Whisper #4

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ÍNDICE

FICHA TÉCNICA

NOTÍCIAS 03 ► Curtas

ENTREVISTAS 05 ► Blacklist (USA) 07 ► Linda Martini 09 ► Bunnyranch 11 ► Gabriel Wickbold 13 ► Juliana Pontual 15 ► Miguel Silva

MÚSICA

18 ► 15 Músicas pela Whisper 19 ► Próximos Lançamentos

AGENDA

16 ► Cine-Teatro de Estarreja 21 ► Agenda 17 ► Altos e Baixos 17 ► Vídeos - Youtube 18 ► Vídeos - Publicidade 18 ► Citações 20 ► Recomendações Whisper

REPORTAGENS

23 ► David Fonseca 25 ► Blacklist + La Chanson Noire 27► a Jigsaw

EDITORIAL Nesta edição da Whisper teremos algumas novidades a nível de entrevistas que vos poderão interessar. Efectivamente, conseguimos entrevistar bandas já com alguma projecção no panorama musical portugues, tais como Bunnyranch e Linda Martini. A nível internacional entrevistámos a banda Blacklist, o jovem fotógrafo Gabriel Wickbold e a ilustradora/designer Juliana Pontual. Nesta edição poderão ver que temos mais entrevistas que reportagens, mas a triste realidade é que a crise também chega aos repórteres da Whisper! Esperemos que gostem deste novo número “Whisperiano” e desejamosvos um feliz Natal e bom ano novo!

Whisper #4 16 de Dezembro de 2009

GERAL

whisper magazine BLOG: whispermagazine.blogspot.com MYSPACE: myspace.com/whispermagazine TWITTER: twitter.com/whisper_magazine EMAIL: whispermagazine@gmail.com

DIRECÇÂO joana vieira

BLOG: joanavieiraphot.blogspot.com MYSPACE: myspace.com/meraluna214 DEVIANTART: joanavieiraphot.deviantart.com FLICKR: flickr.com/joana_vieira TWITTER: twitter.com/joana_vieira EMAIL: joanabeco@gmail.com

mariana ribas MYSPACE: myspace.com/damari19 TWITTER: twitter.com/mari_ribas EMAIL: marianamfr@gmail.com imagem de capa: © 2009 Gabriel Wickbold

Envie os seus trabalhos para whispermagazine@gmail.com © 2009 Whisper Magazine Todos os direitos reservados. As imagens utilizadas têm direitos reservados e são propriedade dos seus respectivos autores.

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Desemprego em Portugal ultrapassa os 10%

Cimeira de Copenhaga: 14 dias para renovar a esperança

O desemprego em Portugal atingiui niveis assutadores. No mês de Outubro a taxa de desemprego em Portugal subiu até aos 10,2% por cento. A verdade é que desde que há registo do desemprego em Portugal, nunca houve tantos desempregados como no passado mês de Outubro. O Eurostat publicou ontem as estatísticas e Portugal é o 5.º da UE, com 10,2% de desempregados. No conjunto da União Europeia, com taxas de desemprego superiores a Portugal, em Outubro, estão a Letónia (20,9%), a Espanha (19,3%), a Irlanda (12,8%) e a a Eslováquia (12,2%). Na zona euro, o desemprego manteve-se estável em Outubro face ao mês anterior, situando-se nos 9,8 por cento, a taxa mais elevada desde Janeiro de 1999, adiantam os dados do Eurostat.

A cimeira de Copenhaga, que vai discutir o próximo passo contra o aquecimento global, começa hoje e reúne grandes expectativas por parte da comunidade mundial. A verdade é que podemos já tirar uma conclusão prévia: nunca o mundo esteve tão ligado à causa climática como agora. Nas próximas duas semanas, a capital dinamarquesa estará transformada numa arena política sem precedentes em torno de um só tema ambiental. O primeiro projecto oficial de acordo sobre alterações climáticas pretende limitar a subida da temperatura média do planeta a 1,5 ou 2 graus, sem definir entre as duas opções. De acordo com um estudo científico da ONU, as emissões, de todos os países do mundo, precisam ser reduzidas para metade, até 2050, do que eram em 1990. De outro modo, não será possível evitar um aquecimento global com dimensões incomportáveis.

Já são conhecidos os grupos para o Mundial 2010 Portugal vai ter como adversários Brasil, Coreia do Norte e Costa do Marfim no Grupo G da primeira fase do Campeonato do Mundo de futebol de 2010, na África do Sul, ditou o sorteio realizado hoje na Cidade do Cabo. Portugal inicia a campanha a 15 de Junho com a Costa do Marfim. Segue-se a Coreia do Norte a 21 de Junho e o Brasil, no jogo decisivo, a 25 de Junho.

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Oprah Winfrey decide terminar o seu programa em 2011 Após mais de duas décadas de transmissões regulares, o talk-showshow de Oprah Winfrey vai terminar em 2011. O anúncio foi feita pela própria apresentadora no seu programa. Com uma audiência média semanal cifrada em mais de 40 milhões de pessoas e com inúmeros momentos emblemáticos da televisão americana, a rainha da TV desce do seu trono. De acordo com o “New York Times”, Oprah, de 55 anos, não vai largar tudo para envelhecer frente à lareira. A apresentadora vai dedicar-se a um canal por cabo com o seu nome, o OWN (Oprah Winfrey Network). A saída de Oprah de canal aberto para um canal por cabo poderá vir a ser uma boa aposta. Os anunciantes irão de certeza com ela para onde ela quiser, embora ainda se desconheça qual o papel que Oprah terá no novo canal, indica o “NY Times”.


Casamento gay irá ser discutido antes do final do ano Num momento em que o debate político está muito agreste e que os socialistas têm estado debaixo de fogo devido às ofensivas da oposição, sobretudo em matéria de corrupção, a apresentação da proposta do casamento gay pelo Governo terá não só a virtude de cumprir uma promessa eleitoral, como servirá em grande medida para “baixar a crispação” política, nas palavras de um dirigente socialista. Esta é uma promessa eleitoral polémica que o Governo quer cumprir o mais rapidamente possível. Se tudo correr como o primeiro-ministro pretende, o debate da proposta do Governo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve acontecer durante o mês de Janeiro, antes mesmo da discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano. A votação da proposta socialista que prevê “remover as barreiras jurídicas à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo”, como consta do programa de governo, deve estar sujeita à disciplina de voto.

Pepe pode falhar Mundial Pepe irá ser operado ao ligamento cruzado do joelho direito, devendo ficar afastado dos relvados durante seis meses. Este diagnóstico afastará Pepe do resto da temporada do Real Madrid e do Mundial 2010. Esta é, assim, uma baixa de peso para a selecção portuguesa, já que Pepe era um dos jogadores titulares da equipa de Carlos Queiroz.

Temos “fumo verde” Os ENDAY disponibilizaram no Myspace algumas das novas músicas do álbum de estreia ‘Green Smoke!’. Fica atento porque eles vão começar a dar concertos brevemente! www.myspace.com/endaymusic

www.en.cop15.dk


ENTREVISTA COM

BLACKLIST Os Blacklist são um quarteto de Nova York que esteve recentemente em Portugal para actuar no Super Bock em Stock e a Whisper aproveitou para lhes fazer algumas perguntas. Fique a conhecer melhor esta banda e saiba o que podemos esperar deles no futuro.

How did the band Blacklist the beginning with songs that sort born? of embodied the kind of music I Initially, Ryan approached me to wanted to be making. It had ‘It’s A be part of a project he had been Boy’ by Wire on it. I’m sure it had formulating. We both loved Killing something by The Sound on it, too, Joke and a lot of darker bands from most likely ‘New Dark Age.’ But Leeds as well as Iron Maiden, Ozzy then of course there was always Osbourne, and Motorhead. He this underpinning of a very heavy heard me play guitar and I guess I kind of music, too. Glenn comes passed the test. We started working from a hardcore background, but he on some stuff, then Glenn came into was bringing us records by Asylum the picture and Glenn had been in a Party and Modern Eon. And James band with James previously so he doesn’t care a thing about metal, suggested bringing James on for he was really into shoegaze. If there guitar. Glenn introduced us to a lot was one point of mutual taste, I’d of the music that he was DJing at say it was probably the fact that the Wierd party. James had a very we all still insisted that ‘War’ by U2 textural style of playing that mixed was a great record. nicely with my more riff-oriented What message do you try to style. transmit in your music? Which are your musical I heard someone yesterday say influences? that having a message kills great They come from all over. I recall a art. I don’t know that I agree CD I gave all the band members at with that, though I don’t know

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what singular ‘message’ is in our music. There are a lot of ideas running through it. It’s angry, yet not nihilistic. It’s melancholic but not mopey. I think anger and melancholy are strong emotions that one tends to experience when they try to approach the world as it is. I think this record is about trying to do that. I think it’s militantly humanistic, anti-nationalist, antitotalitarian, anti-orthodoxy, and anti-superstition. How was your passage for Portugal? Did you like the portuguese public? The trip to Portugal was wonderful! We loved Lisbon, and we had a blast meeting the Portuguese people who really made us feel welcome. I have to say, too, I feel a certain closeness with the Portuguese aesthetic, musically. Clearly, this is a country with a tradition of


like the most massive, loud thing anyone anywhere had ever made. They came back and we couldn’t help but grin childishly at how gigantic it had become. We wanted that though, which is obviously why How was to work with Ed Buller we went to somebody like him who (Suede, Slowdive, Pulp, White was known for making these huge Lies) and Howie Weinberg (Muse, rock masterpieces. Jeff Buckley, Iron Maiden, U2, Why the title “Midnight of the Nirvana) in the production of Century”? “Midnight of the Century”? The title was taken from a novel Working with Ed was a dream come true for me. Suede and The Psychedelic Furs for me are bands that live in the very highest ranks of rock and roll and his work both as producer and musician on those records and in everything else he’s done is amazing. He was really so patient with us--we’re perfectionists and we set a task for him that I don’t think anyone had ever given him. Ed is firmly rooted in the tradition of sophisticated British alternative pop and here we were asking him to make things sound like an AC/DC record. Although, that was a bit of the strategy. We knew after listening through all these different records and thinking about mixers and producers that, after listening to

by Victor Serge. I thought it was a very fitting description for this phenomenon when all of your most cherished ideas about how the world is are coming apart. Friends become enemies, what once looked true no longer looks true. It’s a bizarre, dark moment when you’re very much part of history but also very much ripped out of it. type who thinks that saying a band Who was responsible for the or a song is crap is automatically artwork in your album? closed-minded. Then you have Pieter Schoolwerth, who runs our the sort of hardcore underground record label is also a fine artist. He’s ideology of hating everything. I a painter. Pieter and I exchanged think for the most part Blacklist ideas for visuals. He spent a while and the people we associate bring with the record and the lyrics and these two together and in doing then he just created this image. so we forge an identity. After all When we saw it we knew it was identity is equal parts rejection and perfect. It’s this ideal combination, embrace. We believe strongly in which I feel we try to strike in our both and you get different kinds of music and I try to strike in my inspiration from both. lyrics, of complexity and simplicity. As with my lyrics, there is a lot of meaning to be read from Pieter’s art for the record, if you want to de-code what’s there. If you don’t want to, you don’t have to. It’s not spelled out for you in either case, though. How do a band survive and grows in New York, a city with so many great artists?

Suede’s ‘Coming Up,’ that if anyone could make this collision work, it was Ed. He did an absolutely amazing job. As for Howie, he does his work under cover of darkness-or at least he did ours that way. We sent along the mixes, Howie proceeded to make them sound

mutual respect amongst the artists. That community is very devoted to a kind of participation in the world of modern music that is aggressive and resistant at the same time. We’re lovers and we’re haters-I think for most of us it’s that spectrum and the energy we derive from it that keeps us going. We don’t like everything but we don’t hate everything, either. It seems these days everyone is either a sort of liberal, boring, “to each his own”

www.myspace.comblacklistmusic www.listofblack.com

very beautiful, haunting and often melancholy music. I have to think that this might be why bands like The Sound and Blacklist seem to have connected in a unique way with the Portuguese.

I think it’s a combination of things. There are lots of great artists, but with so many people making music there’s plenty of garbage, too. I think we thrive both on the love for the good and disgust for the bad. We’re lucky to be part of a community where there is a lot of

else do you wanna tell us, future projects, messages to fans, etc? We look forward to a return to Portugal in 2010 and to playing a lot of new songs for our Portuguese fans!

Membros da Banda josh strawn - voz, guitarra ryan rayhill - baixo gelm maryansky - bateria james minor - guitarra

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ENTREVISTA COM

LINDA MARTINI

O projecto Linda Martini teve inicio em 2003 e desde essa altura esta banda já conseguiu ganhar o seu espaço no panorama musical em Portugal. Do seu passado punk e hardcore herdaram a atitude descomprometida e sincera com que encaram a sua música.

Contem-nos um pouco sobre a As pessoas mais ligadas ao meio, história da banda. talvez reconheçam o nosso nome Tocamos juntos nesta ou noutras ou trabalho, mas o público em gerbandas que entretanto acabaram, al, nem tanto. No entanto, não nos já desde 1998. Nunca todos juntos, podemos queixar muito. Estamos mas depois de terminadas as ban- numa posição bastante boa. É nordas mais ligadas ao Punk/Hardcore, juntámo-nos naquilo que viria a dar origem aos Linda Martini, em 2003. Desde aí, ensaiámos, tocámos ao vivo, editámos 3 Ep’s e 1 Álbum (linda martini -ep 2006 | olhos de mongol -lp 2006 | marsupial - ep 2008 | intervalo - ep ao vivo 2009) e estamos neste momento a ultimar o segundo Álbum que vai mal que queiramos sempre mais do que temos. Se não estabeleceres ser gravado em Janeiro. objectivos, acabas por te acomoPodemos dizer que vocês são um dar e perder o interesse. dos grandes fenómenos actuais da música portuguesa. Foi difícil Sempre ambicionaram ser conhecidos, pisar grandes palcos ou toalcançar essa projecção? car com grandes bandas? A projecção que temos é relativa.

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Sempre esperámos poder tocar com as bandas de que gostamos, não por serem grandes (porque muitas não são) mas porque são importantes para nós. “Ambição” não é a palavra correcta porque sempre estivemos habituados a tocar em palcos pequenos, em concertos refundidos, e nunca nos passou pela cabeça que um dia poderíamos estar a tocar num “Paredes de Coura”, quanto mais a tocar com Sonic Youth, por exemplo. Ser conhecido, toda a gente espera ser conhecida um dia, mas mais do que isso ser reconhecido. Foi complicado obterem apoios no início da carreira? Que apoios?...e de que carreira? Se ter uma banda se considera uma carreira, então começámos a nossa carreira há 15 anos atrás,


o “Marsupial”, o processo foi diferente. Aquelas músicas foram todas criadas com a edição do disco em vista. É mais homogéneo, a nosso ver. No entanto, é um disco que respira um pouco mais que o “Olhos de Mongol”. Gostamos bastante de ambos. Cada um à sua maneira. Como foi a trabalhar com os God is an Astronaut, tanto em palco como na remasterização do EP “Linda Martini”?

Em relação à masterização, não se pode dizer propriamente que tenha havido uma colaboração com os God is an Astronaut. Só um deles masterizou o disco e foi um processo à distância. Quem tratou sempre de tudo, foi o nosso manager da altura. Já falando dos concertos, foram bastante interessantes. Somos bandas que se apresentam em palco de uma forma totalmente diferente. Eles mais maquinais, nós mais de improviso. Foi bom estarmos em contacto directo com uma forma diferente de encarar a música, ainda que em termos sonoros, possa haver pontualmente alguma semelhença. São pessoas simpátiQual a história por detrás do cas e muito focadas naquilo que nome “Linda Martini”? fazem. Estudam tudo ao detalhe. Nada de especial. A determinada Nós, não nos conseguimos desligar altura, não havia consenso relativo da cena Punk. ao nome, dentro da banda. Um dia o Pedro falou-nos duma amiga estudante de Erasmus, que se chamava Linda Martini. Gostámos do nome e acabámos por adoptá-lo. Quais são as principais diferenças entre “Olhos de Mongol” e o mais recente trabalho intitulado “Marsupial”? O “Olhos de Mongol” é um Álbum e o “Marsupial” é um Ep. Àparte disso, o “Olhos de Mongol” é um disco com músicas que já estavam feitas há algum tempo e músicas que se fizeram propositadamente para a edição. É um disco com muitos ambientes diferentes, por isso mesmo. Gravámos o disco quando tínhamos as músicas prontas. Já com

cheio, a cantar as nossas músicas. Tivemos também a sorte de correr bem. Às vezes chegas a um palco que tanto ambicionas e as coisas acabam por correr menos bem. Não foi o caso.

Qual dos vossos concertos recordam o melhor até hoje? Tendo que escolher um, provavelmente o Paredes de Coura, em 2007. Não é todos os dias que se pode ver os Sonic Youth do palco e isso foi uma experiência muito boa. Mas mais do que isso, o palco do Paredes de Coura é lindíssimo e foi mágico ter o recinto praticamente

www.myspace.com/lindamartini

quando começámos a ter bandas. E aí, claro que tínhamos que fazer tudo sozinhos, como aliás todas as bandas fazem. No início de linda martini, em 2003, foi só começar uma banda de novo e tentar tudo outra vez, mas desta vez alguém (a editora Naked) nos ouviu e gostou e quis ajudar. Portanto podese dizer que em comparação com outros projectos que já tínhamos tido, tivémos apoios quase desde o início. Com o tempo fomos percebendo que esses apoios são os mínimos que uma banda pode ter para chegar a alguns sítios (e que nos deram muito jeito) mas que o grande apoio é ter uma agência por trás, e isso só conseguimos em 2007.

Têm projectos para o futuro que queiram partilhar connosco? Para já, temos o novo Ep nas lojas (Intervalo - Optimus Discos) e também para download gratuito no site da Optimus. E entretanto, em Janeiro gravamos o sucessor de “Olhos de Mongol”, que já tem nome provisório, mas que ainda não vamos revelar. Alguma mensagem que queiram aproveitar para deixar aos nossos leitores, aos vossos seguidores, ou às promotoras nacionais, etc? Façam bandas, vão a concertos, comprem discos, “saquem” discos, apoiem as bandas de que gostam, não percam tempo a dizer mal das bandas de que não gostam (gastem-no à procura de outras que possam vir a gostar)...

Membros da Banda a.henriques - voz, guitarra c.guerreiro - baixo, harmónica, melódica h.morais - bateria, melódica p.geraldes - guitarra

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bunnyranch ENTREVISTA COM

Os Bunnyranch são uma banda de Coimbra já bem conhecida de todos nós. Tivemos a oportunidade de colocar algumas questões aos seus membros e assim ficar a conheça melhor o seu percurso e os projectos futuros.

Contem-nos um pouco sobre a e nós nunca tivemos apoios nem história da banda. de câmaras nem de qualquer Os Bunnyranch aparecem em 2001 instituição do género. O que fomos como um grupo de quatro pessoas conseguindo no início foi fruto que queriam principalmente tocar do nosso trabalho… e da ajuda de rock’n’roll. Em 2002 gravamos um alguns amigos que trabalharam EP com o intuito de nos por a tocar e abrir portas para algo mais. E assim foi, desde então gravámos três discos, mais para sair em 2010 e tocámos por várias salas e festivais pela Europa e também nos EU onde conhecemos bandas e pessoas que nos ajudaram a crescer como AR D’RATO, COIMBRA - 14.11.08 banda. Muito resumidamente isto connosco em condições miseráveis é um pouco da história da banda. (risos meus que estou sozinho). Foi complicado obterem apoios no Agora vamos tendo mais apoios início da carreira? mas somente promocionais, de É sempre complicado arranjar algumas rádios (antena3, RuC, apoios, quer no início como agora, etc.), alguns canais privados (SIC

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radical, etc.) e alguma impressa escrita dentro da área. Vocês tiveram a oportunidade de participar no documentário “Rockumentário”, realizado por Sandra Castiço. Como foi essa experiência? Basicamente nós fomos somente “material de estudo” para o documentário. Isto porque só fomos escolhidos para entrar num documentário sobre uma banda de rock, não tivemos influência nenhuma na montagem ou realização dele. Claro que ficámos muito contentes com a proposta, mas nós fizemos a nossa vida normal de banda e eles foram nos acompanhando, filmando e entrevistando. Foi divertido.


www.myspace.com/bunnyranchspace www.bunnyranch.web.pt

O que mudou com a entrada uma semana de trabalho, farra do Augusto Cardoso e do João e histórias muito, muito intensa. Cardoso? Cinco estrelas outra vez. Quando qualquer elemento de uma Sabemos que já tiveram a oporbanda muda a banda muda também. tunidade de tocar em Espanha, O que aconteceu com a entrada de Inglaterra, França, Holanda e qualquer um dos Cardoso(s) foi Estados Unidos. Em qual destes isso mesmo. Uma forma de tocar as países foram melhor acolhidos? músicas antigas e de criar as novas Se tivermos a falar em afluência conforme as suas ideias pessoais, aos concertos é natural que seja logo nova e diferente. De qualquer maior em Espanha porque já lá das maneiras nunca deixámos de tocamos mais vezes. Mas acho ser os Bunnyranch. que a reacção do público foi muito Como foi trabalhar com Ivan Ju- positiva em todos estes países, lian (guitarrista Richard Hell excepto raros concertos mas isso & the Voidoids e The Clash) na acontece em Portugal também. primeira parte do disco “Teach Têm projectos para o futuro que us Lord… How to Wait”, nos HED queiram partilhar connosco? Studios em Nova York? Acabámos de gravar um novo disco, Logicamente foi uma experiência que foi também gravado com o Boz insubstituível. Ter um ícone da Boorer no sierra vista studio e que história do rock’n’roll, e que ainda irá sair em Fevereiro de 2010. Ainda por cima foi incansável, a trabalhar estamos a trabalhar na promoção e a responder a um “interrogatório” por isso não podemos adiantar de quatro dias sobre as vivências datas. E editámos este ano o “Teach dele como músico (e não só) na us Lord… How to Wait” nos EU pela altura, é no mínimo gratificante Brutarian records. Projectos para o para uma banda como nós, que futuro, como costumamos dizer, ouvimos todas estas histórias (e tocar o mais possível no maior gravámos também… claro) quase número de sítios possível. 20 horas por dia, nestes 4 dias e qualquer coisa. No fim alguém o Alguma mensagem que queiram alcunhou de “Iron” Julian tamanha aproveitar para deixar aos foi a resistência do senhor. Cinco nossos leitores, aos vossos seguidores, ou às promotoras estrelas. nacionais, etc? Falem-nos um pouco sobre o vosso último trabalho intitulado “How Aos vossos leitores continuem a ler e a ouvir música. Aos nossos to Wait”. seguidores (se tivermos) continuem É a última parte do disco que a vir e tragam amigos e amigas. Ás começou nos HED studios (teach us promotoras… continuem o bom lord…) e que foi gravado, nas Taipas trabalho. Serra de Monchique, no sierra vista studio com um outro ícone do rock’n’roll. Boz Boorer guitarrista Membros da Banda de bandas como os polecats que já tocou e produziu artistas como o Kaló - bateria, voz, percussão Adam Ant e que é o actual director musical do Morrisey, para além Pedro Calhau - baixo de ter estudado e trabalhado em engenharia de som durante anos e João Cardoso - orgão, piano, anos (nem faço ideia de quantos). voz É a parte inglesa do disco se assim o quisermos dividir, mas tal Augusto Cardoso - guitarra como na primeira parte foi quase AR D’RATO, COIMBRA - 14.11.08

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ENTREVISTA COM

GABRIEL

WICKBOLD

As obras de Gabriel Wickbold caracteriza-se pelas fortes cores, uso tintas e misturas arrojadas. Conheça um pouco melhor este jovem artistas, que já conquistou um lugar junto aos melhores fotógrafos da actualidade.

Como foi o início da experiência Quais foram os principais obscomo fotógrafo e o processo de táculo e metas atingidas? aprendizagem? No começo as pessoas envolvidas Ainda estou no inicio! Em Fever- no meio da fotografia achavam eiro faz dois anos que montei meu o meu portfolio muito agressivo sempre estúdio de foto, nunca fiz nenhum e pouco comercial, curso nem trabalhei como assis- falavam “coloca umas imagens tente de nenhum fotógrafo, minha mais “publicitárias”” e eu sempre experiência com a fotografia sem- defendi com unhas e dentes a pre foi muito “na raça”, acho que o minha assinatura, o meu jeito de que fez a diferença no meu trabalho pensar as imagens. Hoje estou foi essa liberdade, esse despren- muito feliz pois as pessoas estão dimento, nunca quis um portfolio entendendo e me contratando pela comportado, sempre quis causar minha assinatura. impacto nas pessoas. Eu trabalhei É complicado para um fotógrafo com muitas linguagens, comecei singrar no mercado brasileiro? escrevendo poesia, depois passei a O mercado brasileiro é muito compor musica, depois fui estudar competitivo, os profissionais são canto, fiz faculdade de rádio e tv, muito bons, não tenho o mercado quis ser apresentador, enfim foi um de publicidade como meu maior caminho natural mas que ao mesfoco, quero fotografar tudo. mo tempo foi extremamente responsável pela minha “bagagem”, Quais são suas principais acho que o meu trabalho é uma influências nesta área? síntese de tudo isso, erros e acer- Eu pesquiso constantemente, olho tos como todo mundo tem na vida, revistas do mundo inteiro, anoto mas o fundamental foi ter entrado o nome dos fotógrafos, adiciono de cabeça em tudo o que eu fiz. os sites nos meus favoritos tenho

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mais de 500 fotógrafos que vejo constantemente, acho legal não ter um que seja muito influente, acho importante ver muitas coisas o tempo todo, isso faz um trabalho original, você tem sempre que ser o conversor, se não vira copia. Considera o tratamento de imagem essencial ou dispensável no seu tipo de fotografia? Acho o tratamento de imagem essencial, a ferramenta e a tecnologia nunca podem ser dispensados, seria burrice minha falar mal das ferramentas que facilitam a vida dos profissionais, eu não tenho muita paciência no Photoshop, gosto muito de manipular cores brilho e contraste, mas não tenho técnica nem paciência para fazer sistema, minhas imagens são o que são nenhum elemento e colocado em pós produção. A sua fotografia é caracterizada por um brilho bastante especial e particular. Qual o método que


Eu não sei qual é o método, é a minha forma de fotografar, não tenho outra referência, não sei fazer de outro jeito. Em grande parte das suas obras os modelos estão cobertos de tinta ou de outros materiais. Nunca existiu nenhum episódio de estúdio mais caricato devido do uso destes elementos?

www.gabrielwickbold.com.br

utiliza para criar esse ambiente?

Minha mãe é artista plástica, sempre tive uma relação próxima com as tintas, sempre tinham telas cavaletes, e pincéis em casa, mais nunca tive paciência muito menos jeito para pintar, a fotografia veio como uma forma muito prática de conversão do meu olhar, da minha forma de pensar. Acho que desde criança via todas aquelas tintas na minha casa, e queria muito atirar tudo para todos os lados, fazer uma guerra de tinta!!! Nunca fui fã de estorias em quadrinhos ou desenho animado, mas meu trabalho tem muita influência dessas imagens, acho que durante minha viagem pelo interior do Brasil, adorava as igrejas e as referencias dos santos do interior de minas gerais. Como eu disse antes eu sou um cara muito impaciente uso o Photoshop e o tratamento somente para o necessário, demoro no máximo 20min em cada foto no Photoshop, o meu barato dentro do estúdio é fazer acontecer tudo no clique, a sensação de atirar a tinta/clicar/ imagem tudo em uma fração de segundo, é um risco emocionante ainda mais quando você está correndo esse risco com uma celebridade! Existem projectos para o futuro que queira partilhar connosco? O sexual color vai continuar sendo produzido no ano de 2010, para montagem da exposição no segundo semestre em NY , os portugueses que queiram participar, entrem em contato através de studio@ gabrielwickbold.com.br .

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EN T R E

JULIAN VISTA

COM

A

PONTU AL

Juliana Pontual é uma designer e itlustradora que espalha a sua arte pelo Brasil. Conheça um pouco sobre a sua vida e projectos artísticos.

Como surgiu o interesse pelo do trabalho como diretora de arte e desenho e ilustração? designer do que como ilustradora. Acho que surgiu quando eu era A ilustração ainda é como um pequena. Realmente preferia “plus”, quando faço encartes de quando os livrinhos eram ilustra- álbuns, editoriais, etc. dos, tanto que, dependendo dos desenhos e do que eles evocavam, eu tinha vontade de lê-los ou não. Nessa época pintava retratos imaginários e quadros pra vender pras minhas tias (só elas iriam comprar mesmo!!), mas depois de um tempo parei de desenhar e só voltei bem mais tarde, já no final da adolescência.

Quais foram os principais obstáculo e metas atingidas?

Acho que música e meus gatos. Qual foi o seu maior projecto até hoje? Nunca tive grandes projetos, mas os maiores talvez tenham sido os álbuns de 2 grandes artistas e amigas minhas, a Lulina e a Stela Campos, pois ambos envolveram a criação de universos com personagens ilustrados para cada música.

Como foi tudo meio sem querer, não posso dizer que houveram muitos obstáculos. E sobre as metas, eu ainda tenho muito o que atingir, mas diria que a maior As junções da ilustração com o seria conseguir viver somente de design que podemos ver em alguns ilustração. dos seus projectos são feitas por Quem são as suas principais gosto ou por trabalho? Como conseguiu entrar no mundo influências nesta área? Por ambos. profissional de ilustração? Gosto muito de quadrinhos É capaz de nos descrever o todo o Foi meio sem querer, trabalhava underground em geral, tantos dos como diretora de arte em anos 60/70 (quando o género processo que uma ilustração sua agências de propaganda e muitas meio que surgiu) quanto os atuais. envolve? vezes a ilustração é um recurso Também gosto muito de traços Bom, nem sempre existe um para clientes com pouca verba meio lúdicos, meio “estranhos”, processo lógico. Às vezes a ideia para produção. É estranha essa como o de Tim Burton, Jim Flora, vem antes, às vezes é o traço pergunta porque ainda não me Yoshitomo Nara, etc. que puxa a forma e com isso a sinto totalmente inserida nesse ideia. Depende muito do tipo do mundo de ilustração profissional. A ilustração é uma arte que exige trabalho. Meu ganha-pão vem muito mais uma enorme capacidade criativa. Existem projectos para o futuro O que mais a inspira?

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Apesar de ser uma ideia em processo completamente embrionário, pretendo um dia tentar trabalhar com animação. Para finalizar, alguma mensagem que queiras deixar aos leitores, ilustradores, revistas…? O mais importante é se divertir. Até o estresse vale a pena quando por trás tem diversão.

julianapontual.carbonmade.com

que queira partilhar connosco?

PERFIL

Nome: Juliana Pontual Idade: 30 anos Naturalidade: Brasil/Pernambuco Email: jupontual@yahoo.com.br

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ENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTAENTREVISTA 15

MIGUEL SILVA

Nome: Miguel

Silva

Naturalidade: Coimbra Website:

miguelsilva.eu

Myspace: myspace.com/noctvrno

é a autorização para poder recolher fotografias nos concertos, e esse foi o meu maior problema no início. Mas tive a sorte de poder começar a fazer alguns espectáculos no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, oportunidade essa, dada pelo fotografo Nuno Patinho, que realizou alguns workshops em que participei. Alguns anos mais tarde, com um grupo de amigos, iniciámos um fórum na internet sobre eventos relacionados com música mais alternativa, o The Black Planet, e a partir desse momento consegui acesso a alguns dos espectáculos que mais gostava.

pais consequências que isto tem na fotografia e no seu meio?

► Quando paras de fotografar durante longo período de tempo sentes falta de pegar na máquina e disparar? Eu trago quase sempre com uma câmara comigo, por isso sempre que posso e que vejo algo de inte ressante não perco a oportunidade e fotografo.

O que tenho visto em outros países é uma maior disponibilidade, por parte das promotoras , em permitir o acesso aos espectáculos a meios de informação e divulgação mais pequenos, nomeadamente blogs, fóruns e outros sítios semelhantes na net. Mas acho que essa realidade está a mudar cá em Portugal, e já é mais fácil conseguir permissão para podermos fotografar muitos dos espectáculos. ► Existem projectos para o futuro?

► Como surgiu o interesse pela ► Quais são as tuas principais influências nesta área? fotografia? Um amigo numa viagem é ex Jugos- Não te sei dizer se sou influenciado lávia comprou uma Pratika. Lem- directamente por este ou aquele bro-me de disparar algumas fotos fotógrafo, mas obviamente que com ela, sem perceber muito bem não fico indiferente ao trabalho como ela funcionava realmente, e o de pessoas como Anton Corbijn, que significavam aqueles números Gered Mankowitz, Todd Owyang, que estavam inscritos na objectiva. ou a portuguesa Rita Carmo, entre Anos mais tarde comprei uma câ- muitos outros. mara semelhante e comecei a fo- ► Consideras o tratamento de tografar aquilo que mais me fasci- imagem essencial ou dispensávnava: concertos e música. el? ► Como foi o inicio da experiência O tratamento de imagem com o como fotografo e o processo de recurso a ferramentas digitais, aprendizagem? como o Photoshop por exemplo, e Muitos dos princípios básicos de que actualmente usamos, permite fotografia descobri-os através da fazer muito daquilo que antigaInternet e também nos workshops mente era feito na câmara escura, em que ia participando. Obvia- e que geralmente era um processo mente que a prática foi muito im- bastante demorado. Estes procesportante, e há sempre pequenos sos permitem-me evidenciar certruques que vamos aprendendo, tos pormenores, e assim transmitir muitas vezes á custa de erros e aquilo que mais acho importante. Deste ponto de vista acho o tratamuitos rolos disparados. ► Quais foram os principais obs- mento de imagem essencial. ► Com o surgimento da era digitáculo e metas atingidas? tal, a fotografia passou a impliPara quem gosta de fotografar car custou muito menores. Na música ao vivo o principal obstáculo tua opinião, quais são as princi-

Acho que facilitou o acesso da fotografia a um maior número de pessoas. Todo o processo fotográfico ficou mais fácil, e deixámos de necessitar de laboratórios e de vários outros equipamentos, e pudemos efectuar muitos dos processos com um simples computador pessoal. ► Sei que já tiveste a oportunidade de fotografar alguns festivais fora de terras lusas. Existe diferenças entre as promotoras nacionais e estrangeiras? Qual o relacionamento com os repórteres?

Há sempre projectos interessantes que me vão aparecendo e que me motivam bastante. Não sendo a fotografia a minha principal actividade, tenho tido a sorte de ir cola borando e participando em projectos em diferentes áreas da fotografia.


18 SEX 21H30

19 SÁB 23H00

AO RITMO DAS EMOÇÕES

OUTONALIDADES ’09

DANÇA A 2

NOISERV

Duas histórias, duas realidades, as mesmas emoções. Dança a 2 é um espectáculo onde a música e a dança se fundem numa atmosfera única: a dança das emoções ao ritmo da Orquestra do CCDV.

David Santos dá forma a Noiserv quando em 2005 grava uma demo de 3 músicas para participar no Termómetro Unplugged desse ano. A sua música foi escolhida e David participou na eliminatória do Porto, no Contagiarte, e apesar de não ter sido seleccionado para a final acabou por servir de entusiasmo para prosseguir o caminho. No mesmo ano acaba por editar essa mesmo demo em formato EP On Line na Merzbau. Desde então tem corrido meio país, tocado para diferentes plateias em diferentes circunstâncias sempre aperfeiçoando o seu processo e métodos criativos. Aos poucos surgem novos temas e novas ideias que foram sendo aperfeiçoadas ao cabo de dois anos. One Hundred Miles From Thoughtlessness, o disco de estreia, é lançado em 2008, em edição de autor com apoio da Merzbau. As canções, como pequenos retratos, espelham a espontaneidade do autor através da voz lúgubre à guitarra.

19 SÁB 21H30 OUTRO SENTIDO

ANTÓNIO ZAMBUJO António Zambujo apresenta Outro Sentido, disco seleccionado pelo Libération como uns dos dez melhores do ano de 2008 na categoria de World Music e considerado Top of the World Album pela reputada revista Song Lines. Visto como uma das novas revelações da Música Portuguesa e aplaudido pela crítica nacional e internacional, Zambujo tem brilhado pelos palcos por onde passa em cidades como Rio de Janeiro, Toronto, Paris, Amesterdão, Viena de Áustria, Helsínquia entre muitas outras.

20 DOM 16H00 UMA PRENDA MUSICAL C/A BBC

BANDA BINGRE CANELENSE E AMIGOS EM PALCO NATALÍCIO Após um intenso ano de concertos e de intervenções musicais, em salas de espectáculo e romarias, a Banda Bingre Canelense regressa ao Cine-Teatro Municipal de Estarreja para partilhar a sua música com todos quantos desejem juntar-se-lhe.

20 DOM 21H30 CINEMA

DE PROFUNDIS Era uma vez uma casa no meio do mar, onde uma mulher esperava enquanto tocava um melancólico violoncelo. Aguardava o seu amado, um pintor que sempre quis ser marinheiro para que pudesse navegar entre as medusas, as estrelas do mar e os peixes de mil cores que sonhava nos seus quadros...

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YOUTUBE

rALTOS

O primeiro álbum de Susan Boyle, a escocesa de 48 anos que ganhou fama mundial depois de participar num concurso televisivo de talentos, transformou-se no disco mais vendido do Reino Unido. O álbum “I dreamed a dream” vendeu no dia em que foi posto à venda, 130 mil cópias. O disco já está à venda em Portugal.

Bruno Aleixo com Nuno Markl http://www.youtube.com/watch?v=HRhWXu93WFw

O argentino Lionel Messi venceu a Bola de Ouro, prémio atribuído anualmente pela revista France Football ao melhor futebolista mundial. Com 473 pontos, Messi superou o futebolista português Cristiano Ronaldo, o vencedor da edição anterior. O avançado do Barcelona conquista o troféu pela primeira vez e é o primeiro a vencer o troféu como argentino.

O segundo filme da saga Twilight, este Lua Nova, teve o melhor dia de estreia de sempre nos Estados Unidos da América, ultrapassando assim O Cavaleiro das Trevas. Previa-se que fosse uma das maiores estreias de sempre e não defraudou as expectativas. «Lua Nova», a sequela da saga «Crepúsculo» já é o terceiro filme mais rentável de toda a história do cinema. The Muppets: Bohemian Rhapsody http://www.youtube.com/watch?v=tgbNymZ7vqY

Will and Grace - Bloopers http://www.youtube.com/watch?v=yR6ugBV7Tx8

BAIXOS

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O pedido da Irlanda para ser a 33.ª selecção no Mundial 2010 foi negado, “É impossível”, respondeu Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA. O pedido foi feito depois de o francês Henry ter controlado a bola com a mão na jogada que deu o golo do empate à França (1-1) e evitou um desempate por grandes penalidades no “play-off”.

Tiger Woods anunciou uma pausa por tempo indeterminado na carreira no golfe profissional, para tentar salvar o casamento, assumindo a sua “infidelidade”. O anúncio foi feito no site oficial do golfista. Woods diz estar consciente da desilusão e da dor causadas, mostra-se arrependido e pede perdão.

Arrested Development Doc. - Trailer http://www.youtube.com/watch?v=HC4RToo6XeI

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Amelie Mauresmo confirmou que vai abandonar a competição profissional depois de ter marcado a sua passagem no WTA Tour com duas vitórias em Grand Slams que lhe valeram nesse ano o estatuto de nº1 durante vários meses. Mauresmo despede-se do ténis aos 30 anos e sai com o «sabor amargo» de nunca ter ganho Roland Garros.


MUSICAS

PELA

15 WHISPER

PUBLICIDADE

Elliott Smith – Say Yes Sufjan Stevens – Casimir Pulaski Day Jeff Buckley – Grace Heavy Trash – Pure Cold Iron And Wine – Naked As We Came Joni Mitchell – California

PUMA Builds Ferrari Car

Dani Schimdt – Swing Me Down

http://www.youtube.com/watch?v=JqRUwHyJKV8

Voltaire – Hell In a Handbasket Zombina And The Skeletones – Prom Night The Kills – Last Day Of Magic Coccon – Christmas Song Michael Ribiat – Intermezzo Loreena McKennitt – The Lady of Shalott Julie Doiron – Snow Falls In November 22-20 ’ s – Devil In Me

Piano stairs - TheFunTheory.com http://www.youtube.com/watch?v=2lXh2n0aPyw

ERRATA A Whisper errou quando disse na lead da entrevista com os Enday “preparam-se para lançar um novo álbum denominado Drowning in Pictures” em vez de “Green Smoke!”. (Whisper Magazine #3)

Axe - Destiny http://www.youtube.com/watch?v=eaKV0bxUdjo

Fernando Pessoa “Põe quanto és no mínimo que fazes.”

G. W. F. Hegel “The history of the world is none other than the progress of the consciousness of freedom.”

Ernest Hemingway “There is no friend as loyal as a book.”

The world’s deepest bin- Thefuntheory.com http://www.youtube.com/watch?v=cbEKAwCoCKw

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DORO Fight

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TOM PRETTY Live Anthology

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JAMIE CULLUM The Pursiut

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BLUR All The People

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BURAKA SOM SISTEMA

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Fabriclive 49

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DIANA KRALL

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LIL’ WAYNE No Ceiling Mixtape

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KATHARINE MCPHEE Unbroken

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VAMPIRE WEEKEND Contra

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ROBIN THICKE Sex Therapy

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EMINEM Refill

Quiet Nights

LAURA VEIRS The Triumphs & Travails Orphan Mae

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RECOMENDAÇÕES WHISPER

ÁLBUNS

Só mostramos coisas boas!

FILMES

LIVROS

The Good, The Ugly and the Bad

Oliver Twist

ÁLBUNS FILMES LIVROS SITES

SITES

Buddy Guy Blues Singer (2003)

Sergio Leone (1966)

Charles Dickens (1838)

TV.COM Televisão www.tv.com

Deine Lakaien Kasmodiah (1999)

Cinema Paradiso Giuseppe Tornatore

A Condição Humana André Malraux

(1988)

(1933)

Blade Runner

O Sonho Mais Doce

Ridley Scott

Doris Lessing

(1982)

(2001)

Idea Fixa Artes/e-mag www.ideafixa.com

a Jigsaw Like The Wolf (200)

Perez Hilton Celebrity Gossip www.perezhilton.com


AGENDA

DEZ/JAN/FEV DEZ 17. 18. 18. 18. 18. 18. 19. 19. 19. 19. 19. 19. 25. 26. 31. 31. 31. 31.

Sérgio Godinho - Almada (Costa da Caparica) - Renhau-Nhau Primitive Reason - Lisboa - MusicBox Monstro Mau - Braga - Theatro Circo Andrew Thorn - Maia - Tertúlia Castelense Tiguana Blues - Portalegre - Centro de Artes do Espéctaculo Abstraqt Sir Q - Lisboa - Lounge António Zambujo + Noiserv - Estarreja - Cine-Teatro Miss Lava + Dollar Llama - Lisboa - Post Bar Noiserv - Porto - CDGO Squeeze Theeze Pleeze - Cantanhede - Pepper Club Festival Ilha do Ermal - Vieira do Minho - Ilha do Ermal O’QueStrada - Viseu - Teatro Viriato The Legendary Tigerman - Lisboa - Zé dos Bois The Legendary Tigerman - Porto - Plano B Madcon + The Gift - Albufeira - Praia dos Pescadores Deolinda - Lisboa - Casino Xutos & Pontapés + Get Back The Beatles Tribute - Lisboa - Jardim da Torre de Belém Melech Mechaya + Femme Fatale - Lisboa - Santiago Alquimista

JAN 01. 08. 15. 16. 17. 22. 22. 23.

Orquestra Filarmonia das Beiras - Aveiro - Teatro Aveirense Andrew Thorn - Coimbra - Salão Brazil Erol Alkan - Lisboa - Lux AIR - Lisboa - Coliseu Michael Bolton - Lisboa - Coliseu Billy Talent - Lisboa - Coliseu Spank Rock - Lisboa - Lux Moonspell + Bizarra Locomotiva - Lisboa - Feira Internacional

FEV 02. 02. 03. 05. 06. 09. 12. 14. 15.

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Sunn O))) + Eagle Twin - Lisboa Arctic Monkeys - Porto - Coliseu Arctic Monkeys - Lisboa - Praça de Touros do Campo Pequenot Fu Manchu - Lisboa - Santiago Alquimista Fields of the Nephilim - Porto - Coliseu Rhino Bucket - Lisboa - MusicBox Dance Into The light: Tribute a Phil Collins - Porto - Coliseu Joss Stone - Lisboa - Praça de Touros do Campo Pequeno Joss Stone - Porto - Pavilhão Rosa Mota



DAVID FONSECA FIGUEIRA 30NOV Já passava das 21h30 quando David Fonseca entrou em palco no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. A sala estava longe de estar esgotada mas o público que esteve presente foi o suficiente para transformar esta noite fria e chuvosa num serão muito bem passado.

TEXTO: MARIANA RIBAS + SAMUEL RIBAS FOTOS: MARIANA RIBAS

a sua disponibilidade.

O concerto durou sensivelmente 2h, que foram preenchidas com temas do novo álbum do cantor “Beetween Waves” e alguns temas mais velhinhos como “Someone That Can Not Love”, ou “Kiss Me, Oh Kiss Me” que fizeram a delícia de muitos espectadores que cantaram em uníssono com o cantor.

Ainda é importante referir que já não bastava todos estes imprevistos, a organização ainda decidiu que os repórteres ficariam no fundo da sala o que limitou muito o nosso trabalho. Foi sem dúvida um ponto negativo da noite. Antes de começar com a reportagem As condições dadas pela organização não propriamente dita, há que fazer referências foram de todo as melhores. Em suma, foi uma noite muito bem a alguns aspectos que influenciaram a Bem nas falemos daquilo que realmente passada, onde foi possível ouvir os qualidade desta. Efectivamente, como importa, o espectáculo. grandes temas de David Fonseca que já devem ter reparado, as fotos estão todos adoramos e onde também foi David Fonseca abriu o concerto com o tema com muito menor qualidade daquilo que possível ouvir melhor os novos temas que “Walk Away When You Are Winning” do costumamos apresentar, e isto tem uma o artista nos apresentou e que aposto que seu novo álbum “Beetwen Waves” que razão muito simples, foram tiradas por rapidamente vão ganhar o seu lugar em arrancou do público os primeiros sinais mim... A nossa fotógrafa residente, Joana Portugal e pôr muita gente a cantarolar do entusiasmo que os trouxe ao recinto, Vieira, não pode estar presente hoje no mais músicas do cantor. Aliás, não é e que permaneceram ao longo de todo o concerto e calhou-me a mim a “sorte” de preciso apostar nada, a verdade é que o concerto. Houve mesmo alturas em que fotografar pela primeira vez um concerto novo disco do cantor, “Between Waves” o publico abandonou as cadeiras para com uma máquina profissional, da qual não já é disco de ouro e entrou directamente dançar e saltar. percebo nada (admito que senti saudades para o Nº1 do Top de Álbuns do iTunes em A verdade é que o facto de estar pouco da minha fiel companheira, uma Canon Portugal, e é o terceiro disco consecutivo público presente, e o concerto se dar em Power Shot que nunca me deixa ficar mal!) do cantor a alcançar o primeiro lugar do recinto fechado proporcionou ao músico Assim, enquanto tivemos uma estreante Top Nacional de Vendas logo na semana criar um ambiente muito intimista. na parte fotográfica, também tivemos do seu lançamento. David falou, brincou com o público, um estreante como repórter, Samuel A verdade é que pouco mais posso dizer nomeadamente com um grupo ruidoso de Ribas teve a amabilidade de me substituir quando me vejo confrontada com estes Coimbra que pediu ao cantor que actuasse no trabalho de repórter e ir tirando os factos, o único conselho que deixo é na sua cidade. Esperemos que aceite apontamentos necessários para que eu comprem o novo álbum, é uma aposta o pedido, pois também eu, enquanto pudesse mais tarde fazer a reportagem. segura. residente na bela cidade de Coimbra teria Em nome da Whisper queremos agradecer todo o prazer de o receber por cá.

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Š Mariana Ribas Photography Todos os Direiros Reservados

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BLACKLIST

LA CHANSON NOIRE22OUT FOTOS: CARLOS FERREIRA

De certo modo, os Blacklist são um acidente - não um acidente como um carros a baterem, mas mais como átomos que colidem. Ouvi-los é ouvir pessoas que já fizeram um caminho, que tiveram sucessos e fracassos e que querem prestar tributo a esses modo de vida. De Brooklyn em Nova York e liderados por Josh Strawn, são donos de temas complexos e modernos, e são movidos pela força da música. o seu projecto “Midnight of the Century”, produzido por Ed Buller, é uma potente lufada de rock’n’roll coberta de uma densidade de ambientes sonoros e sombrios. É também a noticia de que os Blacklist vieram para ficar!

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BLACKLIST

Š Carlos Ferreira Photography Todos os Direiros Reservados

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A JIGSAW

COIMBRA12DEZ Por volta das 23h, João Rui, vocalista de “a Jigsaw” sentou-se em frente ao microfone para dar início ao concerto de comemoração dos 10 anos de existência da banda. Sempre acompanhado pela sua harmónica e boa disposição abriu o concerto com uma música do inicio de carreira, fazendo referência ao exmembro da banda, Cardozo, pois pela altura da composição dessa música ainda fazia parte da banda.

TEXTO: MARIANA RIBAS FOTOS: JOANA VIEIRA & MARIANA RIBAS

a tocar sozinho em palco, seguindo-se a entrada do Jorri para o acompanhar, e por fim juntou-se a Susana e o André respectivamente. Efectivamente, esta é hoje a composição da banda, mas essas entradas ordenadas em palco

A sala estava mais que composta, com os lugares sentados todos ocupados e muita gente em pé. A plateia estava repleta de gente de todas as idades para ouvir este quarteto de Coimbra! A verdade é que um pequenito que por lá andava, seguramente não tinha mais que uns 3 anos, (acompanhado pelos pais claro) teve direito a uma dedicatória especial por parte da banda! Perdoem-me a memória pois não me recordo do seu nome, mas sei que lhe dedicaram a música “Red foram a analogia perfeita para o público Pony”. entender como a banda foi ganhando O espectáculo foi muito bem construído, forma ao longo dos anos para chegar pois a escolha dos temas veio ao ao que hoje presenciámos. encontro do percurso da banda nestes 10 anos, começando apenas com o João Apesar de ser um concerto para

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comemorar os 10 anos da existência da banda, a verdade é que ouviu-se na sua maioria temas do seu novo albúm como, “Return to Me”, “My Blood”, “Like the Wolf”, entre outros. Único ponto negativo da noite foi o facto de estar um barulho constante na sala que em nada ajudou a ouvir a boa música que se ia tocando. Era bom ver sempre um público educado em todos os concertos, mas a verdade é que depois de já ter estado em vários recintos e ambientes diferentes, é raro encontrar um público à altura do que se está a ouvir. Em suma, foi um concerto muito bom e seguro por parte de “a Jigsaw” que provaram que apesar dos seus já 10 anos de existência, estão cá para ficar, e para continuar a presentear-nos com a sua boa música, mesmo que já não o possam fazer de pé (como o vocalista diz: “A idade já pesa!”). Para terminar, um conselho directamente da equipa Whisper, comprem o novo albúm dos “a Jigsaw” - “Like the Wolf” para oferecer neste Natal! Asseguramos que é a prenda ideal.


Š Joana Vieira Photography Todos os Direiros Reservados Š Mariana Ribas Photography Todos os Direiros Reservados

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whispermagazine .blogspot.com whispermagazine@gmail.com


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