Portfรณlio
Jornalista (Unochapecรณ/2014) Atualizado em Setembro de 2019 danilobalen@gmail.com
PĂ´steres
Bruna Vieira Dorneles, Graduada em Letras (UFRGS) e Graduanda em Psicologia (IPA)
A partir da análise das principais produções literárias e cinematográficas do clássico A Bela e a Fera e tendo como fundamentação teórica os estudos acerca de transferência para a psicanálise, este trabalho busca compreender os processos vinculares entre sujeitos, por meio do contato com o texto literário. Foram analisados o percurso da construção subjetiva dos personagens Bela e Fera e a forma pela qual ambos se libertam das imposições normativas da sociedade, após o vínculo estabelecidos entre eles e a literatura – por meio da transferência.
Por meio dessa pesquisa, foi possível perceber a multiplicidade de sentidos que os contos de fadas – tradicionais e adaptados- despertam no sujeito leitor e espectador. Objetivou-se retirar o conto infantil do ideário popular que entende o texto apenas como idealização da figura feminina, representada por uma princesa, e como hierarquia da personagem masculina. Por meio da análise referida, foi possível mostrar que os contos de fadas são histórias, acima de tudo, sobre esperança e que, para Belttelheim (2014), desempenham papel fundamental na constituição psíquica da criança.
De acordo com Freud (1996) e Zimerman (1999), a transferência é um processo inato das relações humanas. Ela ocorre na constituição de vínculos afetivos com o outro, não apenas no setting terapêutico. Sendo assim, Gutfreind (2010) entende que, na leitura de um texto literário, estabelecemos um processo transferencial não apenas com o material lido, mas também com o sujeito que nos lê em voz alta uma história. Nesse ínterim, os personagens Bela e Fera encontram-se em transferência com o meio literário, construindo uma relação de amizade a partir do interesse em comum pela literatura. Ao ler para Fera, Bela permite que a transferência pelo tom de voz seja possível, encontrando um ponto de contato com o sujeito ouvinte. Para a psicanálise isso é possível porque, ao ouvir uma história em voz alta, remetemo-nos à voz de nossa mãe – que é o primeiro vínculo afetivo que estabelecemos quando chegamos ao mundo. Ainda, é por meio da leitura que ambos os protagonistas se emancipam das normas sociais vigentes e que conseguem viver como são: uma mulher leitora em uma aldeia regida pelo patriarcalismo e um homem enfeitiçado vivendo em um castelo com personagens mágicos.
Considera-se que A Bela e a Fera é uma história sobre a emancipação de dois sujeitos vistos como desviantes da normatização social imposta, por meio da relação transferencial entre os personagens e entre a literatura.
Para realizar a análise da construção transferencial e da subjetivação dos personagens pela literatura, foram analisados textos literários e cinematográficos, a fim de traçar comparativos entre as representações artísticas. O corpus da pesquisa deteve-se em analisar as versões de A Bela e a Fera de Madame de Beaumont e de Madame de Villeneuve, escritos no século XVIII. Ainda, analisaram-se versões mais contemporâneas, originárias dos sucessos cinematográficos, como o livro de Jennifer Donnelly (2017). Levando-se em consideração as produções para o cinema, as versões dos estúdios Disney de 1991 e de 2017 compuseram este estudo. Os personagens e as relações que estabelecem um com o outro e com o meio em que vivem foram percebidos sob a luz da psicanálise, especialmente, por meio dos estudos de Freud (1996), Zimernan (1999) e Gutfreind (2010).
V Salão de Iniciação Científica, Pesquisa e Extensão Porto Alegre, 07 e 08 de novembro de 2017.
A BELA e a Fera. Direção: Gary Trousdale, Kirk Wise. 1991. 1 DVD (1h32min). A BELA e a fera. Direção: Bill Condon. 2017. 1 DVD (2h09min). BEAUMONT, Madame de. VILLENEUVE, Madame de. A Bela e a Fera. Rio de Janeiro: Zahar, 2016. BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e terra, 2014. CARVALHAL, Tania Franco. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986. CORSO, Diana; CORSO, Mário. A psicanálise na terra do nunca. Porto Alegre: Penso, 2011. ______. Fadas no divã. Porto Alegre: Artmed, 2006. DONNELLY, Jennifer. A Bela e a Fera: perdida em um livro. São Paulo: Universo dos Livros, 2017. FREUD, Sigmund. A dinâmica da transferência. In O caso Schreber, artigos sobre técnica e outros trabalhos (Obras psicológicas completas de Sigmund Freud, Vol. XII). Rio de Janeiro: Imago, 1996. GRIMM, Jacob; Grimm Wilhelm. Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen & outros. Tradução de Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. GUTFREIND, Celso. O terapeuta e o lobo: a utilização do conto na psicoterapia com a criança. Porto Alegre: Artes e ofícios, 2010. ZIMERMAN, David. Transferências. In Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica: uma abordagem psicanalítica. Porto Alegre, Artmed, 1999.
A partir da análise das principais produções literárias e cinematográficas do clássico Cinderela e tendo como base a teoria psicanalítica acerca da neurose, este trabalho busca compreender a relação que o homem contemporâneo estabelece com o seu desejo. Para tanto, leva-se em consideração a forma como somos estimulados, atualmente, e a incapacidade de desejar da qual nos tornamos vítimas. Em contrapartida, faz-se a análise da personagem Cinderela, que, ao estabelecer uma relação de discordância com o meio em que está inserida, exerce a pulsão de vida com o preceito “um sonho é um desejo que o seu coração faz”.
Para Minerbo (2013), tornamo-nos os não-neuróticos. Dessa maneira, o homem contemporâneo, sobrecarregado com os estímulos oriundos das novas tecnologias de comunicação, não sofre de neurose, ou seja, da incapacidade de elaborar o desejo. Sendo assim, torna-se vítima da inabilidade de tornar-se um sujeito desejante. No clássico Cinderela, tem-se uma jovem aprisionada por um meio familiar desestruturado e opressor. Entretanto, a protagonista mostra sua pulsão de vida em meio à alienação social, ao optar por ter uma vida em melhores condições e ouvir o seu desejo.
Para realizar a análise do homem contemporâneo incapaz de desejar e da pulsão de vida da personagem que busca a realização do desejo, foram analisados textos literários e cinematográficos, a fim de traçar comparativos entre as representações artísticas. O corpus da pesquisa deteve-se em analisar as versões de A gata borralheira de Charles Perrault e dos irmãos Grimm, escritos no século XVII e XIX, respectivamente. Levando-se em consideração as produções para o cinema, as versões dos estúdios Disney de 1950 e de 2015 compuseram este estudo. A personagem Cinderela foi analisada, especialmente, por meio dos estudos de Freud (1996) sobre a neurose, de Minerbo (2013) sobre a não-neurose, de Gutfreind (2010) e de Bettelheim (2014) acerca da importância dos contos infantis no desenvolvimento infantil saudável.
Esta pesquisa resultou na constatação de que os contos de fadas são histórias, acima de tudo, sobre esperança e que, para Belttelheim (2014), desempenham papel fundamental na constituição psíquica da criança. Sendo assim, desmistifica-se o ideário popular que entende as narrativas de princesas apenas como a idealização da figura feminina e como a hierarquização da personagem masculina.
Considera-se que Cinderela é uma história sobre esperança e transformação do ego, entendendo a protagonista, a partir do viés psicanalítico, como um sujeito desejante e com pulsão de vida.
V Salão de Iniciação Científica, Pesquisa e Extensão Porto Alegre, 07 e 08 de novembro de 2017.
CARVALHAL, Tania Franco. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986. CINDERELA. Direção: Clyde Geronimi, Hamilton Luske e Wilfred Jackson. 1950. 1 DVD (1h12min). CINDERELA. Direção: Kenneth Branagh. 2015. 1 DVD (1h44min). CORSO, Diana; CORSO, Mário. A psicanálise na terra do nunca. Porto Alegre: Penso, 2011. ______. Fadas no divã. Porto Alegre: Artmed, 2006. FREUD, Sigmund. A dinâmica da transferência. In O caso Schreber, artigos sobre técnica e outros trabalhos (Obras psicológicas completas de Sigmund Freud, Vol. XII). Rio de Janeiro: Imago, 1996. GRIMM, Jacob; Grimm Wilhelm. Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen & outros. Tradução de Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. ______. Contos maravilhosos infantis e domésticos. Tradução de Christine Rohrig. São Paulo: Cosac Naify, 2012. GUTFREIND, Celso. O terapeuta e o lobo: a utilização do conto na psicoterapia com a criança. Porto Alegre: Artes e ofícios, 2010. MINERBO, Marion. Neurose e não neurose. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013.
BRUNA VIEIRA DORNELES, Graduada em Letras (UFRGS), Graduanda em Psicologia (IPA), Pós-graduanda no curso de Especialização em Literatura Brasileira (PUCRS) INTRODUÇÃO: Este estudo é uma análise de obras da literatura e do cinema, que tenham como escopo a estrutura tradicional de um conto de fadas (obstáculos a serem vencidos pelo herói e a superação dos desafios). Através do corpus selecionado, traça-se uma leitura crítica, por meio da teoria da literatura, da formação de leitores e da psicanálise. Esta pesquisa já desenvolveu análises dos contos de fadas Malévola, Branca de Neve e os sete anões, Lili & Stitch, The evil queen de Once Upon a Time, A Bela e a Fera, Cinderela, Princesinha Sofia, Tinker Bell e também verificou a importância dos vilões para as histórias infantis. OBJETIVOS: Visa-se, por meio da criticidade da leitura, apontar os elementos fundamentais contidos nessas obras, que servem para a formação de um psiquismo saudável e para a formação leitora, através do amadurecimento das emoções e do enfrentamento de situações adversas oriundas do plano da realidade que nos exigem, diversas vezes, uma resolução por meio de fantasias infantis. METODOLOGIA: Tendo como referencial teórico o processo de letramento literário de Rildo Cosson (2006) e o trabalho com o texto literário na clínica, promovido por Celso Gutfriend (2010), esta pesquisa analisa a importância dos contos infantis para o desenvolvimento do psiquismo do sujeito, em ambientes tanto escolares quanto clínicos. Para tanto, assume-se a leitura de Bruno Bettelheim (2014), ao entendermos que os contos de fadas são, acima de tudo, histórias de esperança, que preparam a criança para as castrações culturais e para os enfrentamentos que a vida adulta impõe para que se atinja o amadurecimento emocional. Este estudo conta com a análise de produções literárias dos contos de fadas, especialmente, as versões de Jacob e Wilhelm Grimm , e de obras cinematográficas do estúdios Walt Disney.
RESULTADOS: O processo de formação de leitores, por meio do letramento literário, é realizado de acordo com o vínculo estabelecido entre leitor e livro, levandose em consideração o que o texto literário faz ecoar e despertar no sujeito leitor. Dessa maneira, no ambiente clínico, a leitura é terapêutica em função da transferência estabelecida entre paciente e terapeuta, direcionada para a construção do simbólico como meio de superação ou de reconhecimento de sintomas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O processo transferencial é eficaz quando há um vínculo potente entre paciente e terapeuta, mas também entre eles e a história lida e entre eles e os personagens descobertos. Na escola, o conto infantil desempenha papel singular na formação de leitores, como também no desenvolvimento de habilidades que tornam a criança mais segura e confiante para sentir-se pertencendo do mundo. REFERÊNCIAS: BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e terra, 2014. CARVALHAL, Tania Franco. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986. CORSO, Diana; CORSO, Mário. A psicanálise na terra do nunca. Porto Alegre: Penso, 2011. ______. Fadas no divã. Porto Alegre: Artmed, 2006. COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006. FREUD, Sigmund. A dinâmica da transferência. In O caso Schreber, artigos sobre técnica e outros trabalhos (Obras psicológicas completas de Sigmund Freud, Vol. XII). Rio de Janeiro: Imago, 1996. GRIMM, Jacob; Grimm Wilhelm. Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen & outros. Tradução de Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. GUTFREIND, Celso. O terapeuta e o lobo: a utilização do conto na psicoterapia com a criança. Porto Alegre: Artes e ofícios, 2010. ZIMERMAN, David. Transferências. In Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica: uma abordagem psicanalítica. Porto Alegre, Artmed, 1999.
Bruna Vieira Dorneles, Graduada em Letras (UFRGS), Graduanda em Psicologia (IPA) Este estudo é uma análise da produção televisiva Disney Princesinha Sofia¸ que conta com 4 temporadas. A análise é feita a partir da analogia com a teoria da filósofa Simone de Beauvoir, ao entender que, em Princesinha Sofia, para ser princesa é necessário, acima de tudo, ter bondade e generosidade no coração, não bastando a descendência real. O trabalho é fundamentado teoricamente com os estudos do psicanalista Bruno Bettelheim (2014), que assume que os contos de fadas são histórias tradicionais da passagem de esperança e de benevolência.
Segundo Beauvoir (2016), há uma série de imposições sociais que ditam o que homens e mulheres devem ser enquanto tais. Analogicamente a isso, analisou-se a protagonista Sofia, a fim de desmistificar a ideação popular que entende a princesa dos contos de fadas como uma mulher apenas idealizada. Sofia destaca-se das demais por ser criança e estar exatamente no lugar de fala do seu público espectador alvo: em idade de desenvolvimento de relações afetivas, de descobertas do mundo e de turbulências no âmbito familiar. Ela nasceu aldeã e ganhou o título real quando a mãe se casara com o rei, entretanto, apenas tornou-se uma princesa ao entender que este é um papel que exerce o cuidado sobre a comunidade, sobre os animais e sobre a família e os amigos. Ser princesa, portanto, é cuidar do outro.
Para realizar a análise da relação estabelecida com o título de princesa e o cuidado, bem como a desmistificação do ideário popular acerca das protagonistas dos contos de fadas, levou-se em consideração as teorias filosóficas e psicanalistas de, respectivamente, Beauvoir (2016) e Bettelheim (2014). Para tanto, analisou-se a obra televisiva dos estúdios Disney Princesinha Sofia, composta por 4 temporadas e lançada em 2013, dando ênfase à Sofia e considerando os processos comportamentais e emocionais vividos na infância.
V Salão de Iniciação Científica, Pesquisa e Extensão Porto Alegre, 07 e 08 de novembro de 2017.
Por meio dessa pesquisa, foi possível romper com o imaginário popular que compreende as princesas dos contos de fadas como idealização e submissão da mulher. Por meio da protagonista Sofia, mostrou-se que princesa é alguém que exerce cuidado sobre os outros e que ocupa um papel significativo de liderança para a comunidade. Entretanto, a principal característica de uma princesa é a benevolência, perpassada pelos contos infantis, como analisado por Bettelheim (2014).
Com esta pesquisa, considera-se que a série televisiva Princesinha Sofia salienta a importância do papel de poder exercido pelas personagens princesas, especialmente, ao destacar que assumem essa posição para cuidar da comunidade, exercendo bons sentimentos como a bondade e o amor.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e terra, 2014. CARVALHAL, Tania Franco. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986. CORSO, Diana; CORSO, Mário. A psicanálise na terra do nunca. Porto Alegre: Penso, 2011. ______. Fadas no divã. Porto Alegre: Artmed, 2006. GRIMM, Jacob; Grimm Wilhelm. Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen & outros. Tradução de Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. ______. Contos maravilhosos infantis e domésticos. Tradução de Christine Rohrig. São Paulo: Cosac Naify, 2012. GUTFREIND, Celso. O terapeuta e o lobo: a utilização do conto na psicoterapia com a criança. Porto Alegre: Artes e ofícios, 2010. PRINCESINHA Sofia. Criador: Craig Gerber. Produção: Disney, 2013. 4 temporadas.
A tríade vilã e sua importância na formação do psiquismo infantil Bruna Vieira Dorneles, Graduada em Letras (UFRGS), Graduanda em Psicologia (IPA)
INTRODUÇÃO: Este trabalho é uma análise da
RESULTADOS: Por meio dessa pesquisa, foi
importância dos vilões, nos contos de fadas, para o desenvolvimento saudável da criança. Toma-se como base o psicanalista Bruno Bettelheim (2014), uma vez que compreende os contos infantis como formadores da subjetividade e do psiquismo do infante e como sintetizadores dos conflitos humanos universais.
possível perceber que os vilões exercem extrema importância na formação das crianças, uma vez que nos mostram que os contos de fadas são histórias de esperança e que nos ensinam a nunca desistir. Dentro desta perspectiva, tomou-se como base três contos clássicos, entretanto, a teoria será aplicada, futuramente, em análises de outros personagens vilões, a fim de buscar-se maior consistência argumentativa.
REFERENCIAL TEÓRICO: Para Bettelheim (2014), os contos de fadas são imprescindíveis para o crescimento da criança. Eles apresentam os conflitos universais que todo adulto se deparará: a luta entre o bem e o mal e que, por vezes, podemos tomar atitudes boas ou ruins, dependendo do caminho que escolhermos. Os vilões são fundamentais para a construção psíquica infantil por serem a representação de que ninguém nasce bom ou ruim – tudo é resultado do meio em que estamos e de nossas escolhas. Os personagens vilões, ainda, mostram à criança que, apesar dos obstáculos, ela pode sempre vencer. Sendo assim, assume-se a ideia de que os contos de fadas são, acima de tudo, histórias de esperança.
MÉTODO: Para realizar a análise da importância dos vilões para o desenvolvimento saudável infantil, foram analisados textos literários e cinematográficos, a fim de traçar comparativos entre as representações artísticas. O corpus da pesquisa deteve-se em analisar as produções cinematográficas dos estúdios Disney, como A Bela Adormecida, Branca de Neve e os sete anões e A Pequena Sereia. Ainda, foram estudados contos da literatura, contidos na antologia Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen & outros. (2010). As personagens estudadas foram as vilãs protagonistas das obras supracitadas, respectivamente: Malévola, Rainha Má e Úrsula. O percurso metodológico contou, ainda, com a análise das obras a partir dos trabalhos de Bettelheim (2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se que as personagens Malévola, Rainha Má e Úrsula são três das principais vilãs construídas pelo mundo fantástico dos estúdios Disney. Sendo assim, ocupam uma importância papel na projeção de angústias das crianças e ajudam-nas a decodificar as mensagens do mundo.
REFERENCIAL: A BELA adormecida. Direção: Les Clark, Eric Larson e Wolfgang Reitherman. Produção: Walt Disney, 1959. 1 DVD (75 min). A PEQUENA sereia. Direção: John Musker. Ron Clements. 1989. 1 DVD (1h25min) BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e terra, 2014. BRANCA de Neve e os sete anões. Direção: David Hand, Willian Cottrell, Wilfred Jackson, Larry Morey, Perce Pearce e Ben Sharpsteen. Produção: Walt Disney, 1937. 1 DVD (75 min). CARVALHAL, Tania Franco. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986. CORSO, Diana; CORSO, Mário. A psicanálise na terra do nunca. Porto Alegre: Penso, 2011. ______. Fadas no divã. Porto Alegre: Artmed, 2006. GRIMM, Jacob; Grimm Wilhelm. Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen & outros. Tradução de Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. ______. Contos maravilhosos infantis e domésticos. Tradução de Christine Rohrig. São Paulo: Cosac Naify, 2012. GUTFREIND, Celso. O terapeuta e o lobo: a utilização do conto na psicoterapia com a criança. Porto Alegre: Artes e ofícios, 2010.
V Salão de Iniciação Científica, Pesquisa e Extensão Porto Alegre, 07 e 08 de novembro de 2017.
Projeto gráfico
Revista Sexual A Revista Sexual é u m proj eto gráfico ex perimen tal apresen tado para conclusão d e curso em 2013. O objetivo foi d esenvolv er u ma revista conceitual , de estética
colorida,
aond e
cada
página
traz
uma
temática que refere-se diretamente ao conteúdo.
Quem arrasa:
sexual re v i s t a
A revista Sexual é um projeto gráfico experimental realizado para o curso de Jornalismo da Unochapecó em 2013. O projeto é editado e produzido por Bianca Cerejo e Danilo Alves Balen, sob orientação do professor Hilário Júnior dos Santos. Os textos presentes na edição não correspondem às temáticas propostas, visando que a avaliação desta revista será a partir de seu visual gráfico. Algumas ilustrações são da autoria de Fabiano José Milan, do curso de Design Visual. A proposta da revista é ter abrangência nacional, com periodicidade quinzenal. Editores Bianca Cerejo Danilo Alves Balen Direção Editorial Fulano de tal Projeto Gráfico Bianca Cerejo Danilo Alves Balen Diagramação Danilo Alves Balen Arte/Ilustrações Fabiano José Milan Fulano de tal Diretor de Redação Fulano de tal Redator-chefe Fulano Produção Editorial Fulana de talz Coordenação de Produção Fulano Diretor Comercial Hauhhau auh
Sexual: a concepção da revista A revista Sexual nasce da ideia de colocar o EU como centro das discussões. Propõem-se páginas conceituais, que também se comunicam através de elementos visuais, evidenciando principalmente as cores – que podem transmitir sensações ao EU e oferecer uma reflexão também visual. Este projeto é produzido idealizando uma revista com visual descontraído. Editorialmente, a proposta é de uma revista livre, que não tem medo de falar dar sexualidade e do comportamento do ser humano. A nominação Sexual faz referência a todos os EUs sexuais (heterosexuais, homossexuais, bissexuais, transexual), não limitando-se a ideologias. Ao folhar esta edição você poderá observar a mistura de conceitos modernos contemporâneos e “retrôs” que ajudam a criar um vínculo com a temática e possibilite a você, leitor novas ideias acerca da discussão. Além disso, a revista defende que todas as maneiras de expressão são válidas para tornar um sujeito ativo em seus pensamentos e decisões, contribuindo para sua personalidade, impondo-se à repressão.
08 A editoria #GNOSE abrange a temática cultural e social da revista. Nesta edição, uma curiosa e insessante reportagem sobre a mistura cultural de um determinado espaço.
36 O espaço musical da revista está na Eu*fonia. Nesta edição, Janelle Monaé ilustra nossa editoria com seu trabalho conceitual e criativo.
Se você é adepto ao mundo da moda e da beleza, a editoria Glam discute conceitos importantes que colocam tratam o corpo como o elemento principal para a criação de um visual melhor!
31 A editoria Ego se subdivide em três espaços: Altergo, que nesta edição traz uma reflexão sobre o nosso inconsciente; Id, que se perde no mundo dos doces; e Superego, que desta vez aborda o tempo e como ele nos escapa.
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Aqui podemos tratar da sexualidade sem tabús. Neste edição, as pin ups e toda a sensualidade dessas figuras ilustram as páginas da Oh-lala!
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Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas.
Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps
católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Na noite de 15 de novembro, um sábado, lua cheia, na casa do Clutters, Nancy era a última a dei-
tar. Usava os últimos momentos do dia para ser “vaidosa e egoísta”. Domingo era dia de ir à igreja, junto com a família e sua colega e xará Nancy Ewalt. A família Ewalt não costumava frequentar a igreja mas permitia que sua filha acompanhasse o Clutters aos cultos metodistas em Garden City. Naquele domingo havia algo de estranho. Já passava da hora dos Clutters apanharem Nancy em sua casa e seguirem à igreja, porém nada disso havia acontecido, como de costume. Nancy Ewalt e seu pai foram até a casa dos Clutters para encontrá-los. Após bater em todas as portas da casa, Nancy desconfia que possam ainda estar dormindo. Buscaram por Susan Kidwell, que também acompanhará a eles na igreja. Depois de Susan tentar contato por telefone e nada conseguir, voltaram a casa dos Clutters. Nancy e Susan entraram pela porta da cozinha. Foram direto ao quarto de Nancy Clutter, a qual encontraram no chão, sobre muito sangue. Tinha levado um tiro na parte de trás da cabeça, com as mãos amarradas às costas, além dos tornozelos. Isso foram ver após chamarem o xerife. Assim foram procurando os demais membros da família pela casa. No quarto de Kenyon nada se encontrou além de seus óculos. No final do corredor o quarto de Bonnia, lá a encontraram amarrada, mas agora com as mãos para frente. A corda descia até os tornozelos e os amarravam e ia mais além, era amarrada aos pés da cama. Não haviam capsulas das balas, nenhum indício até então.
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“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps
católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...”
Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Na noite de 15 de novembro, um sábado, lua cheia, na casa do Clutters, Nancy era a última a deitar.
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata”
No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps
católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Na noite de 15 de novembro, um sábado, lua cheia, na casa do Clutters, Nancy era a última a dei-
tar. Usava os últimos momentos do dia para ser “vaidosa e egoísta”. Domingo era dia de ir à igreja, junto com a família e sua colega e xará Nancy Ewalt. A família Ewalt não costumava frequentar a igreja mas permitia que sua filha acompanhasse o Clutters aos cultos metodistas em Garden City. Naquele domingo havia algo de estranho. Já passava da hora dos Clutters apanharem Nancy em sua casa e seguirem à igreja, porém nada disso havia acontecido, como de costume. Nancy Ewalt e seu pai foram até a casa dos Clutters para encontrá-los. Após bater em todas as portas da casa, Nancy desconfia que possam ainda estar dormindo. Buscaram por Susan Kidwell, que também acompanhará a eles na igreja. Depois de Susan tentar contato por telefone e nada conseguir, voltaram a casa dos Clutters. Nancy e Susan entraram pela porta da cozinha. Foram direto ao quarto de Nancy Clutter, a qual encontraram no chão, sobre muito sangue. Tinha levado um tiro na parte de trás da cabeça, com as mãos amarradas às costas, além dos tornozelos. Isso foram ver após chamarem o xerife. Assim foram procurando os demais membros da família pela casa. No quarto de Kenyon nada se encontrou além de seus óculos. No final do corredor o quarto de Bonnia, lá a encontraram amarrada, mas agora com as mãos para frente. A corda descia até os tornozelos e os amarravam e ia mais além, era amarrada aos pés da cama. Não haviam capsulas das balas, nenhum indício até então.
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“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters
eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. eu
“Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...”
Nova ética social Fulano de Tal Jornalista e advogada “A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os ca-
çadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada de sangue.
A vida como parece ser À favor da ciência e do progresso da humanidade Fulano de Tal Jornalista e empresária “A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os ca-
çadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada de sangue.
Por Fulano de tal e Beltrano de tal
Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock foram condenados à pena de morte pelos assassinatos de primeiro grau. Ao final,Perry comenta com Dick: “Os jurados não se deixaram comover, hem?!”, e assim os dois riram. Na prisão, suas celas possibilitavam que conversassem, mas não se viam. Perry tentou evitar a dor do enforcamento, deixou de comer por cinco dias, perdeu 23 quilos e foi parar no hospital. Na espera até sua sentença, Dick passava seu tempo lendo contos que envolviam o sexo e livros de direito. Perry dormia incessantemente. Depois de adiar algumas vezeso encontro, em abril de 1965 os dois foram levados ao seu destino: a morte.
Nancy e Susan entraram pela porta da cozinha. Foram direto ao quarto de Nancy Clutter, a qual encontraram no chão, sobre muito sangue. Tinha levado um tiro na parte de trás da cabeça, com as mãos amarradas às costas, além dos tornozelos. Isso foram ver após chamarem o xerife. Assim foram procurando os demais membros da família pela casa. No quarto de Kenyon nada se encontrou além de seus óculos. No final do corredor o quarto de Bonnia, lá a encontraram amarrada, mas agora com as mãos para frente. A corda descia até os tornozelos e os amarravam e ia mais além, era amarrada aos pés da cama. Bonnie estava com a boca tapada por um adesivo e receberá um tiro no lado da cabeça. “Tinha os olhos abertos, arregalados. Como se estivesse ainda a contemplar o assassino porque decerto viu tudo isto e, ele apontar a carabina”. Não haviam capsulas das balas, nenhum indício até então. No andar debaixo, no quarto de Herbet as roupas da cama puxadas para o chão e próximo via-se uma carteira revirada, “como se alguém tivesse estado a procurar a toda a pressa qualquer coisa: uma nota ou uma carta de crédito, quem sabe? A verdade é que não continha nenhum dinheiro e esse facto nada significava.” Também encontrava-se o óculos do Sr. Clutter naquele quarto, e ele?
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Ao final de seus depoimentos ao júri, o mesmo psiquiatra deu seu parecer partindo daquilo que lhe foi apresentado nas autobiografias. Para o doutor Joe Jones, Dick tinha sua mente organizada, é lógico e tembom contato com a realidade, era atento a tudo que passava ao seu redor, dá mostras de anormalidade emocional, é impulsivo e inconsequente e sente-se secretamente inferior aos outros. Possui uma profunda desordem de caráter.
Ambos foram examinados por um psiquiatra que, depois de duas horas de conversa, pediu que elaborassem uma autobiografia para que fosse apresentada ao júri. Perry contou sua história de forma bastante emocional, mostrando sua vida desestruturada e triste. Ao final escreveu: “Gostaria de conversar de novo com o senhor doutor. Há muitas coisas que lhe interessam e ainda não disse. Sempre senti um prazer extraordinário em estar junto de pessoas dotadas de boa vontade e dedicação. Notei isto quando me encontrei na sua presença.” Dick, em sua autobiografia, contou que o principal motivo de ir à casa dos Clutters não era por roubar e sim para violentar sexualmente Nancy. “Estava sempre a pensar nela. Foi por isso que nunca quis vir embora depois de lá ter entrado. Mesmo vendo que não existia cofre nenhum. Enquanto lá estive fiz algumas tentativas junto da rapariga. Mas o Perry não me deixou levar nada por diante.”
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“Revistámos o quarto e encontrámos tudo nos seus lugares, nenhum sinal de luta, nada desarrumado. A não ser no escritório, onde o telefone pendia fora do descanso e com os fios cortados, tal como na cozinha.” Na sala de jogos encontraram Kenyon sobre o sofá, amordaçado e amarrado como sua mãe, com a corda enosada no braço do sofá. Levou um tiro na cabeça, assim como os outros, mas havia sido surpreendido de frente. Na sala da fornalha, às escuras, encontraram o corpo de Herbet. Assim como seu filho, o Sr. Clutter havia sido surpreendido pela frente, porém, existia muito sangue no lugar, sua garganta estava cortada. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada de sangue, o único vestigio encontrado até então. Os vizinhos mais próximos nada escutaram.
Capote traz o texto de um documento escrito pelo pai de Perry, que fora apresentado as autoridades na vez que esteve preso, com a finalidade de convencer que o filho era uma boa pessoa, que apreciava a liberdade acima de tudo, que era inteligente mesmo sem muito estudo. Além do mais, esse documento traz mais detalhes da vida de Perry, conta sobre sua infância na escola, aonde aprendeu a defender-se sozinho e defender os amigos mais indefesos. Nesse contexto, com Perry e Dick voltando aos Estados Unidos depois de peregrinarem pelo México sem muita “sorte” e sem rumo certo, a história de Floyd Wells vem à tona. Na realidade, Wells naquele momento estava preso. Ele havia trabalhado para a família a pelo menos uns 10 anos atrás e tem boas lembranças dos Clutters. Diz que abandonou o serviço porque estava cansado, queria algo maior, até que foi parar na prisão por roubo. Na prisão foi companheiro de cela de Dick por um mês, porém nunca conheceu Perry. Para Dick contou a história do Clutters, logo Dick armou um plano de morte para eles mas Wells não acreditava naquilo que ouvia. Tomou conhecimento da real vontade de Dick quando viu nos jornais a repercussão do assassinato. Já era dezembro e Floyd ainda não havia contado a ninguém o que sabia, contudo continuava a ouvir sobre a incessante busca da polícia por respostas. Floyd resolveu contar o que sabia a um companheiro de prisão que o aconselhou a contar o que sabia para o guarda-chefe e este levou as informações a Alvin Dewey, o encarregado do caso dos Clutters em Garden City. Junto dos paisde Dick pode-se descobrir alguns detalhes importantes do pós-assassinato,
pois foi com eles que Dick almoçou e logo após adormeceu. A quilômetros dali, a caminho de Omaha, no estado de Nebraska, Dick e Perry encontraram sua próxima vítima: um motorista que daria-lhes carona até Omaha. O plano era tomar o carro e dar fim ao homem mas isso não ocorreu. O cerco foi se fechando, os dois buscavam alternativas para fugir, esquecer daquilo. Já não tinha dinheiro, nem condições de sobreviver, mas haveriam de dar um jeito como assim sempre fizeram. Contudo, um não aguentava o outro. Buscando uma nova acomodação em Las Vegas, foram supreendidos pela polícia. No segundo dia de interrogatório conseguiram as confissões de ambos, acusando-os de dois erros no crime: deixar uma testemunha e a pegada de sangue. Em seu interrogatório, Perry relatava sua versão dos fatos, expressava compaixão mesmo envolto naquele crime. Perry tentava acomodar a todos da melhor forma mesmo amarrando-os e amordaçando-os. Tentava convencer a Dick que não havia cofre nenhum na casa, assim como Herbet e Bonnie já haviam dito. Contudo, Dick estava fora de si, nervoso, queria acabar com aquilo tudo e com os Clutters também. Determinados a acabar com aquilo, foram atirando e buscando as capsulas para não deixar pistas. Perry conta que pensou em matar Dick também, pois ele era a testemunha. A diferença entre os depoimentos de Perry e Dick era que o segundo atribuia as quatro mortes a Perry, enquanto este culpava a morte das duas mulheres a Dick. Esse trágico assassinato pode ser qualificado a um latrocínio, pois houve roubo e após morte. Entretanto, o roubo foi de um rádio, um binóculos e uma quantia de quarenta a cinquenta dólares. eu
Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os ca-
çadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada. eu
Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os ca-
çadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada. eu
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Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conheci-
do e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as
escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato.
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter,
48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católi-
cos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta. eu
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Na noite de 15 de novembro, um sábado, lua cheia, na casa do Clutters, Nancy era a última a deitar. Usava os últimos momentos do dia para ser “vaidosa e egoísta”. Domingo era dia de ir à igreja, junto com a família e sua colega e xará Nancy Ewalt. A família Ewalt não costumava frequentar a igreja mas permitia que sua filha acompanhasse o Clutters aos cultos metodistas em Garden City. Naquele domingo havia algo de estranho. Nancy Ewalt e seu pai foram até a casa dos Clutters.
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Por Fulano de tal e Beltrano de tal
Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” “A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça.
Era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de desernasalado, próprio dos rancheiros.
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Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra.
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudes-
sem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” “A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote.
A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalha-
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do relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que puq dessem caçar faisões.. eu
Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem. eu
Duas em uma Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os ca-
çadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada de sangue.
“Revistámos o quarto e encontrámos tudo nos seus lugares, nenhum sinal de luta, nada desarrumado. A não ser no escritório, onde o telefone pendia fora do descanso e com os fios cortados, tal como na cozinha.” Na sala de jogos encontraram Kenyon sobre o sofá, amordaçado e amarrado como sua mãe, com a corda enosada no braço do sofá. Levou um tiro na cabeça, assim como os outros, mas havia sido surpreendido de frente. Na sala da fornalha, às escuras, encontraram o corpo de Herbet.
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“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia
Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb.
com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter con-
vidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, se reencontrado após sairem da prisão. “Caroamigo P: Saí em Agosto e depois de saír conheci uma pesso a que tu não conhe ces, mas essa pessoa alou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um traba perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído. eu
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Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas.
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não
era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...”
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Conheça seu corpo Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os ca-
çadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” “A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. Faça a melhor escolha A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da
aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard. eu
Por Fulano de tal e Beltrano de tal
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. No primeiro momento a família Clutter é o centro do detalhado relato. Assim o autor descreve cada um dos membros da família: O pai Herbet William Clutter, 48 anos. Indivíduo de perfeita saúde, uma figura máscula, formado em Agricultura pela Universidade do Estado do Kansas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos.
É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze.
As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze.
A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...”
Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando.
Na noite de 15 de novembro, um sábado, lua cheia, na casa do Clutters, Nancy era a última a deitar. Usava os últimos momentos do dia para ser “vaidosa e egoísta”. Domingo era dia de ir à igreja, junto com a família e sua colega e xará Nancy Ewalt. A família Ewalt não costumava frequentar a igreja mas permitia que sua filha acompanhasse o Clutters aos cultos metodistas em Garden City. Naquele domingo havia algo de estranho. Já passava da hora dos Clutters apanharem Nancy em sua casa e seguirem à igreja, porém nada disso havia acontecido, como de costume. Nancy Ewalt e seu pai foram até a casa dos Clutters para encontrá-los. Após bater em todas as portas da casa, Nancy desconfia que possam ainda estar dormindo. Buscaram por Susan Kidwell, que também acompanhará a eles na igreja. Depois de Susan tentar contato por telefone e nada conseguir, voltaram a casa dos Clutters. Nancy e Susan entraram pela porta da cozinha. Foram direto ao quarto de Nancy Clutter, a qual encontraram no chão, sobre muito sangue. Tinha levado um tiro na parte de trás da cabeça, com as mãos amarradas às costas, além dos tornozelos. Isso foram ver após chamarem o xerife. Após bater em todas as portas da casa, Nancy desconfia que possam ainda estar dormindo. Buscaram por Susan Kidwell, que também acompanhará a eles na igreja. eu
É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. Digamos oito, ou talvez doze.
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Pluralidade do sexo Fulano de Tal Jornalista e empresária “
A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as
escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.”
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Herbet William Clutter, 48 anos. Perfeita saúde.
Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando.
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Por Fulano de tal e Beltrano de tal
Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos.
“A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a
pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Dick via em Perry alguém que pudesse executar seus planos. “Dick, porém, convencera-se de que Perry era aquela espécie rara de ”assassino nato”, absolutamente lúcido mas totalmente destituído de consciência, capaz de executar a sangue frio, com ou sem motivo, os golpes mais cruéis e mortíferos.” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada de sangue. “A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”.
Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os caçadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado. eu
itos -se satisfe m a ti n e s , em nta tavam-se od) sete n lo te B n o ld c o , C o frio” (A com iss pacata” “A sangue blicado em uma vida r a v heciu le p ro v mais con te. A o é um li m p e a C m o n h b. a Trum Era o de Holcom de te a n id 1966, por ta c r o a p n o com do e im e passa era casad história s as. No s s o n n a a K 5 o 2 n b, Há Bonnie 45 anos. de Holcom conto, Capote , x o F ie n as”, Bon eu es nervos olis H r início de s r c a “ z e li d a iatra a ontextu - sofria trata de c com Psiqu Pais l ele se re e a u -s q a v a ta e a d tr a is anos. lica comb, cid ia”, e exp menos se e em e lo ld e a p “ o m dos s, um hom o io fere co e lh fi m o o tr n a u de q ituada s. que fica s om céu c , o ea ig s mulhere tr ê e tr d s o lt o homem a e s d a n e plan e d p r a a Desses, res vivia so e um as mulhe azul inten e nasad u a q v ta o o n s is um ma , de 15 l: Kenyon serto, com dos rancheiros, a s a c o cy, com rio ura e Nan lt m a a e m lado, próp d tu 0 s o ,8 anos, 1 omens c muito onde os h s largas ma jovem a u b , s a o e n d a s queri16 eú tudiosa e s usar chap e , a d a d n antista que m s da pre e te , n s e botas. a o it d b to a da por e “Os h ento. Ele escrev lacionam não pasre ro e m u m ú a n h n jo aldeia, cu se to n e z u d sava de Por Fulano de tal e Beltrano de tal
anos. upp, de 17 R y b b o B não m amento nta- to co n te io n c o c la , re o s is otiSeu ” feitos com to por m s ta ti is a v a c s a e m p e -s a b id v eram var uma ra muito ld Blood) Os Clutters tólifrio” (A Co m-se em le onheci- e . a c e s v u o g s is , n a io 6 a g m 6 s li 9 A re 1 “ ca em s s Rupps o Era o hom de Holcomb. Há vo blicado em a se u p e ro s v ta li endis é um portante te. A históri nyon não on- meto im o e B p K e a m o e C o d t c n e a o o s. erb ,n ad por Trum em óculo s era cas ia cos. H e Holcomb s o fr d n o a e s a d d 5 a ie a 2 id n n c n nos. Bo cidade rgavam u conto, passa na Fox, 45 a va-se xe hegam à ício de se ta c ie in a n tr o ia , N d ” ls . o a s o H s a rt o heciar Ce Kans ão descon ontextualiz crises nerv enos “ c is m e fa e d d e lo d ta e a s p tr re re fe o caCapote s, caçad siquiatra a al ele se re homa. Os o P u la q lh k fi a O m o o e e tr c d d a a u s que fica os, vindo ais de q comb, cid agar ao mavam p ”, e explica os de seis anos. P ulheres. d tu ia m s e o ld c s a ê “ s tr o re udesdo com homem e dos planalt para que p em e ça io s e m m a o u rr m h te o o n s m a a u s d a e vemsituad ul intenso ivia dono sses, apen s, pois no v z e e a õ D s u is re é e fa c lh r u a e m ç m ça. trigo, co um sotaqu , sem ca nova das ção de ca s m o ta is o n s a c a e , m 5 a o 1 a rt ia e e c aconte r focheiros, Kenyon, d ar de des anos, bro de Clutte rio dos ran m o casal: p 6 o 1 s ró c , p ra y , r r c o a n a te d s a la u N m As nasa idas para de altura e , ess costuma lh a 0 n o d e ,8 c a 1 s m d e o n . h re s :. s p s ta a onde o caçadores ta ram vem muito largas e bo s jo s e is a , o a s b d o a m d u e s to d lo r chapeús erida po itantes da caça pe diosa e qu e “Os hab namenv tu io re c c la s a v e re a s le m s E o pa ntinha u número nã - que ma m a ti ntentan e s aldeia, cujo , etenta m isso, co s o c e s s o it to fe n s e ta” ati de duz a vida paca od) -se s m lo u B r a v ld o le C m frio” (A m-se e conheci1966, va “A sangue em mais m m e o h o d o a c ra li b. Há E pub de Holcom ria se te tó n is é um livro a h rt o A . p te im Bonn Capo , no do e ado com s b a m c o por Truma lc ra o e H s o fria idade de Bonnie so to, 25 an n . o s c o n u a passa na c e s 5 ie Fox, 4 atava-se o início de rvosas”, tr zar Hol- n li e Kansas. N a n tu s x e te s n ri o c menos de c de “ tra a pelo Capote trata a qual ele se refere ia u iq s P lhos, de fica com e quatro fi d e u is q a comb, cida a P c . li s p s. no eia”, e ex s mulhere e seis a ê d tr s o lt e a n como “ald m la p home em e meio dos e um um nas o hom ivia e o s p situada no a n , te s in e l s u s De céu az ulheres v e trigo, com um sotaqu ova das m n m os, is o a c , m o a rt e n, de 15 an os, o ir y e n h e c K n ar de des l: ra a s s 6 anos, com o ca próprio do e Nancy, 1 am usar nasalado, ra m u lt tu a s o e c d s da, es1,80 men ito prenda u m onde os ho bas largas e botas. m e v esta a jo ea por todos, s da um a te d n ri a chapeús d e it u b q a . h e a e “Os cionamento va tudios la a re s s Ele escrev m a u p a o h ã e mantin número n ntiam- qu e s aldeia, cujo , ta n te e s e s de duzento ld Blood) frio” (A Co e u g n a s 1966, “A blicado em a se u p ro v li é um A históri n Capote. a m ru T r o p lcomb, no ade de Ho id c a n a s conto, pas io de seu íc in o N . s ar HolKansa ontextualiz c e d ta a tr se refere Capote e a qual ele ue fica d a id c , b m co lica q eia”, e exp os de como “ald dos planalt io e m o n um situada l intenso e u z a u é c trigo, com m sotaque rto, com u e s e d e d heiros, ar o dos ranc ri p ró p , o d usar nasala costumam s n e m o h tas. onde os largas e bo s a b a e d chapeús itantes da e “Os hab v re c s e le E passava mero não ú n jo u c , aldeia s. eu de duzento
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Questão de gênero Fulano de Tal Jornalista e empresária “
A sangue frio” (A Cold Blood) é um livro publicado em 1966, por Truman Capote. A história se passa na cidade de Holcomb, no Kansas. No início de seu conto, Capote trata de contextualizar Holcomb, cidade a qual ele se refere como “aldeia”, e explica que fica situada no meio dos planaltos de trigo, com céu azul intenso e um ar de deserto, com um sotaque nasalado, próprio dos rancheiros, onde os homens costumam usar chapeús de abas largas e botas. Ele escreve “Os habitantes da aldeia, cujo número não passava de duzentos e setenta, sentiam-se satisfeitos com isso, contentavam-se em levar uma vida pacata” Era o homem mais conhecido e importante de Holcomb. Há 25 anos era casado com Bonnie Fox, 45 anos. Bonnie sofria de “crises nervosas”, tratava-se com Psiquiatra a pelo menos seis anos. Pais de quatro filhos, um homem e três mulheres. Desses, apenas o homem e a mais nova das mulheres vivia com o casal: Kenyon, de 15 anos, 1,80 de altura e Nancy, 16 anos, uma jovem muito prendada, estudiosa e querida por todos, esta que mantinha um relacionamento com Bobby Rupp, de 17 anos. Seu relacionamento não era muito bem visto por motivos religiosos. Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos. Herbet e Kenyon não enxergavam nada sem óculos. Certo dia chegam à cidade caçadores de faisão desconhecidos, vindos de Oklahoma. Os ca-
çadores costumavam pagar ao dono das terras para que pudessem caçar faisões, pois novembro acontecia a estação de caça. As terras de Clutter foram as escolhidas para a caça pelos dois caçadores: Perry Ediuard Smith e Richard Eugene Hickock, conhecido como Dick. Os dois passavam pela cidade com um propósito bem definido: “- É o homem, a mulher, o rapaz e a pequena. Talvez haja mais dois. E sábado, podem ter convidados. Digamos oito, ou talvez doze. A única coisa certa é que todos eles têm de marchar desta para melhor.” Os dois percorriam Holcomb com um Chevrolet preto, haviam se reencontrado após sairem da prisão. “Caro amigo P: Saí em Agosto e depois de saíres conheci uma pessoa que tu não conheces, mas essa pessoa falou-me de uma coisa que está mesmo a calhar para nós. Aquilo é canja, um trabalhinho perfeito...” Porém, em seu íntimo, Perry gostava de música, possuía uma guitarra e gostava de se expressar cantando. Com os pés amarrados, as mãos não. Próximo dele, uma pegada de sangue.
“
Os Clutters eram metodistas e os Rupps católicos.
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