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O mercado da televisão brasileira Alberto Pecegueiro da Globosat Cecilia Mendonça da Disney www.tevebrasil.com
Brasil A TELEVISÃO NO BRASIL
JULHO/AGOSTO 2012
EDIÇÃO ABTA
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NESTA EDIÇÃO No ritmo do sucesso As empresas de mídia no Brasil procuram navegar as ondas e alcançar maior crescimento. 10
Entrevistas Alberto Pecegueiro da Globosat
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Cecilia Medonça da Disney
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Ricardo Seguin Guise
Diretor-geral Elizabeth Bowen-Tombari
Editora
A&E Ole Networks www.seuhistory.com / www.canalae.com.br / www.canalbio.com.br • Quem dá mais? • Shipping Wars • Intervenção
Um dos destaques da programação da A&E para a audiência brasileira é Quem dá mais?, uma série bem sucedida baseada numa premissa simples: “quem não se arrisca, não ganha”. Enquanto isso, o reality show Shipping Wars segue os passos de seis despachantes que tentam fazer fortuna com o transporte de artigos que muitos não ousariam tocar. Intervenção é uma série vencedora de Emmy, que apresenta, sem censura, os esforços de amigos e familiares para salvar seus entes queridos de todos os tipos de vícios.
Quem dá mais?
Shipping Wars
Rafael Blanco
Editor executivo Jessica Rodríguez
Editora associada
ABPI-TV braziliantvproducers.com
Camila Viegas-Lee
Editora associada da TV Brasil Simon Weaver
“ Precisamos mais que nunca de produtores
• Tromba trem • FDP • Preamar
Phyllis Q. Busell
Diretora de arte Cesar Suero
Gerente de vendas e marketing Terry Acunzo
Gerente de negócios Vanessa Brand
Assistente de vendas e marketing
Ricardo Seguin Guise
Presidente Anna Carugati
VP executiva e diretora editorial do grupo Mansha Daswani
Publisher associada e VP de desenvolvimento estratégico TV Brasil Marca registrada da WSN INC. 1123 Broadway, Suite 1207 New York, NY 10010 Estados Unidos Redação: (212) 924-7620 Fax: (212) 924-6940 E-mail: noticias@tvlatina.tv
www.tevebrasil.com
”
qualificados em planejamento, gestão e resultados.
Diretor online
—Kiko Mistrorigo De acordo com Kiko Mistrorigo, vice-presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPI-TV), a nova lei 12.485 trará uma série de benefícios para a indústria audiovisual no país. “Acreditamos que ela vai beneficiar e estimular a produção de conteúdo como um todo.” O executivo diz que agora os programadores de televisão estão à procura de mais produtos para acrescentar a suas programações e se adaptar à nova realidade.
Preamar
BBC HD www.bbchd.com • Planeta solitário: Ano de aventuras • Richard Hammond Crash Course
“ Queremos que toda a América Latina viva esta épica experiência em alta definição através da BBC HD.”
BBC HD lança Planeta solitário: Ano de aventuras, baseado no livro Lonely Planet Year of Adventure e parte do bloco Lonely Planet. Ángel Peche, gerente-geral da BBC Worldwide Channels Latin América & US Hispanic, explica que “este bloco reúne a qualidade que distingue a BBC, com personalidades e especialistas capazes de conectar o público a culturas e lugares maravilhosos”. Outro programa de estréia é Richard Hammond Crash Course. Hammond viaja aos Estados Unidos para operar as mais perigosas máquinas do país.
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—Ángel Peche
Richard Hammond Crash Course
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Canal Futura www.futura.org.br • Armados • Destino: Educação • Vida de república
O Canal Futura continua sua programação especial de aniversário. “Durante esses 15 anos produzimos uma programação de qualidade, ganhamos alguns prêmios e geramos uma grande variedade de programas para licenciamento”, diz Lúcia Araújo, diretora-geral do Canal Futura. A série Armados discute a questão do desarmamento civil com representantes de diferentes grupos, como a polícia e as famílias das vítimas do tiroteio na escola municipal de Tasso da Silveira. O documentário Destino: Educação mostra a realidade da educação em vários países destacando soluções e estratégias de sistemas diferentes de ensino do ponto de vista dos envolvidos como professores, pais e alunos. Finalmente, na série Vida de república, a ficção se mistura com o documental, para abordar a questão do uso eficiente de energia. O programa mostra a rotina de cinco jovens que moram juntos numa república de estudantes e dividem seus dramas do dia-a-dia. As situações são explicadas por um narrador para mostrar que energia está presente em todas as ações humanas.
“ Durante esses 15 anos produzimos uma programação de qualidade, ganhamos alguns prêmios e geramos uma grande variedade de programas para licenciamento.
”
—Lúcia Araújo
Vida de república
Deutsche Welle www.dw.de/brasil • Journal • World Stories – International Reporters • Conexão futuro
A Deutsche Welle anunciou que 2012 é um ano importante para a empresa.“Tivemos um grande re-lançamento em fevereiro, melhoramos a nossa rede de programação, apresentamos uma nova identidade corporativa e re-lançamos o nosso site”, diz Petra Schneider, diretora de distribuição internacional.“O canal criou novos programas regionais em todo o mundo”, explica. “Um de nossos melhores exemplos são Claves, na América Latina, e Shabatalk, nos países árabes.” Schneider também destaca o investimento do canal para maximizar a utilidade do Media Center.“É o nosso destino único online para fotos, áudio e conteúdo de vídeo e o lugar perfeito para os usuários que procuram inspiração.” Outro programa de destaque é o World Stories – International Reporters, uma revista focada em pessoas reais e suas histórias intrigantes. O programa oferece perspectivas interessantes de jornalistas que trabalham in locuo. Para o segundo semestre no Brasil, a Deutsche Welle deve lançar Conexão futuro, um programa com reportagens sobre ciência, tecnologia e meio ambiente. O canal também mostra o noticiário Journal.
Journal
“ O Brasil tem um mercado potencial para grandes parcerias com a Deutsche Welle.” —Petra Schneider
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RTVE www.rtve.es • El debate • Comando actualidad • Destino: España
Um dos programas de maior destaque da RTVE para o segundo semestre é El debate, um espaço dedicado ao debate político e atualidades, produzido pelos serviços de notícias da Televisión Española (TVE). A empresa divulgou que o objetivo é defender a pluralidade dando voz a todas as questões que mais preocupam os cidadãos. O programa Destino: España oferece aos telespectadores uma viagem semanal para descobrir o que é que chama a atenção deles no país, o que trazem de suas próprias culturas e o que os espanhóis não deveriam perder. Comando actualidad é outro programa destacado da programação do canal. Ele apresenta um tema da atualidade através dos olhos de repórteres de rua. Quatro jornalistas se deslocam para onde a notícia acontece, as mostram e as analisam a partir de um olhar pessoal. Sobre a presença do canal no Brasil, María Jesús Pérez Gómez, sub-diretora de vendas dos canais da RTVE, afirma que “hoje o sinal da TVE chega a mais de um milhão de assinantes através das principias operadoras brasileiras”.
“ El debate será marcado por notícias da atualidade [com] grandes assuntos que afetam o cotidiano dos cidadãos.
”
—María Jesús Pérez Gómez
El debate
SPACE space.amocinema.com/home • Suits • Justified • Amazing Race: A corrida milionária
Para o vice-presidente e diretor de operações da SPACE e I.Sat, Mariano Cesar, “a SPACE continua trazendo grandes novidades”. O mês de julho saiu de arrancada com a estréia de Suits, em que Patrick J. Adams e Gabriel Macht interpretam advogados atípicos. Depois de uma experiência ruim com tráfico de drogas, Mike Ross, um estudante brilhante porém rebelde começa a trabalhar com Harvey Specter, um dos melhores e mais bem sucedidos advogados de Nova York. Sempre no limite, eles são dois transgressores que traçam seus próprios caminhos no complicado mundo dos negócios, sem pensar nos riscos. “Além disso, [temos] os melhores filmes de terror, ação e policial, com destaque para os Heróis e super-heróis II que estréia em agosto”, diz. Em Justified, Raylan Givens (Timothy Olyphant) retorna para enfrentar novas ameaças do submundo do crime, com diferentes facções em disputa. SPACE também apresenta Southland, uma série policial estrelada por Lucy Liu e Michael Cudlitz, e Amazing Race: A corrida milionária.
Amazing Race: A corrida milionária
“ A SPACE continua trazendo grandes novidades.” —Mariano Cesar
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Mandrake transmitida pela HBO Latin America.
No ritmo do
sucesso Com a aprovação da nova lei do audiovisual, as empresas de mídia no Brasil procuram navegar as ondas e alcançar maior crescimento. Por Rafael Blanco 60
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ode-se dizer que a atmosfera no Brasil está com ani- mente os direitos dos consumidores e a liberdade de mação de carnaval, pelo menos do ponto de vista da expressão e comunicação prejudicando um setor que há anos televisão, especialmente se considerarmos grandes eventos investe no Brasil sem qualquer dinheiro público”. como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que ocorrem em A empresa argumenta que a lei não só encarecerá o serviço 2014 e 2016 respectivamente. mas também os obrigará a oferecer menos conteúdo esporEnquanto as grandes empresas de mídia se preparam para tivo e informativo o que significa que a ANCINE é quem cobrir esses eventos, o Brasil está passando por uma tran- determinará a programação. sição importante, não só no cenário da mídia com a nova legislação que impacta o setor audiovisual, mas também no O OUTRO LADO nível demográfico, com uma crescente classe média que se Em carta dirigida à Presidente do Brasil, Dilma Roussef, a torna cada vez mais desejada por programadores nacionais Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPI-TV) afirmou que “esta campanha tem e estrangeiros. Em relatório publicado no final do primeiro trimestre, o como objetivo apenas beneficiar empresas exclusivamente Ministério das Comunicações do país informou que 13,7 voltadas para a exploração de nosso crescente mercado milhões de domicílios contam com televisão por assinatura. interno, sem nada oferecer em troca. Por meio de ações Isso representa um aumento de 31,2 por cento em relação a judiciais e milionárias campanhas publicitárias assediam março de 2011. A agência de pesquisa Mediatelecom revelou com cínicos sofismas a opinião pública buscando influenque o Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com acesso ciá-la contra o direito soberano da nação de regulamentar suas concessões públicas”. ao serviço. Alguns dizem que a campanha da SKY não terá êxito e, Com uma população de mais de 205 milhões de habitantes, o potencial de crescimento do setor é óbvio, embora o consenso entre os executivos é que é muito cedo principalmente quando se leva em conta a inserção de novas para julgar como será o desempenho da nova lei, a plataforoperadoras para a classe média, representando uma fonte potencial de cerca de 40 milhões de pessoas que agora têm poder aquisitivo para contratar o serviço. E se por um lado a notícia soa como samba na avenida da televisão por assinatura, a dinâmica do setor atraiu também a atenção dos reguladores. Conhecida anteriormente como PLC 116, a nova lei 12.485 obriga as operadoras de televisão por assinatura a oferecer mais canais brasileiros e os programadores de canais a cabo a incluir pelo menos 3,5 horas de programação produzida localmente no horário nobre. Os efeitos desta lei tem gerado aplausos e controvérsias de ambos os espectros da indústria. A SKY Brasil, a plataforma DTH que cobre cerca de 30 por cento do total de assinantes da televisão paga no país, é um dos principais oponentes. A empresa lançou recentemente a campanha “O seu controle remoto está nas mãos da ANCINE” (a Agência Nacional do Cinema no Brasil). O objetivo da iniciativa é fazer com que mais de 40 milhões de brasileiros que pagam pelo serviço apoiem uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pela SKY. Em seu manifesto, a SKY explica que “a ANCINE está regulamentando esta lei, trazendo diversas regras ora incoerentes, ora ilegais e Tempo esgotado: Agora é tarde, apresentado por Danillo Gentilli na Band, é um talk show com a inconstitucionais, afetando direta- participação de personalidades e celebridades de todo o mundo. 7/12
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para atender a nova legislação”. Pecegueiro enfatiza que a empresa está a espera de como a lei vai evoluir já que “há muitas variáveis abertas que poderiam mudar dependendo de como a legislação trate certas questões que fazem parte do regulamento. O diabo está nos detalhes”. Anthony Doyle, vice-presidente regional da Turner Internacional no Brasil, diz que a empresa sempre foi a favor dos conceitos por trás da lei, essencialmente apoiar e gerenciar o conteúdo local no Brasil e, ao mesmo tempo, aumentar a base de assinantes. “Nesse aspecto”, diz o executivo, “estamos 100 por cento com a lei. Discordamos apenas em como ela deve ser executada. Quando você olha para um portifólio tão amplo como o da Turner, é difícil chegar a uma conclusão geral porque cada canal tem uma posição diferente e cada um pode absorver o conteúdo local em graus diferentes. Esperamos que a lei seja o mais flexível possível para que a execução não seja tão traumática”. “No caso da HBO Latin America Group, a empresa terá uma participação mais ativa em termos de produção no país para atender a cota estabelecida pelo governo. “Tem havido controvérsias [sobre a lei] e acredito que impor ao consumidor um horário determinado de programação é negativo, pelo menos contrário à natureza do serviço que oferecemos de televisão por assinatura”, disse Emilio Rubio, presidente de desenvolvimento de mídia e distribuição da empresa. No entanto, o executivo explica que “há um lado bom também porque nos permite criar uma maior massa crítica de produção no país. Estamos empenhados em cumprir com as cotas. Esse é mais um desafio para os outros canais. Eles terão que acompanhar o nosso ritmo”.
Simplicidade cotidiana: A novela da Globo, Cheias de charme, segue os passos de três empregadas domésticas entre alegrias e tristezas.
ma digital não está sozinha em termos de quem não concorda com a legislação. “Agora todos os programadores estão trabalhando para mudar a grade o que não é um problema simples mas não temos nada a fazer, lei é lei e devemos cumprí-la”, diz Alexandre Annenberg, presidente-executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). ENTRE A CRUZ E A ESPADA Por outro lado, o executivo diz que apesar da oposição a alguns pontos do novo regulamento, os benefícios superam o número de dificuldades potenciais. “Não tenho dúvida de que a abertura do mercado a novas operadoras vai aumentar a concorrência e isso é muito importante”, explica Annenberg. “Acho que ninguém em seu perfeito juízo poderia dar agora uma opinião precisa sobre o impacto da lei”, diz Alberto Pecegueiro, diretor-geral da Globosat, em entrevista exclusiva à TV Brasil. Ao invés de ver uma proliferação de novos canais no segmento, o executivo acredita que tem mais a ver “com os canais já existentes que terão que se adaptar 62
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CLASSES DE SATISFAÇÃO O presidente da Fox International Channels (FIC) da América Latina, Carlos Martinez, também está no meio do proverbial ying yang tentando estabelecer um equilíbrio que, segundo ele, tem seus prós e contras. “A vantagem é que nos encoraja a investir mais na produção local, o que estamos fazendo com a equipe que temos no Brasil. O problema é que não podemos ter uma taxa fixa porque dependemos do material que temos em outras regiões. A lei nos coloca na pior das hipóteses porque nos obriga a produzir mas nos dizem ‘você não tem direito aos benefícios porque não é uma empresa brasileira, é uma empresa internacional, apesar de produzir mais de 90 por cento de seu canal no Brasil’.” Apesar das controvérsias, o Brasil continua sendo um mercado prioritário para algumas, se não todas, as grandes empresas internacionais de mídia que oferecem conteúdos audiovisuais no país.
Transformación en Brasil El panorama televisivo en Brasil atraviesa por una importante transición, tanto en términos demográficos, como legislativos. La nueva aprobada ley 12.485 ha desatado polémica por lo que algunos opositores como SKY la catalogan como anticonstitucional. Las entidades que apoyan la medida, como ABPI-TV, señalan que favorecerá el mercado, abriendo espacios para la producción y crecimiento económico. Otras compañías, como Globosat y Turner, sostienen que aún es muy prematuro establecer los resultados de la medida, y habrá que esperar su impacto final en el tiempo.
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Afazeres do cotidiano: A cantora Daniela Mercury participou do programa Um dia com..., produzido pela GLITZ* da Turner, para sua audiência no Brasil.
Por causa do aumento explosivo da classe média, resultado de uma economia forte, e de orçamentos maiores nas mãos dos consumidores, as perspectivas do mercado contêm as condições ideais para o investimento estrangeiro. Uma das estratégias da The Walt Disney Company Latin America (TWDCLA) é criar produções originais visando atender as necessidades de um grande número de segmentos sociais no Brasil. “A Disney é uma empresa que atinge todos os níveis da classe econômica através de seus produtos e conteúdos”, diz Cecilia Mendonça, General Manager da Disney Channels Latin America, TWDCLA. “Um bom exemplo disso é que o Disney Channel em HD está disponível em pacotes mais caros e outros de nossos canais estão disponíveis nos pacotes básicos na maioria das operadoras”, diz a executiva. “Além disso, nos últimos dois anos, as operadoras incluíram os Disney Channel e Disney XD em todas as campanhas de pacotes mais populares para a classe média.” TERRENO FÉRTIL MAS... Enrique Martinez, presidente e diretor-geral da Discovery Networks Latin America/U.S. Hispanic (DLA/USH), tem um argumento semelhante ao de Mendonça e diz que a produção original é importante para atrair o público da classe média. “Acho que o aspecto da concorrência e do marketing em termos de atingir o consumidor e vender o valor do que é a televisão por assinatura está finalmente acontecendo de uma forma muito mais focada.”
O executivo acrescenta que não tem só a ver com o crescimento da classe C “ou as pessoas que migram da classe D para classe C, mas também com o aumento do topo da classe C, os chamados C1, e a ascensão à classe B. Em outras palavras, trata-se do crescimento do poder aquisitivo que está tornando possível uma maior aceitação e compreensão do valor da televisão por assinatura”. Doyle, da Turner Inte r national no Brasil, que está produzindo um estudo de marketing para entender melhor o comportamento do consumidor da classe média no país, diz que “ainda temos muito a aprender com a classe C. Nós temos muita informação sobre a classe média e seus hábitos de consumo, mas há pouca informação sobre seus hábitos de televisão por assinatura. A classe média gasta dinheiro em muitas coisas, mas a televisão por assinatura é um serviço relativamente novo para eles. Nós ainda estamos tentando entender esse público que é a chave para o sucesso e crescimento de nosso negócio”. Enquanto o consenso geral é que o Brasil é um mercado atraente para os programadores internacionais, Pecegueiro da Globosat fala com cautela sobre o crescimento do país. Para Anneberg da ABTA, o futuro está no desenvolvimento de infra-estrutura e nas alterações de grade que devem ser realizadas por causa da nova legislação. “Temos licenças para televisão a cabo em cerca de 500 cidades. Se considerarmos o fato de que há 5.500 cidades no Brasil, podemos ver o potencial que existe para a construção de uma infra-estrutura para atender esse enorme potencial de futuros assinantes. Esse é sem dúvida o maior desafio de todos.”
Programação de impacto: Domingo espectacular da Rede Record procura satisfazer a audiência com notícias em forma de reportagens sobre ciência, turismo, medicina e aventura. 64
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TV BRASIL: Especialistas em economia e publicidade citam
o Brasil como uma economia em crescimento não apenas na América Latina, mas também em todo mundo. Como isso tem impactado os negócios da Globosat? PECEGUEIRO: Isso não tem apenas impactado os negócios da Globosat mas a televisão por assinatura como um todo. A televisão por assinatura é um dos segmentos da mídia de crescimento mais rápido no Brasil. Às vezes ela fica atrás da televisão aberta ou da Internet mas sempre mantivemos a posição número um ou dois nos segmentos líderes em termos de taxas de crescimento no Brasil, o que significa que temos coletivamente ganhado participação de mercado nos últimos 10 anos, pelo menos. O interessante desse fenômeno é o fato de termos sido impulsionados por um crescimento na base de assinantes. Em outros mercados, há dúvidas se a Internet será a grande vencedora em termos de crescimento. No Brasil, a base de assinantes triplicou nos últimos sete ou oito anos e isso tem garantido nosso crescimento em participação de mercado sobre o montante de publicidade mundial. Essa é uma grande vantagem sobre as oscilações da economia e os efeitos da crise internacional.
Alberto Pecegueiro Globosat Por Elizabeth Bowen-Tombari
Com um total de 38 canais e 32,9 milhões de telespectadores distribuídos em quase 10 milhões de domicílios no Brasil, a Globosat ao longo de seus quase 21 anos de existência se tornou a programadora de televisão por assinatura mais importante do país. Nos últimos anos, graças ao crescimento da classe média, o Brasil experimentou um grande desenvolvimento social e econômico. Diante disso, Alberto Pecegueiro, diretor-geral da Globosat, explica que “a televisão por assinatura é um dos segmentos da mídia de crescimento mais rápido no Brasil. Sempre mantivemos a posição número um ou dois nos segmentos líderes em termos de taxas de crescimento no Brasil, o que significa que temos coletivamente ganhado participação de mercado nos últimos 10 anos, pelo menos”. Apesar dessa perspectiva positiva, o executivo acredita que não há espaço para continuar lançando novos canais e que os últimos três, SporTV 3, OFF e Gloob, foram negociados há mais de três anos. A Globosat usou um espaço que já estava garantido. Hoje a empresa está se preparando para transmitir os Jogos Olímpicos de Londres e os quatro canais SD do grupo vão se desdobrar em sinais HD. A empresa deve lançar ainda um canal 3D24 horas para cobrir o evento. Sobre esses assuntos, assim como serviços online, VOD e oportunidades de crescimento para a Globosat, Pecegueiro falou com exclusividade para a TV Brasil. 66
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TV BRASIL: Durante nossa última entrevista, você comentou o lançamento de novos canais: a SporTV 3 e dois em HD. O que você pode dizer sobre o status desses canais? Quais são as condições ideais de um mercado para continuar lançando canais? PECEGUEIRO: Acho que a última parte de sua pergunta esteja se tornando ficção porque no cenário do mercado brasileiro não há mais espaço para canais novos. A maioria das operadoras de DTH e cabo possuem todas as freqüências. Se houver investimento de empresas de cabo ou se as operadoras de DTH contratarem uma capacidade maior de satélite em dois ou três anos podemos voltar a falar no assunto mas, no futuro próximo, não há espaço para mais canais. Tivemos sorte em ter negociado novas freqüências há alguns anos. Estes três novos canais que você mencionou foram negociados há três anos e estamos apenas preenchendo um espaço que já estava garantido. Neste momento, a SporTV 3 ainda não é oferecida pela SKY no Brasil, que está atrás por causa de falta de capacidade. Com exceção da SKY, o canal tem uma ampla distribuição. Outro canal que conta com uma cobertura completa pelas operadoras se chama OFF, o que é uma grande surpresa para nós. É um canal de nicho dedicado a esportes radicais, estilo de vida e aventuras em HD. O canal tem imagens incríveis e tem um impacto no público-alvo, que não acho que seja o jovem, mas pessoas que gostam desse estilo de vida, pessoas que praticam surf, skate, snowboard, ski, caiaque, entre outros. A combinação desses esportes se tornou muito popular nos últimos 20 anos e eles não podem mais ser chamados de extremos ou marginais. Esses esportes representam algo que é maior do que qualquer outro esporte no Brasil, com exceção do futebol. De modo que seu impacto é incrível. O comentário mais freqüente que recebemos sobre o canal é que ele se tornou um elemento de decoração da casa. As pessoas deixam a televisão ligada no canal, mesmo que não estejam assistindo, por causa da beleza e do poder das imagens. Atingimos 7/12
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Produção nacional: D.P.A. - Detetives do prédio azul, desenvolvida pela Gloob, apresenta três amigos inseparáveis que vivem desvendando os mistérios do prédio onde moram.
nossos objetivos de patrocínio para o canal, o que reflete seu bom desempenho. Lançamos esses canais sem esperar muito, mas o impacto no Brasil tem sido fantástico. E o último dos três canais chama-se Gloob, um anagrama de Globo. Ele foi lançado no dia 15 de junho e é a nossa primeira incursão no mercado infantil. Respeitamos muito nossos concorrentes e sabemos que as marcas no mercado brasileiro são jogadoras peso-pesados, empresas que têm agregado um grande conhecimento deste segmento, mas acreditamos que podemos criar um espaço para nós neste mercado. Estamos orientados para o segmento de crianças entre 5 e 9 anos. Vamos aprender muito sobre o mercado a partir de agora, estamos investigando, medindo o impacto, enfrentando os desafios de forma gradual e esperamos que em dois ou três anos estejamos entre os principais canais nessa categoria. TV BRASIL: A alta definição tem sido um bom negócio para
empresas de mídia na América Latina que queriam lançar um canal HD no Brasil. Como o produto tem se desenvolvido na Globosat? Foram criados pacotes para diferentes classes sociais no Brasil? Se afirmativo, qual foi a recepção pelos assinantes? PECEGUEIRO: Ainda o consideramos um produto emergente. Faz quase cinco anos, por exemplo, que lançamos o nosso primeiro canal em HD e até agora nenhum anunciante nos abordou para exibir publicidade em HD. No lado dos assinantes, os ratings não são medidos regularmente. Portanto, embora não temos certeza de seu potencial, não contamos com muitos dados para confirmá-lo.
“Entendemos que muitas
empresas internacionais de mídia estão consideran-
do o Brasil como a última
Coca-Cola no deserto mas não temos a intenção de
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embarcar nessa euforia.
TV BRASIL: Sobre serviços online e
VOD, quais foram os resultados de muu.globo.com? Eles oferecem alternativas para o celular? PECEGUEIRO: O globo.com é o motor tecnológico para as várias empresas da organização. A Globosat 68
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tem o seu próprio departamento de novas mídias, como gosto de chamá-lo ao invés de departamento de Internet, porque inclui as ofertas de VOD com operadoras de cabo e não só produtos de Internet. E isso é algo que tem se expandido rapidamente. Temos uma oferta incrível de aplicativos para nossos canais. Lançamos o muu.globo.com como plataforma online para o conteúdo da Globosat. O Muu e a Telecine estão trabalhando juntos para lançar o Telecine Play, uma plataforma de VOD na Internet. Essencialmente estamos com uma estratégia de TV Everywhere, para a qual formaremos parcerias com nossos clientes no segmento de televisão por assinatura, que são o DTH e as operadoras de cabo. Os assinantes terão acesso a uma grande quantidade de conteúdo na Internet ou como formato de VOD para filmes e também teremos uma plataforma aberta com o conteúdo da biblioteca que estará disponível como uma ferramenta promocional para os negócios de assinatura. Isso já está em operação e estamos fazendo tudo o que podemos para acelerar a oferta.Temos ofertas puras de Internet, jogos e aplicativos disponíveis através de nosso portal. Também lançamos um produto chamado Philos que é muito sofisticado. Neste momento estamos chegando a 500 horas de conteúdo original e adquirido disponível através de VOD. É um produto de alta qualidade que conta com música clássica, arte, documentários, entrevistas e até filmes para os assinantes mais sofisticados. Sofisticados em termos de maior nível cultural o que não tem necessariamente a ver com a classe A ou B – basta que se tenha um interesse especial por cultura. O interessante de tudo isso é que há, como mencionei no início, uma escassez de freqüências para lançar canais lineares e a idéia de desenvolver produtos através de VOD é algo que estamos testando. Estamos prestes a lançar algo chamado Clapp, que é o mesmo para o segmento de música ao vivo. Dependendo da performance desses produtos, talvez possamos expandir esse tipo de oferta de conteúdo encapsulado para VOD que não seja necessariamente através da Internet mas de plataformas de VOD ou operadoras de cabo. Esses são exemplos do que estamos fazendo fora dos canais lineares, do que estamos investindo pesado e do que acreditamos que deva ajudar nossos negócios principais além de abrir novas oportunidades de crescimento no futuro. TV BRASIL: Quais são as oportunidades de crescimento para a
Globosat nos próximos cinco anos? PECEGUEIRO: Tendemos a ser muito cautelosos. Estamos no
Brasil o tempo suficiente para entender que a economia vive ciclos de grande crescimento e de pequeno crescimento. Não estamos apostando que o Brasil vá continuar crescendo assim para sempre. Entendemos que muitas empresas internacionais de mídia estão considerando o Brasil como a última Coca-Cola no deserto mas não temos a intenção de embarcar nessa euforia. Tendemos a ser mais conservadores e sabemos que o Brasil não é uma ilha e que, de alguma maneira, está envolvido na economia internacional. Portanto, se há uma desaceleração na economia mundial, o Brasil também pode sofrer um declínio na taxa de crescimento. 7/12
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otimista, decente e inclusiva e com isso conseguimos manter e transmitir a marca e sustentar a conexão com o público. TV BRASIL: Quais são as estratégias para que os canais da empre-
sa continuem crescendo na região? MENDONÇA: Oferecemos entretenimento de qualidade, rele-
vante para crianças e adolescentes, que se mantém fiel aos valores fundamentais da marca. Continuamos com a estratégia de oferecer programação especial para cada um dos diferentes canais, específicos para cada público alvo, para promover novas conexões sem perder de vista a família.Além disso nossa estratégia aposta na produção regional, com roteiros originais e uma oferta de plataformas múltiplas, e nos talentos latino-americanos jovens e acessíveis. Essa estratégia representa um fator crítico de nosso sucesso. Ela também inclui temas de interesse infanto-junvenil nas estórias, personagens, estética e design. TV BRASIL: De acordo com suas últimas entrevistas, o mercado brasileiro é de extrema importância para a TWDCLA. Quais são os próximos projetos para esse mercado considerando o crescimento da classe média no país? MENDONÇA: A Disney é uma empresa que atinge todas as classes econômicas através de seus produtos e conteúdos.Trabalhamos constantemente para que nossos canais e todos os nossos conteúdos estejam disponíveis para a maior quantidade de pessoas possível na maior variedade de ofertas possíveis. Um bom exemplo disso é que o Disney Channel em HD está disponível em pacotes mais caros e outros de nossos canais estão disponíveis nos pacotes básicos na maioria das operadoras. Além disso, nos últimos dois anos, as operadoras incluíram os Disney Channel e Disney XD em todas as campanhas de pacotes mais populares para a classe média. Estamos também dando atenção para a distribuição digital de nosso conteúdo por meio de canais de vídeo on demand de operadoras especializadas, proporcionando maior conforto e conveniência para o assinante. E para cumprir nosso objetivo de levar conteúdo para mais pessoas, estamos oferecendo mais opções de entretenimento em nosso site disney.com.br (e no disneylatino.com) e em nossos canais oficiais no YouTube. Em termos de produção regional, continuaremos com a estratégia de oferecer conteúdos especializados porque o público brasileiro se identifica com as personagens e as narrativas da programação do Disney Channel, Disney XD e Disney Junior, garantindo sucesso. Nossos planos para este ano são continuar e fortalecer essas tendências.
Cecilia Mendonça
The Walt Disney Company Por Elizabeth Bowen-Tombari
Com um forte compromisso na criação de produções originais e o apoio da The Walt Disney Company Latin America (TWDCLA), os três canais do grupo na região, Disney Channel, Disney XD e Disney Junior, estão firmes nas primeiras posições dos ratings pan-regionais de acordo com os dados do IBOPE. Apesar do sucesso dos canais, a empresa também tem se concentrado em trazer a fórmula para a Internet, onde alcançou 10 milhões de usuários únicos nos sites da disneylatino.com e disney.com.br, além de outros 10 milhões de fãs em redes sociais como o Facebook. Nesta entrevista exclusiva com a TV Brasil, Cecilia Mendonça, General Manager da Disney Channels Latin America, TWDCLA, destaca como a empresa garante a manutenção e transmissão da marca Disney em cada uma de suas produções originais e a importância do crescente mercado brasileiro, entre outros.
TV BRASIL: A realização de produções originais é uma das marcas registradas da empresa. Como vocês garantem a manutenção e a transmissão da marca Disney em cada uma dessas produções? MENDONÇA: O público está respondendo muito bem às nossas propostas de produções regionais. A variedade de projetos que desenvolvemos para cada um dos canais da Disney na região obtém uma ligação emocional com o público. Estamos convencidos de que este seja o caminho: continuar produzindo conteúdo que tenha relevância para a cultura latino-americana. A Disney tem características especiais que definem a identidade da marca e que atingem a popularidade e o alto nível de familiaridade que o consumidor tem com nossos conteúdos. Levamos isso em conta na elaboração de cada uma de nossas produções regionais para cumprir com nosso compromisso de criar valor, inovação, qualidade e as mensagens relevantes que o público espera da Disney. Contamos histórias que mostram uma visão de vida 70
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TV BRASIL: Em meio às rápidas evoluções tecnológicas e seus hábitos de consumo, como você vê o futuro da televisão paga infantil nos próximos cinco anos? MENDONÇA: Faz tempo que enfocamos a experiência das novas mídias em todas as nossas produções televisivas com pensamento inovador e formatos criativos, mantendo o DNA de cada programa. A tendência é continuar a promover uma experiência cada vez mais pessoal e diferente para cada espectador.Vamos continuar a aproveitar a tecnologia para criar produtos de acordo com as expectativas individuais dos telespectadores e estar presente onde nosso público estiver, independente de sua plataforma, complementando a oferta da televisão e oferecendo uma maior diversidade e conveniência na experiência de consumo. 7/12
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TV BRASIL
EM PESSOA
Marcello Coltro MGM Networks Latin America Por Camila Viegas-Lee
O noivo perfeito
A MGM Networks anunciou uma série de produções originais de dar água na boca de seu público latino-americano para o segundo semestre deste ano. Dentre as novidades estão previstos um novo programa de receitas e entrevistas com a chef porto-riquenha Carmen González, finalista do Top Chef Masters de 2010, e o programa gastronômico de Natalia Delgado, vencedora do reality show En busca de la nueva diva versão México. Batizado de Food Hunting, o programa conta com a espontaneidade de Natalia que vai sair de casa em casa colhendo ingredientes para cozinhar de improviso. “Ela vai ter que usar a criatividade para mostrar que é possível criar receitas com o que você tem disponível em casa e evitar o desperdício”, diz Marcello Coltro, vice-presidente executivo de vendas e CMO da MGM Networks Latin America. Outro programa edificante que deve ser lançado no segundo semestre é Carmen al rescate apresentado pela portoriquenha Carmen Batis. Ela vai ensinar mulheres a fazer tudo o que tradicionalmente os homens fazem na casa, desde trocar uma tomada elétrica até pintar uma parede e consertar uma pia. Em entrevista exclusiva para a TV Brasil, Coltro divulgou ainda que a produção para a nova edição de Em busca de la nueva diva no Peru começa em agosto para lançamento em setembro. “Formamos parcerias com a Telefônica do Peru e com a Media Networks”, diz. O canal da MGM SD deve lançar grandes filmes de produção recente como Missão impossível 3, Babel, Guerra dos mundos e The Expendables. Enquanto isso, o canal MGM HD deve apresentar Forrest Gump: O contador de histórias, a trilogia do Poderoso Chefão e A noiva perfeita, dando continuidade a O noivo perfeito que foi lançado anteriormente. Coltro divulgou ainda a aquisição de uma série de produções da Telmex Colômbia, e um programa no formato do The View para os Estados Unidos. “O programa vai ser excepcional e a apresentadora principal é famosíssima, uma pessoa muito importante da comunidade hispânica”, explica. O vice-presidente executivo disse ainda que formou uma parceria com uma revista mexicana e está exportando o formato do Prêmio Contigo brasileiro 72
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para o México. “Estamos com uma quantidade muito grande de produções originais”, diz. Esse ritmo de criação facilitará o cumprimento da nova legislação 12.485 que prevê uma cota de conteúdo nacional para televisão de assinatura no Brasil. A MGM conta com dois canais no Brasil: a MGM Brasil e a MGM HD. Coltro explica que “a MGM HD não foi afetada pela legislação porque é um canal pan-regional, não é exclusivo para o Brasil e não tem publicidade”. O canal MGM Brasil, por sua vez, já conta com uma série de conteúdos locais, como o Prêmio Contigo, por exemplo. “Vamos lançar um novo show chamado Invasão, que vai contar com Giovanna Gasparini, e as negociações estão bastante avançadas para o lançamento de um novo reality show no Brasil.” Além de produzir conteúdo original para os canais da MGM, Coltro diz que está começando a produzir conteúdos para que seus clientes possam usar em suas próprias plataformas.“Estou no meio de três negociações e o que posso adiantar é um mini-reality show que será transmitido pelo SKY Brasil sobre toda a produção de trazer um assinante do canal ao prêmio da AFI: desde a seleção no Brasil, a entrada no avião, a chegada em Los Angeles, etc.”, diz. Há nove anos, o canal produz Loucos por MGM em parceria com a SKY Brasil. O canal leva um assinante e um acompanhante ao tapete vermelho do AFI Life Achievement Award, em Los Angeles. O prêmio já foi entregue a personalidades como Al Pacino, Sean Connery e George Lucas. Esse ano o prêmio será entregue para Shirley MacLaine. O assinante não apenas passa pelo tapete vermelho como também entra na ceia de gala, participa do evento principal e do after party. “É algo sensacional”, diz Coltro. “Faço a mesma coisa com o SKY México.” “Além disso, trago celebridades do cinema brasileiro e mexicano como Sônia Braga, Daniela Escobar, Christiane Torlone, Marília Pêra, Claudia Ohana, Bete Faria, e Jaime Camil, Ana de la Reguera, do México”, explica. “Esse ano nossa convidada especial é a Débora Secco e Cecília Soares. É uma oportunidade única num evento fechado. É ser MGM, a experiência MGM.”
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