ÍNDICE
FICHA TÉCNICA
NOTÍCIAS 03 ► Curtas
ENTREVISTAS
05 ► Voltaire (EUA) 09 ► Uxu Kalhus 13 ► The Legendary Tigerman 14 ► The Portugals 15 ► Tiago Xavier 17 ► Tiago da Silva 19 ► Sérgio Santos
MÚSICA
22 ► 15 Músicas pela Whisper 23 ► Próximos Lançamentos
AGENDA
20 ► Cine-Teatro de Estarreja 25 ► Agenda 21 ► Altos e Baixos 21 ► Vídeos - Youtube 22 ► Vídeos - Publicidade 22 ► Citações 24 ► Recomendações Whisper
REPORTAGENS
27 ► Moonspell + Bizarra Locomotiva 29 ► Fields of the Nephilim + Bizarra Locomotiva
Whisper #5
09 de Março de 2010
GERAL
whisper magazine BLOG: whispermagazine.blogspot.com MYSPACE: myspace.com/whispermagazine TWITTER: twitter.com/whisper_magazine EMAIL: whispermagazine@gmail.com
DIRECÇÃO joana vieira
BLOG: joanavieiraphot.blogspot.com MYSPACE: myspace.com/meraluna214 DEVIANTART: joanavieiraphot.deviantart.com FLICKR: flickr.com/joana_vieira TWITTER: twitter.com/joana_vieira EMAIL: joanabeco@gmail.com
mariana ribas MYSPACE: myspace.com/damari19 TWITTER: twitter.com/mari_ribas EMAIL: marianamfr@gmail.com imagem de capa: © 2010 Scott Irvine
EDITORIAL A espera foi longa mas cá está a nova edição da Whisper! Nesta edição, a primeira do ano 2010, poderão ler as entrevistas que fizemos ao novaiorquino Voltaire, aos portugueses Uxu Kalhus e The Legendary Tigerman, entre outras. Como já é habitual, fizemos também algumas entrevistas a artistas de áreas gráficas nomeadamente ao fotógrafo Tiago Xavier e ao ilustrador Tiago da Silva. Nesta publicação aproveitámos para lançar um anúncio à nossa procura de novos colaboradores fotográficos para a revista. É verdade, a Whisper quer crescer e para isso precisamos de mais pessoas nesta equipa! Aproveitem os que fotografam por aí para participar. Poderão ser um dos escolhidos!
Colaboração nesta Edição: Miguel Silva a.k.a. Noctvrno
Envie os seus trabalhos para whispermagazine@gmail.com © 2010 Whisper Magazine Todos os direitos reservados. As imagens utilizadas têm direitos reservados e são propriedade dos seus respectivos autores.
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Manuel Alegre anuncia candidatura à Presidência
Miley Cyrus e Elton John no Rock in Rio - Lisboa 2010
Manuel Alegre anunciou a sua candidatura à Presidência da República num jantar com apoiantes realizado em Portimão. Durante o discurso, Alegre fez o diagnóstico do país - Portugal “vive uma hora difícil” - e escolheu palavras de encorajamento: “É sempre mais fácil desistir e baixar os braços”. Porque, continuou o candidato, “é preciso acreditar e agir”. “Nunca baixei os braços, nunca fugi a nenhum combate nem antes nem durante nem depois do 25 de Abril e também não ficarei neutro agora”, afirmou. Em termos oficiais, José Sócrates ainda não avançou uma posição. “A seu tempo o PS terá um candidato”, declarou o secretário-geral do partido quando questionado sobre uma eventual candidatura de Alegre antes do apoio do PS.
Miley Cyrus vai estar presente no Rock in Rio-Lisboa 2010. A estrela internacional do Disney Channel vai subir ao Palco Mundo num dia dedicado à família. A jovem irá apresentar o novo álbum “The Time of Our Lives” (2009) que inclui o hit que atingiu o top “Party in the USA”. Miley Cyrus, que já alcançou vários discos de platina, foi também a cantora mais jovem a ter quatro álbums no primeiro lugar do top americano de vendas, em menos de três anos. Também Elton John vai marcar presença no festival. Após ter vendido mais 40 milhões de discos e ter actuado para milhares de pessoas em todo o mundo, o britânico vem a Lisboa revisitar e cantar os maiores sucessos da sua carreira para o público português. Muse, Mariza, Ivete Sangalo, Xutos & Pontapés, Elton John, Leona Lewis, Shakira e John Mayer são já outros nomes confirmados para o Rock in Rio Lisboa 2010.
“The Hurt Locker” é o grande vencedor dos Óscares 2010 The Hurt Locker e Avatar estavam ambos nomeados para nove categorias, mas o primeiro filme acabou por se tornar o grande vencedor da noite ao conquistar seis Óscares. A equipa de The Hurt Locker levou para casa os prémios de Melhor Filme, Melhor Realizador (Kathryn Bigelow tornouse a primeira mulher a vencer o galardão),Melhor Argumento Original, Melhor Montagem, Melhor Mistura e Melhor Edição de Som. “Estado de Guerra” fora já o grande vencedor dos Bafta - Melhor Filme, Realizador, Argumento Original, Montagem, Fotografia e Som - e com a sua magra receita de bilheteira de 15,4 milhões de euros (em comparação com os 1,5 mil milhões de euros de “Avatar”) é um vencedor na clássica luta entre um David e um Golias cinematográficos que representam dois tipos diferentes de produção fílmica. Kathryn Bigelow, de 58 anos, tornou-se assim a quarta mulher a ser nomeada para a categoria de Melhor Realização e a primeira a conquistar o Óscar.
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Conan O’Brian abandona NBC Após cerca de 17 anosa trabalhar com a emissora NBC, o apresentador assinou um acordo de rescisão de contrato avaliado em 32,22 milhões (45 milhões de dólares). Este acordo liberta o caminho para o regresso de Jay Leno ao Tonight Show que irá manter o mesmo horário. O’Brien abandona o “The Tonight Show” após quase oito meses no ar. O apresentador tomou conta do “The Tonight Show” em Junho, depois de Leno ter estado à frente desse programa durante 17 anos. A NBC tinha prometido a O’Brien a cadeira de Leno cinco anos antes, de forma a garantir que o apresentador renovaria contrato com a estação. Segundo a imprensa norte-americana, há várias cadeias interessadas em Conan O’Brien e avança-se a hipótese de o seu futuro passar pela Fox, onde não existe um formato do género. De qualquer modo, o seu regresso à televisão não pode acontecer antes de Setembro, pois só nessa altura lhe é permitido assinar outro contrato.
Casamento gay aprovado na Assembleia da República A esquerda parlamentar aprovou a proposta de lei do Governo que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas exclui a adopção. A proposta contou com votos contra do PSD e CDS. O diploma retira do Código Civil a expressão «de sexo diferente» na definição de casamento. «Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida», é a redacção aprovada. José Sócrates, afirmou estar “muito satisfeito” por ter participado num dia que disse ser histórico para a Assembleia da República no combate à “discriminação e injustiça”. “Damos um passo da maior importância no sentido de combater a discriminação e a injustiça que existia na sociedade portuguesa”, disse, afirmando a sua satisfação por liderar o Partido Socialista “no sentido de fazer aquilo que um humanista deve fazer”, ou seja, “combater as injustiças dos outros como se fossem injustiças contra nós, combater as normas legais que impedem a igualdade como se nos atingisse a nós próprios”.
A Jigsaw entre os finalistas Rita Redshoes e A Jigsaw estão na final do International Songwriter Competition. A Jigsaw, a banda de Coimbra compete na categoria Americana com «Return To Me», canção gravada com a norteamericana Becky Lee. A digressão europeia de promoção ao disco «Like A Wolf» (2009) arrancou a 2 de Março e passa por França, Suiça, Bélgica, Espanha e Portugal. Do júri do concurso fazem parte nomes bem conhecidos como Tom Waits, Robert Smith, Jeff Beck, Jerry Lee Lewis e Loretta Lynn.
Lost aproxima-se do final A 6ª e última temporada da série Lost já estreou. Nos EUA, mais de 12 milhões de espectadores assistiram à estreia mundial da ‘season finale’ que segundo Stephen McPherson, presidente da ABC, vai revelar um final chocante e inesperado.
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O nova-iorquino Voltaire é mais que um músico, é um artista das mais variadas vertentes capaz de espalhar a sua identidade burlesca e irreverente em tudo o que faz.
ENTREVISTA COM
We can say that you are a complete artist. You are a musician in two bands, you’re a writer, you teach stop motion animation at the New York School of Visual Arts, you produce graphic novel series… did you have time to have a life? Ah, you see? That’s just it! This is living for me. Nothing makes me happier than when I have an idea and I’m bringing it to life. It can be a comic book or a toy or a song or a film. It doesn’t matter. I will work all day and all night and at no point do I feel like I’m doing “work”. I guess you can say that I’m a workaholic. begin with your music. Which are
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your musical influences?
released CDs. What kind of I would say that the kind of music evolution existed from the first I make was directly inspired by album to the last? a time in my life, around 1993, They are all a little bit different. I when I was listening to Tom Waits think the first one (The Devil’s Bris) and a local, New York band called is probably the darkest and had a Rasputina. They both had an “old sort of Eastern European gypsy world sound”. I was excited by the sound. On the second one (Almost idea of making music that sounded Human) I wanted to explore what like it was written a hundred years pop songs with modern structures ago. I got an acoustic guitar, learned would sound like if they were to play it and wrote some of my first written in the 17 or 18 hundreds. songs that year including When The third one (Boo Hoo), finally You’re Evil and Ex Lover’s Lover. started to have some American Voltaire began in 1998 with the influences. There’s some old style first album called “The Devil’s jazz leanings and some rockabilly. Bris”. Today, we can count 10 The fourth one (Then And Again)
How did you had the opportunity to sign with the label “Projekt Records”? Many years ago, I was booked to open for a band called Black Tape for a Blue Girl. I knew that the founder of the band was Sam Rosenthal who owns Projekt Records. Of course there was the hope that he’d see my band and want to sign us. After the show I approached him and he told me that he didn’t see my show. I was very disappointed. But then two days later I got a call from him. Apparently, his then wife was in the audience when I performed and when I gave out some cassettes (yes, cassettes! It was THAT long ago) she got one. Apparently she played it in their tour van all of the way back to Chicago. Sam heard it and liked it and the next thing I knew we were talking about working together. Only your last CD of originals, called “To the Bottom of the Sea”, was self-released. Why? I was on Projekt for ten years. There were good times, but I felt it was time for a change. I especially felt that I wanted to perform and promote my music more in Europe. When my contract expired, another record label called Dancing Ferret approached me. I knew that many of their acts were touring in Europe and that they had good distribution there, so I signed with them. I started recording To The Bottom
of the Sea and was very excited to finally tour in Europe. However, one week before I was supposed to hand in the finished record, Dancing Ferret folded and closed their doors! With no record label, I decided to release the CD myself. It has been a great experience and actually I made far more money that I did when I was on a record label! I have still not toured Europe, but I am really working on making it happen soon.
and stayed in touch and a few years later he invited me to write “Land of the Dead”. These songs have really been highlights in my career and a tremendous amount of fun to do!
You did two songs for the Cartoon Network. “BRAINS!”, a song written for the “The Grim Adventures of Billy and Mandy” show and “Land of the Dead” included in “Billy and Mandy’s Big Boogie Adventure”. How did this happen?
Believe me, my life in New Jersey before all of that was far more frightening!!! At least in New York City no one was calling me a “fag” and trying to kill me because I dressed like Adam Ant!
I was performing a show in Los Angeles at a club called Bar Sinister. After my show a guy in a red zoot suit came up to me and told me that he was a fan of my music and that he wanted me to write and perform a song for his TV show. Everyone
in LA thinks they have a TV show so of course I didn’t believe him. I asked him what the name of the show was and he said it was called “Grim and Evil” and that it was for the Cartoon Network but that it wasn’t on the air yet. I thought, of course it’s not on the air because it doesn’t exist! heh heh.. but one week later he mailed me some VHS tapes of the show (YES VHS tapes! It was THAT long ago! heh heh). He asked me to write a song about an evil alien meteor that eats people’s brains and that’s how “BRAINS” came to be! We became friends
You were born in Cuba, you have moved to New Jersey and later to New York where you had your first job as an animator with Parker Brothers. That many changes and the big first job were not frightening to a 17 young man?
www.voltaire.net
is the only CD I’ve ever made where the songs are entirely serious so of course, on the fifth one (Ooky Spooky) I wrote songs that were all completely ridiculous and funny but about dark things like zombie prostitutes and cannibals. My latest CD (To The Bottom of the Sea) is sort of a return to my roots. I would say it’s part gypsy and part pirate songs. I’m always exploring new things that interest me, but in the end the songs tend to have a “turn of the century” feeling. The next CD I’m working on is a country record!
Your first job as a director was in 1988 when you created “MTVBosch” stop motion station ID for MTV. Later you won a Broadcast Design award and a New York Festivals award with this project. Then, you did 2 more IDs for MTV. How an opportunity like this happens? My first animating job, as you pointed out was for a toy by Parker Brothers. But my employer was actually an animation studio called Broadcast Arts. While I worked there making commercials for American television, I always did my own projects on the side. And my own films were always very dark and weird. One day MTV came to the studio and said, “we want to make a station ID and we want it to be really dark and weird”. The president of the company told them, “Boy, have we got the guy for you!” And I was hired to direct my very first job which was that “MTV Bosch” station ID. I think that because it won some awards, I was able to move on to becoming a director on other projects. Later you did 10 live action spots for Sci-Fi Channel, 4 for CTN and 1 more fot TCN! Yes. I eventually stopped working on TV commercials because there
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were too “commercial”. I started making only station IDs because the TV channels would let me design them. I could then make spots that were dark and weird and spooky and they would pay me to do it! There’s much more freedom in station IDs than there is in commercials so when I had a chance, I convinced Sci Fi Channel to let me shoot some of their IDs in live action. Unfortunately, in this business, no one will hire you to do something you’ve never done before so it’s this weird situation where you need to get hired so you can get experience, but no one will hire you if you don’t have the experience. I knew that if I wanted to direct live action I was going to have to find a tricky way to get
some live action spots on my reel. Luckily, Sci Fi wanted me to make some spots. I told them that for the amount of money they had I could make one stop-motion spot or ten live action ones. They gave me the green light and I was able to show that I can direct living people as well as dolls. I just wrote a live action feature film script. It’s a horror/comedy and I’m hoping that I will get a chance to direct it. You have also produced graphic novel series as “Chi-Chian”, “Oh My Goth!” and “DEADY”. How did these projects were born? I was in Tokyo in 1989 having a meeting with a film company. There had been a communication problem. They told me they wanted me to direct a feature. I assumed they had
Happy Birthday - Video Clip
Mr. Spim’s Cartoon Theatre
http://www.youtube.com/watch?v=LxYXcvGBibc
http://www.youtube.com/watch?v=OqwzwLEXUFo
LiveActionReel: CTN http://www.youtube.com/watch?v=F7H3Z4a6Zsk
LiveActionReel: ForeverKnight spots http://www.youtube.com/watch?v=mzJNa18SEQU
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a script, but actually, they had been told my a mutual colleague that I had great ideas and that I wanted to pitch them an idea for a film. But I had only ever made 30 second commercials and 10 second station IDs. I had never written a long story. So we all just sort of sat there looking at each other. It was a missed opportunity I’ll always regret. When I left the meeting I went to a cafe in Harajuku and I thought to myself, “if I was going to tell a story, who would this story be about? Who would this character be that would mean so much to me that I would want to tell the world her tale?” And that night, “Chi-Chian” was born. I returned to the States and for the next 8 years I thought about her and her world. It grew bigger and bigger every day as I wrote down notes and drew her
MTV station IDs
http://www.youtube.com/watch?v=M285A0dK6PQ
SCIFI October http://www.youtube.com/watch?v=6PvZy6J8dZo
in sketchbooks. Eventually I knew so much about her that it was time to tell her story. But at that point I didn’t think I’d find someone willing to give me millions of dollars to make a film so one night, I went to an all night cafe in New York City called Yaffa and I started drawing what would become the Chi-Chian comic book series. When it was done, a publisher called Sirius liked it and published it and I’ve been making comic books ever since.
toys of DEADY. This year, I think will be a big year for DEADY as I have a bunch more toys coming out. A company called Artix Entertainment were fans of DEADY. They make some huge on-line games called Adventure Quest, Dragonfable and others. A few years ago they approached me and offered to make a DEADY mini-game for the internet. It’s really amazing. You can play it at www.deadybear.net
They’ve also made me (in animated How do you explain the line of toys form) as well as DEADY, recurring characters in their biggest game, and the game based on DEADY? My latest comic book series is called Adventure Quest Worlds. You can DEADY and it’s about an evil teddy play that here: www.AQ.com bear. I have had the good fortune to have made lots of DEADY toys including a plush toy, Hot Wheels cars and many, many collector vinyl
Artix and I have even bigger plans for DEADY next year, so stay tuned! DEADY might just finally realize his evil dream of conquering the world!
heh heh! At last, when will you come to Portugal for a concert? I hope that will happen very soon. I am really going to work on it! And hey, maybe a promoter will read your magazine and invite me to play there! So thank you so much for this opportunity and thanks for exposing your readers to my work! See you in Portugal some day soon, I hope!
website: www.voltaire.net music: www.myspace.com/voltairenyc films: www.youtube.com/voltairenyc toys: deadybear.net facebook page: www.facebook.com/ Voltairenyc
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ENTREVISTA COM
UXU KALHUS
Uxu Kalhus são uma banda nacional de folk ligada à terra, dança e tradições da nossa música. Conheça melhor esta banda que nos enche de folia a cada nota que faz soar.
Contem-nos um pouco sobre a dos Badalos. A Joana Negrão por história dos Uxu Kalhus. um breve período de tempo também Paulo Pereira: Eu dava aulas de fez parte da banda, e desde 2006 dança em Évora em 1998 e conheci saíram o Vasco Casais, o Miguel a Celina; tinha acabado de deixar Casais, o Winga e agora a Celina, os Bailia, e formámos um duo que sempre por incompatibilidade com se chamava CPPP (Celina Piedade outros projectos (Dazkarieh, DZRT, + Paulo Pereira). O Repertório Blasted Mechanism e Rodrigo era essencialmente música dita Leão). Em 2006 (final) entrou o Europeia. Rapidamente o duo Tó Zé (guitarras) e o Luís Salgado passou a trio (com o Winga) e mais (bateria) e os mais recentes tarde, em 2000, houve um convite membros da banda são o André para ir a Gennetines fazer um baile Lourenço (teclas) e Joana MArgaça Português. Nesse momento juntou- (voz), que entraram em 2009. se à banda o Vasco Casais, porque To Zé: Eu sou um “cristão-novo”. achávamos importante ter cordas Conheço o grupo há muito tempo, no grupo. Portanto, na realidade, mas só fui “evangelizado” em 2006, os fundadores d’Uxu Kalhus foram com um convite surreal por meio 4: Paulo Pereira, Celina da Piedade, telefónico e em manhã submersa, Winga e Vasco Casais. Foi nesse ano tão ao jeito dos membros da banda que efectivamente nasceram Uxu com filhos madrugadores… Conhecia Kalhus, baptizados pela Margarida o Eddy dos tempos das muitas e Moura, que também foi a França variadas bandas de garagem da para ensinar as danças. Mais tarde fervilhante “cena eborense” dos entrou o Eddy (2002) e depois o anos 90, em que militámos ambos Miguel Casais (bateria) e Hugo activamente. Conhecia a Celina Menezes (percussão). O Hugo das muitas músicas onde andava e entretanto saiu, e foi este sexteto conhecia o Paulo pela Pé de Xumbo que gravou em 2004-2006 a Revolta (na altura, trabalhava na Div. de
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Cultura do Município de Évora e havia uma relação de proximidade com a Associação, que desenvolvia já uma actividade importante na cidade e no concelho). Conhecia também o Vasco, mais até pelos Dazkarieh e porque me apareceu numa bela tarde solarenga na extinta “Fábrica da Música” com uma gravação dos Daz.; sabia quem era o Nuno, ainda antes da metamorfose para Winga (tínhamo-nos cruzado algumas vezes, quase sempre em situações improváveis) e conhecia o Hugo (Mandinga) pelo seu trabalho em diversos projectos. Em 2005, se não estou em erro, a PédeXumbo organizou uma residência de Músicos na Herdade da Marmeleira (Évoramonte) e eu, vindo do funkrock-experimental-o-qualquercoisa, meti férias da função pública e tive oportunidade de trabalhar com um grupo de músicos “a sério” e filiados na folk e no movimento das danças, entre eles estavam os Uxu.… do outro lado da linha, diziam-me que a banda estava num momento de mudança e perguntavam-me
e músicos do nosso tempo, com acessos e exclusões característicos dos lugares onde vivemos (e ainda das tradicionais condições económicas, sociais, culturais e outras acabadas em ais). O que propomos é um olhar actual para a nossa música e dança, entendendo o baile enquanto fenómeno social total e totalizante, por isso nos filiamos no NBP [Novo Baile Português].
Como é que caracterizam o vosso som? PP: Partimos do baile como fonte inspiradora; mas não consideramos que temos que ter um conhecimento quase científico das coisas para poder mexer nelas; por isso compusemos danças Portuguesas como o Vira ou as Saias, ou danças “Europeias” como o círculo ou a mazurca; não temos qualquer problema neste processo: somos músicos que se servem das danças como material para moldar um repertório inovador e original. Não temos a pretensão de ter que ter um doutoramento em viras antes de podermos compor um. A música popular sempre foi do povo. O que nós fazemos é perpetuar essa tradição, e dar vida à música popular.
Os elementos da banda provêem tanto de vários pontos do país como de vários estilos musicais. Como conseguem lidar com esses factores?
PP: Com total liberdade; ou seja, cada um expressa-se a 100% (ou quase na banda). É essa a nossa TZ: O repertório da tradição oral e/ riqueza por isso não tem sentido ou outro material vem ter connosco mudar essa filosofia. e depois fica … ou não. É preciso TZ: Uxu Kalhus vivem justamente sentir na pele. Há uma selecção dessa diversidade. A banda é a natural que acaba por acontecer soma das partes que, muitas vezes, sem que façamos “pressing” nesse supera o todo. Orgulhamo-nos de sentido. Quando estamos juntos ter uma secção barroca a tocar com tocamos! Seja onde for: muitos a “dark force” do jazz-metal, com temas aparecem nos testes de inputs de funk-rock a soar a arfrosom ou à mesa de um café ou nas swing de tradição europeia. Isto é intermináveis viagens de carrinha música portuguesa… de fusão. (quando a dita se digna a funcionar). O que mudou com a saída de Celina Por outro lado, fazemos música da Piedade e a entrada de Joana original para formas definidas Margaça? (como o corridinho, as saias, etc …) e brincamos às coreografias, PP: Perdemos a Celina, ganhámos contribuindo assim para aumentar em banda. Continuamos todos o repertório de música e dança de amigos, como também acontece inspiração portuguesa. Somos gente com o Vasco Casais ou com o
Winga; mas para chegarmos mais longe, amadurecermos como banda e termos disponibilidade para tocar sempre que nos solicitam, esta era a única solução. O importante é que a amizade continua e haverá muitas oportunidades para tocar com a Celina, dentro d’Uxu Kalhus (Uxu Big Lula, etc.) nas jams, em duos, trios e o que mais for. Para fora, tenho a certeza que o que fazemos ao vivo irá cativar as pessoas da mesma forma. E neste momento, pelo elevado número de solicitações de promotores de espectáculos, a solução encontrada parece-nos ser a mais acertada para podermos evoluir como grupo e podermos ser músicos profissionais.
www.myspace.com/uxukalhus
se queria participar. Respondi que sim, sem saber bem ao que ia. Mais tarde, consciencializei o processo e perguntei-me como é que um pseudo-músico-dos-tradicionais3-acordes-do-rock podia “sacar” tantos temas a “mil à hora” e em tão pouco tempo. Liguei de volta. Ninguém atendeu. Fui conhecer os temas à Nazaré, em agradável sábado de sol do Oeste e fui ensaiar à Reca (onde se juntou o companheiro Luís Salgado, Bateria). Primeiro e único ensaio antes da digressão da “Revolta dos Badalos Tour”.
TZ: Uma banda é um colectivo de pessoas, não depende, pelo menos em teoria, da inspiração e transpiração de um(a) só. Como colectivo, trabalhamos todos para o todo. A saída de um elemento, seja mais carismático ou não, é sempre um momento de mudança e pode ser encarado como um “handicap” ou como uma oportunidade de renovação (qualquer semelhança com a crise económica é pura coincidência). A Celina foi fundadora do grupo (com o Paulo), é uma grande “Música” (assim, no feminino), para além de uma amiga. Como tal, é um elemento incontornável na história da banda. Mas ninguém é insubstituível e, com a saída da Celina, Uxu Kalhus renovaram-se e ganharam um respeitável cravista/ baixista e uma voz quente na linha da frente. Somos 7: André – teclas e vozes, Paulo – flautas e vozes, TóZé – Guitarras e vozes, Eddy – Baixo e vozes, Luís – bateria e percussões, Joana – Voz principal e Samuel – Som e vozes surpresa. Mas ninguém sai verdadeiramente d’Uxu Kalhus, somos uma grande família e “uma vez badalo, para sempre badalo!” A prová-lo, está a ficha técnica do último CD, onde figuram actuais e antigos membros oficiais da banda, todos próximos, embora a militar activamente em diferentes projectos. Como todos
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os que passaram por aqui, estou certo que nos encontraremos com a Celina sempre que possível e quando isso acontecer far-se-á uma festa, a celebração do encontro dos badalos! Falem-nos um pouco sobre o vosso último trabalho intitulado “Transumâncias Groove”. PP: Os arranjos foram construídos em ensaios, ao vivo e em estúdio. Correspondem a uma forma muito particular que temos de trabalhar, onde cada um se expressa com total liberdade. O resultado está aí à vista e a sonoridade do CD corresponde a um colectivo muito forte. Neste CD tivemos também a preciosa ajuda de Marco Jung, que produziu e melhorou alguns temas, sem nunca interferir com a “linha editorial” do grupo; pelo contrário, potenciou as qualidades e eliminou defeitos. Grande Marco! O CD leva-nos numa viagem metafórica concretizada nos capítulos em que dividimos o alinhamento: Transumâncias extremas, com a Itália e Índia no mesmo tema, a saia da Carolina do extremo de Portugal, as mazurcas que mesclam países e o círculo juntando Trás-os-montes, o passado e o presente. Geografias marcadas com as Saias do Alentejo, Cabo Verde e a Chapelloise (com Alentejo, Trance, e América Latina), porque são ritmos e danças e culturas muito marcadas, que se distinguem pela sua originalidade muito forte. Trilhos da Lusofonia, com a reinvenção do que é Português em primeiro plano, como o vira, a valsa (moda algarvia), o corridinho e
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a carvalhesa; mesmo a Bónus Track encaixa neste capítulo, com o Rap em português a ser o mais moderno trilho da nossa Lusofonia. TZ: Ao contrário de algumas bandas, quando fomos para estúdio tínhamos apenas uma ideia do que queríamos fazer. Havia já algum material original e versões de temas (como a Saia da Carolina) que foram surgindo nos ensaios, nos testes de som e em outros lugares igualmente estranhos onde nos encontramos. O estúdio é uma excelente oportunidade para experimentar e exercer a liberdade criativa. Foi isso que fizemos. Criámos as estruturas base e cada um fez praticamente aquilo que lhe ditava a sua consciência na altura. Salvo raras excepções, gravámos a bateria e o baixo (conforme gravação de ensaio em tarde solarenga na casa do Paulo, entre choro e riso de crianças e uma vista fabulosa sobre a Serra da Arada) e os temas foram ganhando forma a partir daí. Gravámos no Marduc Studio, Trabalhia – Caldas da Rainha, um espaço relativamente isolado, bem apetrechado, com cozinha, sem relógio de parede e um “homem dos botões” que acabou por ser mais um elemento da banda em gravação, o Marco Jung – excelente músico, técnico e membro oficial da família Uxu! Os arranjos também lhe pertencem, foi parte muito activa no processo. Outro factor importante tem a ver com os músicos convidados, que foram preenchendo espaços e contribuindo para o resultado final do disco. Sabíamos os ambientes sonoros que queríamos para cada
um dos temas, conhecíamos as pessoas indicadas para o efeito e, que casualidade, a esmagadora maioria fazia parte do nosso grupo de amigos… Reunido o material de estúdio, havia necessidade de dar uma ordem ao disco. À música X deverá corresponder a faixa Y. Curiosamente, a ordem do disco foi praticamente consensual entre os membros da banda e dessa ordem saíram linhas de força que agrupámos por capítulos. O capítulo 1 [Transumâncias Extremas] reúne uma Tammurriata da Serra do Caldeirão, uma Saia da Carolina, um Círculo e uma suite de Mazurkas. Músicas e danças de Latitudes e longitudes extremas anunciam a partida e dão início a este baile improvável. O capítulo 2 [geografias marcadas] propõe uma passagem por geografias diversas, nem sempre horizontais, com danças de pares e de grupo, para ajudar no caminho e desfrutar das paisagens marcadas por rios, mares, ilhas, desertos e pastagens. Na mochila, umas saias do Manuel do Rio, uma suite de funanás e uma chapelloise ibérica arrumam-se com o farnel do viajante. No capítulo 3 [Trilhos da Lusofonia], o mais extenso, agrupamse uma suite de valsas populares e eruditas em co-existência pacífica e com contornos de cumplicidade, um corridinho da bela serra do Arestal, um “energizante” Vira do açúcar, um momento de reflexão para descansar os pés quentes/ dormentes e exercitar a mente em conversa sobre estas questões da viagem e ainda uma carvalhesa com gaita transmontana, desafinada por natureza, a dar por finda a transumância por latitudes e longitudes improváveis. No
encore, momento ainda para uma fusão extrema, com o hip hop a juntar-se ao folk na leitura da urbanidade, reforçando a ideia de que este último, o Folk, “pode ser actual e contemporâneo – não necessariamente delicodoce!” Quais são os grandes pontos de divergência entre o “A Revolta dos Badalos” e o “Transumâncias Groove”? PP: Há duas grandes diferenças: 1ª diferença, na revolta fizemos arranjos de danças portuguesas tradicionais, neste CD compusemos danças Portuguesas; a 2ª diferença é que temos duas danças de Grupo Folk (círculo e Chappeloise), o que não existia no 1º CD. De resto, a nossa postura é a mesma, e no fundo o que fazemos é aprofundar o trabalho começado com a revolta. Claro que a receita terá sempre a mesma génese criativa: o baile, os ritmos de danças, a lógica do movimento dos corpos é a nossa matéria prima para a construção das músicas. TZ: Uxu Kalhus são um organismo vivo, em constante mutação, e na procura de caminhos para a construção de uma identidade sonora dinâmica e “desempoeirada”. A banda vive de quem a habita e de quem a visita, sem pretensão de criar receitas, por mais abertas que sejam, como bases para uma qualquer sopa de legumes. Não creio que o Transumâncias repita a mesma “fórmula” do primeiro disco, na medida em que há novos intervenientes no processo, novas histórias de permeio e mesmo métodos de trabalho diferentes. No entanto, há uma filosofia de grupo e desse ponto de vista, o resultado final acaba por espelhar aquilo que pensamos e a maneira como lemos o que nos rodeia. Se há um fio condutor entre o primeiro e o segundo disco, que aponte no sentido da construção de uma sonoridade própria e característica do grupo, isso deixa-nos naturalmente felizes e satisfeitos com o nosso trabalho.
Como é que caracterizam um durante os espectáculos. concerto vosso? Falem-nos um Onde encontraram o vosso melhor pouco sobre essa experiência. público? TZ: Um concerto de Uxu Kalhus TZ: Em qualquer lugar que reúna é sempre uma experiência única uma moldura humana disponível para a banda e para o público. Não para ouvir e sentir a música fazemos alinhamentos em toalhas que produzimos e que permita de restaurante nem, muito menos, estabelecer uma atmosfera de os trazemos de casa já imprimidos diálogo. Isto pode acontecer, em A4 a bold. Tocamos o que nos literalmente, em qualquer lugar. apetece, no momento em que nos Temos tido experiências muito apetece. A esta filosofia, juntamos interessantes em latitudes tão improvisação qb e uma boa dose de distintas e distantes como Macau, energia. Os espaços onde tocamos Alemanha ou Trás-os-Montes. acabam por ter um papel, por vezes, relevante na direcção de um Têm projectos para o futuro que espectáculo nosso. Um auditório é queiram partilhar connosco? diferente de uma sala sem lugares TZ: Em 2010, a banda comemora sentados ou de um recinto de o seu 10º aniversário. Uxu Kalhus festival ao ar livre, por exemplo. nasceram com o milénio. Pensamos Os espectáculos acabam por ser que está na altura de fazer um diferentes. Num auditório, andamos registo ao vivo, em jeito de balanço, mais próximos de um concerto e, nos mas também com os olhos postos outros espaços, de um espectáculo no futuro. Será um disco 50/50, onde a dança tende a ganhar maior com uma síntese de temas antigos importância, será qualquer coisa e novos temas, que estamos a como um concerto/baile. Gostamos trabalhar e a descobrir agora. de ambos os formatos, têm sabores Queremos continuar na senda da Europa e levar estas Transumâncias [Transumâncias Groove, Uxu Kalhus - 2009] ainda a outras paragens. Há muita estrada para andar e o caminho faz-se caminhando. De resto, queremos continuar a descobrir e reinventar a música portuguesa e divertir-nos imenso com isso. Alguma mensagem que queiram aproveitar para deixar aos nossos diferentes, mas sempre boa energia. leitores, aos vossos seguidores, É claro que nada disto é estático, ou às promotoras nacionais, etc? em várias ocasiões, já assistimos ao transformar de um concerto para TZ: Aos leitores da revista, que gente sentada num grande baile continuem a ler e que tenham sempre entre cadeiras (riso). Outro aspecto uma atitude crítica sobre tudo o que importante acontece quando temos lêem. Que escutem música com a oportunidade de fazer um workshop mesma atitude. Aos seguidores, se de dança antes do concerto, ou existem, que continuem a aparecer concerto/baile. Faz parte da filosofia para fazer a festa e que tragam do grupo fazer estes workshops, amigos (as) também. Às promotoras dirigidos a todas as faixas etárias, nacionais, que tenham presente níveis técnicos e dimensões de que a única maneira de sobreviver barriga. Para além de deixarmos no mundo global é com identidade. a semente do baile, criamos uma Apostem na música portuguesa e relação “a priori” com o público, que ajudem-nos a todos a redescobri-la nos permite um diálogo mais fluido e reinventá-la.
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THE
LEGENDARY
TIGER MAN
O homem-tigre de Coimbra deu-nos uma pequena entrevista onde fala sobre si e o seu mais recente projecto de grande sucesso intitulado “Femina”.
Antes de mais, como surgiu a ide- boas críticas. Isso não o pressiona Porquê a utilização do formato ia de criar o projecto “one man para a realização de um “Femina Super 8mm para a realização deste band”? II”? projecto cinematográfico? Bem, na verdade, foi mais ou menos fortuito...no sítio onde estava a ensaiar, sozinho, havia um bombo e um prato de choque, que comecei a usar para marcar o ritmo, e de repente algumas músicas começaram a funcionar neste formato... O seu mais recente trabalho intitulado “Femina” conta com a participação de várias vozes femininas, tais como Asia Argento, Peaches, Maria de Medeiros, Rita Redshoes , entre outras. Como surgiu a ideia de fazer um álbum onde a Mulher é o seu principal elemento?
Não, de todo. Felizmente só faço Não consigo filmar em vídeo, odeio, aquilo que quero. só consigo filmar em Super8. É “Femina” deu origem ao documen- imediato, película, tens que pensar tário “On The Road to Femina” de depressa, ter olhar fotográfico. E Jorge Quintela. Fale-nos um pouco plasticamente, não há nada mais bonito. sobre ele. É um documentário verdadeiro, sem tretas. O Jorge veio acompanhar uma parte do processo de gravação e filmagens, e mostra o seu olhar, sem censura.
A edição especial do álbum inclui um DVD com várias curtas-metragens que realizou juntamente com as artistas que participaram no Mais uma vez, não diria que foi por mesmo. Esta ideia surgiu como uma acaso, mas surgiu primeiro a ideia necessidade de completar visualde um guião para um filme, com o mente as músicas do “Femina”? mesmo nome, para o qual convidei a Asia Argento, para representar e O super8 e o cinema têm estado cantar… O filme ainda não foi feito, sempre presentes neste projecto, e mas a ideia desenvolveu-se para o são tão importantes para mim como a disco, uma série de curtas, uma in- música... dá-me muito prazer realizar stalação/exposição que está em pré- estes filmes, que para mim tinham que ser despojados, verdadeiros, produção... que mostrassem as mulheres que Este trabalho tem sido alvo de existem por trás destas artistas.
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A fotografia da capa do “Femina” ficou a cargo de Jean-Baptiste Mondino mas a grande referência que é feita é ao artista Serge Gainsbourg que têm uma fotografia idêntica. Porquê esta relação? A fotografia do Gainsbourg não é idêntica, eu chamaria a isto uma citação, uma homenagem. Parece-me claro porque a faço. Durante 38 anos viveu em Coimbra. O que o fez sair da cidade que é a sua casa? Como já foi muitas vezes dito por muita gente, a minha casa é onde penduro o meu chapéu... Alguma mensagem que queira aproveitar para deixar? Dont follow me, i´m lost too.
www.myspace.com/theportugals
ENTREVISTA COM
ThePortugals The Portugals nasceram em 2007 e desde então lutam por um lugar ao sol junto aos mais conhecidos nomes da música nacional. Conheça melhor a banda e o novo EP que apresentam nesta entrevista. Para quem não vos conhece, qual é Sabemos que vão lançar um novo encontrar algumas semelhanças a história dos The Portugals? EP. Falem-nos um pouco sobre isso. mas também surgirão coisas novas Bom... Os The Portugals são uma Sim. É verdade. Vamos editar um novo na sonoridade. Um pouco mais ideia que surge pelas mãos do Né EP que em princípio sairá na próxima “mexido”. (Manuel Justo) e de mais uns amigos fornada de edições da OPTIMUS Qual o palco que gostariam de vir há uns anos a trás. Na realidade o DISCOS. Terá 5 novas canções. a pisar um dia? trabalho começa do zero em Janeiro Desta feita haverá participações de Sinceramente não criamos muito de 2007 comigo (Paulo Barreto) e músicos profissionais. Decidimos esse tipo de expectativas. Talvez com o Né. Começámos a fazer as investir nessa parte. A sonoridade por já sermos rapazes crescidos. 1ªs canções, umas de raiz e outras será um bocadinho diferente mas Esperamos sim fazer música de aproveitando ideias que já existiam. o mais importante para nós é que uma forma sustentada o máximo Como caracterizam a vossa música saiam dali 5 músicas jeitosinhas... de tempo possível. E claro defender e género musical? Foi fácil conseguir o contrato com sempre e cada vez melhor o nosso A música que fizemos até hoje e que a editora Optimus Discos para o trabalho ao vivo. está editada no nosso EP de estreia lançamento do novo trabalho? Onde e como esperam estar daqui a “SETUBAL” resume-se a canções Acabou tudo por surgir de uma forma 5 anos? com uma roupagem bastante “low- espontânea. O Henrique Amaro No festival da Eurovisão um fi”. Foi fruto das nossas influências e (Antena 3) que está responsável bocadinho mais gordos e com circunstâncias também. Foi o produto pela escolha dos projectos lançoualgumas brancas já... possível. Somos dois sujeitos que nos o desafio pouco tempo depois gostam de fazer musica mas não de termos editado o EP SETUBAL Alguma mensagem que queiram somos propriamente músicos num (edição de autor). Enviamos algumas aproveitar para deixar aos nossos sentido mais restrito do termo. maquetes de coisas que já tínhamos leitores, aos vossos seguidores, ou às promotoras nacionais, etc? Acabamos por fazer tudo e isso e a coisa acabou por rolar. acabou por influenciar o trabalho. Quais as grandes diferenças entre Aos vossos leitores continuem a O mais importante foi o facto de o novo EP e o primeiro intitulado ler e a ouvir música. Aos nossos termos gostado do resultado final. “Setubal”? seguidores (se tivermos) continuem Caso contrario o disco não sairia do a vir e tragam amigos e amigas. Ás Eu considero que é uma evolução computador. promotoras… continuem o bom natural. Acho que se podem trabalho.
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ENTREVISTA COM
Tiago Xavier é um fotógrafo nacional de grandes paixões dentro da arte. Conheça um pouco melhor este artista que conta com um portfólio recheado de grandes projectos e alguns nomes sonantes. Como surgiu o seu interesse pela (ainda durante os tempos de fotografia? estudante). Com o tempo e durante Desde muito cedo, que me lembre, o percurso académico senti que sempre tive uma grande paixão a fotografia dava-me mais gozo pelas artes e culto da imagem. Tudo e sentia-me mais desafiado em começou com o desenho, evoluiu resolver os trabalhos com imagens. para um percurso académico de Houve então uma necessidade de design gráfico e pelo meio com aprofundar conhecimentos e ganhar a facilidade que o meio digital mais experiência. Na altura não me trouxe em acesso e à prática da identifiquei com nenhum curso de fotografia fiz de minha companhia fotografia, pelo menos por cá. Como uma câmara que não dispenso tantos outros que admiro e já com para onde quer que vá. De início grandes carreiras na área, parti servia para uma documentação para uma aprendizagem por meios biográfica do que ia acontecendo próprios, na base da leitura, ver na minha vida, mais tarde comecei muita coisa (boa) e principalmente a interessar-me por criar e produzir experimentando muito. Estando já imagens encenadas, convidando nesta fase a trabalhar dentro deste mundo competitivo ganhei mais amigos para pousar. estímulo para aperfeiçoar esta arte. Como foi o início da experiência O percurso é ainda muito longo como fotógrafo e o processo de para tudo o que quero aprender e aprendizagem? dominar. Comecei por integrar a fotografia Quais são suas principais influênnos primeiros trabalhos de vídeo e cias nesta área? design que fiz a nível profissional
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Sou bastante influenciado por trabalhos comerciais de alguns fotógrafos, dentro da moda e publicidade, tais como David Lachapelle, Jill Greenberg, Mario Testino, Mondino, entre muitos outros, e também pelos grandes mestres, Henri Cartier Bresson, Helmut Newton, Yousuf Karsh, Newman Arnold... No seu portfólio existem vários tipos de fotografia, qual é aquela que mais lhe agrada e porquê? Acho que principalmente prefiro fotografar algo com vida, gosto de conhecer pessoas novas, aprecio muito mais o processo em si do que propriamente o resultado, onde se aprende muito mais. Daí que retrato, seja de pessoas ou seja de animais, num ambiente controlado de estúdio ou mais jornalístico, talvez seja o que me dá mais gozo fazer. Também gosto de contar histórias e criar realidades em
Normalmente, que tipo de material e assistência necessita numa das suas sessões fotográficas? De um modo geral trabalho muito com luz artificial (flashes normalmente), por ser muito perfeccionista e gostar de controlar tudo o que se vê na imagem final. As minhas equipas variam conforme a dimensão da produção, posso ser apenas eu e um modelo, ou como podem ser vários modelos, assistentes de luz, directores criativos, etc. O necessário para o trabalho sair o melhor possível e ser feito da forma mais prática. Sabemos que faz parte do gabinete de design gráfico “Sente Design” em Aveiro, do qual é co-fundador. Consegue ligar o design à sua fotografia? Sim, foi aliás assim que comecei a dar mais atenção à fotografia, a partir dos trabalhos de design que fazia e sentir a necessidade de criar e controlar as imagens complementares que necessitava usar. Para mim o design é muito mais que uma maneira de vender da forma “mais bonita” um produto, é uma maneira de viver. Ensina-nos a ver o mundo com um olhar mais atento, a estruturar o pensamento, a trabalhar na lógica das coisas. Desta forma aprendese que compreendendo melhor o objecto de estudo, com base em conhecimentos em quase todas as áreas, se conseguem soluções vencedoras. Não é no entanto o que mais faço agora, mas continuo a actividade, que na maior parte das vezes é a junção com a fotografia num trabalho.
Portugal. Nesta área em especial é muito difícil dar os primeiros passos por cá, da forma como a indústria funciona. Tenho tido a sorte de por vezes ser chamado a trabalhar em equipas de produção de spots publicitários, o que me faz estar mais perto do meio. Recentemente participou numa curta-metragem chamada “Breu”. Fale-nos um pouco sobre essa experiência.
www.tiagoxavier.com
imagens mais conceptuais.
Não foi apenas uma participação e tão pouco recente. É uma curtametragem feita por um conjunto de colaborações de pessoas das mais diversas áreas. A fotografia principal foi feita em duas semanas em 2005, por diversos motivos a pós-produção se prolongou até 2009 e só agora no início de 2010 a curta ficou pronta. O Breu é escrito e realizado pelo meu grande amigo Jerónimo Rocha, e eu sou co-autor e produtor, ainda com passagem pela pele de actor, desprovido de qualquer pretensão em seguir carreira na área (risos), respeito demasiado os actores para isso. O Breu é um conto sobre o medo do escuro, feito a partir da grande paixão que todos temos pelo cinema. Estamos agora na fase de envio para festivais e qualquer convite para exibição é bem-vindo. Quem quiser saber mais visite: www.degredo.com. Para finalizar, alguma mensagem que queira deixar aos leitores, fotógrafos, promotoras, revistas…?
Creio que a melhor coisa que possa dizer é incentivar todos a respeitarem-se uns aos outros, darem valor ao profissionalismo e Tem mais alguma “paixão” para ao que de bom se faz por cá. Bons trabalhos e muita criatividade. além da fotografia e design? Muito obrigado à Whisper pelo Muitas mais, como a música e convite. banda desenhada, mas a principal é sem dúvida o cinema. É o que me faz sonhar e onde muitas vezes Contacto: ganho inspiração para projectos contact@tiagumos.com” pessoais. Em relação a esta arte, lamentavelmente vivemos em
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ENTREVISTA COM
TIAGO
DASILVA Tiago da Silva é um ilustrador nacional de belos projectos. Os seus desenhos caracterizam-se pelo uso de cores vivas, tons brilhantes, evocações a temas mitológicos e personagens heróicas.
Fale-nos um pouco sobre si, o que Comecei a ler comics (Banda estudou, de onde é, etc. Desenhada) desde muito novo, Desde já o meu muito obrigado o meu pai tinha uma colecção pelo convite. O meu nome é Tiago enorme… ainda não sabia ler da Silva tenho 32 anos e vivo sequer, mas já via os desenhos, logo em Portimão. Sou licenciado em surgiu o interesse em desenhar. Design de Comunicação, mas trabalho apenas em ilustração. Sou autodidacta naquilo que faço, trabalho como ilustrador freelancer na área editorial, faço também concepts para jogos e espero para Banda Desenhada. Gosto de fazer surf, sou péssimo, faço pelo prazer de estar no mar, principalmente com as ondas grandes, é bom para tirar qualquer tipo de stress e nos sentirmos bem pequenos. Gosto de desporto, cinema, sair e estar com os amigos, desenhar (está era óbvio), comics americanos, anime, etc.
na universidade e ninguém sabia o que era, pois era algo muito recente. O trabalho do Anry Nemo era algo incrível, desde as composições das ilustrações até á pintura com cores incríveis. O seu trabalho era de uma qualidade inigualável, e foi desejo de um dia conseguir chegar perto daquele nível que me fez avançar e tentar ser ilustrador.
A ilustração é uma arte que requer uma enorme capacidade criativa. Como surgem as ideias que transpõe para as ilustrações? Nota-se nos seus trabalhos que Hum, não sei como explicar como já tem um certo à vontade com me surgem as ideias, mas sei que as ferramentas que utiliza. Falenos um pouco sobre elas. surgem com alguma facilidade.
Tem artistas que o influenciem Uso o Photoshop CS2 e uma Wacom Intuos 3 A6 e pinto num nesta área? monitor de 26” que ajuda muito. Tenho alguns que admiro e Deixei de esboçar á mão, faço tudo acompanho o trabalho, muitos que digitalmente, até tenho um pincel me influenciaram no passado a personalizado no Photoshop para alcançar o meu estilo de trabalho simular o lápis, poupo no papel, actual. Vou referir apenas um que lápis e borracha! Como surgiu o interesse pela se chama Anry Nemo, foi ao ver o seu trabalho que me iniciei na Utiliza alguma técnica em ilustração? pintura digital. Na altura estudava especial para realizar os seus
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A técnica em si é quase sempre a mesma, pode variar conforme os trabalhos, mas começo sempre por fazer um esboço, se for para ficar com estilo mais de comic, faço um esboço final bem limpinho, depois pinto, se for para fazer algo mais realista, pinto por cima dos esboços, de seguida é a escolha das cores, pintar do mais escuro para o claro, começo sempre pelos fundos até chegar ao primeiro plano e por ai fora, é um processo um pouco complexo assim como intuitivo, fica-me sempre difícil explicar.
grafik.deviantart.com
trabalhos?
Consegue nomear qual foi o seu maior projecto até hoje? É o que estou a trabalhar actualmente, mas não posso contar. :) É complicado para um jovem ilustrador entrar neste ramo profissional e ter algum sucesso? Muito, no meu caso, ainda hoje tenho dificuldade em conseguir viver só do meu trabalho em ilustração. Com que tipo de clientes é que trabalha? Editorial, empresas de jogos, Comics, agências de publicidade, basicamente quem quer que precise de ilustrações. Existem projectos para o futuro que queira partilhar connosco? Espero em breve conseguir publicar a minha própria BD, a falta de tempo ainda não me permitiu desenvolver muito o projecto, mas espero em breve me dedicar a tempo inteiro ao projecto: http://grafik.deviantart. c o m /a r t / E X P LO R E R S - m a n y concepts-110311933 http://grafik. deviantart.com/art/EXPLORERScomic-book-project-110207840. Para finalizar, alguma mensagem que queiras deixar aos leitores, ilustradores, revistas…? Hum… talvez esta, vamos tomar conta deste país e por isto nos eixos! Não era mau de todo! :)
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SÉRGIO SANTOS
Nome: Sérgio Santos Idade: 24 Naturalidade: Aveiro Email: sergeous@gmail.com Websites: sergiosantosphoto.
como fotografo e o processo de final que se deseja. No caso, do aprendizagem? projecto de Flashead, gosto de uma Durante a minha licenciatura em imagem crua e sem tratamento. Coimbra, fui fazendo algumas ► Com o surgimento da era experiências como fotógrafo. digital, a fotografia passou a No entanto, quando vim de viver implicar custou muito menores. para Lisboa, decidi aprofundar os Na tua opinião, quais são as meus conhecimentos e procurar principais consequências que isto os resultados mais profissional no tem na fotografia e no seu meio? campo da fotografia. Frequentei Além dos melhores, a fotografia um curso e a partir daí, as coisas digital dá-nos mais liberdade, mais evoluiu bastante. Continuo em tempo e maior facilidade para ser processo de aprendizagem e criativos, inovar e evoluir. Ao ver o teu portfólio procuro melhorar sempre a minha ► reparamos que trabalhas em técnica e o meu trabalho. particular em eventos sociais. ► Quais foram os principais Como surgiu o interesse por esse obstáculo e metas atingidas? tipo de fotografia? Na realidade, não senti grandes As participações em festas, obstáculos e tenho conseguido surgiram ainda em Coimbra por alcançar os meus objectivos. convites de amigos. Mais tarde, por
► Quando paras de fotografar durante longo período de tempo sentes falta de pegar na máquinacom / boldcreativestudio.com / e disparar? flashead.com Of course! Adoro fotografar e mais ► Como surgiu o interesse pela que um trabalho, é um prazer. ► Quais são as tuas principais fotografia? O meu pai tinha uma máquina influências nesta área? fotográfica com a qual, ainda novo, Considero o Terry Richardson a comecei a fazer umas brincadeiras. minha grande influência. Acho que foi aí que surgiu a ► Consideras o tratamento de pequena paixão. imagem essencial ou dispensável? ► Como foi o inicio da experiência Depende do resultado, o “produto”
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sugestão de um amigo, decidi criar o projecto de Flashead e levar as coisas um pouco mais a sério. Gosto bastante de fotografar pessoas em ambientes descontraídos. ► Existem projectos para o futuro? Além do projecto Flashead, trabalho como fotógrafo profissional nas áreas da Moda e Publicidade. De momento faço parte de um novo projecto, a Bold Creative Studio.
12.03 SEX 22H00
27.03 SÁB 22H00
AMAR SUNDY (FRA)
WAKE UP
CONCERTO
Amar Sundy é um artista que nos surpreende pela fusão do Rythm’n Blues com as raízes tribais Africanas. Autêntico, poderoso, Amar tornouse conhecido pela força que as suas canções têm quando tocadas ao vivo.
19/20.03 SEX/SÁB 22H00 CONCERTOS ÍNTIMOS ‘10
FAFÁ DE BELÉM (BRA) Fafá de Belém como nunca se ouviu. Assim é o seu espectáculo Piano e Voz. Neste espectáculo, Fafá mostra mais uma vez toda a diversidade do seu trabalho, interpretando alguns dos grandes sucessos da sua carreira, como: Foi assim, Coração do Agreste, Bilhete, Memórias, Avé Maria e Abandonada. Mas Piano e Voz, é também um momento de encontros, tributo ao MPB e à música Portuguesa – Escândalo, de Caetano Veloso e Quando eu estiver cantando, de Cazuza são alguns dos temas que vão desfilar, num registo acústico e intimista…
01.04 QUI 22H00
TEATRO
CONCERTO
Para comemorar o Dia Mundial do Teatro, o CTE propõe um espectáculo que junta o audiovisual ao teatro, à performance e à dança. O ponto de partida é o conceito de intimidade. O espectador torna-se um “voyeur” e, ao mesmo tempo, testemunha de uma situação que não é a sua mas com a qual se identifica. É convidado a entrar na intimidade das personagens sem, no entanto, saber o que quer que seja sobre elas. A circunstância proposta é uma situação limite: diferentes pessoas alugam um quarto com uma só cama e partilham-na por turnos.
28.03 DOM 16H00
RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE A expressão “dispensa apresentações” é bastas vezes usada a despropósito, mas no caso de Rodrigo Leão o seu emprego é mais do que justo – é um dos mais conhecidos e apreciados compositores portugueses. Rodrigo apresentará o seu último álbum, A Mãe, num concerto aguardado com ansiedade por todos os que têm seguido a sua extraordinária carreira, mas também pelos novos públicos que o descobriram em séries de televisão como Portugal – Um Retrato Social ou, mais recentemente, em Equador.
09.04 SEX 23H00
TEATRO
LENHEIRASDECUCA MACUCA Lenheiras, mulheres que carregam lenha é uma viagem para a construção de uma identidade. O espectáculo não pretende recuar ao tempo das lendas mas antes revisitá-las, com um olhar contemporâneo.
CONCERTO
TAXI TAXI! (SUE) Uma das maiores promessas da indie folk actual, vem apresentar o novo álbum - Still standing at your back door - produzido por Peter Yttling (Peter, Bjorn & John).
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O filme “Avatar” ultrapassou “Titanic” e tornou-se o filme com maior receita de bilheteira na história do cinema com 1,85 bilhão de dólares arrecadados. Com este regresso às grandes produções desde “Titanic”, James Cameron passou a ser o realizador dos dois filmes, com maiores receitas, de todos os tempos.
American Idol- Pants on the Ground http://www.youtube.com/watch?v=Uo9yKjEOjf0
A canadiana Joannie Rochette conquistou a medalha de bronze de patinagem artística nos Jogos Olímpicos de inverno quatro dias depois da súbita morta da sua mãe. A canadiana acabou por não conseguir conter as lágrimas no final da prova e após receber a medalha agradeceu o apoio que lhe chegou do mundo inteiro e que a ajudou a continuar em prova.
O presidente da Apple Steve Jobs apresentou em S. Francisco, o iPad. Este frisou que o iPad será mais eficaz que um PC convencional e um smart phone em matéria de leitura de livros digitais, jogos e vídeos. O iPad permite navegar na internet, correr aplicações para iphone, ler e enviar emails, ver fotos, ver vídeos, ouvir música, jogar e muito mais… Ninjas’s Unboxing http://www.youtube.com/watch?v=f_ETSvTAo4A
Run! Bitch! Run! - Trailer http://www.youtube.com/watch?v=lNLXhzAM3v0
BAIXOS
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A série Ugly Betty, sucesso mundial desde a estreia em 2006, foi cancelada pela ABC, terminando após o final da quarta temporada, a ser exibida neste momento nos Estados Unidos. Numa declaração conjunta, os produtores executivos da série anunciaram com tristeza o fim da série, mas que até Abril será exibida perto do horário nobre.
O atleta georgiano Nodar Kumaritashvili não resistiu a um grave acidente, sofrido no treino de luge, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver. Nodar morreu após sair do traçado a 140km/h e bater a cabeça em um dos postes de metal que sustentam a cobertura da pista. Este trágico acidente acabou por marcar o início das Olimpíadas.
Why E.T don’t have sequel? http://www.youtube.com/watch?v=c4CQ-6R-QUw
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O Festival de Vilar de Mouros só regressará em 2011 depois das negociações entre as entidades locais e as produtoras para a realização do festival ainda este ano terem falhado. O Festival de Vilar de Mouros não se realiza desde 2006, ano em que o 35.º aniversário foi assinalado com 35 bandas ao preço único de 35 euros.
MUSICAS
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PUBLICIDADE
Fiest – Brandy Alexander James Yorkston – Edward Cobra Killer – L.A. Shaker Electrocute – Bad Legs Giulia Y Los Tellarini – Ay Mi Niña Portishead – We Carry On
Coca-Cola “Happiness Machine” http://www.youtube.com/watch?v=lqT_dPApj9U
The Kills – Black Balloon Andrew Bird – A Nervous Tic Motion Of The Head To The Left Lisa Germano – Except for the Ghosts Crystal Castles – Crimewave Martha Wainwright – Far Away Peaches – Boys Wanna Be Her Red House Painters – Have You Forgotten
Eles andam ai / Ovo estrelado
The Doors – L.A. Woman
http://www.youtube.com/watch?v=gyaN91d4qHg
Wolf Parade – Modern World
AIDS Graffiti http://www.youtube.com/watch?v=Yy9oZCdLO6I
John F. Kennedy “Our problems are man-made, therefore they may be solved by man. No problem of human destiny is beyond human beings.”
M. Gandhi “When I despair, I remember that all through history the way of truth and love has always won. There have beem tyrans and murderers and for a time they seem invincible but in the end, they always fall... Think of it, always.”
John Lennon “A dream you dream alone is only a dream. A dream you dream together is a reality.” Mcdonalds Free Parking Ad-Computer http://www.youtube.com/watch?v=8c9-EAPhQL8
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GORILLAZ Plastic Beach
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FUN LOVIN’ CRIMINALS Classic Fantastic
SCORPIONS Sting in the Tail
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GOLDFRAPP Head First
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SHE AND HIM
THE SOAKED LAMB Hats and Chairs
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USHER Raymond v. Raymond
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ERYKAH BADU New Amerykah Part2
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THE CURE Disintegration
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JAKOB DYLAN Women and Country
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EVELYN EVELYN Evelyn Evelyn
06
JIMI HENDRIX Valleys Of Neptune
MAR.
MAR.
MAR.
MAR.
MAR.
MAR.
MAR.
ABR.
Volume Two
MAR.
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MAR.
ABR.
RECOMENDAÇÕES WHISPER
ÁLBUNS
Só mostramos coisas boas!
ÁLBUNS FILMES LIVROS SITES
FILMES
LIVROS
SITES
Taxi Driver
Manual dos Inquisidores
Cartazes (cinema/tv)
Voltaire Ooky Spooky (2007)
Martin Scorsese (1976)
António Lobo Antunes (1996)
IMP Awards www.impawards.com
Bob Log III Log Bomb (2003)
The Color Purple Steven Spielberg
Moby Dick Herman Melville
(1985)
(1851)
Der Untergang
Armies of the Night
Serious Eats Comida www.seriouseats.com
Cocoon My Friends All Died In A Plane Crash (2007)
Oliver Hirschbiegel (2004)
Norman Mailer (1968)
Obvious Blog generalista www.obviousmag.org
AGENDA MARÇO 10. 10. 10. 10. 11. 11. 11. 12. 12. 12. 12. 12. 13. 13. 13. 13. 14. 14. 14. 14. 15. 15. 16. 16. 17. 18. 18. 18. 20. 20. 20. 20. 24. 25. 25. 25. 26. 26. 27. 27. 28. 28. 30. 31.
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The Cranberries + Outside Royalty - Lisboa – Campo Pequeno Bernardo Sassetti Trio - Lisboa – Centro Cultural de Belém Joan Baez - Lisboa – Coliseu dos Recreios Owen Pallett - Lisboa – Teatro Municipal Maria Matos Enday - Almada – Fnac Owen Pallett + Ava Inferi - Lisboa – Teatro Municipal Maria Matos a Jigsaw - Vila Real – Teatro JP Simões - Coimbra – Salão Brazil Amar Sundy - Estarreja – Cine Teatro Men Eater + Dollar Llama - Faro – Arcádia The Dixie Boys - Matosinhos – Fnac NorteShopping David Fonseca - Benavente – Side B Diabo na Cruz - Aveiro – Teatro Aveirense Dr. Zilch + Igor - Porto - Plano B The Legendary Tigerman - Coimbra – Teatro Académico de Gil Vicente Fischerspooner + Gun n’ Rose - Porto – Teatro Sá da Bandeira a Jigsaw - Coimbra – Fnac Yo La Tengo - Lisboa – Aula Magna Russian Circles - Lisboa – MusicBox The Dixie Boys - Matosinhos – Fnac MarShopping Brendan Perry - Braga – Theatro Circo Yo La Tengo - Porto – Casa da Música Russian Circles - Porto – Plano B Anaquim - Coimbra – Teatro Académico de Gil Vicente Melech Mechaya - Lisboa – Teatro Villaret José Cid - Coimbra – Teatro Académico de Gil Vicente Sérgio Godinho - Faro – Teatro das Figuras Lætitia Sadier - Lisboa – Zé dos Bois Men Eater + Dollar Llama + Plus Ultra - Braga – Insólito Dazkarieh - Oeiras – Jardim de Oeiras d3ö - Santa Maria da Feira – Cine-Teatro António Lamoso Theatre Of Tragedy + Where Angels Fall - Seixal – Cine-Teatro do Ginásio Clube de Corroios Nouvelle Vague - Guimarães – Centro de Artes e Espéctaculos São Mamede Nouvelle Vague - Coimbra – Teatro Académico de Gil Vicente B Fachada - Lisboa – Zé dos Bois Tiago Bettencourt & Mantha - Santarém – Teatro Sá da Bandeira Mundo Cão - Lisboa – Cinema São Jorge Nouvelle Vague - Sintra – Centro Cultural Olga Cadaval Nouvelle Vague - Santa Maria da Feira – Europarque Minta & The Brook Trout - Vila Nova de Famalicão – Casa das Artes Epica + Amberian Dawn + Sons Of Seasons - Almada – Incrível Almadense Heavy Trash + The Legendary Tigerman + Bloodshot Bill - Loulé – Bafo de Baco Heavy Trash + The Legendary Tigerman + Bloodshot Bill - Porto – Plano B Heavy Trash + The Legendary Tigerman + Bloodshot Bill - Lisboa – Lux
MOONSPELL
BIZARRA LOCOMOTIVA 23JAN FOTOS: MIGUEL SILVA
Depois do sucesso da Tour América (Norte e Latina) e do “aperitivo” dado no Hard Rock Café de Lisboa em Outubro passado, os Moonspell regressaram à sua capital para o primeiro concerto do ano em Portugal, para servir aos fãs o festim completo. A primeira parte ficou a cargo dos Bizarra Locomotiva, a convite dos próprios Moonspell. A máquina que são os Moonspell ao vivo veio apurada e oleada do território americano e foi adicionada à ocasião a maior produção vídeo/visual jamais tentada pela banda. Passam agora mais de dois anos desde o glorioso e esgotado concerto de Halloween (noite das bruxas) no Coliseu de Lisboa.
www.fil.pt
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Š Miguel Silva Photography Todos os Direiros Reservados
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REPORTAGEM FIELDSOFTHE
NEPHILIM
BIZARRA LOCOMOTIVA 06FEV FOTOS: JOANA VIEIRA
Os fatos, cinzentos à custa de muita poeira acumulada, saíram das malas de criaturas que parecem viajantes do tempo. Estes feiticeiros do som de inspiração telemática musicaram mandamentos do rock gótico como «Moonchild» ou «Blue Water» e, nesta há muita aguardada estreia em território nacional, puderam mostrar que o revivalismo dos anos 80 também se pode celebrar no lado negro. Magia, misticismo e obscurantismo juntaram-se na celebração de quase um quarto de século de existência. Depois da aventura de Carl McCoy com The Nephilim tudo se renova finalmente em nome de uma única entidade – que é o verdadeiro símbolo da cultura de vanguarda, nascida quando ainda despontava a década de 80. Os Fields Of The Nephilim surgiram no meio da neblina, para actuar no Coliseu do Porto, a 6 de Fevereiro de 2010. www.primeartists.eu
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Š Joana Vieira Photography Todos os Direiros Reservados
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