O Seu Companheiro 2020-1

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páginas 6 e 7

O ESPÍRITO SANTO ESTÁ EM NÓS

2020 mar/abr / v e f / n ja RO 144 – iiI - NÚME v x x X O AN

Sl 77, 4

páginas 8 e 9

SÃO THOMAS MORUS

páginas 4 e 5

Não vamos guardar isso para nós: vamos passa-lo para a próxima geração.

DA RESSURREIÇÃO A ASCENSÃO DO SENHOR

s de sionária ades Mis Comunid


_Editorial

por Gisele Bernardes

É O SEU COMPANHEIRO | Jan/fev/mar/Abr 2020

Páscoa! Ele venceu a morte, seu amor por nós foi maior do que tudo. A caminhada dos cristãos revela-se nesta grande data com renovação da fé na ressurreição. Vivemos e caminhamos com a presença de Cristo para levar esta mensagem da salvação. E nós, que morte, que escravidão queremos vencer? Cristo transforma nosso coração para que façamos grandes obras.

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Nesta edição trazemos algumas inspirações. Veja seis efeitos desta fé na ressurreição, três atitudes, movimentos, que devemos ter para nos aproximarmos de Cristo neste período pascal e a atuação do Espírito Santo em nós. Também vemos como fazer para transmitir a alegria cristã, o exemplo de um mártir cristão que permitiu-se conduzir por Deus e o engajamento e compromisso que devemos ter para possuir a Terra. Esta edição traz ainda um pouco mais de um grande templo que completa 50 anos cheio de simbolismo e as mensagens dos secretariados de Emaús. Cheios desta alegria pascal, leia, desfrute e compartilhe esta edição. Deus está conosco para espalhar o verdadeiro amor, vivamos intensamente a Páscoa, agradecidos por este dom. Que Deus nos conceda sua Graça a fim de que possamos, de fato, comemorar esta festa, cheios de fervor e esperança missionária. Desejamos a todos os leitores uma abençoada Páscoa.

O Seu Companheiro é um órgão de formação

Endereço para correspondência e E-mail: SQS 307 bloco C apt. 110, Asa

e informação do Emaús da Arquidiocese de

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Brasília, sob a responsabilidade do Secre-

Jornalista Responsável: Amanda gonzaga.

tariado Arquidiocesano de Emaús e editado

Revisão: Luma Mascarenhas, Priscila Gonzaga, Raquel Flores,

pela Equipe de Comunicação do Movimento.

Samantha Resende, Taís Calado e Tiago Miranda.

www.emaus.org.br

Coordenação: Gisele Bernardes e Luis Gustavo Loyola.

Tiragem: 1.000 exemplares

Projeto gráfico e diagramação: Marcello Martins (marcellomartinsdf@gmail.com)


_Ver com o coração...

por Pe. Ignácio PilZ

...parar – compadecer-se e cuidar – É Páscoa. É ressurreição! de ser e viver “pascal” dos(as) filhos(as) de Deus: felizes e alegres. Vida pascal é vida em comunhão com Deus e os(as) irmãos(ãs). É vida de ressuscitados em Cristo. Amados(as), A fé na ressurreição de Jesus Cristo:

Cristo vive e n’Ele nós vivemos. Viver em Cristo de tal maneira que já não somos nós, mas Ele quem vive em nós, é celebrar na fé a verdadeira Páscoa. Morrer para si e viver para os outros... isso é ressuscitar. Estar com Deus pela Graça é caminhar com os irmãos – cheios de misericordiosa compaixão samaritana e apaixonado zelo – é o que deve caracterizar o nosso itinerário de fé pascal; é o que nos faz verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo. Caminhar com...Viver para... Viver para Deus e para o próximo é viver com santa sabedoria e de portas sempre abertas para acolher e sair em missão. São Paulo Apóstolo nos lembra: vivei como ressuscitados em Cristo. Com a gloriosa ressurreição de Cristo iniciou-se a Páscoa nova que é eterna, estabeleceu-se para sempre um modo novo de ser e de viver que restabelece a original comunhão e harmonia do ser humano com Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. Esse é o “Dia” que não mais termina, que o Senhor fez e que deve ser para nós “Dia” de alegria e felicidade. Páscoa é vida nova feliz e alegre. Páscoa é Dia de salvação e libertação para todos; Dia de júbilo e total felicidade. Te Deum laudamus – louvemos a Deus e demos graças à Sua infinita misericórdia. Aleluia, aleluia, aleluia! Sim... três vezes, que quer dizer: sempre. É esse o modo novo

A presença de Jesus Cristo ressuscitado em nós com Seu Santo Espírito muda os nossos hábitos ruins em bons e saudáveis; transforma, rejuvenesce, vitaliza, nos faz passar das trevas do pecado para a luz da Graça, para a luz de Cristo; nos cura de todos os vírus malignos, principalmente do mais letal, que é o pecado, que pode levar à morte eterna que é o nosso afastamento de Deus para sempre, da glória eterna e da ressurreição feliz. A presença do ressuscitado em nós nos faz assim: compassivos, sensíveis e misericordiosos. A encarnação do Kerigma nos faz possuir o olhar de Jesus, capacitando-nos a VER, PARAR E AJUDAR, mesmo que isso nos afaste de nossas agendas e acomodações. Vivermos como ressuscitados em Cristo nos fará bons samaritanos, capazes de ver com o coração, parar e cuidar. Tudo isso será garantia, esperança e certeza de uma humanidade redimida e restaurada. Tempos novos, de uma nova civilização fundamentada no Amor estão chegando. Sejamos arautos e testemunhas desse mundo melhor, transfigurado. Sejamos uma bênção e luz para todos. Vivamos nessa vida nova com intensidade, verdade e transbordante alegria pascal. Aleluia! Para tudo isso às vezes basta um colo que acolhe, um braço que envolve, uma palavra que conforta, um olhar que acaricia, uma lágrima que corre, um gesto de amor que cuida, restaura e promove a vida. Amém. Santa, abençoada e feliz Páscoa!

O SEU COMPANHEIRO | Jan/fev/mar/Abr 2020

Amados(as) irmãos(ãs) em Cristo ressuscitado,

1º. Renova em nós a esperança de dias melhores e de vitória; 2º. Fortalece em nós uma vida mais plena; 3º. Faz transbordar em nós a força invisível do Amor concreto; 4º. Faz de nosso olhar, um olhar de amor; 5º. Faz de nossos ouvidos, ouvidos atentos; 6º. Transforma o nosso coração num coração misericordioso e compassivo, disposto a cuidar da vida como um dom e um compromisso sagrado.

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_Da ressurreição à...

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O tempo pascal compreende desde o Domingo da Ressurreição até a festa de Pentecostes celebrada cinquenta dias depois da Páscoa. A espiritualidade pascal instiga cada fiel a realizar em sua vida três movimentos, tendo em vista a união com Cristo Ressuscitado. As leituras ouvidas nas missas dos Domingos desse tempo conduzem e fortalecem esses movimentos. O primeiro movimento é reconhecer os sinais que a Sagrada Escritura apresenta, para suscitar a convicção de que Jesus está vivo. Depois, em um segundo movimento, lançar um olhar sobre a Igreja e o mundo e colher também ali os sinais da ressurreição do Senhor, fortalecendo a inspiração de início nascida do contato com a Palavra de Deus. Por fim, lançar um olhar para a própria vida e ver nela os sinais da ressurreição. Com isso, cada fiel estará dispondo-se a viver melhor sua união com Cristo vivo que, ao subir ao Pai leva consigo a humanidade redimida. A ressurreição do Senhor é a realidade central da fé católica, basta recordar as palavras de São Paulo aos Coríntios: “se Cristo não ressuscitou, vossa fé é ilusória” (1Cor 15,17). Ela confirma as palavras do Senhor e fortalece a esperança dos fiéis na vida eterna. Essa realidade central da fé, Jesus está vivo, é apresentada com palavras muito simples pela Sagrada Escritura. Isso pode ser visto nos dois Evangelhos lidos no Domingo de Páscoa. Na missa da manhã é proclamado o relato da ressureição segundo São João ( Jo 20, 1-9). Quando celebra-se a missa vespertina no Domingo de Páscoa é lido o texto dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35). Recordamos que o caminhar para Emaús aconteceu na tarde do mesmo dia em que Cristo Ressuscitou. O Evangelho de João apresenta, para além do túmulo vazio, o sinal dos panos deixados no sepulcro e o sudário, que estava sobre a cabeça, dobrado em um lugar à parte. Se fosse verdade que se tratou de um roubo, há que se perguntar que ladrão teria o trabalho de despir o cadáver? O túmulo vazio faz recordar a pregação na cidade de Jerusalém. Como os apóstolos poderiam dizer que Jesus ressuscitou se no túmulo ainda jaz o corpo de Jesus? Certamente estes pregadores ouviriam muito antes a expressão de descrença que os atenienses dirigiram a Paulo: “sobre isso lhes ouviremos em outra oportunidade” (Cf. At 17,32).

No evangelho lido à tarde, o evangelho de Emaús, o sinal é o partir o pão que carrega consigo todo o peso do memorial de Cristo. Mas ali está também um chamado a olhar para a escritura. Quem quiser encontrar-se com o Cristo vivo não pode descurar de meditar suas palavras consignadas na Bíblia. Diante desse encontro com Jesus, Cléofas e seu companheiro, amedrontados, são convertidos em mensageiros da Boa Nova. Voltam e contam aos outros. Mas aqui é interessante notar que Lucas afirma que os discípulos acolheram com presteza a palavra dos dois peregrinos de Emaús (Cf. Lc 24,33). Porém o Evangelho de Marcos apresenta uma realidade diferente. “Depois apareceu disfarçado a dois deles que iam passeando pelo campo. Eles foram contá-lo aos outros, que tampouco creram neles” (Mc 16,12-13). Isto serve para lembrar as dificuldades e as resistências que em cada Jerusalém são encontradas diante do testemunho da vitória de Jesus sobre a morte. No segundo Domingo da Páscoa é lida, todos os anos, à história da fé vacilante do Apóstolo Tomé ( Jo 20,19-


_Dica cultural ...ascenção do senhor por Pe. Darlan Dejaime Marasca

31). A presença de Jesus na comunidade reunida, que é assim capaz de dissipar as dúvidas e esclarecer a fé do vacilante Tomé. Vacilar na fé é uma ameaça presente na vida de cada discípulo. No entanto, a presença na comunidade deverá sempre reconfortar o vacilante e reanimá-lo para seguir em frente. Esses sinais foram, a seu tempo, colhidos pelos apóstolos e transformados em fé: viram e creram, e crendo testemunharam. Pouco a pouco eles foram reconhecendo esses sinais. Primeiro voltaram, depois reuniam-se as portas fechadas com medo, depois ainda a dúvida e o desânimo que são vencidas pela presença corporal de Jesus e pelo sopro do Espírito que lhes incute vida nova. Os apóstolos abriram suas vidas aos sinais da Ressurreição, ao próprio ressuscitado que lhes quebrou as barreiras externas e internas para lhes fortalecer a fé, levando-os ao testemunho inquebrantável e a entrega total da vida pela fé. O segundo movimento é colher na Igreja e no mundo os sinais da ressurreição. Na Igreja, hoje, contemplam-se

O terceiro movimento é vislumbrar os sinais da ressurreição na vida. E assim nas palavras de Jesus se encontrará a felicidade, porque esses sinais irão dar força e vigor à fé e estreitar a comunhão com o Senhor. De algum modo o caminho pascal de todos os cristãos é bastante semelhante ao dos apóstolos, porém o do fiel é mais longo. Os apóstolos fizeram esse caminho até pentecostes, já o do fiel se prolonga até a sua páscoa derradeira na hora de sua morte. Como os apóstolos, primeiro se reconhece Jesus vivo e presente na vida, a consequência disso é afastar para longe os pecados e viver conforme a palavra de Jesus, depois perder o medo do testemunho, em uma sociedade laicista em que a fé católica cada vez mais é colocada no privado, não ter medo de expressar publicamente a fé, e isso se faz pela vida. E, por fim, colocar-se a serviço. Depois da experiência do ressuscitado, os apóstolos se colocaram a serviço, levando a mensagem da salvação. Esse é o serviço mais importante. O tempo pascal conclama a cada um a não ter medo de acompanhar o Senhor em seu caminho ao Pai. Não ter medo de ser alguém vivo com Cristo em meio a um mundo que se decompõe nos vícios, na ignorância da fé, e no desamor, que prefere morrer no egoísmo a viver a ressureição com Cristo. Não é preciso temer porque Cristo vive e está ao lado de cada um. Cabe, portanto, a cada um estar sempre com Ele.

O SEU COMPANHEIRO | Jan/fev/mar/Abr 2020

ainda com frescor os sinais da ressureição, mesmo que as más notícias tentem fazer crer o contrário. No ano de 2019, um número bastante elevado de cristãos entregou sua vida em testemunho de sua fé. Neste sentido, o presidente da fundação internacional ACN - Aid to the Church in Need (Ajuda à Igreja que sofre), Thomas Heine-Geldern, declarou: “2019 foi um ano de mártires, um dos mais sangrentos da história dos cristãos.” Os sinais da ressurreição são vistos ainda presentes no mundo de hoje, como a vida evangélica de tanta gente humilde e escondida que dedica tudo de si para colocar em prática a Palavra de Deus. O perdão dos pecados, que é dado por Jesus e que sempre de novo renova cada pecador arrependido, restituindo-lhe a vida que o pecado lhe havia tirado. A santíssima eucaristia, presença viva de Jesus Cristo ressuscitado, que continua a atrair a si todos os homens.

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_O espírito Santo em Nós

É pela atuação do Espírito Santo que a Páscoa se concretiza em nossa Vida. Sabemos e experimentamos que passamos da morte para a vida porque o Espírito Santo foi derramado em nossos corações. I – A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

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Jesus prometeu enviar o Espírito. E assim descreveu, segundo o evangelho de João, sua obra: 1. A experiência da comunhão trinitária e eclesial: “nesse dia compreendereis que estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós” ( Jo 14,16.20); 2. A plena compreensão e a lembrança sempre viva do ensinamento de Jesus: “mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, é que vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse” ( Jo 14,26); 3. O Testemunho no coração dos discípulos de que Jesus é o Senhor e a força para testemunharem essa verdade: “quando vier o Paráclito, que vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim. E vós também dareis testemunho porque estais comigo desde o começo” ( Jo 15,26-27);

4. O testemunho do Espírito convencerá o mundo de seu pecado, da santidade e justiça de Jesus e mostrará a vitória de Cristo sobre o maligno ( Jo 16, 7-8); 5. O Espírito dará uma experiência plena da verdade que vem do Pai pelo Filho porque ele tudo recebe do Pai e do Filho ( Jo 16,13-15). II – O ESPÍRITO SANTO CONVENCE O MUNDO SOBRE O PECADO. Refletiremos agora apenas sobre um aspecto da ação do Espírito Santo, tendo diante dos olhos o que disse Pio XII: “O maior pecado de hoje é que os homens perderam o senso do pecado”. O Papa Francisco retomou essa fala de Pio XII em alocução de 31 de janeiro de 2014. São João Paulo II, na sua Encíclica sobre o Espírito Santo “Dominum et Vivificantem”, nos oferece uma reflexão muito profunda sobre o significado dessa palavra de Jesus: “O ‘convencer´ é a demonstração do mal do pecado, de qualquer pecado, em relação com a Cruz de Cristo. O pecado, quando mostrado com esta relação, é reconhecido em toda dimensão do mal que lhe é própria, como “mysterium iniquitatis” - o mistério da iniquidade - que em si mesmo contém e esconde. O homem


_Dica cultural por Dom Eduardo Benes

sas de Jesus, se derrama sobre o mundo e penetra nossa consciência até suas raízes mais profundas. Nossa conversão é graça do Pai e do Filho pela ação do Espírito Santo. O Espírito Santo nos conduz de volta ao Pai, fazendo-nos reconhecer nossa miséria e, ao mesmo tempo, lançar-nos confiantes em seus braços.

não conhece esta dimensão; não a pode conhecer absolutamente, separando-a da Cruz de Cristo. Por isso, não pode ser ‘convencido’ quanto a ela a não ser pelo Espírito Santo: Espírito da verdade, mas também Consolador”. Sem uma especial ação do Espírito Santo o mal produzido pela liberdade humana jamais poderá ser compreendido como pecado: recusa do amor misericordioso de Deus a nós oferecido na Cruz. O pecado é DESOBEDIÊNCIA: não escutar Deus, ou seja, não deixar que sua vontade oriente a vida. Jesus é o Filho OBEDIENTE até a morte e morte de Cruz. Já, quando batizado por João Batista, Jesus se mostra obediente aceitando ser contado entre os pecadores. Sua morte na Cruz foi a consumação de sua existência como entrega pela nossa salvação. Abandonados à nossa própria liberdade, ferida pelo pecado, estaríamos condenados à morte eterna. Convencer-nos de nosso pecado é, ao mesmo tempo, fazer-nos compreender a infinita misericórdia do Pai que nos deu o Filho como expiação e libertação de nossos pecados. Isso é obra do Espírito Santo que, pelas chagas glorio-

Viver a fé significa procurar a vontade de Deus em tudo. Isso é também obra do Espírito Santo que pelos seus dons ilumina nossa mente e fortalece nossa vontade para percorrer o caminho que nos leva a uma comunhão sempre mais plena com a Trindade Santa. A consciência de ser pecador é feita de dor e de alegria: a dor de ter ofendido a QUEM nos ama tanto e a alegria e ser incondionalmente amado. Uma dor misturada e transfigurada pela alegria. A dor-remorso do filho pródigo que, vacilante, voltava para a casa do Pai, depois do abraço e dos beijos do Pai, que lhe correu ao encontro, se tornou uma dor ainda mais profunda, agora transfigurada pela alegria de ser infinitamente amado. Aqueles que receberam e acolheram a graça da conversão devem crescer cada dia mais na OBEDIÊNCIA procurando discernir sob a luz do Espírito Santo qual a vontade de Deus sobre sua vida e sobre cada momento de sua caminhada. O Espírito Santo quer nos iluminar e revelar-nos a vontade do Pai quando nos perguntamos sobre nossa vocação, sobre as decisões que dão direção a nossa vida e sobre as questões do cotidiano, sobre nossos relacionamentos e sobre nossa missão junto daqueles com quem convivemos no dia a dia. Por isso para continuar na volta para Deus - conversão permanente - é preciso ouvir sempre de novo a PALAVRA e pedir todos os dias: Vinde, Espírito Santo…

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Começamos então uma vida de OBEDIÊNCIA. O coração de uma vida de Fé chama-se OBEDIÊNCIA: deixar se tomar pela Palavra de Deus, escutar Deus.

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_São Thomas Morus

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A História do Cristianismo tem sido marcada por Grandes Políticos (bons e maus) e Grandes Santos. Se fizermos alguns cortes, de aproximadamente 4 séculos, vamos encontrar alguns protagonistas de momentos que marcaram e mudaram a História.

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No século I, junto com Nosso Senhor, podemos destacar o político São João Batista. Sim. São João inaugurou a interlocução política do cristianismo ao denunciar o abuso de Herodes. Morreu por causa disso.

No IV temos o Imperador Constantino e, no mesmo século nasce Santo Agostinho. Na virada do século VIII para IX é coroado Carlos Magno. O grande Imperador, fundador do que hoje chamamos Civilização Ocidental A seu lado, Santo Alcuíno de York. Pouco mais de 400 anos depois, São Francisco se dirige ao maior líder político de então, o Papa Inocêncio III, símbolo do apogeu do poder temporal da Igreja.

No século XVI, entre Erasmo, Lutero, Calvino, Carlos V, Henrique VIII e tantos outros, bons e maus, o político que legou ao mundo a Utopia. Não uma quimera ou fantasia, mas a obra literária, de São Thomas Morus, patrono dos políticos. Por fim, o Grande Estadista, líder mundial que, no século XX, liderou gente da magnitude de Ronald Reagan, Mikail Gorbatchev e Margareth Tatcher – São João Paulo II, outro modelo para reis e estadistas.


por Itagiba Catta Preta Destaco, comparando com São João Batista, e citando São João Paulo II, São Thomas Morus.

Em sua vida privada recebeu as seguintes palavras de São João Paulo II: “...marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos. A sua casa acolhia genros, noras e netos, e permanecia aberta a muitos jovens amigos que andavam à procura da verdade ou da própria vocação. Além disso, na vida de família dava-se largo espaço à oração comum e à lectio divina, e a sadias formas de recreação doméstica. Diariamente, Thomas participava da Missa na igreja paroquial, mas as austeras penitências que abraçava eram conhecidas apenas dos seus familiares mais íntimos." O intelectual legou ao mundo um verdadeiro manual de instruções do bom político – A Utopia. Abstraia-se da obra o aspecto poético e tem-se um guia ético para o cristão que queira dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus. Foi exemplo de honestidade, boa administração e fidelidade ao bem comum, antes e acima de seus próprios interesses e do poderoso de plantão. Foi essa fidelidade ao bem, inclusive espiritual, do povo inglês, que o levou à morte. Não titubeou em pedir aos presentes que orassem pelo monarca. Suas últimas palavras: "morro como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro."

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São Thomas Morus conduziu a Inglaterra como, Lord Chanceler (uma espécie de primeiro ministro), por mais de 10 anos. Deixou o governo por não aceitar o divórcio de Henrique VIII, recusando-se a jurar fidelidade ao Rei como chefe da Igreja na Inglaterra. Por causa disso foi decapitado. Não há como não recordar São João Batista.

Mártir cristão, só por isto, já merece a glória dos altares.

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_A Cadetral de Brasília...

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O projeto da construção da capital de todos os brasileiros foi confiado a dois homens sabidamente ateus. A providência divina, no entanto, cuidou para que, desde o início, a marca do Divino estivesse presente, fazendo de Brasília a capital da esperança cristã. A sede do estado laico é, ao mesmo tempo, a casa acolhedora dos fiéis de todas as religiões, em especial do povo católico. Não à toa, o urbanista Lúcio Costa desenhou a cidade em formato de cruz, enquanto o arquiteto Oscar Niemeyer fez da Catedral de Brasília a sua obra-prima. E mais, seja em decorrência dos estudos de Niemeyer, seja por inspiração, a conformação da igreja-mãe, embora moderna e absolutamente inovadora, mostrou-se liturgicamente adequada e propícia para a celebração dos mistérios sagrados. A Arquidiocese de Brasília foi criada no ano de inauguração da cidade: 1960. A catedral, no entanto, ainda não estava pronta, embora toda a estrutura de concreto já estivesse concluída. A complexidade dos painéis de vidro, bem como a turbulência política dos anos que se seguiram, adiaram a execução do projeto. O templo foi inaugurado em 31 de maio de 1970 e consagrado a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e de Brasília. A imagem da Mãe Aparecida, colocada numa redoma ao lado do altar, é a primeira réplica idêntica daquela retirada do Rio Paraíba do Sul em 1717, venerada no Santuário Nacional em Aparecida do Norte. Equivocadamente, espalhou-se uma tese de que Niemeyer projetou a catedral para ser um templo ecumênico. Sabe-se que o edital que selecionou o projeto da nova capital exigia que houvesse uma catedral católica. Deve-se isso ao próprio presidente da república, Juscelino Kubitschek, e ao presidente da comissão de construção, Israel Pinheiro, ambos católicos fervorosos. Além disso, diversos aspectos da arquitetura do templo remetem ao catolicismo. Como exemplo, basta dizer que, ao olhar para as formas da catedral pela primeira vez, muitos veem uma representação da coroa de Nossa Senhora, rainha do céu e da terra. Outros, vendo o conjunto da igreja e do batistério, enxergam um símbolo do cálice e do pão sagrado da Eucaristia.

O autor, no entanto, declarou que sua intenção era representar mãos que se elevam aos céus em oração. Não é tão fácil perceber a visão do artista, mas é fato que a catedral literalmente se eleva durante o dia. O calor faz com que os pilares de concreto armado se dilatem e elevem a estrutura em até 6 centímetros. Daí a grande complexidade na instalação dos painéis de vidro, que acompanham essa dilatação e retração diária sem se quebrar. O espelho d’água que circunda toda a catedral não tem apenas a função de refrescar a estrutura e o interior do templo ou de dar leveza à construção, que parece flutuar. É uma alusão às águas do batismo, pelo qual se deve passar para entrar na Igreja. Realmente, o acesso à catedral se dá por uma galeria completamente escura, revestida de mármore negro. Após passar sob o espelho d’água, o fiel adentra na nave inundada de luz. A água é o meio que Cristo utiliza para nos fazer passar das trevas à luz. O piso da catedral situa-se 3 metros abaixo do nível da praça exterior. Juntamente com a galeria escura, essa construção subterrânea faz alusão às catacumbas, berço da Igreja Católica. O teto-parede de vidro, no entanto, traz o céu para dentro do templo, como se descobrisse as catacumbas e revelasse a Igreja ao mundo. Talvez a maior novidade de Niemeyer seja a concepção de uma catedral tão cheia de luz. Templos em ge-


...aos 50 anos ral, e catedrais em especial, são locais de oração e de intimidade com Deus e alguns acreditam que, para alcançar esse objetivo, o local precisa ser um tanto sombrio. O Concílio Vaticano II, no entanto, ressaltou a importância de se respeitar o modo de ser de cada povo e de cada época, sem pretender estabelecer um padrão único:

Quem visita a catedral, não como curioso mas como fiel, percebe a presença de Deus em cada detalhe. Encravado na cruz sobre a laje da cobertura, um pedaço da cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo dá ao templo a sacralidade que escapa ao olhar desatento dos turistas. Num templo tão atípico, os vitrais se destacam pela extensão e pelo estilo. A obra da artista Marianne Peretti

parece estar em movimento constante, principalmente ao longo do dia, com a variação do ângulo de incidência da luz solar. Os 3 grandes anjos de alumínio pendurados na laje, a 40 metros do piso, também parecem movimentar-se, descendo dos céus. Mas o que efetivamente movimenta a catedral e dá a certeza da presença divina é a fé do povo de Deus, que comparece diariamente para orar e celebrar. Nas grandes celebrações, a igreja-mãe acolhe mais de 4 mil fiéis. Mais do que um cartão postal; mais do que um patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela Unesco, a Catedral de Brasília é presença de Deus no centro das grandes decisões da pátria brasileira. Situada longe das áreas residenciais, mas no coração da Esplanada dos Ministérios, é frequentada por servidores públicos, políticos, magistrados, diplomatas e autoridades de todo tipo. Acolhe celebrações de matrimônio de famosos e de anônimos, assim como missas de sétimo dia de celebridades e de cidadãos comuns. Já foi testemunha silenciosa da oração de presidentes da república e de trabalhadores humildes, como os que a construíram.

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“123. A Igreja nunca considerou um estilo como próprio seu, mas aceitou os estilos de todas as épocas, segundo a índole e condição dos povos e as exigências dos vários ritos, criando deste modo no decorrer dos séculos um tesouro artístico que deve ser conservado cuidadosamente. Seja também cultivada livremente na Igreja a arte do nosso tempo, a arte de todos os povos e regiões, desde que sirva com a devida reverência e a devida honra às exigências dos edifícios e ritos sagrados. Assim poderá ela unir a sua voz ao admirável cântico de glória que grandes homens elevaram à fé católica em séculos passados” (Sacrosanctum Concilium).

por Marcelo eira

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A Catedral de Nossa Senhora Aparecida é testemunha e sinal das palavras que o Papa São João Paulo II proferiu quando nela celebrou a sua primeira missa em território brasileiro, em 30 de junho de 1980: “A partir desta cruz junto da qual celebro a primeira Missa em terra brasileira - acedendo aos convites que me chegaram de diversas partes - desejo passar depois por numerosos lugares, tomar contato com vários ambientes e tocar muitas dimensões da vossa vida, a fim de incluir, num certo sentido, tudo isso no programa do Congresso Eucarístico. (...) A cruz de Porto Seguro e a cruz de Brasília, perenizadas ambas na cruz gigantesca que se ergue a poucos metros daqui, têm valor de símbolo. Elas proclamam que, multo mais do que no chão, a Cruz foi plantada na história deste País, no coração e na vida de seus habitantes. Elas nos dizem que no passado como no presente e no futuro do Brasil, a Cruz de Cristo tem uma profunda significação.”


_Encíclica Laudato Si

por Naziano Filizola

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Era novembro de 2017. Acontecia em Niterói-RJ, um simpósio internacional sobre a Amazônia. Na palestra magna, famoso especialista em questões de clima e ambiente declarou algo que me espantou. Se disse surpreendido por, em pleno século XXI, a pessoa no mundo mais na vanguarda das ciências ambientais e mais em acordo com as questões climáticas ser o Papa Francisco.

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E porquê? Disse ele, mostrando e explicando, em resposta, a Encíclica Laudato Si. Me espantou, não ele citar o Papa, mas sim um cientista renomado, que sei não crer em Deus, fazer tal afirmativa. Haviam dois anos da publicação da Encíclica e a repercussão no meio científico ainda estava presente. E porque não? Laudato Si fala da Terra, objeto de estudo de muitas ciências. Da Nossa Casa Comum, onde seres humanos e demais criaturas de Deus habitam e da qual dependem. Fala de nossos vínculos a ela e de uns com os outros através de relações sistêmicas, complexas, mas harmônicas. Aborda o conhecimento científico quanto à valorização da diversidade da vida no planeta. Nos coloca frente à responsabilidade de cuidar da Terra para que continuemos a ter vida em abundância. Frente à necessidade de uma consciência quanto à situação do planeta e de como nós, seres humanos, o temos agredido. Ressalta a necessidade de considerarmos as conexões existentes entre clima, poluição ambiental e os processos e ciclos vitais. Trata do modo de produção e de consumo predatórios de uma economia de desigualdade com seu caráter exploratório e inescrupuloso. Nos lembra que o Evangelho nos indica um outro caminho, o da mansidão para nos levar a "possuir a Terra". Um possuir à moda do Cristo que, de braços abertos na cruz, amou e abraçou toda a criação. Nela, o Santo Padre, nos lembra que “O Homem não se cria a si mesmo. Ele é espírito e vontade, mas é também Natureza”. Como tal, precisa rever como vem tratando essa Natureza, de que faz parte. Abandonar a vida utilitarista e consumista da cultura do descarte, para buscar a cultura da ecologia integral, respeitando a si e a Terra onde vive.

É, após 5 anos, Laudato Si permanece atual. Seu autor ainda está na vanguarda quanto à defesa da vida, indicando a crentes e não crentes um caminho a seguir. Ele nos solicita buscar uma educação ecológica onde estejam em harmonia, a consciência social, econômica e ambiental para o bem de todos e da irmã Terra, como falava São Francisco de Assis. Mostra que evangelizar vai além de palavras, exige engajamento e compromisso com Nossa Casa Comum.


_Secretariado Nacional Queridos missionários de Emaús, Na manhã daquele domingo, que foi o dia mais iluminado de todos, Maria Madalena, ao reconhecer o Senhor, explodiu de alegria e quis abraçá-Lo e apertá-Lo contra o peito para matar a saudade e compensar o sofrimento dos dias que se passaram. Mas Jesus lembrou-lhe que a alegria da ressureição não era para ser guardada para si, mas para ser anunciada e transmitida aos irmãos.

Tantas vezes ao longo dos séculos a Igreja celebrou a Páscoa em meio às mais variadas tribulações. No início, as perseguições produziam um clima de medo ou até de pânico e obrigavam os cristãos a celebrarem ocultamente nas catacumbas. Mais tarde, o horror das guerras destruiu cidades inteiras e obrigou os fiéis a festejarem a ressurreição de Cristo nos abrigos, apressadamente, temendo os bombardeios. Apesar de todas as adversidades e sofrimentos, a grande notícia da Páscoa sempre foi celebrada com alegria e paz de espírito, pois a Vida venceu a morte de uma vez por todas. Na história da Igreja, há grandes santos que nos en-

sinam como superar e oferecer o sofrimento. Observemos, por exemplo, os ensinamentos de Santa Tereza de Jesus. Nascida e criada na cidade murada de Ávila, ela conheceu, desde criancinha, o medo das invasões mouras, que tanto atormentava a comunidade em que vivia. Períodos de isolamento e de escassez eram habituais em sua vida, mas ela compreendeu, por inspiração divina, que a vida interior é riquíssima, pois é na intimidade do seu coração que o ser humano encontra seu Criador e Salvador. Santa Tereza nos ensinou: “Nada te perturbe, nada te amedronte, tudo passa, a paciência tudo alcança, a quem tem Deus nada falta, só Deus basta!” Outra grande santa dos tempos difíceis é Santa Tereza Benedita da Cruz (Edith Stein). Carmelita como Tereza de Ávila, essa santa do século XX sentiu na própria pele a atrocidade do campo de concentração de Auschwitz, onde foi martirizada. Sua vida, no entanto, foi exemplo de fidelidade ao Evangelho e de ação missionária. Entre tantos outros ensinamentos, ela nos inspira, afirmando: “quanto mais escuridão se faz ao nosso redor, mais devemos abrir o coração à luz que vem do alto”. Queridos, sigamos o exemplo de Maria Madalena, Tereza de Ávila e Edith Stein: corramos ao encontro dos nossos irmãos, com alegria infinita, para comunicar-lhes que Cristo vive e age em cada um de nós. Se, por ora, não podemos ir a eles fisicamente, façamos bom uso da tecnologia e dos diversos meios de que dispomos para anunciar a vitória de Nosso Senhor. Que nossa alegria seja completa e duradoura, pois as adversidades são sempre temporárias. Aproveitemo-nos delas para ampliar nossa capacidade de orar e contemplar o Salvador ressuscitado. Sejamos perseverantes na oração e permaneçamos unidos como comunidade de fé e de amor.

O SEU COMPANHEIRO | Jan/fev/mar/Abr 2020

Novamente celebramos a Páscoa do Senhor. Novamente somos tomados de grande alegria após os exercícios quaresmais. Mas parece que, desta vez, algo está diferente. Assim como Madalena, estamos impedidos de abraçar fisicamente o Cristo, que vive nos nossos irmãos queridos. É uma limitação dolorosa, mas temporária, que nem sequer diminui a felicidade de nos sentirmos infinitamente amados por Deus e de vermos as portas do Céu abertas para nós, graças à paixão, morte e ressurreição de nosso Senhor.

Por valéria e Marcelo eira

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_Acontece

nas comunidades

Brasília No dia 14 de março, a comunidade realizou uma tarde de formação sobre a “Quaresma: tempo de conversão”. A palestra do Pe. Eduardo Peters proporcionou uma clara trajetória desde as origens desta tradição até como podemos viver melhor este período. A participação da comunidade contou com doações de alimentos não perecíveis para doação.

O SEU COMPANHEIRO | Jan/fev/mar/Abr 2020

Brusque

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O Subsecretariado Brusque realizou no dia 1º de março uma formação para presidentes, orientadores e departamentos. Foi apresentada a estrutura organizacional do movimento, sua base e história no município. Também foram debatidas as ações previstas para 2020, que tem como objetivo intensificar a atuação dos jovens em suas comunidades.

Florianópolis No dia 23 de fevereiro foi celebrado os 40 anos de ordenação do Pe. Vitor Feller, vigário-geral da Arquidiocese, perito na Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, postulador do processo de beatificação de Marcelo Câmara e Diretor Espiritual do Secretariado (desde 2009). Mais de 100 pessoas realizaram um aniversário-surpresa. No dia 08 de março, centenas de fieis participaram da instalação do Tribunal Eclesiástico do processo de beatificação de Marcelo Henrique Câmara. A cerimônia, passo importante para a canonização, ocorreu no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Florianópolis. Marcelo perseverou no Movimento de Emaús até seu falecimento, em 2008, aos 28 anos. Conheça sua história em http:// marcelocamara.org.br/ . Entre os dias 04 e 06 de março, integrantes do Movimento de Emaús do Secretariado de Florianópolis se encontraram na Universidade Federal de Santa Catarina para divulgar os próximos Cursos de Valores Humanos e Cristãos. A missão junto à comunidade acadêmica da UFSC, durante a primeira semana de aula, resultou em 58 jovens interessados em participar da comunidade Emaús. "Se a Igreja inteira assume este dinamismo missionário, há de chegar a todos, sem exceção." (Papa Francisco, Evangelii Gaudium).

Joinville No dia 15 de fevereiro, o Secretariado de Joinville, em sintonia com o XIII ECNE, promoveu o encontro “Emaús, enfim sou eu”. Um encontro especial, voltado ao para os assessores adultos da Comunidade de Emaús. Com grandes momentos de espiritualidade, dinâmicas e muita recordação de momentos vividos na aldeia de Emaús. No dia 01 de março, uma nova fase iniciou no Secretariado de Joinville. Iniciamos os estudos das Aulas de Ciclos. Foi um grande momento que trouxe aos participantes uma nova visão e um novo conhecimento da dinâmica e metodologia dos cursos de Emaús.


_Acontece

nas comunidades

Regional Sudeste II

Nossos sacerdotes, demonstraram o lugar especial que o Movimento de Emaús ocupa como instrumento de evangelização da juventude. Além dos nossos diretores espirituais Padre Fernando, Padre Gétero, Padre Odair, Padre Bolívar, Padre Ignácio e o presidente do Conselho Nacional Dom Eduardo, também tivemos a presença de Dom José Eudes, bispo de São João Del Rei, que encerrou nosso encontro com uma benção ao final do almoço de domingo. Aprofundar a formação do discípulo missionário é um compromisso de todos nós: compromisso de amor, compromisso com nossa vocação batismal, compromisso para unidos na mesma caridade, na mesma coordenação, na mesma direção propagarmos os ensinamentos da Boa Nova. Esse é o ardor que levamos para nossas comunidades!

O SEU COMPANHEIRO | Jan/fev/mar/Abr 2020

Nos dias 13, 14 e 15 de março, realizou-se o Curso de Dirigentes promovido pelo Secretariado Nacional no município de Lavras. O Subsecretariado de Lavras, com muita dedicação e zelo, acolheu os membros dos Secretariados Arquidiocesanos de Juiz de Fora, São João Del Rei, Valença e Mariana, reunindo 109 líderes das Comunidades Missionárias de Emaús. As palestras, plenárias e reuniões de grupo nos esclareceram e direcionaram ao “rumo certo” para a fidelidade necessária à metodologia e espiritualidade dos nossos cursos de valores humanos e cristãos.

São João Del Rei No dia 26 de janeiro o novo secretariado diocesano de Emaús, composto por alguns membros do secretariado anterior e um colegiado totalmente novo, assumiu os trabalhos. O diretor espiritual, Padre Bolivar Vieira de Resende Queiroz, apresentou diversos temas na primeira reunião: os serviços assumidos pelos jovens de Emaús nas paróquias da diocese, o trabalho de evangelização nos campis universitários as escolas missionários como local de encontro dos caminheiros de Emaús e formação difundindo os documentos da igreja e as aulas de ciclos com temas próprios do curso de Emaús. No dia 30 de janeiro realizou-se a primeira escola missionária de 2020 com a participação de mais de 50 pessoas na Santa Missa e em seguida nos estudos e avisos orientados pelo diretor da escola missionária Marcelo Carvalho e pelo casal presidente Alessandro e Iara. As próximas escolas missionárias deste ano seguirão com o estudo da exortação apostólica pós-sinodal: “Christus vivit”.

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O SEU COMPANHEIRO | Jan/fev/mar/Abr 2020

_Secretariado de brasília

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Queridos membros da Comunidade Missionária de Emaús de Brasília, Monsenhor Benedito Mario Calazans falando uma vez na Escola Missionária em São Paulo perguntou, qual a coisa mais importante para o ser humano? Após alguns instantes de silêncio ele respondeu a vida. Completou dizendo que devemos nos preocupar com ela e nosso modo de viver. Iniciamos nossa caminhada em 2020 firmes em nossa missão, planejando ações e preparando nossas iniciativas para a Evangelização dos Jovens, por meio de nossos Cursos de Emaús. De repente, algo que acompanhávamos apenas à distância, ocorria do outro lado do planeta, num continente longínquo, chega até nós e muda toda nossa conduta no dia a dia. E onde está a relação entre o que Mons. Calazans nos ensinava e solicitava que déssemos foco e agíssemos, com o que estamos vivendo. Cuidar da vida pressupõe analisar a sua origem, como Dom de Deus, sua predestinação, somos chamados a sermos Filhos de Deus, e a maneira como devemos conduzi-la, segundo os preceitos e forma como Cristo viveu e nos ensinou.

Partindo dessas premissas, fica mais claro entender que cuidar da vida, passa por sermos responsáveis com nossos compromissos temporais, vivenciando corretamente os papéis que assumimos em nossas vidas, na família, no estudo, na profissão, no caminho do laicato ou da consagração sacerdotal e religiosa. No entanto, é preciso viver conciliando a dimensão espiritual, auxiliado pela Graça, com a dimensão humana. Assim, tanto nos momentos de crise, às vezes com dor e sofrimento, quanto nos momentos de alegria, precisamos manter nossa conduta serena, confiante em Deus e determinada na prática do bem, buscando proteger nossa vida e dos nossos irmãos, sem deixar de lado o que é essencial no viver. Que Cristo continue conosco, permitindo que as orações, penitências e jejuns, exercitados durante a Quaresma, nos tragam reflexões e motivação para seguirmos confiantes nossa missão de discípulos missionários na Evangelização da Juventude. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo Luis Gustavo e Vera Lúcia Casal Presidente do Emaús em Brasília


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