo nítido. A loção apresentou menor atividade e menor espectro de ação, atuando somente contra as bactérias. É necessário considerar também que, embora o teste de atividade antisséptica tenha sido realizado após neutralização dos agentes conservantes, existem outros componentes das formulações que apresentam atividade antimicrobiana, como os tensoativos do sabonete líquido, por exemplo (BABICH e BABICH, 1997). Por este motivo, os resultados de inibição de crescimento dos micro-organismos sob ação das preparações com extrato foram confrontados

com os das preparações sem os extratos. Mesmo assim, o teste aplicado contém limitações além da composição das formulações, como a própria restrição de difusão de substâncias pelo ágar (CUNICO et al., 2004). O ensaio aplicado às preparações não mostrou crescimento de micro-organismos totais e não foi observada a presença dos patógenos específicos Salmonella sp, E. coli, S. aureus e P. aeruginosa, indicando que não houve contaminação durante o processo de manipulação. O controle de qualidade microbiológico de produtos não-estéreis (cosméticos e farmacêuticos tópicos e orais) assegura que a carga microbiana presente (qualitativo e quantitativo), não comprometa a qualidade final do produto ou a segurança do paciente (PINTO et al., 2003). O perfil de estabilidade permite avaliar o desempenho, segurança e eficácia, além da aceitação pelo con-

Micro-organismo S. aureus S. epidermidis E. coli C. albicans C. parapsilosis C. tropicalis

sabonete líquido Controle 0,25% Extrato 11,0 ± 1,0 14,7 ± 2,5 10,0 ± 0,7 14,0 ± 4,2 10,0 ± 1,0 15,0 ± 1,0 r 24,0 ± 1,4 r 25,5 ± 0,7 r 24,7 ± 2,1

loção Controle 0 0 0 0 0 0

0,50% Extrato 12,0 ± 1,0 12,5 ± 0,7 12,3 ± 0,6 0 0 0

Valores expressos em mm pela média de três observações ± desvio-padrão. r = redução de crescimento microbiano, mas sem formação de halo límpido de inibição.

sumidor. Foi realizado o teste de estabilidade preliminar visando observar possíveis alterações a que as preparações estivessem sujeitas quando submetidas a condições extremas de temperatura, a fim de que tais alterações fossem analisadas segundo características específicas de cada formulação e critérios de aceitação pela população. Avaliando os parâmetros organolépticos, não houve alteração de aspecto, cor e odor, durante o período de exposição ao calor e frio. As preparações não mostraram separação de fase após centrifugação, indicando serem adequadas para aplicação das condições de estresse. Foi verificado que os valores de pH e a densidade do sabonete líquido e da loção com o extrato foram semelhantes ao longo dos 15 dias de teste (TABELA III), não sendo observadas alterações significativas dos valores de pH e viscosidade das formulações.

tabela iii: Valores de pH, densidade e viscosidade das preparações com extrato nos dias zero e 15, sob condições de estresse. parâmetros pH Densidade

sabonete líquido dia zero dia 15 5 ± 2º c 6,25±0,00 6,28±0,02 1,20±0,01 1,20±0,01

loção dia zero 37 ± 2º c 6,06±0,01 1,20±0,01

3,89±0,19 1,11±0,00

dia 15 5 ± 2º c 3,73±0,17 1,14±0,00

37 ± 2º c 3,62±0,03 1,15±0,00

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cosmetologia Formulações aNtissépticas coNteNDo extrato De stryphNoDeNDroN aDstriNgeNs

As FIGURAS 1 e 2 mostram, respectivamente, o comportamento reológico do sabonete líquido e da loção contendo

o extrato das cascas de S. adstringens. É possível inferir que o sabonete líquido apresentou comportamento pseudo-

plástico, enquanto que a loção apresentou comportamento tixotrópico, facilitando sua espalhabilidade, na aplicação.

fiGura 1: Reogramas do sabonete líquido com extrato das cascas de S. adstringens a 0,25%.

fiGura 2: Reogramas da loção com extrato das cascas de S. adstringens a 0,50%.

conclusões Foi possível desenvolver duas preparações cosméticas, sabonete líquido e loção, estáveis e com qualidade microbiológica, que apresentaram atividade

agradecimentos

antisséptica contra bactérias e espécies de Candida por conterem extrato das cascas de S. adstringens, podendo ser usadas para auxílio no tratamento e na prevenção de doenças infectocontagiosas.

Os autores agradecem ao apoio técnico de Luís Eduardo dos Santos e ao suporte financeiro promovido pela CAPES, FUNDUNESP e PADC-FCF-UNESP.

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Doseamento de cloridrato de tizanidina por volumetria em meio não-aquoso mariana brandalise1 (autor responsável), ana maria berGold1*, fernanda rodrigues salazar1, leonardo zanchetti meneGHini1 e tamara dos santos castilhos1

R

esumo: O cloridrato de tizanidina é um relaxante muscular de ação central, principalmente na medula espinhal, que pode ser utilizada oralmente para os casos de contração muscular, aumento de tônus muscular e espasticidade associados à esclerose múltipla e lesão medular. O presente trabalho tem por objetivo estabelecer método para o doseamento de cloridrato de tizanidina matéria-prima por volumetria em meio não-aquoso (VMNA) utilizando indicador e comparar com o método oficial da Farmacopéia Japonesa visando a tornar o método mais acessível para farmácias magistrais e estabelecimentos de pequeno porte. O método com indicador testado mostrou através da análise de variância ser estatisticamente equivalente ao método oficial, por não apresentar diferença significativa entre os resultados. Sendo assim é um método preciso e de fácil execução. unitermos: cloridrato de tizanidina, volumetria meio não-aquoso, potenciometria, naftolbenzeína

figura 1: Cloridrato de tizanidina

introdução O cloridrato de tizanidina é denominado quimicamente como 5-cloro-N-(4,5-diidro-1H--2-imidazolil)-2,1,3-benzotiadiazol-4-amina (Figura 1). É um agonista α2-adrenérgico estruturalmente relacionado com a clonidina e atua principalmente em nível supra-espinhal, como relaxante muscular esquelético de ação central (SWEETMAN, 2007).

Indicado no tratamento agudo e intermitente de aumento do tônus muscular com espasticidade associada à esclerose múltipla e lesão medular (SMITH et al., 1994). É especialmente útil no alívio de espasmos musculares e clônus (LATASTE et al., 1994). Também é utilizado no tratamento sintomático de espasmos musculares dolorosos (SWEETMAN, 2007). Estudos comparando a eficácia da tizanidina com a de outros agentes normalmente utili-

laboratório de química farmacêutica, faculdade de farmácia, universidade federal do rio Grande do sul. universidade federal do rio Grande do sul - faculdade de farmácia - av. ipiranga, 2752 – bairro: santana - porto alegre – rs - brasil (ana.bergold@ufrgs.br). 1

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abstraCt: Tizanidine hydrochloride is a centrally acting muscle relaxant, particularly in the spinal cord, which can be used orally in cases of muscle contraction, increased muscle tone and spasticity associated with multiple sclerosis and spinal cord injury. This study aims to establish the method for the determination of tizanidine hydrochloride raw material by non-aqueous titration using indicator and compare it with the official one of the Japanese Pharmacopeia in order to make the method more accessible to pharmacies and small establishments. The tested method with indicator proved, by analysis of variance, to be statistically equivalent with no significant difference between the results with the official one. Thus we have an accurate method and easy to perform. Keywords: tizanidine hydrochloride, non-aqueous titration, potentiometric titration, naphtholbenzein

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coNtrole De QualiDaDe DoseameNto De cloriDrato De tizaNiDiNa por volumetria em meio Não-aQuoso

zados, tais como diazepam e baclofeno, demonstraram que tizanidina é tão eficaz como os outros agentes na redução da espasticidade (MILANOV e GEORGIEV, 1994). Além disso, estudos clínicos têm demonstrado que a tizanidina reduz o tônus muscular, sem causar fraqueza muscular excessiva (LATASTE et al., 1994) e quando administrado isoladamente tem mostrado que é seguro e eficaz para tratamento do controle da espasticidade (QI et al., 2002). Espasticidade é um distúrbio motor caracterizado pelo aumento do tônus muscular, dependente da velocidade, associado à exacerbação do reflexo miotático. Está associada com redução da capacidade funcional, limitação da amplitude do movimento articular, desencadeamento de dor, aumento do gasto energético metabólico e prejuízo nas tarefas diárias, como alimentação, locomoção, transferências (mobilidade) e cuidados de higiene. Pode causar contraturas, rigidez, luxações e deformidades articulares (VIVANCOS-MATELLANO et al, 2007). A Farmacopéia Japonesa (Pharmacopoeia of Japan, 2006), apresenta método para análise de cloridrato de tizanidina matéria-prima por volumetria em meio não-aquoso com ácido perclórico e detecção potenciométrica do ponto de equivalência. Já a Farmacopéia Americana (USP 34) apresenta análise de teor por cromatografia líquida de alta eficiência. Embora exista monografia para o produto em compêndios internacionais (USP 34, Pharmacopoeia of Japan, 2006), o presente trabalho tem por objetivo estabelecer método para o doseamento de cloridrato de tizanidina matéria-prima por volumetria em meio não-aquoso utilizando indicador e comparar com o método oficial da Farmacopéia Japonesa visando a tornar o método exequível sem a utilização de equipamento com detecção potenciométrica. materiais e métodos amostra A amostra de cloridrato de tizanidina (lote: 014500) foi adquirida de Valdequímica Produtos Químicos Ltda. com pureza declarada de 99,7% de acordo com a USP 29, utilizando cromatografia líquida de alta eficiência. A amostra foi caracterizada por testes sensoriais, solubilidade, pH, perda por dessecação, resíduo por ignição, além de haver sido identificada por reações para cloretos e amina aromática primária, após hidrólise ácida. reagentes e soluções Os reagentes usados na VMNA e as soluções volumétricas e a solução indicadora foram preparadas conforme descrito na Farmacopéia Brasileira 4ª ed. (1988).

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volumetria em meio não-aquoso Pesaram-se exatamente cerca de 200 mg de matéria-prima, previamente dessecada a 105 °C até peso constante os quais foram dissolvidos em mistura de 18 mL de ácido acético glacial e 42 mL de anidrido acético. Como indicador adicionaram-se 2 mL de naftolbenzeína em ácido acético. Titulou-se com ácido perclórico 0,1 M e o ponto final da reação foi indicado pela mudança de cor de amarelo para verde-amarelado. Concomitantemente o ponto final da titulação foi determinado potenciometricamente (eletrodo de vidro/calomelano). 1,0 mL de ácido perclórico 0,1 M equivale a 29,02 mg de cloridrato de tizanidina. A precisão foi avaliada com relação aos parâmetros de repetibilidade e precisão intermediária de acordo com a RE nº 899 (2003). resultados e discussão A matéria-prima utilizada foi caracterizada utilizando como especificações as informações contidas na Farmacopéia Japonesa (Pharmacopoeia of Japan, 2006), e no certificado do fornecedor. Os resultados das concentrações encontradas pelos métodos de VMNA utilizando indicador e potenciometria encontram-se na tabela 1. tabela i: Concentrações encontradas utilizando VMNA com a presença de indicador e por potenciometria repetição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 média (%) dpr (%)

indicador 100,09 100,34 101,20 100,40 100,20 100,65 100,29 99,71 100,32 101,35 100,52 100,62 100,95 100,25 101,08 100,27 100,42 100,62 100,52 0,411955166

potenciometria 101,26 101,10 100,69 100,66 100,44 100,55 100,75 100,75 100,57 100,54 100,71 100,92 101,70 101,56 100,57 101,57 100,63 99,68 100,81 0,480350244


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De acordo com a Farmacopéia Japonesa o teor de cloridrato de tizanidina deve variar entre 99,0% a 101,0% em relação à base anidra. Pelos dois métodos, as concentrações ficaram dentro dos limites estabelecidos. A técnica de VMNA é utilizada para quantificar fármacos que sejam ácidos ou bases fracas, abrangendo, entre as últimas alguns sais de aminas (F. Bras. 5.ed., 2010; KOROLKOVAS, 1988, WATSON, 2005). Quimicamente, o cloridrato de tizanidina é uma amina na forma de sal (Figura 1), sendo, portanto, possível o seu doseamento por VMNA. Nos cloridratos de aminas, é usual a titulação com ácido perclórico diluído em ácido acético. O ânion cloreto do fármaco, porém, é uma base extremamente fraca para reagir quantitativamente com ácido perclórico em ácido acético. Consequentemente, para o doseamento VMNA desses fármacos, as farmacopéias preconizam a adição de acetato mercúrico (F. Bras. 5.ed., 2010). O ânion cloreto é quantitativamente substituído pelo acetato produzido, sendo o último uma base forte em solução de ácido acético e passível de reação quantitativa com o titulante. Entretanto, o acetato mercúrico é um produto insalubre em grau máximo (BRASIL, 1978) por conter um metal pesado de elevada toxicidade (BRASIL, 2004; BUVÁRI-BARCZ e BARCZA, 2005). Considerando a repercussão do uso desse reagente quanto aos aspectos trabalhistas e ambientais, é primordial que os laboratórios priorizem o uso de técnicas analíticas com química limpa (LENARDÃO et al, 2003; PRADO, 2003). Atualmente, como alternativa ao uso do acetato mercúrico, a Farmacopéia Japonesa e algumas referências na literatura sugeriram o uso de mistura de anidrido acético e ácido acético glacial (BUVÁRI-BARCZ e BARCZA, 2005). Nesses casos, os resíduos formados são constituídos de ácido acético glacial, o qual é mais facilmente descartado, além de não apresentar insalubridade (BRASIL, 1978; BRASIL, 2004). O desvio padrão relativo (DPR) encon-

trado para os métodos ficou abaixo de 1%. Assim os mesmos são considerados reprodutíveis de acordo com a RE n° 899 (BRASIL, 2003). A análise estatística dos resultados (ANOVA) foi realizada considerando todas as repetições. Não demonstrou diferença significativa (p<0,05) entre os resultados obtidos pelos dois métodos (Fcal= 3,94 < Ftab= 4,13). conclusão O método proposto demonstra ser preciso e exato, pelo baixo desvio padrão relativo. Por se tratar de técnica com metodologia muito simples, rápida e viável economicamente, a VMNA representa uma alternativa para o controle de qualidade do cloridrato de tizanidina matéria-prima em farmácias de manipulação e estabelecimentos de pequeno porte. reFerências bibliográFicas • BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RE nº 899 de 29 de maio de 2003. Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos. diário oficial da união, Brasília, 02 jun. 2003. • BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n° 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. diário oficial da união, Brasília, 14 de agosto de 2004. • BRASIL, Ministério do Trabalho. Portaria n° 3214, de 08 de junho de 1978. NR 15 - Atividades e operações insalubres. diário oficial da união, Brasília, 06 de julho de 1978. • BUVÁRI-BARCZA, A.; BARCZA, L. Problems in the interpretation of nonaqueous titrations. pharmazie, v. 60, n.4, p 243246, 2005. • farmaCopÉia brasileira. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. 184-187p. • KOROLKOVAS,A.; FRANÇA, F.F.A.C.; CUNHA, B.C.A. dicionário terapêutico Guanabara. Edição 2007/2008.

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Porque a qualidade se constrói com excelência

o Brasil, os medicamentos homeopáticos prescritos por médicos, dentistas e veterinários homeopatas são preparados em farmácias com manipulação homeopática. Estas farmácias precisam de matérias primas, que são tinturas-mãe ou dinamizações anteriores, fornecidas por laboratório industrial farmacêutico de insumos para uso em produtos dinamizados, empresas que não contam com uma legislação sanitária específica. As matérias primas devem ser fornecidas com laudos que especificam parâmetros físico-químicos que podem ser confrontados por análises laboratoriais. Isto não é problema para tinturas-mãe, porém para as matrizes dinamizadas é impossível realizar análises químicas. Se não há parâmetros de diferenciação, não há como elaborar Laudos de Análise para matrizes. As regras e leis sanitárias que regem a qualidade, exigem que um pedido de insumos farmacêuticos seja acompanhado de documentação que ateste sua qualidade. Porém, para matrizes homeopáticas, que são feitas sob demanda, com suas características próprias da homeopatia, não há referências para ajudar.

farmacêutica homeopata, doutora em saúde pública usp, membro da diretoria da abfH e da dtH anfarmag, responsável técnica do laboratório Hn Homeopatia e produtos naturais.

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Tel.: (32) 3333-2484 (32) 3333-1302

Matrizes são formas farmacêuticas derivadas preparadas segundo compêndios homeopáticos reconhecidos internacionalmente, que constituem estoque para as preparações homeopáticas. Geralmente são muito diluídas, só permitindo que sua composição química, relativa à solução hidroalcoólica, seja conferida. Ou seja, podemos considerar que não existe método físico-químico de controle de qualidade que possa assegurar que uma solução ultradiluída de Arnica montana seja exatamente isto. Segundo o item 9.4 do anexo V da RDC 67/2007, os insumos ativos para os quais não existem métodos de controle de qualidade, devem ser adquiridos acompanhados da respectiva descrição de preparo. O processo de obtenção deve oferecer controles que possibilitem a rastreabilidade da produção da matriz, que é feita sob demanda para o cliente. Os veículos usados são farmacopeicos, geralmente álcool etílico, água purificada, e mais raramente lactose ou microglóbulos de sacarose. Estudamos documentos emitidos por três fornecedores europeus e dois nacionais, os primeiros, farmácias que também tem licença para fornecer


medicamentos, que podem ser usados como matrizes. O primeiro fornecedor emite um “Certificado de Conformidade” para cada matriz. Diz que, se estocados corretamente, os medicamentos homeopáticos não devem ter data de validade, porém sugere 2 anos para os medicamentos. Declara que o medicamento foi preparado a partir de potências homeopáticas diluídas, não contendo concentração de qualquer substancia controlada sob a lei européia. Cobra 2,5 libras esterlinas, além do valor dos medicamentos. O segundo fornecedor emite um Protocolo de Preparo, com lote do insumo alcoólico e do material de embalagem. Dá uma validade de 5 anos e cobra 10 euros pelo certificado. O terceiro fornecedor europeu não cobra pelo Certificado de Manufatura. Um dos fornecedores nacionais emite um Certificado de Garantia com limites farmacopeicos de bactérias totais heterotróficas e de fungos e leveduras. Os resultados dos testes são atribuídos a amostragem. A validade é de 1 ano ou 5 anos, dependendo do veículo. O outro fornecedor brasileiro emite um único Certificado de Análise para cada pedido, descrevendo as características do estoque usado (aspecto e composição química), condições de estocagem e um prazo de validade de 1 a 5 anos.O controle microbiológico é feito em uma amostra representativa de seu estoque de matrizes. Fazer análises microbiológicas de cada matriz fornecida iria requerer que os pedidos fossem feitos em duplicatas. Os resultados completos só saem após 7 a 15 dias e o custo aumentaria em cerca de 5 vezes. Uma vez que as análises microbiológicas feitas em pools de matrizes em álcool 70% nos últimos 20 anos não apresentaram um só resulta-

do de contaminação, há uma boa indicação de que sua validade microbiológica deva ser muito superior aos 5 anos propostos por alguns. Observando a falta de homogeneidade entre o que é feito aqui ou no exterior, a falta de normas específicas que atendam às particularidades da homeopatia, e lembrando o artigo 144 do Código Sanitário do Estado de São Paulo que diz: – Na ausência de norma legal específica prevista neste Código e nos demais diplomas federais e estaduais vigentes, a autoridade sanitária, fundamentada em documentos técnicos reconhecidos pela comunidade científica, poderá fazer exigências que assegurem o cumprimento do artigo 2º deste Código – propomos que: 1. seja usado o nome Certificado de Qualidade para matrizes, nos quais as informações sobre os veículos são muito semelhantes, podendo ser descritas em uma só folha. Este Certificado é uma declaração do fornecedor, que envolve o controle de qualidade de matérias primas, do material de embalagem e do processo utilizado, contendo a composição do diluente e suas características físico-químicas; a escala e o método de obtenção da matriz, e a matriz que foi utilizada para a obtenção da que está sendo pedida; 2. este Certificado de Qualidade das matrizes ateste a qualidade dos produtos, com base nas ações efetuadas no controle de processos, que garantem o cumprimento das boas práticas de produção de matrizes homeopáticas, e dizem respeito ao conjunto de matrizes obtidas na produção do conjunto pedido,e não individualmente a uma matriz contida no conjunto global.

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Nota técNica

gestão de equipamentos de medição na farmácia magistral

A

farmácia magistral conta para a realização e controle de seus processos, com a utilização de vários equipamentos e instrumentos de medição. Além dos equipamentos tradicionalmente utilizados para as medições de massa, volume, temperatura e controle de qualidade, as inovações tecnológicas e as exigências legais vêem introduzindo novos equipamentos no processo produtivo magistral, no controle destes processos e dos ambientes onde ocorrem. Manter os equipamentos em perfeito estado de modo a garantir a confiança das medições na execução e controle dos processos, gerando produtos seguros e eficazes, dentro das especificações preconizadas, é responsabilidade do farmacêutico magistral, e uma preocupação da empresa como um todo. Se por um lado representa um custo, por outro assegura maior disponibilidade dos equipamentos para a produção. Sabe-se que um equipamento, máquina ou componente pode funcionar perfeitamente por horas, dias, meses ou número de operações, ou uma gama extensa de variáveis (4). Ou seja, qualquer equipamento, do mais simples ao mais complexo apresenta, durante seu período de vida útil, problemas inesperados. Eles são causados por defeitos de fabricação, manuseio incorreto e manutenção deficiente, o que pode incluir até mesmo condições ambientais inadequadas. Estes problemas, se não forem sanados no seu início podem ter conseqüências gravíssimas, gerando prejuízos muito além do previsto (2). O zelo na conservação e a antecipação aos problemas através de contínuas

22| revista técnica do Farmacêutico

observações e análises dos registros de uso. Além de ampliar a sua vida útil, podem indicar as reais condições de funcionamento dos equipamentos, através de dados que forneçam evidências sobre o desgaste e o processo de degradação dos mesmos(2). As condutas de utilização, conservação e observação mencionadas precisam, contudo, para ser eficazes, estar estabelecidas e inseridas em programa de manutenção que as defina e padronize de modo adequado. A gestão do programa de manutenção de equipamentos deve estar alinhada à gestão do negócio, sendo do interesse e responsabilidade de toda a equipe de trabalho envolvida com a operação e controle dos mesmos. Sistemas modernos de gestão, buscam a eficiência global do equipamento, eliminando todas as perdas, preconizando a busca do “acidente zero, defeito zero, quebra zero e erro zero” (8). manutenção: um meio de evitar Falhas O termo manutenção é usado para abordar a forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas ao cuidar de suas instalações físicas e equipamentos. (4) De forma mais abrangente, pode ser definida como “o conjunto de atividades e recursos aplicados aos sistemas e equipamentos, visando garantir a continuidade de sua função dentro de parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de custos e de vida útil adequados”. (2) Nesta definição, a manutenção é caracterizada como um processo que deveria iniciar antes mesmo da aquisição e que tem como principal função o prolongamento

da vida útil do equipamento ou sistema. A manutenção sistemática permite: maior segurança (menor probabilidade do equipamento se comportar de forma não previsível, não padronizada, ou falhar totalmente), confiabilidade aumentada (menos tempo perdido em consertos, menos interrupções das operações), maior qualidade (equipamentos bem mantidos reproduzem padrão esperado), custos de operação mais baixos (manutenção regular promove o funcionamento mais eficiente), tempo de vida mais longo (cuidados regulares reduzem pequenos problemas e prolongam a vida do equipamento) (3). As atividades de manutenção podem acontecer através das seguintes abordagens(5,6,7): manutenção preventiva É realizada em intervalos predeterminados e visa eliminar ou reduzir as probabilidades de um equipamento ter um desempenho abaixo de sua especificação, da ocorrência de uma falha ou uma parada do equipamento por quebra. Desta maneira, o equipamento opera durante um determinado período de tempo, após o qual sofre um processo de verificação ou revisão. Permite, através da aplicação de metodologia de trabalho periódica, intervenções no mesmo de maneira planejada e programada. Exige a análise do registro histórico de desempenho do equipamento. manutenção corretiva É aquela realizada quando o equipamento já está quebrado ou apresenta algum tipo de falha. É o trabalho de restaurar (quando possível) o equipamento para


TECNOLOGIA EM BIOSSEGURANÇA

um padrão de desempenho aceitável. Permitir que um equipamento continue a operar até que se quebre, pode acarretar altos custos, considerando que a disponibilidade do equipamento fica comprometida, e nem sempre a estrutura da farmácia permite a existência de um equipamento sobressalente. Uma balança, por exemplo, não pode ser consertada de imediato, no momento do evento, precisa ser encaminhada para manutenção corretiva e ser devidamente re-calibrada após o ajuste ou reparo, podendo levar dias até ser utilizada novamente. manutenção preditiva Normalmente exige a determinação e acompanhamento de parâmetros pré-definidos e observância de características que prenunciem alguma anormalidade futura. O trabalho é realizado quando há indícios de que o equipamento poderá apresentar alteração no seu desempenho. manutenção produtiva total Conhecida pela sigla TPM ((total productive maintenance), mostra a evolução do conceito de manutenção no processo produtivo. Começa pela idéia de que manutenção corretiva não é manutenção, é conserto. Manutenção aqui é entendida como o esforço feito para manter funcionando e não para voltar a fazer funcionar. Assim, de acordo com este conceito a única manutenção que existe é a preventiva, que envolve garantir o pleno funcionamento do equipamento. Na manutenção produtiva, o equipamento passa a ser responsabilidade do operador, e não da direção ou do setor de manutenção. Isto significa que a empresa confia o equipamento a uma pessoa (e espera que ela zele como se fosse seu). Inclui atividades de check list feita pelos próprios operadores e amplia-se o círculo de decisões relativas aos equipamentos: os operadores passam a participar das decisões relacionadas à seleção e aquisição de

novos equipamentos, substituição dos mesmos, e gerenciamento de recursos envolvidos em tudo o que diz respeito a equipamentos. O investimento em recursos humanos, buscando novos padrões de comportamento, novas atitudes e nova concepção de processos e produtos é fundamental neste modelo(4). Na prática, a maior parte das operações produtivas adota uma combinação destas abordagens, de acordo com as características e necessidades dos diferentes equipamentos e instalações. elaboração do programa de manutenção O programa de manutenção deve levar em conta a capacidade instalada de equipamentos, e esta deve estar em linha com a demanda e a capacidade de produção da farmácia, de forma que cada empresa deve elaborar e formalizar o próprio programa de manutenção, obedecendo, minimamente, ao que estabelece a norma, atentando aos requisitos relativos a ensaios e peridiocidade preconizados. A RDC 67/2007 determina a necessidade de planejar ações para a manutenção preventiva dos equipamentos, através da elaboração de um programa formal, sendo necessária a elaboração de procedimentos operacionais para a utilização e acompanhamento do desempenho dos mesmos. Estabelece ações de monitoramento a ser realizadas internamente pelas farmácias através de verificações da manutenção dos parâmetros metrológicos desejados, e a contratação de serviços externos especializados para as calibrações e reparos, com foco na garantia da rastreabilidade metrológica aos padrões RBC. Define periodicidade mínima de um ano para as calibrações e diária para as verificações, e necessidade de registros destas ações. É importante que o programa seja simples, entendido por todos os en-

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Nota técNica gestão De eQuipameNtos De meDição Na Farmácia magistral

volvidos e incorporado à rotina da farmácia, de modo que as manutenções internas e externas sejam executadas nos prazos estipulados, ou antes, mediante detecção de possíveis desvios ou evidências de falhas nos equipamentos de medição. As medidas adotadas para a realização da manutenção dos equipamentos devem sempre ser descritas, referenciando os procedimentos operacionais para a sua execução, bem como definir as responsabilidades pelas ações. Para estruturar um programa de manutenção, é necessário organizar uma sistemática que permita que as premissas estabelecidas sejam implantadas e efetivamente monitoradas na farmácia. Os seguintes aspectos básicos devem ser considerados na elaboração do programa: • 1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS (INVENTÁRIO) - Identificar e listar todos os equipamentos de medição que devem ser monitorados. - Identificar de forma inequívoca cada equipamento, por seu número de série, modelo e marca, de modo que a emissão dos documentos pertinentes aos mesmos permita a rastreabilidade dos dados.

rdC 67/2007

Farmácia

equipamentos e instrumentos de medição

procedimento operacional

veriFicação diariamente (anexo i 5.2.2)

manipulação

contratos prestação de serviços

manutenção dependerá: 1 - uso 2 - espeCifiCação

controle de qualidade

Fonte: Gerência de Assuntos Regulatórios da ANFARMAG

24| revista técnica do Farmacêutico

calibração anual (anexo i 5.2.1)

padrões rastreáveis rbc

documentos 1 - Certificado de Calibração 2 - registros de manutenção 3 - registros de verificação 4 - Contratos

- Definir a localização, onde o equipamento está instalado ou sendo utilizado. • 2. DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO Deve-se conhecer a tolerância (erro máximo aceitável) para os equipamentos de medição preconizados nas normas metrológicas, e/ou manuais de fabricação. Os critérios de aceitação basicamente são utilizados em 2 momentos: 1°) Na definição dos limites das variáveis de controle do processo produtivo O equipamento de medição deve ser adequado aos limites da grandeza que ele deve medir ou controlar. Para se estabelecer esta relação devem-se observar as especificações do fabricante e confrontá-las com os limites estabelecidos para o processo. Importante salientar que o farmacêutico deve atentar para o atendimento às normas e especificações estabelecidas na Farmacopéia Brasileira ou, caso ali não conste, nas monografias de códigos farmacêuticos reconhecidos como oficiais. 2°) Na análise do certificado de calibração Finalizada a calibração do equipamento ou instrumento, é responsabilidade do farmacêutico analisar os resultados do certificado de calibração e decidir se o equipamento está ou não apto a ser utilizado novamente. Esta análise é feita mediante comparação entre os erros encontrados na calibração e descritos no certificado, com os limites de erro especificados pelo fabricante e ou normas metrológicas vigentes. • 3. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS Estabelecer POP’s para a utilização e monitoramento diário (verificações) dos equipamentos, preconizando a correta utilização dos mesmos e prevendo medidas a ser tomadas em caso de não conformidades. Estabelecer registros das verificações diárias. • 4. CRONOGRAMA DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS O programa deve estabelecer o cronograma das ações a ser executadas ao longo do tempo para cada equipamento, tais como calibrações, limpezas e troca de componentes, garantindo que as ações sejam executadas nos prazos previstos. O cronograma deve ser bem elaborado e servirá como plano diretor para as ações a executar. • 5. CALIBRAÇÕES O programa deve definir a contratação dos serviços de calibração e o cronograma para a realização dos mesmos. A contratação dos serviços de laboratórios acreditados pelo Inmetro fornece ao usuário a necessária rastreabilidade, assegurada através da acreditação pelo órgão oficial de metrologia do país. Na impossibilidade de contar com serviços acreditados, é imprescindível garantir a rastreabilidade aos padrões RBC, e neste caso a farmácia necessitará documentar a rastreabilidade metrológica de todos os equipamentos e


algumas normas regulamentares balanças

pesos padrão

vidrarias

portaria 236/94 do inmetro e Portaria MTIC 63/44 fabricação, instalação e utilização de instrumentos de pesagem a funcionamento não automático: classes I, II, III e IIII. Valores de erros máximos permitidos Tab 4 portaria 233/94 do inmetro RT referente à fabricação e utilização de pesos padrão. Estabelece os erros máximos (em mg) permitidos para as massas de verificação das balanças. portaria 236 do inmetro (Item 3.7) – Critérios para padrões de verificação Classe A, classe B – Normas ASTM

padrões utilizados na calibração de um dado equipamento (mencionados no certificado de calibração), pelo laboratório contratado, que deverá ser autorizado pelo INMETRO/IPEM • 6. VERIFICAÇÕES As verificações são realizadas internamente, para garantir que o equipamento ou instrumento

continue mantendo os parâmetros metrológicos adequados. Importante definir e monitorar tais parâmetros. Os padrões utilizados precisam ser rastreáveis à RBC – portanto também devem ser calibrados. 7. REGISTROS E GUARDA DOS DOCUMENTOS Os resultados de sucessivas cali-

brações e verificações fornecem um histórico do equipamento onde é possível através de análise comparativa detectar declínio ou manutenção do desempenho do mesmo, permitindo tomada de decisões em relação à manutenção. Por este motivo, e para comprovação perante as autoridades sanitárias e metrológicas, é necessário organizar a guarda dos certificados de calibração, registros de verificação diária, registros de possíveis ajustes e concertos executados para cada equipamento. Também a documentação decorrente das verificações metrológicas executadas pelo INMETRO deve ser devidamente arquivada. Obs.: Certificados de calibração anteriores não devem ser descartados pelos motivos expostos (histórico de desempenho)


Nota técNica gestão De eQuipameNtos De meDição Na Farmácia magistral

• 8. QUALIFICAÇÃO DO PESSOAL ENVOLVIDO A qualificação objetiva habilitar as pessoas a dominar o uso dos equipamentos. Entretanto desvios podem ocorrer gerando erros. Os erros mais observados no processo produtivo são: erro técnico (gerado pela falta de capacidade, competência, habilidade ou aptidão), erro por inadvertência (ocorre de forma não intencional, por desatenção) e erro intencional (proposital, cometido deliberadamente).(5) Estabelecer no programa de manutenção treinamentos periódicos e checagem rotineira do uso dos equipamentos de medição, das leituras e do preenchimento dos registros, é importante para a detecção e prevenção dos erros, e para que as informações sobre possíveis desvios, quebras ou avarias sejam devidamente comunicadas e administradas.

considerações Finais Gerir com firmeza a manutenção dos equipamentos da farmácia, garantindo a disponibilidade e confiança dos mesmos, como ação estratégica da empresa, com certeza colocará a organização no caminho da melhoria contínua. Além do que, a organização estará otimizando seus processos, o que também significa economia.

Convém lembrar que o gerenciamento da manutenção de equipamentos exige planejamento e previsibilidade de recursos para colocar em prática o programa de manutenção. Com todos os parâmetros devidamente definidos, resta colocar em prática o sistema de gestão da manutenção, ou realinhar o já existente na empresa, se necessário.

referÊnCias: (1) BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007. Regulamento técnico que institui as boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácias. diário oficial da união, Brasília, nº 195. (2) SLACK, Nigel. administração da produção, 2. ed. - São Paulo: Atlas, 2002 (3) SOUZA, Valdir Cardoso. organização e gerencia da manutenção. 2° ed. Cidade: All Print, 2007. (4) CAMPOS, Vicente Falconi. Gerência de qualidade total. Belo Horizonte, MG: Fundação Christiano Ottoni, Es-

cola de Engenharia da UFMG, 1990. (5) MORETTO, Lauro D. gerenciamento da produção para farmacêuticos. São Paulo: RCN Editora, 2004. (6) PALADINI, Edson Pacheco. qualidade total na prática: implantação e avaliação de sistemas de qualidade total. São Paulo: Atlas, 1994 (7) LIMA, Francisco Assis de Lima, NOGUEIRA DE CASTILHO, João Carlos. aspectos da manutenção dos equipamentos Científicos da universidade de brasília. Dissertação apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação

(FACE) - Brasília - DF, ano 2006. (8) http://www.mantenimientomundial. com/sites/mm/notas/TPMtotal.pdf Acessado em 03/01/2011. (9) INMETRO Portaria I 236/94 e Portaria MTIC 63/44 - Aprova o Regulamento Técnico Metrológico que estabelece as condições que devem ser observadas na fabricação, instalação e utilização de instrumentos de pesagem a funcionamento não automático: classes I, II, III e IIII. (10) INMETRO Portaria nº 233. Erros máximos permitidos para massas de calibração ou de verificação das balanças.

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26| revista técnica do Farmacêutico


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legal

sibutramina – Notivisa/anvisa Prezado Associado, A Anfarmag tem por objetivo oferecer, com este documento, orientação às farmácias associadas quanto à dispensação de preparações magistrais contendo sibutramina. i- instrução Geral – presCrição e dispensação A Anvisa publicou em 10 de outubro a RDC 52/2011, que “dispõe sobre a proibição do uso das substâncias anfepramona, femproporex e mazindol, seus sais e isômeros, bem como intermediários e medidas de controle da prescrição e dispensação de medicamentos que contenham a substância sibutramina, seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras providências”. Segundo esta resolução, a manipulação de uma preparação magistral contendo a substância sibutramina cloridrado monohidratado (DCB – 09375): a) Deve ser prescrita em Notificação de Receita “B2” (NRB2) (talonário de cor azul impressa pelo prescritor após ter recebido a numeração cedida pela Vigilância Sanitária), respeitando a Dose Diária Recomendada de 15 mg/dia (quinze miligramas por dia); b) A NRB2 deve ser acompanhada de Receita própria do prescritor

28| revista técnica do Farmacêutico

ou de clínica ou hospital, que conterá a indicação de que o medicamento deve ser manipulado; nota – tanto a notificação quanto a receita deverão estar assinadas, carimbadas com a informação do nome e do número de inscrição do prescritor junto ao Conselho Regional de Medicina e datadas. A validade para aquisição e o período para tratamento são de 30 dias, conforme descrito na RDC 58/2007. c) A NRB2 deve estar acompanhada de Termo de Responsabilidade do Prescritor*, 3 (três) vias, devidamente preenchido, sendo que: I. 1ª via: médico arquiva junto ao prontuário do paciente; II. 2ª e 3ª vias: o paciente leva à farmácia ou drogaria. A farmácia de manipulação deverá preencher os campos específicos do termo (art. 8º, § 3º) e, no ato da dispensação, deverá: - anexar a 2ª via à NRB2 e arquivar; - devolver a 3ª via ao paciente, juntamente com a receita com indicação da dispensação e as devidas orientações necessárias. *A Anfarmag disponibiliza através do endereço eletrônico http://www. anfarmag.org.br/prescritor dois arquivos com o intuito de subsidiar as farmácias associadas na orientação aos

médicos: - modelo de carta. Este arquivo poderá ser utilizado pelos farmacêuticos como ferramenta na visitação a prescritores com o principal objetivo de orientá-los sobre a prescrição de sibutramina e sobre o importante papel que do prescritor representa para o cumprimento das exigências da legislação. Sugerimos que esta esteja entregue acompanhada do Termo de Responsabilidade do Prescritor. - modelo do Termo de Responsabilidade do Prescritor. A cada manipulação contendo a substância sibutramina cloridrato monohidratada, o farmacêutico deverá proceder: a) ao registro no Livro de Receituário; b) à baixa no livro específico de registro de substâncias psicotrópicas (este deverá estar atualizado semanalmente); c) ao envio da movimentação para o SNGPC através do arquivo XML; d) ao envio do Mapa Mensal de Notificação de Receita B2 (MMNRB2) para a Vigilância Sanitária local (RDC 58/2007); e) ao envio de relatório semestral a Anvisa sobre notificação de suspeitas de eventos adversos. NOTA - Este procedimento é novo e até o momento a agência reguladora não disponibilizou no sítio eletrônico na Notivisa o modelo deste relatório.


Todos os documentos e registros devem permanecer arquivados à disposição da autoridade sanitária pelo prazo de 2 (dois) anos, findo os quais poderão ser destruídos. ii- notivisa O Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária - NOTIVISA é responsável por realizar registro, triagem, investigação e acompanhamento de queixas técnicas e eventos adversos (EA) em produtos e serviços sob vigilância sanitária. A farmácia de manipulação deverá proceder aos itens abaixo, descritos na área de farmacovigilância da Anvisa (Notivisa): a. Cadastro – informações para acesso 1. O NOTIVISA poder ser acessado pelo endereço eletrônico http:// www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/cadastro.htm 2. Para que o cadastro na NOTIVISA seja possível é necessário que a farmácia esteja cadastrada no site da Anvisa. Este cadastro é o mesmo que se utiliza para efeito da Autorização de Funcionamento – AFE ou Autorização Especial – AE. 3. Empresas ou Instituições que peticionem assuntos à Anvisa devem acessar o sistema Cadastramento de Empresa b. notifiCaçÕes de Casos de eventos adversos (ea) Os usuários cadastrados deverão notificar casos de EA – Eventos Adversos através da versão para preenchimento online localizada no seguinte

endereço: http://www8.anvisa.gov.br/ notivisa/frmlogin.asp a) Inserir e-mail e senha do gestor (o mesmo da AFE) b) Clicar em “Notificar” e seguir o preenchimento de cada tela. As notificações enviadas serão mantidas sob sigilo e as informações recebidas servirão para: a) subsidiar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) para identificar reações adversas ou efeitos não-desejados dos produtos; b) aperfeiçoar o conhecimento dos efeitos dos produtos e, quando indicado, alterar recomendações sobre seu uso e cuidados; c) regular os produtos comercializados no País e, de forma geral, promover ações de proteção à Saúde Pública. relatÓrio semestral Com esta nova resolução, o farmacêutico magistral deve enviar o Relatório sobre as Notificações de suspeitas de eventos adversos semestralmente, mesmo que elas não tenham sido registradas, devendo conter as justificativas de ausência de notificação. (art. 8º, §§§ 1º, 2º e 3º e art. 9º) A Anfarmag estará consultando a Anvisa sobre os modelos para atendimento à NOTIVISA relativos às farmácias de manipulação. Assim que esta informação estiver esclarecida, nossos associados serão comunicados. O serviço de atendimento ao associado está à disposição para esclarecimento de dúvidas através do e-mail assessoriatecnica@anfarmag.org.br

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Revista destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parlamentares e autoridades da área de saúde dos governos federal, estadual e municipal. Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DOS TEXTOS DA REVISTA TÉCNICA DO FARMACÊUTICO periocidade: Trimestral Circulação: Nacional tiragem: 5.000 exemplares distribuição dirigida

R������ T������ �� F����������� 2011 atenção farmaCÊutiCa: - O farmacêutico e a prática da atenção farmacêutica. Ano 2 – nº 10 Janeiro/ Fevereiro 2011 – página 04.

- Processos administrativos – o que saber sobre as penalidades e o que fazer (Parte II). Ano 2 – nº 14 – Outubro/ Novembro/Dezembro – página 26.

CosmetoloGia: - Estabilidade química e comportamento reológico de emulsão contendo ácido ascórbico. Ano 2 – nº 14 – Outubro/Novembro/Dezembro – página 14.

Homeopatia: - Rastreabilidade em Homeopatia. Ano 2 – nº 12 – Maio/Junho 2011– página 12.

farmaCotÉCniCa: - Estudos preliminares para avaliar a estabilidade física e físico-química de duas preparações de sabonete líquido nas formas transparente e perolado. Ano 2 – nº 10 – Janeiro/Fevereiro 2011 – página 12.

- Alternativa para qualificação do etanol como insumo inerte para homeopatia. Ano 2 – nº 10 – Janeiro/ Fevereiro 2011 – página 20.

- Manipulação e avaliação de cápsulas de liberação modificada contendo diclofenaco de sódio. Ano 2 – nº 11 – Março/Abril 2011 – página 14. - Comparação entre dois métodos manuais de obtenção de cápsulas rígidas de gelatina. Ano 2 – nº 14 – Outubro/ Novembro/Dezembro – página 04. inovação: - Nanotecnologia como inovação para produtos farmacêuticos e cosméticos. Ano 2 – nº 11 – Março/Abril 2011 – página 04. leGal: - Orientações para que a farmácia tenha um site de acordo com as normas da ANVISA. Ano 2 – nº 10 – Janeiro/ Fevereiro 2011 – página 24. - Informação sobre declaração de porte econômico. Ano 2 – nº 11 – Março/Abril 2011 – página 24. - Ausência do farmacêutico no estabelecimento. Ano 2 – nº 11 – Março/ Abril 2011 – página 26. - Prescritores legalmente habilitados. Ano 2 – nº 12 – Maio/Junho 2011 – página 24. - Processos administrativos: o que saber e como se defender. Ano 2 – nº 13 – Julho/Agosto 2011 – página 24.

nota tÉCniCa:

- 2º Ciclo SINAMM: Breve avaliação de dados analíticos. Ano 2 – nº 11 – Março/ Abril 2011 – página 22. - Valor de pH – sua importância na área magistral. Ano 2 – nº 12 – Maio/Junho 2011 – página 20. - Cursos de homeopatia para leigos: o impacto na rotina magistral. Ano 2 – nº 13 – Julho/Agosto 2011 – página 22. - Farmacotécnica magistral de hormônios sintéticos. Ano 2 – nº 14 – Outubro/Novembro/Dezembro – página 20. qualidade: - Comparação de métodos para determinação de umidade em matériasprimas de uso farmacêutico. Ano 2 – nº 12 – Maio/Junho 2011 – página 04. pesquisa farmaCÊutiCa: - Utilização de antonicianina como pigmento natural para preparo de xampu neutralizante. Ano 2 – nº 13 – Julho/ Agosto 2011 – página 16. seGurança de proCessos: - Riscos de contaminação cruzada durante a manipulação de cápsulas contendo metotrexato na farmácia magistral. Ano 2 – nº 13 – Julho/Agosto 2011 – página 04.


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regionais reGional baHia/serGipe presidente: edza martins brasil av paulo vi, nº1816, pituba salvador - ba - Cep 41810-001 tel (71) 3358-9334 /fax ( 71) 3358-4094 e-mail: regional.base@anfarmag.org.br

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regional distrito Federal presidente: Cleide regina da silva siG - quadra 04 - lote 25 - sala 110 1º andar - empresarial barão de mauá Cep 70.610-440 - brasilia - df fone/fax: (61) 3344-4152 e-mail: regional.df@anfarmag.org.br regional espírito santo presidente: rita Cristina martins av. nossa senhora da penha, 1495 -sala 608 torre bt edifício Corporate Center - vitória - es Cep: 29056 - 245 -tel.: (27) 3235-7401 e-mail: regional.es@anfarmag.org.br reGional Goiás/toCantins presidente: Gilmar silva dias rua 7 a, 189 - sala 201 edifício marilena - setor aeroporto - Goiânia - Go Cep: 74075 - 230 - tel.: (62) 3225-5582 e-mail: regional.goto@anfarmag.org.br regional minas gerais presidente: astrid Chucre dias Guimarães av: do Contorno, 2646 - sala 1104 floresta - belo Horizonte - mG Cep: 30110 - 080 tel.: (31) 2555-6875 / 2555-2955 e-mail: regional.mg@anfarmag.org.br regional mato grosso do sul presidente: ana paula busato zandavalli rua rodolfo José pinho, 66 - Jardim são bento. Campo Grande - ms - Cep: 79004 - 690 tel.: (65) 3027 6321 e-mail: regional.ms@anfarmag.org.br regional mato grosso presidente: ivete souza peaguda avenida ipiranga,70 Cuiabá - mt - Cep: 78020-550 tel.: (67) 3383-1007 e-mail: regional.mt@anfarmag.org.br regional paraná presidente: dagmar terezinha Kessler rua silveira peixoto, 1040 - 9° andar - sl 901 Curitiba - pr - Cep: 80240 -120 tel.: (41) 3343-0893/fax (41) 3343-7659 e-mail: regional.pr@anfarmag.org.br

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