História da Filosofia - São Tomás de Aquino

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HISTÓRIA DA FILOSOFIA INTRODUÇÃO A FILOSOFIA Trabalho apresentado como parte de avaliação bimestral no curso de Administração, disciplina Introdução a Filosofia Aluno: Waldemir Dias da Silva – RA: 43788 Maringá 2006


HISTÓRIA DA FILOSOFIA INTRODUÇÃO A FILOSOFIA ● ●

Interesses pessoais versus questões humanas. O Melhor meio de se aproximar da Filosofia é através das perguntas. Tão Importante quantos as perguntas são as repostas que podem surgir delas. Embora certas perguntas não possa ser encontradas em enciclopédias, a leitura do que as outras pessoas pensaram a respeito pode ser nos ser útil quando precisamos construir nossa própria imagem do mundo.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONCEITO DE FILOSOFIA ●

A Filosofia é fruto da capacidade humana de se admirar com as coisas e a partir desta, as perguntas surgem espontaneamente Sófocles, um importante filosofo pré-socrático, disse que mortal algum recebeu ensinamentos sem dor. Essa dor é a de deixarmos nossa zona de conforto, que é representada pela inércia, e nos esforçarmos para trocar essa inércia pela consciência (nous) e com isso ficarmos satisfeitos. É perder pra ganhar, ou, Pagar para ganhar. A filosofia é essa busca.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONCEITO DE FILOSOFIA ●

Uma das mais importantes mentes de nosso tempo, dizia. Toda nossa ciência depende da filosofia. Depende da imaginação e da razão para progredir. Essa pessoa era nada mais que Albert Einstein, cientista, físico e matemático. Einstein deixa isso bem claro em seu discurso, na cidade de Buenos Aires / Argentina em 1931.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONCEITO DE FILOSOFIA ●

Concluindo a filosofia é o uso da razão em prol da própria razão, e isto cria um ciclo, que muito provavelmente, foi à única diferença entre nos seres humanos e as demais formas de vida desse planeta.


HISTORIA DA FILOSOFIA PRÉ-HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO ●

Eis que surge o homem neste planeta e através de sua razão, rompe com o prédeterminismo e passa a influenciar e criar o seu próprio destino. Assim saímos das cavernas e passamos a conviver em sociedade e nos autodesenvolver.


HISTORIA DA FILOSOFIA PRÉ-HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO ●

A Pré-História corresponde ao período da história humana que antecede a invenção da escrita (evento que marca o começo dos tempos históricos registrados), que ocorreu aproximadamente em 4000 a.C.. Também pode ser contextualizada para um determinado povo ou nação como o período da história desse povo ou nação sobre o qual não haja documentos escritos. Assim, no Egito, a Pré-História terminou aproximadamente em 3500 a.C., enquanto que no Brasil terminou em 1500 e na inovação Guiné ela terminou aproximadamente em 1900.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGO EGITO ●

A História Antiga é um domínio de estudos que se estende desde o aparecimento da escrita cuneiforme (cerca de 4.000 a.C.) até a tomada do Império Romano do Ocidente pelos povos bárbaros (476 d.C.). O Antigo Edito foi uma civilização que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano, mais concretamente no espaço do vale inferior e delta do rio Nilo, entre cerca de 3100 a.C., altura em que ocorreu a unificação das regiões do Alto e do Baixo Edito, até 30 a.C. quando o Edito se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Acedo.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGO EGITO

Pirâmides de Guiza


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE - GRÉCIA ●

Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever, em seu período clássico antigo, o mundo grego e áreas próximas (como Chipre, Turquia, Sicília, sul da Itália e costa do Mar Egeu, além de assentamentos gregos no litoral de outros países). Não existe uma data fixa ou sequer acordo quanto ao período em que iniciou-se e terminou a Grécia Antiga. O uso comum situa toda história grega anterior ao Império Romano como pertencente a esse período, mas os historiadores usam a expressão Grécia Antiga de modo mais preciso. Alguns escritores incluem o período minueto e o período mi cênico (entre 1600 a.C. e 1100 a.C.) dentro da Grécia Antiga, enquanto que outros argumentam que essas civilizações eram tão diferentes das culturas gregas posteriores que, mesmo falando grego, devem ser classificadas à parte. Tradicionalmente, período da Grécia Antiga abrange desde o ano dos primeiros Jogos Olímpicos em 776 a.C. (alguns historiadores estendem o começo para o ano de 1000 a.C.) até a morte de Alexandre Magno em 323 a.C. O período seguinte naquela região da Europa é o do Helenismo.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE - GRÉCIA

Temple of Hephaistos


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE – GRÉCIA Cronologia ●

Obscuro (1150-800 a.C.): chegada dos aqueus, dórios, eólios e jônios; formação dos génos; ausência da escrita. Arcaico (800-500 a.C.): formação da pólis; colonização grega; aparecimento do alfabeto fonético, da arte e da literatura além de progresso econômico com a expansão da divisão do trabalho do comércio, da indústria e processo de urbanização. Clássico (500-338 a.C.): o período de esplendor da civilização grega, ainda que discutível. As duas cidades consideradas mais importantes desse período foram Esparta e Atenas, além disso outras cidades muito importantes foram, Tebas, Corinto e Siracusa. Helenístico (338-146 a.C.): crise da pólis grega, invasão macedônica, expansão militar e cultural helenística, a civilização grega se espalha pelo mediterrâneo e substituí e se funde a outras culturas.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE - GRÉCIA Acrópole. Uma colina fortificada no centro da cidade. Na Grécia Antiga a área urbana frequentemente se estabelecia em torno dela.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE - GRÉCIA

O Partem de Atenas


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE - GRÉCIA Péricles, estadista-mor de Atenas e responsável pela construção do Partem.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE - GRÉCIA A situa de Abalo restaurada, Atenas.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE – GRÉCIA Religião ●

Os Gregos ao inverso do livro de Gênesis, fizeram os Deuses a imagem e semelhança do homem. A Religião Grega perpassava todas as ações e a própria natureza de seus povos. Características peculiares da Religião Grega: Politeísmo, Antropomorfismo, Monismo, Ausência de Dogmas e Ausência de fé no apósmorte.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE – GRÉCIA Religião ●

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Politeísmo: O monoteísmo era inconcebível para os helenos. Cada atividade era regida por algum deus. Antropomorfismo: Os deuses não apenas assemelhavam-se aos homens, senão tinha a necessidade e desejos próprios dos seres humanos(alimentar-se, amar e etc.). Monismo: Os deuses se identificavam com a natureza. Ausência de Dogmas: Os gregos não acreditavam em verdades indiscutíveis e eternas. Ausência de Fé no após-morte: Os Gregos não se preocupavam, como por exemplo os egípcios, com a vida após a morte. Eles recorriam aos deuses para viver bem, com conforto, saúde, bem estar, em paz, entre outros. Os Mortos eram venerados em memória à família.


HISTร RIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE Aristรณteles


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE Aristóteles ●

Com Aristóteles afirma-se o teísmo do ato puro. No entanto, este Deus, pelo seu efetivo isolamento do mundo, que ele não conhece, não cria, não governa, não está em condições de se tornar objeto de religião, mais do que as transcendentes ideias platônicas. E não fica nenhum outro objeto religioso. Também Aristóteles, como Platão, se exclui filosoficamente o antropomorfismo, não exclui uma espécie de politeísmo, e admite, ao lado do Ato Puro e a ele subordinado, os deuses astrais, isto é, admite que os corpos celestes são animados por espíritos racionais. Entretanto, esses seres divinos não parecem e não podem ter função religiosa e sem física. Não obstante esta concepção filosófica da divindade, Aristóteles admite a religião positiva do povo, até sem correção alguma. Explica e justifica a religião positiva, tradicional, mítica, como obra política para moralizar o povo, e como fruto da tendência humana para as representações antropomórficas; e não diz que ela teria um fundamento racional na verdade filosófica da existência da divindade, a que o homem se teria facilmente elevado através do espetáculo da ordem celeste.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGUIDADE Povo hebreu ●

Hebreu (do hebraico ‫עברים‬, i.e. descendentes de Éber) é o nome do povo que viveu na região do Oriente Médio cerca do segundo milênio a.C., e que daria origem aos povos semitas como os judeus e os árabes, ainda que posteriormente o nome fosse associado apenas aos judeus. No entanto, a distinção entre hebreus e cananitas ainda é motivo de grande debate por parte dos estudiosos. De acordo com a tradição religiosa judaico-cristã, o termo hebreu refere-se aos filhos de Éber e em particular os descendentes de Jacó, chamados de hebreus antes que assumissem a designação de Israel, que seria um apelido dado por um anjo à Jacó. Os Hebreus foram provavelmente o primeiro povo monoteísta, e deles advêm o conceito do Deus Cristão.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ROMA ANTIGA ●

A Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu a partir da cidade-estado de Roma, fundada na península itálica durante o século IX a.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de fatores sócio-políticos iria agravando o seu declínio, e o império seria dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Espana, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.


HISTร RIA DA FILOSOFIA ROMA ANTIGA

O Fรณrum Romano foi o epicentro do desenvolvimento de Roma.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ROMA ANTIGA Sociedade ●

Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos. Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da denominação política e militar dos patrícios. Plebeus: eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas. Representavam a maioria da população romana e, a princípio, não tinham direitos de cidadãos; não podiam exercer cargos públicos nem participar da Assembleia Curial. Escravos: eram, inicialmente, os devedores incapazes de pagar suas dívidas. Posteriormente, com a expansão militar, o grupo passou a incluir prisioneiros de guerra. Realizavam as mais diversas atividades, como serviços domésticos e trabalhos agrícolas, e desempenhavam as funções de capataz, professor, artesão etc. Eram considerados um bem material, uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IMPÉRIO ROMANO Expansão no Ocidente Vermelho = Republica Romana 510BC-40BC Púrpura = Império Romano 20AD-360AD Azul = Império Romano Ocidental 405AD-480AD Amarelo = Império romano Oriental 405AD-480AD


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IMPÉRIO ROMANO Expansão no Oriente Vermelho = Republica Romana 510BC-40BC Púrpura = Império Romano 20AD-360AD Azul = Império Romano Ocidental 405AD-480AD Amarelo = Bizantina (Império Romano Oriental) 405AD1430AD


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IDADE MÉDIA ●

A Idade Média foi um período intermédio numa divisão esquemática da História da Europa em quatro "eras", a saber: a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea. O período foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ele teria se iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (476 d.C.), e terminado com o fim Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (1453 d.C.).


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IDADE MÉDIA Castelo Lichtenstein, construído originalmente no século XII e reconstruído no XIX. Os castelos são um dos ícones da Idade Média no imaginário das pessoas


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IDADE MÉDIA ●

Com a decadência e destruição do Império Romano do Ocidente, por volta do século V d.C. (de 401 a 500), como consequência das inúmeras invasões dos povos bárbaros e das más políticas econômicas dos imperadores, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e baixo índice urbano. Isso ocorria devido às mortes provocadas pelas guerras, às doenças e à insegurança existentes logo após o fim do Império Romano. O esfacelamento do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras em diversas regiões da Europa favoreceram sensivelmente as mudanças econômicas e sociais que vão sendo introduzidas, principalmente, na Europa Ocidental, e que alteram completamente o sistema de propriedade e de produção característicos da Antiguidade. Essas mudanças acabam revelando um novo sistema econômico, político e social que acabou consolidando-se ao término do Império Carolíngio, no século IX d.C., e que é hoje genericamente chamado de Feudalismo.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IDADE MÉDIA A Sociedade Medieval Um padre, um cavaleiro e um trabalhador. Esta miniatura medieval ilustra a ideologia das três ordens sociais (os que rezam, os que guerreiam, os que trabalham).


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IDADE MÉDIA ●

A Peste negra foi a mais extensa epidemia que grassou durante a Idade Média, tendo dizimado cerca de 1/3 da população da Europa. Com a queda do Império romano, técnicas artísticas da Grécia antiga acabaram perdidas, entre elas estava muito do que se sabia sobre a noção de perspectiva. A pintura medieval passa a ser predominantemente bidimensional, e as personagens retratadas eram pintadas maiores ou menores de acordo com sua importância. Esse caráter estilizado das obras do período é também entendido como um reflexo próprio daquele contexto cultural, que enxergava a vida com forte ênfase no seu aspecto simbólico. Os artistas medievais não estavam primariamente preocupados com o realismo, a intenção de passar uma mensagem religiosa pedia imagens claras e didáticas ao invés de figuras desenhadas com precisão fotográfica.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IDADE MÉDIA Fim do Império Romano ●

Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em : Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente ( Império Bizantino ), com capital em Constantinopla. Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA IDADE MÉDIA Transição do Período Clássico para a Idade Média ●

193 - Tem início a crise do terceiro século no Império Romano. 285 - Diocleciano salva o Império Romano do colapso, dando a ele seu último fôlego. 313 - Com o Édito de Milão, o cristianismo deixa de ser perseguido. 380 - Teodósio I torna o cristianismo a religião oficial do Império Romano. 476 - Queda definitiva do Império Romano do Ocidente.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO A crucificação de Jesus Cristo por Diego Velázquez ●O peixe e o pão têm forte simbolismo no cristianismo primitivo. ●


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO ●

Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de Israel. Na Palestina, por volta de 26 d.C., Jesus Cristo, nascido na cidade de Belém na Galileia começou a pregar uma nova doutrina e atrair seguidores, sendo aclamado por alguns como o Messias. Jesus foi rejeitado, tido por apóstata pelas autoridades judaicas. Foi condenado por blasfêmia e executado pelos Romanos como um líder rebelde. Seus seguidores enfrentaram dura oposição político-religiosa, tendo sido perseguidos e martirizados, pelos líderes religiosos judeus, e, mais tarde, pelo Estado Romano.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO ●

Com a morte de Jesus, os apóstolos, principais testemunhas da sua vida, reúnem-se numa comunidade religiosa composta essencialmente por judeus e centrada na cidade de Jerusalém. Esta comunidade praticava a comunhão dos bens, celebrava a "partilha do pão" em memória da última refeição tomada por Jesus e administrava o baptismo aos novos convertidos. A partir de Jerusalém, os apóstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião inclusive aos que eram rejeitados pelo judaísmo oficial. Assim, Filipe prega aos Samaritanos, o eunuco da rainha da Etiópia é batizado, bem como o centurião Cornélio. Em Antioquia, os discípulos abordam pela primeira vez os pagãos e passam a ser conhecidos como cristãos.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO ●

Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do mesmo ano a comunidade cristã de Jerusalém decide separar-se dos judeus insurrectos, seguindo a advertência dada por Jesus de que quando Jerusalém fosse cercada por exércitos a desolação dela estaria próxima, e exila-se em Pela, na Transjordânia, o que representa o segundo momento de ruptura com o judaísmo. Gradualmente, o sucesso do Cristianismo junto das elites romanas fez deste um rival da religião estabelecida. Embora desde 64, quando Nero mandou supliciar os cristãos de Roma, se tivessem verificado perseguições ao Cristianismo, estas eram irregulares. As perseguições organizadas contra os cristãos surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa o procedimento contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais perseguições foram ordenadas pelos imperadores Marco Aurélio, Décio, Valeriano e Diocleciano. Os cristãos eram acusados de superstição e de ódio ao gênero humano. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados; se não, podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO ●

Durante a segunda metade do século II assiste-se também ao desenvolvimento das primeiras heresias. Tatiano, um cristão de origem síria convertido em Roma, cria uma seita gnóstica que reprova o casamento e que celebrava a eucaristia com água em vez de vinho. Marcião rejeitava o Antigo Testamento, opondo o Deus vingador dos judeus, ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado por Cristo; ele elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradas do Evangelho de Lucas e das epístolas de Paulo. À medida que o Cristianismo criava raízes mais fortes na parte ocidental do Império Romano, o latim passa a ser usado como língua sagrada (nas comunidades do Oriente usava-se o grego). A ascensão do imperador romano Constantino representou um ponto de viragem para o Cristianismo. Em 313 ele publica o Édito de Tolerância (ou Édito de Milão) através do qual o Cristianismo é reconhecido como uma religião do Império e que concede a liberdade religiosa aos cristãos. A Igreja pode possuir bens e receber donativos e legados. É também reconhecida a jurisdição dos bispos.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO ●

A questão da conversão de Constantino ao Cristianismo é uma tema de profundo debate entre os historiadores, mas em geral aceita-se que a sua conversão ocorreu gradualmente. Constantino estipula o descanso dominical, proíbe a feitiçaria e limita as manifestações do culto imperial. Ele também mandou construir em Roma uma basílica no local onde o apóstolo Pedro estava sepultado e, influenciado pela sua mãe, a imperatriz Helena, ordena a construção em Jerusalém da Basílica do Santo Sepulcro e da Igreja da Natividade em Belém. Constantino quis também intervir nas querelas teológicas que na altura marcavam o Cristianismo. Luta contra o arianismo, uma doutrina que negava a divindade de Cristo, oficialmente condenada no Concílio de Nicéia (325), onde também se definiu o Credo cristão. Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodósio I combate o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o Cristianismo religião oficial do Império Romano.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO

Resumo esquemático das denominações cristãs.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO

Distribuição mundial dos cristãos: a amarelo, católicos romanos, a púrpura protestantes e a azul ortodoxos


HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTIANISMO

Percentagem de cristãos em cada país


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ SÃO TOMAS DE AQUINO Averróis Abu al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Munhammad Ibn Ruchd ( ‫أبو الوليد محمد بن احمد بن محمد بن‬ ‫)احمد بن احمد بن رشد‬, filósofo árabe também conhecido pelo nome de Averróis, nasceu em Córdoba, 1126 e morreu em Marrakech, 1198.

Averróis (1126-1198), no detalhe de Triunfo de Santo Tomás, de Andrea Bonaiuto.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ SÃO TOMAS DE AQUINO Averróis ●

Foi um dos maiores conhecedores e comentaristas de Aristóteles. Aliás, o próprio Aristóteles foi redescoberto na Europa graças aos árabes e os comentários de Averróis muito contribuíram para a recepção do pensamento aristotélico. Averróis também se ocupou com astronomia, medicina e direito canônico muçulmano. Sua filosofia é um misto de aristotelismo com algumas nuanças platônicas. A influência aristotélica se revela em sua ideia da existência do mundo de modo independente de Deus (ambos são co-eternos) e de que também não existe providência divina. Já seu platonismo aparece em sua concepção de que a inteligência, fora dos seres, existe como unidade impessoal.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO Averróis ●

Seu pensamento provocou sérias discussões entre os cristãos latinos da Universidade de Paris. Como resultado, muitos aderiram à concepção de uma filosofia pura e independente da teologia cristã e formaram um grupo chamado de averroístas latinos. Mesmo Tomás de Aquino, que foi um seguidor moderado de Averróis, não escapou da vigilância eclesiástica cristã que via nas doutrinas do filósofo de Córdoba e no seu naturalismo científico uma ameaça para os dogmas da revelação. Averróis teve o favor e a proteção dos califas da Espanha até que foi desterrado por al-Mansur, que considerou as opiniões do filósofo desrespeitosas e em desacordo com o Corão.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO FILOSOFIA DA IDADE MEDIA ●

Principalmente a partir do século V, os pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar uma fé que estava amadurecendo, com o intuito de harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Desse modo a Filosofia, que até então possuía traços marcadamente clássicos e helenísticos, passa a receber influências da cultura judaica e cristã. Alguns temas que antes não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada passaram a fazer parte de temáticas filosóficas. A partir do século IX desenvolve-se a principal linha filosófica do período, que ficou conhecida como escolástica. Essa filosofia ganha acentos notadamente cristãos, surgidos da necessidade de responder às exigências de fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade e, por assim dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé. A Escolástica teve uma constante de natureza neoplatônica, que combinava elementos do pensamento de Platão com valores de ordem espiritual, reinterpretados pelo Ocidente cristão. No século XIII Tomás de Aquino introduz também elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ESCOLÁSTICA ●

A Escolástica (ou Escolasticismo) é uma linha dentro da filosofia medieval, de acentos notadamente cristãos, surgida da necessidade de responder às exigências da fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade. Por assim dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé. A Filosofia que até então possuía traços marcadamente clássicos e helenísticos sofreu influências da cultura judaica e cristã, a partir do século V, quando pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar uma fé que estava amadurecendo, em uma tentativa de harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Alguns temas que antes não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada passaram a fazer parte de temáticas filosóficas. A Escolástica possui uma constante de natureza neoplatônica, que conciliava elementos da filosofia de Platão com valores de ordem espiritual, reinterpretadas pelo Ocidente cristão. E mesmo quando Tomás de Aquino introduz elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico, esta constante neoplatônica ainda é presente.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA ESCOLÁSTICA ●

Basicamente, a questão chave que vai atravessar todo o pensamento escolástico é a harmonização de duas esferas: a fé e a razão. O pensamento de Agostinho, mais conservador, defende uma subordinação maior da razão em relação à fé, por crer que esta venha restaurar a condição decaída da razão humana. Enquanto que a linha de Tomás de Aquino defende uma certa autonomia da razão na obtenção de respostas, por força da inovação do aristotelismo, apesar de em nenhum momento negar tal subordinação da razão à fé. Para a Escolástica, algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de sua reflexão, por exemplo os filósofos antigos, as Sagradas Escrituras e os Padres da Igreja, autores dos primeiros séculos cristãos que tinham sobre si a autoridade de fé e de santidade. Os maiores representantes do pensamento escolástico são os dois pensadores citados acima, que estão separados pelo tempo e pelo espaço: Agostinho de Hipona, nascido no norte da África no fim do século IV e Tomás de Aquino, nascido na Itália do século XIII. Embora seja arriscado dizer que sejam as únicas referências relevantes do período medieval, ambos conseguiram sintetizar questões discutidas através de todo o período: Agostinho enquanto mestre de opinião relevante e autoridade moral e Tomás de Aquino, pelo uso de caminhos mais eficazes na obtenção de respostas até então em aberto.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO Santo Alberto Magno


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO Santo Alberto Magno ●

Santo Alberto Magno (1193-1280), também conhecido como Alberto de Colônia ou Santo Alberto Magno, Bispo de Regensburg e Doutor da Igreja, foi um Frade Dominicano (religioso da Ordem de São Domingos) que tornou-se famoso por seu vasto conhecimento e por sua defesa da coexistência pacífica da ciência e da religião. Ele é considerado o maior filósofo e teólogo alemão da Idade Média. Ele foi o primeiro intelectual medieval a aplicar a filosofia de Aristóteles no pensamento cristão. Foi chamado o "Doutor Universal". Alberto dominava a Filosofia e a Teologia (matérias em que teve a Tomás de Aquino como discípulo) e também estendia seu saber às ciências naturais. Foi físico e químico, estudou astronomia, meteorologia, mineralogia, zoologia, botânica, escreveu livros sobre tecelagem, navegação, agricultura.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO FILOSOFIA DA IDADE MEDIA ●

A questão chave que vai atravessar todo o pensamento filosófico medieval é a harmonização de duas esferas; a fé e a razão. O pensamento de Agostinho, (século V), reconhecia a importância do conhecimento, mas defendia uma subordinação maior da razão em relação à fé por crer que esta última venha restaurar a condição decaída da razão humana. Já a linha de Tomás de Aquino (século XIII) defende maior autonomia da razão na obtenção de respostas apesar de não negar tal subordinação da razão à fé.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA SÃO TOMAS DE AQUINO A FILOSOFIA ●

São Tomás de Aquino, tido como santo pela Igreja Católica, foi um frade dominicano e teólogo italiano. Seus interesses não se restringiam a religião e filosofia, mas também interessou-se pelo estudo de alquimia, tendo publicado uma importante obra alquímica chamada "Aurora Consurgens". O mérito transcendente de São Tomás consistiu em introduzir aristotelismo na escolástica anterior. A partir de São Tomás a Igreja tem uma teologia (fundada na revelação) e uma filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese definitiva: fé e razão. São Tomás é considerado um dos maiores mestres da Igreja pois conseguiu alcançar um profundo entendimento da espiritualidade cristã. É também conhecido como o Doutor Angélico. Tomás de Aquino tentou mostrar que a filosofia e a religião não podiam competir. Era dois caminhos que levavam à um mesmo fim. Tinha como objetivo era mostrar a existência de Deus, usando a razão. Escreveu dois livros em procurou unir a filosofia de Aristóteles à fé.


HISTÓRIA DA FILOSOFIA SÃO TOMÁS DE AQUINO


HISTÓRIA DA FILOSOFIA SÃO TOMÁS DE AQUINO SUA VIDA


HISTÓRIA DA FILOSOFIA

Transição da Idade Média para a Era Moderna ●

O fim da Idade Média está relacionado a grandes transformações como: a ascensão das monarquias nacionais europeias, o início da recuperação demográfica e econômica após a Peste Negra, os Descobrimentos Marítimos, o movimento de redescoberta da cultura clássica, por volta do século XV, bem como a Reforma Protestante, começando em 1517. 1415 - A conquista de Ceuta pelos portugueses marca o início da expansão marítimo-comercial europeia. 1453 - A Tomada de Constantinopla, pelos turcos, põe fim ao Império Bizantino. 1498 - Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a Índia. 1517 - Publicação das 95 Teses de Martinho Lutero, que dá início à reforma protestante. 1534 - O "Act of Supremacy" de Henrique VIII dá origem à Igreja Anglicana.


QUESTÕES DISPUTADAS ● ● ●

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De veritate (sobre a verdade). De patentia (sobre a potência). De malo (sobre a mal). De virtutibus (sobre as virtudes). De anima (sobre a alma).


METAFÍSICA

Especificação do ser em potência e ato. Ato significa realidade, perfeição, potência quer dizer não-realidade, imperfeição. a passagem de potência para ato depende do ser. Natureza: Toda substância corpórea é composta de duas partes substâncias complementares, uma indeterminada (matéria) outra ativa e determinada (a forma). Causa eficiente do ser: síntese daquela matéria com a forma de especificada. Todo ser do universo físico existe por quatro causas: material, formal, eficiente e final. Espírito: O princípio da veda chama-se alma. Cada indivíduo possui uma só alma. A alma pode ser de caráter espiritual e caráter imortal. A alma espiritual transcende a vida. Deus: é considerado por demonstração, que é sólida e racional, baseando-se que sem Deus seria contraditório. Mundo criador por Deus. Homem existe, mas depende de Deus, no ser e agir. A ação divina constitui a humana na sua livre natureza.


FILOSOFIA DO SER ●

A perfeição máxima é o ser, não a ideia de ser, mas o ato de ser. A perfeição do ser é a única e identifica-se com Deus. A criação é uma participação do seres, por semelhança, na perfeição do ser. A limitação da perfeição do ser nas criaturas é devida a essência. Entre os diversos seres e entre eles e o ser há analogia ou semelhança.


POLÍTICA ●

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Sobre a constituição do Estado. S. Tomás inspira-se em Aristóteles, Cícero e na bíblia. Afirma a superioridade da realeza sobre os outros regimes em função da unidade que ela dá a sociedade e porque a unidade é o primeiro bem de qualquer coisa, portanto também será numa sociedade na qual cabe fundar ou organizar uma cidade, inspirando-se num modelo ideal e de princípios, mas também tendo em conta os particulares concretos. Duas obras incompletas: #DE REGIME PRINCIPUM #COMENTÁRIO POLÍTICO DE ARISTÓTELES. Governo dos melhores. Lei deve ser instituição por aquele que governa. Legislação é fundamental. Sociedade é livre e capaz de elaborar sua própria lei


ANTROPOLOGIA • • • • • • • • •

Alma e essência Alma depende do corpo Matéria por si só não pode existir Individualização do homem está relacionada a sua essência sendo a alma + essência o conjunto Alma humana imortal Ser consciente Decisões livres e voluntárias Detectar a essência de outras substancias Diferença entre o deus e a dos anjos da distinção entre a essência e a existência


Moral Tomista ● ●

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De acordo com os fundamentos da metafísica O homem é por sua natureza um animal social e político (família e estado) Linha aristotélica (intelectualismo, hedonismo e caráter teológico) Conhecimento divino maior que todos Caminho da felicidade – amor, conhecimento natural virtudes intelectuais (prática das ciências), virtudes morais (Justiça, força, temperança) e virtudes teológicas (fé, emoções e caridade).


Filosofia do direito e do Estado

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Estado como instituição natural fundamental para o homem O Estado é predestinado na natureza humana Estado estabelecido por Deus O homem não pode alcançar a abundância no estado, porque a felicidade autêntica está na outra vida, o sobrenatural Responsabilidade de educar o homem é da igreja


Filosofia do direito e do Estado ● ●

O homem é livre O governador ou legislador (o poder dele vento legislativo de Deus) ele nunca pode ir contra as leis naturais Governos bons: a democracia, a aristocracia e a monarquia Governos ruins a democracia (demagógica e irresponsável), a oligarquia e a tirania A igreja sempre é superior ao Estado


Filosofia do direito e do Estado Leis de Tomás de Aquino ● substâncias têm uma tendência natural para conservar a existência delas e a razão ● tendência para esparramar as próprias Espécies deles e criar crianças ● procurar a verdade, na procura de Deus ● um ser social, também, como ele fosse um ser procura racional formas apropriadas (leis positivas) ser organizado em comunidade ● As leis naturais são imutáveis eles formam parte da própria natureza humana ● As leis naturais e o positivo são baseados na participação que o homem tem da lei eterna (ordenação divina do universo).


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