Mabon, 2012 . Ano2 . Edição nº 4 . gratuita
Equipe BTW Editora Chefe:
Lorenna Escobar
HPS 2*- Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR Coven Caldeirão de Cerridwen
Projeto Gráfico:
Artemis Absinto
Iniciada 1* - Tradição Gardneriana, linha Olwen BR - Coven da Vassoura Sagrada
Colaboradores:
Arida Diana
HPS 3* - Tradição Gardneriana, linha Olwen BR - Coven da Vassoura Sagrada
Artemis Absinto
Iniciada 1* - Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR - Coven da Vassoura Sagrada
Baco Liber
HP 3* - Tradição Gardneriana, linha Olwen BR - Coven da Vassoura Sagrada
Brutus Lobão
Giulia JB
HP 2* - Tradição Gardneriana, linha Olwen BR - Coven Caldeirão de Cerridwen
Dedicada da Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR
Callíope Berkanna
Juliana Bicalho
Iniciada 1* - Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR - Coven da Vassoura Sagrada
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Frederico Senna
Dedicado da Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR
Dedicada da Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR
Lorenna Escobar
Sevine Kayná
HPS 2* - Tradição Gardneriana, linha Olwen BR - Coven Caldeirão de Cerridwen
Dedicada da Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR
Mario Martinez
Simone Abraços
HP 3* - Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR - Coven Caldeirão de Cerridwen
Iniciada 1* - Tradição Gardneriana, linha Olwen - BR - Coven Caldeirão de Cerridwen
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EDITORIAL
por Baco Liber
“Que os óleos do Sabá estejam à mão, Pois é o momento de fazer a devida unção! O frio e as folhas, recobrem a terra, a primavera se foi, são tempos de treva! O Chifrudo agora, não brilha como antes, ele é Rei das terras baixas, deixou na terra seu Athame! O Açoite agora se tornou lei, entre os Wica o beijo teve seu momento, teve sua vez! Este é o Sabá da terceira Colheita, Onde os frutos estão maduros para se realizar a grande ceifa!” Nuvens alaranjadas forram os céus prenunciando a chegada do frio. O dente-de-leão se fecha em cumprimento ao Chifrudo que agora reina num lugar onde os pássaros não cantam. Nestes tempos onde o vento com seus sussurros sombrios deixam lembretes de sossego e momentos de reclusão, a terra deixa em oferta o desenho farto dos últimos frutos maduros, lembretes de agradecimento e retorno àqueles que no passado plantaram. Mais um Sabá, mais uma Roda, mais uma colheita... Um ciclo presidindo outro, esclarecimentos e vivências que nos mostraram como prosseguir em algo novo. O novo agora se fortaleceu e, como nos ciclos da roda, alcançou, mesmo que por passos jovens, alguma maturidade. A parte escura do ano vigora à cada passagem do sol, e os momentos de tensão perante a chegada vagarosa do assombroso frio invernal, cristaliza em nós a esperança dos dias quentes de verão. A 4ª edição da Revista BTW, como os frutos maduros deste equinócio outonal, trás consigo as vivências e pensamentos dos Wica em suas buscas neste caminho de tradições. Refletindo com consistência o desafio de levar ao leitor o entendimento claro deste caminhar através de nossas experiências na senda oculta dos Mistérios desta Religião.
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índice
Mabon O Bardo - Mabon ap Modron C hifre de Amaltéia Permeando Novos Caminhos Como você veio para a Arte? Treinamento, Iniciação e Crescimento na Antiga Arte A Sedução Wica e seus dogmas Os Instrumentos do Ofício Arte e Ciência Samhain
06 09 10 14 16 20 24 28 32 34 36
Ocultismo: 40
- Notas sobre Artefatos de Poder 41 - Plantas e Amuletos de Proteção 44
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ça a declinar. Como tudo na natureza que se movimenta de forma cíclica, podemos observar o tempo de nascimento, crescimento, morte e renascimento em Mabon. A mensagem de renascimento, nesse Sabá, pode ser encontrada na semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para haver alimento, garantindo aspectos de fartura ao seu povo e promessas de uma nova vida.
por Lorenna Escobar Os dias e a noite, mais uma vez, estão equilibrados, com a mesma duração. Mabon, o equinócio de outono, momento em que as bruxas se reúnem para celebrar a colheita em todos os seus campos, festa conhecida como um dos Sabás da Roda. Este Sabá acontece por vota do dia 21 de Março no hemisfério Sul. A natureza prepara-se para o inverno, retrocede, recolhe sua fartura, e o Deus das Bruxas prepara sua caminhada até o submundo. Os Deuses são honrados através de novas oferendas, e neste momento os Wicas agradecem pelas abundantes colheitas e pelas lições aprendidas. Nesse tempo de equilíbrio em que as sombras começam aos poucos a dominar a luz, o poder do Sol come-
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os Wicas agradecem pelas abundantes colheitas
Um Deus chamado Mabon ap Modron*, uma divindade cujo nome está relacionado com o Deus Romano-britânico Maponos, pode esclarecer a respeito da origem do nome desse Sabá. MAPOS em gaulês significa menino ou filho, em Irlandês antigo o sufixo Mac também significa filho. Talvez essa seja o início do mito da Criança da Promessa. Esse Deus por vezes também é conhecido como Angus Mac Og, o Deus da
* Ver lenda na página 9
MABON
No México há um espetáculo que atrai grande número de pessoas para testemunhar a união do mistério e da sabedoria da antiga cultura da magia no equinócio de Outono. Esta união representa a lenda de Kukulcan, uma interpretação arquetípica dos processos da vida e da morte, um Deus que faz uma viagem ao mundo inferior para fornecer bênçãos para boa colheita e saúde ao povo.
los sentidos durante o seu desenvolvimento na prática mágica. No entanto, também reconhecem na Natureza que algumas plantas são associadas à Mabon, como a aveleira, o milho, as bolotas de carvalho, as folhas de outono, os ramos de trigo, os cones de pinheiro, e que possuem a máxima representação do Deus.
CULHWCH FONTE: EN.WIKIPEDIA.ORG
A conclusão da colheita, a saudação ao poder decrescente do Sol, o reconhecimento de que o Sol e a colheita compartilham do ritmo cósmico de renascimento e reencarnação, é observado todos os dias nessa dinâmica, pois quando o Sol se põe, ele morre para depois renascer. juventude, do amor, da beleza e da inspiração poética entre os Tuatha de Dannan, o qual se transforma em um cisne que é a representação da imortalidade da alma. Maponos era outra forma de Lugh, o Deus do milho.
‘Adeus, Oh Sol...’ e o Jogo da Vela, ambos os quais nós preservamos.
Muitas festas que celebram a colheita ocorrem em lugares rurais, portanto, acredita-se que o Dia da Ação de Graças é um resquício desse antigo culto símbolos das bruxas. Os rituais pagãos Para os gregos, Deméter era a não são mais vistos com tamacriadora do tempo e seus sacernha importância devido às facilidades do dotes eram conhecidos como Filhos da Lua. dia-a-dia, pois atualmente a obtenção de Deméter era a protetora das mulheres e recursos não é tão preocupante como nos uma divindade do casamento, maternidadias passados. Você não precisa mais arar e colher, pois pode ir direto ao supermercado com facilidade e escolher o que deseja, dependendo da quantia disponível em seu bolso. Ainda assim, as bruxas seguem a tradição, conhecem suas raízes, herdaram o conhecimento oculto e puderam reconhecer que não era apenas a lida da agricultura que havia estabelecido a Antiga Religião. Os verdadeiros valores estão ligados aos símbolos e características percebidas pe-
DEMETER EM CARRUAGEM DE CAVALHOS COM A FILHA KORÉ - SEC VI AC FONTE: EN.WIKIPEDIA.ORG
Farrar comenta em “The Witches Bible” que o equinócio de outono era a ocasião dos mistérios Eleusianos na Grécia Antiga, cujo simbolismo da colheita do milho era proeminente; contudo, pouco se Os verdadeiros sabe sobre esse rito por ter sido pelos iniciados, um rivalores estão guardado tual no qual a semente da sabeligados aos doria era recebida em silêncio.
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DEMETER (À ESQUERDA) PRESENTEIA COM GRÃO PARA O MORTAL COMO PARTE DOS MISTÉRIOS DE ELÊUSIS. 440 -430 A.C. FONTE: EN.WIKIPEDIA.ORG
de, amor materno e fidelidade. Ela regia as colheitas, o milho, o arado, as iniciações, a renovação, o renascimento, a vegetação, a frutificação, a agricultura, a civilização, a lei, a filosofia da magia, a expansão, a alta magia e a terra. De acordo com outros contos, Zeus quebrou um dos chifres da cabra de Amaltheia e dotou-o com os poderes: sempre que o possuidor desejasse, ele podia instantaneamente ser preenchido com aquilo que foi desejado. Esse chifre foi comumente chamado de Cornucópia de Amalthea, que desempenhou um papel notável nas histórias da Grécia e foi utilizado nos últimos tempos como símbolo da abundância. Este símbolo é condizente a representação de Mabon, cuja fartura brota de um chifre.
como a Senhora dos Portais para a vida e o renascimento, por isso é geralmente concebida nos rituais como a Grande Mãe. O ritual de Mabon proporciona, dentro de outras coisas, a reflexão de nossas ações sobre o que foi “plantado” durante todo o ano, a reflexão da escolha das nossas “sementes”, observando que cada coisa na vida tem o seu tempo. Os mitos nos auxiliam tradicionalmente, de um modo geral, a nos associar aos festivais, conectando-nos aos mistérios da Arte, de forma a resgatar dentro das práticas mágicas a atribuição dos seus significados e da compreensão dos seus simbolismos.
Mabon, o Deus Cujo desgaste do corpo se abre ao vazio Afiado como uma Espada, És Brasão do Rebanho, És o Ouro, És a carne sobre o osso, O fluxo para a vara, Viajando através do portão Descubro meu destino E reconheço o mistério antigo.
O vinho que preenche o cálice é consumido entre os Sacerdotes da Arte, esse que é a representação do sangue das uvas colhidas, ou o sangue do Deus. O vinho que é abençoado podendo conceder vida eterna, a união entre corpo e alma, a comunhão mística. A Deusa é vista pelos Wicas, como a receptora da semente do Deus. Aqui, Ela é
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QUADRO: O PEQUE JÚTIPER ALIMENTADO PELA CABRA AMALTHEA AUTOR: NICOLAS POUSSIN
Mabon ap Modron A história do Filho Divino Retirado de Caer Australis Occasional Papers: Mabon ap Modron 2006
Tradução e adaptação por Artemis Absinto e Lorenna Escobar
A BATALHA DE ARTHUR FONTE: CAERAUSTRALIS.COM.AU
O Bardo - Mitos ANTIGOS
Uma das muitas tarefas exigidas de Culhwch pelo Chefe Gigante Ysbaddaden, a fim de ganhar a mão de sua filha Olwen, foi contar com o resgate de “Mabon filho de Modron, que fora raptado de sua mãe quando tinha apenas três noites de vida. Ninguém sabia onde ele estava, ou se ele estava vivo ou morto”. Todas as tarefas cobradas por Ysbaddaden eram intencionalmente impossíveis de realizar. Mas Culhwch, como em todas as tarefas anteriores, responde: “Será fácil realizar tal tarefa. Embora você possa pensar o contrário.” Em seu devido tempo, é iniciada a tarefa de localizar Mabon. Culhwch não está sozinho, e tem como seu principal guia o seu primo Arthur, bem como os serviços de Eiddoel o Intérprete das Línguas Gwrhyr, mais Kei e Bedwyr (cavaleiros da Távola Redonda). Contar com o apoio de Eiddoel, primo de Mabon, era um dos pré-requisitos para a tarefa que fora previamente listada por Culhwch, além de contar com a importante ajuda de Arthur. O grupo começa a busca por Mabon perguntando ao Melro de Kilgrwri: “Você sabe alguma coisa de Mabon, filho de Modron, que na sua terceira noite de vida foi levado de sua mãe por entre as paredes?” Embora o Melro fosse velho o bastante, possuía a habilidade de moldar uma bigorna até o tamanho de uma noz, com nada mais do que seu bico. E apesar da sua habilidade, o Melro nada sabia sobre o homem que eles procuravam. Porém, ele se ofereceu para guiá-los até uma criatura muito mais antiga do que ele, e que poderia ser capaz de ajudá-los nesta busca. Seguindo adiante, e fazendo sempre a mesma pergunta, o grupo obtia sempre a mesma resposta e sempre a mesma ajuda, encontrando cada vez mais e mais criaturas antigas, como o Veado de Rhendevre (tão velho quanto uma floresta), a Coruja de Cwn Cawlwyd (tão antiga quanto três florestas), a Águia de Gwernabwy (que era tão velha a ponto de saber moldar uma pedra, a qual havia bicado da altura das estrelas, ao tamanho de uma mão) e, finalmente, o Salmão do Llyn Llyw. Depois de fazer a mesma pergunta para o Salmão, ele lhes disse que uma vez havia “se deparado com tamanha maldade, como jamais pudera imaginar” nas terras de Gloucester. O Salmão se oferece para guiar Kei e Gwrhyr até este horror, que vieram a descobrir ser Mabon, aprisionado. “Ouve-se gemidos e choro vindos do outro lado da parede; Mabon filho de Modron está aqui, e ninguém jamais foi tão duramente preso, nem mesmo Lludd a Mão de Prata, nem mesmo Greid filho de Eri”, ainda que a Tríade nomeada como os Três Famosos Prisioneiros fossem Mabon, Llyr e Gweir. Nem ouro, nem prata, nem todas as riquezas do mundo puderam garantir a libertação de Mabon, sendo a única saída travar uma árdua e dura batalha pelo seu resgate. A batalha para libertar Mabon foi ganha por causa de Arthur que convocou todos os guerreiros da Grã-Bretanha, e por Kei que passou por sobre a parede do claustro e resgatou o preso trazendo-o em suas costas. Em seguida, Arthur retorna para casa, e com ele Mabon, agora um homem livre.
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O Chifre da Abundância
por Simone Abraços O Sabá de Mabon, o Equinócio de Outono, é o Festival da Segunda Colheita. Uma colheita marcada pela abundância e fartura dos alimentos que serão armazenados e posteriormente consumidos nos difíceis e rigorosos dias de Inverno. Tem como seu principal símbolo, a Cornucópia – o Chifre ou o Corno da Abundância.
A CORNUCÓPIA – SÍMBOLO DE FERTILIDADE E COLHEITAS ABUNDANTES
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Réia, sua esposa, conseguiu salvar uma das crianças - a quem deu o nome de Zeus (Júpiter) - e a entregou aos cuidados da Ninfa Amaltéia (filha de Melisso, o Rei de Creta).
QUADRO: AMALTHEA AUTOR: JAKOB JORDAENS
Cornucópia
AMALTÉIA E ZEUS FONTE: WHYDYOUEATTHAT.WORDPRESS.COM
De acordo com a Mitologia, um Oráculo predisse a Cronos (Saturno) que ele seria destronado por um de seus filhos – exatamente como ele fez com seu pai Urano quando o castrou e o destronou. Então, para evitar que isso se repetisse, ele começou a devorá-los um a um logo após o nascimento.
A criança foi amamentada por uma cabra descendente do próprio Deus Hélios, o Sol – era a Cabra Aix. Zeus foi criado pela Ninfa até que atingisse uma idade em que pudesse confrontar seu próprio pai. Mas, antes de ir embora e cumprir o seu destino – a Antiga Profecia proferida pelo Oráculo – a cabra que o tinha amamentado morreu, e Zeus, em agradecimento, retirou um de seus chifres e presentou Amaltéia. Esse chifre seria uma fonte inesgotável de grãos, frutos, flores e tudo mais o que ela desejasse. Uma outra versão nos conta que Réia, para fugir da ira de Cronos, se escondeu na Ilha de Creta até dar a luz. Para enganar o marido, ela enrolou uma pedra e entregou-lhe dizendo que aquele era o filho que havia nascido morto.
das as riquezas da Natureza, Fertilidade e Prosperidade – e deu de presente à ela. Certa vez, um Oráculo alertou Zeus que a única forma de destruir os Titãs, seria através da morte de Amaltéia, ou seja, através de seu sacrifício em nome de outrem. Quando a cabra morreu, Zeus a elevou aos Céus e a transformou na Constelação de Capricórnio. Assim, ele encontrou uma forma de eternizá-la, e quando todos olhassem para o alto durante à noite, lembrariam do que Amaltéia tinha feito por ele. RÉIA ENTREGANDO A PEDRA A CRONOS FONTE: JEOCAZ.MULTIPLY.COM
Para proteger a criança da voracidade de seu pai, Réia deixou Zeus para ser criado pelas Ninfas do Monte Ida. Amaltéia era uma cabra – que diziam ser tão horrenda, que até os Titãs a temiam - e foi sua Ama-de-leite e única fonte de alimentação durante toda a sua infância.
Zeus, então já sabendo do temor que os Titãs tinham pela cabra, retirou sua pele e a entregou a Hefesto. O Deus Ferreiro, conhecendo seus poderes mágicos, fez uma Armadura muito poderosa (uma Égide) que concedia invulnerabilidade a quem a usasse. Foi assim que Zeus enfrentou e derrotou os Titãs.
ZEUS SENDO AMAMENTADO COM O LEITE DA CABRA AMALTÉIA FONTE: AGUERRADETROIA.WORDPRESS.COM
Um dia, Zeus estava brincando com a cabra Amaltéia, quando ele, acidentalmente, quebrou um de seus chifres e, para compensar seu terrível descuido, ele o transformou na Cornucópia – o Corno da Abundância, uma fonte incessante de to-
AMALTÉIA E A CONSTELAÇÃO DE CAPRICÓRNIO FONTE: WWW.ESTACIO.BR/REDEDELETRAS/ NUMERO14/ESCRITO_NAS_ESTRELAS/TEXTO3.ASP
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Esse “sacríficio” de Amaltéia nos remete ao “Bode Expiatório” – aquele que se sacrifica em prol de um bem comum. E é na passagem do Sol pela Constelação de Capricórnio, que vemos o seu Auge, seguido pelo seu declínio e se encaminhando para Lammas. PLANETA JÚPITER E AMALTÉIA
O Rhyton
FONTE: PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/ FICHEIRO:AMALTHEASIMULATION.JPG
FONTE: HTTP://FALOCRISTO.BLOGSPOT. COM.BR/2008_02_01_ARCHIVE.HTML
Interessante ressaltar, que as pessoas nascidas sob o Signo de Capricórnio são regidas por Saturno e que a Lua do Planeta Júpiter, foi nomeada “Amaltéia”.
FONTE: ASTRONOMIA-PARA-AMADORES.BLOGSPOT. COM.BR/2012/02/CAPRICORNIO-CAPRICORNUS.HTML
O Sol alcança o seu Zênite no Solstício de Verão, e se observarmos sua trajetória pela Esfera Celeste, podemos verificar que ele passa pela Constelação de Capricórnio no período compreendido entre 22 de Dezembro a 20 de Janeiro. O Sol chega ao seu auge de Poder, de luz e calor, e começa a declinar quando ainda está passando por Capricórnio – o Signo da Cabra. Vemos no Mito de Amaltéia um símbolo supremo de generosidade e sacrifício. Na verdade, um duplo sacrifício – ela se dedicou e amamentou Zeus tornando-se a mantenedora de sua alimentação durante toda a sua infãncia e, através de sua morte, sua pele o protegeu dos Titãs ajudando-o a destruí-los.
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O Chifre é um Símbolo fálico, de Fertilidade e que representa o Deus Cornífero. Na Antiguidade era muito comum o uso de um vaso chamado Rhyton – um vaso utilizado para beberagens e libações, semelhante à Cornucópia e aos seus atributos de Abundãncia e Fertilidade.
FONTE: HTTP://FALOCRISTO.BLOGSPOT. COM.BR/2008_02_01_ARCHIVE.HTML
A CABRA E A CONSTELAÇÃO DE CAPRICÓRNIO
Várias descobertas arqueológicas na Austrália e na Papua Nova Guiné revelaram vários Rhytons com formato de pênis – uma clara evidência de Cultos de Fertilidade.
UM RHYTON GREGO FEITO DE TERRACOTA FONTE: WWW.CHRISTIES.COM/LOTFINDER/ LOT_DETAILS.ASPX?INTOBJECTID=5385421
Esse vaso foi encontrado em vários países e nas mais diversas Culturas - gregos, italianos, búlgaros, romenos, iranianos, entre outros – e assim, podemos constatar que esse simbolismo é mais antigo do que imaginamos.
UM RHYTON ENCONTRADO NO IRÃ FEITO DE LAPISLAZULI
FONTE: WWW.CAIS-SOAS.COM/CAIS/VIRTUAL_MUSEUM/ ACHAEMENID/ARTEFACTS/POTTERY_GLASS.HTM
UM RHYTON BÚLGARO FEITO DE OURO FONTE: WWW.OMDA.BG/ENGL/HISTORY/ PANAGYURISHTE_TREASURE.HTM
UM RHYTON ITALIANO
FONTE: WWW.CHRISTIES.COM/LOTFINDER/ LOT_DETAILS.ASPX?INTOBJECTID=4469975
UM RHYTON GREGO
FONTE: VENETIANCAT.COM/CUSTOMERFEEDBACK.HTM
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qualquer pessoa, assim como possuímos interesses em outras áreas da vida. Porém, a grande diferença é a importância que isso tudo tem. O quanto permitimos que nosso cotidiano nos defina, o quanto isso nos prende.
Permeando novos Caminhos Dedicação
por Frederico Senna, Giulia JB, Juliana Bicalho, Sevine Kayná Os portais da Wica abriram-se para nós, novatos, através do período de Dedicação, uma fase de preparação, estudo e desenvolvimento, culminante na Iniciação ao Primeiro Grau em um Coven Tradicional.
As festas, baladas, comemorações e viagens foram colocadas em segundo plano. Aprendemos a dizer não a uma atividade incompatível com nossos compromissos com o Coven. As opiniões de terceiros começam a ter menos importância, sem que nos preocupemos em agradar ou desagradar alguém. Quando percebemos, aquilo e aqueles que antes eram foco de nossa atenção cotidiana, passam a não mais sentir nossa falta, nem mesmo são prejudicados com a nossa ausência. Enquanto que pela primeira vez experimentamos, ainda que fugaz, o gosto daquilo que um dia chamaremos de liberdade. Por que tanta renúncia? Porque acreditamos que não é possível conhecermos verdadeiramente a religião dos Wicas sem abrirmos espaço em nossas vidas para ela. Preparamos o solo, nossas vidas, para plantarmos nossa espiritualidade através dos métodos, práticas e conselhos preservados na Tradição. Reconhecemos na Dedicação a oportunidade real de nos tornarmos, um dia, Sacerdotes da Deusa da Lua e das Estrelas e Sacerdotisas do Deus de Chifres, dando continuidade à Arte, passando-a adiante.
Como a própria palavra sugere, a Dedicação é um compromisso sério, verdadeiro aos estudos e treinamentos propostos pelo Alto Sacerdote. Mudanças acabam ocorrendo naturalmente, pois nos envolvemos com forças sutis, novos conceitos, com novas formas de compreender a vida, o mundo e, especialmente, a Aprendemos cada vez mais que nós mesmos. Questionamo- a Dedicação é um -nos mais sobre determina- compromisso sério a entrega ao Sacerdócio não pode ser parcial, assim como não exisdos valores, sobre conceitos, te espaço para expectativas e obideias e prioridades. jetivos. Não é preciso nenhum retorno ou vantagem. Aquele que está realmente O que antes considerávamos como imdisposto a se entregar, a caminhar, apenas prescindível, inadiável, se tornou supércaminhar, seguindo as orientações do Alto fluo. Isso não significa que tenhamos cessaSacerdote, e que prioriza a Dedicação, tem do nossas atividades cotidianas. Dedicados grandes chances de superar os desafios. e Iniciados precisam se sustentar como
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Outros membros do Coven também se te, a desistência. Não é fácil, mas é gratifitornam fundamentais no caminho do Decante poder vivenciar esse período. dicado. Histórias, momentos e experiênGratificante por tudo que perdemos e cias são compartilhados. As vivências exganhamos ao caminhar, por todas as transperimentadas em um Coven Tradicional formações pelas quais vamos passando, são inimagináveis até que lá se esteja. Não por todo amadurecimento, por toda nova são todas necessariamente incríveis, magpercepção e por todo novo conhecimento níficas, mas em todas as sutilezas podeadquirido. Cada dia é uma vitória, embalamos encontrar pequenas verdades, todas do por muito comprometimento, persiscapazes de nos induzir à reflexão quanto tência e determinação. ao nosso caminhar, nossa busca pelo encontro com o Casal Divino. O Dedicado Em meio ao turbilhão de descotem o privilégio de poder viver momentos intensos, ex- A vida cotidiana bertas, experiências e quebras de paradigmas, muitas vezes podemos tasiantes e incrivelmente beé cheia de tropeçar e passar por grandes solos em um Coven, cabendo a armadilhas frimentos. A vida cotidiana é cheia nós mesmos a entrega a tais de armadilhas, e estas podem nos experiências. desviar do nosso caminho a todo instante. Vencê-las e dispor-nos a trilhar o caminho, O nível de participação que nos é exigisuperando todo e qualquer tipo de desânido requer envolvimento diário com nossa mo, desculpa ou ilusão, dia após dia, é um espiritualidade. O trabalho é constante e novo passo dado adiante. árduo. O próprio caminhar vai mostrando quem é ou não é apropriado para o CamiA Dedicação é esse período chave de nho. Se aquilo que é realmente importantransformação, um verdadeiro prelúdio à te, não for uma prioridade, a tendência é o Iniciação. Através da participação nos Sadesânimo, o desinteresse e, provavelmenbás durante, no mínimo, um ano e um dia, SEGUNDA PARTE PARA A INICIAÇÃO AO 3* GRAU entenderemos melhor como a Roda do FONTE: BILDERBERG.ORG Ano se dá fora e dentro de nós. Embora haja um período para a Dedicação, a Iniciação é para toda a vida. Logo, aproveitamos este tempo para avaliarmos se a Wica é ou não nosso caminho espiritual. É toda essa experiência maravilhosa e enriquecedora que passamos a conhecer ao solicitar admissão à Dedicação em um Coven Tradicional. Dedicação, finalmente, é caminhar com compromisso, com disposição, com amor, com confiança ao Mestre e aos irmãos de Coven e com alegria no coração, fazendo sempre o que deve ser feito.
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FONTE: THEFULLWIKI.ORG
Como você veio para a Arte? ‘Ela me trouxe por Trás’ - Parte I
por Baco Liber Ele é desnudado de todos os seus atributos - despojando todos os símbolos - e ficando nu, após o que ele é açoitado. (King, Modern Ritual Magic, p.114) citação de E. Liddell ‘O Coven de New Forest’ [‘The Pickingill Papers’]. Tradução: M. Martinez.
Sabia que deveria ser humilde e enfrentar minhas sombras, e, mais ainda, sabia que a humildade não era adquirida, mas, aflorada naturalmente. Por estes lampejos pensei sobre meu teste, acontecido há pouco e, quando percebi, havia iniciado um processo interno em tentar entender sobre todas as virtudes que seriam necessárias para caminhar por esta nova estrada. Ali, segundos pareciam horas. Então algo mágico aconteceu... Ela me trouxe por trás... E me garantiu um novo sigilo.
Há muito tempo minha iniciadora me segurou com força entre seus braços e sussurrou em meus ouvidos palavras que Diante das infinitas condições ligadas às nunca esquecerei. Neste instante um arvivências e experimentações numa Relirebatamento e um vazio tomaram conta gião Misteriosa, não é normal nos imporde mim. Firmando meu corpo e mente e, tarmos com o impacto causado quando vendado, não conseguia me fixar em qualsomos introduzidos numa senda oculta, quer ponto além da minha imagimesmo porque, não conseguimos nação, acionada por sons, cheiros Um mundo de entende-lo. Muitos dos nossos são e a presença dos demais irmãos arrebatados por experiências que possibilidades de Clã que acompanhavam mimuitas vezes modificam solidanha entrada na Congregação. Um se abria mente suas observações perante o mundo de possibilidades se abria, mundo ao seu redor. Alguns fadae o medo prosseguia junto a esta, de mãos dos à cegueira por não confiarem sem limidadas com este instante misterioso. Várias tações em seus condutores, fracassam ao coisas flutuavam em meus pensamentos. serem guiados na escuridão de seus pró-
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prios confinamentos, quando são testados a demonstrarem não só pela arte dos sábios, mas, pelo controle de suas próprias sombras, atributos necessários aos que classificamos como: ‘Os Apropriados’.
didas aos “premiados” por seus próprios juramentos às Divindades e a Arte, chamados de Iniciados. Premiação tal, que nos atribui a continuação de uma senda na qual uma vida não é o bastante. Aqui passamos a identificar nossos verdadeiros propósiQuando estamos diante da tos, nossas intenções ao iniciarEspada erguida pelo Mestre ali com um dos mos um caminho sem volta, mas, em direção à nossos corações, que ainda sim é palmilhado pelo pés prestes sabemos que um ponto deve chamado livre-arbítrio, mostrana cruzar a ser atravessado. Quando não, do que mesmo diante da livre esdevemos num processo rápido colha, muito do que entendemos vassoura entender o que realmente nos por nossos conhecimentos cultutrouxe pelo rodopiar de uma roda de esrais e sociais, arraigados em nosso ser por tações ao limiar entre ambos os mundos, uma formação em vida, passará por um ali com um dos pés prestes a cruzar a vasestágio de desconstrução. Em início, exasoura deitada ao chão no Círculo. Diantamente por este ponto de regresso, dete deste breve acontecimento, refletimos monstrações claras desmascaram necessobre o ponto máximo de nossa entrega, sidades sociais como as vestimentas que e, sobre nossa covardia ao depositarmos num ritual deixam de ter importância. Asirrealidades em um percurso em que nós sim, novos conceitos e crenças, por mais somos os únicos responsáveis. contra culturais que possam parecer ser, iniciam estabelecimentos que ultrapassam Somos trazidos de forma inconsciente a morais comuns, e, que, diferente deste, um local antigo de adoração. Nossos judenotam no novo uma forma alternativa ramentos pretéritos selaram condições de de prestígio e status sob um contexto que retorno que são especificamente concenos remonta à práticas tão antigas quanto a criação das civilizações. Não vistam suas roupas, pois, para serem bruxos, devem agir como bruxos.
INICIAÇÃO DE JANET OWEN FONTE: EGREGORAS.WORDPRESS.COM
GARDNER, Gerald Brosseau. ‘Com o Auxílio da Alta Magia’. Madras. Pg.225-226.
Detalhes perfazem as diferenciações entre os cultos e a sabedoria na Arte dos Antigos. Saber como entramos não é apenas um simples ponto de formalismo, ou, tão singelo entendimento de como fomos fisicamente levados a este limiar, mas, como uma metáfora, ele alude à profundidade de uma caminhada, que pela efetivação do condutor em sua guia, fez acontecer no candidato o afloramento de sua própria espiritualidade, conectando-o às essências primordiais nos mistérios dos Wica, conduzindo-o ao entendimento de uma exis-
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tência anterior à de qualquer leitor desta revista, acessando, talvez, os vários pontos secretos, pistas e hipóteses para se desvendar as verdades ocultas em seus ritos e festejos.
‘Manter’ é o segredo da tradição, e para tal, implica-se em congelar as modificações em prol do entendimento pelo antigo processo, pela via tradicional. Muitas deturpações foram observadas na história, e, muitas delas, foram causadoras de irreparáveis infortúnios.
GERALD GARDNER COM DIABRETE FONTE: PAGANMURMUR.BLOGSPOT.COM
Para muito além do ‘Amor e da Confiança perfeitos’, formalismos são pontos chaves em uma tradição de mistérios, pois A condução do candidato no caminho uma Religião Mágico Misteriosa é entendioculto, ao menos no princípio, deve semda por manter-se à luz de detalhes e sipre ser regrada pela confiança mútua, pois gilos regidos por uma hierarquia sólida, a partir desta, fundamentos essenciais pontos estruturais que a compõe e a manpoderão vigorar. Fundamentos estes que têm. Alguns podem entender e opinar de possibilitarão não só a rebusca de uma liforma contrária, contudo, não devemos nha longínqua de tradicionalidades, mas, o nos esquecer de que a liberdade alargada, entendimento da maneira apropriada a ser não delimita e não organiza geseguida, sendo este o propósito nuinamente, e, que por sua vez, entendimento primário de uma tradição: a sua não compõe peças fundamentais continuidade. Quando nos baseda maneira para sobrevivência de detalhes amos em tradições para levar e que se tornaram chaves precisas apropriada a ser elevar nossos entendimentos sopara o acesse destes segredos. bre algo, creditamos que através seguida Lembremo-nos, que quando tedas demonstrações de vivência mos um segredo modificado em e conduta de um antepassado, uma chave, torna-se impossível para qualdeterminados passos traçados pelo mesquer usuário da mesma sua efetivação, ou, mo serão sem dúvida os mais adequados abrir a porta para qual a mesma foi especià serem seguidos, assim como, claramenficamente criada. te, sabemos diferenciar qual destes pode-
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riam ou não serem prejudiciais dentro de nossa caminhada. Os anciões ‘bateram’ o chão onde antes só havia pedras, por seus experimentos muitas vezes perigosos, eles nos mostraram com mais facilidade como podemos chegar ‘ao centro’. Mas, muitas das vezes tendemos a nos enclausurar por um medo sem explicações, que de forma tendenciosa aspira em modificar as coisas para o nosso próprio comodismo, ou, para que nada seja alterado dentro desta “zona de conforto”. E a verdade neste ponto é a de que nunca nos libertaremos ou mesmo o observaremos em seu cerne, por que, não podemos encontrar uma cura para aquilo que não conhecemos. E, é aqui que o Mestre se faz presente.
Então colocando a ponta de seu athame voltada para o coração dele, disse: “Ó tu que te encontras no limiar entre a terra aprazível dos homens e os domínios dos senhores temerosos do espaço cósmico, tens a coragem de realizar a prova? Pois digo a ti, certamente, seria melhor ser trespassado por minha arma e perecer desgraçadamente do que realizar a experiência com medo em teu coração.” GARDNER, Gerald Brosseau. ‘Com o Auxílio da Alta Magia’. Madras. Pg.225-226.
FONTE: WESTERNMYSTERY.TUMBLR.COM
A figura do mestre delineia a passagem das maiores importâncias da Arte: os Segredos. Ele pontifica àquilo que a tradição resguarda, pois através do mesmo a tradição vive, ela segue sua existência. Neste a egrégora se efetua. A faca de cabo preto é posta sob o coração do candidato que aflito trepida, resseca, e decidi. Naquele momento o que é plantado em seu coração através da arma do Mestre, é a semente da verdade, pois através dela, as ilusões se dissolvem e, a ignorância e o vazio operam. Enfim a vendas se desfazem, as cordas se desfazem, as ilusões se desfazem. A torre rebenta e a morte acalenta.
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QUADRO: OS FAVORITOS DO EMPERADOR HONORIUS AUTOR: JOHN WATERHOUSE
Treinamento, Iniciação e Crescimento na Antiga Arte por Mario Martinez
Mas o que vemos geralmente é um vasto oceano de uma cegueira que não deixa nenhum espaço para uma busca espiritual Qualquer um que comece a caminhar verdadeira. Muitas pessoas procuram por pela trilha rumo à Iniciação perceberá que um Coven Tradicional, mas como pessoas está percorrendo um caminho sem volta, comuns, ainda estão procurando por ocuuma aventura arriscada e perigosa. Digo pações mundanas, voltadas para se manisso porque trata-se de uma trilha que terem ocupadas para fugirem do vazio inempurra o estudante para a frente e para terior em que estão mergulhadas. Pessoas cima, e quanto mais alto a pessoa sobe, comuns fingem o tempo todo porque no maior é a possibilidade de cair. O objetivo fundo sabem que continuam se movende uma Iniciação é tornar a pessoa mais e do nesta vida mecanicamente. Sabem que mais desperta, mais e mais consciente de tudo será exatamente igual, dia após dia: si mesma e do mundo que a cerca. acordam pela manhã, trabalham, comem, fazem amor, brigam, discutem, Entretanto, quanto mais uma a consciência, dormem, para no dia seguinpessoa se torna consciente, maior será o perigo a que estará uma vez atingida, te fazer tudo igual, esperando a morte chegar. A vida dessas exposta. Quando algum estudannão pode ser pessoas é o corredor da morte. te tem um insight, quanto mais
perdida consciente ele ou ela se torna, A maioria sabe que deve percebe que agora não existe neexistir alguma coisa a mais do que uma nhuma possibilidade de volta. É impossível vida vazia arrastada em direção à morte retornar, porque a consciência, uma vez e não se conforma com isso. Porém essas atingida, não pode ser perdida, não pode pessoas não são religiosas apenas porque ser esquecida ou desaprendida. Não tem frequentam as reuniões de uma igreja local volta. 20
QUADRO: PANDORA AUTOR: JOHN WATERHOUSE
Como líder de Covens por mais de 25 anos, observei com atenção os que procuram por uma Iniciação. A maioria chega com os olhos brilhando de o que acontecerá esperança. Querem saber o que acontecerá depois depois da que se tornarem Iniciados. Iniciação Infelizmente a questão só existe devido ao medo e à cobiça. Deve ser por isso que as religiões de massa fazem tantas promessas, acenando com uma visão do Paraíso. Aqueles que chegam procurando por Iniciação também estão sedentos de promessas, de certezas e se essas promessas forem incentivadas, serão como uma barreira quase intransponível e na maioria das vezes a Iniciação não acontece. Uma promessa desse tipo será uma promessa para a ambição, para a cobiça dessas pessoas.
QUADRO: MIRANDA E A TEMPESTADE AUTOR: JOHN WATERHOUSE
ou mesmo um Coven de Bruxos. Pela minha observação, essas pessoas fazem isso por hábito, como se mais uma ocupação mental pudesse realizar milagres.
A pergunta “o que acontecerá depois da Iniciação” é um esforço mental de sobrevivência, quando na verdade tudo o que resta após uma Iniciação é “nada”, uma vez que o antigo Dedicado deixou de existir, não está mais lá. Iniciação requer confiança. Essa é uma questão muito difícil, porque desde a infância as pessoas aprendem a desconfiar; as crianças são educadas de tal forma que não podem confiar. Antigamente isso era possível, mas atualmente não. Creio que uma das razões disso seja o número enorme de charlatães posando de Iniciados e que não tem qualquer escrúpulo de enganar os outros. Porém a menos que a pessoa confie incondicionalmente, nada é possível. O maior desafio que o buscador enfrenta é a necessidade de abandonar sua velha vida, o que chamamos de entrega. A dificuldade não é abandonar esse passado, a dificuldade está em querer abandonar esse velho “eu”. As pessoas estão tão ligadas, tão a necessidade de familiarizadas com esse abandonar sua “eu” antigo, que têm velha vida medo de deixá-lo. Todos gostariam de ser felizes, mas têm medo. As pessoas simplesmente não têm coragem de ser felizes. Já viveram tanto tempo como sonâmbulos que ir para o desconhecido é uma dificuldade.
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O que acontece é que a maioria das pessoas não quer abrir mão do velho, mesmo que o velho seja uma vida de dores, misérias e infelicidade. Um caso típico, que acontece muito é do buscador que começa a trilhar o caminho para a Iniciação, mas com o passar dos dias e meses, cede aos antigos condicionamentos e grita: “quero minha vida de volta!”, mesmo que seja uma vida miserável. Felizmente todas as eviSer aceito dências indicam que a Bruxaria Medieval, da qual soem um Coven mos herdeiros é, como os Tradicional não antigos Mistérios, trigradá a ninguém dual. Assim os professores têm tempo de sobra para garantias observar os buscadores, verificando se os mesmos são Pessoas Apropriadas para a Iniciação. Ser aceito em um Coven Tradicional não dá a ninguém garantias de que receberá a Iniciação. Outro ponto que requer muita observação baseia-se na abordagem com que os buscadores encaram a vivência ou a experiência com os Deuses. Muitos buscadores pretendem receber respostas lógicas sobre a natureza dos Deuses. Esses buscadores querem saber mais a respeito dos Deuses, e então caem novamente no terreno mental, porque “saber mais” é apenas informação. Alguns buscadores me disseram que se sentiam muito frustrados com essa expectativa do encontro com os Deuses, e temiam que isso abalasse seu crescimento na Arte. Na verdade de que crescimento eles estão falando? Esses buscadores estão esperando algo, eles têm expectativas e isso é um resquício, um vício trazido de outras religiões baseadas em promessas no futuro. O que muitas igrejas vendem, é que você encontrará Deus no Paraíso, após a
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morte. Na Arte você pode encontrar os Deuses agora mesmo, não precisa esperar. Basta morrer para o seu velho “eu”. Espere, e sua vida será um inferno. Os buscadores deveriam Estou falando vir para a Arte com outra mentalidade, com uma sobre uma abertura real. É isso que responsabilidade causa o crescimento e durante todo o tempo de perene treinamento a pessoa será orientada para aprender e crescer. Estou falando sobre uma responsabilidade perene, e que não acaba nem após uma Elevação de 3* Grau. O que se espera daqueles que finalmente foram iniciados é que de agora em diante se preparem para serem líderes dos seus próprios Covens e defendam a Arte quando for necessário.
FONTE: FLORESLIVROSELUA.WORDPRESS.COM
Essa abertura real só vem quando o estudante se rende e essa rendição deve ser total. O que chamamos de fé na Arte, é o resultado dessa abertura total, e a fé é um requisito essencial para a iniciação. Ela acontece através da vivência no treinamento, da vivência com a Canalização dos Deuses, uma experiência viva, muito diferente da crença ignorante. E como nós, Iniciados, somos todos crianças da Deusa, podemos ter uma relação calorosa e próxima com o Deus e a Deusa.
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bém fala da nudez como fonte necessária a prática da bruxaria. Bem, ambos permitem ao bruxo realizar a magia. Assim, através da autoimposição de meu caráter em trabalho e, da minha nudez exalando a energia gerada, posso conseguir o que quiser.
QUADRO: LILITH AUTOR: JOHN COLLIER
Quando eu danço no Círculo a única ideia que mantenho comigo é que aquilo que eu quero que seja concretizado. Estou me abrindo ao poder emprestado e com ele consigo seduzir pelo amor e pelo meu próprio corpo o poder da criação. E, como Alta Sacerdotisa, posso mostrar ao Deus Cornífero a minha mais elevada vontade.
A sedução por Arida Diana
Posso através do olhar imantar objetos, e atrair olhares. Posso, através das minhas palavras, falar pelos Deuses sobre o romantismo da bruxaria. Posso permitir que Eles sintam pelo toque das minhas mãos. Posso conduzir um homem à loucura pelo passo de minha dança. Mas sem o meu poder de sedução, nada é possível. A minha sedução está exatamente aonde eu a encontrei: em mim mesma. O meu interior tem que ser tão virtuoso a ponto de emanar aos outros esta alegria.
Eu só pude encontrar a mim mesma, quando eu parei de me culpar, de me casQuando entro graciosamente nua no trar, de me ignorar, de me enganar. Assim, Círculo, numa noite de Lua Cheia, uma o que havia de melhor e mais bonito em de minhas maiores intenções pode ser a mim que é o prazer dos deuses, a fonte da sedução. Claramente e, não tão diferente, ‘juventude eterna’, pôde se aflorar e conposso afirmar que em segundo lugar está tagiar os outros em meu caminho. Bem até minha apreciação pelo Ofício Sagrado. os tímidos sabem seduzir. Sabe aquele momento em que queremos alguma A Sedução na Bruxaria é tudo. a fonte da coisa, que nada mais importa e Ela envolve não só o físico, mas você faz o possível para alcançá‘juventude as palavras, os gestos, o jogo. este momento é o momenUma vez desejado alguma graça, eterna’ pôde se -lo, to esperado da sedução. Como todos se movem para conquisaflorar vamos convencer a nós mesmos tá-la. Existe um processo imsobre o que queremos? Como portantíssimo na formação do vamos conseguir conquistar os outros ou bruxo que é a sua personalidade mágica, algo que almejamos? Apenas pela sedução, desenvolvida a partir do autoconhecimenpelo amor, pela luta incessante do nosso to e de seu controle do ego. Gardner tam-
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QUADRO: MINHA DOCE ROSA AUTOR: JOHN WATERHOUSE
mais importante em mim para fazer a magia nascer.
ser. Seduzir é um ato de beleza e jovialidade. Não é como citam alguns dicionários, indicando-o como a indução ao mal ou ao erro por meio de artifícios. Ou ainda, uma desonra que desencaminha uma pobre donzela, usando de encanto ou promessa. Seduzir é traduzir em poesia a bruxaria. É encantar por amor. É conquistar algo por magia, por encantamento do ser. Com a sedução podemos curar, abençoar, e garantir boas colheitas, mas, também, claro, podemos amaldiçoar e condenar qualquer um à sua mais pura perdição.
O uso de técnicas como o conhecido ‘glamour’, ou magnetismo pessoal, é uma importante forma de magia, pois ele amplia nosso poder pessoal. Foi me ensinado que o poder é emprestado e que na Wica, que é uma religião de polaridades, exige-se uma troca. Foi aí que compreendi algo sobre a sedução. Aqui, o poder de sedução é importantíssimo, por que, estamos desenvolvendo o que há de mais bonito em nosso gênero. O outro, o meu parceiro, precisa estar atento ao jogo e se entregar a sedução para que a magia se efetue. Existem treinamentos para conseguirmos aflorar o nosso poder.
Nós, quando apaixonados ou desejosos por algo, nos entregamos por inteiro. Este é o processo da Magia. Um engrandece o outro. Existe uma troca de energias, de poder, quando existe o jogo da sedução. Existe um desafio. Estando envolvidos na sexualidade da magia, no comprometimento e no companheirismo, podemos gerar através do carregamento de nossas forças emocionais/sexuais/mentais um Tratando-se de uma arte sacerdotal, a sedução não é aqui a sedução não poder tão forte que realizamos um ato de magia por puro magum ato vulgar, é um ato nobre é aqui um ato netismo. Embora precisemos de e pode significar a exaltação de muito treinamento para isso e vulgar todas as boas virtudes do nosso onde mais uma vez se torna imser, feminino ou masculino. Para prescindível a presença do meseu ser uma representante da Deusa, eu tre, levamos tempo para aprimorar nossas não precisava apenas da humildade de me qualidades mágicas. Com isto, muitos erconhecer de forma humana, reconhecenros podem surgir no caminho, em princido minhas imperfeições. Para eu ser uma pal, quando tentamos de forma desregrada representante da Deusa, tinha que me torconquistar a tudo e a todos. Pode ser penar a mulher ‘perfeita’, aquela que traz a rigoso o uso de determinadas forças, e se alegria ao coração do homem. Eu tinha que o nosso ser ainda não atingiu determinada ser misticamente sedutora. Deveria reflematuridade, pode ser tentado a usar do seu tir a face oculta da lua e com os meus feimagnetismo pessoal e do seu poder de setos e exemplos seduzir a humanidade. Tedução para manipular pessoas ou situações ria que conhecer o desejo do outro, assim que lhe favoreçam. O mestre tem sempre como os mistérios da vida. Eu teria que que ficar atento a este tipo de desarmocantar a beleza da criação e usar o que é
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nia para corrigir e colocar o seu discípulo em contato com virtudes mais elevadas, e, com a humildade necessária ao sacerdócio. Não somos submissos, mas, temos um respeito muito grande pelos nossos mestres, pois eles foram os primeiros a nos encantar pela sua dedicação ao caminho. É importante que o mestre conduza a dança e que o discípulo aprimore os passos neste caminhar.
O homem, por outro lado, é o sedutor, o senhor da dança espiral que representa o Deus Cornífero na sua face de Senhor da Fertilidade. Ele é o que inspira a música da criação, que levanta sua lança e conduz todos à Magia. É o senhor viril, o consorte da Deusa, seu cúmplice, que movimenta as forças cósmicas da criação e geração da vida e da poesia de nossa Arte. Como casais perfeitos, os sacerdotes seduzem um ao outro para completar a dança mística da vida, mantendo o equilíbrio de todo o firmamento. No universo do Círculo, a sedução se revela pela dança mística, pelas forças das polaridades, pelo perfume de nossos óleos, pelos sussurros de nossa magia, pelo açoitamento caloroso de nossa carne, pelo prazer de nossos corpos, pela verdadeira oração no altar e pela embriaguez mística de nosso vinho.
No universo do círculo, a sedução se revela pela dança mística
Outro fator interessante é que ao desenvolver meu gênero, consigo me encontrar e me tornar melhor. O papel da mulher no sacerdócio é ser a “mulher perfeita”, no sentido místico e esotérico de alcançar a divindade feminina. Como representante da Deusa e Sacerdotisa do Deus e, consequentemente sua consorte, ela é a mulher fatal citada nas inúmeras leituras de todas as eras. Ela é o exemplo para todas as seguidoras, e, é a amante incansável do Divino chifrudo.
QUADRO: LAMIA AUTOR: JOHN WATERHOUSE
Existe poesia na Wica, assim como existe poesia na natureza. Tudo o que é saudável, dança conforme a música da criação. Gardner era um apaixonado pelas mulheres, pela beleza mística e nata que elas possuem. Suas Altas Sacerdotisas eram e são pessoas com grande poder e beleza. Todas possuem um ar de juventude eterna, capaz de magnetizar a tudo e a todos. Elas têm que possuir o dom de inspirar o coração do homem. Quem já ouviu a voz de uma alta sacerdotisa como Crowther cantando, ou, Louis encantando-nos com suas viagens em companhia do nosso querido Scire, ou, mesmo, Monique com sua força de expressão visível em fotos nos jornais de seu tempo. Mario Martinez fala da beleza que ela tinha quando ele entrou no antigo caminho, e era o mesmo tipo de beleza que acompanhava a sua iniciadora: aquele poder legado a uma candidata à soberania
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QUADRO: A SIRENE AUTOR: JOHN WATERHOUSE
do, o Senhor da Fertilidade, do amor físico e sublime, que me conduz ao mundo dos deuses, e me faz sentir àquele prazer que inunda a minha alma e ilumina meu espírito. Juntos como casal místico, podemos ser um para o outro, a essência da existência.
no Círculo. Quantas vezes pude perceber nas palavras da Lady Cibele a delicadeza romântica e profunda das águas como o próprio oceano, que permite que toda a natureza flua e que toda a magia se realize.
Na magia, todo ato de amor e prazer são rituais. Assim, eu pude reconhecer as palavras da carga em cada ritual vivenciado. Poder encontrar a beleza em todas as formas da natureza expressadas de maneira verdadeira e única, é um grande desafio. Não somos pessoas com corpos esculturais, e tão pouco conheço ‘Don Juans’ na Wica. Somos pessoas normais e saudáveis, que respeitam os seus corpos porque estes são as verdadeiras fontes das divindades, e com eles podemos ser na grandeza de nossas mentes como deuses. Nunca encontrei pessoas deprimidas e recalcadas entre os Wica, porque nosso trabalho vai além do autoconhecimento e da valorização da vida, seja ela como for. Valorizamos o que há de mais belo em nossos iniciados e os estimulamos a representarem esta força viva com grande amor. Ensinamos o poder místico de encantar, de seduzir, de sermos humanamente merecedores do amor divino e de viver.
Nos mistérios masculinos pude reconhecer o poder avassalador do Deus nos sacerdotes da minha tradição. Inúmeras vezes balancei com a força do magnetismo do Deus em minha presença. Quantas vezes nós mulheres suspirávamos desejosas pelo poder mágico e sedutor de nossos Altos Sacerdotes, aguardando para sermos a sua escolhida. Gardner, por exemplo, deveria ter sido um homem fascinante e um Alto Sacerdote grandioso e contagiante, dotado de um maravilhoso senso de huValorizamos o mor. Vários outros mostraram o seu valor e sua força masculina que há de mais inspiradora, capaz de fertilizar belo nossos sonhos. Quantas vezes pude sentir no olhar sedutor do Alto Sacerdote Mário a força primordial da criação, e aquele poder antigo emprestado por merecimento, infinitamente latente em seu ser, que nos conduzia à dança da vida. Quantas vezes pude, desejosa e seduzida, olhar para o meu Alto Sacerdote Baco Líber e perceber que ele é simplesmente a força do Deus Chifru-
Viver é um grande ato de sedução. Estamos em busca de nossa própria evolução e desejamos atrair seja pela magia ou pela vida, a síntese expressiva de nossa existência.
Estamos em busca do amor e da plenitude. E para acessarmos tal, precisamos antes nos entregar a nós mesmos e ao nosso verdadeiro caminho. Precisamos comer e degustar com todo imenso prazer, a fruta proibida em nosso ser e nos abrir à verdadeira existência prazerosa e divina da sedução.
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wica e seus dogmas “O Superior é como o Inferior”
por Callíope Berkanna O mundo físico é um reflexo de uma dimensão não-física superior (um mundo superior), ou seja, o que está abaixo é igual ao que está acima, e o que está acima é igual ao que está abaixo. Tudo o que existe no mundo físico já foi uma forma de energia em um Plano superior essa forma de energia sutil fica mais densa à medida que penetra no plano físico. Como meu Alto Sacerdote Baco Liber diz, “um prédio um dia foi um pensamento”, e compreender o processo que torna um desejo realidade é o primeiro passo para compreender o significado do próximo Dogma do qual vamos tratar: “O Superior é como o Inferior”. Dizer que o que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima demonstra a relação entre Leis e
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Fenômenos presentes nos vários planos de existência. Esse também é um dos pontos mais importantes para se trabalhar Magia, pois se relaciona ao ato de desejar. O desejo é condensado desde os pontos mais sutis até se materializar nos mais densos. Não se trata de desejar bem ou mal, apenas desejar. E Bruxo que não deseja, não é Bruxo, não opera Magia. Desejar é uma Arte, e saber desejar também. Uma das coisas que eu aprendi, e me disseram uma vez,foi: “cuidado com o que você deseja, já que poderá conseguir”. Mario Martinez
Antes de falar das correspondências existentes entre os Planos, é bom elucidar um pouco que Planos são esses. Todos nós, em algum momento, já ouvimos falar de outras dimensões, de planos misteriosos. Atualmente, após a disseminação do pensamento cristão no Ocidente, o con-
ceito de Planos Sutis de Existência se perdeu. Porém esse é um conceito primário entre as Escolas de Ocultismo além de fazer parte das próprias Leis da Natureza, presente há muito tempo nos escritos de Hermes Trimegistro, no Antigo Egito, e entre outros.
de energia sutil. Toda manifestação física origina-se nos planos mais sutis, se tornando mais densa à medida que penetra nos planos mais inferiores, até se materializar no plano físico.
As divisões atuais dos Planos variam de acordo com Tradições e crenças, sendo importante ressaltar que tais divisões são artificiais e arbitrárias, porém muito úteis para facilitar o estudo de algo que não deve apenas ser entendido, mas vivenciado e absorvido. Os Planos são formados e se densificam de maneira descendente, do mais sutis para os planos mais densos.
Patrícia Crowter diz, em seus estudos sobre os Planos, que “os Planos Internos estão ligados com os fenômenos naturais; que cada um deles é composto de quantidades etéreas de um elemento: Água, Ar
O Plano Físico é a dimeno Plano Astral são das formas, densidades Os Planos de Existência também e composições materiais. O também sofre podem ser chamados de DimenPlano Astral é o plano das influência de sões Ocultas, e são metafísicaforças sutis, e sua energia, ou mente observados nas Tradições planos superiores “unidade palpável” pode ser Misteriosas da Wica como dimenmoldada por nossos pensasões paralelas, que podem existir tanto em mentos e emoções. Como “o que está em um microcosmo quanto em um macrocoscima é como o que está embaixo”, o Plamo. Inicialmente, eram conhecidos como no Astral também sofre influência de platrês planos, Alto, Médio e Inferior. Com o nos superiores, de maneira que o desejo passar dos anos esta divisão sofreu diverque nele projetamos fica à disposicão da sas alterações, e as Dimensões foram se aprovação de Seres Superiores, para então redividindo até alcançarem inúmeras frapassar pelos planos sutis, ser densificado e ções dentro de um mesmo Plano. concretizado no Plano Físico.
Nós vivemos no Plano Físico, o plano da matéria, da Energia densa. Alguns dos demais planos são reflexivos no Plano Físico e todos recebem influência deste. Assim, quando dizemos que “o que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima”, falamos dessas influências dos planos. Aquilo que acontece nos planos superiores irá refletir nos inferiores e o que acontece nos inferiores irá refletir nos superiores, como em uma reação em cadeia. Então é possível afirmar que o mundo físico é um reflexo do mundo superior e tudo o que existe aqui existiu antes como uma forma
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ou Fogo; e que eles estão posicionados nessa sequência e refinamento do Plano da Terra. Em outras palavras, os Planos Internos (ou até onde os conhecemos) são um reflexo desses três elementos em seus mais sutis e finos estados.” É interessante constatar que para modificar algo em outros planos vibracionais é necessário sermos capazes de também modificar o nosso padrão vibratório. Devemos nos ater a uma linha de pensamento ligada à influência dos Elementos. O Ar reflete nossa mente, o Fogo, nossa vibração energética, a Água, nossos sentimentos e a Terra, nosso corpo denso.
limiar entre eles. Ainda assim, tais dimensões não são tão facilmente acessadas. O treino para conseguir tal alteração não deve apenas refletir em corpo e mente, mas em espírito, e isso não acontece do dia para a noite. Por isso o treinamento e acompanhamento dentro de um Coven Tradicional são tão importantes.
QUADRO: AS PARCAS AUTOR: GOYA
Afirmar que “o Superior é como o Inferior” não os iguala. Os Planos Superiores são como os Inferiores, mas não são iguais, nem semelhantes. A matéria não é igual ao espírito, o céu não é igual à terra, o fixo não é igual ao volátil. Ostara é como Mabon, mas Ostara não é Mabon. Em Ostara Então, sendo o indivíduo um se planta, em Mabon se colhe. São microcosmo, e os planos que o A matéria não análogos e complementares, o que cercam um macrocosmo, lemse faz em um reflete no outro, o que é igual ao brando que o Superior é como se planta em Ostara é colhido em o Inferior; devemos, para afetar Mabon. Se não houve plantio, não espírito o físico, trabalhar nossa mente, haverá colheita. Há harmonia entre que refletirá na nossa energia vibracional, eles. Ao mesmo tempo um é o outro e refletindo nos nossos sentimentos e, fiambos são tão diferentes, um está acima e nalmente, no nosso corpo físico. Ao fazer outro está abaixo. isso, através de técnicas específicas para Este Dogma também reflete a maneira esse fim, teremos uma alteração energécomo os Wica se relacionam com as Ditica/vibracional suficiente para afetar os vindades. Se “o que está em cima é como Planos Sutis e nos transportar através do
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o que está embaixo”, não há uma relação rígida entre as ovelhas que precisam ser salvas e o deus-pai-todo-poderoso. É uma via de mão dupla, o desejo trabalhado magicamente no plano físico deve atingir os planos mais superiores e se submeter à aprovação dos Deuses, o que possibilita sua materialização no físico. Trabalhar magicamente de modo a tornar nossas vontades a Vontade dos Deuses é o ponto de convergência que possibilita a concretização dos desejos. Existir, manifestar pensamentos e desejos é em ambos, no Inferior (nós) e no Superior (os Deuses), uma realidade e um privilégio. Se algo vai mal, há aflição, medo e suas conquistas são rebaixadas a zero, é sinal de que você não está servindo bem aos Deuses, pois não há como ter aqui uma conexão, apenas para receber, e não doar-se. Para se crescer no plano físico também é necessário crescer no plano espiritual. Para que ocorra uma mudança no macrocosmo, primeiro é necessário que ela ocorra no microcosmo. É necessário cessar os apegos aos desejos ignorantes, frear o desejo de reter, segurar, controlar, e então desenvolver disciplina e virtudes, se deixar “mergulhar e desaparecer” nos Deuses e cumprir a lei oculta que diz “eu desejo aprender de modo a servir”.
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trumentos bélicos para ataque e defesa. A cada metal descoberto, ao contrário de pedras e paus, descobria-se também novas formas de trabalhá-la, sua técnica de fabricação evoluía, além de poder moldá-la em diversos formatos com eficácia e durabilidade superior aos antigos instrumentos, ganhando cada vez mais significados e usos através dos tempos.
Instrumentos do Ofício A Espada Mágica
por Artemis Absinto Desde as lendas imemoriais do passado às verídicas histórias, por sobre povos e eras, este fálico instrumento povoa as mentes mais adversas da humanidade. Presa em pedras ou submersas em lagos ermos, elas sempre fizeram parte de nossos caminhos. Reservada apenas aos de alto escalão na Idade Medieval, as Espadas, sempre foram “a menina” dos olhos de qualquer guerreiro.
O simbolismo da Espada foi, portanto, atrelado à guerra e a dominação e da mesma forma à virilidade do homem. As Espadas representavam para seus possuidores todas as características que eles queriam elevar perante sua própria tribo e perante seus inimigos, características como habilidade de raciocínio, força física e até mesmo proteção espiritual. Além do simbolismo bélico, a Espada tinha também a função de distinção social nas sociedades ocidentais europeias que se formaram no início da idade média, os guerreiros estavam no topo da pirâmide social e eram representantes da nobreza. Para os povos germânicos, a espada era símbolo de poder e majestade, e entre os celtas a espada de um rei deveria ser enterrada junto a ele.
“O tempo trouxe a Espada às práticas ocultas em todas as partes da antiga Europa, visto por seus óbvios simbolismos, ou mesmo pelo seu poder intrínseco, esta foi assim capaz de controlar manifestações espectrais, ou separa o véu entre os mundos de um Círculo de Poder” como contesta Baco Liber em seu artigo “A Espada”. HP Baco Liber – A Espada Evan John Jones afirma em “A Espada e a Maldição”, que a inclusão da espada entre O surgimento da Espada está atreos símbolos do coven não é lado a uma evolução tecnológica, a muito antiga. A Espada era uma habilidade de moldar metais. Devido A Espada era arma da nobreza, e ficaria um à descoberta do uso dos metais e a tanto deslocada nas mãos de necessidade de proteção por par- uma arma da um membro de coven que não te das tribos, os mesmos acabaram nobreza possuísse tal nobreza. Como os sendo dedicados à confecção de ins-
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perigos de serem identificados como heréticos era iminente, sendo que o grupo geralmente se reunia à noite em algumas épocas do ano, caso um camponês fosse apanhado com uma espada certamente levantaria suspeitas, o que era extremamente evitado pelos membros da Fé Antiga.
Alto Sacerdote deseja formar um coven, após ter saído de seu coven de origem. Ele deve primeiro treinar a mulher e iniciá-la na Arte para que os dois trabalhem juntos. Contudo, exatamente nessa etapa, haverá duas alternativas. Ou a iniciação pode se dar em seu coven de origem, com todos os seus professores presentes, ou então pode se dar com ele mesmo criando um Círculo (como foi o caso da Patrícia Chrowter e outras sacerdotisas de Gardner). Depois dessa fase, a nova iniciada poderá erigir o Círculo com seu athame em toda ocasião que for necessário. E quando essa mulher completar o Segundo Grau, ela receberá automaticamente a permissão para usar a Espada Mágica.
Dentre os metais que foram descobertos com o passar das eras, o ferro foi o que melhor demonstrou o magnetismo como propriedade, sendo assim visto como um ótimo acumulador de energias vitais. Conforme dito na edição BTW de Litha, “o ferro era considerado um presente dos Deuses, pois ‘caía do céu’ através dos meteoros. Dessa forma é tido como um elemento de ligação entre os Planos, entre o mundo dos homens e o reino dos DeuCada instrumento do ofício está atrelado ses”. Ao utilizar instrumentos de ferro, a a um respectivo elemento, e assim como Bruxa realiza essa ligação entre o Athame, a Espada enfatiza o eleos Planos, abrindo um portal de a Espada é mento AR e consequentemente ao comunicação. Por isso a Espada intelecto, o amanhecer, o nascer, uma arma de Mágica é forjada de ferro e o Círo surgir, o saber. Assim, a Espada culo é traçado com ela. Quando discriminação é uma arma de discriminação, de se abre o Círculo, há uma ação vontade atuante, do movimento, nos planos desde os mais densos aos mais tudo aquilo que é ligado à mente. É a força sutis, e a Espada serve como uma proteção vital, a respiração e a inspiração do unie um delimitador de fronteiras entre esses verso, o que proporciona o movimento planos, uma forma de mostrar que iremos da terra através dos ventos, das nuvens e operar magia e que iremos atuar com resgrandes correntes que varrem os campos. ponsabilidade e destreza. Ela é o símbolo do pensamento conscienA Espada é considerada um Instrumente, da ética e da justiça. Sua relação com to de Coven, não sendo necessário que o elemento AR é o que permite “cortar” os membros a possuam individualmente. os planos separando o véu entre os dois Como todo instrumento do Ofício, seu mundos e assim abrir um Círculo de Poder poder está atrelado ao bruxo que a manecapaz de se localizar tanto no plano físico ja, sendo a Espada um instrumento maniquanto no plano etéreo. É um instrumento pulado em sua maior parte pela Alta Sacersagrado e deverá ser utilizado apenas dendotisa devido ao seu grau de instrução e tro do círculo mágico para que seu poder pela forma como trabalha as energias, ennão seja perdido ou profanado. Como Matre outros aspectos revelados apenas aos rio Martinez pontua, “usar instrumentos iniciados. Patrícia Chrowter nos esclarece mágicos em ocasiões profanas, sempre foi em seu livro “Mundo de uma Bruxa” que visto nos meios iniciáticos como uma dea exceção para a manipulação da Espada gradação do próprio instrumento”. não ser feita por uma mulher é quando um
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intelectual. Ao longo do seu desenvolvimento, e refinamento, o hominídeo aprimorou suas técnicas intelectuais para: medir, contar, construir e destruir, observar o movimentos dos astros celestes, definir os ciclos, conhecer as ervas que curam, registrar o conhecimento na escrita, lutar, etc... A ciência percorreu seus caminhos até a modernidade e seus avanços atingem complexidades que podem ser difíceis para todos entenderem, mas são nada mais que um modo de fazer tudo o que, basicamente, a ciência do homem sempre fez: medir, construir, observar ciclos, curar, registrar, etc...
Arte e Ciência por Brutus Lobão Que relação podemos compreender entre nomes de significados aparentemente tão opostos, como a ciência e a bruxaria, a Arte dos Sábios?
Agora quando falamos da Arte dos Sábios estamos nos deparando com um terreno no qual nunca se poderá entrar por meio da tecnologia intelectual humana, ou ciência. Além dos limites da visão e da mensuração, dos limites do pó separando e reunindo-se, de toda cura e conhecimento, há beleza irresistível, força incompreensível, amor e sabedoria agora, e o ruir das ilusões e a manifestação da verdade. Os Wicas são sábios, que, Iniciados no Círculo Mágico, vivem a experiência transformadora com os Deuses Antigos, Cósmicos, tornando-se seus sacerdotes no culto de amor, morte e renascimento num novo corpo, o Culto das Bruxas, hoje sob nomeação de Wica Tradicional.
Segundo os conceitos mais comuns a palavra ciência tem ligações com o latim scientia, significando conhecimento, e modernamente envolvido no conceito de método científico, que sistematiza e fundamenta as etapas de experimento e observação para que o conhecimento assim construsacerdotes ído possa ser compartilhado com a comunidade científica e publicado no culto de em periódicos, expandindo e disseminando o conhecimento na classe amor, morte e científica. renascimento Profundamente a ciência sempre existiu no hominídeo, como achados arqueológicos podem sugerir até milhares de anos atrás, e se apresentou sob a necessidade do seu momento, contexto e tecnologia
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A Arte dos Sábios tem como orientação do seu Trabalho o culto aos Deuses Antigos e o Poder Cósmico da criação, trazidos ao Círculo Mágico pela canalização transcendental da Deusa da Lua e das Estrelas, do prazer, do amor, e do renascimento, e do Deus de Chifres, Caçador Noturno, a Morte e o Doador da Vida, no Círculo Mágico. Esse Trabalho não pode ser medido com uma corda, ou ensaiado como
FOTO: STU JENKS FONTE: MYTHICJOURNEYS.ORG
uma peça teatral, exigindo dos sacerdotes presença no agora totalmente desconhecido, para guiar o discípulo em sua busca espiritual.
práticas das técnicas dos Oito Caminhos, de acordo com seu grau de desenvolvimento, por um Mestre correspondente qualificado, de forma que toda informação e treinamento nesta ciência de trabalhar a Foi desde a publicação do folheto WIalma dos Wicas é transmitida apenas oralTCH por Charles Cardell, em mente, presencialmente, entre sacerdotes gêneros, à Iniciados devidamente 1964, após a morte de Gardner, que pela primeira vez foi sugerino culto de preparados para serem depositódo a existência de Oito Caminhos rios da Tradição dos Wicas, nunca amor, morte e para o Centro. Numa Roda de antes tendo sido revelados publioito raios se condensa a tecnolo- renascimento camente. Assim podemos ver que gia e Ciência da Arte dos Sábios. a ciência, ou tecnologia, da Arte A Roda é o símbolo da transformação da dos Sábios, são Oito Caminhos nos quais vida e da morte. Como moinho transforos Mestres guiam os discípulos no sermando o grão, como timão mudando a diviço aos Deuses Antigos, não podendo reção, como coroa para a cabeça do rei, ser comparado com a ciência intelectual os Oito Caminhos trabalham transformanhumana que antes de estudar a natureza do a espiritualidade dos Wicas, lançando da alma, do interior desconhecido do ser o Iniciado a uma intimidade transcendental humano, e da imanente e transcendental com os Deuses Antigos, produzindo quaextensão dos Deuses Antigos, estuda apelidade espiritual. Esses Oito Caminhos são nas aquilo que se pode manifestar aos seus listados, segundo propostos fragmentos sentidos físicos, desde pedras rolando as publicados do BoS (Book of Shadows/Livro colinas, os colares, os rins, até ideias num das Sombras), desde 1964 (WITCH-Carpapel, completamente distanciados do dell), como: I- Meditação ou Concentrapresente agora, cercados pelas aparências ção; II- Transe, Projeção Astral; III- Ritos, e ilusões mentais, e incapazes de lidar com Cânticos, Feitiços; IV- Incensos, Drogas e o desconhecido e misterioso despertar da Vinhos; V- Danças; VI- Controle do Sangue consciência, que derruba o véu, e revela a e da Respiração; VII- Açoitamento; VIII- O verdade. Grande Rito. Nos deparamos então com o senso coCom esses modos de fazer magia os Wimum de que ciência não se mistura com cas se transformam e se desenvolvem, prereligião, ou espiritualidade. Isto está correparam e purificam suas almas, e se direcioto, no sentido de que a ciência materialista nam ao encontro com os Deuses Antigos. e intelectual não pode lidar com evidências Todo Iniciado é conduzido na Arte pelas espirituais. Para os Wicas, sendo o espírito e a matéria um só, pode-se dizer que a ciência se relaciona apenas com o engano, com a dúvida, a descrença, e o olhar da separação entre a essência do ser e sua manifestação, sendo a ciência do falso; enquanto apenas a Arte dos Sábios, a Arte Real, pode trabalhar com a totalidade da realidade, a essência casada com a manifestação. Sendo a Arte dos Sábios a única verdadeira Ciência.
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Samhain por Lorenna Escobar Samhain marca o final do ciclo, um novo ano recomeça. O que precisava ser colhido já foi, voltamos nossos esforços para repensar as nossas ações, e com aquilo que recebemos vamos desenvolvendo nosso potencial e fazendo um novo começo. Nós Bruxos nos encontramos no rito de Samhain, onde a escuridão é rompida com o brilho da pequena luz que permeia o ambiente. Abrangendo a linha entre o outono e o inverno, a abundância e a escassez, a vida e a morte, o Halloween é um momento de celebração e da superstição, que pode ter se originado com o antigo festival celta de Samhain, quando as pessoas acendiam fogueiras e vestiam trajes assustadores para afastar os fantasmas. Provavelmente
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o “berço” da tradição do Halloween vem da Irlanda, quando construíam fogueiras e onde os adultos e crianças andavam nas ruas dizendo o famoso “tricks or treats”, que traduzindo significa “travessuras ou gostosuras”. Os celtas acreditavam que no dia 31 de outubro os mortos acordavam e saiam de suas tumbas para tomar posse de corpos vivos. Então, para assustar esses fantasmas, os celtas colocavam objetos assustadores como caveiras, ossos decorados, abóboras e nabos com caretas em frente as suas casas. Acreditavam que os mundos dos mortos se misturavam com o mundo dos vivos. Por se tratar de uma festa pagã, foi chamada de Dia das Bruxas, durante a Idade Média, e aqueles que festejavam essa data foram perseguidos e condenados à foguei-
ra, porém, como era uma festa cultural, as pessoas não conseguiam se desvencilhar dessas crenças e a igreja teve que cristianizar a festa criando o Dia de Finados (2 de novembro). O Halloween era mais difundido entre os saxões, que reconhecem essa festa como dia dos mortos. Na Espanha e aqui no Brasil, o dia de todos os santos e finados são respectivamente no dia 1 e 2 de novembro. No México, o dia dos mortos é celebrado dia 2 de novembro, se tratando de uma data importantíssima para todos na região até os dias atuais. Pouco da sua cultura foi perdida, eles oferecem uma festa para os parentes e amigos do morto e distribuem caveiras de doces (de chocolate, marzipã e açúcar).
vazias do que realmente eram essas festas, portanto a essência desses dias ainda sobrevive através dos ritos realizados entre os Wicas.
FONTE: FLORESLIVROSELUA.WORDPRESS.COM
Este é um dia que é comumente chamado como a festa dos mortos, pois é o Assimilamos esse período momento que o véu entre mundos torna-se mais tênue; então é Este Sabá é muito com o inverno, estação dessa feita a comunhão, reconhecemos conhecido como data, a neve branca que varre os campos, ao adormecer da e aprendemos sobre isso, lemterra, onde os animais repouHalloween bramo-nos de nossos antepassasam, as sementes se recolhem, dos. Este Sabá é muito conhecido a Natureza começa a se resguardar para os como Halloween, mas algumas festas despróximos dias. Nesses dias o Sol deixa a te dia são apenas resquícios dos festivais terra e então, devido as grandes incertezas antigos das Bruxas, são apenas lembranças da vida, o medo prevalecia para os antigos, pois não podiam saber ao certo até quando o inverno seria predominante. De nada adiantava plantar, o gado morria de frio; havia a necessidade intrínseca de repensar os próprios costumes, e de se resguardar para novos dias que estariam por vir. Podemos compreender que grande parte dos rituais, nos Sabás das Bruxas, é a base central da religião e se refere aos aspectos da Roda-do-Ano que nos fala sobre os ciclos e sobre as marés energéticas. Os mesmos estão conectados de forma peculiar ao Deus da Wica, o Senhor de Chifres, e onde é expresso os ciclos de morte e renascimento do Deus e do amor e união
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com a Deusa, Senhora da Lua e das Estrelas. A Roda-do-Ano representa toda a inter-relação complementar entre a vida e a morte, o movimento e as passagens entre as estações. O aspecto de morte nesse ritual é predominante, e muito importante para os Wicas, pois eles entendem que sem Morte não haveria Vida. Samhain é um Sabá de reverência aos nossos ancestrais, aos mortos que prenunciam o renascimento. A morte é aquela que oferece descanso, paz e força, que ensina a importância dessa passagem. Muito triste seria se não houvesse a Morte, imaginem estar doente e não poder receber o descanso, estar velho e cansado e não poder obter a paz que ela oferece. Então a morte serve como um conforto, pois esse é um acontecimento certo de nossa vida, ninguém dela escapa, mas sabemos que ela não é o final de tudo. Sabemos que a Arte considera que é ne-
GRAVURA: MEMENTO MORI AUTOR: ALEXANDER MAIR (1605)
cessário um equilíbrio em tudo na natureza, sendo a luz inseparável das trevas, a Morte inseparável da Vida, e a Deusa inseparável do Deus. Então observando esses lados, reconhecemos os mistérios e aprendemos com eles. A Wica como uma religião de mistérios, apresenta na sua teologia a Lenda em que a própria Deusa desce a cabeça ao submundo para desos mistérios da sobre uma vendar Morte, na “Lenda da desestaca cida da Deusa”, ensinando que todas as coisas a Ela pertencem, e que Dela todas as coisas retornarão, ensinando os mistérios do Renascimento. O Deus é representado em Samhain como o Senhor da Morte, chifres e ossos são seus símbolos nos rituais. Geralmente podemos vê-lo como uma cabeça sobre uma estaca ou com flechas cruzadas simbolizando o Deus morto, o senhor sacrificado, ensinando os mistérios da Morte.
GRAVURA: MERLIN AUTOR: ALLAN LEE
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Interessante constatar em vários outros mitos, como no de Ísis e Osíris no Egito,
no mito de Perséfone e Hades na Antiga Grécia, que todos eles são representações em que os mistérios da Morte são revelados. A representação dos simbolismos sobre as Polaridades, Morte e Renascimento estão apresentados de uma forma gritante, mas poucas pessoas podem percebê-los. A Vida sempre prenuncia após a Morte, porém esses mistérios são velados e seus segredos são protegidos, mas eles nos demonstram que podemos encontrar aquilo que buscamos. Na Religião tomamos consciência dos aspectos das Polaridades Divinas e observamos que esse mecanismo se reflete em tudo. A Senhora da Lua e das Estrelas, aquela que concebe a Vida, é um dos títulos conhecidos da Deusa dos Wicas. O Deus é o Senhor da Morte, que doa sua semente em forma de sacrifício. Ele é o poder que dá a Vida, e a União do Deus e da Deusa é a representação máxima do poder da Criação, é a fonte primordial, onde se produz a pedra filosofal, o elixir de cura de todas as doenças e por prolongar a vida por tempo indeterminado. Mas em Samhain o Deus está morto, e nesse período Ele nos revela seu aspecto sombrio, e mostra-nos que a Morte é algo inevitável, e por isso muito poderosa. É nesse momento que podemos nos ligar a tudo e reconhecer o Amor e a Liberdade, pois essas são as dádivas dos Deuses da Bruxaria.
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ESCULTURA: O RAPTO DE PERSEFONE AUTOR: BERNINI FONTE: ART-IN-MOVEMENT.BLOGSPOT.COM
ocultismo
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RAY BONE FONTE: WITCHOFORESTGROVE.COM
Nota sobre os artefatos de poder por Baco Liber
Uma pedra com um buraco no meio, pendurada na cabeceira da cama, impede os pesadelos; ela é por isso chamada de A Pedra da Bruxa, por causa da confusão causada por uma bruxa ou feiticeira que senta-se sobre o estômago da pessoa afligida. Ela também impede que as bruxas cavalguem e, por essa razão, elas são penduradas em chaves de estábulos.
É visível que na Antiga Arte, ou na chamada Bruxaria, simples artefatos se processados por distintos rituais e ou mesmo sob as mãos certas, poderiam se transformar em preciosos amuletos e instrumentos de poder. No velho ofício objetos como a figa, que atraía sorte à seu detentor, e VALIENTE. Doreen. ‘Enciclopédia da Bruxaria’, as conhecidas bolas de bruxas, capazes de p. 342/343 – (versão brasileira) - Madras proteger uma localidade refletindo direEm épocas remotas, e ou tamente os maus augúrios à seu lançador, são exemplos dos conhecidos era comum mesmo nas áreas rurais, era comum encontrarmos ferraamuletos dos Wica. encontrarmos duras dispostas como um ‘U’ Pedras furadas comumente chamaferraduras nas batentes das entradas de das de ‘pedra das bruxas’ eram enantigas casas, pregos como contradas em locais naturais como riachos objetos protetores sempre foram utilizae ou praias, e utilizadas por nosso povo dos pelas bruxas para bloquear certas fordependuradas no pescoço por um fio pasmas de seres indesejados, pois assim como sado no centro deste orifício, o que gaas ferraduras, ambos forjados em ferro, rantia a boa sorte e a proteção aos que eram pregados nos locais de entrada das a carregassem. Valiente descreve que um residências como um meio de proteção. antiquário chamado Grose dizia que: Os Pós Mágicos há séculos vem sendo pro-
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duzidos pelos clãs mais tradicionais de bruxos europeus com a finalidade de afastar forças negativas de propriedades e pessoas necessitadas. Produzidos em sua devida estação e lunação por ervas, cinzas e outros materiais específicos, eles podem ser utilizados para diversos meios mágicos, como a maldição, a intensificação, ou mesmo a fertilidade. Os antigos celtas, assim como certos clãs escoceses utilizavam crânios e certos tipos de ossos animais reforçados misticamente para obterem uma poderosa proteção contra malefícios, os mesmos eram dispostos nas sacadas das propriedades, muitas vezes encaixados sob a bifurcação de uma estaca de madeira, para repelir espíritos nefastos.
locais e ou lacrar suas defesas por toda uma Roda. Linda Gueddes repassa-nos um genuíno relato sobre uma garrafa encontrada na antiga Londres, dizendo: O jarro de vidro foi descoberto a uma profundidade de 1.50 m debaixo do chão por arqueólogos da The Maritime Trust, que preserva embarcações à vela históricas. Como ela estava quebradiça, um Raio-X mostrou alfinetes e pregos presos no gargalo, sugerindo que ela havia sido enterrada de cabeça para baixo. ‘A História Mágica de Londres Arrolhada Numa Garrafa de Bruxa’ Do site Newscientist. com
Feixes de trigos e ou mesmo espigas de milho eram trabalhadas para assegurar a fertilidade nas colheitas e muitas vezes trançadas como um sortilégio distinto para atrair o fortuito de suas divindades. Óleos, poções e sangrias convenientemente eram manuseados em certas épocas do ano e das luas para provocarem a gravidez das jovens, ou a boa aventurança aos guerreiros em viagem. Antigas Altas Sacerdotisas controlavam o retorno do morto ao clã através de poções ofertadas ao moribundo antes de seu óbito. Desde o século XVI, em garrafas e pequenos saquinhos, bruxas acumulavam ‘especiarias’ como raízes, cordas em nó, e agulhas tortas para encantar
Altas Sacerdotisas controlavam o retorno do morto
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GARRAFA ONDE FOI ENCONTRADA E O RAIO-X FONTE: OPHIDICUSNATURA.BLOGSPOT.COM
A palavra “encanto” é geralmente aplicada a esses pequenos amuletos de prata e ouro; mas essa palavra na verdade deriva do latim Carmem, uma música, e originalmente significava o encantamento que era cantado sobre o amuleto ou talismã para consagrá-lo e dotá-lo de poder mágico. A palavra acabava sendo transferida para o objeto em si, que tinha sido “encantado”.
QUADRO: SACRÍFICIO À VESTA AUTOR: GOYA
Objetos mágicos foram encontrados em todos os locais da antiga Europa com diversas finalidades mágico/religiosas, que em sua maioria, a bruxa, sempre fora tida como sua produtora. O encantamento produzido nestes objetos ‘especiais’ assegurava-lhe o poder produzido para um determinado feito. Sob este aspecto o amuleto, agia mágica e fortemente na mente e aura de seu operador e de seu receptor, ativando o necessário para sua eficácia. Muitos destes eram cunhados por ferreiros/bruxos em metais preciosos como ouro e a prata, na forma de anéis, colares, broches, brincos, gastões de bengalas e braceletes, disfarçando-os em objetos comuns, contudo, valiosos além de seu simples contexto físico. Valiente novamente comenta que:
VALIENTE. Doreen. ‘Enciclopédia da Bruxaria’, p. 42 – (versão brasileira) - Madras
Cecil Williamson, colecionador primário do acervo do antigo Museu de Bruxaria da Ilha de Man (futuramente transferido à Gardner), deu, no início dos anos cinqüenta, abertura à uma exposição ímpar de artefatos e amuletos mágicos oriundo do ofício das Bruxas. Deixo abaixo, alguns bons links para o deleite de vocês: Witchcraft Museum in Boscastle, Cornwall: http://www.museumofwitchcraft.com/about_mow2.php http://www.museumofwitchcraft.com/index.php http://www.witchcraft.co.uk/boscastle.htm
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Plantas e Amuletos de proteção
por Simone Abraços Os Gregos acreditavam que as Ervas e as Plantas eram presentes Divinos – verdadeiras fontes de Cura, Proteção e Beleza - e como tais, seriam pontes de ligação entre os Homens e os Deuses. Sábios Gregos... Encontramos uma grande quantidade de informações sobre a utilização das Propriedades Curativas e Medicinais das Plantas, mas pouco ou quase nada pode ser encontrado sobre as Propriedades Ocultas de Proteção. Quando estamos doentes, naturalmente procuramos um médico e tomamos o remédio prescrito, mas o que devemos fazer em casos de Doenças Mágicas?
Doenças Mágicas – Verdade ou Mito? Doenças Mágicas são aquelas propagadas por meio mágicos, ou seja, são aquelas causadas por um choque de energias ou por uma sobrecarga de energias negativas. Sabemos da importância dos Cinco Sentidos na Bruxaria – o poder das palavras proferidas; um lançar de olhos ou um olhar fixo e penetrante; o desenvolvimento da percepção auditiva; a sensibilidade olfativa e a energia transmitida pelo toque das mãos – e uma das Doenças Mágicas mais comuns e conhecidas é causada pelo olhar - o Mau-Olhado. Conhecido desde a Antiguidade, o Mau-Olhado é uma energia negativa lançada com um simples olhar ou com um olhar fixo associado a uma forte intenção. Pode ser tão poderoso ao ponto de prejudicar e causar problemas físicos e psicológicos - cansaço excessivo, inapetência, fraqueza, desânimo e uma conseqüente estagnação em todos os campos da vida da pessoa. Como outros exemplos de Doenças Mágicas, podemos citar: A Doença Pegajosa, que é causada através do contato físico com um objeto amaldiçoado, enfeitiçado ou carregado de Energia Negativa; e a Doença do Sono, muito semelhante ao Mau-Olhado, que causa uma profunda prostração e a pessoa passa o tempo todo dormindo. Quando a Medicina tradicional deixava de ser eficaz e não encontrava uma explicação para a origem de determinadas doenças, aparecia a figura da Bruxa, do Curandeiro, do Xamã e do Feiticeiro atuando em papéis de médicos mágicos. Eles conheciam as Virtudes Ocultas das Ervas e das Plantas e sabiam exatamente como proceder e o que utilizar.
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ERVAS E PLANTAS DE PROTEÇÃO FONTE : VIRADA180.COM.BR
Plantas protetoras A Natureza foi muito generosa e nela podemos encontrar uma grande variedade de Plantas com Propriedades Protetoras – Plantas que ajudam a banir, repelir, filtrar, absorver e transmutar Energias indesejáveis. Mas o que quase ninguém sabe, é que para despertar e aflorar suas Virtudes, precisamos levar em consideração vários fatores de suma importância – hora e dia mais propícios para a sua utilização e colheita; influência e regência Planetárias e o uso de outras Plantas Auxiliares que, em combinação com a Planta Mestra, potencializa as Virtudes necessárias. Uma opção variante é colher a Planta Protetora ao entardecer do Solstício de Verão – momento em que ela está impregnada com a luz do Sol e as suas Virtudes estão evidenciadas e ativas. Assim podemos perceber o quanto o Sol influencia nesse processo, já que é no Solstício, o dia em que as plantas ficam mais expostas à luz solar. Um fator determinante que se perdeu no tempo, mas muito citado por todos os Grandes Ocultistas da Antiguidade, é o número que determina a quantidade a ser utilizada - que sempre deve ser: 01, 03, 05, 07, 09, 11, ou 13. Notem bem, não estamos falando de simpatias ou de superstições, mais de séculos e séculos de um estudo minucioso, paciente e persistente das Propriedades Ocultas das Plantas associado à Astrologia, Astronomia, Medicina, Alquimia e saberes populares – um estudo de longa observação e de muitas experiências.
– algumas são usadas em forma de Amuletos; algumas devem ser previamente defumadas pela fumaça de outras Plantas; algumas são usadas como Incenso e outras são apenas colocadas em locais de grande circulação. Fazer um Amuleto de Proteção não é uma tarefa fácil. Exige um certo conhecimento sobre Práticas Mágicas, uma combinação e complementação entre as Ervas e exige, acima de tudo, uma correspondência entre todos os elementos a serem utilizados. Dentre todas as Plantas Protetoras, com certeza, uma das mais notáveis é o Alho (Allium sativum). Além de suas Propriedades Terapêuticas (na Idade Média, foi o agente principal na cura da Peste Bubônica e na Primeira Guerra Mundial, ele foi usado para conter as infecções ocasionadas pelos ferimentos), podemos dizer que o Alho é um protetor universal. Tão eficaz contra o Mau-Olhado, a Inveja e Feitiços, que Paracelso recomendava um poderoso amuleto: “Para afastarmos todo o mal, basta colhermos sete dentes de Alho na hora de Saturno, transpassá-los por um barbante de Cânhamo e carregá-los no pescoço durante sete sábados” (dia de Saturno). As Virtudes do Alho são tão fortes que, tradicionalmente, basta carregarmos um único dente de alho no bolso para nos proteger do Mau-Olhado.
Mesmo obedecendo a todos esses fatores, ainda existe o modo apropriado de utilização e manipulação dessas Plantas ALHO (Allium sativum)
FONTE: REISDACOZINHA.BLOGSPOT.COM
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Existem Plantas que além de proteger, elas absorvem e retêm as energias negativas do ambiente – esse é o caso da Pimenta. Quem nunca ouviu falar que uma pimenteira secou depois da presença de uma pessoa com intenções duvidosas?
A Verbena, uma Planta de destaque e mágica por excelência, foi a protagonista em várias Tradições da Península Ibérica nos Solstícios de Verão – seu momento de maior poder. Considerada Sagrada, era uma Planta muito utilizada contra o Mau-Olhado em crianças (que também pode ser chamado de Quebranto ou Quebrante).
PIMENTA VERMELHA (Capsicum bacctum) FONTE : COMOFAS.COM
A Arruda é considerada uma Planta de Proteção contra os Poderes das Trevas. Seu Poder de proteção é tão grande, que ela absorve as más energias, murcha, seca e morre em poucos dias.
ARRUDA (Ruta Graveolens)
FOTO: RITA BARRETO / FONTE: JARDINEIRO.NET
VERBENA: A FLOR DA CIMARUTA
FONTE : OURLITTLEACRE.BLOGSPOT.COM
VERBENA (Verbena officinalis)
FONTE : CARIRICATURAS.BLOGSPOT.COM
Essa Planta, também chamada de “a essência amarga”, é utilizada pelas Bruxas Hereditárias Italianas (as Streghe) em um Amuleto chamado Cimaruta. O seu formato é um galho tripartido de uma arruda (que representa a Deusa Triforme Diana, Hécate e Prosérpina) e nele vemos pendurados vários outros elementos simbólicos: a flor de Verbena (outra Planta de proteção), o peixe, o galo, a serpente, a Lua, a chave e a adaga.
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A CIMARUTA – AMULETO ITALIANO FONTE: STREGHERIA.COM
O Guiné (Petiveria alliacea) é um exemplo de Planta que transmuta Energias negativas em Energias Positivas. Ela faz parte de uma famosa combinação de Virtudes Ocultas, onde uma complementa a outra, que chamamos de “Sete Ervas” – Guiné, Pimenta, Arruda, Manjericão, Espada de São Jorge, Comigo-ninguém-pode e Alecrim (podendo ter variações com Quebra-demanda, Levante e Abre-Caminhos).
Não podemos nos esquecer que existem Plantas que exorcizam e protegem ambientes – como é o caso da Bétula (Betula alba), uma Árvore Sagrada na Bruxaria. Para evitar o Mau-Olhado, era costume amarrar uma Fita Vermelha ao redor de seus galhos para depois pendurá-los em cima da porta principal da casa. Esse antigo costume nos faz a lembrar que a Bétula era uma das madeiras utilizadas na tradicional Vassoura das Bruxas: ramos de Bétula amarradas ao redor de um galho de Freixo com tiras de Salgueiro e uma Fita Vermelha.
GUINÉ (Petiveria alliacea)
FONTE : ASPLANTASMEDICINAIS.XPG.COM.BR
Ter um vaso com essas Plantas na entrada principal da casa, é como ter um filtro - uma ótima forma de proteção e defesa contra energias negativas, sejam elas intencionais ou não.
A BÉTULA E A TRADICIONAL VASSOURA DE BRUXA FONTE : VALEDOMAGO.BLOGSPOT.COM
BÉTULA (Betula alba)
FONTE : RICHARDAYRES.NET
SETE ERVAS
FONTE : FLORICULTURAHATMANN.BLOGSPOT.COM
Poderíamos mencionar várias outras Plantas com Propriedades Ocultas de Proteção - como por exemplo, as Plantas Sagradas da Bruxaria: Acônito, Mandrágora, Meimendro-Negro, Beladona, Dedaleira, Estramônio, Cânhamo, entre outros - mas mencioná-las exige um aprofundamento maior no assunto.
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próxima edição A revista BTW é publicada quatro vezes ao ano e seu objetivo é informar, esclarecer e desmistificar origens, dogmas e práticas da Wica Gardneriana e mostrar que os ensinamentos de Gerald Gardner ainda estão vivos e florescendo no seio dos covens tradicionais. Esta revista é aberta a comunidade em geral, caso desejem publicar algum artigo enviar para btw.revista@gmail.com com o assunto “artigo”. Será nos reservado o direito de resumir e editá-los para maior clareza, estilo, gramática e/ou precisão. Participe da seção Carta do Leitor e envie suas opiniões, dúvidas e sugestões. É só enviar para o endereço btw.revista@ gmail.com com o assunto “carta do leitor”. Não deixe de visitar os sites: http://wiccagardneriana.net/ http://vassourasagrada.com.br/ “É a profundidade das raízes que preserva a árvore”. Gerald B. Gardner
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