BOLETIM ITCP Unochapecó Pág 02
de formação de catadores apresenta Pág 06 Oficina possibilidades de aumento de renda
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Projetos de Saúde Mental e Economia Solidária proporcionam a criação de novas associações
A ITCP: A Incubadora Tecnológica tivismo popular e o desenvolvimento de Cooperativas Populares é um programa permanente de extensão da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) que tem por finalidade promover a inserção de grupos sociais excluídos na economia formal. O projeto trabalha na assessoria de empreendimentos de economia solidária em formação, e a partir disso procura o fortalecimento do coopera-
social do Oeste Catarinense. Em 2011, atuou com 11 empreendimentos e para a realização de suas tarefas, a incubadora articula atividades que envolvem diferentes áreas do conhecimento e trabalho inter e multidisciplinares. Ainda desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas à economia solidária. O Boletim: Como forma de di-
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó Boletim Informativo Danilo Balen - Acadêmico do 4º período de Jornalismo - Bolsista de Extensão da ITCP Chapecó - SC, novembro de 2011
vulgação das atividades da incubadora no ano, o boletim também fez parte do planejamento de atividades para bolsistas de comunicação. Por meio do boletim foi possivel fazer uma compilação das principais matérias produzidas no período de maio à novembro de 2011, além de trazer outros novos informes, e, assim, uma forma de registrar mais um capítulo da história da ITCP Unochapecó. Fotos, matérias, projeto gráfico e diagramação: Danilo Balen
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Rede de ITCPs
IV Encontro de Rede Sul de Incubadoras em Chapecó Encontro reuniu 51 participantes de ITCPs da região sul do Brasil
O evento que ocorre desde outubro de 2008, teve sua segunda realização em território Catarinense e primeira sediada em Chapecó. A primeira no estado foi em Blumenau, no ano de 2009. A realização do encontro tem como objetivo a troca de experiências e metodologias entre os docentes, técnicos, estagiários e bolsistas que participam do projeto ‘Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares’.
Ainda objetiva fortalecer a articulação e atuação em rede das Incubadoras do sul do País, juntamente com o fomento da Economia Solidária, que em 2011 mobilizouse para que vigore uma lei de incentivo aos trabalhadores associados e apoie iniciativas e espaços da ecosol. Neste ano, o encontro realizado nos dias 21, 22 e 23 de julho, contou com a participação de 13 incubadoras, nas quais duas são do Par-
aná, cinco de Santa Catarina e seis do Rio Grande do Sul, totalizando 51 participantes. Várias palestras foram ministradas por mestres e doutores das universidades participantes, além de debates. Após a recepção em Chapecó, a rede definiu que o Paraná será o próximo estado a sediar o 5º encontro da Rede Sul de ITCPs, em 2012, com data e universidade á definir.
Aline Mendonça dos Santos e Telmo Adams expuseram sobre a Pedagogia da autogestão e a estratégia do Centro de Formação em Economia Solidária, Nacional e Sul.
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Rede de ITCPs A contextualização do cenário do Oeste Catarinense foi feita pelo reitor da Unochapecó, Odilon Luiz Poli, na abertura do encontro.
Antônio Andrioli, vice-reitor da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), falou sobre a história e o contexto do camponês e seu modelo de cooperativismo.
O professor da Universidade de Blumenau (FURB), Valmor Schiochet, fez uma análise conjuntural sob a perspectiva política, econômica e da economia solidária.
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Feira de EcoSol
II edição da Feira Microrregional de Economia Solidária ocorre em Dezembro
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m reunião realizada em setembro, o Fórum Regional de Economia Solidária (FRES) já começou a planejar a Feira Microrregional de Economia Solidária que ocorrerá nos dias 10 e 11 de dezembro. O Salão Paroquial da catedral de Chapecó é o local definido para a realização. Seis comissões foram distribuídas entre as instituições e empreendimentos que fazem parte do fórum. A ITCP estará representada em todas as comissões e também na coordenação geral, juntamente com as outras entidades de apoio e empreendimentos que se fizeram
presentes na reunião. Dentro das comissões, a incubadora desenvolverá tarefas por meio de seus técnicos e bolsistas, nos eixos de infraestrutura, organização, cultura, formação, captação de recursos e comunicação. O fórum, como parte do movimento social de Economia Solidária, levou a proposta de articular com mais movimentos sociais e entidades para estarem presentes na feira. O evento serve como espaço para exposição de trabalhos produzidos por empreendimentos de economia solidária, além de ser um momento para fortalecimento,
divulgação do movimento e trocas. Durante o mês de outubro, as comissões se reuniram para definir papéis e estratégias de organização. Em sua programação, estão previstas palestras, oficinas e apresentações culturais. A realização da feira é feita pela Cáritas Brasileira e faz parte do projeto Fortalecendo Experiências de Economia Solidária em Santa Catarina. O evento recebe o apoio do Cresol, FRES, Fórum Extremo-oeste de Economia Solidária (FEOES), Ação Social Diocesana (ASDI) e a Unochapecó, por meio da ITCP.
Atuação
Intervenção com grupo de panificados
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grupo de panificados Dom José Gomes recebe apoio da Secretaria Pastoral da Região Nordeste, ligada a igreja católica. Ainda funciona na informalidade e a tentativa de dar certo é alimentada por duas mulheres que arranjam parte de seu tempo diário para a produção de panificados, pois não dispõem tempo exclusivo para esta atividade. A ITCP reuniu-se com o grupo em maio de 2011 e desde então de-
senvolveu atividades no espaço físico, realizando uma adequação da estrutura e do local de produção. Também desenvolve a atividade dos 5S, despreendida da seguinte forma: 1º S – Senso de utilização: separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário; 2º S – Senso de organização: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar; 3º S – Senso de limpeza: manter um ambiente sempre limpo, eliminando as causas da sujeira e aprendendo a não sujar; 4º S – Senso de
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saúde e higiene: manter um ambiente de trabalho sempre favorável à saúde e higiene; 5º S – Senso de auto-disciplina: fazer dessas atitudes um hábito, transformando os 5 S’s numa forma de vida. A atividade dos cinco sensos tem o objetivo de facilitar a execução das tarefas, evitando perda de materiais e de tempo. Além dessa atividade, foram trabalhados os princípios da economia solidária, fazendo um resgate da história da ecosol, até os dias de hoje.
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Cadeia da Reciclagem
Edital contempla ITCP Unochapecó e catadores da região
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questão que envolve a coleta seletiva e as demais ações relacionadas à resíduos sólidos tem recebido importância frente à políticas públicas, pois apresenta-se como um dos eixos estratégicos para o Com a finalidade de estimular a criação e ao fortalecimento de redes de cooperação, o edital “Fomento a empreendimentos econômicos solidários e redes de cooperação atuantes com resíduos sólidos constituídas por catadores e catadoras de materiais reutilizáveis e recicláveis” também procura promover a incubação e assessoria técnica na constituição e fortalecimento de empreendimentos, que é o trabalho que a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Unochapecó realiza com três associações de catadores de Chapecó e, por conta disso, está entre as 29 conPara o coordenador da incubadora, Carlos Eduardo Arns, a importância da conquista para os catadores é o fortalecimento da cadeia produtiva da reciclagem, o que não se limita apenas aos catadores com os quais a ITCP trabalha, mas numa visão maior, que abrange a região. “Eles tornam-se mais autônomos na construção da sua própria história”, comenta. Para a ITCP, a importância é a difusão que possibilitará, da incubadora e também da universidade, abrindo um espaço maior para a pesquisa e a extensão.
poder público e a sociedade, já que possui implicações em todas as áreas de desenvolvimento do país. Ao pensar nisso e em uma forma de incentivo à empreendimentos econômico solidários e redes de cooperação que atuam templadas com o edital. O prazo de envio da proposta era até o dia 23 de outubro de 2011, e o resultado fora divulgado no dia 04 de novembro. A ITCP Unochapecó apresentou a proposta “Tecendo Rede de Reciclagem” e concorreu com outras 100 propostas de todo o país e obteve 91 pontos, o que lhe garantiu o sexto lugar entre as classificadas. Os critérios de avaliação utilizados baseavam-se na qualificação e estrutura técnica, experiência institucional, capacidade operacional da proponente e a metodologia da proposta inscrita, totalizando 14 itens, que somados chegavam à 100
com resíduos sólidos, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) publicaram o edital de chamada pública SENAES/MTE nº 004/2011. pontos. O valor dos recursos variava conforme o número de catadores beneficiados, sendo o mínimo de R$500mil – 200 catadores beneficiados, e o máximo de R$2milhões – para beneficiar 800 catadores. O projeto selecionado prevê a compra de ferramentas de trabalho para as associações de catadores, como balanças eletromecânicas e prensas eletrohidráulicas. Agora, a incubadora da Unochapecó aguarda o fechamento do convênio com o MTE para o início das atividades que estão previstas para 2012 e 2013.
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Cadeia da Reciclagem
Oficina de formação à recicladores promove troca de experiências “Acham que catador é lixeiro”, enfatiza a Assistente Social de São Miguel do Oeste, Carmen Viero.
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ealizou-se no dia 21 de setembro a Oficina com Catadores de Materiais Recicláveis do projeto ‘Fortalecendo Experiências de Economia Solidária em Santa Catarina’, promovido pela Cáritas Brasileira Regional. Quatro municípios da região estavam representados na oficina por meio de assistentes sociais e catadores. Além de Chapecó, fizeram-se presentes Guarujá do Sul, São Miguel do Oeste e Xanxerê. A proposta é de apresentar possibilidades de aumentar a renda dos envolvidos e criar novos grupos a cada uma das etapas do projeto, que é dividido em seis fases, nas quais oferece cursos de gestão e viabilidade econômica aos catadores, para que assim possam ter maior autonomia
na hora de gerenciar o empreendimento do qual fazem parte. Por meio de palestras, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Unochapecó participou desta segunda etapa do curso. A troca de experiências é a protagonista da oficina, pois os catadores de um município têm a oportunidade de conhecer a forma de trabalho e dificuldades enfrentadas pelos demais catadores da região. Entre os principais pontos discutidos no encontro, comentou-se sobre o fechamento do aterro sanitário de Chapecó, que teve de ser interditado anos antes do previsto e hoje a cidade tem seu lixo destinado ao município de Saudades. Também pautou-se sobre a educação ambiental. Participantes de associações
trouxeram a informação que municípios pequenos já trabalham com a população princípios da educação ambiental, para que a comunidade separe e destine seus resíduos a associações. Desta forma, é possível melhorar a limpeza dos espaços. Ainda como troca de experiência, as associações presentes comentaram os obstáculos enfrentados dia a dia, como estrutura precária, esquecimento por parte de autoridades políticas, falta de apoio e aproveitamento de pessoas mal-intencionadas. Todos têm sonhos em comum, procuram reconhecimento da sociedade pelo trabalho exercido e pela inclusão de inúmeras famílias, que através das associações de catadores agora tem uma renda mensal fixa.
A Técnica da ITCP, Graciela Novakwski, que acompanha três associações de recicladores de Chapecó, trouxe a discussão da realidade dos catadores e a lei de resíduos sólidos implantada em 2010. O Coordenador da ITCP, professor Carlos Eduardo Arns ministrou a discussão sobre princípios de autogestão e cooperativismo.
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Cadeia da Reciclagem
Atuação com catadores ITCP contribui na legalização de duas associações de materiais recicláveis, englobando 26 recicladores
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ITCP acompanhou a criação do grupo de 14 mulheres catadoras Raio de Luz (AMARLUZ) em maio de 2011, e a associação de 12 recicladores Nova Vida (ASMAVI), em junho do mesmo ano, oferecendo assessoria na criação do estatuto das associações e informando-as quanto aos trâmites legais pelos quais o grupo enfrentará enquanto uma associação legalizada. Os grupos tiveram a oportunidade de participar de oficinas e eventos realizados para a cadeira de reciclagem, como a Oficina com Catadores de Materiais Recicláveis do projeto Fortalecendo Experiências em Economia Solidária em Santa Catarina e o 4º Encontro de Rede Sul de Incubadoras, possibilitando a troca de experiências com outros grupos, conhecimento de outros contextos e técnicas de trabalho. Na demanda econômica, a Incubadora criou, juntamente com os associados de cada grupo, planilhas de controle de comercialização dos materiais, o que oferecerá às associações o maior domínio de sua produção.
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Ambas as associações foram assistidas socialmente, com a coleta de dados para realização de um cadastro socioeconômico das associadas para a comprovação da assistência feita pela Unochapecó. Na AMARLUZ, além do cadastro, houve a inserção no projeto Mesa Brasil, do SESC. Já na ASMAVI, a Incubadora articulou parcerias e conseguiu a doação de telhas para refazer o coberto do barracão da associação, que agora proporciona um ambiente mais favorável ao trabalho do grupo. Ambas as associações participaram de um curso de inclusão digital, oferecido pela Incubadora da Unochapecó, em parceria com o Verde Vida.
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Cadeia da Reciclagem
FRSC:
Um ano de fomento à atitudes ambientais
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o completar um ano de fundação em novembro de 2011, o Fórum de Resíduos Sólidos de Chapecó participou de uma reunião com Promotor Ministério Público Estadual e Federal, tratando de questões ambientais e resíduos sólidos, bem como apresentação e publicização do FRSC. Também solicitou apoio para o evento que será realizado no dia 13 de dezembro, a I Jornada para discussão da Política Nacional de Resíduos Sólido de Chapecó. Durante 2011, as 22 entidades participantes foram elencadas em Grupos de Trabalho (GT) para a realização de suas tarefas. A questão do uso de veículos de tração animal em Chapecó foi discutida pelo GT Sócioeconômico e Cultura, juntamente com os catadores. Ainda recebeu uma demanda apresentada pelos catadores sobre as condições para trabalho e distribuição de forma igualitária das cargas de material reciclável. Esta demanda foi debatida e a partir dela, encaminhou-se um oficio para Prefeito municipal. No GT Educação Ambiental, à pedido Câmara Municipal, a temática da diminuição no uso de sacolas plásticas foi abordada. A discussão também envolveu representantes do comércio. O FRSC ainda passou a integrar as atividades da semana do meio ambiente em Chapecó, que é promovida pela Fundema. O GT de Legislação Ambiental e Políticas Públicas realizou uma discussão sobre a Legislação Ambi-
ental do município vigente e os projetos que serão implantados, com a participação dos secretários de Serviços Urbanos e Saneamento de Chapecó. Com o intuito de estender as atividades de Educação Ambiental, o FRSC participou da Efapi 2011, feira que reuniu mais de 640 mil pessoas, segundo dados divulgados pela assessoria do evento. Esta atividade envolveu todas as instituições participantes e serviu para concretização dos objetivos e metas do fórum.
Na Efapi, a atividade desenvolvida pelo fórum foi por meio do Lixômetro, que teve por objetivo conscientizar os visitantes da quantidade de resíduos que provém da feira a cada hora. Uma sirene foi disparada em alerta ao início da coleta do material, que posteriormente foi depositado no termômetro de três metros de altura por um metro e vinte de diâmetro.
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Cadeia do Artesanato
Objetivo alcançado: maior participação nas atividades O grupo Mães de Nazaré, do Distrito Marechal Bormann, desenvolve trabalhos artesanais utilizando a reciclagem de restos de tecidos, transformando-os em peças exclusivas, que vão desde vestimentas, até enfeites para decoração. Esse trabalho é considerado um modelo de ecodesign, que de forma sustentável e criativa funciona como uma nova tendência e ganha espaço.
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s Mães de Nazaré existem desde 1998, e a ITCP as acompanha desde 2010. No ano de 2011 foram disponibilizadas ao grupo, que está em fase de incubação, oficinas de sobre viabilidade econômica de produtos e controle de produção e estoque. A demanda econômica foi apresentada pelo grupo como uma das dificuldades encontradas pelas artesãs, seja na hora de atribuir preços aos produtos confeccionados, como
também na hora de organizar-se enquanto associação. Além da demanda econômica, a equipe da incubadora desenvolveu um trabalho com as crianças que freqüentam os encontros, que fazem parte da família das mulheres artesãs. Atividade de leitura de fábulas e jogos educativos foram alguns dos passatempos levados às crianças. Outra demanda trazida pela associação foi a produção de um documentário que abordasse a
história da associação. A ITCP deu inicio a essa demanda, que terá continuidade no próximo ano. O principal objetivo alcançado no ano de 2011, apresentado por elas, foi o incentivo ao trabalho e a participação dos encontros, que na primeira reunião realizada no ano tinha participação de apenas três pessoas, contraposto a 23 participantes na reunião do dia 22 de novembro, último dia de intervenção para com as artesãs neste ano.
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Saúde Mental e EcoSol
Projetos de inclusão social possibilitam parceria com CAPS O trabalho é desenvolvido por equipe multiprofissional, que envolve funcionários e usuários do CAPS, professores, técnicos de extensão, estagiários e bolsistas de diferentes áreas do conhecimento, vinculados á ITCP. Espera-se que ao longo do desenvolvimento das atividades, o projeto possibilite aos usuários, por meio de geração de trabalho e renda, maiores possibilidades de inclusão social. Foto: Equipe CAPS Palmitos
Palmitos - Por meio do projeto Saúde Mental e Economia Solidária: Re-Costurando Vivências no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), a ITCP realiza atividades de formação junto a 11 usuários do CAPS Palmitos, caracterizados por transtornos severos e persistentes. Como objetivo do projeto, a criação de uma associação, de direitos privado e de natureza social, sem fins lucrativos. Desde março deste ano, a Incubadora desempenha ações que levam como base a metodologia da
educação popular e por meio de oficinas, a equipe da ITCP aborda o trabalho associativo, relacionando seus aspectos econômicos, legais, sociais e emocionais. Este projeto é subsidiado de acordo com a ideologia da Economia Solidária. Assim, o desenvolvimento de atividades que valorizem o saber de cada um é a principal ideia, o incentivo a autogestão, a democracia, o trabalho cooperativo e as relações solidárias. Entre as atividades, discutiu-se e elaborou-se o estatuto, o que também proporcionou a discussão sobre
o nome denominado à associação, que passou a ser Associação Amigos do CAPS Palmitos (AAMI-CAPS). Hoje, a associação passa pelo processo de organização do que é produzido, além de receber capacitação para delegação de funções, formas de registro e controle, como também a estratégias de comercialização, horários de trabalho e remuneração. O trabalho volta-se a reutilização de materiais e, ao desenvolvimento de produtos ligados a cadeia produtiva do artesanato.
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Saúde Mental e EcoSol Chapecó - Desde março ITCP da assessora a Associação dos Usuários de CAPS (ASUCAPS). Este trabalho é fruto de uma parceria que viabilizou-se por meio da aprovação do projeto Arte, Cultura e Renda na Rede de Saúde Mental, fomentado pelo Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e do Emprego, o qual destinou mais de R$ 1 milhão, para incentivo à formação de empreendimentos solidários, em diferentes cadeias produtivas. Dentre 150 projetos de saúde mental aprovados em nível nacional, o CAPS II de Chapecó foi um dos contemplados. Após apresentada a proposta de
parceria entre o CAPS e a ITCP, iniciou-se as atividades voltadas aos 26 usuários, que são portadores de transtornos mentais. Inicialmente, as ações foram desenvolvidas com a equipe de profissionais, quando foi possível compartilhar experiências em economia solidária e saúde mental, socializando as diferentes práticas que permeiam o trabalho nas instituições envolvidas – CAPS e ITCP. Atualmente, o foco das intervenções se dá junto à Associação. São desenvolvidas a partir de oficinas semanais, as quais abordam o trabalho associativo tanto em seus aspectos econômicos, contábeis/fiscais e legais, quanto no desenvolvi-
mento e aprimoramento de habilidades técnicas do artesanato. Além disso, preza-se pelo acolhimento e cuidado aos aspectos emocionais e relacionais decorrentes deste processo. Até o momento, já foram desenvolvidas oficinas de capacitação que abordam o campo da organização, gestão financeira e viabilidade econômica do empreendimento. A escolha dos produtos se deu pelos próprios usuários, considerando o que sabiam produzir ou que gostariam de aprender. O foco da produção volta-se ao tricô, crochê, estopa e produtos elaborados a partir do jornal.