Catálogo pré ocupação x casa dez 2013

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Pré-ocupação é o primeiro projeto da X CASA, um espaço novo e em definição. Sobre terreno fértil de ideias, foram muitas as possibilidades e pensamentos para um início compatível com a proposta da casa: basicamente estar sempre aberta para propostas. Sim, é simples assim. Em aberto e em construção também estão os caminhos dos novos talentos que a X CASA apresenta nesta sua primeira ocupação. São artistas que hoje investem em aprimorar seus estilos, suas propostas, seus rumos. E que amanhã poderão estar em qualquer lugar (não confundir com lugar qualquer). A verdade é que para eles, para a X CASA, para mim, para você, para quem acredita em algo e especialmente em algo mais, não há limites. Ainda é um momento de organização da X CASA, mas também era uma oportunidade imperdível de começar: na primeira vez em que acontecem as primeiras atividades conjuntas da Vila do Largo. Então, vamos! Preocupações, pré-ocupações, arte, pessoas, pensamentos, interações, acontecimentos: tudo isso é X CASA. Sejam muito bem vindos!

X CASA


ARTISTAS: 01 – Aline Dantas 02 – Cela Luz 03 – Felipe Duarte 04 – Gabriel Bernardo 05 – Guilherme Maueler 06 – Jessica Rodriguez García 07 – Luciana Araujo Lumyx 08 – Mariana Lloyd 09 – Milton P. B. Neto 10 – Pauline de Pémille 11 – Tarcila Alvarenga 12 – Vô Pixá Pelada

07. 12. 2013


1 - Aline Dantas

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Artista Graduada no Centro Belas Artes de São Paulo, a artista visual Aline Dantas desenvolve sua produção registrando reflexões e “pertubações” em suportes como a fotografia, textos e objetos, além de gerir e produzir projetos de cultura e entretenimento pela Cidade Maravilhosa. Nascida em Brasília (Brasil - 1985), graduada no Centro Belas Artes de São Paulo, a artista visual Aline Dantas revela em seus trabalhos a vontade de explorar, sensivelmente, sua experiência de itinerância por diferentes regiões do Brasil, através de documentações, fotografias, textos e objetos. Depois de morar em regiões do nordeste, centro-oeste e sudeste brasileiras, “estacionou” há quase 2 anos no Rio de Janeiro, e desdobra um trabalho de registros em fotografia, documentando todas as relações antropológicas e místicas que surgem por conta do cotidiano, dando a cada imagem ou objeto produzido, o dharma de registro e símbolo de uma história real, sem grandes teorizações ou devaneios estéticos. Estes estudos e registros inter-relacionais são o principal viés das produções da artista candanga, “esteja onde estiver”.

Sobre a obra A série “Revival”, composta de 7 imagens fotográficas, nasceu de um conjunto de questionamentos sobre o desenvolvimento social do Rio de Janeiro, durante o período de adaptação da artista à cidade. Uma visão antropológica temperada por amor e ódio ao sincronizado caos do Rio, fez surgir este ensaio, que tenta expressar a eterna e forte presença de fantasmas do imaginário romântico carioca, que ainda vagam por aí numa atmosfera de luxo decadente, vestindo seus fraques em dia de festa no Copa, tomando seus martines, ouvindo a velha bossa e pagando impostos surreais, como o famoso Laudêmio – imposto dirigido aos cofres da família-“irreal” brasileira. Um cenário que não tem certo e nem errado, mas pode ser no mínimo instigante e divertido para se refletir em dias de Piscinão de Ramos e Rock in Rio.

Dados Técnicos:

Fotos da série “Revival”: * a série tem uma tiragem de 5 reproduções para cada foto


2 – Cela Luz

Artista A formação de Cela é em Desenho Industrial, com passagem pelas escolas Parsons e a School of Visual Arts de Nova Iorque, onde se aprofundou nas técnicas artísticas. Cela busca inspiração nas pessoas e no mundo vasto que existe em cada um de nós. Sua arte provocativa nos faz pensar e sair do lugar comum, com seus resultados contrastantes, ora minimalista e monocromático, ora colorido e detalhista. Seu trabalho abrange pintura, arte gráfica, arte de rua e até objetos, misturando impressão, fotografia, desenho e pintura. As imagens carregadas da delicadeza de Cela são exibidas na cidade com cada vez mais frequência e vem chamando crescente atenção da mídia.

Sobre a obra Esta é uma de suas primeiras obras, já tendo sido exposta no Museu da Imagem e do Som de São Paulo em 2012. Foi produzida em seu período de estudos em Nova Iorque, quando ela aprofundou sua própria maneira de expressão, e começou a produzir a série ”O Estar na Sociedade”, inspirada em conglomerados e no livro que lhe acompanhou na viagem, “O mal-estar na civilização” (o trocadilho é intencional). A imagem desta obra resgata as pessoas da multidão e do caos cotidiano urbano, pulsando os mesmos medos e angústias em suas lutas.

Dados Técnicos:

Sem título - obra integrante da série “O Estar na Sociedade” (2011, intervenção sobre impressão digital) * Acervo X CASA. Consulte sobre outras obras.


3 – Felipe Duarte

Artista Felipe Duarte acredita que qualquer superfície plana pode ser janela se alguém sonhar em cima dela. É interessado nas histórias dos outros, todas elas. É o idealizador do curso livre “Desenho Sem Rascunho”, voltado incentivar para a total liberdade nos campos do desenho e da pintura, e que ocorre no seu “Estúdio Pira”. Seja através de pinturas, encontros, cursos ou o que for, lhe interessa como as pessoas constroem e interpretam suas narrativas pessoais.

Sobre a obra Uma das nove obras baseadas em relatos anônimos recebidos pelo site www.meconte.net, exibida no Centro Cultural do Banco Central em 2013.

“Eu era muito tímido”

Esta obra em exibição refere-se ao seguinte relato:

Óleo sobre madeira 80x120

“Eu era muito tímido. Perdi a virgindade tarde. Com 19 anos. Foi na praia de Ipanema, à noite. Dois moradores de rua assistiram tudo do início ao fim.”

Dados técnicos:

• obra integrante do projeto “Me Conte”


4 – Gabriel Bernardo

Artista Estudante de Belas Artes da UFRJ, com estudos paralelos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Gabriel Bernardo encanta a todos que têm contato com suas criações, como o Mini Mundo e o Homem-Lego. Seja individualmente em participando de coletivos como o Coletivo Gráfico ou o Vô Pixá Pelada, vem participando de incontáveis ações e exposições. Atualmente também desenvolve projetos para o Museu Bispo do Rosário.

Sobre a obra O Homem-lego, objeto relacional para cortar e colar, surgiu em 18 de Julho de 2010 como proposta de pôster-arte para o Festival Parede que aconteceu no Rio de Janeiro. Apesar de ter sido pensado para o espaço urbano esse trabalho surgiu dentro da galeria e foi para as ruas. Desde então, têm sido feitas muitas ocupações com lambelambe e adesivos pela cidade, tanto pelo artista quanto pelos inúmeros fãs do personagem. Além dos adesivos, já foi aplicado em tecidos e camisetas. Este projeto pode ser acompanhado pela página do personagem no Facebook.

Dados Técnicos:

“Homem-Lego” 2013, painel da X CASA (externo, 3º andar) “Loja do Homem Lego”: adesivos e camisetas com preços sob consulta..


5 – Guilherme Maueler

Artista Formado no Reino Unido pela Edinburgh College of Art, Guilherme tem se destacado como artista gráfico nas áreas de ilustração, design e videografismo. Seu trabalho costuma mesclar mídias tradicionais e digitais sob diversos temas, muitos dos quais considerados de alto teor lisérgico. Seu estilo e traço revelam um interesse pela relação entre arte e estados alterados de percepção.. Temas como conexões espirituais, a relevância da natureza, entidades arquetípicas e o misticismo através das experiências psicodélicas fazem parte do seu universo, que mistura colagem, ilustração e técnicas digitais.

Sobre a obra A série “Revival”, composta de 7 imagens fotográficas, nasceu de um “Paisagens invisíveis” é um exercício de mente e afeto. Como captar ou criar os fragmentos de diferentes campos para construir um corpo inteiro de ideias, imagens, textos, vídeos, sons? Como, através de um olhar capaz de recortar e reconstruir esse mundo único e múltiplo, praticar a colagem como pensamento ativo, reflexivo e espontâneo? É possível pensar e recriar a própria cultura e realidade também como uma grande recombinação multissensorial, multidisciplinar e multimeios? Nesta pequena coleção, Guilherme reflete sobre estas questões expondo alguns de seus trabalhos autorais, livres de qualquer restrição criativa e temporal.

Dados técnicos:

“Paisagens invisíveis” série, 2013 18 peças independentes Colagem digital, peças de 20 x 20 cm cada.


6 – Jessica Rodriguez Garcia

Artista Venezuelana, formada em Museologia pela UNIRIO, realizou diversos cursos na Escola de Artes Visuais e participa do projeto expositivo Galeria em Casa. Nesta oportunidade, ultrapassa a barreira, quando geralmente costuma pesquisar e retirar valores históricos e culturais de objetos de coleções para torná-los em sistemas informacionais, e acaba caminhando pela cidade de Valencia, cidade onde nunca morou e se converte num sujeitoobservador. A partir desse momento, no lugar de retirar a informação, passa a incorporar histórias e narrativas de sua caminhada pela construção de novos significados íntimos.

Sobre a obra A artista apresenta nesta exposição uma pequena série de fotografias com delicadas intervenções de corte.

Dados técnicos: Obra 1 - Sem título Intervenção em fotografia analógica Impressão em papel de algodão 30x40cm

Obra 2 - Sem título Intervenção em fotografia analógica Impressão em papel de algodão 15x21cm

Obra 3 - Sem título Intervenção em fotografia analógica Impressão em papel de algodão 15x21cm


7 – Luciana Araujo Lumyx

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Artista Artista múltipla, Luciana Araujo Lumyx é designer gráfica, ilustradora e musicista. Cursou o atelier de Maria Teresa Vieira e formou-se em design em 86 pelo Deptº. da Artes da PUC/RJ, onde teve aulas com Carlos Martins, Cocchiarale e a gravurista Thereza Miranda. Desde 2013 frequenta o atelier de gravura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Seu trabalho permeia formas de expressão artística e mídias diversas, que incluem música e vídeo. Em 85 iniciou uma carreira musical como compositora de trilhas, impulsionada pelo sucesso na mídia do single “Choveu No Meu Chip” antes do surgimento da internet no Brasil. Em 2008 participou da Exposição Comemorativa de 10 anos do Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV com um curtametragem de videografismo. Em “Arqueologia do Futuro” - trabalho composto de várias séries - Luciana investiga os contrastes da tecnologia na civilização pós-Revolução Digital de tribos urbanas da "aldeia-global". Os trabalhos de pintura sobre tela e gravuras incorporam materiais reciclados, contrapondo elementos de computadores e papéis artesanais em técnica mista.

Sobre a obra

Dados Técnicos:

A série "Arqueo-Lógica” faz crônicas “rupestres” onde estão presentes elementos de videogame e circuitos eletrônicos ao lado de hominídeos rústicos, superpondo em dicotomias as contradições da revolução digital e do modus arcaico, do hi-tech/low-tech, do oriente/ocidente, do ser online/offline.

NEANDERTHRONICS I

Integram uma reflexão sobre o zeitgeist contemporâneo e os valores em transformação do "bom selvagem" em direção ao "homemmáquina".

NEANDERTHRONICS II

Monotipia e serigrafia sobre papel – série Aqueo-Lógica 27,6 x 55 cm

Monotipia e serigrafia sobre papel– série Aqueo-Lógica 59,4 x 42 cm

www.lumyx.net/arqueologia_do_futuro

* Peças de acervo da artista, consulte sobre outras da série.


8 – Mariana Lloyd

Artista Mariana Lloyd é designer gráfica e há alguns anos dedica-se também à técnica do mosaico, após formação em cursos no Rio e Veneza e cursos curtos em Nova York e Buenos Aires. Desenvolve quadros com suas criações abstratas e também possui uma linha de objetos utilitários, como tampos de mesa, descansos de pratos e copos, imãs e molduras. A artista busca ligar pontos, construir imagens, traçar diálogos e tentar explorar o mundo da arte visual através do mosaico. Mantém uma página no Facebook sobre o tema: Moosaic, onde exibe suas criações mais atuais. Tem planos de estudar o coletivo utilizando a técnica de mosaico na realização de projetos sociais.

Sobre a obra As peças independentes, apresentadas nesta exibição sobrepostas, fazem parte de uma coleção de mosaicos chamada “Membrana”, que têm a temática de ampliar o mundo microscópico. São imagens baseadas em lâminas de células de plantas, animais, pedras que, quando ampliadas, remetem a algo que poderia ser encontrado na superfície da terra.

Dados técnicos:

Sem título 1 (peça quadrada). 2013, 50x50cm

Sem título 2 (peça redonda), 2013, 30x30cm)

. Peças do acervo X CASA Outras peças sob consulta ou encomenda.


9 – Milton P. B. Neto

Artista Aluno da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Estúdio Pira, Escola de Fotografia do SENAC e de mais um sem número de cursos adicionais, desenvolve trabalhos em suportes como fotografia, serigrafia, monotipia, desenho e produção de objetos. É idealizador da X CASA, espaço que busca expandir experiências e interações.

Sobre a obra

Dados técnicos:

A série “Lugares para ser e estar" parte de imagens de notícias captadas na internet em 2012 e 2013, para avançar rumo à compreensão individual de fatos e a construção da memória coletiva. Este trabalho é sobre eleger pedaços de um todo complexo, mergulhar e apropriar-se de universos apresentados e os ressignificar. Ou, sob uma outra perspectiva, ser mergulhado nestes ambientes apresentados - quem define o que acontece e em que instante?

Lugares para ser ou estar I , II, III e IV. Serigrafia sobre papel, 29 x 41 cm Cada imagem foi impressa em 3 cópias únicas e assinadas.

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10 – Pauline de Pémille

Artista A francesa Pauline Vialatte de Pémille é aluna da 'Ecole Nationale Supérieure des Arts Décoratifs' de Paris. Vive no Rio atualmente, em programa de intercâmbio com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Vem desenvolvendo projetos de serigrafia e monitipia, utilizando matrizes inusitadas como fotos Polaroid antigas e folhas gigantes da flora brasileira. .

Sobre a obra

Dados técnicos:

As obras exibidas foram feitas com tinta de gravura aplicada em monitipia, e partem de uma série de impressões com base em folhas brasileiras que cruzam o percurso da artista no Brasil. Esta série trás à tona questões como a surpresa dos detalhes e as coincidências das formas da natureza.

Costela de Adam I e II Monotipias em tinta preta de gravura

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Consulte sobre opções e a série “Polaroids”


11 – Tarcila Alvarenga

Artista Através de sua arte, Tarcila busca resgatar o potencial criativo semeado na infância e reforçar a importância do lúdico no cotidiano das pessoas. Em nome de valorizar o papel da ilustração como canal de comunicação universal, ela vem desenvolvendo livros infanto-juvenis que, espera, que sejam publicados em breve. Além disso, amante de quadrinhos desde pequena, é também autora das “Tiras Matraquinas”, um projeto de quadrinhos semanais que abordam múltiplas situações da vida cotidiana. O projeto, que pode ser visualizado no Facebook “Tiras Matraquinas”, abriga as mais diversas temáticas, desde acontecimentos particulares da vida de um indivíduo ao questionamento de tabus e padrões sociais.

Sobre a obra Delirium é uma releitura da personagem Delirium do comic book Sandman, obra de Neil Gaiman. A personagem, que um dia foi Deleite, tem os cabelos coloridos, um olho verde, outro azul, e sempre carrega consigo um peixe. .

Dados técnicos:

Delirium 2013, Acrílica sobre papel 47 x 35 cm (c/ moldura) Série de 50 Em exibição a impressão 1/50


12 – Vô Pixá Pelada

Artista Vô Pixá Pelada é um coletivo formado em 2012 com o intuito de promover ações político-artísticas. O coletivo iniciou suas ações contra a poluição visual causada por propagandas políticas deixadas nas ruas de forma ilegal. Suas manifestações se materializam como intervenções urbanas, performances, objetos e o humor é a base para a construção do pensamento. A ação inicial, "Fuzilá Pelada", aconteceu como um protesto quanto às escolhas de candidatos para as eleições daquele ano, tendo sido aplicados stencils do jogo de tiro ao alvo em placas de candidaturas recolhidas nas ruas. No mesmo ano surgiu a primeira imagem adotada pelo coletivo com uma ação chamada "Distribuindo Beijos".

Sobre a obra Em 2013, o coletivo aderiu aos manifestos populares que se desencadearam pelo Rio de Janeiro com a criação do "Kit Manifesto Feliz", fazendo uso de apropriação de caixas descartadas de restaurantes fast food. Elas foram estampadas e ressignificadas quanto sua identificação visual e conteúdo. Contendo uma máscara de gás artesanal e uma granada adesiva, o kit pode ser usado e transportado para qualquer ato. .

Dados técnicos:

Kit Manifesto Feliz 2013 Caixas de papel, máscara de gás artesanal e adesivo de granada. O coletivo não permite a venda



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